Ponte Novembro 2013

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RESENDE E ITATIAIA - NOVEMBRO DE 2013 Nº 211 . ANO 18 - JORNAL MENSAL DISTRIBUIÇÃO GRATUITA [email protected] www.pontevelha.com Mário Quintana Quem disse que eu me mudei? Não importa que a tenham demolido: A gente continua morando na velha casa em que nasceu. PINTORES E MUSICOS UNIDOS NA SINFONIA DO LUAR Aqui onde o ribeirão toca, a mata dança e o pássaro canta, a alma humana medita compondo a sinfonia do silêncio Creuza Macarenhas “Sinfonia do luar de agosto na Serra da Índia”- Tela a óleo de Creuza Mascarenhas 80 X 70 cm

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Periódico de Cultura e Opinião

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RESENDE E ITATIAIA - NOVEMBRO DE 2013Nº 211 . ANO 18 - JORNAL MENSAL

DISTRIBUIÇÃO [email protected]

www.pontevelha.com

Mário Quintana

Quem disse que eu me mudei?Não importa que a tenham demolido:A gente continua morando na velha casa em que nasceu.

PINTORES E MUSICOS UNIDOS NA SINFONIA DO LUAR

Aqui onde o ribeirão toca, a mata dança e o pássaro canta,

a alma humana meditacompondo a sinfonia do silêncio

Creuza Macarenhas

“Sinfonia do luar de agosto na Serra da Índia”- Tela a óleo de Creuza Mascarenhas 80 X 70 cm

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2 - O Ponte Velha - Novembro de 2013

P O L I T I C Á L Y A Cabo Euclides e Professor Silva

1) A REVOLTA DO ELEITOR RESENDENSE

O filósofo Delfim Neto disse que “olhando em retrospectiva todas as soluções são óbvias”. Realmente, depois da explosão nas ruas, muitos querem ser analistas políticos, tentando in-terpretar o sentimento do eleitor. Não é o nosso caso. Já manifes-tamos, em edições anteriores, nossa compreensão e respeito aos que, exercendo direito cons-titucional, fazem suas ordeiras manifestações. Já manifesta-mos, também, nossa repulsa aos criminosos que não respeitam as pessoas, nem o patrimônio alheio. O que queremos mostrar é o desencanto de boa parte do eleitorado com nosso sistema político.

Em Resende, por exemplo, o desencanto revelou-se no resul-tado da última eleição, a ponto de, analisando os dados a se-guir, verificarmos que o segundo colocado para Prefeito não foi o Noel de Carvalho. Isto mesmo: a segunda colocada nas eleições a Prefeito de Resende em 2012 foi a abstenção, pois os ausentes somaram 15.766, representando 18,09% do total dos eleitores de Resende (87.140). Noel de Carvalho ficou em terceiro lugar, com 17,75% dos eleitores cadas-trados.

Fica aí um desafio para os candidatos, na próxima eleição: diminuir o desinteresse dos eleitores.

2) A PERTINÁCIA DO MI-GUEL OSAMA E A PERSPI-

CÁCIA DO ÂNGELO

O Ângelo Mocelim, do Res-taurante Fogão à Lenha, tem um sítio lá na Boca do Leão II. Estava sempre pedindo ao Dr. Miguel Osama para arrumar a estrada principal. Nosso eficiente Secretário de Agricultura, sem-

pre respondendo que daria prio-ridade aos que produziam, e que o Ângelo não estava produzindo nada. O Ângelo ficou matutando, matutando ... sempre pensando em uma forma de que seu amigo Miguel o atendesse.

Resolveu explorar o lado turrão do Miguel. Mandou pintar uma placa, escolheu um lugar bem visível na estrada, próximo ao seu sítio, e a pregou em uma boa estaca de eucalipto. A placa tinha a seguinte mensagem: “ Fica proibido patrolar esta estra-da, bem como colocar saibro ou escória”.

Passados uns três dias da colocação da placa, o Ângelo foi ao sítio, e, ao se aproximar da propriedade, já se deparou com cavaletes de “homens e máqui-nas na pista”. O próprio Miguel estava dirigindo a operação:

-- Mete a máquina nesta es-taca e derruba essa placa infeliz. Eu só recebo ordens do Prefeito Rechuan, e já falei com ele, e ele não sabe desta placa. Vai patro-lando a estrada e vamos atrás colocando saibro ou escória, conforme for o caso!

O Ângelo, segurando o riso, foi cumprimentando o amigo:

-- Bom dia, meu amigo Dr. Miguelzinho, tudo bem?

-- Agora está, Ângelo. Ima-gine o amigo que a oposição agora está querendo me dar ordens. Tiveram a petulância de querer me proibir de arrumar esta estrada!

-- Pôxa, Miguelzinho, que

coisa! Mas vamos ali em casa tomar um cafezinho e buscar um lanche para essa moçada, que deve estar trabalhando desde cedo, pelo visto!

-- Vamos sim, Ângelo, esta-mos aqui desde às seis da ma-nhã, e, praticamente, em jejum!

3. E AGORA, JOSÉ?

3.1 - AINDA O CEMITÉRIO DE AUTOMÓVEIS - continua aquela “beleza”, na entrada da cidade, na antiga sede da Guar-da Municipal. O visitante que chega à cidade, dá de cara com aquele cemitério de automóveis. De vez em quando, o José dá um sacode em algum Secretário. Ô José, chama um na responsa-bilidade aí! Você investiu tanto na entrada da cidade e agora aceita uma insensatez destas ...

3.2 - MUDANÇAS NA SE-CRETARIA DO PURGATÓRIO - O Zerotrês, titular da Secretaria de Governo, agora é o Cial, que é um sujeito marcial, pelo menos no nome.

Muitos dos demais secretá-rios sentirão saudades do estilo light do Totonho, que prestou um grande serviço ao Município. Desejamos sucesso ao Cial em sua nova e importante tarefa.

3.3 - SECRETARIA DE PLANEJAMENTO TEM NOVO TITULAR - O Dr. José Antonio de Carvalho Pinto (mais conhe-

cido como Totonho do Marreta, ou Totonho Paiva, mesmo sem assinar Paiva), caiu um pouco na hierarquia municipal: de Zerotrês para Zerotreze!

Agora é o titular da Secre-taria de Planejamento, onde certamente desenvolverá um grande trabalho, em parceria com o Dr. Aluízio Balieiro, do Instituto Marechal José Pessoa. Logo, a Secretaria de Planeja-mento estará recheada de novos encargos, pois o Zeroum adora dar serviço para o Totonho.

3.4 - CLÁUDIO OLIVEIRA DE ARAUJO NA ADMINISTRA-ÇÃO - Mais conhecido como De Araújo, policial militar, foi o nono mais votado para Vereador aqui em Resende, na última eleição, com 1.136 votos, pelo PSDB, em coligação com o PDT.

Apesar de sua estupenda vo-tação, não se elegeu. Posterior-mente, entrou na vaga do Valdir Macarrão, e, agora, a deixa para Carlos Santa Rita, competente locutor, depositário de 631 votos para Vereador em Resende, em 2012. De Araújo leva para a Administração o Fernando Hen-rique, ex-titular da Secretaria de Planejamento.

3.5 - CELSO DUTRA NA OUVIDORIA - Especialista em redes sociais, o Engenheiro e Publicitário assumiu a Ouvido-ria Municipal, que vinha sendo acumulada pelo Secretário de Turismo, o Antonio Leão. A Ou-vidoria tem uma equipe sensa-cional, a começar pelo Jocimar Hermógenes.

Na gestão leonina (no bom sentido) foram solucionados diversos problemas e realizadas diversas obras, onde, modéstia à parte, prestamos constante colaboração. O difícil na Ouvido-ria é administrar a vaidade e o melindre das outras Secretarias.

4. O CLUSTER AUTOMOTIVO E O INSTITUTO

MARECHAL JOSÉ PESSOA

O Cluster Automotivo do Sul Fluminense, ligado à Firjan, é um grupo de discussões que trata de quatro temas fundamentais para o crescimento do segmento na região: energia, transporte, tele-comunicações e mão de obra. O Instituto Marechal José Pessoa patrocinou interessante palestra com os Engenheiros Celso Faria Pereira (orgulhoso barreirense) e Fragson Carlos Carvalho de Paula, no auditório do Hospital da Unimed, no último dia 30 de outubro. Parabéns ao Dr. Aluí-zio, que já começa a demonstrar sua grande capacidade, trazen-do gente para somar.

Pablo Picasso com chapéu e revólver, presentes de Gary Cooper

em Cannes, 1958.Foto de André Villers

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Novembro de 2013 - O Ponte Velha - 3

Gustavo PraçaVândalos têm razão e devem ser presos Em seu saudoso programa

“Viva o Gordo”, Jô Soares fazia um personagem que ficava no meio de dois sujeitos que discutiam. Ele segurava nos braços de ambos, mediando a contenda, e ia concordando com as ponderações mais anta-gônicas possíveis. Um afirmava uma coisa e o personagem do Jô dizia: “claro, e ainda tem mais isso e isso”; o outro afir-mava coisa inteiramente oposta e o Jô, que ouvia tudo com atenção,também concordava, e acrescentava mais aquilo e aquilo outro. Ele acabava sendo agredido pelos dois porque ambos queriam uma tomada de partido, um posicionamento objetivo, e Jô ficava na sin-tonia do pensamento amplo, uma instância que, como a da ciência pura, é orgânica, envolta no todo, isenta de conceitos a priori, e por isso humilde, no sentido de perceber que a Verdade é um conjunto onde precisa caber tudo, do contrário não é Verdade.

Walt Whitman termina as-sim um de seus longos poemas: “Estou me contradizendo? Sim, estou me contradizendo, sou imenso, contenho multidões”. E é dessa percepção em bloco, desse levar em conta o valor de todos os lados do contraditó-rio, que pode se originar a boa política.

Então, o que eu quero dizer é que os vândalos das mani-festações devem ser presos - porque é preciso manter a ordem que regula o nosso momento histórico e garante a democracia -, e que eles são, ao mesmo tempo, sinais de que algo passou da tolerância; são consciência de que a indife-

rença moral da Internacional Capitalista é fundamento para a política corrupta. Há um gran-de enjoo com um Estado que não está a altura do seu povo; uma falta de paciência com par-lamentares que cobrem o rosto com máscaras de servidores (os White Blocs, como disse outro dia o Villa) quando na verdade representam oligarquias que são donas há séculos de seus respectivos estados. O Esta-do não pode ser em primeiro lugar um fazedor de negócios, um sócio do capital global, um matador de pobres nas periferias, e apenas deixar cair algumas bondades para garantir voto. O Estado tem que regular o instinto predador do Animal, porque o Animal quer que se dane o trem da Central.

Então, eu protesto aqui de cima do meu caixote contra a visão reducionista que coloca os vândalos juvenis (esqueça-mos por ora os representantes do Sistema) como filhinhos de papai que não sabem o que querem. Sabem, sim. Que-rem mudar o mundo, só isso.

Querem algo muito mais amplo do que as questões partidá-rias. Vago? Sim, e daí? O vago também é filho de Deus, e é o gerador de tudo, representa sentimentos que tendem a bus-car suas formas. Outro dia um medalhão da imprensa escreveu que os jovens são burros por-que acham que vão acabar com o capitalismo quebrando os caixas eletrônicos dos bancos, que o seguro vai pagar, etc.

Ora... Eu é que não acredito que quem escreveu isso não entenda o que são atos simbó-licos. Quando nos anos 60 uma determinada mulher queimou seu soutian em praça pública esse sujeito poderia ter escrito: “o que adianta isso? Ela acha que vai acabar com os sou-tians?”.

Sim, vai; vai ajudar a liber-tar a mulher. Quando Ghandi apanhava, levantava sem reagir, e ia colocar outra vez no fogo o passe que os ingleses obrigavam os indianos a usar, esse cara po-deria ter escrito: “o que adianta ele fazer isso? Ele acha que vai acabar com os passes todos

assim?”. Vai, sim. E vão por aí os exemplos: para que fugir e criar o Quilombo dos Palma-res?; para que fumar maconha e deitar numa praça protestando contra a guerra do Vietnam, di-zendo faça amor e não guerra? Ora, a rua sempre foi um dos grandes fatores a direcionar o rumo político institucional. Se hoje as instituições incorporam a questão ambiental, isso tem a ver, na sua origem, com hi-ppies e bichos-grilos. Pra mim, mais vale um adolescente ser vândalo do que entrar para a ala jovem do PMDB. Não existe “dentro” ou “fora” da política, tudo está dentro e é isso que dá a dinâmica. A democracia direta não precisa ser contra a repre-sentativa; ao contrário, acho que ela fortalece essa última, dá direção. Da mesma forma que não se trata de acabar com o capitalismo – a iniciativa faz parte da natureza humana – mas de apurá-lo no sentido social.

Portanto, os vândalos têm que ser presos. Tanto os de colarinho branco quanto os que estão destruindo patrimônio alheio, porque a gente tem que manter a lei e a ordem. A de-sordem faz bem, mas não pode predominar, porque aí se fica à mercê de golpistas de oca-sião. A boa revolução tem que ir acontecendo gradualmente, com aperfeiçoamento democrá-tico, não com o livro vermelho de Mao, o livro azul de Hugo Chaves ou o ideário de Hitler.

Os vândalos estão certos, as autoridades que os pren-dem também, e a alma de Walt Whitman, como a de Jô Soares, continha multidões, continha multiformas.

Antônio Silvino, o canga-ceiro mais notório antes de Lampião. Nasceu em 1875 em Afogados da Ingazeira, sertão de Pernambuco, e se chamava Manoel Batista de Morais. Fez parte do bando de seu tio, Silvino Alves, de quem herdou o coman-do. Entre as muitas ações lideradas por ele está o ataque às obras da empresa Great Western, responsável pela implantação do sistema ferroviário na Paraíba.(fonte: revista de História da Biblioteca Nacional)

“A Tradição é Democracia dos Mor-tos”. Assim divulgava o filósofo Frederico de Carvalho, pai do editor, Gustavo Praça. Desse modo evocava lição do filósofo inglês Chesterton, no sentido de que se devia respeitar as realizações dos mortos. E ao não as desrespeitar, significava que mesmo mortos eles estavam votando.

Recordo esse pensamento para abordar o seguinte fato que teria ocorrido em Resende de desrespeito a uma iniciativa dos mortos, ao ser mudado o nome da rua Marechal José Pessoa, o idealizador da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em Resende há 82 anos.

A maioria dos que estranham a ale-gada mudança, argumentaram que numa Resende em expansão, poderia ser dado o nome que substituiu o do General José Pessoa a uma nova rua nos vastos loteamentos que surgem.

O General José Pessoa é ícone no Exército e em especial na AMAN tendo sido o criador de suas mais caras tradi-ções. Em Brasília criamos a Academia de História Militar Terrestre do Brasil Marechal Jose Pessoa para lhe fazer justiça por sua ação com Presidente da Comissão de Transferência na Nova Capital para o Planalto Central e que elaborou Projeto do qual muito aprovei-tou o Presidente Juscelino para implantar Brasília. Foi o Marechal Jose Pessoa que excursionou no alto do Itatiaia em com-panhia do Eng. Tácito Viana Rodrigues, para de lá trazer uma pedra para ser a pedra fundamental da AMAN.

Como historiador e jornalista o que eu poderia abordar em tributo à História como instrumento de Verdade e Justiça é lembrar que esta Tradição, salvo melhor juízo, não teria sido respeitada na memória do Povo de Resende, que reverenciou o General José Pessoa no nome desta rua ?

Com a palavra o Legislativo e o Exe-cutivo de Resende que creio tem uma explicação, pois é difícil acreditar que tenha havido esta mudança, pois o atual Prefeito de Resende até criou o Instituto Marechal José Pessoa para conduzir um Planejamento da Cidade.

Ruas e TradiçõesClaudio Moreira Bento

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4 - O Ponte Velha - Novembro de 2013

Eliel de Assis Queiroz

Equipe campeã do Aplicação com o astronauta brasileiro Marcos Pontes

Concorrendo com 39 escolas de todo o Brasil, a equipe do Aplicação, integrada por alunos do 1º ano do Ensino Médio, foi considerada a melhor equipe na apresentação oral do projeto. E o foguete fabricado por eles foi o que alcançou maior distância: 145,7 metros. Iara Carolina Silva, Maryane Oliveira, Davi Mol e Gabriella Barbosa são os “jovens cientistas”- quem

sabe futuros astrônomos -, que integram a equipe campeã. Eles receberam o prêmio das mãos do astronauta Marcos Pontes [foto], primeiro brasileiro a participar de uma viagem espacial pela NASA, que sorteou entre os alunos um exemplar autografado de seu livro “Missão Cumprida”. A equipe vencedora ganhou como prêmio uma bolsa de iniciação científica do CNPq. Segunda a profª Rosane dos Santos Fonseca, coordenadora da Mostra Brasileira de Foguetes no

Colégio de Aplicação, a participação nessa competição exige dos alunos conhecimento de mate-mática, química e física, além de medidas de segurança no lançamento do foguete. A profª Rosane será a orientadora dos alunos, também, no trabalho que vão desenvolver pela bolsa de iniciação científica.

Colégio de Aplicação vence Olimpíada Brasileira de FoguetesO Colégio de Aplicação da Associação Educacional Dom Bosco

venceu, pelo segundo ano consecutivo, a Mostra Brasileira de Foguetes, realizada no mês de outubro, no Hotel Fazenda Ribeirão, em Barra do Piraí/RJ. A Mostra é a etapa final da Olimpíada Brasi-leira de Astronomia e Astronáutica, promovida anualmente pela Agência Espacial Brasileira do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

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No dia nove passado comemoramos o primeiro ano do Comitê Pela Transparência e Controle Social de Resende, o ComSocial. Temos motivos para comemorar. Se você, caro (e)leitor, não sabe ainda o que é o ComSocial, faça uma visita ao Google. O ComSocial Resende tem uma página e um site na internet. Nossa missão é fazer com que a Lei de Acesso a Informação, Lei Federal 12.527/11, também conhecida como Lei da Transparên-cia, não fique escondida no fundo da gaveta, como mais uma lei que não pegou.

O vilão do momento na política brasileira é o Black Bloc. Há uma pressa dos políticos na elaboração de novas leis e aperfeiçoamento de outras para botar os membros deste grupo na cadeia. E os outros mascarados, aqueles que usam máscaras de prefeitos, vereadores, governadores, deputados, enfim, políticos que vandalizam e depredam o patrimônio público? Para esses, embargos declaratórios, embargos infringentes, gicanas jurídicas e outros recursos protelatórios. Não defendemos vandalismo de qualquer espé-cie, mas entre uma vidraça de Banco quebrada e um hospital vandalizado por desvio de recurso público, qual é o pior?

O Ministro Jorge Hage, da Controladoria Geral da União (CGU), a respeito da “con-denação” do Excelentíssimo Senhor Deputado Federal, Dr. Paulo Malluf, colocou o dedo na ferida: enquanto a nossa legislação e os ritos dos tribunais não forem modificados, ladrões da classe A não irão para a cadeia.

A Lei de Acesso a Informação garante ao cidadão o direito de saber o que aconte-ce com as contas da prefeitura da sua cidade, por exemplo, entre outras informações existentes nos demais órgãos da administração pública municipal, estadual e federal. Em Resende, o ComSocial já efetuou vários pedidos de informações a prefeitura, todos não atendidos. Isso nos levou a procurar o Ministério Público Federal e o Estadual, o Juiz Titular da Comarca, a Procuradoria Geral do Ministério Público do estado e a CGU.

Entre as nossas solicitações está o pedido de esclarecimento sobre a situação dos cargos de confiança da prefeitura: quais são; se e onde trabalham; o que fazem; quanto eles custam para os cofres públicos? Não é novidade que cargos de confiança são usa-dos para barganhas políticas, o tal do toma lá, da cá. É dando que se recebe. Fala-se em cerca de 2.000 cargos de confiança na prefeitura de Resende, o que garantiria, por baixo, uns 8.000 votos para o prefeito. Quantas empresas no país têm 2.000 funcionários? Esta prática não surgiu no atual governo, é praga antiga que precisa ser extirpada da adminis-tração pública.

Também solicitamos informações sobre contratos de locação de imóveis e de veículos; sobre obras com indícios de irregularidades; sobre uso da máquina pública para atender interesses individuais; sobre os contratos de concessões de serviços de água, esgoto, e transporte público. Nada disso foi atendido pelo prefeito neste primeiro ano de existência do ComSocial.

Por que a verdade não é exposta? Por que sonegar informações de interesse público? Por que não acatar uma lei federal? Por que vandalizar a verdade? São muitas as pergun-tas e são muitas as mentiras denunciadas pelo silêncio do governo municipal.

Mas o ComSocial não pretende ter o monopólio dessas solicitações de informações. Você, caro (e)leitor, não só pode como deve criar o hábito de perguntar. Surgiu uma obra da prefeitura no seu bairro? Pergunte qual será o custo; quem vai executa-la; de onde veio o dinheiro; qual o prazo de conclusão. A prefeitura de Resende tem um portal na internet, ainda muito carente de informações, mas que vem melhorando graças às nossas demandas e denúncias. Use-o.

Eliel de Assis Queiroz/ ComSocial/ Presidente.

VANDALIZANDO A VERDADE

Foto de Daniel Ramalho

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Novembro de 2013 - O Ponte Velha - 5

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A necessidade de se estabe-lecer um calendário remonta às mais antigas civilizações. Os egípcios, depois de muitas reformas e tentativas, teriam construído um ano fixo de 360 dias. A diferença de mais de cinco dias acabava mexendo, depois da alguns anos, com os períodos previstos de plantio e colheita.

Os romanos estabelece-ram um calendário, a partir do conceito de mês, ligado ao ciclo lunar (~29,5 dias). Havia meses de 29 e de 30 dias para com-pensar o número fracionado de dias do ciclo da Lua. Os meses eram contados a partir do início da Primavera (março-nosso início de outono) e tinham nomes associados a deuses da mitologia (Martius-Marte,

Aprillis-Apolo, Maius-Júpiter, etc..). Havia muita relação com o poder no estabelecimento do calendário e após uma refor-ma foi criado o mês de Julho, dedicado a Júlio Cesar. No período de Augusto Cesar um dos meses (sextilis) passou a ser chamado de Agosto; foi decre-tado também que teria 31 dias, para não ser menor do que o mês dedicado a Júlio Cesar. Um dia foi retirado de Februaris.

Mas enfim o calendário moderno tem início com Júlio Cesar, em 46 A.C., daí ser cha-mado de calendário Juliano, que ainda é usado minoritariamente. Ele tem uma ano de 365 dias e a cada 4 anos é introduzido um dia a mais, o 29 de fevereiro. Isso porque o movimento da Terra em torno do Sol dura

365,2422 dias (365d 5h 48m 46s). Essas quase 6 horas, se tornam 24 horas em 4 anos, daí o porque de ser adicionado um dia a cada 4 anos.

Ocorre que ao longo de centenas de anos esses minu-tinhos a mais (não são 6 horas exatas) provoca uma defasagem entre o calendário e as épocas tradicionais de plantio, colheita e de festas.

Durante o século XVI essa diferença já começava a inco-modar os que lidavam com o poder. O Papa Gregório XIII reuniu um grupo de estudio-sos, astrônomos, matemáticos, que durante alguns anos se debruçaram sobre o problema e viram que o calendário errava por quase 1 dia a cada século. Já era o século XVI e o início da Primavera estava defasado 10 dias. O Papa se preocupava com a Páscoa e com um possí-vel Natal antes da neve.

Ficou então criado a partir de 1582 o Calendário Grego-riano, que continua mantendo o dia 29 de fevereiro a cada ano múltiplo de 4, menos no fim de cada século que não é múltiplo de 400 (1700, 1800, 1900, 2100, - ano 2000, fim do séc XX foi bissexto).

Restava corrigir o calendário para que o inicio da Primavera caísse novamente em 21 de março. Por decreto papal foram eliminados 10 dias do calendá-rio Juliano, de 5 de outubro a 14 de outubro de 1582.

Imagine só isso; hoje é 4 de outubro, amanhã será 15 de

outubro. Louco, né? “Num sei, só sei que foi assim”, teria dito Chicó, do Auto da Compade-cida.

O calendário Gregoriano não foi aceito de forma univer-sal na época. Somente os países católicos o usaram de início. Onde o poder era protestante ou da igreja ortodoxa, continu-ava prevalecendo o calendário Juliano. A Revolução Russa de Outubro de 1917 é comemo-rada em novembro. A Rússia czarista adotava o calendário Juliano; os revolucionários bolcheviques adotaram o Gregoriano e aí a Revolução de Outubro caiu em novembro.

O calendário gregoriano hoje é universalmente aceito; ele é muito mais perfeito do que o Juliano. Deve começar a apresentar alguma necessidade de reforma daqui a uns 20 mil anos (1 dia a cada 3300 anos). Algumas culturas ainda usam calendários próprios, como chineses, muçulmanos, judeus, mas mesmo para eles a refe-rência principal é o Calendário Gregoriano.

Desde os tempos primórdios, quando o Homem tomou consciência de si próprio, ele observa o tempo e o clima com os seus ciclos. Entender, observar e descrever esses ciclos foi fundamental para o estabelecimento da agricultura.

Os primeiros ciclos observados foram o dia e a noite, as variações das fases lunares e as variações sazonais (estações do ano).

O ESTABELECIMENTO DE UM CALENDÁRIO Saga de um ser especial

Vim para cá ainda adolescente. Nas manhãs ensolaradas alegrava--me a chegada de bebês em carri-nhos e colos protetores.

Passou o tempo e não mais apareceram. Retornaram já adultos, trazendo seus bebês. Quanta ale-gria! Vinham aos domingos.

Voltam após muitos dias e mui-tas noites. Agora trazendo crianças. Estão com cabelos brancos, não têm pressa, andam devagar. O afeto com as crianças é comovente. A paciência, sem limites.

Muitas pessoas passaram por aqui e não perceberam minha pre-sença. Duas moças deixavam-me feliz e radiante. Olhavam-me com amor e ternura, falavam comigo. Foram as únicas pessoas que me ofereceram afeto. Abraçavam-me. No abraço diziam: “eu te amo, mui-to obrigada”.

Numa manhã de domingo, pes-soas de mãos dadas cercaram esta praça. Minhas amigas lá estavam, chorando muito. Senti que minha existência estava ameaçada. Foi o dia mais triste de minha vida. Mais triste que o dia em que, ainda ado-lescente, fui separada de minhas irmãs e trazida para cá.

Minhas duas amigas vieram me visitar. Abraçaram-me com fervor. No abraço senti a dor da despedida. E disseram mais uma vez: “obriga-da, eu te amo, te amo muito”. Em retribuição deixei cair as folhas mais bonitas que tinha, que desceram, acariciaram seus cabelos, seus corpos e beijaram seus pés. E elas as recolheram, num gesto de comu-nhão de afetos.

A praça foi cercada por tapu-mes. Minhas duas amigas ficaram impedidas de me visitar.

Após tanto tempo oferecendo sombra e frescor, eu e minhas irmãs seremos cortadas e esquartejadas. Uma dor imensa! A cada golpe, uma dor maior. Em nosso lugar vão abrir um grande buraco que será coberto por uma massa grossa e sem vida. Nossas raízes não mais gerarão vida, morrerão, lentamen-te, por asfixia.

Nesse imenso buraco pessoas vão entrar e sair, sempre com muita pressa. E a luz de nosso irmão Sol e de nossa irmã Lua não poderá entrar. Sou apenas uma Figueira.

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A Sala Verde Tymburibá, do campus da Associação Educacional Dom Bosco, foi selecionada através do Edital do Projeto Salas Verdes do Ministério do Meio Ambien-te, que consiste no incentivo à implantação de espaços socioambientais para atua-rem como potenciais centros de informação e formação ambiental, para a construção de sociedades sustentáveis.

Já instalada e em funciona-mento, a Sala Verde da AEDB agora passa a ter o apoio ins-titucional desse Ministério, o que inclui o compromisso de dar visibilidade ao espaço como referência em meio ambiente na área de abran-gência geográfica de

Alimento Orgânico em DomicílioHá uma coisa linda florescendo na planície de Pe-

nedo, entre o Jardim Martinelli e a fazenda da família do Natanael. É a Horta da Índia (foto), que produz legumes e vegetais sem uso de agrotóxicos – a chamada agricultura orgânica – e que entrega em casa os pedidos, tanto em Penedo quanto em Resende. O empreendimento é dirigido pelo engenheiro florestal resendense Gabriel Ritter, que trabalha com os amigos Partha, Balarama e Brás.

Dá gosto ver essa rapaziada na lida do campo, com a serra da Mantiqueira velando por uma iniciativa tão de acordo com nossa necessidade de mudança de hábitos. E, de vez em quando, ainda rola um som, com Gabriel no pandeiro, Brás na cajon, Balarama no sax e Partha naque-les instrumentos indianos.

Trabalho prazeroso e amigável com produto honesto, apontando para o que tem que ser o futuro. Encomendas pelos tels: (24) 9303 3356 ou 9933 7234. GP

Brilha no céu o astro rei com fulguração,Abrasando a terra, anunciando o verão.

Outono, estação singela e pura,É a pujança da natura,

Dando frutos em profusão.Inverno, chuva, geada e garoa,

Molhando a terra, preciosa e tão boa,Desponta na primavera triunfal,

São as estações do ano,Num desfile magistral.

A primavera, majestosa e viçosaPontilhada de amores,

Engalanada, majestosa,Desabrocham as flores,

Nos campos, nos jardins e nos quintais.A primavera é a estação dos vegetais.

Ó primavera adorada,Inspiradora de amores,Ó primavera idolatrada,

Sublime estação das flores.

(Samba de Nélson Sargento, Jamelão e Alfedo Português, 1955)

Nélson Sargento

As 4 estações

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Novembro de 2013 - O Ponte Velha - 7

P E N E D O - C I D A D E D E A R T I S TA S

PV- Nesse mundo de autodi-datas em profusão... Qual foi sua formação?

Escola Nacional de Belas Artes/ UFRJ . Curso de Licen-ciatura Plena em Desenho e Artes Plasticas.

PV-Como se interessou pela pintura? Como definiria seu estilo ?

O caráter místico da natu-reza e no que tange à espi-ritualidade, os ensinamentos do Mestre Paramahansa Yogananda. Quanto ao estilo, os artistas surrealistas René Magritte, Salvador Dali, Frida Callo.

As telas “Pouso na Mão do Mestre/Darshan Guru Discípulo/ Deva das Formas/Nascimento de Bhrama/ Pe-quena Gota do Céu /Encon-tro sob o Cálice Sagrado / são telas inspiradas por leituras do Mestre.

PV- Influências familiares, da escola...?

Influências familiares marcantes na infância no estimulo à leitura, (Monteiro-Lobato ) no verso em cordel ( mãe cordelista). No poema “Juazeiro da minha infância” resgato esse período. O pen-dor à arte se revelou a partir dos 7 anos sendo incrementa-do na escola salesiana onde fui educada .

O currículo na ENBA [Escola Nacional de Belas Artes] destinado á formação de professores priorizava o desenho geométrico e técnico, mas foi nas aulas de História da Arte em contato com os artistas sobremodo os surre-alistas que senti o apelo da pintura.

Após a aposentadoria dediquei-me seriamente à técnica do óleo que reve-la tons ,semitons e nuances sensíveis...

PV- Arte teria muito a ver com espiritualidade. Dali era uma alma religiosa... O que mais especificamente poderia dizer da influência de Yoga-nanda em seu trabalho?

Concordo plenamente com vc na análise de DALI: “uma alma religiosa.”á ele o meu pronam! As refle-xões espirituais intuitivas de Yogananda e as músicas me envolvem profundamente. Inicio e finalizo as sessões de pintura ao som de uma delas... levam-me a um ges-tual tranquilo, insights mais harmoniosos, uma quase meditação ...

PV- Quando chegou a Pe-nedo?

Em Penedo cheguei em 2002, me apaixonei pelo caráter bucólico da vila, doci-lidade e simplicidade dos seus habitantes e aqui fiquei.

PV- Continua com a mesma boa impressão de Penedo?

Permanece sim a boa

impressão de Penedo sobre-modo do elemento humano, vizinhos solícitos, educados, participativos independente do grau de cultura de cada um!

Mas mudanças evidentes houve: excesso de trânsito, de ruído proveniente das motos e quadriciclos a trafegar nas ruas marginais ao Ribeirão das Pedras destruindo as raízes da mata ciliar sulcan-do as ruas naturais de barro, provocando erosões perigosas e sem nenhuma reposição por parte dos poderes com-petentes que cada vez mais concedem licenças para o au-mento indiscriminado desses veículos!!!

PV- E onde fica seu atelier?

Atelier /casa/ na rua C 16 /Bairro Fazendinha - Alto Penedo.

PV- Pode-se visitar? Tem horário?

Atelier/Casa/ Templo... Como conciliar essa Trindade?

Durante a semana fun-ciona a Casa x Templo e nos sábados e domingos, median-te comunicação telefônica, o atelier para visitação. Assim disponibilizo 2 fones Cel 24- 992946179 e fixo 33512317

PV- Onde já expôs?

Circuito das Artes Barra Recreio, Expo Planetário da Gávea, Museu Abelardo Ro-drigues (Salvador-Bahia ), Casa da Cultura Macedo Miranda, Salão de Artes da Aman, Sa-lões da Primavera do Museu de Arte Moderna de Resende, Salões de Arte da TV Rio Sul entre outras.

PV- Tendências, preferên-cias...?

Gosto de pintar Dipticos e colocá-los perpendiculares entre si no encontro entre duas paredes possibilitando uma sensação de 3D.!!!

Gosto tb de desenhar uma pena de pássaro puxando a assinatura !

Sinto, por vezes, necessida-de de fazer o quadro conver-sar com as pessoas através de um haikai. Exemplo:

Tela “Sinfonia do luar de Agosto na Serra da India”

Aqui onde o ribeirão toca, a mata dança e o pássaro

cantaa alma humana medita

compondo a sinfonia do silêncio ...

Tela “Eco- Mãos”

Rasga a tela a mão da manhãsilencia a mata

canta o ACAUAN

Tela “Pássaro Azul”

Além um pássaro azul planan-do baixinho

buscando seu ninho, chamei alto não escutou

sussurrei não me ouviu,voou pra longe e no horizonte sumiu...

PV- Com tantos artistas, não faltaria uma Galeria aqui?

AH! Uma PENEDO GAL-LERY. Seria tudo de bom ! Artistas x Artistas/Artistas x Público.

JAI GURU !

A baiana de juazeiro, Creuza Maria Gonçalves Mascarenhas de Souza, é uma das artistas que escolheram Penedo para morar, trabalhar e, naturalmente, conviver. Completa 78 primaveras (literalmente) no dia 20 deste mês, e deu por escrito ao Ponte a entrevista que pu-blicamos nesta edição.

Foto da autora

“Os japoneses possuem uma forma elementar de arte, mais simples ainda que a nossa trova popular: é o haikai, palavra que nós ocidentais não sabemos traduzir senão com ênfase, é o epigrama lírico. São tercetos breves, versos de cinco, sete e cinco pés, ao todo dezessete sílabas. Nesses mol-des vazam, entretanto, emo-ções, imagens, comparações, sugestões, suspiros, desejos, sonhos... de encanto intradu-zível”. (Afrânio Peixoto, Trovas populares brasileiras, 1919)

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8 - O Ponte Velha - Novembro de 2013

Huummmmm... Me alembra a trova de Antonio Machado:

“Caminante, son tus huellasel camino y nada más;

Caminante, no hay camino,se hace camino al andar.”

Ô maiada, quanta gente decidindo sobre estrada! É federal,

estadual, municipal... Não é o fim da picada?

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Ponte sobre o Rio Campo Belo interditada

Devido às obras emergenciais de recuperação da ponte sobre o Rio Campo Belo, próximo ao Hotel Conora, o acesso à Parte Baixa do Parque Nacional do Itatiaia ficará interditado para veículos pesados (ônibus e caminhões) entre os dias 25/11 e 20/12/2013. Apesar de a referida ponte estar aproximadamente 2 km antes da entrada do PNI, ela representa o único acesso de veículos para a Parte Baixa do parque. Se-gundo informações do DNIT, responsável pelas obras, durante esse período a largura da ponte ficará limitada a 2,50 metros.

A Prefeitura está planejando um esquema emergencial de funcionamento do microônibus circular. Mais informações no site www.icmbio.gov.br/parnaitatiaia.

Parque Nacional do Itatiaia/ICMBio/RJTel (24) 3352-1292 / 6894 / 2288

VOIP 6904

Orquídeas no Shopping

Ficou muito bonito o trabalho de paisagismo do Resende Shopping, todo feito com orquídeas.

É obra do pessoal da Loja de Orquídeas, que fica na Avenida Casa das Pedras, logo na entrada de Penedo, ao lado do Hotel Girassol. Uma visita à loja é uma boa pedida para quem quer dar um presente ao mesmo tempo exuberan-te e delicado. GP

A mostra, que faz parte das comemora-ções da Semana da Cultura, reúne 44 cartazes de filmes nacionais que relatam momentos históricos do cinema.Os posters fazem parte do acervo particu-lar do colecionador Luís Arnaldo Gastão, que é curador da exposição. Eles reúnem os mais variados gêneros cinemato-gráficos, como comédia e romance, da década de 60 até os dias atuais.

Em exposição no MAM-Resende, de 05 a 22 de novembro. Visitas de 2a a 5a feiras, das 9 às 17h.

Rua Dr. Cunha Ferreira, 104 Tels.: 24- 33604470/ 33606155

“A ideia é apresentar ao público um panorama da evolução gráfica de materiais que vão desde ilustrações pintadas à mão até criações que utilizam os mais modernos recursos gráficos.” Melissa Barretti, Diretora do MAM-Resende.

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Novembro de 2013 - O Ponte Velha - 9

Rua A

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Rese

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RJ:: Loterias

:: Livros :: Jornais

:: Revistas

Marcos CotrimFinalmente, fui visitar a Cidade das

Artes, título que pretende exorcizar a “cidade da música” do ex-prefeito do Rio, César Maia. A obra é monumental e fica no entroncamento da Avenida das Amé-ricas com a Ayrton Senna, na Barra da Tijuca. Fui ouvir Bárbara Heliodora falar de Romeu & Julieta, de Shakespeare.

Contextualizou: antes de ser uma tragédia de amor, era para o espectador da época elizabetana, um espelho a pre-venir a guerra civil. Em outros termos, a crítica fazia ver a ambiguidade da arte, ora comunicação de ideias ora expressão de sentimentos. Sem falar que a “obra aberta” é também construída pelo público, que com o tempo vira co-autor. Ai, ai, ai...

Gecilda GioiaFONOAUDIÓLOGACRFa 2728 RJPós-graduada em Magistério do Ensino SuperiorEspecialista em voz

Av. Saturnino Braga, 369 sala 311 Resende Shopping - Tel. (24) 3354-2041

Querida tia Ceiça, estou aguardando você na estação de trem, em Resende, nos tempos idos.

Do outro lado da cidade, na praça principal, uma casa encontra-se em festa, para cele-brar sua chegada.

A casa que tem um cartório contíguo, pertence à família que você passará a fazer parte, depois da cerimônia de casa-mento.

Você chegou para desposar o meu tio Noel que, aos 30 anos, nos tempos idos então, já era considerado um solteirão.

É uma casa de esquina, sóbria, despretensiosa e acolhe-dora. Moram nela, a irmã do meu tio (minha madrinha), duas senhoras de idade avançada, e eu, recém-chegada do campo, e em plena adolescência.

Eu nasci teórica, e por demais contemplativa, a então, sentir, perceber que esta casa de portas sempre abertas, para quem quiser ou precisar entrar, é tímida! Quase triste, ainda que musicada pelas valsas da minha madrinha, ao piano. Lindas! Maviosas! Ah, velhas memórias! Últimas quimeras...

O chão bem encerado, cortinas brancas nas janelas e móveis discretos compõem a residência.

E de repente você chega, com sua saia rodada e florida, contagiando tudo! Com seu sorriso envolvente e os olhos como dois faróis altos, ilumi-nou os objetos que encontra-vam-se na penumbra. Iluminou existências, trazendo a boa nova, modificando atmosferas,

retinindo cristais. Você, a moça da capital!

Eu passei a sentir-me mo-rando num campo de miosótis azul clarinho, ao rumor de um rio caudaloso e gentil.

E você não mudou as regras da casa, os rituais, deixando a porta da frente sempre aberta, acudindo o próximo mais pró-ximo, e o mais distante próxi-mo. E as tardes tornaram-se ro-sáceas como as dos arrabaldes e ao repicar do sino da Matriz, na hora da Ave Maria.

Foi para isto que você veio, tia Ceiça! Para celebrar-nos com uma saraivada de palmas, com o Cântico dos Cânticos, com o cantar entre cantares. Com os salmos.

E agora, depois de tantos e tantos anos, já no ocaso da minha existência, no ocaso da menina adolescente, recém--chegada do campo, você parte para lugar incerto e não sabido. Você, a última de toda uma geração, a deixar-nos! Todos se

foram – todos! Os meus pais, meus tios – tias e os afins. Não sobrou ninguém!

Como dói-me esta consta-tação! Dói-me como a falta do tique-taque dos relógios anti-gos, dos velhos casarões. Arde!

Foi ontem que você partiu. Dei-me às lágrimas e depois me recompus conforme era seu hábito, de acordo com a sua linhagem.

Você era forte e delicada, como uma fuga de Bach. E mais do que tudo você era boa. Como você foi boa para todos nós!

Seco o pranto deixando a sua imagem adormecer na neblina. Peço ao Senhor para situá-la naquele atalho pres-sentido, onde há uma fecunda circulação do humano com o divino, pois você não foi de vez. Deixou rastro, deixou um inconfundível aroma. E essa aragem aproximando a criatura do criador, é Deus lhe dando a bem aventurança do além. A nossa gratidão sendo cerzida à luz de vela em meandros caprichosos.

Em que ponto cósmico acharemos você para um en-contro imaginário?

Eu a recolho querida Con-ceição, no meu peito despeda-çado de poeta, enquanto o trem de ferro apita sem moderação, lembrando quão imensurável foi o presente que, outrora, ele nos trouxe. E nós, nos fazendo agradecidos para todo o sem-pre. Amém!

Martha

Carta aberta a Conceição de Carvalho

Era uma oficina, destinada a “imergir” os jovens do Afro Reggae e do Nós do Morro no idioma do bardo inglês e, após uma atriz americana ensinar técnicas de atuação, a Bárbara per-guntou por que duas famílias (os Montecchio e os Capuletos), iguais em nível social, brigavam há gerações, a ponto de terem esquecido o motivo. Resposta imediata de um dos jovens: “pela diferença social entre as classes”!

Cáspite! Não bastou a palestrante frisar que eram de “mes-mo nível”, e a lavagem cerebral do candidato a Romeu, devida-mente inculturado, disparou o gatilho do bordão surrado.

Isso é que dá, fazer “cultura-a-serviço-de” qualquer coisa... É a melhor maneira de transformar arte em propaganda. Vira tec-nologia e aí... babau, como dizia uma descendente dos Capuleto que conheci: fica tudo previsível demais.

O escritor Frederico de Carvalho tinha uma coluna n’A Lira, chamada “Poesia Necessária”, e se divertia conosco, mais jovens, explicando o valor essencial do supérfluo. Parecia uma contra-dição, mas era um desses paradoxos chestertonianos que evitam que a inteligência endoideça. A “cultura-a-serviço-de” perde sua alma poética, e aí... babau arte! Pobres políticas afirmativas.

Poesia necessária

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10 - O Ponte Velha - Novembro de 2013

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Os últimos meses foram agitados em deslocamentos. Desde 20 horas de viagem até a Ásia até menos de 2 horas para estar no mar de Santa Catarina, santo mar!

Difícil esquecer o gosto de sal das praias da infância, mas seria bom esquecer a degrada-ção que assola o Rio de janei-ro, que agora volto a frequentar semanalmente. Em certa segunda-feira foram 40 minutos para poucos quilômetros, justo no primeiro dia sem a Perime-tral. Como assim, demoliram a Perimetral? Sim, demoliram. O verbo mais bem posto que nunca, afinal são eles que de-cidem, não somos nós. Certas obras deveriam exigir consulta pública e estudos de impacto, ainda que seja para desfazer.

Mas, retornando ao tema, os poucos dias na Turquia trouxeram ensinamentos além das reuniões e trabalhos e conversas. Especialmente bom foi caminhar pela cidade de Erzurum, onde shoppings de rua convivem lado a lado com mausoléus dos tempos do império Turco-otomano e garotos de boné e camiseta justa caminham com senhoras de burca e saia preta. Numa tortuosa viela tapetes quase voadores planavam sobre um Porche tinindo de branco, mas o menino engraxate esfarrapa-do na porta da mesquita não

deve ter notado mais um turista entrando tímido no belíssimo templo cheio de cores, luzes, contrastes e fé. Na saída, lem-brar de recolocar os sapatos. Há risco de não se conseguir mais tocar o chão e ficar como são os tapetes semiflutuantes.

Com um pouco de mímica consegui comprar um singelo e delicioso pão numa padaria popular e voltei feliz pela exis-tência e resistência de outras formas, culturas e idiomas indecifráveis. A globalização não vai destruir tudo porque antes se destruirá a si mesma e será apenas mais uma extinção entre as tantas já ocorridas no planeta.

Uma caminhada na mon-tanha revelou seus ambientes diversos, desde as alturas de pedra (que agora devem estar com neve) e florestas nativas de pinus, até os pastos exaus-tos que sustentam povoados onde as mulheres se ocultam nas suas casas e apenas os homens recebem os visitantes, sem discursos.

Na escala da volta, Amster-dam parecia exageradamente familiar. Exagero puro, mas sincero.

Pouco depois de retornar do oriente embarquei para o sul, onde excelentes quatro dias de seminário em Florianópolis reuniram projetos ambientais

de boa parte do Brasil. A Praia dos Ingleses é linda e limpa, mas a especulação avança sobre suas areias como se o mar não tivesse o poder que tem. Lojinhas, bares e casas fazem uma parede entre o que seria uma avenida beira-mar e a praia.

***

De volta à Mantiqueira, prosseguem os projetos, os trabalhos do plano de manejo e os debates sobre tudo. O tempo segue.

Em setembro os compro-missos eram tantos que brin-quei que seria um setembro negro, mas outubro também não foi nada fácil, com perdas e sofrimento de pessoas queri-das. Tudo isso abala mas nos faz mais alertas e, talvez por isso, apenas na semana pas-sada reparei o nome de uma praça no centro do Rio: Ana Amélia. Trinta anos depois de Ana Cristina e de minha migra-ção definitiva para a Serrinha, continuamos a ver queridos que partem e nos despedimos também da Gabriela. “Até logo” é o lugar comum mais banal para pensar, mas a verdade é tão óbvia quanto o inevitável reen-contro. Até lá, a areia do deserto, rico das histórias que fizeram nosso mundo, continua sua fina passagem pela ampulheta. Grão por grão, dia a dia. Sem parar.

Istambul - Floripa via MantiqueiraLuis Felipe César

O autor em Istambul

Cenas de abril, Correspondência completa, Luvas de pelica, A teus pés, Inéditos e dispersos, Antigos e soltos: livros fora de catálogo há décadas estão agora novamente disponíveis ao público leitor, enriquecidos por uma seção de poemas inéditos, um posfácio de Viviana Bosi e um farto apêndice. A curadoria editorial e a apresentação couberam ao também poeta, grande amigo e depositário, por muitos anos, dos escritos da carioca, Armando Frei-tas Filho. Dos volumes independentes do começo da carreira aos livros póstumos, a obra da musa da poesia marginal — reunida pela primeira vez em volume único — ainda se abre, passados trinta anos de sua morte, a leituras sem fim.

(Com Livraria Travessa)

Ana Cristina Cesar deixou em sua breve passagem pela literatura brasilei-ra do século XX uma marca indelével. Tornou-se um dos mais importantes representantes da poesia marginal que florescia na década de 1970, justamen-te pela singularidade que a distanciava das “leis do grupo”.Entre fragmentos de diário, cartas fictícias, cadernos de viagem, sumários arrojados, textos em prosa e poemas líricos, Ana Cristina fascinava e seduzia seus interlocuto-res, num permanente jogo de velar e desvelar.

POÉTICA

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Novembro de 2013 - O Ponte Velha - 11

Posto AvenidaBob`s

Seu carro agradece e seu paladar tambémCREDIBILIDADE

Esta invocação é uma Prece MundialExpressa verdades essenciais.

Não pertence a nenhuma religião, seita ou grupo em especial. Pertence a toda humanidade como

forma de ajudar a trazer a Luz Amor e a Boa Vontade para a Terra. Deve ser usada

frequentemente de maneira altruísta, atitude dedicada, amor puro e pensamento concentrado.

A Grande Invocação

Desde o ponto de Luz na Mente de Deus,que aflua Luz às mentes dos homens.

Que a Luz desça à Terra.

Desde o ponto de Amor no Coração de Deus, que aflua Amor aos corações dos homens.

Que aquele que vem volte à Terra.

Desde o Centro, onde a Vontade de Deus é conhecida, que o propósito guie

as pequenas vontades dos homens.O propósito que os Mestres conhecem

e a que servem.

Desde o centro a que chamamos raça humana, que se cumpra

o plano de Amor e Luz. E que se feche a porta onde mora o mal.

Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano Divino na Terra.

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desossadas, patês, casquinhas.

Centenário da criação da Escola Militar do Realengo e de sua Banda de Música Claudio Moreira Bento

O ano de 2013 assinala o Centenário da Esco-la Militar do Realengo,.resultado da extinção da Escola de Guerra de Porto Alegre . Esta por sua vez resultado do fechamento, seguido de extinção da Escola Militar da Praia Vermelha, em decor-rência de sua participação na Revolta da Vacina Obrigatória em 1904. No ano de 1913 ocorreu o a criação de sua banda de música que comemorou seu centenário na AMAN em outubro de 2013, tendo recebido a visita das bandas das Escolas Naval e da Força Aérea.

A Escola Militar do Realengo 1913/1944, duran-te 31 anos de funcionamento, formou a geração de oficiais que combateram na FEB e poucos na Pacificação do Contestado. E a comandou o co-mandante da FEB, Marechal Mascarenhas de Mo-rais. Foi nela que foi produzida o primeira história das escolas que a antecederam. Trabalho da lavra do Ten Cel J. J. Marques da Cunha, “Evolução do Ensino Militar no Brasil 1810- 1913” (Anuário Militar. Rio de Janeiro:EMR, 1913).

Foi em 20 de setembro de 1913 que surgiu a revista A Defesa Nacional em Reunião no Clube Militar. Na revista, foi idealizada a AMAN como uma promessa da Revolução de 30.

Escola Militar do Realengo (1913-1944) onde tiveram origem as mais caras tradições da AMAN e a sua idealização pelo Marechal José Pessoa como seu comandante.

(BENTO, C.M. Escolas de Formação de Oficias das Forças Armadas.)

“Na vigília de 24 de maio de 1866 depois da vitoriosa batalha de Tuiuti, ao toque de recolher todas as unidades que participara da batalha entraram em forma. Depois da chamada, os sargentos puxaram as companhias para frente da ban-deira e rezou-se o terço. Os melhores cantores do Exército, entoaram com voz vibrante, sonora e cheia de sentimento, a velha oração do soldado brasileiro. “Óh virgem da conceição!” E as bandas de música de 40 batalhões acompanharam, expressivas, aquela grande prece ao luar, rezada tão longe dos lares queridos”.

Dionísio Cerqueira, Reminiscências da Campanha do Paraguai, Bibliex,1980

Page 12: Ponte Novembro 2013

12 - O Ponte Velha - Novembro de 2013

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Zé Leon

É velha mas é boa:Um cientista japonês, chamado Ma-

noel, foi fazer um experimento científico com uma aranha. Ele cortou uma de suas patinhas e falou “-Anda aranha”, e ela andou. Cotrou uma segunda patinha e falou “-Anda aranha”, e ela andou. Cortou a terceira patinha e falou “-Anda aranha”, e ela andou. Cortou a quarta patinha e falou “-Anda aranha”, e ela andou. E assim por diante até deixá-la só com uma das patinhas e falou “-Anda aranha”, e ela não andou. E nosso bravo cientista japonês chamado Manoel che-gou à seguinte conclusão: “As aranhas, sem as patinhas, ficam surdas”.

O problema de se escrever num jornal mensal é que nem sempre os assuntos de hoje estão valendo daqui a quinze dias. Essa fábula da aranha é só pra puxar o primeiro fio da meada que são as experiências laboratoriais com animais em busca de medicamentos mais eficientes ao ser humano. Todos ficaram sensibilizados com os cuti cuti dos beagles, que serviam de cobaias para um laboratório de cosméticos em São Roque, mas a vida inteira, ratinhos, hamisters, macacos, deram a vida pela nossa saúde e nunca a classe média se preocupou.

Outro assunto que nem sei se as pessoas ainda estão falando: biografias não autorizadas: que feio, tantos artistas bacanas, meus ídolos, pregando censu-

ra... Imagina o que seria da história da humanidade se não tivéssemos acesso às verdadeiras vidas dos grandes escritores, pintores, artistas de cinema e de tea-tro... imagina uma biografia autorizada do Chaplin, do Picasso, do Caravaggio, do Rodin... e quem leu a biografia do Garrinha e do Nelson Rodrigues sabe que não seriam a mesma coisa se fossem “oficiais”. E o Caetano Veloso que fez uma música dizendo que é Proibido Proibir, aquela da vaia, devia enfiar a viola no saco. Mas e a intimidade das pessoas? Quem se sentisse ofendido por alguma mentira ia pra justiça.

Imagina uma biografia não autori-zada do Eike Batista. Seria sensacional. Que era atléta, poliglota,

que adorava expor sua vida pessoal, colocava coleira de diamantes com seu nome no pescoço da mulher, pra desfilar na Sapucaí; falava em alemão com o cachorro, que se anunciava o oitavo mais rico do mundo, mas que chegaria em primeiro, que a letra X era sinal de pros-peridade, sinal de multiplicação, e que seus ativos eram à prova de idiotas.

E agora, quando suas ações que valiam em 2010 R$ 23,00, agora estão fora da Bolsa a R$ 0,13, com 52 mil investidores com cara de idiotas. Largou para trás a Marina e o Hotel Glória, fazendo da cidade do Rio de Janeiro e do prefeito Eduardo Paes com caras de idiotas. Em resumo, não pode ser autorizada uma biografia dessas.

Aliás um título para sua biografia não autorizada seria “Eike - Da Luma à lama”.

E os States, espionando todo mundo? É... o Obama pode ser o primeiro presi-dente negro da história americana, mas não nos engana mais. Ele é americano.

Em resumo: como é dura a vida de um colunista mensal.

E não é que pegaram finalmente o Maluf? Mas uma pergunta que não quer calar; para onde irão os 500 mil votos que ele teve na última eleição? Espero que os paulistas não façam merda.

Itatiaia em pauta

Nova edição do projeto Arte na Praça aconteceu sábado (9/11), das 15 às 22 horas, no espaço do antigo Largo João Vieira, no Centro de Itatiaia.

O projeto, organizado pela Pre-feitura, com a liderança do assessor de cultura Sério Machado, dessa vez teve como tema o Dia da Consciência Negra, que é celebrado anualmente em 20 de novembro.

O evento público contou com shows de pagode, apresentações de jongo, maracatu, danças afros com os bailari-nos do projeto Corpo em Movimento, da Casa da Cultura, e também a feira com obras produzidas por artesões locais.

Ponto alto foi o concurso de Beleza Negra, a oferta de cortes de cabelo gra-tuitos e ainda serviços de saúde, como aferição de pressão arterial e exibição de vídeos educativos.

Criado em 2009, o projeto Arte na Praça é organizado pela Assessoria Es-pecial de Cultura. O objetivo é levar arte e entretenimento a toda a população.

DEBATE

Concomitantemente, houve o I En-contro de Igualdade Racial de Itatiaia. O evento foi também iniciativa da Prefeitu-ra, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e Habitação e reuniu lideranças de toda a região Sul Fluminense. As atividades aconteceram na Casa da Cultura (Rua Antônio Gomes de Macedo, nº331, Centro), das 9 às 13 horas e foi aberto ao público.

- Esse encontro é muito importante porque será o momento de apresentar as políticas de igualdade racial e tam-bém de trabalharmos as Ações Afirmati-vas em nosso município. Nesse evento, o público não só discutirá o assunto, como também terá a oportunidade de assistir várias atividades culturais, expli-cou o coordenador de Direitos Huma-nos, Cláudio Pereira.

Com PMI

Salvador Dali (1904-1989)