POLÊMICA Sul buscam maior intercâmbio · entidade. Em 1960, na oportu-nidade dos 30 anos do...

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ANO 9 – Nº 2123 / 2077 — SÃO PAULO, 16 A 22 DE SETEMBRO DE 2006 R$ 2,00 RURAL No Nikkei Rural : “Safra 2005/ 2006 será de 119,9 milhões de toneladas”. O presidente da Conab, Jacinto Ferreira informou que a produtividade foi o princi- pal fator para a manutenção do crescimento da safra. Leia tam- bém: “ESALQ gera tecnologia de processamento de laranja”. E mais: “BNDES terá linha de R$ 100 milhões para custeio da agri- cultura familiar” e “Dívida do produtor com o setor privado atinge R$ 6,1 bi”. | págs 11 e 12 Com mais de seis anos, o Restaurante Okuyama, na Liberdade, apresenta pra- tos típicos dos mais varia- dos a preços acessíveis. De acordo com os propri- etários, ex-dekasseguis, a boa comida e o atendi- mento são destaque para atrair a clientela. Na recei- ta, a sugestão da semana é o Okinawa Soba, tradi- cional da ilha ao sul do Japão. | pág 9 RESTAURANTES MARCUS HIDE AAosp realiza hoje e amanhã, nas dependên- cias do Bunkyo, em São Paulo, a 75ª Expo- sição de Orquídeas. Além das mais belas or- quídeas dos mais diversos produtores, os vi- sitantes podem aprender um pouco mais sobre o cultivo das espécies em aulas gratui- tas com especialistas. | pág 6 JORNAL NIKKEI ORQUÍDEAS Presidente da Associação para Educação, Esporte, Cultura e Profissionalização da Di- visão de Medicina de Reabilitação, do Hos- pital das Clínicas, a médica Elizabete Saito afirma que ver a recuperação de seus pacien- tes “o dinheiro não paga”. Confira o trabalho que desenvolve. | pág 10 JORNAL NIKKEI MEDICINA O corpo como instrumento musical. Essa é a proposta do Barbatuques, vencedor do prê- mio Tim no mês passado, que parte amanhã (17) para a primeira turnê na Colômbia. André Hosoi, um dos 13 integrantes do grupo, fala sobre a turnê, a carreira e os projetos da ban- da. | pág 8 DIVULGAÇÃO MÚSICA Jovens nikkeis da América do Sul buscam maior intercâmbio COPANI Jovens nikkeis de cinco países sul-americanos (Brasil, Uruguai, Chile, Peru e Argentina) ligados à Copani (Convenção Pan-Americana Nikkei) reuniram-se na última semana para tratarem de assuntos pertinentes à preservação da cultura japonesa em cada localidade. Durante três dias, os convidados participaram de bate- papos e palestras sobre liderança. De concreto, uma conclusão: é preciso investir mais nas relações e inter- câmbio entre a geração mais nova. | pág 3 ARQUIVO PESSOAL O que era para ser um simples processo de admissão de associado de um clube acabou virando uma queda de braço entre o ex- ministro das Minas e Energia e ex-presidente da Petrobras, Shigeaki Ueki, e o presiden- te do Arujá Golf Clube, Muneki Tikasawa. No centro da polêmica, o empresário coreano Yun Sup Kim. | pág 13 JORNAL NIKKEI POLÊMICA A seleção brasileira masculina de judô em- barcou no último dia 12 para Paris, onde dis- puta amanhã (17) o Campeonato Mundial por Equipes. Para buscar um título inédito para o judô brasileiro, a seleção do técnico Luiz Shi- nohara terá três medalhistas olímpicos (Lean- dro Guilheiro, Flávio Canto, Tiago Camilo) e dois medalhistas em mundiais (Luciano Correa e Mario Sabino), entre outros. | pág 13 JUDÔ DIVULGAÇÃO REGISTRO Os organizadores já iniciaram os preparati- vos para a 52ª edição do Tooro Nagashi de Registro, que acontece em novembro. Este ano, uma das novidades será a realização de um torneio de sumô. Estão previstos a soltura de 2500 barquinhos, que já podem ser ad- quiridos em algumas agências de viagens da Capital. | pág 5 DIVULGAÇÃO LONDRINA MATSURI O Londrina Matsuri, que teve início ontem, comemora a chegada da pimavera promo- vendo a cultura japonesa na cidade para- naense. O evento prossegue hoje (16) e amanhã (17), das 10 às 22h, na praça Nishinomiya, que fica em frente ao aero- porto. | pág 6 DIVULGAÇÃO

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ANO 9 – Nº 2123 / 2077 — SÃO PAULO, 16 A 22 DE SETEMBRO DE 2006 — R$ 2,00

RURAL

No Nikkei Rural: “Safra 2005/2006 será de 119,9 milhões detoneladas”. O presidente daConab, Jacinto Ferreira informouque a produtividade foi o princi-pal fator para a manutenção docrescimento da safra. Leia tam-bém: “ESALQ gera tecnologiade processamento de laranja”. Emais: “BNDES terá linha de R$100 milhões para custeio da agri-cultura familiar” e “Dívida doprodutor com o setor privadoatinge R$ 6,1 bi”. | págs 11 e 12

Com mais de seis anos, oRestaurante Okuyama, naLiberdade, apresenta pra-tos típicos dos mais varia-dos a preços acessíveis.De acordo com os propri-etários, ex-dekasseguis, aboa comida e o atendi-mento são destaque paraatrair a clientela. Na recei-ta, a sugestão da semanaé o Okinawa Soba, tradi-cional da ilha ao sul doJapão. | pág 9

RESTAURANTESMARCUS HIDE

A Aosp realiza hoje e amanhã, nas dependên-cias do Bunkyo, em São Paulo, a 75ª Expo-sição de Orquídeas. Além das mais belas or-quídeas dos mais diversos produtores, os vi-sitantes podem aprender um pouco maissobre o cultivo das espécies em aulas gratui-tas com especialistas. | pág 6

JORNAL NIKKEI

ORQUÍDEAS

Presidente da Associação para Educação,Esporte, Cultura e Profissionalização da Di-visão de Medicina de Reabilitação, do Hos-pital das Clínicas, a médica Elizabete Saitoafirma que ver a recuperação de seus pacien-tes “o dinheiro não paga”. Confira o trabalhoque desenvolve. | pág 10

JORNAL NIKKEI

MEDICINA

O corpo como instrumento musical. Essa é aproposta do Barbatuques, vencedor do prê-mio Tim no mês passado, que parte amanhã(17) para a primeira turnê na Colômbia. AndréHosoi, um dos 13 integrantes do grupo, falasobre a turnê, a carreira e os projetos da ban-da. | pág 8

DIVULGAÇÃO

MÚSICA

Jovens nikkeis da América doSul buscam maior intercâmbio

COPANI

Jovens nikkeis de cinco países sul-americanos (Brasil, Uruguai, Chile, Peru e Argentina) ligados à Copani(Convenção Pan-Americana Nikkei) reuniram-se na última semana para tratarem de assuntos pertinentes àpreservação da cultura japonesa em cada localidade. Durante três dias, os convidados participaram de bate-papos e palestras sobre liderança. De concreto, uma conclusão: é preciso investir mais nas relações e inter-câmbio entre a geração mais nova. | pág 3

ARQUIVO PESSOAL

O que era para ser um simples processo deadmissão de associado de um clube acabouvirando uma queda de braço entre o ex-ministro das Minas e Energia e ex-presidenteda Petrobras, Shigeaki Ueki, e o presiden-te do Arujá Golf Clube, Muneki Tikasawa.No centro da polêmica, o empresáriocoreano Yun Sup Kim. | pág 13

JORNAL NIKKEI

POLÊMICA

A seleção brasileira masculina de judô em-barcou no último dia 12 para Paris, onde dis-puta amanhã (17) o Campeonato Mundial porEquipes. Para buscar um título inédito para ojudô brasileiro, a seleção do técnico Luiz Shi-nohara terá três medalhistas olímpicos (Lean-dro Guilheiro, Flávio Canto, Tiago Camilo) edois medalhistas em mundiais (Luciano Correae Mario Sabino), entre outros. | pág 13

JUDÔDIVULGAÇÃO

REGISTRO

Os organizadores já iniciaram os preparati-vos para a 52ª edição do Tooro Nagashi deRegistro, que acontece em novembro. Esteano, uma das novidades será a realização deum torneio de sumô. Estão previstos a solturade 2500 barquinhos, que já podem ser ad-quiridos em algumas agências de viagens daCapital. | pág 5

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LONDRINA MATSURI

O Londrina Matsuri, que teve início ontem,comemora a chegada da pimavera promo-vendo a cultura japonesa na cidade para-naense. O evento prossegue hoje (16) eamanhã (17), das 10 às 22h, na praçaNishinomiya, que fica em frente ao aero-porto. | pág 6

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2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 16 a 22 de setembro de 2006

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977

Fax (11) 32085521

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Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Rodrigo Meikaru, Cíntia Yamashiro,

Juliana Kirihata, Aline Inokuchi e Gilson YoshiokaFotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka

Publicidade:

Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476

Periodicidade: quarta-feira e sábado

Assinatura semestral: R$ 80,00

E-mail: [email protected]

Viviane Hara, Liminha, Enio Hara,Mario Jun Okuhara e Willian Miyake em

gravação do programa

Notas:- Dia 13/09 a super Titoe Akiyoshi, a “batyan” da cineastaTizuka Yamasaki, fez 105 anos de idade e vive na cidadede Atibaia.

- O Sushiman Koji Yokomizo, do restaurante Hanadoki, estáde mudança e volta a trabalhar, sem data definida, em par-ceria com o chef Shundi Kobayashi

O programa Seicho-No-Ie na Tv – UmModo Feliz de Viverestá sendo gravadonos estúdios doImagens do Japão,localizado no bairroda Liberdade. Maisinformações pelo site:www.sni.org.br

Campanha eleitoral 2006

Dia 13, o Grupo Okinawade cosméticos, confecções,ferragens e materiais deconstrução promoveu umcoquetel na ChurrascariaBovinus em apoio aocandidato a deputadofederal Walter Ihoshi.

Mario Gushiken e Katsumori Miyazato Tamotsu Konesu e Kiyoshi Onaga

Mônica Nakano e Tereza Iihoshi Ushitaro Kamia e Hiroshi Ito Walter Iihoshi e Reinaldo Iihoshi Tiemi Kimura e Mônica Matsuo Rodrigo Garcia e Celso Matsuda

Montagem vencedora do20º Festival de Teatro

Universitário de Blumenaude 2006, está em cartaz noTeatro da USP do CentroCultural Maria Antonia o

espetáculo Qioguem dirigidopela competente Alice

K.com elenco formado poralunos do Departamento deartes Cênicas da Unicamp.Todos os atores são jovens

estudantes de dramaturgiadenominado Grupo Caos deCampinas que ainda mostra

elementos de bunraku,tradicional teatro de

bonecos que amplia adimensão poética da

narrativa que é a peçaQioguem.

O espetáculo fica este fimde semana no TUSP e

depois será apresentado noCentro Cultural São PauloSala Paulo Emilio de 20 a

28 de setembro

O vereador e candidato a deputado estadual Luis Yabiku ea cantora Érica Kawahashi, durante o 12º Karaokê TaikaiÉrica Kawahashi.

FOTOS JORNAL NIKKEI

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São Paulo, 16 a 22 de setembro de 2006 JORNAL NIKKEI 3

COPANI

Intercâmbio cultural é discutidoem encontro de jovens nikkeis

Fomentar o intercâmbioentre jovens nikkeis e,de quebra, expandir o

relacionamento em termos deeventos e aprendizado. Emsíntese, esse é o consenso quealguns jovens nikkeis chega-ram durante a 2ª Convençãodos Jovens Nikkeis da Copani(Convencção Pan-AmericanaNikkei), realizado na últimasemana. Durante três dias, jo-vens do Uruguai, Chile, Brasil,Peru e Argentina discutiram osprincipais rumos das comuni-dades nos respectivos países.

Durante a reunião, os cer-ca de 40 participantes troca-ram idéias e informações paramelhoria de suas respectivascomunidade nikkei. Entre aspropostas elaboradas, estão ode conseguir aumentar a tro-ca de experiências entre osjovens, além de aumentar onúmero de eventos e encon-tros envolvendo países daAmérica do Sul.

Único representante doBrasil na convenção, CláudioKurita, acredita que reuniõescomo essa só vem a ajudar nofortalecimento das relaçõesculturais, um dos pontos que naopinião do representante faltaser melhor trabalhado. “Du-rante os três dias de encontro,pudemos discutir como andamo desenvolvimento da comuni-dade nikkei nos países partici-pantes. E é impressionantecomo todos têm uma visão decomo desenvolver, além davontade, apesar de alguns lu-gares a comunidade nikkei sermuito pequena. No Uruguai,por exemplo, temos cerca de700 pessoas que compõem oque eles chamam de comuni-dade nikkei. Já lá na conven-ção, participaram 30 jovens deMontevidéu [capital do Uru-guai] e a grande maioria nãose conhecia. É estranho paraos brasileiros, mas o panora-ma é mais ou menos esse”,

explica Kurita.Diante de tal quadro, é fá-

cil confirmar aquilo que mui-tos já imaginam: a comunida-de nipo-brasileira é realmentea maior e mais unida se com-parada com as de outros paí-ses. Como exemplo, o próprioKurita afirma que os partici-pantes mostram-se surpresoscom a grandiosidade nos nú-meros. “Se por lá eles lidamcomo centenas de famílias,aqui temos milhares. Realmen-te nós temos uma comunidademuito grande no Brasil e porisso é importante trabalharalgo em conjunto. Na ocasião,participamos de trabalhos emconjunto e também de algumaspalestras sobre liderança. Aofinal, todos saímos com umacabeça mais aberta, com idéi-as novas e, o que é melhor,concretas”, complementa orepresentante.

Animados com os resulta-dos obtidos, a intenção tantopor parte dos brasileiros quan-to do restante dos países sul-

americanos é poder trazer em2008 grupos para prestigiar e,de quebra, aprender novas fór-mulas de evento com o Cen-tenário da Imigração. De an-temão, os uruguaios já se dis-puseram a aparecer no Brasildaqui a dois anos, especial-mente para “conhecer de per-to a participação ativa dos bra-sileiros na festividade”.

“Realmente tive essa con-versa não só como os jovenscomo também os dirigentesmais velhos no Uruguai e to-dos se mostraram animadoscom a possibilidade de vir paracá no Centenário. Além deles,os argentinos, peruanos e chi-lenos também se mostraraminteressados. Quem sabe daquipara frente não podemos colo-car em prática esse projeto deintercâmbio. Será ótimo paratodos e ajudaria na divulgaçãoe preservação da cultura japo-nesa para as próximas gera-ções”, diz Kurita, acrescentan-do ainda que uma das primei-ras ações prioritárias será o

encontro de cerca de 200 jo-vens no ano que vem. “Assimcomo lutamos para concretizaruma maior união entre os jovensnikkeis, vamos estender issotambém para aqueles que es-tão fora do País.”

Apoio – Assim como Kurita, opresidente da APN (Associa-ção Pan-Americana Nikkei doBrasil), Noritaka Yano, desta-cou a importância do encontrono Uruguai, reiterando maiorunião entre os jovens. Para ele,uma das maiores preocupaçõesda entidade é com a nova ge-ração de descendentes. “Essainiciativa de fazer uma conven-ção entre a geração mais novavem de encontro com as nos-sas preocupações, que é a depoder retransmitir a cultura ja-ponesa. Agora que esse passoimportante já foi dado, podemosesperar por um futuro mais‘tranqüilo’, com a certeza deque a preservação da culturaestará em boas mãos”, brincaYano.

Evento realizado em Montevidéu reuniu jovens do Uruguai, Chile Brasil e Peru: mais intercâmbio

DIVULGAÇÃO

Uma confraternização demoradores, ex-moradores, as-sociados e ex-associados daAssociação Nikkey do Bairrodas Palmeiras (FukuhakuSonkai) marca no dia 24 destemês seu 75º aniversário de fun-dação.

O encontro começa às 10he deve se esticar até às 17h,com almoço, de cardápio sur-presa, cerimônias de congra-tulações e apresentações cul-turais. Por ser uma região queainda conserva na populaçãomuitos personagens isseis queajudaram na sua colonização,um dos momentos de atençãodo evento será a homenagemaos idosos acima de 75 anos.De acordo com a diretora Ali-ce Chieko Takaki, a lista reú-ne mais de 80 pessoas, sendoque a maioria já fez parte daentidade. A mais velha, TomiMoribe, possui 99 anos.

Mas como a nova geraçãodeve ser também valorizada ejá incentivada a fazer parte dagrande família, os bebês quenasceram neste ano serão ou-tros que receberão lembrançasao lado das mães. São cincocrianças e a idéia partiu do con-selheiro Fumio Oura, um dossócios mais antigos e que acom-panhou o desenvolvimento daentidade. Em 1960, na oportu-nidade dos 30 anos do FukuhakuSonkai, ele compôs a música“Fukuhaku Roujin no Uta”(Canção dos idosos deFukuhaku). “Após 45 anos, asmulheres que hoje são batchansirão se reunir novamente paracantar esta música”, avisa.

Hoje quase cem famíliasestão associadas à entidade,que abrange moradores dePalmeiras, Vila Ipelândia eTijuco Preto, segundo conta opresidente Masachika Takaki.Ele, issei, se junta hoje a ou-tros diretores da segunda ge-ração, como Alice e PauloTakehiko Saito, promovendoatividades culturais e esporti-vas. E convida as pessoas acomparecerem à festa do pró-ximo domingo.

Berço do gatebol - Onze demarço de 1931 foi o dia de fun-dação do bairro Fukuhaku. “Naépoca havia poucos moradores,mulatos, que cultivavam carvãoe os japoneses chegaram paracomeçar na agricultura”, lem-bra Oura. Foi Keida Haradaque liderou a união dos nikkeisna região, o que resultou em até

95% de descendentes nikkeis,a maior concentração na cida-de de Suzano, que hoje possuiaté 14 entidades. “Ele tinhamuita visão de futuro e faziaforça para a educação e o de-senvolvimento”, destaca.

Mesmo na época da guer-ra, cessadas as atividades daentidade, a única manifestaçãoque se via era do Fukeikai (as-sociação dos pais), para que osfilhos freqüentassem as esco-las brasileiras. Com a disper-são hoje de muitos dos filhos enetos dos pioneiros, que forampara os cursos superiores oupara o Japão como dekasse-guis, Takaki afirma que “mes-mo assim devemos comemo-rar estes 75 anos”.

Atualmente um problemaque atinge a região – localiza-da em área de mananciais –,lamentam, é o crescimento

SUZANO

Associação Nipo-Brasileira de Fukuhaku comemoraseu 75º aniversário de fundação e homenageia idosos

desordenado da população e ashabitações ilegais de novosmoradores. Na sede da enti-dade, com toda a infra-estru-tura necessária para seus as-sociados, acontecem aindaaulas de japonês, prática dotaikô e outras artes orientais.Apesar de não ter mais turmasde gatebol, eles se orgulhampelo fato de o local marcar oinício da prática da modalida-de esportiva no Brasil, com di-reito a uma pedra fundamen-tal que simboliza a história.

75º ANOS DA ASSOCIAÇÃONIPO-BRASILEIRA DEFUKUHAKUQUANDO: 24 DE SETEMBRO, DAS 10H ÀS

17H

ONDE: RUA ALBERTO JOSÉ PEREIRA, 95(ROD. ÍNDIO TIBIRIÇÁ), VILA IPELÂNDIA,SUZANO

INFORMAÇÕES: 11/4742-6661

Foto tirada durante as comemorações do cinqüentenário da Associação Nipo-Brasileira de Fukuhaku

ARQUIVO PESSOAL

A Mika Youtien preparaamanhã (17) um evento espe-cial tanto para os pais quantopara os alunos: a tradicionalexposição de artes e, pela pri-meira vez, a apresentação detaikô das próprias crianças.

Com início às 11 horas, oevento mostrará os principaistrabalhos desenvolvidos pelosalunos no primeiro semestre,incluindo pintura, colagens emontagens. “Nossos alunosproduziram muito material cri-ativo em relação ao ano pas-sado. Acho que os pais e aspróprias crianças se sentirãoorgulhosos”, explica a direto-ra Cazue Tsujisawa.

Os professores preparamainda a primeira apresenta-ção de taikô das crianças de4 a 6 anos. No total, foram se-lecionados 10 alunos para

compor o grupo. Segundo adiretora, atualmente todos osalunos têm aulas de taikô, fatoque tem ajudado a aumentara motivação e, conseqüente-mente, a produção em sala deaula.

“Já estamos com esse pro-jeto há dois meses e tem sur-tido um efeito positivo. Atémesmo aqueles que tinham di-ficuldade de se comunicarestão melhorando”, explica.

Com término previsto paraàs 15 horas, a festa terá ain-da uma praça de alimentaçãocom comidas típicas (yakisso-ba, sushi e doces) e churras-co, além de brincadeiras.

Local: Kagawa Kenjinkai(rua Itaipu, 422, São Paulo),com entrada gratuita. Mais in-formações pelo tel 11/ 5585-9258.

MIKA YOUTIEN

Evento especial une exposiçãoe show de taikô mirim

Recuperação das ferrovi-as, revisão dos contratos depedágios e concessões das ro-dovias, a valorização do SUS(Sistema Único de Saúde) e aimplantação do Programa deSaúde da Família, sem contaro apoio à comunidade nikkeina questão envolvendo o Cen-tenário da Imigração, em2008. Tudo isso é o que pro-mete o candidato a governa-dor de São Paulo pelo PV,Claudio de Mauro.

Em visita ao JornalNikkei, acompanhado de seuvice, o vereador licenciadoAurélio Nomura, o candidatodestacou seus principais pla-nos políticos caso consiga avaga no Palácio dos Bandei-rantes. Entre eles, estão o deincentivar o debate entre apopulação e o governo, coma criação do Plano Motivador,destinado a receber suges-tões e críticas.

Animado com a respostada campanha – no total, cal-cula ter visitado mais de 100cidades em São Paulo –,Mauro afirmou que entre oeleitorado, destacam-se os dacomunidade nikkei. “É umaparcela da população quesempre tive muito carinho. E,nas viagens que tenho feitoao lado do Nomura, temosrecebido muita manifestaçãode apoio. Tem sido gratifican-te”, afirma.

Entre as propostas, umaem especial chama a aten-ção: a mobilização das secre-tarias estaduais para o Cen-tenário, em 2008. “Trata-sede uma das festividades demaior importância e, claro,que tem de receber total apoiodo Governo. Vamos estudarmedidas para poder viabilizarmelhor essa comemoração”,destaca ele.

Já Nomura também estáconfiante no pleito marcadopara daqui a duas semanas.Em especial pela receptivida-de dos eleitores, que aindarelembram feitos promovidospor seu pai, Diogo Nomura,que faleceu em maio do ano

passado. “Isso é muito bom.Assim como meu pai, sabe-mos que temos um árduo ca-minho pela frente e vamosmanter vivas as esperançasde que podemos melhorar oEstado e o País”, cita.

Prefeito de Rio Claro peloPV em dois mandatos (1997-2000 e 2001-2004), Cláudiode Mauro nasceu em Lins, nointerior de São Paulo, e é pro-fessor aposentado pelaUnesp. Aos 58 anos, é casa-do e pai de três filhos.

O geógrafo tem mestradoe doutorado em Geografia Fí-sica pela Universidade deSão Paulo (USP). Iniciou suavida profissional como auxili-ar administrativo no Conser-vatório Musical de Lins. Foiprofessor no Instituto Ameri-cano de Lins e na FaculdadeAuxilium de Filosofia, Ciên-cias e Letras. De 1974 a1982, foi geógrafo no ProjetoRadam, que tinha como fina-lidade equacionar o mapea-mento da vegetação amazô-nica e parte da nordestina.Em 1982, foi contratado pelaUniversidade Estadual Pau-lista (UNESP), campus RioClaro.

Na Unesp, liderou o mo-vimento de mutuários doBNH (Banco Nacional daHabitação) e participou dacriação do Movimento PróCidadania. “Através do enga-jamento como acadêmico or-gânico e envolvimento com omovimento popular me filieiao PT em 1985. Assim foi oinício das atividades político-partidárias”, diz.

Foi, por seis anos (1999-2004), presidente do ComitêEstadual das Bacias dos RiosPiracicaba, Capivari e Jundi-aí. Atuou como membro doConselho Consultivo da As-sociação Paulista de Municí-pios, na Confederação Naci-onal dos Municípios (CNM)e na Frente Nacional dos Pre-feitos (FNP). No ano passa-do, exerceu a função de con-sultor da Unesco na AgênciaNacional de Águas (ANA).

PV quer mais apoio dacomunidade nipo-brasileira

ELEIÇÕES 2006

DIVULGAÇÃO

Os candidatos do PV Claudio de Mauro e Aurélio Nomura

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4 JORNAL NIKKEI São Paulo, 16 a 22 de setembro de 2006

Danças folclóricas, showsde taikô e do cantor Joe Hira-ta, além de carnes e bebidas avontade. Essas são as atraçõesdo 5º Boi no Rolete, que acon-tece amanhã (17), a partir das11h, em Itaquera (SP). A As-sociação Pró-ExcepcionaisKodomo-no-Sono, organizado-ra do evento, espera reunir cer-ca de duas mil pessoas, com oobjetivo de arrecadar fundospara os internos da instituição.O estacionamento e o ingres-so para crianças até 10 anosacompanhadas dos pais sãogratuitos.

Segundo o diretor-secretá-rio da associação, Sérgio Oda,a festa é uma oportunidade defortalecer os laços entre patro-cinadores, amigos e simpati-zantes. “Há uma diminuição devoluntários porque muitas pes-soas mudaram para o Japão ouse aposentaram. Além disso,muitos dos nossos colaborado-res são do ramo da agricultu-ra, que não passa por uma faseboa no Brasil. A dificuldadeeconômica afeta as doações econtribuições, e os jovens não

estão participando muito”.Oda afirma, porém, que na

diretoria do Kodomo-no-Sonohá representantes das quatroprincipais entidades que con-gregam jovens da comunida-de. “Os representantes daAsebex, Câmara Júnior,Seinen Bunkyo e Abeuni pre-cisam se desdobrar para aju-dar as diversas entidades. Nasemana que vem, nós tambémvamos ajudar no evento doKibô-no-Iê”, explica.

O evento é uma organiza-ção conjunta com os RotaryClubes de Itaquera, ArturAlvim, São Mateus, VilaMatilde e Vale do Aricanduva.

A associação conta tam-bém com a colaboração doRotary do Japão.

(Gílson Yoshioka)

5º BOI NO ROLETEONDE: RUA PROFESSOR HASEGAWA, 1198ITAQUERA-SPQUANDO: DOMINGO(17), DAS 11 ÀS 15 HENTRADA : R$ 25,00INFORMAÇÕES E RESERVAS: (11) 6521-6437, 6521-6695, 3208-3949SITE: WWW.KODOMONOSONO.ORG.BR

BOI NO ROLETE

Kodomo-no-Sono promove5ª edição do evento amanhã

Amanhã (17) a AssociaçãoAichi do Brasil promove a anualFesta em Homenagem aos Ido-sos, da qual podem participarassociados e familiares. Cominício às 10h, o evento correanimado até às 15h, na RuaSanta Luzia, 74- Liberdade.

Já na 13º edição, a festacomeça com um almoçocaprichado preparado peloFujinbu (Departamento de Se-nhoras), e, depois, conta coma apresentação de dança japo-nesa de estilo Seizan. O grupode música supervisionado pelopresidente de honra, Muneyo-shi Hada, também participa dahomenagem, assim como ogrupo ‘Clube do Girassol’,composto por cantores da ter-ceira idade, que cantará nokaraokê. “Ditchan e batchanouvindo as pessoas da mesmaidade cantarem se animamtambém”, acredita o presiden-te da associação Antenor Ito.

Ainda no karaokê, soltará avoz o cantor Toninho Cantieri,professor da modalidade.

Para Ito, homenagear osidosos “é muito importante”.“Afinal de contas, nós vamosser idosos também, se Deusquiser”. Segundo ele, quaseoitenta pessoas da terceira ida-de já confirmaram presençapara amanhã. Contando comacompanhantes, são esperadascerca de 150 pessoas. “É umaoportunidade de eles encontra-rem os amigos. Eles são muitoativos, temos muito o queaprender”, diz Ito.

Durante a festa, os home-nageados serão presenteadoscom ‘kouhaku moti’ (moti ver-melho e branco). Os associa-dos maiores de 75 anos e cri-anças de até 12 anos têm en-trada franca, e outros associ-ados e acompanhantes pagamR$10,00.

ENTIDADES 2

Associação Aichi do Brasilhomenageia idosos

Muitas brincadeiras e co-midas farão parte domingo(17) do 42º Bazar Beneficen-te Mutsumi Yôutien, que devemovimentar a escola das 10hàs 15h com a presença de pro-fessores, alunos, pais e ami-gos.

O evento apresenta aindatrabalhos manuais e desenhosde alunos em exposição, o “es-paço-criança”, com pula-pulainflável e jogos, bazaristas ven-dendo roupas novas e usadas,brinquedos, eletrodomésticos,mangás, revistas, fitas de vídeoe outros. Na parte de culiná-ria, serão vendidos pratoscomo yakisoba, udon, onoguiri,espeto, doces como animitsu ebebidas.

Na oportunidade será inau-gurada também um novo es-

paço da instituição, com maisde 200m2, o que correspondea uma quadra, horta, tanque deareia e quatro novas salas. Deacordo com as diretoras SaniyYoshinaga e Daniela Shimizu,o propósito do evento é arre-cadar fundos para melhoriasdas instalações de sua escolae ajudar a Sociedade Benefi-cente Casa da Esperança(Kibo-no-Iê), além de mostraro trabalho do Centro Educaci-onal Nibra Mutsumi Yôutien,berçário e escola de educaçãoinfantil que oferece ainda cur-sos de piano, natação, sorobane japonês entre outros.

A entrada é franca e o en-dereço do local é Rua TomásAlves, 92, na Vila Mariana.Informações pelo telefone 11/5904-3131.

MUTSUMI YOUTIEN

42º Bazar Beneficente trazmuita comida e brincadeiras

IMIGRAÇÃO JAPONESA

Comissão de Registros finalizaprimeira etapa de projeto

BODAS DE OURO – No último dia 7, feriado do Dia daIndependência, o presidente do Enkyo (Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo) Seiti Sacay e sua esposa, SankoSacay reuniram familiares e amigos para juntos comemora-rem as Bodas de Ouro. A celebração ocorreu na Basílica deNossa Senhora da Assunção – Mosteiro São Bento de SãoPaulo – e foi organizada pelos filhos Carolina, Inês, Rita,Lucas, Marcos e Márcia. Após a cerimônia, o casal recebeuos cumprimentos no Bufê Colonial (Zona Sul de São Paulo).

ARQUIVO PESSOALA Associação Cultural

Sagaken Brasileira realiza nodomingo (17), a partir das 11horas, seu Yakisoba-kai eBingo, pelo Seinembu (depar-tamento de jovens). O evento,que é realizado anualmente nosegundo semestre, costumavater o comando do Fujinbu (se-nhoras) da entidade.

Desta vez, elas cuidarãoda cozinha e os jovens orga-nizam as rodadas de bingo ereforçam na divulgação. Deacordo com o vice-presiden-

te do Seinenbu, FelícioTokutake, espera-se para estaedição um público maior queo dos anos anteriores, que eracerca de 350 pessoas. A en-trada custa R$ 10,00 e dá di-reito a um yakisoba e umacartela de bingo, concorren-do ao prêmio de um aparelhode DVD no final.

A associação fica na RuaPandiá Calógeras (travessa daRua Tamandaré), 108, na Acli-mação. Mais informações pelotelefone 11/3208-7254.

ENTIDADES 1

Associação Sagaken realizaYakissoba no domingo

Em busca de uma contri-buição aos pioneiros daimigração japonesa no

Brasil, a Comissão de Regis-tros, conhecida também comoAshiato, terminou neste mêsuma etapa importante e come-mora a transcrição para o por-tuguês das certidões de embar-que dos navios, que trouxeram188 mil imigrantes japoneses aoBrasil, antes da guerra.

Iniciada em setembro de2005, a primeira fase de tra-balhos da comissão foi conclu-ída em agosto de 2006, com atranscrição de mais de 46 milfolhas de documentos em kanjipara letras romanas. “Essa éuma das formas que encontra-mos para colaborar com o Cen-tenário”, explica Leda Shima-bukuro, coordenadora da co-missão.

A segunda e a terceira fasedo trabalho estão sendo defi-nidas, entre conferência daspesquisas e traduções, além dedigitalização dos dados levan-tados. “A inserção dessas in-formações em um banco dedados digital permitirá que ge-rações futuras conheçam anossa história”, afirma Leda.

A primeira etapa da comis-são Ashiato reuniu mais de 100voluntários, alguns com idadeentre 70 a 80 anos, de diver-sas regiões, inclusive do inte-rior paulista. Além disso, 20voluntários atuam em locali-dades diversas, como Diade-ma, Ferraz de Vasconcelos,Itariri, Jundiaí, Lins, Mogi das

Cruzes, Ourinhos, Peruíbe,São Bernardo do Campo eVinhedo (no estado de SãoPaulo) e Floresta (Paraná).Juntos, os membros reuniram-se todas as sextas-feiras des-de agosto de 2005 para atranscrição das fichas cadas-trais dos imigrantes que de-

sembarcaram no Brasil. En-tre as propostas, destaquepara os navios, com a tradu-ção das fichas de embarquedos imigrantes japoneses quechegaram no porto de Santosentre 1908 e 1941; a grava-ção de registros audiovisuais(história oral); e culto ecumê-

nico em memória a todos osimigrantes falecidos.

“A nossa comissão reúnevoluntários de todas as gera-ções, com idade entre 30 a 98anos. Todos trabalham comentusiasmo e dedicação, por-que sentem que essa é umaforma de homenagear os imi-grantes pioneiros”, explica aShimabukuro.

“O projeto dos navios estábastante adiantado, pois con-seguimos transcrever para oalfabeto romano os nomes dosimigrantes de quase 280 volu-mes de registros de embarque.Precisamos da ajuda de todospara concluir esse trabalho,porque ainda faltam mais duasetapas: checar a grafia dessesnomes junto ao Memorial doImigrante e realizar a digitaçãobilíngüe, para formação de umBanco de Dados ”, completa.

Comissão de Registros quer a ajuda de todos para concluir as duas próximas etapas

Leda Shimabukuro: “Todos trabalham com dedicação”

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Tradição e muita gastrono-mia típica prometem dar o tomhoje (16) na zona leste de SãoPaulo, com a realização do 4ºOkinawa Festival. Com ex-pectativa de reunir cerca de 6mil pessoas, o evento contarácom comidas típicas “da ilha”e atrações culturais que mes-clam as cores e a diversidadedo Japão com a latinidade doBrasil.

Organizado pela Associa-ção Okinawa Vila Carrão, comajuda de outras entidades lo-cais, o evento começa às 13horas e tem término previstopara às 22 horas com umaqueima de fogos de artifício,como manda a tradição. “Jáestamos na nossa quarta edi-ção e creio que nesse ano va-mos conseguir manter a mé-dia de público. E, além disso,teremos muitas atrações novase que podem chamar aindamais o público não só nikkei,como também os não-descen-dentes”, explica um dos coor-denadores do evento, Yoshika-zu Yamada.

Na parte cultural, diversi-dade é a palavra da vez, des-taque para as apresentaçõesde bon-odori, dança folclórica,shows musicas e de artes mar-ciais. Para dar um toque mais“abrasileirado”, a organizaçãoconvidou ainda um grupo daterceira idade do Clube da Ci-dade Vila Manchester, que su-birá ao palco para uma apre-sentação de dança, além depassistas de samba, que têm a

missão de alegrar o público.Se na área de cultura o fes-

tival não deixa nada a dever,na parte gastronômica os fãsda culinária okinawana tam-bém terão à disposição diver-sos pratos típicos, caso dookinawa soba e do famoso hijáno shiru (sopa de cabrito),além do sushi e yakissoba. Aosque possuem uma paladar maisocidental, as opções são ossalgados e pastel.

Segundo Yamada, tamanhaopção de divertimento e comi-das tem um propósito: divulgare perpetuar a cultura dosuchinanchus para a geraçãomais nova e também aos quenão a conhecem mas que, dealguma forma, simpatizam coma tradição. “A cada ano, temossentido muito mais presença depessoas que conhecem poucoa cultura, mas querem desco-brir a riqueza de Okinawa.Além deles, temos também osjovens descendentes. Atual-mente, vemos muitos deles fa-zendo o que chamamos de‘resgate’, ou seja, demonstran-do o interesse em manter a tra-dição. Isso é recompensador”,finaliza Yamada.

4º OKINAWA FESTIVALHOJE (16), DAS 13 ÀS 22 HORAS

LOCAL: CLUBE VILA MANCHESTER,PÇA. HAROLDO DALTRO, S/Nº, VILA

CARRÃO, SÃO PAULO

INFORMAÇÕES PELO TEL 11/ 9726-1714ENTRADA GRATUITA. A ORGANIZAÇÃO

PEDE QUE O PÚBLICO DOE 1 KG DE

ALIMENTO NÃO-PERECÍVEL

EVENTO

4º Okinawa Festival esperareunir 6 mil pessoas

A Associação OkinawaCasa Verde (AOCV) come-morou no último dia 7, feriadoda Independência do Brasil, 46anos de fundação. Para mar-car a data, a diretoria e a Co-missão Organizadora de Even-tos da AOCV, realizaram o seu“Engueikai 2006”, tradicionalfestival anual de canto, dançae representação teatral da cul-tura do Japão. “O nosso obje-tivo foi plenamente alcançadocom a presença de um grande

público, principalmente jovense ex-dirigentes, que prestigia-ram a festa”, destacou o pre-sidente Tetsuo Nagaro.

Como nos anos anteriores,o destaque foi a parte artísticaque contou com a presença docantor Kiko Akamine e a es-tréia do grupo de taikô daAOCV, que fez o animado en-cerramento da festa.

A AOCV fica na Rua AnaRibeiro, 89, Casa Verde (ZonaNorte de São Paulo).

COMUNIDADE

Associação Okinawa CasaVerde comemora 46 anos

AOCV comemorou 46 anos de fundação no último dia 7

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Page 5: POLÊMICA Sul buscam maior intercâmbio · entidade. Em 1960, na oportu-nidade dos 30 anos do Fukuhaku Sonkai, ele compôs a música “Fukuhaku Roujin no Uta” (Canção dos idosos

São Paulo, 16 a 22 de setembro de 2006 JORNAL NIKKEI 5

Da esquerda para a direita: Tadakuni, Kazunori, Yoshikazu eKazue (filhos). No colo, Yokito (neto)

OPINIÃO

Kanreki na família Yasunaga,em Promissão

Kazunori Yasunaga vivegrande momento em seu cur-rículo social. Ocupa, simulta-neamente, a presidência doBunkyo de Lins, o da Associ-ação Sul-Americana de Bu-distas Seniores e diretor doHonpa Hongwanji. Comemo-rou os seus 60 anos no dia 8de setembro no sítio do clãYasunaga, no Bairro Bonsu-cesso, berço da colonizaçãojaponesa em Promissão. A elacompareceram duas centenasde seus amigos e parentes dasredondezas e de cidades dis-tantes. Só da família Yasunagaestava boa parte (eles sãomais de trezentos). Seu filho,

o engenheiro Eiji veio deManaus só para a festa.

No costume japonês essadata é significativa, chamadokanreki, uma idade auspiciosa,e deve ser celebrada com gran-de alegria; não exatamenteporque a pessoa conseguiuchegar aos 60, mas porque, deacordo com a tradição chine-sa, o sexagenário renasce paraviver um novo ciclo a partir dos61 anos. Por esse motivo, essafase da vida também é chama-da em japonês de Honke-gaeri(retorno ao ciclo original), cujosignificado tem a ver com ocomeço da segunda infância.

(Shigueyuki Yoshikuni)

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O prefeito de Campinas,Hélio de Oliveira Santos, san-cionou no dia 5 de setembro alei de autoria dos vereadoresLuis Yabiku (PDT), Cid Fer-reira (PMDB). Francisco Sellin(PSDB) e Luiz Franco (PL)que obriga as agências bancá-rias a manterem banheiros ebebedouros à disposição deseus usuários.

O projeto prevê que asagências bancárias devam pos-suir, no mínimo, um bebedouroe duas instalações sanitárias,separadas por sexo.

Os bancos que descumpri-rem as determinações da novalei estarão sujeitos a penalida-

CIDADES/CAMPINAS

Bancos devem manterbanheiros e bebedouro

des que vão de multas alacração e cancelamento doalvará de funcionamento daagência.

As agências já instaladasna cidade têm um prazo de 90dias para se adaptarem à novadeterminação. Já aquelas quevenham a ser construídas apartir de agora já devem con-tar com os equipamentos pre-vistos na lei.

“Esse projeto está dentro doespírito de decisão recente doSupremo Tribunal Federal queobriga os bancos a respeitaremas determinações do Códigode Defesa do Consumidor”,destacou Yabiku.

Os prefeitos que com-põem a Associação dos Muni-cípios do Alto Tietê (Amat) de-cidiram, em reunião extraordi-nária realizada no último dia 11,no Guararema Parque Hotel,que deverão diminuir a desti-nação final para aterros con-vencionais em 78% em umprazo de até dois anos. Alémdisso, eles vão apresentar, den-tro de 15 dias, ao Ministério doMeio Ambiente e à Secretariade Estado do Meio Ambiente,a decisão de implantar de duasa três Usinas de Reciclagemna região, e não uma como eraa sugestão dos órgãos. Deacordo com o presidente daentidade e prefeito de Mogidas Cruzes, Junji Abe, o pro-cesso deverá ser iniciado pelacoleta seletiva, principalmentepela participação ativa da po-pulação. “Para que possamosalcançar nosso objetivo, apóscoleta seletiva, devemos avan-çar no processo de triagem.Inclusive, muitos municípios denossa região já têm os seuscentros.”

O próximo passo, segundoJunji, seria a implantação deuma Usina de Reciclagem, in-dividual ou por consórcio dealgumas cidades. A essa uni-dade deverá ser acoplada umaUsina de Compostagem, paratransformação do lixo úmidoem adubo orgânico e produ-tos.Diminuição dos resíduos –De todo o lixo retirado de re-sidências, varejões, feiras, ver-de (roçadas e podas de árvo-res) e grande comércio, 25%são recicláveis, outros 45%podem ser transformados emadubo orgânico e 8% são de

materiais inertes (restos deconstrução). A soma do apro-veitamento chega a 78% deredução dos resíduos envia-dos aos aterros. Restariamsomente 22%.

“No futuro, com a UsinaVerde, do material restante,20% poderão ser incineradose gerar energia. Ou seja, so-mente 2% seriam descarta-dos”, ressaltou Junji. Segun-do ele, esse é o avanço ne-cessário, mas que não há dataestabelecida porque precisade muito investimento. Sãocerca de R$ 45 milhões paraa instalação de uma unidadepara tratamento de 300 tone-ladas diárias de lixo.

Usina de Reciclagem – Osprefeitos da Amat deverãoapresentar em 15 dias ao Mi-nistério do Meio Ambiente eà Secretaria de Estado doMeio Ambiente, a respostaoficial sobre a implantação deuma Usina Regional de Reci-clagem. O projeto, desenvol-vido pelo Programa Nacionalde Meio Ambiente II(PNMA), foi aprovado, mascom uma sugestão.

“Chegamos à conclusão deque é mais vantajoso ter duasou três usinas na região parafacilitar o transporte do ma-terial. Não faz sentido levaros resíduos e trazer os mate-riais de Ferraz de Vasconce-los para Mogi, por exemplo.Além disso, ao invés de inves-tir R$ 4 milhões em um únicolocal, pode-se gastar cerca deR$ 600 mil em uma unidademenor, para atender à popu-lação de uma a três cidades”,disse Junji Abe.

O prefeito de Mogi das Cruzes, Junji Abe, durante reunião da Amat

DIVULGAÇÃO

ALTO TIETÊ

Região deve reduzir em 78%envio para aterro em dois anos

O suspeito de assassinarum casal de idosos nikkeis emRegistro (SP) foi preso na se-gunda-feira (11) pela Delega-cia de Investigações Gerais dacidade. De acordo com o de-legado, Marcelo Freitas, o réuRodrigo Luis Cunha Mendesconfessou a autoria do crime,a morte de Yutaka Maeji eMitsuko Maeji, 81 e 80 anos,respectivamente. Ex-vereador,Yutaka é de família tradicionalno município.

O latrocínio (roubo seguidode morte) aconteceu por voltadas 21h do dia 10, com inva-são à casa das vítimas. Men-

des já teria entrado no local noúltimo feriado (7) e furtado umaparelho de TV e um molhode chaves. Três dias depois, nodomingo, voltou para levar ocarro e assassinou a pauladaso casal.

A polícia recebeu denúnci-as de que ele foi visto condu-zindo o Golf que roubara, ten-tando viajar para Santos, e terse envolvido num acidente. Navolta à Registro, foi detido econfessou o assassinato. Fo-ragido do Centro de Regres-são Penal de Mongaguá, o réuserá julgado e pode pegar penade 20 a 30 anos de prisão.

POLÍCIA

Assassino de casal nikkeiconfessa crime em Registro

Pela primeira vez na his-tória, a cidade de Regis-tro (SP) sediará uma

competição de sumô. O espor-te dos deuses será uma dasatrações do 52º Tooro Nagashi,que acontece no dia 2 de no-vembro, no Parque Beira Rio.A programação, no entanto,tem início no dia 1º, a partir das18h, com apresentação dewadaiko do Bunkyo (Associ-ação Cultural Nipo-Brasileirade Registro), de yossakoi-soran minyo Yamatokai e bonodori.

No dia 2, acontece o cultoàs vítimas de acidente na BR-116, cerimônia de purificaçãodas águas do Rio Ribeira, cul-to ecumênico para as almasdos antepassados e a solturade barcos. O torneio de sumôestá marcada para às 13h.Nos dois dias haverá queimade fogos. Haverá também umapraça de alimentação com pra-tos típicos japoneses, a cargoda Fenivar (Federação dasEntidades Nikkeis do Vale doRibeira) e do Bunkyo local. Aexpectativa é atrair um públi-co estimado em 15 mil pesso-as nos dois dias de evento. Aexemplo do ano passado, se-rão instaladas arquibancadasao longo do parque para pro-porcionar maior conforto aopúblico.

Segundo o presidente daFenivar e coordenador doTooro Nagashi, ToshiakiYamamura, o torneio de sumôdeve reunir cerca de 200 atle-tas, entre homens e mulheres,de diversas categorias. “Tra-ta-se de uma parceria que fir-mamos com a ConfederaçãoBrasileira de Sumô e com aUnião Cultural e EsportivaSudoeste com o objetivo dedespertar o interesse da popu-lação local para o esporte”,explicou Yamamura, acrescen-tando que a idéia é “fazer algodiferente com vistas às come-morações do centenário daimigração japonesa no Brasil”.

“Até porque Registro os-tenta o título de ‘Marco daColonização Japonesa’ e nadamais justo do que realizar umevento tradicional entre os ja-poneses”, conta o presidenteda Fenivar, antecipando que“dependendo do impacto, va-mos pleitear a realização de umcampeonato oficial”.

O diretor de divulgação doBunkyo, Kuniei Kaneko, vaialém. “Podemos até criar umdepartamento de sumô”, des-taca, lembrando que o Vale doRibeira não participa das com-petições por falta de atletas.

Apesar da expectativa emtorno da novidade, o TooroNagashi de Registro já ultra-passou fronteiras. Literalmen-te. “Vem gente até do Japãopara conhecer”, enfatizaYamamura. A fama não é à toa.

Segundo ele, no Japão, omais famoso Tooro Nagashi éo de Nagasaki. “Pelo que sa-bemos, lá são soltos cerca de1600 barquinhos. Em Registro,o número cresce a cada ano.Em 2004, foram 1600; em 2005,2000 e este ano pretendemossoltar 2500 barquinhos”, revelaYamamura, lembrando que osinteressados já podem adquirir

os barquinhos ao preço de R$10,00 cada um. “Este ano, co-locamos à venda também emalgumas agências de viagensda Capital”, informou.

História – Há cerca de 60anos, um viajante japonês pas-sou pela região e hospedou-senuma pensão de Sete Barras.Certa manhã foi até o rio paralavar o rosto, caiu e se afogou.A família dele no Japão pediupara o sacerdote daNichirenshu (uma das doutri-nas do budismo) da mesmaterra (província de Fukui), queum dia rezasse no Brasil pelaalma do filho falecido.

Em 1954 o casal Emei eMyoho Ishimoto, recém-casa-dos no Japão, veio para SãoPaulo quando a noiva tinhaapenas 18 anos. Em 1955,Emei Ishimoto, sacerdote daNichirensu, procurou o únicoadepto da Nichirenshu emRegistro, Bunzo Kasuga, e re-alizou o primeiro TooroNagashi.

Nesta cerimônia foram sol-tos sete tooros em homenagema sete vítimas: o viajante japo-nês e as vítimas das famíliasde Hajime Yoshimoto, Tomeji

Musha e Teizo Akune, entreoutros. Emei Ishimoto e BunzoKasuga conseguiram a doaçãode um terreno da PrefeituraMunicipal de Registro paraconstruir o monumento emhomenagem às vítimas de afo-gamento. O monumento foierguido na Rua Miguel Aby-Azar, às margens do Rio Ri-beira de Iguape, onde é reali-zada anualmente a cerimôniareligiosa de Tooro Nagashi.

Em 1984, com a morte deEmei Ishimoto, aos 57 anos deidade, a viúva continuou coma tradição e participa até hojeda cerimônia do TooroNagashi. Após o falecimentode Bunzo Kasuga, seu filhoKesao continuou organizandoo Tooro Nagashi, juntamentecom o Hajime Yoshimoto.

O Tooro Nagashi é umarealização do Bunkyo de Re-gistro, Prefeitura Municipal deRegistro, Nichirenshu do Bra-sil e Registro Base Ball Club,com patrocínio do Banco Su-dameris e apoio da Fenivar.

Informações sobre os lo-cais onde adquirir os barqui-nhos em São Paulo podem serobtidas pelo tel.: 13/3822-2865.

(Aldo Shiguti)

CIDADES/REGISTRO

Tooro Nagashi deste ano teráapresentação de sumô

Organizadores já inciaram os preparativos para a 52ª edição do Tooro Nagashi de Registro

ARQUIVO

A Fundação Cultural deCuritiba (FCC) promove umciclo de cinema japonês duran-te o 2º Festival da PrimaveraOriental, que teve início na últi-ma quinta-feira (14) e se esten-de até a próxima terça-feira(19), O Mercado Matsuri - 2ºFestival da Primavera Oriental,no Mercado Municipal de Cu-ritiba, também terá exposições,apresentações musicais, pales-tras, exibição de filmes e festi-val de gastronomia. Além do

ciclo de cinema, a FundaçãoCultural de Curitiba fará umaOficina de Mangá (desenho ja-ponês), nos dias 16 e 17.

Os filmes, selecionados pelaCinemateca de Curitiba e peloConsulado do Japão, serão exi-bidos no Mercado Público, noespaço reservado para a proje-ção com 50 lugares. As sessõesprosseguem hoje (16) e ama-nhã (17), a partir das 10h30. Oingresso para os filmes é umquilo de alimento.

CIDADES/CURITIBA

FCC promove ciclo de cinemajaponês durante o Festival

Aconteceu no último mêsde agosto no Rio de Janeiro a13ª Gincana de Artes Nikkei,que reuniu associados e ami-gos na Associação Nikkei doRio de Janeiro, no bairroCosme Velho da capitalfluminense. O sol alegrou o diade competição desde as 9h damanhã, com muitos concorren-tes que se inscreveram paraconcorrer às premiações.

No almoço, todos sedeliciaram com o yakisoba ser-vido e preparado pelo Depar-tamento Jovem local . Comuma comissão julgadora com-posta de várias personalidadesnikkeis da região e especialis-tas, os participantes apresen-taram seus trabalhos em pin-tura, desenho e pastel. As ava-liações se dividiram entre as

categorias Adulto e Infanto-Juvenil. Aos melhores, foramconcedidas medalhas de ouro,prata e bronze. Outros inscri-tos ganharam menção honro-sa, menção especial e partici-pação honrosa com diploma.

O presidente da entidade,Mitsuo Yodogawa, e a coorde-nadora do evento, TerukoOkagawa Monteiro, parabeni-zaram a todos e agradecerampela participação e compare-cimento ao evento. Realizadoanualmente com apoio doNikkey Shimbun, ConsuladoGeral do Japão e outras enti-dades locais, a Gincana deArtes Nikkei visa incentivarnovos talentos, difundir a artee proporcionar um encontrocordial entre artistas e aman-tes das artes.

CIDADES/RIO DE JANEIRO

13ª Gincana de Artes agitaAssociação Nikkei

Page 6: POLÊMICA Sul buscam maior intercâmbio · entidade. Em 1960, na oportu-nidade dos 30 anos do Fukuhaku Sonkai, ele compôs a música “Fukuhaku Roujin no Uta” (Canção dos idosos

6 JORNAL NIKKEI São Paulo, 16 a 22 de setembro de 2006

Após uma ação sem suces-so para adquirir o controle darefinaria de Cartagena, naColômbia, a Petrobras agoraanalisa a compra de uma refi-naria no Japão. Essa operação,se bem sucedida, permitirá quea Petrobras entre diretamenteno voraz mercado asiático, umdos mais concorridos no mun-do. Ela já exporta petróleo pe-sado para China e Japão. Coma unidade, a Petrobras queragregar valor a seu petróleo evender combustíveis.

Em agosto, a PetrobrasColômbia perdeu uma con-corrência da Ecopetrol paraa suíça Glencore. No primei-ro envelope, a estatal a ofe-receu US$ 591 milhões, va-lor 96,34% maior que os US$301 milhões propostos pelaGlencore.

Como os dois valores fica-ram abaixo do preço mínimoestabelecido pela Ecopetrol,que ainda era desconhecidoquando os envelopes foramabertos, as duas proponentesderam novos lances. Mas aGlencore dobrou a aposta, ofe-recendo US$ 630 milhões, en-quanto a oferta da Petrobrassubiu só para US$ 595 milhões.Só então a Ecopetrol informouseu valor mínimo, de US$ 625milhões.

A aposta da Petrobras emrefinar no exterior teve impul-so com a aquisição recente deuma participação de 50% narefinaria de Pasadena, noTexas, por US$ 360 milhões.Agora, ela e sua sócia AstraOil (controlada pelo grupo bel-ga Compagnie NationalePortefeuille SA), estudam in-vestimentos para duplicar, para200 mil barris por dia, a capa-cidade de produção de deriva-dos e investir na conversão daplanta para que ela possa pro-cessar óleo pesado.

A projeção de aumento daprodução no exterior compro-

va isso. A Petrobras prevê ele-var sua produção diária inter-nacional de 259 mil barris deóleo equivalentes (medida queinclui óleo e gás) em 2005,para 568 mil barris em 2011.Esse volume pode crescer sea companhia tiver sucesso naexploração de dois blocos con-siderados promissores,Tayrona e Tierra Negra, nacosta da Colômbia. A área in-ternacional vai abocanharUS$ 12,1 bilhões do orçamen-to de investimentos daPetrobras no período 2007-2011, dos quais 70% serãoaplicados na exploração e pro-dução de petróleo e gás.

A maior aposta da área in-ternacional da Petrobras estános Estados Unidos, com in-vestimentos de US$ 2,8 bi-lhões, incluindo a área de refi-no. Na parte americana doGolfo do México, já participa,sozinha ou com sócios, de 287blocos, sendo operadora de 145deles. E acaba de apresentaras maiores ofertas para 34 blo-cos na região, em leilão pro-movido pelo Minerals Mana-gement Service (MMS), órgãoque regula o setor nos Esta-dos Unidos. Se as propostasforem aceitas pelo MMS, o queserá conhecido esta semana,o portfólio vai aumentar para321 blocos.

A companhia já produz cer-ca de 8 mil barris de petróleopor dia nos Estados Unidos eno final desse ano começará aproduzir no campo deCottonwood (na qual tem 80%do controle, tendo como sóciaa americana Mariner) em vo-lumes ainda não revelados.Previsões anteriores da própriacompanhia sugeriam que so-mente com esse campo suaprodução ali pode chegar a 18mil barris ao dia. Mas aPetrobras também procura gásnatural em águas rasas doGolfo Americano.

NEGÓCIOS

Petrobras estuda compra derefinaria no Japão

A intensa e crescente utili-zação da motocicleta comomeio de transporte e de peque-nas entregas nos grandes cen-tros urbanos tem sido alvoconstante de debates devidoaos acidentes envolvendo osveículos de duas rodas. AAbraciclo – Associação Brasi-leira dos Fabricantes de Moto-cicletas, Ciclomotores, Motone-tas, Bicicletas e Similares – pro-moveu em São Paulo, entre osdias 21 e 25 de agosto, váriaspalestras com o engenheiro ja-ponês Koichiro Onuma, presi-dente da Subcomissão para Aná-lise de Acidentes de Trânsito daJama – Japan Automobile Ma-nufacturers Association, a asso-

ciação das indústrias automobi-lística e motociclística do Japão,na tentativa de estudar como for-necer elementos de auxílio às au-toridades de trânsito brasileirasna busca do aumento de segu-rança para motociclistas.

Participaram do seminárioentidades e autarquias ligadas àadministração do trânsito comoCET – Companhia de Engenha-ria de Tráfego, a Polícia Cientí-fica do Estado de São Paulo,Abramet – Associação Brasilei-ra de Medicina de Tráfego,Cetran – Conselho Estadual deTrânsito do Paraná e o Imtrans– Instituto Municipal de Trân-sito de Manaus.

Onuma apresentou aos par-

DUAS RODAS 2

Abraciclo promove encontro com especialista do Japãoticipantes das palestras umametodologia que possibilita oestabelecimento de critérios paraa padronização da coleta de da-dos nos locais dos acidentes. Avinda do conferencista ao Bra-sil é o início de um trabalho quea Abraciclo está desenvolvendojunto aos órgãos públicos com oobjetivo de analisar com maiorprofundidade as reais causasdos acidentes envolvendo mo-tocicletas. A partir dessas con-clusões, novas propostas de so-lução para a diminuição do índi-ce de acidentes estarão maispróximas e serão mais viáveis.O engenheiro especializado seencontrou com técnicos da áreae mostrou-se surpreso com o

elevado nível de conhecimentosobre o assunto já existente nosnúcleos de estudo das autorida-des brasileiras.

“Investimentos nessa dire-ção serão sempre importantes,necessários e bem vindos, poissignificarão preciosos auxíliosna luta contra as causas dosacidentes e seus reflexos nasociedade”, argumentou PauloShuiti Takeuchi, presidente daAbraciclo.

A Abraciclo foi fundada em1976 e completa 30 anos deatuação neste ano. Entre osprincipais associados da entida-de estão Honda, Yamaha,Sundown, Kasinski, Harley-Davidson e Caloi.

A Yamaha do Brasil acabade colocar no mercado mais ummodelo que promete agradartanto aqueles que gostam dediversão off-road quanto os queutilizam a moto como veículo detransporte nos grandes centrosurbanos. Trata-se da XTZ 125,que apresenta agora novos grá-ficos, pintura e acabamentobicolor exclusivo nas tampas la-terais, além de chassi e alçastraseiras na cor preta

As características do mo-delo que marcou uma novafase no mercado das duas ro-das em seu segmento continu-am presentes. Entre elas es-tão o baixo centro de gravida-de, fácil maneabilidade, robus-tez e economia sendo um mo-delo ideal para os iniciantes.

Entre seus diferenciais es-tão as rodas de 21 polegadasna dianteira e 18 polegadas natraseira, o peso de 103 kg (par-tida a pedal) e 104 kg (elétri-ca) e freio dianteiro a disco emambas as versões. O motor éum quatro tempos monocilín-drico, OHC (Over HeadCamshaft), leve e compacto,

arrefecido a ar e de 124cc.Além de versátil seu propulsorapresenta entre outras qualida-des, excelentes retomadas.

O carburador Mikuni VM20SS é dotado de um sistema“enriquecedor” que possibilitaacelerações mais suaves apósdesacelerações mais bruscas.O conjunto “respira” através deum filtro de ar úmido alojadoem uma caixa, projetada de for-ma a impedir a aspiração depoeira principalmente em tri-lhas, além de proporcionar umaproveitamento melhor da po-tência. O Sistema de Induçãode Ar assegura menores índi-ces de emissões de poluentes

na atmosfera.A curva de

torque do com-pacto motor, as-sim como o chas-si leve e resisten-te, privilegiam umacondução tranqüi-la no trânsito evias expressas,além de força napilotagem em tri-lhas. Já a suspen-

são dianteira é do tipo telescó-pica com mola e óleo, enquan-to a traseira tem braço oscilan-te em aço de alta resistência eexclusivo sistema ActiveMonocross, que consiste em umamortecedor a mola e óleo epressurizado a gás, que dispen-sa o link característico dos mo-delos mono amortecidos na tra-seira. Ambas têm 180 mm decurso. O freio dianteiro é ummono disco com 220 mm de di-âmetro com acionamento hi-dráulico e pinça com dois pis-tões flutuantes, a traseira é equi-pada com um freio a tambor de130 mm de diâmetro, em ambasas versões.

DUAS RODAS 1

Yamaha lança novo modelo para trânsito urbano e off-roadA ergonomia foi desenvol-

vida em relação ao posiciona-mento dos braços e pernas,assim como um banco longoque avança sobre o tanque decombustível, possibilitando ovaivém característico no usoem trilhas. As pedaleiras dian-teiras são retrateis e as trasei-ras fixadas ao chassi para nãotransmitir os impactos da irre-gularidade do solo ao garupa.

Os projetos das XTZ 125K(partida a pedal) e XTZ 125E(partida elétrica) tiveram a su-pervisão do engenheiro demodelos off-road da YamahaMatriz, Shigeru Osemachi, omesmo responsável pelo de-senvolvimento das Yamahaoff-road YZ, WR e TT-R.

Os dois modelos serãocomercializados no final domês de agosto, em todas asConcessionárias AutorizadasYamaha e através do Consór-cio Nacional nas cores azul,vermelha e preta.

As motocicletas Yamahatêm um ano de garantia de fá-brica, sem limite de quilome-tragem.

XTZ 125 apresenta novos gráficos

DIVULGAÇÃO

KARAOKÊ TAIKAINuma promoção da Liga/Ali-ança a Associação Cultural eEsportiva de Arapongas reali-za amanhã (17) o ConcursoParanaense de Karaokê – 33ºDoyo/Shoka, 31º Juvenil e 7ºPop Infantil e o 9º ParanáChampion Utagassem na sededa Acea, em Arapongas. Tra-ta-se do maior concurso decanto da comunidade nipo-pa-ranaense, seletiva para o Bra-sileirão.

FESTIVAL DE TAIKOA Liga das Associações Cul-turais de Assai realiza amanhã(17), na cidade de Assai, o 3ºFestival Paranaense deWadaiko numa promoção daAliança/Liga. O festival teminício às 8 horas na sede soci-al da Sama/Laca, saída paraCuritiba.

EXPOSIÇÃO DEIKEBANAA Associação Cultural “Ikeba-na Ohara-Ryu” de Londrinapromove uma grande exposi-ção de arranjos florais (ikeba-na), pela passagem dos 40anos de fundação. A Exposi-ção será aberta no dia 22 desetembro às 19 horas com ho-menagem ao beneméritos e fi-cará aberta ao público nos dias23 e 24, das 10 horas às 16horas, na sede social da Alian-ça Cultural Brasil-Japão doParaná, na Rua Paranaguá,1782, em Londrina. A rendaserá doada ao Hospital do Cân-cer de Londrina.

HARU MATSURIA Associação Cultural e Be-neficente Nipo-Brasileira deCuritiba promove o seu já tra-dicional Haru Matsuri (Festi-val da Primavera) nos dias 22a 24 de setembro no pátio doMuseu Oscar Niemayer, emCuritiba. Na oportunidade será

apresentado oficina e show detaiko de várias associações nodia 23.

CONCURSO DEORATÓRIAO 22º Concurso de OratóriaAdulto em Língua Japonesaserá realizado no dia 30 de se-tembro e o 17º Concurso deOratória Infantil em LínguaJaponesa no dia 22 de outubro,ambas na sede social da Ali-ança, em Londrina. As inscri-ções estão abertas até o dia 20de setembro (Adulto) e 17 deoutubro (Infantil). As escolasfazerem as inscrições comantecedência. Outras informa-ções com Máriam pelo telefo-ne: 43/3324-6418.

HISTÓRIA DAIMIGRAÇÃOO livro “História da ImigraçãoJaponesa no Paraná” da Ali-ança Cultural Brasil-Japão doParaná com apoio do Ministé-rio da Cultura e de autoria doDr. Toshio Igarashi, editado emportuguês e japonês estão àdisposição dos interessados nasede da Aliança/Liga. Outrasinformações com Máriam pelotelefone: 43/3324-6418.

CURSO DE JAPONÊSA Aliança através da EscolaModelo está formando novasturmas para o curso rápido delíngua japonesa. Curso idealpara quem vai ao Japão traba-lhar. Mais informações comMáriam pelo telefone: 43/3324-6428 ou na Rua Paranaguá,1782, em Londrina.

PROFICIÊNCIA EM KANJIO Exame de Proficiência emKanji (ideogramas) será reali-zado no dia 11 de novembro às9h30, na sede social da Alian-ça/Liga, na Rua Paranaguá,1782, As inscrições podem serfeitas até o dia 30 de setembro.

PARANÁ

Informe da Aliança Cultural Brasil Japão do Paranáe Liga Desportiva e Cultural Paranaense

CIDADES/LONDRINA

Londrina Matsuri deve recebercerca de 100 mil pessoasOLondrina Matsuri, que

começou ontem (15),comemora a chegada

da primavera promovendo acultura japonesa na cidade pa-ranaense. O evento prosseguehoje (16) e amanhã (17), das10 às 22h, na praçaNishinomiya, que fica em fren-te ao aeroporto. Os visitantespoderão conferir os pratos típi-cos da culinária japonesa, alémde prestigiar apresentações dedança e de música.

Segundo a organizadora dafesta, Mity Shiroma, a quartaedição do Londrina Matsuri vaicomemorar também os 18 anosdo grupo Sansey, além dos 22anos da Mity Escola de Kara-okê. “O festival vai ter a pre-sença do grupo Sansey na apre-sentação de Yosakoi Soran,danças folclóricas com toquemoderno. O grupo é bicampeãobrasileiro nessa arte e vai apre-sentar a coreografia vencedo-ra, pela primeira vez, para opúblico londrinense”, afirmou.Além disso, o evento comemo-ra os 98 anos da imigração ja-ponesa no Brasil.

A atração mais esperada dofestival é o Matsuri Dance(confira a programação). Adança, desenvolvida pelo Gru-po Sansey, é inspirada nos pas-sos tradicionais do bon odori, aoritmo das músicas dance e popatuais, e algumas com marca-ção dos taikôs, os tradicionaistambores japoneses.

“O Londrina Matsuri é umafesta popular e mesmo sem com-preender o que está sendo ditonas canções, a grande maioriado público, composta de não-descendentes, entende o signi-ficado do Matsuri Dance e con-tribui para que a dança fique

mais festiva e animada a cadaedição, além de conhecerem acultura”, informou. As apresen-tações do Matsuri Dance ocor-rem hoje e amanhã, às 20h.

Mity Shiroma conta queforam montadas cerca de 50barracas gastronômicas e decomercialização de pratoscomo yakisoba, tempurá eyakimeshi, entre outros. “OLondrina Matsuri comemora achegada da primavera e, porisso, o evento conta com doisdestaques. O primeiro é umjardim japonês e o segundo afeira de flores”, comentou.Segundo ela, o local foi total-mente decorado com shoshins(luminárias) e nobori, (bandei-rolas típicas), com o objetivode recriar, com o máximo deprecisão, as festas japonesas.

Para a organizadora da fes-ta, o evento tem a expectativade reunir cerca de 100 mil

Londrina Matsuri já se tornou um dos principais eventos nipo-brasileiros do Paraná

DIVULGAÇÃO

PROGRAMAÇÃO LONDRINA MATSURI 2006-09-13

SÁBADO (16/09)14:00 – Apresentação da Banda ARB – Temas de “Animes”15:00 – Apresentação dos alunos da Mity Escola de Karaokê16:00 – Apresentação de Dança – Igreja Holiness16:30 – Apresentação de Taiko – Grupo Ishindaiko18:00 – Abertura Oficial19:00 – Apresentação do Yosakoi Soran – Grupo Sansey19:30 – Bom Odori Tradicional20:00 – Matsuri Dance com Banda “ao Vivo”

DOMINGO (17/09)14:00 – Apresentação Studio Musical15:00 – Oficina de Dança, com profa. Oriana Gotti15:30 – Vamos Dançar Forró? (Animação profa. Oriana Gotti)16:15 – Apresentação do Yosakoi Soran – Grupo Sansey16:30 – Academia Complexo Life17:00 – Apresentação de Taiko – Grupo Ishin Ladies17:30 – Apresentação dos Alunos da Mity Escola de Karaokê18:30 – Apresentação de Yosakoi Soran – convidados “Castro Ren”(crianças não nikkeis) e “Bastos Fujinkai” (grupo da terceira idade)19:30 – Bom Odori Tradicional20:00 – Matsuri Dance com Banda “ao Vivo”22:00 – Encerramento

pessoas como ocorreu no anopassado. “O Londrina Matsuriestá consolidado na cidade etemos o objetivo de extrapolaras fronteiras e atingir outras

cidades e estados, para conhe-cer e prestigiar a cultura. Oevento já se tornou um dosmaiores eventos nipo-brasilei-ros do Paraná”, garantiu.

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São Paulo, 16 a 22 de setembro de 2006 JORNAL NIKKEI 7

AGENDA

O GRUPO ESCOTEIROHOKKAIDO realiza manhã(17), das 11h30 às 16h, o seutradicional Bazar 2006. Have-rá comidas (strogonof, teisho-ku de anchova, churrasco,guiozá e tempurá, entre outros)e bebidas (cerveja, açaí, refri-gerantes, água e suco de la-ranja), além de bingo e atra-ções artísticas.Local: Rua Jo-aquim Távora, 605, VilaMariana (São Paulo).

A ASSOCIAÇÃO SAGAKenjinkai do Brasil realizaamanhã (17), a partir das 11h,em sua sede (Rua PandiáCalógeras, 108, Aclimação), oevento Yakissoba com bingo.A entrada custa R$10,00 e dádireito a um yakissoba e ain-da a uma cartela de bingo paraconcorrer na ultima rodada aum aperelho de DVD player.Informações pelo tel.: 11/3208-7254.

O GRUPO SEMPRE MU-LHER promove amanhã(17), o seu 13º almoço bene-ficente. O grupo, que já des-tinou mais de R$ 140 mil a en-tidades filantrópicas de SãoBernardo do Campo, estaráservindo seu tradicionalyakissoba. Convites antecipa-dos são vendidos a R$ 12,00.No dia, o valor será de R$14,00. A expectativa é servircerca de 1200 porções, paratanto, as voluntárias se orga-nizam em dois sistemas: odrive-thru, a partir das 11 ho-ras, e o self-service, a partirdas 12 horas, no Buffet TuttiNoi (Rua Joaquim Nabuco,381 - SBC). Nesta edição, arenda do evento será destina-da para a construção da novasede do Casa (Comunidadede Amparo Social Asilar).Mais informações podem serobtidas através do telefone:11/4125-3438.

O FESTIVAL NAGASAKICHAMPON acontece ama-nhã (17), das 11 às 14h, orga-nizado pelo Nagasaki Kenjin-kai do Brasil. O champon, pra-to típico da província, contémlula, camarão, shiitake, legu-mes e macarrão entre seus in-gredientes. O endereço doevento é Av. General Valdomi-ro de Lima, 241, Jabaquara-São Paulo. Os ingressos ante-cipados custarão R$10,00 e nodia, R$ 12,00.

O ANHANGUERA NIK-KEI CLUBE realiza amanhã(17), a partir das 9h, em suasede campestre (Estrada dosRomeiros, 1001), em Santanado Parnaíba (SP), o seu 33ºUndokai. Além das tradicio-nais provas como corridas,cabra cega, procura de tesou-ro, corrida com saco, corridacom obstáculo, corrida comjegue e corrida com bola, en-tre outras, haverá também ati-vidades para toda a famíliacomo procura neto e procurade namorada. Informaçõespelo tel.: 11/4154-1592.

Aconvite da FundaçãoJapão, a pianista japo-nesa Yuuko Suzuki re-

aliza uma turnê pelo Brasil queinclui nove cidades. Ela come-ça as apresentações no próxi-mo dia 22, sexta-feira quevem, em Manaus, e finaliza atemporada de shows em SãoPaulo, somente em 15 de ou-tubro.

A série de recitais traz pe-ças de compositores brasilei-ros, como Camargo Guarnieri,Lorenzo Fernandes, CláudioSantoro, Francisco Mignone eHeitor Villa-Lobos, além deobras de Schumann e FranzLiszt. Seu envolvimento coma cultura brasileira não vem deagora, considerando que a pi-anista já é uma das principaisdivulgadoras da música erudi-ta do País no cenário interna-cional, e por isso pretendemostrar seu talento para o pú-blico de algumas das capitais.

Nascida em Tóquio, Yuukograduou-se no curso de Pianopela Faculdade de MúsicaKunitachi (Tóquio), e continuouseus estudos na Faculdade deMúsica Hartt, da Universidadede Hartford (EUA). Lá teveaulas com o professor e pianis-ta Luis de Moura Castro, cujainfluência foi decisiva para des-pertar-lhe o interesse pela mú-sica clássica brasileira.

O desejo de aperfeiçoar ain-da mais sua arte levou-a aParis, onde estudou Musicolo-gia na Universidade deSorbonne, e recebeu em 1996o título de “Maîtrise deMusique”. Foi nessa época quese lançou profissionalmente,apresentando-se em diversospaíses. Paralelamente, Yuukoestudou também com Anna

CONCERTO

Pianista japonesa Yuuko Suzuki faz turnêem nove capitais brasileiras

Stella Schic, discípula de Hei-tor Villa-Lobos, ampliando seusconhecimentos em música bra-

Dia 22/09 (sexta-feira) -ManausOnde: Teatro Amazonas -Rua Tapajós, 05, CentroHorário: 20h Entrada gratuita

24/09 (domingo) -FortalezaOnde: Theatro José deAlencar - Praça José deAlencar, s/n, CentroHorário: 20h Entrada gratuita

27/09 (quarta-feira) -BelémMaster ClassOnde: Conservatório CarlosGomesHorário: 9h

RecitalOnde: Igreja de Santo Alexan-dre (Museu de Arte Sacra) -Praça Frei Caetano Brandão,s/nHorário: 20h Entrada gratuita

29/09 (sexta-feira) -Rio de JaneiroRecitalOnde: Auditório do BNDES -Av. República do Chile, 100,CentroHorário: 12h30Entrada gratuita

Master ClassOnde: Conservatório Brasilei-ro de Música - Av. Graça Ara-

nha, 57, 12º andar, CentroHorário: 17h30 04/10 (quarta-feira) -CuritibaOnde: Teatro da Reitoria(UFPR) - Rua 15 de Novem-bro, 1.299, CentroHorário: 20hEntrada gratuita 05/10 (quinta-feira) -Porto AlegreOnde: Salão de Atos da PUC/RS – Av. Ipiranga, 6.681, Pré-dio 04Horário: 21hEntrada gratuita 08/10 (domingo) -Florianópolis

Programação da pianista Yuuko Suzuki no Brasil

Onde: Teatro Álvaro de Car-valho - Rua Marechal Gui-lherme, 26, CentroHorário: 21hEntrada gratuita 12/10 (quinta-feira) -BrasíliaOnde: Teatro Nacional Cláu-dio Santoro (Sala MartinsPena) - Setor Cultural Norte,Via N-2Horário: 20hEntrada gratuita 15/10 (domingo) -São PauloOnde: Auditório do Masp - Av.Paulista, 1.578Horário: 11hEntrada gratuita

sileira. Como parte do resulta-do desse trabalho ela traduziupara o japonês o livro “Villa-

Lobos: Souvenirs de l’IndienBlanc”, da autoria de AnnaStella, publicado em 2004, in-

cluindo um CD com execu-ções de Yuuko para obras deVilla-Lobos.

Em 2000, a pianista parti-cipou das comemorações dos500 anos do Brasil, com reci-tais em Paris, Tóquio e Rio deJaneiro, e foi condecorada em2002 pelo governo brasileirocom a Ordem do Rio Branco.

Atualmente, Yuuko Suzukireside em Tóquio e trabalha natradução para o japonês de“Música Erudita Brasileira”,que será publicado em 2006,com apoio da Embaixada Bra-sileira em Tóquio. Ela continuaapresentando recitais no Ja-pão, Estados Unidos, França,Itália, Espanha, Suíça, entreoutros países.

Todas as apresentações(veja programação no box)têm entrada gratuita e mais in-formações podem ser adquiri-das pelo telefone 11/3141-0110ou no site www.fjsp.org.br.

A pianista japonesa Yuuko Suzuki, que se apresentará em São Paulo no dia 15 de outubro

DIVULGAÇÃO

ARTES E ESPETÁCULOS

Festival Internacional de Danças Folclóricas terá 36 gruposOrganizado pela Comis-

são de Danças Folclóricas In-ternacionais do Bunkyo (So-ciedade Brasileira de Cultu-ra Japonesa), o 35º FestivalInternacional de Danças Fol-clóricas será realizado nosdias 23 e 24 de setembro (sá-bado e domingo) com a par-ticipação de 36 grupos dedanças representando a cul-tura e o folclore de diversospaíses.

Com o lema “Um sonho

de harmonia entre os povos”,o Festival reunirá os gruposdos seguintes países: Alema-nha, Áustria, África (Brasil),Bolívia, Brasil (região sul),Chile, Croácia, Espanha, Fin-lândia, Grécia, Hungria, Ín-dia, Itália, Japão, Lituânia,Países Árabes, Peru, Portu-gal, República Checa, Rússia,Síria, Suíça e Ucrânia.

A programação do dia 23de setembro (sábado) teráinício às 14h30, com as apre-

sentações de 7 grupos infan-tis e, a partir das 17h, esta-rão no palco os 15 gruposadultos. No dia 24 (domingo),o Festival começa às 15h,com mais 15 grupos adultos.

Além das danças, o Festi-val também incluirá na progra-mação a apresentação de mú-sicas ao vivo. No hall de en-trada do auditório, serão mon-tados estandes com comidastípicas e outros produtos tra-dicionais de diferentes países.

O 35º Festival Internacio-nal de Danças Folclóricas,patrocinado pelo Banco Su-dameris, acontecerá no Gran-de Auditório da SociedadeBrasileira de Cultura Japone-sa, na rua São Joaquim, 381– Liberdade (próximo da es-tação São Joaquim do Me-trô).

Os convites antecipados(até o dia 22) custarão R$5,00 e no dia R$ 7,00. Os es-tudantes com carteira e mai-

ores de 60 anos terão direitoao convite especial (R$ 3,50)vendido somente no dia doevento. Entrada franqueadaaos menores de 6 anos deidade. O ingresso do dia 23(sábado) valerá para as duassessões.

Os convites antecipadospoderão ser adquiridos na se-cretaria da entidade, das 9h às18h. Maiores informações pelotel: (011) 3208-1755, e-mail:bunkyosp@bunkyo. org.br

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8 JORNAL NIKKEI São Paulo, 16 a 22 de setembro de 2006

LAEL

Quem quer curtir o som doquarteto instrumental GeléiaGeral ou mesmo conferir aperformance do grupo pelaprimeira vez pode aproveitaros dois shows que acontecemem São Paulo na próxima se-mana. Liderados pela pianistaAi Yazaki, a formação da ban-da tem ainda Yoshiya Kusa-mura (saxofone), Edu Malta(baixo) e Rodrigo “Digão”Braz (bateria).

As próximas apresenta-ções serão na quarta-feira(20), no Syndikat Jazzclub, ena quinta (21), no Centro Cul-tural São Paulo. Neste último,o show acontece na salaAdoniran Barbosa. A retiradade ingressos começa uma horaantes do espetáculo.

Com músicas próprias ecomposições de artistas brasi-leiros, Ai descreve seu estilocomo uma fusão nipo-brasilei-ra. “A parte rítmica da bandaé brasileira e a melódica é ja-ponesa. Faço essa mistura deculturas em minhas composi-ções, o que fica muito interes-sante”, avalia. Algumas dasmúsicas são japonesas, masque recebem influência brasi-leira com os arranjos dobaixista e baterista brasileiros.“Tocaremos músicas originaisminhas e também bossa nova.Há as japonesas com ritmosdaqui, como o baião”, adianta.

No repertório entra, porexemplo, “Só danço samba’”(Tom Jobim), ‘”Baitada dife-rente” (Durval Ferreira) e aspróprias “Em setembro”,‘”Samba do besouro”, ‘”Mitino mukou”, entre outros.

Rumo ao Japão - Para o pró-ximo mês, no dia 10, há tam-bém outra apresentaçãoagendada, no All of Jazz, casaem que tocou várias vezes.Todos esses são também umaquecimento antes da viagemda dupla Ai Yazaki e YoshiyaKusamura para o Japão, numa

turnê que passará por cinco ci-dades. Com embarque no dia16 de outubro e volta marcadapara 20 de novembro, o duoapresenta seu repertório emTóquio, Yokohama, Nagoya,Niigata e Mie. “Quero apre-sentar a cultura brasileira aoJapão, e farei esse intercâmbioatravés de minhas composi-ções”, diz, animada. Há dezanos radicada no Brasil, a pia-nista japonesa de Niigata voltapela primeira vez a seu país parauma série de apresentações.

O Geléia Geral surgiu emnovembro de 2003 como umaampliação do duo Kusamura-Yazaki. Com a formação mai-or, e que já sofreu modifica-ções desde então, a pianista AiYazaki se viu diante de novaspossibilidades sonoras e umimenso potencial de execução.Isso influenciou suas criaçõesde nível composicional e arran-jos, com integrantes multi-ins-trumentistas e que dão um re-sultado multirracional à banda.

MÚSICA 2

Ai Yazaki faz shows em SPantes da viagem ao Japão

Banda mescla vários ritmos musicais durante apresentação

DIVULGAÇÃO

Abatida do coração, oritmo dos passos, ochiado da respiração

e os ruídos produzidos pelaboca e a garganta. Todo mun-do faz música inconsciente-mente, e o Barbatuques par-te deste princípio para o seusom: eles usam o corpo comoo único instrumento, promo-vendo uma festa sonora depalmas, estalos de dedos, ba-tidas no peito, entre outrosefeitos desenvolvidos ao lon-go da carreira, que chega aosdez anos em 2007. Os músi-cos partem amanhã (17) parauma turnê na Colômbia, pas-sando pelo circuito universi-tário em cinco cidades doPaís.

“Vamos apresentar o re-pertório do nosso primeiro CD,que tem muitos ritmos brasi-leiros, como o maracatu, acatira e a embolada”, afirma onikkei André Hosoi, um dos 13integrantes do grupo. Sucessode crítica e público na Europa– o grupo recebeu o prêmioMidem em 2003, na França,além de se corresponder cons-tantemente com os fãs daEspanha –, o Barbatuques seapresenta pela primeira veznum país estrangeiro da Amé-rica do Sul.

Apesar da conquista nomês passado do Prêmio Tim demelhor grupo de MPB, da ex-posição no “Programa do Jô”e em outros veículos, o grupoainda procura patrocínio paramontar o show do CD “O se-guinte é esse”. Com uma sé-rie de profissionais envolvidos,entre coreógrafo, cenógrafo eoutros, o projeto tem um customais alto que a temporada deestréia.

Fruto das viagens e do con-tato com outras culturas, alémda extensão do sucesso a umpúblico maior – antes, o des-taque estava restrito ao circui-to alternativo –, o segundo epremiado trabalho do Barba-tuques é mais universal: nele,estão presentes elementos damúsica africana, mediterrânea,cubana, entre outras, além dautilização de improvisaçõesnas composições. Para trazera mesma espontaneidade dosshows ao CD, os músicos fi-zeram a pré-gravação em umsítio em um feriado de Carna-val. Microfones, gravadores elaptop foram transportados aotranqüilo local, proporcionandoo registro de quatro dias deimproviso.

O nikkei afirma que, nasapresentações ao vivo, essaabertura a elementos novosestá sempre presente. “Muitasvezes é a platéia que dá o moteda improvisação. Acontecemalgumas coisas nos shows que

são impossíveis de seremreproduzidas em estúdio, ape-sar dos recursos tecnológicosatuais. Um coro de duas milpessoas produz uma varieda-de de sons incrível”, explica.

Hosoi conta, ainda, que oBarbatuques tenta resgatar ocaráter transformador dasmanifestações artísticas e cul-turais do passado. “É umaoportunidade das pessoas per-ceberem o próprio corpo,numa época de celulares, IPode computadores. Valorizamosas relações humanas e quere-mos que as pessoas passempor uma catarse, como nos ri-tuais antigos. O ritmo é a coi-sa mais ancestral em qualquercultura”, complementa.

Japonês no “batuque”?! - Hosoi afirma que está acos-tumado com a surpresa daspessoas – principalmente noexterior - ao constatarem apresença de um nikkei no gru-po. “Os estrangeiros não sa-bem que tem japonês no Bra-sil. Além disso, o fato de nãohaver um negro em um grupode percussão é algo muito inu-sitado. Mas não foi uma coisacalculada, simplesmente acon-teceu”.

Formado em Música Popu-lar pela Unicamp, Hosoi acres-centa que a convivência comas diferentes culturas refleteno trabalho do Barbatuques.“São Paulo é um retrato damultiplicidade do Brasil, écomo se fosse uma parabólicaque capta o mix de culturas detodas as regiões. Dá pra fazermúsica pernambucana, mascom um swing particular, uma

identidade própria”. Diferente-mente de alguns artistas es-trangeiros citados no site ofi-cial do grupo, o Barbatuques,“atualizado com a modernida-de”, utiliza-se de vários estilosmusicais nas composições, fa-zendo uma “mistura de todasas influências”.

Ele cita a própria educaçãorecebida pela família comouma contribuição para essaabertura a diversas referênci-as. Ao contrário de algunsamigos nikkeis – cujos pais“queriam que eles fizessem ocolégio Bandeirantes, enge-nharia na USP e freqüentas-sem os bailes do Ipê” –, Hosoiconta que teve uma educaçãoliberal. “Eu sempre tive amigo‘negão’, loiro, moreno, de tudoquanto é tipo. A própria músi-ca, principalmente a instrumen-tal, é uma linguagem universal,não é destinada somente a umgrupo”.

A diversidade de influênci-as aparece nas outras ativida-des do nikkei relacionadas àmúsica. Além do trabalho noBarbatuques, o músico faz

apresentações de choro aossábados no bar “Ó do Boro-godó”, na Vila Madalena, e demúsica eletrônica com a ban-da “Freegideira”, nas últimassextas-feiras do mês, na can-tina Lila.

Cursos e oficinas – “Tum,pá, clap, tsc, tá”! O grupo rea-liza também cursos e oficinasneste semestre para empresas,escolas, universidades, ONGse fundações culturais (maisinformações no site www.barbatuques.com.br). Hosoidestaca o trabalho realizadocom o Cirque du Soleil, “umatrupe que deu certo no mundointeiro.”

Além do desenvolvimentoda musicalidade dos alunos, omúsico afirma que a percus-são corporal proporciona be-nefícios para a saúde. Como o“do-in, shiatsu ou outra mas-sagem oriental”, o toque é usa-do em várias partes do corpo,cabendo ao aluno identificare respeitar os próprios limites.

O nikkei acrescenta que otrabalho contribui tambémpara a auto-estima dos prati-cantes. “Saber conviver coma própria imagem já é umagrande coisa. Vivemos nummundo maluco, em que as pes-soas fazem sacrifícios para sesentirem mais bonitas”. Atécomo uma alternativa aos ins-trumentos musicais – “carose acessíveis a poucos privile-giados” –, o aprendizado podeser encarado, para Hosoi. “Acriança percebe que apenascom o corpo pode produzirsons. Elas se sentem maisvalorizadas.”

Indagado sobre as dificul-dades do trabalho para osiniciantes, o nikkei explica quecada aluno precisa lidar comos próprios desafios. “Os cur-sos são destinados a pessoasde todas as idades. A criançatem menos ‘travas’, não temmuito auto-censura como osadultos. Mas a improvisaçãodepende também do repertó-rio cultural das pessoas e, nes-se aspecto, os mais velhostêm vantagem”, conclui.

(Gílson Yoshioka)

MÚSICA 1

Barbatuques parte para turnê naColômbia após vencer Prêmio

Programação da pianistaAi Yazaki e Geléia Geral

em São PauloDia 20/09 (quarta-feira)Onde: Syndikat Jazzclub -Rua Moacir Piza, 64, JardimPaulistaHorário: 22h Couvert artístico: R$ 7,00Informações: 11/ 3086-303721/09 (quinta-feira)Onde: Centro Cultural SãoPaulo – Av. Vergueiro,1.000, Sala Adoniran Bar-bosaHorário: 19hEntrada francaInformações: 11/3277-361110/10 (terça-feira)Onde: All of Jazz – RuaJoão Cachoeira, 1.366,Itaim BibiHorário: 22h Couvert artístico: R$ 10,00Informações: 11/ 3849-1345

O nikkei André Hosoi, um dos 13 integrantes do Barbatuques

JORNAL NIKKEI

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São Paulo, 16 a 22 de setembro de 2006 JORNAL NIKKEI 9

R E S T A U R A N T E S

Há mais de um ano no Jar-dim Paulista, o Premier Cakeimpressiona seus clientes eapresenta no seu balcão deli-cados doces inspirados em re-ceitas japonesas. São mais decem variedades, que é impos-sível visualizá-las todas numasó visita.

Por vez, coloca de 15 a 20tipos na vitrina. “Não dá paraexpor tudo o que criamos, etoda semana colocamos docesdiferentes”, diz a proprietáriaJully Katagiri. Ao lado do ma-rido e confeiteiro ShinobuSasaki e de Sandra Kuroishi,abriu o endereço após as cres-centes encomendas que rece-bia em casa desde 1997. Omarido ela conheceu quandofoi trabalhar no Japão comotradutora e intérprete num ho-tel em que Shinobu trabalha-va. Desde que inaugurou, elesjá conquistaram muitos clien-tes e metade deles é issei.

Os petits, menores, custamentre R$ 1,50 a R$ 2,00. Pelospedaços de bolo – a maioria defrutas da época e com chantilly–, paga-se entre R$ 4,50 e R$6,00. Nos fins de semana,disponibiliza também as linhasdiet e light de seu cardápio.

O carro-chefe, segundoJully, é o Roll Matchá (R$3,50), rocambole de matchácom chantilly de matchá. Masoutros sugestivos são Jaldarl(massa de amêndoas, custardcreme, chantilly e frutas), TortaSaint Honoré (massa deamêndoas com custard creme,petit choux caramelado echantilly) ou então o MousseTricolor (bolo branco, moussede yogurt, mousse de kiwi e

mousse de manga com frutasda estação).

É possível encomendar osbolos confeitados, com no mí-nimo um dia de antecedência,como o Dream (bolo branco,custard creme, morango,chantilly, chocolate ganashe,decorados com frutas da es-tação) ou o Surprise (bolobranco, massa folheada,custard creme, morango, ba-nana e chantilly). São três ostamanhos, sendo o menor de15cm de diâmetro (500 a 600g,para 5 a 8 pessoas) e o maiorde 22cm (1 a 1,2kg, 10 a 12pessoas), que custam entre R$30,00 e R$ 50,00.

O estabelecimento serveainda almoço rápido, como osanduíche mix (pão de forma,ovo, presunto, queijo, pepino,alface e tomate), o omuraisu(risoto na omelete) e salgados,e de sobremesas geladas, sor-vete, como exemplo o MelAmericano Gelado (sorvetede creme e mel). Para acom-panhar, bebidas quentes ougeladas, entre cafés, chás esucos.

São 30 lugares entre o sa-lão, mezanino e área externaem frente, e a casa faz entre-gas (com taxa) para algumasregiões da cidade.

PREMIER CAKEALAMEDA CAMPINAS, 1.289, JARDIM

PAULISTA

TELEFONE: 11/3889-9405 OU SITE

WWW.PREMIERCAKE.COM.BR

ABERTO DE TERÇA A SÁBADO, DAS 9H30ÀS 19H30; DOMINGO, DAS 10H30 ÀS 18H

ACEITA CHEQUE E CARTÃO (EXCETO AMEX)CONVÊNIO COM ESTACIONAMENTO DA

AL. LORENA, 473 (R$ 3,00)

DOCES

Premier Cake serve doces ebolos de confeitaria japonesa

Bolos especiais podem ser encomendados para aniversários

Casa trabalha com doces diversos

MARCUS HIDE

Após dez anos de trabalhocomo dekasseguis no Japão, naregião de Tochigi, os irmãosMilton e Francisco Okuyamaresolveram se arriscar numnovo ramo, o de restaurantes.Na tradicional Rua da Glória,no bairro da Liberdade, inau-guraram o Okuyama, ondeantigamente funcionava oAnago.

Para que a idéia fosse le-vada pra frente, reforçaram-se com parte da equipe con-tratada já experiente de outrascasas, tanto na cozinha quan-to no atendimento. Os pratosquentes são preparados domodo mais tradicional pelo seuZé, e do balcão saem os vári-os combinados de sushi e sa-shimi em barquinhos. Hoje,quatro sushimen e quatro co-zinheiros dão conta dos pedi-dos do cardápio, que oferecemuitas opções ao cliente.

De acordo com Milton, ocarro-chefe é mesmo o Festi-val de Sushi. Por R$ 27,00, apessoa tem direito a um yaki-

soba pequeno, dois guiozás, umtemaki (atum ou salmão), novefatias de sahimi (atum, salmãoou tainha), sushi e o missoshi-

ru. A escolha faz sucesso noalmoço e jantar, ao lado dosteishokus e teppans – que vãode carne, frango, lula, ancho-va e o especial de frutos domar. Este último serve bem umcasal, e leva anchova, salmão,lula, camarão, kani e polvo nachapa com legumes, e acom-panhamentos de arroz e mis-soshiru.

São pratos executivos quenão podem faltar num restau-rante no centro da Capital,muito procurado nos almoços.Ou então no jantar, ainda maisnuma região de alta concen-tração de karaokês noturnos,como lembra o nissei. “Temosmuitos karaokês e snacks aonosso redor, e por isso ficamosabertos até às 3h da manhã.Eles fazem pedidos e atende-mos em delivery pelo preço docardápio, desde sushis e sashi-mis no barco a outras varia-ções”, afirma Milton. É dospoucos restaurantes japonesesque permanecem de portasabertas até esse horário, e porisso pode ser freqüentado tran-qüilamente após uma sessãode karaokê, jogadas de sinucaou simplesmente por quemcurte a madrugada.

Ao chegar à casa, antes darefeição, o cliente pede suabebida, como um saquê gela-do ou a caipirinha de saquê,combinação que já conquistouseu público, essencialmentefeminino. E nos dias de frio, asmassas são mesmo as maispedidas. Para quem gosta demacarrão oriental com caldo,não faltará lamens, udons e oOkinawa Soba – que o Oku-yama cede a receita. Tradici-onal entre os uchinanchus(descendentes da ilha ao sul doJapão), comunidade forte noEstado, o prato (R$ 16,00) nãodeixa a desejar. O forte caldotemperado regado a gengibree a massa caseira saborosa

Cardápio variado da cozinhatradicional é chamariz do Okuyama

são complementados comcostelinha de porco, ovo frito,kamaboko, cebolinha e beni-shoga.

Outro prato okinawano queo proprietário destaca é o AshiTebichi (R$ 32,00), mocotó deporco, shiitake, tofu e verdu-ras. Os dois são, evidentemen-te, mais conhecidos entrenikkeis a ocidentais. Mas nojantar, é o público não-nikkeique marca presença mais for-te, sendo muitos de localidadesdistantes. “A divulgação acon-teceu mais de boca-a-boca, emuita gente vem de longe.Acredito que eles gostam da-qui porque o atendimento ébom e elogiam muito a comidatambém”, afirma, ressaltandoainda o preço favorável aobolso.

Bem ao lado, um estacio-namento atende com convênioao estabelecimento. Funcio-nando desde fevereiro de 2000,o Okuyama conserva um am-biente simples, com mesas ebalcão em madeira e espaçocom tatamis, totalizando 80 lu-gares. De fundo, as incansá-veis canções enka dão um cli-ma mais tradicional ao ambi-ente.

(Cíntia Yamashiro)

RESTAURANTE OKUYAMARUA DA GLÓRIA, 553, LIBERDADE

TEL.: 11/3341-0780 E 3341-7470ALMOÇO DE SEGUNDA A SEXTA, DAS

11H30 ÀS 14H30; SÁBADO, DOMINGO EFERIADO, DAS 12H ÀS 15H30JANTAR DE SEGUNDA A SÁBADO, DAS 18H

ÀS 3H; DOMINGO, DAS 18H30 ÀS 23H30ACEITA CARTÃO E CHEQUE

CONVÊNIO COM ESTACIONAMENTO NO

Nº 503 (R$ 2,00 A HORA NO ALMOÇO;R$ 3,00 - PERÍODO NOTURNO)

Ingredientes:– caldo de frango– 150g de macarrão do tipo

yakisoba (1 pessoa)– costela de porco cozida– gengibre (tempero) e

beni-shoga– ovo frito fatiado– fatias de kamaboko– cebolinha

Modo de preparo:Cozinhe o osso do frango

Okinawa Sobacom água por, no mínimo, duashoras para fazer o caldo. Co-zinhe, separadamente, o ma-carrão e a costela – esta comshoyu, gengibre, um pouco deágua e açúcar. Tempere o cal-do com sal, Ajinomoto eHondashi a gosto.Coloque numa tigela o macar-rão, jogue o caldo e coloque okamaboko, o ovo frito fatiado,a cebolinha picada e o beni-shoga por cima.

Francisco e Milton Okuyama apostam em pratos tradicionais e especialidades de Okinawa

MARCUS HIDE

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10 JORNAL NIKKEI São Paulo, 16 a 22 de setembro de 2006

Tetracampeão Paulista,Bicampeão Brasileiro,Tetra Regional e Cam-

peão Paradesportivo são ape-nas alguns dos títulos conquis-tados pela equipe de basqueteda Associação para Educação,Esporte, Cultura e Profissiona-lização da Divisão de Medici-na de Reabilitação do Hospi-tal das Clínicas (AEDREHC/DMR). Seus dois times de pri-meira e segunda divisão con-tam com 24 atletas cadeiran-tes, cujos tratamentos sãoacompanhados pela médicafisiatra Elizabete TsubomiSaito, presidente da entidade.

E hoje as equipes coman-dadas pela técnica Maria Josévoltam à ativa pelo returno doCampeonato Paulista, cujosjogos acontecem às 9h (timeprincipal, contra o Campos/RJ)e às 14h (segunda divisão, con-tra a Adisa/Guarujá), no Cen-tro de Reabilitação, na VilaMariana.

Mas muito mais que um tro-féu na estante ou uma meda-lha no pescoço, esses títulosrepresentam a vitória do orgu-lho pessoal de cada um. Des-de 2003 no comando daAEDREHC, Elizabete afirmaque o processo funciona comoum “trabalho de inclusão paraque a pessoa fique apta a fa-zer as coisas, apesar da inca-pacidade, pois queremos queela ‘volte’ à sociedade”. Víti-mas de acidentes automobilís-ticos (os lesados muscular), ti-ros por arma de fogo, amputa-dos ou de seqüelas da poliomi-elite (má formação congênita),os deficientes físicos encon-tram no esporte uma razãopara continuar a viver. “Sem-pre temos gente nova, porqueé um centro de reabilitação. Ese o paciente demonstra inte-resse e tiver jeito para o es-porte, podemos incluí-lo naequipe de basquetebol.” Aoportunidade, avalia, é umaforma de recuperar a auto-es-tima da pessoa, que “retornaao trabalho, volta a ter cuida-dos pessoais, a sair e a ter re-lacionamentos”, enfatiza.

Os jogadores têm entre 18e 50 anos, mas a maioria sãojovens. Para entrar no time, deacordo com a médica, é ne-cessário que o candidato aatleta “tenha bom raciocínio enão esteja ruim cognitivamen-te”. Se apto, basta fazer con-dicionamento físico e investir

na parte competitiva. Os trei-nos são realizados três vezespor semana, e os atletas sereúnem mais dois dias paramusculação. A idéia de apos-tar no esporte vem desde 1990e nessa história de 16 anos atémulheres já passaram pela as-sociação e tiveram suas con-quistas. “Já tivemos time fe-minino, mas o número de mu-lheres com esse problema [de-ficiência] é menor.” Elas joga-ram pelo basquete daAEDREHC de 1990 a 1999 e,no último ano, foram campeãsdo Regional e Brasileiro.

A partir deste mês, as equi-pes da AEDREHC ganham oapoio do Banco Nossa Caixa.Após cinco anos sem patrocí-nio, o contrato é válido até osJogos Parapanamericanos de2007, no Rio de Janeiro. Entrealguns dos benefícios, os atle-tas têm a garantia de podertreinar em cadeiras específi-cas para a prática. A cadeiramonobloco tem o encosto maisbaixo, adapta-se ao tamanhoda pessoa, tem as rodas maisabertas e com isso oferecemais agilidade.

Sendo um esporte de con-tato, não é difícil ocorrer aci-dentes, e a fisiatra atenta parao detalhe de que em algumasjogadas o basquete para defi-cientes pode ser considerado

até mesmo mais violento quea modalidade tradicional, já queas cadeiras se chocam nas dis-putas de bola.

Superação - Fisiatra que aten-de também na AACD, quecuida principalmente de crian-ças com paralisia cerebral,Elizabete Saito explica quenessa entidade é parte do pro-grama realizar atividades deesportes adaptados como fu-tebol para amputados (commuletas), natação, e lembraainda de outras modalidadesque favorecem a evolução dospacientes, como judô, capoei-ra e arco-e-flecha. Não é à toaque as práticas paraolímpicasganharam notoriedade mundi-al e consagraram muitos atle-tas, como a nikkei FabianaSugimori, Clodoaldo Silva (na-tação) e Antônio Tenório(judô), entre outros.

A reabilitação, lembra amédica, pode levar de seismeses a um ano. “Cada casotem seu período, e em algunspode demorar a se reabilitar.”As barreiras que os pacientessuperam algumas vezes sur-preendem até os especialistas.“É bom ver essa evolução, evejo pacientes que pensavamque nem chegariam a tocar acadeira direito. Mas eles jo-gam, hoje trabalham e até se

casaram. Então esses casossuperam nossa expectativa epor isso é bem legal”, afirmaela, que sabe da emoção queé presenciar essas conquistasregadas a muito esforço e von-tade do ser humano: “O dinhei-ro não paga.”

“Descobri o esporte a par-tir do tratamento”, conta o atle-ta Alex Gomes Alves, 31. “Obasquete salvou minha vida,porque encontrei nele uma ra-zão de viver.” Ele é um dos quejá atuou pela seleção brasilei-ra paraolímpíca, que em julhofoi para Holanda participar doMundial e ficou com a nonacolocação entre 16 países.

Para Elizabete, que come-çou a trabalhar com reabilita-ção em 1997, quando foi estu-dar como bolsista kempi naUniversidade de Tohoku, emMiyagi, “é gratificante ver queas pessoas conseguem supe-rar os limites. O atleta vai paraoutros países representar oBrasil e muda sua condição.Eles voltam a viver, e estimu-lamos que eles trabalhem eestudem, pois o basquete nãoé para a vida toda”.

Para quem quiser conferiras partidas de hoje, o endere-ço é Rua Diderot, 43. Outrasinformações podem ser obti-das pelo telefone 11/5549-0111.

(Cíntia Yamashiro)

MEDICINA

Médica nikkei ajuda paraplégicos abuscarem reabilitação pelo esporte

Trabalho e dedicação são primordiais para recuperação, segundo a médica Elizabete Saito

DIVULGAÇÃO

O Espaço Cultural BancoCentral do Brasil apresenta,de 19 a 22 de setembro, a ex-posição “Ikebana, Kirigami ,Kiri-ê”, com ikebanas de ElzaFuruyama, de suas alunas ede suas convidadas, kirigamisde Naomi Uezu, kiri-ês deMari Kanegae e brinquedostradicionais do acervo doConsulado Geral do Japão emSão Paulo.

A professora Elza Furuya-ma, ministra curso de Ikebanano Banco Central do Brasil,em São Paulo, promovido pelo

EXPOSIÇÃO

BC apresenta exposição ‘Ikebana, Kirigami, Kiri-ê’BC Integral, programa quetem como um dos objetivosproporcionar melhor qualidadede vida aos servidores do Ban-co Central. Ivete BergantiniLippi, Luiza Setsuko Higashi,Maria Vergínia Squassina Lee,Nair Mikie Haraguchi, SandraCristina Ueta e Sandra SayuriYamashita Nakagawa fazemparte desse grupo que tem aoportunidade de participar docurso e dessa exposição.

As oficinas acontecem nosdias 20 (ikebana), 21 (kiriga-mi) e 22 (origami) completam

a exposição, com vagas limi-tadas. Informações podem serobtidas pelo telefone: 11/3491-6916 ou pelo endereço eletrô-nico [email protected].

ABERTURA: 19 DE SETEMBRO DE 2006,DAS 18H ÀS 22H

EXPOSIÇÃO: 20 A 22 DE SETEMBRO DE

2006, DAS 10H ÀS 16H

LOCAL: AV. PAULISTA, 1.804 – TÉRREO

TELEFONE: (11) 3491-6916 OU

[email protected]

WWW.BCB.GOV.BR

DIVULGAÇÃO

INTERCÂMBIO

Pesquisador japonês visita oHospital Santa Cruz

O Hospital San-ta Cruz recebeu noúltimo dia 11 a visi-ta do sociólogo ja-ponês Ryohei Kon-ta, pesquisador daJetro (Japan Exter-nal Trade Organiza-tion) – órgão do go-verno japonês depromoção do co-mércio exterior ede investimentosexternos.

Ele foi recebidopelo superintenden-te geral Carlos Oza-wa, pela orientadorahospitalar Yuli Fuji-mura, pelo assessorde comunicaçãoKazuhiro Kurita epela médica Débo-ra Oka.

Ryohei Konta, que fezquestão de ressaltar que é umbrazilianista japonês (acadêmi-co especialista em assuntos doBrasil), está realizando estudossobre o desenvolvimento dacidade de São Paulo sob o

enfoque dos imigrantes estran-geiros, principalmente os japo-neses.

No Hospital Santa Cruz osociólogo consultou documen-tos históricos da instituição, quefoi fundado pela comunidadenipo-brasileira em 1939

Konta visitou instalações do hospital

DIVULGAÇÃO

Prossegue este sábado edomingo (16 e 17) a 75ª Expo-sição de Orquídeas, evento quecomeçou na sexta-feira e ésediado no Bunkyo (Socieda-de Brasileira de Cultura Japo-nesa), no bairro da Liberdade.

Um dos destaques da edi-ção deste ano é o diferencialde plantas que serão apresen-tadas ao público. “Acreditamosque por causa do frio e do ca-lor que se alternaram neste anoas floradas foram ou antecipa-das ou atrasadas”, diz LúciaMorimoto, presidente da Aosp(Associação Orquidófila de SãoPaulo), organizadora da feira.Isso traz “plantas muito bonitase interessantes, como asmicroorquídeas, cujas flores nãopassam de um centímetro”. Emtom de suspense, ela faz o con-vite: “Teremos curiosidades quesó vindo aqui para ver”.

Esta exposição de orquíde-as é a segunda do ano, já quea primeira acontece no mês demarço e o calendário da enti-dade promotora se encerracom a edição de verão em de-zembro. A expectativa é, deacordo com Lúcia, aumentaro número de visitantes, que emmarço teve 18 mil pessoas.“Choveu, fez tempo frio, e que-remos superar o público empelo menos 50% nesta ediçãode primavera, chegando de 20a 30 mil visitantes. Tudo de-

penderá da divulgação”, afir-ma.

Programação - Quem entrarno Salão Nobre do Bunkyoneste fim de semana irá sedeparar com as mais belas or-quídeas de diversos produtorese colecionadores. O julgamen-to da quinta-feira já possibilitaque os campeões estejam ex-postos ao público desde a aber-tura do evento. Para levar paracasa, 10 mil vasos – renova-dos a cada dia – e estarão àvenda ao consumidor.

Além disso, os apreciado-res poderão aprender um pou-co mais sobre o cultivo das es-pécies em aulas gratuitas comespecialistas que acontecemnos dois dias, sempre às 10h,14h e 16h. “Basta chegar ese acomodar na sala”, avisaLúcia Morimoto. Poderão serencontrados ainda o Manualde Cultivo da Aosp (R$ 60,00),revistas e vídeos sobre orqui-dofilia e acessórios como va-sos, substratos, adubos e te-souras.

75ª EXPOSIÇÃO DEORQUÍDEASQUANDO: SÁBADO (16) E DOMINGO

(17), DAS 9H ÀS 19H

ONDE: BUNKYO – RUA SÃO JOAQUIM,381, LIBERDADE

ENTRADA FRANCA

INFORMAÇÕES: 11/3207-5703

AOSP

Microorquídea é novidade na75ª Exposição no Bunkyo

Espécies de orquídeas podem ser apreciadas pelo público

DIVULGAÇÃO

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São Paulo, 16 a 22 de setembro de 2006 JORNAL NIKKEI 11

NIKKEI RURAL

BNDES terá linha de R$ 100 milhõespara custeio da agricultura familiar

Ministério da Agricultura negaocorrência de aftosa em SP

O Ministério Agricultura,Pecuária e Abastecimento(Mapa) informou que nãoprocede a informação deocorrência de febre aftosaem propriedades rurais doEstado de São Paulo. Notaassinada pelo diretor de Saú-de Animal do Mapa, JamilGomes de Souza, destaca queestão sendo realizadosmonitoramentos sorológicospara febre aftosa em algunsestados, incluindo São Pau-lo. “Trata-se de atividade ro-tineira e seu objetivo é verifi-car a presença ou não de cir-culação viral na região”.

Essa atividade, segundoJamil, é rotineira e faz partedo sistema de vigilância ati-va conduzido no País a par-tir do estabelecimento e daampliação da zona livre defebre aftosa com vacinação.

Seu objetivo é verificar a pre-sença ou não de circulaçãoviral na região e representaparâmetro científico parafundamentação de projetosde ampliação ou recupera-ção da condição sanitária delivre de febre aftosa comvacinação.

Trata-se de estudopopulacional realizado deacordo com parâmetros cien-tíficos e considerando as re-comendações internacionais,com especial atenção à Or-ganização Mundial de SaúdeAnimal (OIE).

O trabalho envolve propri-edades rurais aleatoriamentedefinidas pelo Departamentode Saúde Animal, com baseno cadastro enviado pelosestados. O resultado do es-tudo está previsto para o fi-nal do mês de setembro.

Febre aftosa: exames rotineiros no Estado de SP

O ministro do Desenvolvi-mento Agrário, GuilhermeCassel, anunciou que o BancoNacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES)está autorizado a operar linhasde crédito de custeio para osgrupos D e E do ProgramaNacional de Fortalecimento daAgricultura Familiar (Pronaf).O BNDES dispõe de R$ 100milhões para custear a safra2006/2007.

A nova modalidade de cré-dito do BNDES dedicada aosagricultores familiares foinormatizada pela Resolução nº3.393 do Banco Central doBrasil, do último dia 18. Antesda Resolução, o BNDES libe-rava recursos apenas para li-nhas de crédito de investimen-to do Pronaf. Há muitos anos,as cooperativas de crédito li-gadas à agricultura familiar

cultores e Reforma Agrária(Crehnor), no Rio Grande doSul, na semana passada.

Pronaf grupos D e EOs grupos do Pronaf que

poderão contar com a linha decusteio do BNDES são o D eE. O público-alvo do grupo Dsão os produtores rurais comrenda bruta anual entre R$ 16mil e R$ 45 mil. Este grupoabrange o custeio de ativida-des agropecuárias, turismo ru-ral e artesanato, entre outrasdo meio rural, de acordo comprojetos específicos. O crédi-to para custeio é de até R$ 8mil. Já no grupo E estão inclu-ídos os agricultores familiarescom renda bruta anual entreR$ 45 mil e R$ 80 mil. O gru-po E abrange as mesmas ati-vidades rurais do grupo D.Mas o teto do custeio, nestecaso, é de R$ 28 mil.

solicitavam que o BNDES pas-sasse a operar também linhasde custeio do Programa.Cassel anunciou essa novida-

de durante a solenidade emcomemoração aos 10 anos daCooperativa Central de Crédi-to Rural dos Pequenos Agri-

Ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel

FOTO:AGÊNCIA BRASIL

ECONOMIA

Dívida do produtor com o setorprivado atinge R$ 6,1 bilhões

Estudo realizado sob enco-menda da Associação Nacio-nal para Difusão de Adubos(ANDA), mostra que oendividamento de produtoresrurais com os setores de ferti-lizantes, defensivos, sementese trandings atualmente está nacasa dos R$ 6,1 bilhões.

A pesquisa foi feita pelaAgroconsult, consultoria espe-cializada em estudos da ativi-dade do agronegócio. “O pro-blema é grave e, ao contráriode que diz o governo, não estáequacionado”, diz GeorgeWagner Bonifácio de Sousa,vice-presidente da ANDA epresidente da Associação dosMisturadores de Adubos(AMA), enfatizando que o ní-vel de estrangulamento finan-ceiro do produtor pode com-prometer a próxima safra.

“Tudo se encaminha para umacatástrofe”, completa.

Em razão dessa dívida, aANDA já reviu sua estimativapara o próximo ano - o consu-mo de adubo, que na safra2004/2005 foi de 20 milhões detoneladas, deve recuar para19,2 milhões na próxima. “Re-sumidamente, as principais cau-sas que resultaram nesseendividamento foram: defasa-gem cambial, ferrugem na sojae os dois anos de sérios proble-mas climáticos que afetaram,sobretudo o Rio Grande doSul”, analisa Eduardo Daher,diretor executivo da ANDA.

O que deixa as liderançasdos segmentos de adubos, se-mentes e defensivos aindamais angustiadas é que a esseendividamento com o setorprivado, os produtores acumu-

lam ainda a dívida de custeio- estimada pela Agroconsultem cerca de R$ 6,7 bilhões -,e cuja renegociação está atu-almente em análise pelos ban-cos oficiais.

Os bancos determinaram oprazo de 30 de setembro paradar uma resposta se as dívi-das serão ou não renegocia-das. “A indústria de adubosestá numa situação muito crí-tica, pois essa atividade nãopode ficar na dependência desaber se vai ou não ter comoreceber para começar a entre-gar o produto que adubará apróxima safra. Nossa ativida-de demanda uma logística mui-to bem planejada para que oadubo chegue na lavoura notempo certo”, desabafaGeorge Wagner, da AMA.

O que as lideranças do seg-

mento reivindicam é uma mai-or agilidade do governo noequacionamento do problema.Até agora, segundo GeorgeWagner, essa agilidade nãotem ocorrido.

Desencontro - Ele informaque dos R$ 4 bilhões que o go-verno anunciou como aportede recurso do FAT (Fundo deAmparo ao Trabalhador) parao segmento no último pacoteagrícola, até a semana passa-da, apenas R$ 600 milhões ha-viam efetivamente sido libera-dos.

Esse dado foi apresentado,na semana passada, pela dire-ção da ANDA ao Ministro daAgricultura, Luis Carlos Gue-des Pinto. “O que o setor ne-cessita é menos discurso”, dizPessoa.

NACIONAL

Empresas começam a comercializarseguro rural com subvenção federal

O Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimentoautorizou três empresas a ini-ciarem a comercialização deseguro rural com subvençãofederal na safra 2006/07: aSeguradora Brasileira Rural(SBR), a Aliança do Brasil e aMapfre Seguros. A medida foipublicada no Diário Oficial daUnião, no início de setembro.Outras duas companhias, aAGF Brasil Seguros e NobreSeguradora Brasil, devem re-ceber o sinal verde nos próxi-mos dias.

O ano de 2006 deve marcara expansão do seguro rural noBrasil. Tanto é que o governo,que havia assegurado R$ 42,6milhões para pagamento desubvenção, já elevou este valorpara R$ 60,9 milhões. “O ins-trumento é fundamental para aestabilidade do setor agrícola e,conseqüentemente, para aviabilização da atividade, comfixação do homem no campo”,destaca o diretor do Departa-mento de Gestão de Risco Ru-ral da Secretaria de PolíticaAgrícola (SPA), Welington So-ares de Almeida.

Em 2005, os gastos do go-verno com seguro agrícola fo-

ram de apenas R$ 2,3 milhõesdevido ao atraso na liberaçãodos recursos, na aprovação dosprodutos apresentados pelasseguradoras à Superintendên-cia de Seguros Privados(Susep) e na negociação deresseguros das empresas como IRB – Brasil Resseguros.

Além da ampliação dos re-

ampliou o escopo do Progra-ma de Subvenção ao Prêmiodo Seguro Rural para 2006.Pela regra anterior, apenas oitoculturas estavam habilitadas areceber a subvenção do go-verno – algodão, arroz irriga-do, feijão, maçã, milho, soja,uva de mesa e uva para vinho.

Agora, praticamente todasas culturas são beneficiadas.Além disso, além do seguroagrícola, criou o seguro pecu-ário, de florestas e aqüícola. Os valores máximos de sub-venção ao prêmio por produ-tor, que em 2005 eram de R$7 mil para culturas periódicase de R$ 12 mil para culturasperenes, foram unificados emR$ 32 mil para todas as moda-lidades de seguro.

O governo também atua emoutras pontas para estimular ocrescimento do setor: na aber-tura do mercado de ressegu-ros no País, cujo projeto estáem tramitação no CongressoNacional em caráter de urgên-cia, e na criação do fundo decatástrofe para o setor agríco-la, que deverá eliminar inúme-ros obstáculos que hoje impe-dem o desenvolvimento dessetipo de operação no Brasil.

cursos, o setor foi beneficiadocom outras medidas positivaseste ano: o aumento do núme-ro de culturas beneficiadas, ainclusão de três novas modali-dades de seguro, a elevaçãodos percentuais subvenciona-dos e a ampliação do limitemáximo do prêmio.

Em maio passado, o Mapa

Maçã era uma das oito culturas habilitadas a receber subvenção

FOTO:EMBRAPA

Brasil aposta no usosustentável do bambu

A criação do Centro dePesquisa e Aplicação de Bam-bu e Fibras Naturais da UnB- Universidade de Brasília “énecessária para melhorar ascondições tecnológicas do usosustentável desse material”,afirmou o professor JaimeGonçalves de Almeida. Ele foio coordenador do SeminárioNacional de Estrutura da Redede Pesquisa e Desenvolvimen-to do Bambu, promovido pelauniversidade, na semana pas-sada.

Segundo o professor, vá-rias instituições realizam pes-quisas para o uso do bambu,mas de forma descentraliza-da, e o objetivo do novo cen-tro da UnB é concentrar todaa cadeia produtiva, das pes-quisas à fabricação de obje-tos com o material, a fim deconstruir um mercado brasi-leiro competitivo.

O bambu é uma plantafacilmente encontrada nasflorestas brasileiras. Cerca de240 espécies estão espalha-das pelos estados, mas o Acreconcentra a maior quantida-de e variedade. A partir dobambu é possível produzirmóveis, pisos, tecidos, papel,carvão, forros, vigas, entreoutros – são mais de 1,2 milaplicações diferentes. E oimpacto ambiental é conside-rado baixo.

O professor disse acredi-

tar que o trabalho de manei-ra concentrada pode levar oBrasil a se aproximar da Chi-na no trabalho com o bambu.

O país asiático utiliza aplanta integralmente, na pro-dução de energia e até parafabricar tecidos, além do usona produção da madeira eco-lógica (compensados, lamina-dos) que substituem madeirasnobres.

“Temos condições de che-gar perto da China, porquenossos pesquisadores sãocompetentes e têm o apoio deinstituições. O Brasil temtambém condições climáticaspara o cultivo extensivo dobambu”, destacou Almeida.

Uma rede de pesquisasdeverá ser formalizada e im-plantada em dois anos, comapoio do Ministério de Ciên-cia e Tecnologia, acrescentouo professor.

Um dos participantes doseminário, Luciano RobertoMagno, dono de empresa quefabrica móveis e objetos dedecoração em bambu, lem-brou que a planta está sendodescoberta como matéria-pri-ma.

“O bambu é fácil de setrabalhar, pela elasticidade egrande durabilidade”, apon-tou, ao lembrar o aumento daprocura e a boa aceitaçãopelos compradores. (AgênciaBrasil)

Bambu é facilmente encontrado nas florestas brasileiras

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12 JORNAL NIKKEI São Paulo, 16 a 22 de setembro de 2006

NIKKEI RURAL

GERAL

CURSOS E EVENTOS

PESQUISA

TEMPOConfira a previsão dotempo para este final desemana no Estado de SãoPaulo:

SábadoSol e nebulosidade varia-da. Podem ocorrer panca-das de chuva à noite.Mínima de 14º e máximade 29º.DomingoSol e nebulosidade varia-da. Sem previsão dechuvas.Mínima de 15º e máximade 26º.

Fonte: Clima Tempo

DivulgaçãoPara divulgar cursos e eventos, basta enviar e-mail para oendereço eletrônico: [email protected]

Safra 2005/2006 será de119,9 milhões de toneladas

ESALQ gera tecnologia deprocessamento de laranja

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A produção brasileira degrãos na safra 2005/2006 seráde 119,9 milhões de toneladas, oque representa um aumento de5,3% em relação à colheita doperíodo anterior, de 113,9 mi-lhões/t. O resultado da 10ª e úl-tima estimativa da produção na-cional de grãos da safra 2005/2006 realizada pela CompanhiaNacional de Abastecimento(Conab), vinculada ao Ministé-rio da Agricultura, Pecuária eAbastecimento, foi divulgadohoje (11/09). Na pesquisa de ju-lho, a previsão era de uma co-lheita de 119,7 milhões/t.

O presidente da Conab, Ja-cinto Ferreira informou que aprodutividade foi o principalfator para a manutenção do

crescimento da safra. Os des-taques foram as lavouras demilho, algodão e arroz. No quese refere à área plantada, olevantamento mostra uma re-dução de 3,7%, caindo de 49,1milhões de hectares na safra2004/2005 para 47,3 milhões/há nesta safra.

A diminuição é verificadaprincipalmente no algodão(27,3%), arroz (23,7%), soja(4,6%) e trigo (14,3%). Por ou-tro lado, foi mantido o crescimen-to nas áreas de plantio de milhoprimeira safra (6,5%), segundasafra (2,8%), feijão primeira sa-fra (6,3%) e segunda safra(10,9%). Este último incentiva-do pelos bons preços pagos aosprodutores na época do plantio.

Já o bom desempenho do milhose deve à ocupação do espaçodeixado pela soja.

Milho - A produção total fe-chou em 41,7 milhões/t ou19,1% a mais que a safra an-terior (35 milhões/t). A primei-ra safra do produto aumentou16,5% (de 27,3 milhões/t para31,8 milhões/t). Na segundasafra, cresceu 28,1% (de 7,7milhões/t para 9,9 milhões/t).

Soja - Crescimento de 1,96milhão/t (3,8%), passando de51,5 milhões/t para 53,4 mi-lhões/t.

Algodão em pluma e caro-ço - Queda de 20,8% do em

pluma (de 1,3 milhão/t para1,03 milhão/t) e redução de21,5% do em caroço (de 2,13milhões/t para 1,67 milhão/t).

Para atualizar os númerosdesse último estudo, técnicosda Conab mantiveram conta-tos com representantes de co-operativas, órgãos públicos eprivados, agentes financeiros eprodutores de todo o país, en-tre os dias 21 e 25 de agosto.

A primeira intenção deplantio da próxima safra (2006/2007) será realizada na sema-na que vem (18 a 22/09) edivulgada no dia 5 de outubro.Confira no site da Conab(www.conab.gov.br) os nú-meros da 10ª estimativa dasafra 2005/2006.

Haverá de chegar o dia emque degustar um abacaxi, umalaranja, ou um melão, sem anecessidade de tirar a casca,será uma realidade tão comume barata quanto beber o pró-prio suco natural delas.

Estudos neste sentido vêmsendo realizados com laranjaspelo Laboratório de Pós-co-lheita de Frutas e Hortaliças,do departamento de ProduçãoVegetal da ESALQ, onde umalinha de pesquisa sobre proces-samento mínimo visa agregarvalor ao produto, melhorar aoferta e tornar a ingestão maisconveniente ao consumidor.

Pelo seu baixo custo e porser difícil de descascar, a la-ranja foi escolhida para os es-tudos de processamento míni-mo. “O objetivo inicial do pro-jeto foi gerar tecnologia quepermita o descascamento dalaranja em escala comercial,de forma simples”, relata oprofessor Angelo Jacomino,coordenador do estudo. “Asavaliações indicaram que atra-vés da imersão em águaaquecida é possível reduzirpara, aproximadamente, 30%o tempo necessário para odescascamento. O calor per-

mite também a retirada com-pleta do albedo, película bran-ca que fica sob a casca”.

“Após manter a laranja naágua a 50ºC por oito minutos,medimos a temperatura inter-na do fruto a um e três centí-metros de profundidade e ob-servamos que a mesma atin-giu 15º e 10ºC, respectivamen-te, ou seja, houve apenas umleve aquecimento, visto que atemperatura interna inicial erade 6ºC”, explica Maria Cecíliade Arruda, aluna do programade doutorado.

Uma vez descascada, coma retirada do albedo, a laranjaapresentou uma durabilidadeainda maior com o

resfriamento. Manteve aspec-to de laranja recém descasca-da por até 12 dias, quando ar-mazenada a 6ºC, e até novedias sob uma temperatura de12ºC.

“Todo produto hortifrutícolaé extremamente perecível esuscetível a contaminações.No caso da laranja, seu altograu de acidez contribui parasua durabilidade”, afirma o pro-fessor.

Outra vantagem que o es-tudo apresenta é o aproveita-mento dos subprodutos gera-dos com os resíduos proveni-entes do processo, como a cas-ca que pode ser usada parafazer doces e ração animal, ou

ainda extrair o óleo para apli-cação do aroma em essênciasnas indústrias de cosméticos ealimentos.

As pesquisas avaliam, ain-da, tipos de embalagem paraarmazenar produtos desta na-tureza, onde numa atmosferamodificada é possível baixar ometabolismo da fruta e, con-seqüentemente, diminuir o de-senvolvimento demicroorganismos. “Isso é pos-sível aumentando a concentra-ção do CO2 e subtraindo ooxigênio”, esclarece MariaCecília.

O estudo ainda não foi fi-nalizado e será parte das te-ses de vários alunos do profes-sor Jacomino. “Estamos traba-lhando num conjunto de pes-quisas que se complementam,sendo que a idéia principal éaumentar a vida útil destes pro-dutos e viabilizar sua comerci-alização. Buscamos uma la-ranja descascada e fresca,além de outros produtos mini-mamente processados, quemantenham suas propriedadesfísicas e sensoriais, porémmais convenientes ao consu-midor. O futuro é este”, con-clui o professor.

Laranja: objetivo é manter propriedades físicas e sensoriais

FOTO:PAULO SOARES

MEIO AMBIENTE

O Aeroporto Internacionaldo Galeão, no Rio de Janeiro,passa por um processo derecuperação ambiental, quecontrola a erosão de uma áreade Mata Atlântica. Esta açãofaz parte de um plano queestá sendo implantado em 19aeroportos e foi oficializadona última semana.

No dia 11, a Embrapa e aInfraero firmaram um acor-do para reduzir o impactoambiental nos aeroportos bra-sileiros.

Embrapa e Infraero recuperam áreasdegradadas em aeroportos

O objetivo é recuperar áre-as degradadas por construçãoou reforma e desenvolver tec-nologias alternativas paraos diferentes biomas brasilei-ros, como cerrado, mata atlân-tica, floresta amazônica.

“Já havia alguns convêni-os, mas eram pontuais. Agoratemos um acordo maior, quevai dar origem a ações espe-cíficas”, disse Afrânio de Cas-tro, assessor da Infraero.

De acordo com o engenhei-ro agrônomo e chefe-adjunto

de pesquisa e desenvolvimen-to da Embrapa Solos, AloísioAndrade, os principais impac-tos acontecem com a remo-ção da vegetação nativa e aterraplanagem. “Isso acabadeixando o solo e o subsolomais expostos aos processosde erosão hídrica (causadapela chuva)”, aponta.Paraminimizar esses impactos, aEmbrapa vai melhorar a co-bertura vegetal e investir emtecnologia para aplicar nosbiomas existentes. (Radiobrás)

Seminário na Esalq discutiráperspectivas da Agroenergia

Traçar um panorama ge-ral do potencial e dos proble-mas da agroenergia no Bra-sil é o objetivo do seminário“Agroenergia: Interação en-tre Estado e Sociedade Civilno Século XXI”, que será re-alizado na Escola Superior deAgricultura “Luiz de Quei-roz” (USP/ESALQ), na pró-xima segunda-feira (18). A promoção é do Grupo deEstudos e Pesquisa em His-tória Econômica da Agricul-tura e dos ComplexosAgroindustriais (GEPHAC)do departamento de Econo-mia, Administração e Socio-logia da ESALQ, Núcleo deEconomia Agrícola do Insti-tuto de Economia da Univer-sidade de CampinasUnicamp) e Departamento deEngenharia de Produção daUniversidade Federal de SãoCarlos (UFSCAR).

O evento propiciará aosagentes envolvidos nas vári-as cadeias divulgar as pers-pectivas deste segmento edebater os pontos importan-tes para o desenvolvimentosustentado do setor. Para queisto aconteça, estão progra-mados dois painéis: Panora-ma e Perspectivas do ÁlcoolCombustível no Século XXI(Painel 1) e Panorama ePerspectivas do Biodiesel noSéculo XXI (Painel 2).

Pesquisadores e profissi-onais do Ministério da Agri-cultura e Abastecimento(MAPA), Ministério do De-senvolvimento Agrário(MDA), Petrobrás, InstitutoNacional de Colonização eReforma Agrária (INCRA),União da AgroindústriaCanavieira de São Paulo(ÚNICA), Universidade Fe-deral de São Carlos(UFSCAR), UniversidadeFederal de Uberlândia(UFU), Escola Superior deAgricultura “Luiz de Quei-

roz” (ESALQ), Universidadede Campinas (Unicamp),Universidade do Oeste doParaná, Procuradoria Regi-onal do Trabalho em Campi-nas, Sindicato dos Trabalha-dores Rurais de São Paulo,Cooperativa dos Plantadoresde Cana (Cooplacana) eALF Internacional (empresade consultoria na área demáquinas e processamento)serão os debatedores dospainéis propostos.

Ao final da cada painelpretende-se elaborar um do-cumento com as principaispolíticas necessárias para ocrescimento e desenvolvi-mento dos setores de álcoolcombustível e biodiesel. “Di-retrizes da Carta dePiracicaba sobre o álcool” éa proposta do primeiro painele “Pontos da Carta dePiracicaba sobre o biodiesel”,o plano do segundo painel.

O seminário, que aconte-cerá no Anfiteatro do Pavi-lhão de Engenharia daESALQ, das 08h00 às 18h00,tem entrada franca e podemparticipar alunos, profissionaisda área, pesquisadores e de-mais interessados.

A programação completado evento está disponível nos i t ewww.economia.esalq.usp.br.Informações no departamen-to de Economia, Administra-ção e Sociologia, fone (19)3417-8700 ou pelo [email protected].

FOTO:EMBRAPA

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São Paulo, 16 a 22 de setembro de 2006 JORNAL NIKKEI 13

A seleção brasileira mascu-lina de judô embarcou no últi-mo dia 12 para Paris, onde dis-puta amanhã (17) o Campeo-nato Mundial por Equipes.Além do Brasil, estão confir-mados Argélia, Coréia, Cuba,Egito, França, Geórgia, Holan-da, Hungria, Israel, Japão,Mongólia, Rússia, Tunísia eOceania. O SporTv transmiteao vivo.

Para buscar um título iné-dito para o judô brasileiro, aseleção do técnico Luiz Shino-hara terá três medalhistasolímpicos (Leandro Guilheiro,Flávio Canto, Tiago Camilo),dois medalhistas em mundiais(Luciano Correa e MarioSabino), além de atletas que su-biram ao pódio em MundialJúnior, Campeonato e JogosPan-Americanos. Em 1998, oBrasil foi vice-campeão mun-dial por equipes na Bielorússia.Na edição seguinte, quatroanos mais tarde, a seleção fi-cou em sétimo lugar.

“Estamos entre as equipesmais fortes de uma competi-ção de altíssimo nível técnico.As principais potências do judômundial estarão representadase, para conquistar uma meda-lha, será preciso lutar muitobem, além de ter um pouco desorte também”, disse Shinoha-ra antes de embarcar.

O meio-médio Tiago Cami-lo, vice-campeão olímpico emSydney 2000, não esconde oentusiasmo por defender o Bra-sil no Mundial por Equipes, umasensação diferente do MundialIndividual, que acontece a cadadois anos. Em 2007, o Rio deJaneiro será a sede do eventomáximo do judô.

“Uma competição por equi-pe é interessante também pelofato de fazermos tudo pelo gru-po. Ganhamos juntos e perde-mos juntos. Quando lutamos,queremos dar mais em nomedos companheiros também”,

diz Tiago, que terá a compa-nhia do também medalhistaolímpico Flavio Canto no meio-médio, como forma de surpre-ender os adversários. “Quan-to mais atletas tarimbados su-birem no tatame, melhor”,acredita Tiago.

A forma de disputa será aeliminatória olímpica, com osperdedores para os semifina-listas indo a repescagem (comchance de chegar ao bronze).O Brasil luta amanhã, no giná-sio Omnisports de Paris Bercy.

A Seleção Brasileira é for-mada por Denílson Lourenço/SP (-60 kg), Leandro Cunha/SP (-66 kg)), Leandro Guilhei-ro/SP e Moacir Mendes Jr/RS(-73 kg), Flavio Canto/RJ eTiago Camilo/RS (-81 kg),Hugo Pessanha/RJ (-90 kg),Mario Sabino/SP e LucianoCorrea/MG (-100 kg), DanielHernandes/SP (+ 100 kg).

Japão – O meio-pesado KeijiSuzuki desfalca a seleção ja-ponesa na competição. O atu-al campeão olímpico da cate-goria até 100kg sofreu umalesão no ombro esquerdo, se-gundo informou a FederaçãoJaponesa.

“A lesão foi tão grave queme impossibilitou de treinarcom a seleção no mês passa-do, durante o estágio emKumamoto. Preferi abrir mãoda competição para me con-centrar na recuperação”, dis-se Suzuki, que será substituídopor Takamasa Anai.

A equipe japonesa é forma-da por Tatsuaki Egusa e Ta-dahiro Nomura (-66 kg),Kiroyuki Akimoto e MasatoUchishiba (-66 kg), YusukeKanamaru e Masahiro Taka-matsu (-73 kg), Shinya Yoshi-naga e Takashi Ono (-81 kg),Seigo Saito e Hiroshi Izumi (-90 kg), Satoshi Ishii e Takama-sa Anai (-100 kg), Yohei Takaie Yasuyuki Muneta (+ 100 kg).

JUDÔ

Seleção Brasileira busca títuloinédito no Mundial por Equipes

Tadahiro Nomura está confirmado na seleção japonesa

DIVULGAÇÃO

Há praticamente oitomeses diretores e as-sociados do Arujá Golf

Clube, um dos mais tradicio-nais da comunidade nikkei,convivem com uma questão,no mínimo, delicada. De umlado, o ex-ministro das Minase Energia e ex-presidente daPetrobras, Shigeaki Ueki, queacusa o clube de discrimina-ção. Do outro, o presidente doArujá, Muneki Tikasawa, quealega cumprir o estatuto. Nocentro da polêmica, o empre-sário de origem coreana, YunSup Kim, que teve seu pedidode admissão negado pelo clu-be em duas ocasiões.

O que era para ser um as-sunto de fórum interno acabouse tornando público e ganhan-do as páginas dos jornais dacomunidade nipo-brasileiracom a publicação de corres-pondências enviadas por Uekiao presidente do Arujá GolfClub. Na primeira delas, data-da de 21 de fevereiro, o ex-presidente da Petrobras mani-festa preocupação “pelo fatode V.Sa. [Muneki Tikasawa]estar receoso de que possa ha-ver uma reação negativa porparte de algum sócio, em ra-zão do candidato ser de nacio-nalidade coreana”.

Em outro trecho assinalaque “não posso acreditar quetenha no nosso Clube algumsócio tão retrógrado ecomplexado. O maior patrimô-nio brasileiro é o convívio sempreconceitos de cor, naciona-lidade ou religião, de todosaqueles que escolheram o nos-so país para aqui trabalhar, cri-ar seus filhos, buscar felicida-de e todos juntos contribuirmospara a grandeza nacional”. Econclui solicitando “a admissãodo Sr. Yun Sup Kim para quepossamos receber de braçosabertos o primeiro sócio deorigem coreana, tornando onosso clube melhor e, sobre-tudo, brasileiro”.

Na segunda carta, comdata de 18 de maio, Ueki co-bra uma resposta e coloca emdúvida a reeleição de Tikasawapara mais um mandato à fren-te do Arujá. “O senhor talvezsentindo-se fortalecido com areeleição, num pleito questio-nável porque impediu com to-dos os meios que o candidatoopositor realizasse a sua cam-panha, resolveu reabrir o pro-cesso de admissão submeten-do-o novamente à comissão deética e certamente, com a suaorientação, haveria um ou ou-tro voto contra e, assim, o pro-cesso viria a ser apreciado nopróximo ano”

Compromisso – Em entre-

vista ao Jornal Nikkei,Shigeaki Ueki confirmou asdenúncias e lembrou que omesmo empresário já haviaentrado com processo de ad-missão há dois anos. “Não to-mei conhecimento desse pri-meiro episódio, mas decidicomprar a briga porque soucontra qualquer tipo de precon-ceito e por ter assumido umcompromisso perante autorida-des coreanas e chinesas”, con-ta Ueki, destacando que “fui oprimeiro ministro brasileiro avisitar esses dois países”.

“Se aceitasse preconceitoracial, jamais teria construídominha vida pública. Todo pre-conceito gera uma reaçãocontrária mais forte e o Bra-sil, como país multirracial, de-veria dar exemplo de convi-vência”, comentou Ueki, quenuma terceira carta, enviadano dia 13 de julho, questionatambém a entrada como sóciado clube a multinacional co-reana LG. “É possível queV.Sa. queira prestar uma ho-menagem à empresa corea-na por algum motivo especial,mas o correto então seria ad-mitir primeiro o Sr. Yun SupKim”.

Procurado pela reportagemdo JN, Muneki Tikasawa pre-feriu não falar sobre o assun-to. Disse apenas que agiu de

acordo com o estatuto do clu-be e que as acusações foramrebatidas na carta enviada aoex-presidente da Petrobras.

Desafio – Em cartaendereçada a Shigeaki Ueki nodia 16 de junho, Tikasawa es-clarece que “o processo deadmissão do Sr. Yun Sup Kimteve trâmite normal comomanda o estatuto do clube enão houve consenso dos asso-ciados e também da comissãode sindicância, ficando, portan-to, postergado o seu reestudopara oportunidade futura, re-sultado este, já foi participado(sic) ao Sr. Yun Sup Kim. De-vemos complementar nestaoportunidade, que por váriasvezes no passado, houve rejei-ção quanto ao ingresso de no-vos pretendentes no quadrosocial do clube, independentede cor, raça ou credo”.

Tikasawa lembra ainda ahistória do Arujá Golf Clube,que completou 41 anos de exis-tência. “Devemos rememorar,nesta oportunidade, que aconstrução do campo de golfefoi inspirada nos ideais de 11empresários nikkeis que commuito sacrifício e dedicação ini-ciaram a obra. O que o ArujáGolf Clube tem hoje, graças aessas gentes (sic) que sacrifi-caram suas próprias finanças

para colaborar nas diversasobras do clube e participaramefetivamente na construção docampo de golfe, onde hoje to-dos praticam suas partidas degolfe e passam os finais desemana com seus familiarespara curtir momentos delazeres (sic). Temos certeza deque, não existem em nossoquadro associativo quaisquerelementos retrógrados ecomplexados, muito pelo con-trário, são pessoas sérias e res-peitadas, cujos conselhos e re-comendações devem ser ob-servados e acatados com muitorespeito”.

Quanto à eleição para a di-retoria do clube para o biêniomarço de 2006 a março de2008, Tikasawa afirma que “seprocessou dentro do ambientedemocrático baseado no esta-tuto do clube, com muita trans-parência, cujo resultado refle-tiu desejo dos associados, te-mos certeza”.

Ueki contra-atacou dizen-do que “lá [Arujá Golf Clube]não existe democracia. “Fuiinformado que a comissão deética havia aprovado a admis-são do Yun Sup Kim. Além dis-so, ele [Muneki Tikasawa] nãocumpriu o que havia prometi-do verbalmente, ou seja, queadmitiria o Yun Sup Kim pas-sadas as eleições”. “Fiquei in-dignado quando soube que oprocesso seria analisado so-mente no que vem”, criticouUeki, que em virtude do ocor-rido doou seu título à Associa-ção Pró-Excepcionais Kodo-mo-No-Sono”.

“Fui um dos primeiros só-cios do Arujá Golf Clube e te-nho ligações históricas com oclube, até mais que o própriopresidente”, desabafa Ueki,afirmando que ainda aguardaresposta para “duas questõesessenciais”. “A primeira, seele disse ou não ao candidatocoreano, aos proponentes, in-clusive a mim e a vários con-selheiros que não podia admi-ti-lo naquele momento porqueo candidato era coreano e asegunda, se ele disse ou nãoque admitiria o proponentecoreano após as eleições?”.Para as duas questões, Uekigarante igualmente “ter vári-as testemunhas”.

(Aldo Shiguti)

GOLFE

Polêmica agita bastidores doArujá Golf Clube

Nippon Blue Jays “B”, SãoPaulo, Atibaia e Nippon BlueJays “A” são as quatro equi-pes semifinalistas da quartaedição do campeonato Paulis-ta Adulto de Beisebol. Asquartas de final foram dispu-tadas no último dia 10, emItapecerica da Serra.

O Nippon Blue Jays B, úni-ca equipe invicta na competiçãoaté agora, se classificou ao der-rotar a equipe do Indaiatuba por6 a 3, mesmo placar da vitóriado São Paulo sobre o Gecebs.Com a classificação dos são-paulinos, o Gecebs deu adeus aosonho do bicampeonato.

Nas outras duas partidas,nova vitória do Nippon BlueJays, desta vez com o time A.O time derrotou o Dragons,dono da casa, por 10 a 0,protagonizando a vitória maisexpressiva do fim de semanae a classificação para as se-mifinais. Atibaia e Guarulhosfecharam as quartas de final.Vitória do Atibaia por 2 a 0.

As semifinais serão dispu-tadas amanhã (17), no EstádioMunicipal de Beisebol MieNishi, no Bom Retiro. No pri-meiro jogo, às 9h, o NipponBlue Jays B pega o São Pau-lo. Na outra semifinal, às 13h,

BEISEBOL

Campeonato Paulista Adulto define semifinalistasAtibaia enfrenta o Nippon BlueJays A. Para as partidas, ostimes devem contar com osjogadores que defenderam aSeleção Brasileira no Campe-onato Mundial encerrado re-centemente em Cuba.

Entre os quatro, apenas oNippon Blue Jays A já foi cam-peão paulista. A equipe conse-guiu o bicampeonato, nas tem-poradas 2003 e 2004.

O Estádio Municipal deBeisebol Mie Nishi fica na Av.Presidente Castelo Branco,5446 , Bom Retiro. Informa-ções pelo tel.: 11/3221-5105.Entrada franca

Arujá Golf Clube é um dos mais tradicionais clubes de golfe da comunidade nipo-brasileira

REPRODUÇÃO

Shigeaki Ueki: “Lá não existe democracia”

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14 JORNAL NIKKEI São Paulo, 16 a 22 de setembro de 2006

FRANCISCO NORIYUKI SATO

A moçada no Brasil hojepode não se lembrar ou nemsaber quem foi Osamu Tezu-ka. Grande pecado. Aquiloque hoje conhecemos comomangá e animê não existiria,se não fosse o maior dos cri-adores japoneses de quadri-nhos e animação.

Osamu Tezuka é o“divisor de águas” da histó-ria do mangá e do animê.Nascido na cidade de Osakaem 1926 , filho de uma famí-lia de classe média, ele logorevelou uma forte tendênciapara criar histórias e dese-nhar. Suas grandes influênci-as vinham das tiras cômicasque eram publicadas nos jor-nais e dos desenhos anima-dos do pioneiro Walt Disney.Aos 13 anos, ele já desenha-va quadrinhos cômicos paraseus colegas de escola.

Mas a adolescência deTezuka, ao invés de alegre edespreocupada, foi marcadapela 2a. Guerra Mundial.

Idealista, o jovem Tezukaresolveu entrar na Faculda-de de Medicina - sua “formapessoal” de tentar compen-sar a dor da morte de amigose colegas nas batalhas daguerra, procurando curar esalvar em tempos de violên-cia. Mas antes mesmo de seformar, Tezuka já estava pu-blicando seus quadrinhos emjornais. Com o fim da guerrae a derrota japonesa, vieramtempos de grande pobreza edificuldades. Nessa época,Tezuka resolve se tornar de-senhista. Enfrentando a fomee a escassez de meios, comode tinta e papel, ele começaa criar histórias cheias dehumanidade, fantasia e men-sagens de otimismo.

Em 1946, ele cria seu pri-meiro “best-seller”: ShinTakarajima (A Nova Ilha doTesouro) - uma história emquadrinhos na forma destoryboard de desenho ani-mado, misturando pela pri-meira vez elementos da lin-guagem cinematográfica aosquadrinhos, algo que se tor-nou a característica do man-gá moderno.

Poucos anos depois, Te-zuka começaria a publicar asséries que marcaram gera-ções de crianças e jovens ja-poneses: Jungle Taitei(Kimba, o Leão Branco) em1950; Tetsuwan Atomu (As-tro Boy) em 1952; Ribon NoKishi (A Princesa e o Cava-leiro) em 1953, definindo compersonagens magros e olhosgrandes e brilhantes o estilohoje conhecido como shõjomangá, Hi No Tori (O Fênix)em 1967 e Black Jack em1973. Em 1963, Tezuka final-mente realizou seu sonho deproduzir animação em sérieno Japão, com a estréia naTV da versão em animê de

Tetsuwan Atomu, realizadapor sua própria produtora, aMushi Productions. Em 1964,Tezuka se tornou o primeiroprodutor de animê a exportaruma série para o exterior,quando Tetsuwan Atomu(Astro Boy) passou a ser exi-bida nos Estados Unidos.

Pioneiro em tudo que hojechamamos de mangá e animêe criador incansável, Tezukamal parava para comer paranão desperdiçar tempo de tra-balho. TEZUKA esteve noBrasil em setembro de 1984,abrindo uma exposição orga-nizada pela ABRADEMI noMASP e chegou a dar umaaula de mangá especialmen-te para os associados daAbrademi. Trazido pela Fun-dação Japão, Tezuka orientouos diretores da ABRADEMIquanto a direção que a enti-dade deveria seguir, o que foifeito à risca. Analisando tra-balhos de profissionais e ama-dores, o “Deus” do mangámostrou caminhos paramelhorá-los, e apesar da suavasta experiência e conheci-mento de mangá e animê, ja-mais falou mal de qualquertrabalho. Tezuka encantou-secom um personagem típica-mente nosso - o rústico can-gaceiro.

Entretanto, seus péssimoshábitos alimentares o leva-ram a adoecer pouco tempodepois, quando desenvolveuum câncer no estômago.Mesmo debilitado e hospita-lizado, Tezuka continuou de-senhando, até falecer em fe-vereiro de 1989. Milhares depessoas compareceram aoseu funeral em Tokyo e o Ja-pão inteiro chorou sua perda.Premiado e reconhecido in-ternacionalmente, até hoje osjaponeses e fãs de mangá eanimê no mundo inteiro sereferem a ele com o título de“Mangá no Kamisamá” (oDeus do Mangá).

Antes de Tezuka, os per-sonagens de mangá não ti-nham olhos grandes e o animêmal existia. Depois dele, a his-tória cultural do Japão mudoupara sempre. Hoje, a obra deTezuka permanece viva atra-vés de um museu e de suaprodutora, dirigida por seu fi-lho.

Site: www.abrademi.com

MANGÁ

Quem foi Osamu Tezuka?

O desenhista Osamu Tezuka

Após a publicação damatéria sobre a já conturbada eleição para

nova diretoria da Abrac na se-mana passada (AssociaçãoBrasileira de Canção Japone-sa), o Jornal Nikkei ouviu aatual presidente da entidade,Akemi Nishimori, sobre osimbróglios que se criaram apósa realização do Brasileirão2006. Longe da briga envol-vendo as lideranças dokaraokê – na ocasião, MarioIkeda e Tetsuji Arie trocaramacusações envolvendo os ru-mos da maior entidade dokaraokê nacional –, a nikkeiafirma que todas as confusõessó acontecem “em São Pau-lo”.

Longe do clima turbulentoque movimenta os paulistas,Nishimori reafirma que as dis-cussões apenas chegam emum momento “complicado” daentidade, principalmente pelaproximidade do pleito, marca-do para o dia 21 de outubro.“Até onde estou sabendo, nãoexiste esse clima de rivalida-de dentro da Abrac. Pelo me-

nos não aqui no Pa-raná”, afirma ela, rei-terando que as elei-ções estão mar-cadas mesmo para omês que vem. “Todaa diretoria aceitou adecisão de se adiar aAssembléia Geralpor uma questão dedata. Não havia umdia disponível para arealização do encon-tro.”

Nem mesmo umpossível clima de “ra-cha” dentro da entida-de é visto pela atualpresidente. Para ela,as discussões servemapenas para conturbar o ambi-ente.

Sobre a provável candida-tura, a interina afirma que “ain-da não está nada decidido”mas deixou escapar que como apoio de grande parte das re-gionais paranaenses epaulistas, é provável que acei-te sair para a disputa. Alémdesse detalhe, contam ainda ofato de que ela mesma encon-

tra motivação para continuaros trabalhos à frente dokaraokê nacional. Já a possí-vel a entrada de Carlos EikitiHirooka também pode ser con-siderado como um fator a maispara a nikkei participar do plei-to. “Não tenho nenhum tipo derestrição quanto a participaçãode outras pessoas. Mas queroafirmar que com todas as ma-nifestações de apoio à minha

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Presidente interina da Abrac afirmaque confusão ‘só está em São Paulo’

candidatura, a partici-pação é algo para sepensar muito bem”,despista ela.

Indecisa, Nishi-mori só coloca umarestrição para sua par-ticipação no dia 21 deoutubro: que a eleiçãoaconteça de formaclara e limpa. Segun-do ela, “não se podeprovocar atritos ououtras manifestaçõessomente para causarturbulências. Sei queexiste um outro movi-mento contrário ao da‘situação’ e que co-meçou semanas antes

do Brasileirão. Mas, se foruma eleição limpa, não vejonenhum problema”.

À comunidade que acom-panha os acontecimentos nomeio karaokê, resta somenteesperar por mais um capítuloda já tão comentada eleiçãopara nova diretoria da Abrac.Com “racha” ou não, diga-sede passagem.

(Rodrigo Meikaru)

A União Cultural Nipo-Bra-sileira de Itatiba (Nibrait) pro-move amanhã, das 8 às 18h,em sua sede (Rua AlexandreRodrigues Barbosa, 100, cen-tro de Itatiba), o 9º Festival deKaraokê. O evento deve reu-nir a participação de cantoresde diversas cidades da região.Os organizadores esperam umpúblico estimado em 500 pes-soas.

No período da manhã par-ticipam cantores iniciantes eadolescentes e a partir das13h, é a vez dos veteranos.

A primeira premiaçãoacontecerá as 12h e a últimapor volta das 20h. Os melho-res cantores de cada catego-ria serão selecionados paraparticiparem da eliminatóriapara o Paulistão e em seguidapara o Brasileirão.

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União Cultural de Itatibarealiza taikai neste domingo

Organizado por YoshiroHada, a nona edição doYoshiro Hada Keiro KaraokêTaikai, realizado no dia 3 desetembro, nas dependênciasda Associação Beneficentedos Provincianos de OsakaNaniwa-kai (Rua Domingosde Morais, 1581, VilaMariana), reuniu mais de 300cantores.

Segundo o idealizador, “oobjetivo é homenagear àque-les que tanto lutaram paraconstruir um futuro melhor,com dignidade e honestidade,para que pudéssemos usufruirdo resultado positivo deste es-forço”. Tanto que as inscri-ções são abertas somente paracandidatos com mais de 65anos de idade.

“Graças a esses bravos lu-tadores, que passaram fome,derramaram suor e até lágri-mas de sangue para preservara imagem da colônia japonesano Brasil, é que podemos di-zer com orgulho de que somosdescendentes de japoneses. Aestes e àqueles que já nos dei-xaram, rendemos essa home-nagem”, disse Hada, acrescen-tando que, “apesar de todas asdificuldades que envolvem aorganização de um taikai, osacrifício vale a pena porquemeu objetivo não é obter re-torno financeiro”. “O mais gra-tificante é ver o sorriso no rostode cada um”, esclareceu

Hada, que aproveitou paraagradecer a todos os partici-pantes, patrocinadores, juradose amigos, além do corpo dejurados formado pelos profes-sores Paulo Yamaji (presiden-te), Yoshimi Kitagawa eMassao Kamioka.

Um dos diferenciais destetaikai para os demais, explicaHada, é o fato de os partici-pantes receberem gratuita-mente almoço e jantar, alémdo livro de programação.“Como se trata de um taikaidirigido à terceira idade, outrapreocupação é relação ao ho-rário e, felimente, ocorreu tudodentro do planejado”, diz Hada,afirmando que apesar do pre-juízo financeiro é sempre gra-tificante realizar um eventocomo esse

“Meu maior prêmio é a sa-

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9º Yoshiro Hada Keiko Karaokê supera expectativas

tisfação dos participantes. Sefosse almejar retorno financei-ro jamais o realizaria”, contaele, que lamenta a falta de pa-trocinadores. “Por ser um even-

to beneficente, recebo muitaajuda de amigos, sensíveis àcausa. Mas fiquei decepciona-do particularmente com a clas-se política. Mesmo sendo umano eleitoral, eles comparece-ram somente para distribuirpanfletos”, reclama Hada, quepara o ano que vem deve bus-car parceiros. “Apesar das di-ficuldades, a idéia é continuar.Para 2007 queria fazer algo di-ferente porque será a décimaedição”, antecipa Hada, lem-brando que este ano o taikaiteve um sabor ainda mais es-pecial. “Coincidiu com o aniver-sário da minha esposa [Eiko] ea festa teve até bolo. Mascomo era surpresa, ela não des-confiou de nada e ficou muitoemocionada”, contou.

Organizadores e participantes comemoraram sucesso de evento

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Akemi Nishimori demonstra tranqüilidade

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