POOL DE PALLETES

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Pool de paletes: eficiência e praticidade Parque próprio de paletes ou terceirização? As vantagens desta segunda opção incluem redução de custos e disponibilidade de palete na hora exigida e na quantidade pedida, fazendo com que a empresa possa direcionar mais tempo para O seu negócio. O sistema de pool de paletes é o serviço completo de abastecimento e coleta oferecido aos usuários de paletes. Como fornecedores deste sistema, destacamos a Matra do Brasil (Fone: 11 4648.6120), a CHEP Brasil (Fone: 11 3371.0333) e a Pallet do Brasil (Fone: 11 4581.9288), que nesta matéria especial da revista LogWeb, por meio de seus representantes, falam um pouco mais sobre este serviço em crescimento no país. Vantagens A vantagem do sistema de pool de paletes, segundo Antonio Valdir Zelenski, gerente comercial da Matra, é reduzir o investimento em ativo fixo, oferecendo o abastecimento “on-time” da quantidade necessária de paletes 24 horas por dia e 7 dias por semana, contando com software com flexibilidade para adaptações exclusivas às necessidades do cliente e planos de contingência – enfim, “é a solução definitiva para abastecimento, gerenciamento, coleta, manutenção e higienização de paletes”, descreve. Para Zelenski, o fator mais importante para adoção do sistema de pool é a dificuldade no controle de paletes, inclusive custos com manutenção, higienização e desvios de paletes e negociação com os clientes para o retorno do material. Como exemplo prático, cita uma empresa que utiliza 15.000 paletes em suas operações e tem de manter um ativo de no mínimo 25.000 paletes, sendo que, com o sistema de pool, transfere-se tudo para a empresa operadora. “É importante que o software de gerenciamento do pool ofereça flexibilidade, relatórios diários de saldos, de operações internas, custos de transportes, tempo de viagem e paletes em trânsito. O sistema operado com o palete PBR facilita a rede varejista, visto que o PBR é um palete intercambiável entre empresas e não existe a necessidade da separação específica dele”, acrescenta. Também segue este raciocínio Pedro Francisco Moreira, diretor geral da CHEP Brasil. Segundo ele, administrar um parque de paletes está fora da expertise da esmagadora maioria das empresas, e existe uma proliferação incontrolável no mercado de paletes com qualidade inferior ao mínimo tolerável: madeiras úmidas, com espessura reduzida e baixa resistência, pregos lisos, etc. Com isso, acredita que as empresas gastam muito mais dinheiro na manutenção e preservação do seu parque próprio de paletes, além de que os enviados aos canais de distribuição não são os mesmos que retornam à empresa. “E o que é pior: quando se consegue que retornem, apresentam índice elevado de avarias e

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Pool de paletes: eficiência e praticidade

Parque próprio de paletes ou terceirização? As vantagens desta segunda opção incluem redução de custos e disponibilidade de palete na hora exigida e na quantidade pedida, fazendo com que a empresa possa direcionar mais tempo para O seu negócio.

O sistema de pool de paletes é o serviço completo de abastecimento e coleta oferecido aos usuários de paletes. Como fornecedores deste sistema, destacamos a Matra do Brasil (Fone: 11 4648.6120), a CHEP Brasil (Fone: 11 3371.0333) e a Pallet do Brasil (Fone: 11 4581.9288), que nesta matéria especial da revista LogWeb, por meio de seus representantes, falam um pouco mais sobre este serviço em crescimento no país.

Vantagens

A vantagem do sistema de pool de paletes, segundo Antonio Valdir Zelenski, gerente comercial da Matra, é reduzir o investimento em ativo fixo, oferecendo o abastecimento “on-time” da quantidade necessária de paletes 24 horas por dia e 7 dias por semana, contando com software com flexibilidade para adaptações exclusivas às necessidades do cliente e planos de contingência – enfim, “é a solução definitiva para abastecimento, gerenciamento, coleta, manutenção e higienização de paletes”, descreve.

Para Zelenski, o fator mais importante para adoção do sistema de pool é a dificuldade no controle de paletes, inclusive custos com manutenção, higienização e desvios de paletes e negociação com os clientes para o retorno do material. Como exemplo prático, cita uma empresa que utiliza 15.000 paletes em suas operações e tem de manter um ativo de no mínimo 25.000 paletes, sendo que, com o sistema de pool, transfere-se tudo para a empresa operadora. “É importante que o software de gerenciamento do pool ofereça flexibilidade, relatórios diários de saldos, de operações internas, custos de transportes, tempo de viagem e paletes em trânsito. O sistema operado com o palete PBR facilita a rede varejista, visto que o PBR é um palete intercambiável entre empresas e não existe a necessidade da separação específica dele”, acrescenta.

Também segue este raciocínio Pedro Francisco Moreira, diretor geral da CHEP Brasil. Segundo ele, administrar um parque de paletes está fora da expertise da esmagadora maioria das empresas, e existe uma proliferação incontrolável no mercado de paletes com qualidade inferior ao mínimo tolerável: madeiras úmidas, com espessura reduzida e baixa resistência, pregos lisos, etc. Com isso, acredita que as empresas gastam muito mais dinheiro na manutenção e preservação do seu parque próprio de paletes, além de que os enviados aos canais de distribuição não são os mesmos que retornam à empresa. “E o que é pior: quando se consegue que retornem, apresentam índice elevado de avarias e sujeira. É um circulo vicioso em que a qualidade vai se deteriorando ano a ano. Hoje, um palete branco, isto é, de troca, apresenta uma vida útil entre um ano e um ano e meio, no máximo. Além disso, como não existe um controle sistematizado, observa-se constantemente falta de paletes entre os elos das cadeias”, expõe.

Outra questão salientada pelo diretor geral da CHEP Brasil é a ambiental. “No nosso caso, todos os paletes são inspecionados a cada ciclo e os componentes danificados, substituídos, o que reduz excepcionalmente os níveis de descartes. Segundo nossos levantamentos, o sistema de pool da CHEP elimina a necessidade de descarte de aproximadamente 6 milhões de toneladas de madeira por ano em todo o mundo”, enfatiza.

Para Moreira, o pool de paletes é mais eficiente e mais lucrativo do ponto de vista de custo total e dos benefícios advindos da solução. “Uma boa forma de se decidir pelo pool e de dirimir qualquer tipo de dúvida é botar tudo na ponta do lápis, notar que ter um parque próprio de paletes foge da essência do negócio, perceber que a troca de paletes com o mercado é problemática, concluir que não é bom se envolver em atritos com os clientes pela não devolução dos paletes, ou por devolução de equipamentos em más condições, enfim, não correr o sério risco de ter uma unidade de produção parada ou deixar de entregar produtos por falta de paletes”, explica, acrescentando que quem muda para o pool de paletes sempre aufere benefícios importantes em sua cadeia de suprimentos.

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Analisando outros pontos dentro das vantagens do pool de paletes, o engenheiro Sérgio Schilis, diretor comercial para assuntos extraordinários e aleatórios da Pallet do Brasil, cita a não mobilização do capital, pois o palete retornável corresponde a um ativo fixo quando comprado pelas empresas; o lançamento deste custo para abatimento do Imposto de Renda; e, como principal vantagem, ter a pontualidade dos paletes na porta da sua empresa sem a necessidade de realização de nova cotação de preços. “Uma vez estabelecido o contrato de locação de acordo com a necessidade de consumo, a manutenção e a reposição são imediatas”, frisa.

Tendências

É notório que a tendência da adoção do sistema de pool de paletes está em crescimento. E este fato se deve, na opinião de Zelenski, da Matra, aos seguintes fatores:

- As indústrias estão voltadas para seus ramos de negócio;- A dificuldade para o controle dos ativos de paletes, o desgaste com a negociação com seus clientes para o retorno do palete e as perdas do ativo através dos desvios de paletes;- As exigências legais (Cetesb, Anvisa, Ibama, etc.);- A qualidade do palete (manutenção, higienização, procedência, etc.);- Especialização das empresas operadoras de pool.

Moreira, da CHEP Brasil, por sua vez, verifica que mais empresas aderem ao pool. “As resistências vão desaparecendo e as que permanecem algumas vezes se devem à falta de cultura da terceirização desses ativos, e até mesmo pela carência de uma contabilidade real de custos existente com o uso de paletes próprios”, diz. De acordo com ele, isso fez com que a indústria retardasse a comprovação dos benefícios entre as duas alternativas: parque próprio de paletes ou terceirização. “Mas isso está mudando, pois não há como as organizações deixarem de buscar eficiência, redução de custo, disponibilidade de palete na hora exigida e na quantidade pedida, despreocupação com o parque de paletes e então priorizar o tempo e energia com o que traz valor ao negócio”, declara. Para Schilis, da Pallet do Brasil, a tendência do pool de paletes é agregar novos materiais, como metal e plástico.