Ponto EMpresarial4

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ABR/MAI/JUN 2009 | Nº04 Publicação do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Ceará. Inovação Confira o especial que preparamos sobre o Empreendedor Individual, com a opinião de especialistas no assunto e orientações ponto a ponto Empreendedor Individual: direto ao Ponto O que sua empresa precisa para sair da Idade da Pedra?

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Revista Ponto Empresarial 4

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ABR/MAI/JUN 2009 | Nº04Publicação do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Ceará.

Inovação

Confira o especial que preparamos sobre o Empreendedor Individual, com a opinião de especialistas no assunto e orientações ponto a ponto

Empreendedor Individual: direto ao Ponto

O que sua empresa precisa para sair da Idade da Pedra?

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Editorial

Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Ceará.

Endereço: Av. Washington Soares,1400 sl. 401 Edson QueirozCEP: 60.811-341 - Fortaleza-CETelefone: (85) 3273.2255Fax: (85) [email protected]

Diretoria Triênio 2007-2010

Presidente:Cassius Régis Antunes CoelhoVice Presidente:Carlos Augusto Carvalho MapurungaDiretor Administrativo:Eudes Costa de HolandaDiretor Financeiro: Adriano Rodrigues de FariasDiretor de Eventos:Daniel Mesquita CoelhoDiretora de Relações Trabalhistas:Clara Germana Campos Gonçalves

SuplentesAmanda Venâncio Ferreira dos SantosAna Cláudia Cavalcante AraújoJosé Carlos FortesJosé Teixeira de Sousa Filho

Conselho Fiscal

TitularesPretextato Salvador Quaresma Gomes de Oliveira MelloRobinson Passos de Castro e SilvaJosé Berchmans de Freitas e SilvaSuplentesJoão Carlos Mineiro MoreiraRaimundo Iramilson MeloFrancisco de Assis Marques

ImpressãoFacForm Gráfica

Tiragem: 5.000 exemplares

Projeto Gráfico, diagramação, ediçãoCQueiroz ComunicaçãoF. (81) [email protected]

a edição anterior da Revista Ponto Empresarial abordamos como tema principal os avanços

e melhorias para a abertura de empresas no Ceará e no Brasil. Nesta edição con-tinuamos tratando do assunto que é de grande importância para a melhoria do ambiente de negócios do país, o Empreen-dedor Individual - EI.

A partir de 1º. de julho, os pequenos em-preendedores com faturamento anual de até R$ 36 mil poderão aderir ao EI. O objetivo do programa é a formalização de pequenos empreendedores de forma me-nos burocrática, com a simplificação das obrigações tributárias e fiscais, permitindo que cerca de 15 milhões de pequenos negócios que hoje estão à margem da lei possam entrar no sistema, principalmente o previdenciário, com uma contribuição mínima diante dos benefícios auferidos.

Entendendo que o projeto é de grande relevância e importância social, a Fenacon, Sescaps e Sescons de todo o pais estão se mobilizando, juntamente com ou-tras entidades como Sebrae, para ajudar na legalização de pelo menos 1 milhão de empreendedores no primeiro ano de vigência da Lei.

No Brasil, mais de 18 mil empresas contá-beis optantes pelo Simples Nacional estão convocadas por força de Lei a realizar de forma gratuita a inscrição e primeira declaração dessas novas empresas. No Ceará são 420 empresas que deverão estar capacitadas para receber essa demanda. Entendemos que não apenas as empresas contábeis optantes pelo Simples Nacional devem se mobilizar, mas todo o segmento contábil deve estar atento e contribuir para esse momento de mudança. Confira no especial sobre o Empreendedor Indi-vidual a opinião dos especialistas.

Inovação! Essa é a palavra de ordem no momento. Com esse foco é que buscamos diversas abordagens de especialistas sobre a necessidade das empresas se reinven-tarem, criar produtos e serviços novos, mudar os rumos em busca de melhores posições.

Entendendo que não há mais espaço para a estagnação e a mesmice no meio empre-sarial, afinal estamos vivendo um turbil-hão de novidades relacionadas às ativi-dades e negócios, em qualquer que seja o segmento. Procuramos abordar o assunto na matéria de capa da Revista, buscando entender qual a importância de fomentar as novas idéias, da inovação e criatividade para a sobrevivência das empresas. Com essa mesma linha procuramos estruturar o Ambiente Empresarial 2009, evento que em sua segunda edição trouxe o tema Criar, evoluir, inovar – tecnologias e práti-cas para a gestão de vanguarda, prevendo discutir amplamente a competitividade, tendências, impactos, diferenciação, lim-ites, criatividade e inovação.

Por fim, a dica é: fique atento às oportuni-dades, supere as expectativas do seu cli-ente, busque continuamente a qualidade, encontre novas soluções para antigos problemas e também renove as fórmulas bem sucedidas de longa data. Estas são algumas ações que geram um ambiente propício à inovação. Quebre paradigmas, corra mais riscos e desbrave novos ter-ritórios, pois é lá que o novo se encontra.

Cassius CoelhoPresidente do SESCAP-Ceará

N

Mobilização pela Legalização

Expediente

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Seminário sobre responsabilidade civil no setor público

Sumário

Matéria de Capa

14 Inovar é preciso O que uma empresa deve fazer para sair da Idade da Pedra e se tornar uma empresa de vanguarda? Como as soluções para seus problemas podem ter origem dentro delas mesmas? Uma única palavra pode responder estas per-guntas: Inovação. Para sobreviver no novo mercado é preciso se reinventar a cada dia para criar vantagens competitivas a médio e longo prazos.

Especial Empreendedor Individual

Tecnologia

05 Os benefícios da tecnologia VoIP

Entrevista com Manoel LucenaO Assessor Especial do Ministro da Previdência analisa o potencial e a repercussão do EI

Saúde

11 Saúde coloridaConheça a relação das cores com os nutrientes para ganhar em saúde e qualidade de vida

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Realizações

Parcerias em Destaque

Mural de Fotos

Dicas

Happy Hour

Ação SESCAP

08 Sindicato cearense é referência em Certificação Digital

Tema Livre

Uma boa idéia, mas sem nenhuma chance

12Qualidade em Pauta

Sucesso de empresas depende de radicalismo

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Ação SESCAP

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O Brasil Avança na Formalização do Trabalhador

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Artigo do Deputado Federal Pedro Eugênio

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Tecnologia

oice over Internet Protocol (VoIP), ou Voz sobre Protocolo

de Internet, é uma tecno-logia que une as redes de telefonia (linhas con-vencionais) às redes de dados (conexão de internet). Uma interação simples que se tornou solução econômica para se comunicar para qualquer des-tino (número) a menores custos, ou até gratuitamente, usando apenas um computador, microfone, caixas de som, ou fones de ouvido, e um software apropriado. Além da econo-mia, o constante aperfeiçoamento é outra vantagem da tecnologia VoIP que é capaz de transformar o analógi-co em dados de grande definição.

termo Web 2.0 foi criado em 2004 para indicar uma tendência

natural evolutiva na Internet pregando sua utilização como uma plataforma de socializa-ção e interação entre usuários baseada no compartilhamento, criação conjunta e no conceito de inteligência coletiva. Em poucas palavras, a interação e a colaboração, que poderia ser observada como um diferencial, passou a ser princípio, meio e fim. Pode parecer simples, mas centrar atenção na participação (interação) dos usuários acar-retou em uma nova percepção de conteúdo, programação, interface, marketing, jornalis-mo, etc.

O conceito de Web 2.0 foi o pai do Consumer-Generated Media (CGM), ou mídia gerada pelo consumidor (usuário). Deste princípio surgiram pequenas e grandes idéias, algumas revolucionárias, como Wiki-pedia, Plataforma Google, Orkut, Twitter, Windows Live, Skype, Blogger, Remember de Milk (veja nas dicas, pg. 25) e Youtube, só para citar alguns. Hoje, cada clique e cada página é personalizada e todos podem criar, aprender ou distribuir na web.

Os benefícios da

tecnologia VoIP Web 2.0 deixou os cliques mais inteligentes

Cada vez mais empresas adotam a tecnologia, se não definitivamente, ao menos como opção estratégica. Já existem muitos provedores especia-lizados de VoIP com itens gratuitos como identificador de chamadas, liga-ção de espera, ligação em conferência, voice mail e outros bem mais atra-tivos que as linhas convencionais. A transição para esta tecnologia é fácil. Vale analisar a possibilidade e testar.

A identidade do

rimeiro os contabilistas. Pouco tempo depois, os advogados. E as identi-

dades profissionais já não são mais as mesmas (e nem pode-riam). Saem as frágeis e facilmente clonáveis carteirinhas de papel, entram em cena verdadeiras chaves para o mundo digital. Os novos documentos de registro têm design moderno, relevo táctil, tarja anti-scanner, elemento ótico variável, são produ-zidas em policarbonato e vêm com chip criptográfico e certificação digital. O salto evolutivo situou os

profissionais de direito e contabili-dade na vanguarda das tecnologias

exigidas por sistemas fiscais e ju-diciais cada vez mais eficientes

e alinhado aos padrões in-ternacionais. A substitui-

ção tem sido gradual, no mesmo fluxo de exigência da assina-tura digital

para acessar os serviços. Quem dese-

jar mais informações, pode enviar e-mail para o sescapce@

sescapce.org.br e tirar suas dúvidas sobre aquisição das identidades profissionais para advogados e contabilistas com o Sindicato das Empresas de Serviços.

profissional modernoP

V

O

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Ação SESCAP

Osório Araújo, Presidente do CRC-CE discursa na solenidade de abertura

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Dr. Ricardo Rocha , promotor de justiça, durante apresentação de sua palestra.

oucas vezes tantos repre-sentantes de entidades, prefeituras, órgãos públicos

e privados, procuradores de justiça, acadêmicos e estudantes estiveram juntos no mesmo encontro. Este foi o primeiro impacto deixado pelo “Semi-nário Responsabilidade Civil e Penal na Contabilidade Pública - Os Desvios e seus Efeitos”, uma iniciativa ousada do SESCAP-Ceará, realizada no dia 24 de abril.

No público, nomes expressivos como Jaime Cavalcante de Albuquerque Filho, sec. de finanças de Caucaia,

relação SESCAP-CE/RFB/CRC-CE cresceu e já trouxe grandes avanços para a classe contábil.

Desde fevereiro, quando o sindicato remeteu um ofício sinalizando críticas em relação ao atendimento prestado aos contribuintes, as três entidades já estiveram reunidas e acertaram a criação de um grupo de trabalho para esclarecer, formar e promover melho-rias nos serviços prestados. As idéias e o material apresentado pelo SESCAP-Ceará foram bem recebidos pelos Chefes da DIVIC - Divisão de Interação com o Cidadão, Sr. Paulo Regis Arcanjo

SESCAP promove seminário sobre responsabilidade civil no setor públicoP

e Nelsi Alves Freitas. A proximidade é interessante tanto para a Receita, que tem no sindicato uma fonte de infor-mação prática, quanto para o SESCAP-Ceará que aproxima os interesses de

Para o presidente do SESCAP-Ceará, Cassius Coelho, que capitaneou o semi-nário na companhia da diretora Clara Germana, coordenadora da Câmara Seto-rial de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, “eventos como esse são funda-mentais para trazer à pauta de discussão um assunto importante que é a respon-sabilidade civil e penal por informações geradas e prestadas pelos entes públicos e contadores aos órgãos de controle e fis-calização”. A Contabilidade Pública está na pauta do SESCAP-Ceará.

Receita Federal, SESCAP-Ceará e CRC-CE buscam soluções em conjuntoA

Tempo elevado de espera para obter simples Pesquisa Fiscal.

Francisco Antônio Fer-reira, pres. da Câmara Municipal de Mara-canaú, Hélio César Sá, pres. da Câmara Municipal de Mom-baça, Cleudo Marcos de Sousa, repres. da RFB, Deusinho Filho, presidente da UVC e Idalmir Feitosa, sec. de finanças de Aquiraz.

Eles prestigiaram as palestras do Dr.Ricardo de Lima Rocha, promotor de justiça, sobre os “Principais desvios observa-dos na gestão das contas públicas e suas consequências eleitorais, cíveis e penais”; de Luiz Mário Vieira, do TCM-CE, sobre os “Principais desvios observados nas contas apresentadas ao TCM e suas consequências”; e de Joaquim Liberalquino, da Comissão Técnica do CFC, sobre “Resignifi-cado, normas, responsabilidades e perspectivas da contabilidade na área pública”.

seus associados à entidade, mas os maiores beneficiados são mesmo as empresas e os profissionais do setor de serviços. Confira, abaixo, um breve “an-tes e depois” da troca de informações.

Demora na análise dos DBEs para alteração e encerramento com prazo de 15 dias.

Prazo médio para análise em torno de 5 dias.

O agendamento de serviços previdenciários estava em torno de 10 dias.

Este agendamento encontra-se sendo feito para atendimento em no máximo 2 dias.

A Pesquisa Fiscal foi disponibilizada para consulta na Internet via senha de acesso.

Antes Depois

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IRPF e Caso Grendene foram recheios do Almoço PalestraI nformação de qualidade

continua sendo o prato prin-cipal do Almoço Palestra do

SESCAP-Ceará. No mês de março, dia 27, o Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, Eduardo Ellery, apresentou um raio-x da Declaração

do Imposto de Renda Pessoa Física 2009 e deixou os mais de 30 profis-sionais seguros e prontos para efetu-arem suas declarações. O encontro também teve a participação do Chefe do Plantão Fiscal da Receita Fede-ral, Nilo Carvalho, como debatedor. Algumas semanas depois, no dia 17 de abril, foi a vez do tema “Controla-doria em Empresas de Grande Porte: O Caso Grendene” ser apresentado pelo contador Emilio Fernandes, ge-

rente de Controladoria da Grendene. 35 participantes foram ao encontro prestigiado por um grande número de profissionais de outras áreas e empresas, como UNIMED, Newland, SENAC e Jornal O POVO.

Propagando informação pelas ondas do rádio

om a palavra, o SESCAP-Ceará. Tem sido assim sempre que os veículos de

comunicação precisam de uma in-formação precisa sobre assuntos que dizem respeito à prática empresarial. No mês de abril, duas participações chamaram atenção. Uma delas foi a do presidente Cassius Coelho que apresentou uma análise sobre o Sistema Publico de Escrituração Digi-tal (SPED) e seus subprojetos - NF-e, Certificados Digitais, SPED Contábil e

Fiscal – na rádio CBN. Uma conversa informativa bem instrutiva.

No mesmo ritmo, outra participação importante aconteceu no período de Declaração do Imposto de Renda, quando o diretor Adriano Farias e o presidente Cassius Coelho foram requisitados pelas rádios O POVO e Ceará Sat. Obrigatoriedade, uso da certificação digital, deduções, gas-tos e importância de contratar um profissional registrado foram alguns

C

pontos ressaltados. Na filosofia do SESCAP-Ceará, as participações na mídia são ótimas oportunidades de atingir um grande público, cumprindo em grande proporção a função social da entidade.

Presidente Cassius com o palestrante Emílio Fernandes

no Almoço Palestra - Grandene

Vice-Presidente Carlos Mapu-runga com o pa-lestrante Eduardo Ellery no Almoço Palestra - IRPF

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Workshop “SPED e NF-e na prática”

Ação SESCAP

ntes mesmo de ser imple-mentada a certificação, o SESCAP-Ceará já atuava

junto a empresários e profissionais difundindo a tecnologia digital. O esforço do sindicato em facilitar e in-centivar o acesso à certificação digital vem rendendo frutos. Prova disso, foi o balanço de metas/realizações em emissão de certificados nos meses de janeiro e fevereiro de 2009 que posi-cionou o SESCAP-Ceará no primeiro lugar do “Ranking de classificação da região nordeste - por emissões”.

Para o cálculo das metas, foram levadas em consideração a média dos últimos três meses do ano de 2008, sendo lançado sobre essa média um índice de crescimento esperado para cada mês. O SESCAP superou as expectativas emitindo mais de 250 certificados em janeiro e fevereiro. As informações foram repassadas pela Supervisora Regional de Certificação Digital - Região Nordeste, Sirlene Lima, e foi recebido como um sinal de que o trabalho do SESCAP-Ceará está sendo bem feito e um incentivo para melhorar ainda mais.

Sindicato cearense é referência em Certificação Digital

ADesde abril de 2006, o SESCAP-Ceará mantém o seu posto de emissão e validação de certificados digitais em pleno funcionamento em sua sede e outro fruto da parceria com o CRC-CE naquela entidade. Em todos es-tes anos, a atuação do SESCAP pela inclusão e acesso ao universo digital cresceu transformando o sindicato em referência e liderança na região.

Parceria OAB

Em março o SESCAP-Ceará firmou parceria com a OAB-CE para facilitar a emissão de certificados digitais para os advogados através da estrutura da AC FENACON. O sindicato irá disponibilizar a estrutura e atendimentos personali-zados aos inscritos na Ordem dos Ad-vogados e também ministrar cursos e palestras para disseminar a tecno-logia, uso e aplicações da certificação

digital no mundo jurídico.

Workshop SPED e NF-e

No dia 11 de março o SESCAP-Ceará realizou o Workshop “SPED e NF-e na prática: conceitos e funcio-nalidades da escrituração contábil/fiscal e da nota fiscal eletrônica“ que reu-niu um público especializa-do de mais de 100 pessoas que tiveram a oportunidade de conferir como as tecno-logias mudaram, na práti-ca, as rotinas profissionais

SESCAP-Ceará se destaca regionalmente na emissão e propagação dos recursos digitais

e administrativas. Ministrando as palestras, estiveram, pelo SPED, So-corro de Oliveira, Auditora da Secre-taria da Fazenda do Estado do Ceará, e pela NF-e, Helder Andrade, Auditor do Tesouro Estadual da Secretaria da Fazenda.

Certificação no Interior

Não há distância que separe os em-presários e profissionais da chegada do futuro. É por isso que Certificação Digital chegou ao interior do Ceará de carona com o SESCAP-Ceará. No início do ano, os agentes de certifi-cação, Rhay Dantas e Igor Ximenes,

Cassius Coelho, Presidente do SESCAP-Ceará, em visita à OAB-CE

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João Dummar, Diretor Executivo do jornal O Povo obtendo a certifi-cação digital.

Ação SESCAP

viajaram até diversas cidades distan-tes da capital para divulgar e facilitar o acesso à tecnologia digital.

Profissionais Certificados

Desde que a certificação digital to-mou caráter obrigatório, o Posto de Emissão e Validação do SESCAP-CE/AC Fenacon, virou ponto de encon-tro de profissionais do estado. Em março, por exemplo, foi a vez de João Dummar, presidente executivo do jornal O Povo, obter o seu.

AR SESCAP-Ceará

O SESCAP-Ceará está muito perto de se tornar uma Autori-dade de Registro credenciada pelo ITI – Instituto Na-cional de Tecnologia da Informação. Recente-

mente, o sindicato passou por uma auditoria pré-operacional, requisito inicial do processo de avaliação para o credenciamento. Caso seja aprova-do, a autorização trará mais agilidade e independência na condução e con-clusão dos procedimentos de venda de certificados digitais.

Para obter mais informações sobre o setor de certificação ou a respeito do trabalho do sindicato, acesse o www.

sescapce.org.br.

Reunião de Presidentes do Sistema Fenacon Nordeste

os dias 25 e 26 de março, os presidentes dos sindicatos da região Nordeste estiveram

reunidos na tradicional Reunião de Presidentes do Sistema FENACON da Região Nordeste para traçar as

N ações do futuro. O encontro aconte-ceu na Bahia e elevou assuntos como Universidade Corporativa FENACON, crescimento da Certificação Digital, CONESCAP 2009 e outras ações reali-zadas individualmente pelos sindicatos.

Entidades preparam programa de educação para a classe contábil

pós tabular os dados de uma ampla pesquisa por demanda temática,

SESCAP-Ceará e SENAC com-puseram um painel temático para um programa de educa-ção continuada para o seg-mento empresarial contábil, que contemplará as áreas técnica e comportamental.

Entre os treinamentos téc-nicos, os temas mais votados foram “Apuração do Lucro Real” e “Análise das Demons-trações Contábeis”. Entre os comportamentais os campeões foram “Administração do Tempo” e “Planejamento”. O SESCAP-Ceará fará a indi-cação dos educadores e o SENAC definirá a metodologia e programa.

A

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Realizações

Reuniões do Sistema S

Reunião com o IDTData: 14.01O SESCAP-CE recebeu a diretoria do Instituto de Desenvolvimento do Tra-balho, para definir a participação do Instituto, que se associou ao sindicato, na definição da CCT.

Data: 26 e 27.01O presidente e o vice do SESCAP-CE, Cassius Coelho e Carlos Mapu-runga, participaram das reuniões do Conselho Regional do SENAC e da diretoria da FECOMÉRCIO.

Encontro das Empresas de Serviços de PE

Seminário Novos Gestores Municipais

CCT SintratelData: 02.02Após três rodadas de negociações, conduzidas pela diretora Clara Ger-mana, o SESCAP-CE chegou a um acordo com o Sintratel em relação à Convenção Coletiva de Trabalho.

Seminário Prefeituras Municipais

Data: 13.02A Diretora de Relações Trabalhistas, Clara Germana, participou do seminário técnico Prefeituras Municipais – Opor-tunidades Inovadoras de Gestão, realiza-do pelo grupo O POVO.

Curso Simples NacionalData: 13.02O SESCAP-CE levou o curso “Sim-ples Nacional – O Novo Cenário Tributário para as MPE’s em 2009”, para o município de Sobral, a 235 km de Fortaleza, com apoio da CDL e ACONTECE.

Módulo Rede ContábilData: 04 e 05.03“Viabilidade Econômica da Rede Contábil” foi o tema apresentado para as empresas da Rede Contábil, grupo formado pelos participantes do Programa de Qualidade do SESCAP-CE.

Ofício ao CGSNData: 13.03O SESCAP-CE enviou ofício ao secretário-executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional, Silas Santiago, solicitando a prorrogação do prazo para entrega da DASN. Na sequência, foi anunciado um novo prazo.

Data: 13 a 15.03Cassius Coelho, presidente do SESCAP-CE, foi até Pernambuco participar do 4º Encontro das Empresas de Serviços com-pondo a mesa de abertura e mediando uma palestra.

Posse SESCON–RN

Controle Social das Contas Públicas

Semana do Contabilista FACData: 06 a 08.04O SESCAP-CE apoiou, patrocinou e ministrou curso e palestra na Semana do Contabilista FAC - Facul-dades Cearenses.

Entrevista para a Rádio CBNData: 09.04O presidente do SESCAP-CE fez uma análise sobre o Sistema Publico de Escrituração Digital (SPED) e seus subprojetos: NF-e, Certificados Digi-tais, SPED Contábil e Fiscal.

II Seminário de Auditoria do Estado Data: 14.04O presidente do SESCAP-Ceará, Cassius Coelho, participou do evento realizado pelo CFC e CRC-CE que contemplou as áreas de Contabilidade e Auditoria.

Ofício aos senadoresData: 06.03O SESCAP-CE enviou ofício aos sena-dores Tasso Jereissati, Inácio Arruda e Patrícia Sabóia posicionando-se de forma contrária à aprovação das medi-das do Projeto de Lei nº. 98/08.

Reunião com a Fetrace Data: 07.05Primeira reunião entre o SESCAP-Ceará e a Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços do Estado do Ceará (Fetrace) para negociar a CCT 2009/2010.

Data: 28 e 29.01A diretora Clara Germana participou do Seminário Novos Gestores Munici-pais, da APRECE, que orientou os no-vos gestores cearenses para melhorar a qualidade da gestão pública.

Data: 19.03O presidente do SESCAP-CE foi à so-lenidade de posse do SESCON-RN que elevou José Weber Oliveira a presiden-te, contou com a presença de autori-dades e homenageou Lina Maria Vieira, Secretária da RFB e Edson Oliveira, ex-presidente da entidade.

Data: 04.04A diretora Clara Germana participou de curso sobre Controle Social das Contas Públicas. Curso com 31.000 inscritos em todo o Brasil.

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ão é apenas para a decoração dos pratos que as cores pedem atenção especial. Por trás das

cores dos alimentos há todo um código que indica funções orgânicas, grupos e algumas variantes nas taxas de nutrientes. Além de favorecer a saúde, prevenindo doenças e suprindo necessidades básicas, ficar mais atento às cores na hora das refeições pode ajudar a emagrecer, au-mentar a disposição e até dormir melhor, entre outros benefícios. Em geral, os tons indicam a predominância de nutrientes específicos, fitoquímicos, princípios ativos contidos nos alimentos.

O segredo da dieta das cores é que ela incentiva as pessoas a adquirem o hábito de comer mais frutas, vegetais e alimentos integrais, prática que reduz em cerca de 40% os riscos de câncer e doenças cardio-vasculares.

Como os nutrientes não podem ser vistos

facilmente, os fitoquímicos facilitam a orientação das pessoas em relação às frutas e vegetais que precisam ingerir. Seguindo essa linha, foi criada a uma das dietas mais simples e populares, a “five-a-day”, ou cinco por dia. A idéia é que as refeições tenham ao menos cinco cores de alimentos, ou grupos, sem necessaria-mente abolir os carboidratos e proteínas, mas incorporando as frutas e verduras. Assim, o que interessa não é a quantidade de alimento no prato, mas a variedade que será servida ao nosso organismo. Introduzindo diferentes tons e cores, além de mais bonito, a refeição ficará também mais nutritiva.

A balança é a seguinte: quanto mais colorido for o prato, mais nutrientes ele oferece. Seguir o código das cores é uma forma simplificada e acessível de atender

Saúde colorida

N

Saúde

Conheça a relação das cores com os nutrientes para ganhar em saúde e qualidade de vida

às recomendações dos nutricionistas, dei-xando mais prática a criação e manuten-ção de um padrão alimentar saudável, com os 400g diários de vegetais e frutas, recomenda pela Organização Mundial da Saúde. A dieta ideal é equilibrar e harmoni-zar carboidrato (pães, arroz), proteína (carnes, ovos) e vitaminas e minerais (frutas e hortaliças). A dica da Ponto Em-presarial é aproveitar toda a diversidade que a natureza oferece e ser saudável e feliz. Confira o quadro que preparamos e comece a colorir o seu prato.

Marrom: Soja, aveia, arroz integral, feijão, trigo, lentilha, nozes, cas-tanhas, etc.Funções: Ricos em fibras, os alimentos regulam o funciona-mento do intestino, ajudam a controlar o colesterol e o diabetes e são bons para a flora intestinal. As sementes oleaginosas, incluídas neste grupo, são excelentes fontes do mineral selênio e de vitamina E.

Vermelhos: Acerola, goiaba vermelha, maçã, morango, rabanete, romã, tomate, melancia, etc.Funções: Os alimentos vermelhos são fontes de licopeno (bom para a saúde dos pulmões), carotenóides (bom para a memória, olhos, pele e prevenção do câncer) e antocianina (que estimula a circulação sanguínea).

Laranjas: Abacaxi, batata inglesa e doce, caju, cenoura, damasco, mamão, laranja, milho, etc.Funções: Os alimentos da cor laranja são fontes de cara-tenóides (estágio inicial da vitamina A) e ricos em vitamina C. Auxiliam na manutenção da saúde do coração, da visão e do sistema imunológico.

Roxos Alface roxa, alcachofra, ameixa preta, berinjela, beterraba, framboesa, jaboticaba, etc.Funções: Estes alimentos contém niacina (vitamina do com-plexo B), minerais, potássio e também vitamina C. Mantém a saúde da pele, nervos, rins e aparelho digestivo e retardam o envelhecimento. Alguns alimentos deste grupo possuem um poderoso antioxidante que previne doenças cardíacas.

VerdesAbacate, alface, salsa, coentro, couve, azeitona verde, kiwi, etc.Funções: Ricos em cálcio, fósforo e ferro. Promovem o crescimento e ajudam na coagulação do sangue, evitam a fadiga mental, auxiliam na produção de glóbulos vermelhos do sangue, fortalecem ossos e dentes, além de ajudar a prevenir o câncer de próstata.

Brancos Alho, couve-flor, aspargo, banana, cebola, inhame, nabo, pinha, pêra, graviola, etc.Funções: Nos alimentos de cor branca encontramos as vitaminas do complexo B e os flavonóides, que atuam na proteção das células. Auxiliam na produção de energia, no funcionamento do sistema nervoso e inibem o aparecimento de coágulos na circulação.

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Uma boa idéia, mas sem nenhuma chance

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Tema Livre

carga tributária brasileira aproxima-se dos quarenta por cento do Produto Interno

Bruto. Traduzindo em dinheiro, isso significa que a cada real que trabalha-dores e empresários juntos produzem, o governo saca quase quarenta centavos para pagar seus custos e prestar os ser-viços públicos essenciais. Traduzindo em tempo, isso significa que a produção de quase quatro meses e meio de cada período de um ano vai sob a forma de tributos para a máquina pública.

Esta informação (...) circula nas edições de jornais impressos e televisivos, mas, como costuma acontecer, os meios de comunicação dedicam pouco espaço à análise e ao debate do tema (...). (...) o cidadão comum deveria ser melhor in-formado, as análises não deveriam ficar restritas às publicações especializadas, (...). Canais de participação deveriam ser abertos ao cidadão, facilitando seu envolvimento direto com esta questão, até porque a cidadania começa e ter-mina nas questões de dinheiro público.

(...) Em pouco mais de dez anos saímos da faixa dos vinte por cento para encos-tar nos quarenta. É um nível quase só experimentado nos países que já resol-veram todas as questões sociais básicas e eliminaram a miséria. (...)

Também é necessário que se mostre ao cidadão a distribuição dessa carga (...). No Brasil, o ônus se distribui de maneira injusta – os que podem me-nos pagam mais, os que podem mais pagam menos. (...) Basta ver como se arrecada no país: menos de cinco por cento de toda a arrecadação se faz sobre o patrimônio (a Constituição de 1988 criou o Imposto sobre Grandes Fortunas, mas (...) ele não foi regu-lamentado – quem se atreve?) perto de um terço da arrecadação obtém-se tributando a renda e perto de dois ter-ços se arrecada tributando o consumo. (..) Enquanto a distribuição da carga se fizer desta maneira, fica parecendo hipocrisia falar em reforma tributária e justiça fiscal.

(...) A economia brasileira tem um alto índice de sonegação. (...) Quantas vezes nas suas últimas dez pequenas e médias compras, você, leitor destas linhas, recebeu a nota fiscal? Uma grande parte do crime de sonegação esconde-se sob a manta suavizadora da pala-vra “informalidade”. Mas, informalidade, teu nome também é sonegação! (...) Ela não aparece nas estatísticas, mas, a rigor, poderia ser somada à carga tributária já pesada (...). Nestes casos, o cidadão paga, mas o Estado não ar-recada.

onera exageradamente empresários (...) e que pesa sobre as costas do trabalha-dor?

Agora, imaginem um país em que se pagasse um imposto só, progressivo, que dispensa estruturas de arrecadação no serviço público (...), que dispensa es-truturas internas das empresas (...), que não onera as folhas de pagamento (...), o faturamento das empresas e a renda do trabalhador (...), que só incidisse sobre a movimentação financeira e fosse cobrado no ato da movimentação bancária (...), que torna quase impos-sível a sonegação, que desestimula a informalidade e que (...) tivesse uma alíquota pequena... Imaginou?

Esta foi a boa idéia que o Brasil descar-tou. Uma pena que o cidadão não foi informado o suficiente para entendê-la, não havia canais suficientes para que participasse do debate e (...) alguém decidiu por ele: esta idéia não é boa, não tem chance.

A quem isso interessa? Só se for ao Diabo.

Leia o artigo na íntegra no site do SESCAP-Ceará, na “Central de Arquivos”.

Uma grande parte do crime de sonegação esconde-se sob a

manta suavizadora da palavra ‘informalidade’.

“ “

(...) A tributação é mais alta porque há sonegação e informalidade? Ou há sonegação e informalidade porque a carga é muito alta? Reconheça-se: o sistema tributário brasileiro é amplo (...) e complexo (...). Outra pergunta: o sistema é complexo e amplo porque quer evitar sonegação? Ou ele provoca sonegação porque é complexo e amplo?

Um último comentário: (...) Será que os municípios se sentem beneficia-dos? Será que os Estados se sentem satisfeitos? A União considera que a arrecadação é adequada (...)? Como se sente o empresário? E o trabalhador assalariado? Respondendo pelo leitor: nenhum desses atores sociais declarou-se satisfeito (...).

A quem interessa, finalmente, um siste-ma assim ineficiente, (...) tão sujeito a fraudes, que joga estados, municípios e a União, uns contra os outros, (...) que

A

Israel Araújo - Advogado, contador e diretor execu-tivo da Israel Araújo Con-sultoria em RH, a CATHO no Ceará.

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Inovar é preciso Postura inovadora é condição para a sobrevivência sustentável das organizações modernas.

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Matéria de Capa

A melhor maneira de pre-ver o futuro é criá-lo (Peter Drucker) – É assim que o guru

da administração reforça a importân-cia da inovação para as empresas de todos os portes e segmentos. Desde os primórdios, criar, evoluir e inovar são necessidades e habilidades naturais do ser humano que aos poucos passou a planejar, pensar seus atos e exigir mais. Foi assim que em épocas antigas, surgiram as primeiras ferramentas, artes, formas rústicas de comunicação, a roda, o trabalho, a vida em socie-dade, etc. Trazendo o princípio para o ambiente empresarial estas neces-sidades passam a ser características vitais para a sustentabilidade dos negócios e desenvolvimento empre-sarial. As empresas atuais também precisam sair da idade da pedra e de-ixar de simplesmente “fazer” e passar a “melhorar”. Fazer bem o que muitos também fazem, não agrega nenhum valor de escolha. É preciso se reinven-tar a cada dia para criar vantagens a médio e longo prazos.

No seu informativo on-line, o SESCAP-Ceará citou que “ser criativo é ter a habilidade de gerar idéias originais e úteis para solucionar os problemas, enquanto a inovação é fazer coisas novas e valiosas, fazer acontecer e me-lhorar produtos e serviços”. Na mesma matéria completou que “o mercado ex-ige inovação e criatividade como nosso corpo precisa de vitaminas”. E não foi nenhum exagero.

Quando incorporada aos processos de gestão e faz parte da filosofia das em-presas, a cultura da inovação promove mudanças profundas na forma de administrar que podem ser simples ou complexas, variando de acordo com

as fragilidades ou demanda de cada empresa por soluções inteligentes, es-tratégicas e personalizadas. Em 1930, a indústria automobilística nos deu um bom exemplo de inovação pela deman-da. Em tempos de crise (como o atual), quando a procura por carros novos era insignificante, a saída foi inovar na abordagem - “uma boa manutenção pode salvar o seu carro”.

Nos últimos dez anos o tema “inova-ção” foi incorporado em eventos empresariais como fóruns, palestras, cursos e workshops. E não foi por acaso. O mundo ficou gerencialmente inteligente em razão dos avanços na área de Tecnologia da Informação, formação empreendedora e a grande competitividade de mercado. Hoje, a ausência de um diferencial, do fator criativo, em uma empresa, especial-mente no setor de serviços, é um risco duplo: primeiro porque não atrai clientes e segundo porque retorna uma imagem de obsoletismo.

É importante ter em mente que não existe inovação sem ruptura, que não necessariamente precisa ser drástica. Nos últimos anos, a gigante Microsoft renovou sua postura por um modelo de inovação que, cada vez mais, rompe com a hierarquia do produto e passa a centrar seus esforços na interação com

o usuário (ex.: Plataforma Live).

A inovação vem acompanhada de qua-lificações (tecnológica, organizacional, gerencial, produtos, etc.). Investir em pesquisa e desenvolvimento é uma atitude empreendedora. Informação é um bem valioso e é preciso ir à caça para que criatividade e inovação pos-sam caminhar juntas.

Para tanto, a tecnologia, o marketing e a comunicação são fundamentais para a captação, gestão, debate e análise de idéias. São esses sistemas que facilitam a consolidação de uma comunidade criativa entre empresas, clientes, fornecedores, instituições de ensino, órgãos públicos e até mesmo um público ocasional.

Não é mais concebível esperar que um momento de inspiração isolada “salve a lavoura”. Em outra frase famosa de Peter Drucker, o administrador afirma que “no futuro, só existirão dois tipos de empresas: as rápidas e as mortas”. Qual delas é a sua? O mercado pede por mudanças. Analise se você está pronto.

Tipos de inovação

Para facilitar a compreensão, podemos dividir a inovação em três tipos. A de produto que modifica os atributos e

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“As empresas contemporâneas também precisam sair da idade da pedra. É pre-ciso se reinventar a cada dia para criar

vantagens a médio e longo prazos.”

percepção do objeto, a de processo que trata de mudar o sistema de produção do produto e a de modelo de negócio que muda a forma de apresentação e posicionamento do serviço ou produ-to no mercado. Vale salientar que nem sempre a inovação resulta em algo inteiramente novo, podendo criar algo a partir da união de coisas que já existem.

A inovação em tempos de crise

O processo de inovação exige inves-timento, de tempo e dinheiro, além dos riscos normais de tentar o novo. Mesmo havendo espaço para boas oportunidades, a crise assustou as empresas. Um sinal de que as empre-sas estão cautelosas foi o resultado da enquete feita pela revista americana Fast Company que fez um painel sobre como elas irão investir na inovação. A maioria não quis se arriscar e vai incrementar o que já existe. Cerca de 42,9% diz que o principal foco para este ano será ampliar expressivamente o nível de inovação em produtos já à venda para criar vantagens competi-tivas claras. Logo atrás, ficou a inten-ção de fazer melhoras menores para aumentar a qualidade ou cortar custos (28,6%) e a ideia de identificar espaços não explorados para produtos exis-tentes (28,5%). Apenas 14% preten-dem apostar em tecnologias completa-mente novas. Mas, mesmo cautelosas nenhuma abriu mão de inovar. (Fonte dos dados: Época Negócios)

Sete fatores da criatividade

Segundo os consultores Jacqueline Byrd (Richard Byrd Company) e Paul Lockwood Brown (Kern, DeVenter, Vi-

ere) existem sete fatores fundamentais para criar a capacidade de inovação. Quatro para a criatividade: 1) Ambi-guidade, 2) Independência, 3) Direcio-namento interno e 4) Singularidade. E três para a disposição em assumir riscos: 1) Autenticidade, 2) Flexibili-dade e 3) Auto aceitação. Cultivando estes fatores a capacidade de inovação pode acelerar rapidamente. (Fonte: www.inovar.org.br)

Ousadia cai bem

Qual a sua postura diante de um obs-táculo? Se no meio do caminho há uma pedra, é preciso removê-la ou encontrar meios de atravessar e seguir adiante. Ou seja, para

inovar também é preciso ter deter-minação e coragem. Em alguns mo-mentos, ousar significa nadar contra a corrente.

Magnetismo

O magnetic service é uma experiên-cia de liderança que atrai (une) o público e conquista sua fidelidade

através da diferenciação e criação de ambiente ao mesmo tempo de experi-mentação e aprendizagem permanente com funcionários e clientes.

Inovação é como um iceberg

O menor dos resultados gerados pela inovação tem como base um amplo e detalhado processo que não é visto publicamente, e nem deveria, mas é formada por informação, pesquisa, interpretação, planejamento, valores, etc.

Ambiente Criativo

Empresas que incorporaram a cul-tura da inovação estão investindo no conhecimento criativo e nas estruturas corporativas colaborativas, onde a interação e a liberdade para estudar/dialogar favorece ao desenvolvimento do espírito empreendedor nas pessoas. Os sistemas são fundamentais, mas não há inovação sem capital humano qualificado e sintonizado em prover soluções diferenciadas.

1. De acordo com o Google Trends o Ceará é o 10° estado (subregião) que mais pesquisa sobre inovação no sistema. No topo da lista, está o Amazonas. Essa posição mostra que há um grande interesse local pelo tema “inovação”.

2. Confira a lista das 10 empresas mais inovadoras segundo a BusinessWeek:De todas as 50 empresas que compõem a lista, 15 foram citadas pela primeira vez. Confira a lista completa no www.businessweek.com.

Curiosidades

1º APPLE (Há cinco anos que a empresa lidera o ranking)2º GOOGLE3º TOYOTA MOTOR

4º MICROSOFT5º NINTENDO6º IBM7º HEWLETT-PACKARD

8º RESEARCH IN MOTION 9º NOKIA10º WAL-MART STORES

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Especial EI

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Empreendedor Individual direto ao Ponto

D as mudanças implementadas no sistema fiscal, nos últimos três anos,

foi a criação do EI - Empreendedor Indi-vidual que renovou a batalha pela formali-zação de negócios no país. A classificação criou um novo perfil tributário para fa-vorecer os pequenos e médios empresários e incentivar a saída da informalidade.

Durante o evento Agenda 2009, José Pimentel, ministro da Previdência e um dos maiores incenti-vadores da classificação, afirmou que “o objetivo é formalizar, no primeiro ano, 10% dos trabalhado-res informais, que, de acordo com o IBGE, somam quase 11 milhões de pessoas. Essas pessoas querem crescer, ter crédito barato, local certo para traba-lhar. Além disso, poderão contar com os benefícios da Previdência, como aposentadoria e auxílio-ma-ternidade”.

A expectativa passará a ser realidade a partir do dia 1º de julho. Por isso, a redação da Ponto Empre-sarial preparou um especial com a opinião de dois profissionais que vivem ativamente a política e a economia do Brasil e estão envolvidos nos debates e ações para ampliar o alcance do Empreendedor Individual – o Deputado Federal Pedro Eugênio e o Assessor Especial do Ministro da Previdência, Ma-noel Lucena. Conheça agora os critérios, benefícios e o potencial da classificação.

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O Brasil Avança na Formalização do TrabalhadorA formalização das relações de

trabalho avança no Brasil. Após as conquistas de mais

de sessenta anos do período getulista, e passado o período recente e ameaça-dor de ataque neoliberal aos direitos do trabalhador, o País novamente vai vivenciando momentos importantes em direção à formalização do trabalho. A aprovação do Simples Nacional no gov-erno Lula e a luta histórica da categoria contábil levou a uma onda importante de novas formalizações. Agora, na sequência dos aperfeiçoamentos ao Simples trazidos pela Lei 128 estamos prestes a assistir a um novo marco nas conquistas trabalhistas.

A partir de 1º de julho, trabalhadores autônomos vão poder legalizar-se como Empreendedor Individual (EI), e as-sim ter condições de contribuir para a Previdência e inscrever-se no estado e no município, pagando mensalmente apenas 11% sobre o valor do salário

mínimo, o que hoje dá R$ 51,65, mais R$ 1 de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Se for prestador de serviço pagará mais R$ 5 referente ao Imposto Sobre Serviço (ISS). Um grande avanço, sem dúvida, que agrega aos direitos previdenciários milhões de brasileiros, como artesãos, camelôs, doceiras, manicures, bor-racheiros, barbeiros, eletricistas, cos-tureiras, chaveiros, vendedores, entre outros profissionais integrantes de uma lista de 170 ocupações.

Estamos falando de um universo de beneficiários, entre trabalhadores e familiares, de nada mais, nada me-nos, que 19,2 milhões dos brasileiros, um pouco mais de 10% da população brasileira que é de 189,8 milhões, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2007, através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD). Em Pernambuco, esse número chega a 875,2 mil. Somente o Recife apresenta um contingente de 88 mil trabalhadores por conta própria, con-forme levantamento feito pelo IBGE no último mês de abril. Ou seja, o projeto do EI causará grande impacto aos lares brasileiros e à economia do País. Sair da condição de autônomo relegado para trabalhador formal significará, acima de tudo, um reconhecimento de cidada-nia.

Sair da condição de autônomo relegado para trabalhador formal

significará, acima de tudo, um reconhecimento de cidadania.

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Ao ter papel operacional central na formalização dos novos Empreende-dores Individuais, os contabilistas

brasileiros consolidam seu papel de construtores de um novo Brasil.”

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Especial EI

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Como pagante do INSS, o segurado terá direito à aposentadoria por idade, auxílio-doença, salário-maternidade e auxílio-acidente, e a sua família fica protegida com a pensão por morte e o auxílio-reclusão. A figura jurídica do Empreendedor Individual também terá acesso a linhas de crédito voltadas para a atividade, além de cursos de qualifi-cação e orientações técnicas do Sebrae. Toda essa formalização será possível mediante a inclusão ao Simples Nacio-nal, com isenção da taxa de registro da empresa e sem a necessidade de conta-bilidade. Em um único acesso ao Portal do Empreendedor (www.portaldoem-preendedor.gov.br), o trabalhador sairá com CNPJ, inscrição na Junta Comer-cial e será incluído no Regime Geral de Previdência.

Previdência Social A inclusão dos autônomos não formais nos sistemas previdenciários e tribu-tários fortalecerá também, a curto prazo a arrecadação do INSS e de estados e municípios. No longo prazo, a neces-sidade de financiamento da previdência poderá aumentar, como aumentou com os segurados especiais, principalmente os rurais. O regime previdenciário brasileiro é de contribuição simples, o que pressupõe que as geração que hoje trabalham e recolhem para a previdên-cia e impostos em geral, contribuem

para manter os trabalhadores de ontem, hoje aposentados.

Hoje, 35% da população é excluída do regime previdenciário, o que significa 40 milhões de brasileiros. No curto prazo, a previdência não é deficitária, mas, no longo prazo, precisará de maior finan-ciamento, em função do envelhecimento acelerado da população. Enquanto que na década de 80 a expectativa de vida do brasileiro era de 62 anos, hoje está em 72 e em 2050 chegará a 81, quando ter-emos uma massa populacional estimada em 215 milhões de habitantes.

Por tudo isto, apresentei à Câmara dos Deputados projeto de lei 5417/2009 que cria o Fundo de Desenvolvimento Social da Previdência, que com recur-sos do pré-sal deverá complementar a arrecadação previdenciária, como

acontece, por exemplo, na Noruega. É uma forma de garantir a autonomia da previdência sociais dos trabalhadores, principalmente daqueles que, como os que hoje estão na informalidade, passarão a ter seus direitos trabalhistas reconhecidos.

Este importante avanço social tem tido na categoria contábil e nas empresas de serviços contábeis grandes aliados. Com os colegas parlamentares que atuam no Núcleo de Estudos Contábeis e Tribu-tários e com as entidades de representa-ção contábil, principalmente a Fenacon e os Sescap, temos tido o privilégio não só de conquistarmos vitórias para a cate-goria (como o Simples para as empresas contábeis), mas para toda a sociedade. Ao ter papel operacional central na for-malização dos novos Empreendedores Individuais, os contabilistas brasileiros consolidam seu papel de construtores de um novo Brasil.

Deputado fede-ral Pedro Eugênio (PT-PE) é Economista, Pesquisador e Profes-sor do Departamento de Economia da UFPE, desde 1978, foi secre-

tário da Fazenda de Pernambuco e palestrante do Ambiente Empre-sarial 2008.

Ponto a Ponto1. O Empreendedor Individual foi implementado pela LC 128/08 que foi sancionada no dia 22 de dezembro de 2008. Além do EI, ela trouxe mudanças relativas à cobrança de ICMS, exigên-cias para abertura e fechamento de empresas, inscrição de novos setores no Simples Nacional e criou a categoria jurídica da Sociedade de Propósito Específico (SPE).

2. Antes, a categoria era chamada de Mi-croempreendedor Individual, mas devido ao descontentamento com o termo “micro”, a personalidade foi renomeada para “Empreende-dor Individual”.

3. O EI corresponde ao empresário individual referido no art.966 do Código Civil, com receita bruta de até R$ 36.000,00, optante do Simples Nacional, que receba salário mínimo ou o piso da

sua categoria, que tenha até um empregado e seja dono ou sócio de apenas um estabelecimento.

4. O limite para empresas novas é de R$ 3.000,00 multiplicados pela quantidade de meses entre abertura e final do exercício.

5. O Empreendedor Individual recolherá, até o dia 20 de cada mês, em valores fixos, por meio do Docu-mento de Arrecadação do Simples Nacional – DAS.

6. O EI que possuir um empregado registrado terá que recolher 8% sobre o salário mínimo de contri-buição previdenciária do empregado, complemen-tada com 3% pelo empregador.

7. Dispensa da emissão de documentos fiscais nas operações e serviços para o consumidor final pessoa física.

8. Deverá informar anualmente, até 31 de janeiro, a receita bruta total, a receita bruta total referente às atividades sujeitas ao ICMS, caso tenha contratado.

9. O Empreendedor terá linhas de crédito específicas e poderão abrir a conta bancária de sua empresa pagando apenas R$ 5 de taxa de serviços mensal.

10. Para o empreendedor que se inscrever a partir de 01/07/2009, a opção pelo Simples Nacional será simultânea.

11. A inscrição do Empreendedor Individual é gratuita e será feita pela internet no endereço www.portaldoempreendedor.gov.br.

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no Simples Nacional atingiu o número de 3,2 milhões, ou seja, são quase 2 milhões de empresas a mais em menos de 2 anos. Pensemos então nesse universo de 11 milhões de pessoas com oportunidade de se formalizar e fazer parte do processo legal da economia Nacional. Penso que será uma ótima chance de mudarmos em definitivo o paradigma de que a informalidade é barata e vale a pena. Não, a partir de agora ser formal é barato e vale

muito a pena. Quem quer desenvolver o seu negócio não terá dúvidas, vai se formalizar.

Ponto: Citaria algum ponto específico que ainda precisa evoluir?

Manoel: A lei é uma atitude de ousadia e vanguarda, e, como tudo que é novo, deverá passar por melhorias e ajustes futuros. Mas isso só ocorrerá à medida que a teoria virar prática e quando a

Manoel Lucena, o Assessor Especial do Ministro da Previdência José Pimentel, analisa o potencial e a repercussão do Empreendedor Individual (EI) na sociedade empresarial e na esfera pública, além de expor a participação da Previdência no processo e comentar a importância das empresas contábeis.

Ponto Empresarial: As entidades enalte-cem e festejam o EI. Ele merece toda essa repercussão?

Manoel Lucena: O tempo dirá que sim. Trata-se, em verdade, de uma inicia-tiva de vanguarda para o ambiente de negócios do País, abrindo um grande espaço para a inclusão previdenciária e social. São mais de 11 milhões de trabalhadores e trabalhadoras que hoje sobrevivem à margem da lei, sem possibilidades de apoio, de cobertura previdenciária e de crescimento. A lei simplifica o processo de formaliza-ção, concebendo-o de modo rápido e imediato, sem qualquer burocracia e reduz a carga tributária a valores sim-bólicos. Essa é uma iniciativa ímpar e que merece sim o empenho de todos na sua implementação. Ponto: É possível mensurar o impacto que ele pode gerar?

Manoel: Talvez seja cedo para men-surar o real impacto que a medida terá na sociedade, mas o resultado do Simples Nacional serve de parâmetro para fazermos esse exercício futuris-ta. Até junho de 2007 o Brasil tinha 1,3 milhão de empresas optantes do Simples Federal. Com a aprovação do Simples Nacional – LC 123/07, que aprimorou as regras para as MPEs, em maio de 2009 o número de empresas

Manoel Lucena

O poder do Empreendedor Individual

dinâmica do dia a dia fizer emergir situações não previstas. Aí sim as me-lhorias serão propostas e incorporadas como ocorreu com a lei que criou o Simples Nacional.

Ponto: Qual foi a posição da Previdência durante a aprovação?

Manoel: A Previdência Social, por meio do seu Ministro, José Pimentel, teve sempre uma posição ativa e propositi-va. Encampou a idéia de modo incondi-cional, promoveu debates e conversou com os diversos parceiros. A Previdên-cia Social, por meio dos seus gestores, entende que essa é uma alternativa fundamental para o Estado brasileiro, para a sociedade e para a própria Previdência em razão do potencial de ampliar a sua cobertura a um grande número de brasileiros que se encon-tram na informalidade. O Ministro tem participado de seminários, de audiên-cias públicas e de reuniões, fazendo apresentações e debatendo o assunto, sempre com otimismo e com a visão de alguém que conhece e estuda o assunto. Isso tem sido fundamental à construção e integração da rede de atores que hoje apóiam a iniciativa.

Ponto: Agora, de que forma a Previdên-cia trabalha para estimular?

Manoel: De forma pragmática. Estimu-

Especial EI

A lei é uma atitude de ousadia e vanguarda, e, como tudo que é

novo, deverá passar por melhorias e ajustes futuros.

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... as empresas contábeis irão desempenhar um papel fundamental na formalização dos Empreen-dedores Individuais e com certeza nos desdobramentos desse processo ao longo dos anos.ação dos recursos públicos.“

“Especial EI

lando, apoiando e valorizando todas as iniciativas que tenham por obje-tivo dar forma definitiva ao que está escrito na Lei. Ressalto, o Ministro José Pimentel tem dedicado boa parte de sua energia à consolidação dessa proposta que hoje é abraçada por uma rede de parceiros que tem o tamanho do Brasil. São entidades, instituições e órgãos públicos e privados, nas três esferas do pacto federativo e isso nos deixa tranquilos quanto ao sucesso do Empreendedor Individual, lembrando que ele é um processo que se iniciou com a lei e será construído indefini-damente.

Ponto: Como um empresário pode se tornar Empreendedor Individual?

Manoel: Simples assim: entra no Portal do Empreendedor no endereço www.

portaldoempreendedor.gov.br e se formaliza instantaneamente, sem qualquer outra burocracia. Lembro, porém, que há a rede de parceiros que irá facilitar ainda mais esse processo. Posso citar o SEBRAE que prestará atendimento e apoio técnico, as em-presas de contabilidade optantes pelo Simples Nacional que irão prestar apoio gratuito no primeiro ano de for-malização e aqui destaco o papel ativo da Fenacon; Bancos oficiais e privados estão formatando serviços e crédito específicos para esses empreende-dores, Estados e Municípios estão mobilizados nas suas áreas de atuação. Ressalto também que o processo de ser legal pressupõe atividade lícita e autorização das Prefeituras quanto ao local e tipo de atividade a ser exercida. Ponto: E como as empresas contábeis

se enquadram nesse novo cenário?

Manoel: Já havia adiantado o papel ativo da Fenacon que congrega, no âmbito nacional, as empresas de con-tabilidade. Estas, quando optantes do Simples Nacional, irão prestar asses-soria de graça na formalização e por ocasião da primeira declaração anual. Essa participação da classe contábil é fundamental, pois se trata de uma categoria com experiência no em-preendedorismo que poderá orientar e ajudar aos Empreendedores na organização dos seus negócios, etapa indispensável a quem deseja crescer e prosperar. Portanto, as empresas contábeis irão desempenhar um papel fundamental na formalização dos Empreendedores Individuais e com certeza nos desdobramentos desse processo ao longo dos anos.

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Parcerias em Destaque

AC OABAcordo fechado para emitir certificados digitais exclusivamente para os advogados portadores da nova carteira profissional com chip criptográfico. Informe-se através do (85) 3273.2255.

SESCNo dia 30 de março, o SESCAP-Ceará e o SESC – Serviço Social do Comércio celebraram o acerto de um convênio que permite aos associados e seus dependentes, bem como os funcionários do sin-dicato, usufruir das dependências e participar nas atividades das várias unidades SESC. Pelo acordo, o SESC dará acesso a atividades como colô-nia ecológica e de férias, excursões, atividades físicas e desportivas, cursos, clínicas odontológicas, res-taurantes com acompanhamento nutricional, biblioteca e muitas outras possibilidades. Mais uma excelente parceria com amplos benefícios para quem está em situação regular com o SESCAP-Ceará.

Confira os parceiros do SESCAP-Ceará e as vantagens oferecidas para os associados:

Outros convêniosCENTRAL FÁCIL | CIEE | COPYEX | COCO BEACH | CRC-CE | CRC-CE e CDL | DIFERRENCE | FACULDADE

ATENEU | FIC – FACULDADE INTEGRADA DO CEARÁ | FECOMÉRCIO | FGV – FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS |

HAPVIDA | MRH | IBEF – INSTITUTO BRASILEIRO DE EXECUTIVOS DE FINANÇAS | INTERFISCO | JUCEC | LIVRARIA

NOBEL | PORTO SEGURO | QVT - QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO | RCG CURSOS | SEBRAE-CE | STUDART

& MARTINS | UNICE | UNIMED

Conheça detalhes de todos os convênios através do site www.sescapce.org.br

Boi PretoUma deliciosa parceria com uma das principais redes de restaurantes da região que, em Fortaleza, além da ótima localização e qualidade nos pratos e carnes, dispõe de estaciona-mento com manobristas. O melhor dos atrativos é que associados em situação regular com o sindicato terão direito a 20% de desconto.

Porto SeguroConvênio que ga-rante serviços de consórcio imobiliário e de automóveis para os associados e filiados com amplas vantagens e cortesias como regulagem e revisão de faróis e alinhamento ou cristalização dos para-brisas para os veículos de propriedade do cotista. Mais detalhes com a Porto Seguro (0800 7071717), identifique-se como um associa-do do SESCAP-Ceará.

Convênio que dá cobertura assistencial à saúde (procedimen-tos clínicos, cirúrgicos, obstétri-cos e atendimentos de urgência e emergência) para serviços cre-denciados, ambos da UNIMED, às pessoas naturais vinculadas ao SESCAP-Ceará.

UNIMED

SENACPrevê o oferecimento de cursos, simpósios e outros eventos para a capacitação e o aper-feiçoamento dos dirigentes dos Sindicatos e dos seus associados. Prevê, ainda, a utilização da es-trutura social e educacional do SENAC, como bibliotecas, au-ditórios, sistemas de teleconferên-cia e a participação em eventos gerais não vinculados ao convênio.

AC FENACONParceria firmada para a emissão de certificados digitais e-CPF e e-CNPJ, com descontos para Associados e Filiados.

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Mural de Fotos

12º Seminário de Contabilidade 12 a 14.11/08

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Qualidade em Pauta

Sucesso de empresas depende deom o aumento da competi-tividade entre empresas, cresce também a necessidade de

mudanças na gestão dos negócios. Ape-nas as companhias realmente “revolu-cionárias”, capazes de enfrentar o desafio da inovação, apostar na criatividade dos funcionários e implantar novas idéias constantemente, serão capazes de obter uma lucratividade sustentável ao longo dos anos e sobreviver.

O sucesso de uma empresa depende de inovações radicais, que devem ser im-plantadas com a ajuda dos funcionários. Porém, não existe um consenso de que as pessoas acreditam que sejam respon-sáveis pela inovação na empresa. Mas todo empregado deve ser responsável por novas idéias.

Para os executivos alterarem as conven-ções já estabelecidas é necessário quebrar todas as regras. É preciso deixar de lado o modelo de comando e controle e migrar para o modelo da participação autên-tica ou modernamente conhecido como “empowerment”. Entre as empresas que obtiveram sucesso com a teoria do desa-fio da inovação, podemos citar o caso da Alpargatas, que conseguiu se reposicio-nar no mercado ao aliar preço acessível e produto de moda com o relançamento das sandálias Havaianas.

A Nokia tem um time de profissionais que está constantemente pensando em produtos diferentes. Ao apostar na inova-ção, conseguiu superar a Motorola. A Dell com o seu inovador modelo de negócio on demand, também se diferenciou de seus concorrentes. E tantas outras empresas que através da inovação em produtos e serviços, conquistam uma gama maior de consumidores e lucram mais.

O radicalismo está na capacidade da organização questionar fortemente a sua cultura, colocando em cheque o status quo vigente para romper regras e tradições do Setor onde a empresa atua. Um estudo completo do Setor, aplicando-se o modelo de análise competitiva de Michael Porter – especialista em estraté-gia -, (ver figura 1) é um caminho seguro para traçar perspectivas, avaliar ameaças, criar oportunidades e planos. Seja para uma pequena empresa, média ou grande organização, o exercício é fundamental

para avaliar a capacidade competitiva e, logicamente, levar a empresa para um novo patamar de produtivida-de e negócios. Creio que um exercício como este proporciona segurança porque oferece um posicionamento adequado da realidade da empresa e auxilia a reduz os riscos ou ameaças à sobrevivência do negócio.

Um presente que os investidores, acionis-tas ou proprietários de empresas poderi-am dar para as suas organizações, deveria ser um diagnóstico competente e realista de como a sua empresa está diante do mercado. Mutante por natureza, esse mercado não tem mais uma identidade, uma “reserva” ou fronteiras que torne o negócio algo seguro e durável. O que nós temos é um mercado que exerce forte pressão de todos os lados: pressão de for-necedores, de clientes, de concorrentes, de novos produtos ou serviços chegando no mercado – veja o caso da VIVO ent-rando no Ceará - de produtos ou serviços substitutos – como é o caso das empresas áreas que terminam concorrendo com agências de viagens ao vender passagens pela internet, centrais de atendimento ou lojas da “grife”. Exemplo: TAM.

Velocidade, custos, tomada de decisão, inovação, responsabilidade, senso de

urgência, comprometimen-to, foco e aprendizado são

temas cada vez mais frequen-tes nas reuniões gerenciais e em

programas de treinamento. Não é para menos! A incapacidade de ler o contexto em números, percepções e intuições traz incerteza, insegurança e medo. Razões mais que suficientes para provocar grandes desastres empresariais em em-presas de todos os tamanhos.

Convocar os funcionários para dar novas idéias, desenvolver as lideranças para liderar e não somente gerenciar, ques-tionar as regras estabelecidas e exercitar possibilidades nunca d’antes pensadas é o caminho da lucratividade consistente. É o melhor presente que a empresa pode ganhar.

C radicalismo

Dermeval Franco é Administrador com pós-graduação em Marketing, educador e consultor organizacional em Estratégia, Recursos

Humanos e Liderança, com mais de 20 anos de atuação. É autor do livro “As Pes-soas em Primeiro Lugar: Como Promover o Alinhamento de Pessoas, Desempenho e Resultados em Tempos Turbulentos”. E-mail: [email protected].

Fig.1. Fonte: Harvard Business Review, jan de 2008

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Nobel - Top 10

Livraria NobelShopping Aldeota - Lojas 423/424 - Piso L4

Fone: (85) 3458.0404 - Fortaleza-CE

Livros

Livros

A Questão Definitiva: Você nos Recomendaria a um Amigo? (pg. 256)

Ponto Empresarial ABR/MAI/JUN 2009| PÁG. 24 |

Negócios1. O Código da Inteligência | Thomas Nelson Brasil2. Quem Mexeu no meu Queijo? | Record3. Você é do Tamanho dos Seus Sonhos | Ediouro4. O Futuro da Humanidade: A Saga de um pensador | Sextante5. Casais Inteligentes Enriquecem Juntos | Gente 6. Segredos da Mente Milionária | Sextante7. Escola da Vida | Planeta 8. Investimentos Inteligentes | Thomas Nelson Brasil9. O Monge e o Executivo | Sextante10. A Cabeça de Steve Jobs | Agir

Ficção1. A Cabana | Sextante2. Eclipse | Intrínseca3. Crepúsculo (Twilight) | In-trínseca4. Lua Nova | Editora Intrínseca5. O Vendedor de Sonhos | Aca-demia de Inteligência6. O Leitor | Record7. A Sombra do Vento – 2ª Edição | Suma de Letras8. O Pequeno Príncipe | Agir9. Leite Derramado | Companhia das Letras10. Ensaio Sobre a Cegueira | Com-panhia das Letras

Não Ficção1. Comer, Rezar, Amar | Objetiva2. Quem me Roubou de Mim? | Canção Nova3. Uma Breve Historia do Mundo – 2ª Edição | Editora Fundamento4. O Menino do Pijama Listrado | Companhia das Letras5. Mentes Perigosas | Fontanar6. Danuza Leão Fazendo as Malas | Companhia das Letras7. Mil Oitocentos e Oito | Planeta Editorial8. Quando o Sofrimento Bater a Sua Porta | Canção Nova9. Doidas e Santas | L&PM10. Operação Valquiria | Planeta

A Cabeça de Steve Jobs (pg. 304)

Autor: Leander Kahney Editora: AgirO que está por trás do homem que revolucionou os computado-res, o cinema de animação e a relação entre design, tecnologia e interação?

Melhor ainda, o que se passa por dentro da cabeça de Steve Jobs, no cérebro do criador da Apple? Geniali-dade, sorte, capacidade, obstinação e muito mais fizeram de Jobs um líder bilionário que não aceitava “nada além do melhor”. Em dias onde a inovação é ponto fundamental para a gestão, o livro, além de uma biografia, serve como inspiração e guia de liderança para os novos tempos.

Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia (pg. 392)

Autor: Nelson MottaEditora: ObjetivaSem censura e de forma bem humorada, como quem conta uma história numa roda de amigos, Nelson Motta, narra a trajetória do grande Tim Maia, um dos artistas mais importantes e populares da recente história musical do Bra-sil. Transgressor e dono de uma voz estrondosa, o cantor revolucionou a música com o seu soul-samba-rock e brigou (mesmo!) pelo seu espaço no mercado fonográfico. O resultado foi uma carreira pontuada por grandes hits e acontecimentos que se cruzam com a história de outros artistas. Es-crito pelo amigo e fã, o livro tem ritmo e faz justiça ao síndico.

O Código da Inteligência (pg. 232)

Autor: Augusto CuryEditora: Thomas Nelson BrasilEste é um dos livros de negócios de maior sucesso no mercado, tendo vendido mais de 100 mil cópias e entrado no concorrido top três da Revista Veja. E não precisa gastar muito da sua inteligência para entender

o motivo. No livro, o Dr. Augusto Cury descreve os códigos da inteligência e como eles são capazes de estimular a criatividade e expandir o pensamento so-cial e profissional. O autor dá as dicas para não cair-mos no bloqueio e lapidar ou expandir a inteligência. Necessário e curioso.

Autor: Fred Reich-heldEditora: Campus / ElsevierO renomado espe-cialista em fideliza-ção de clientes Fred Reichheld mostra como transformar clientes em promotores e gerar lucros “bons” e crescimento verdadeiro e sustentado. Reichheld afirma que mui-

tas empresas são viciadas nos lucros “ruins”, favoráveis em curto prazo, porém desmotivantes para funcionários e consumidores. A partir da pergunta “Você nos recomendaria a um amigo?” é possível classificar funcionários e cli-entes como promotores ou detratores. Esse conhecimento concede à empresa uma real percepção do seu desempenho no campo do relacionamento e presta-ção de serviços e permite a retomada de uma gestão sustentável.

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Dicas

SitesCDs/DVDs

Ponto Empresarial ABR/MAI/JUN 2009| PÁG. 25 |

CD: Madeleine Peyroux - Half The Perfect World

Gravadora: Univer-sal MusicHalf The Perfect World é o quarto registro fonográfico da cantora que cresceu entre as influên-cias musicais da Geórgia, Brooklyn e, principalmente, das ruas de Paris. Madeleine Peyroux é hoje um dos grandes nomes do jazz, blues e blue-grass contemporâneos, comparada a divas como Billie Holiday, e tendo sua performance vocal reverenciada por publicações como a Revista Time. O timbre grave e suave de Madeleine soa delicioso cada faixa, composições de artistas como Leonard Cohen, Serge Gainsbourg, Tom Waits e Joni Mitch-ell. Tudo soa irresistível na voz de Madeleine Peyroux.

http://br.hsmglobal.com

Como diz o slogan do grupo HSM - “Inspiring Ideas” – o portal é uma central de “informação e conheci-mento para a gestão empresarial”. Através dele o profissional fica a um clique de produtos, serviços e publicações de alto nível. O endereço disponibiliza uma excelente fonte de referências para a área adminis-trativa (management) publicando dicas, projeções, entrevistas, artigos e material selecionado para áreas como gestão de pessoas, inovação, financeiro, comunicação e muito mais. Uma visita ao site pode ser o despertar que você procura para melhorar ou mudar os rumos da sua carreira ou empresa. Leia a revista, veja na TV, participe dos eventos e acompanhe o site.

www.rememberthemilk.com

Uma ferramenta de gerenciamento de tarefas grátis, intuitivo, em português, on-line e centrado no usuário que interage tranquilamente com prove-dores de e-mail e aparelhos móveis, como celulares. O Remember the Milk é umas das ferramentas 2.0 mais celebradas pela variedade de recursos como a possibilidade de gerar relatóri-os de planejamento, pela praticidade e simplicidade. Por exemplo, para in-cluir uma nova tarefa basta enviar um e-mail ou mensagem de celular que a “vaquinha” lembra você via MSN, Skype, e-mail, RSS, celular (onde você pedir). Tudo com definição de priori-dades, prazos, notas, etiquetas, tempo estimado de conclusão, etc. Tudo o que se espera de um gerenciador de tarefas e mais algumas coisas.

www.receita.fazenda.gov.br

Após seis anos de criação, o portal da Receita Federal do Brasil pas-sou por uma grande reformulação. O endereço ganhou um design mais leve e tomou a forma de uma grande central de serviços, com melhor navegabilidade e facilidade de acesso às seções. De acordo com a Receita, as mudanças tiveram como foco a demanda dos cidadãos/contri-buintes, por isso, agora, todo o con-

teúdo é classificado em três grandes grupos: “Pessoa Física”, “Pessoa Jurídica” e “Comércio Exterior”.

DVD: Chico Anysio Especial (Duplo)

Distribuição: Som LivreLançado em comemora-ção aos seus 40 anos de TV Globo, o DVD é uma coletânea de grandes momentos da carreira de Chico Anysio, hu-morista que dispensa apresentações, criador de mais de 200 personagens. O humor de Chico conquistou gerações com suas esquetes inteligentes e críticas que mar-caram o país. Quem não lembra do apre-sentador canastrão Alberto Roberto, do dengo de Painho, do Professor Raimundo ou do divertido Vampiro Brasileiro? Esses e outros personagens marcantes estão reunidos em mais de cinco horas de boas gargalhadas.

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Ponto Empresarial ABR/MAI/JUN 2009| PÁG. 26 |

Happy Hour

erto dia, um rapaz saiu inqui-eto a procurar por Sócrates, o sábio grego. Queria con-

tar-lhe algo que havia ouvido sobre determinada pessoa.

Depois de muito procurar, final-mente o encontrou. Aproximou-se do sábio filósofo e, ainda meio ofegante, alertou que precisava contar algo que havia ouvido sobre alguém.

Ao terminar a frase, calmamente, Sócrates ergueu os olhos do livro que estava lendo e perguntou ao jovem rapaz eufórico:

- A informação que tens para contar já passou pelas três peneiras?

Surpreso, o rapaz retrucou:

- Três peneiras? Não compreendi.

Então, com um suave ar de sabedoria, Sócrates compartilhou um pouco da sabedoria adquirida ao longo da sua vida.

- Sim. A primeira peneira é a da VER-DADE. - O que você quer contar é um fato? Caso apenas tenhas ouvido falar, deves parar por aqui. Não deves

As três peneiras de Sócrates:

C seguir adi-ante com as palavras.

(E o rapaz ouvia surpreendido)

- Suponhamos, então, que seja ver-dade. Deve agora passar pela segunda peneira: a da BONDADE.

- O que você vai contar trará o bem? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a reputação do próximo?

(O rapaz nada conseguia dizer)

- Agora, se o que você vai contar é verdade e trará o bem, deve passar ainda pela terceira peneira: a da NE-CESSIDADE.

- Convém contar a mim o que tens a dizer? É realmente importante a divulgação desta informação? Ela ajudará a solucionar algum proble-ma? Ajudará os que estão à nossa volta? Ou mais, poderá melhorar nossa casa ou o mundo de alguma forma?

Por fim, arrematou Sócrates:

- Agora, consciente, se a informa-ção passar pelas três peneiras,

VERDADE, BONDADE E NECESSIDADE

conte! Tanto eu quanto você ire-mos nos beneficiar. Será bom para nós dois. Será melhor e construtivo para todos. Caso contrário, es-queça! Enterre. Será uma simples falácia, um veneno para nossos amigos, pessoas próximas. Um mal geral que apenas servirá para semear a discórdia.

Moral da História:

As pessoas, dentro e fora das empre-sas, seriam melhores e mais felizes se usassem essas peneiras, não apenas para os boatos, mas para tudo. Pes-soas inteligentes falam sobre idéias. Pessoas comuns falam sobre coisas. Pessoas medíocres falam sobre pes-soas.

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