POLÍTICA p05 PSD HÉLDER GUERREIRO CARLOS MOEDAS … · feito”, referia Sousa Monteiro, que via...

2011.09.23 • semanário regionalFUNDADO EM 2006. DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 6 // N: 276

€0,70IVA Incluído

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FUTEBOL > CASTRENSE ASSUME-SE COMO PRINCIPAL CANDIDATO NA 1ª DISTRITAL

HÉLDER GUERREIROCANDIDATO A LÍDERDO PS BAIXO ALENTEJO

POLÍTICA >p05

CARLOS MOEDASFAZ BALANÇO DOS90 DIAS DE GOVERNO

PSD >p06

A direcção do Lar Frei Manoel das Entradas, sedeado naquela vila do concelho de Castro Verde, mantém vivo o sonho de construir

um lar para a terceira idade. Ao mesmo tempo, os responsáveis pela instituição – que serve actualmente 69 utentes nas valên-cias de centro de dia e apoio domiciliário – ambicionam que lhes seja entregue a gestão do novo lar construído pela Câma-ra de Castro Verde na freguesia de Santa Bárbara de Padrões, equipamento que deverá ser inaugurado até ao final do ano. Estas intenções foram manifestadas pelos órgãos sociais do

Lar Frei Manoel das Entradas ao deputado do PSD eleito por Beja, Mário Simões, que visitou as instalações da ins-tituição no início da semana. >p08

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> REGADIO NO BAIXO ALENTEJOVila de Entradas quer construir lar

DEBAIXO DE FOGO

Governo recua e promete acabar Alqueva em 2015

CÂMARA DE BEJA > Rodeia Machado, presidente dos Bombeiros de Beja e dirigente do PCP, faz uma análise muito negativa da acção da Câmara de Beja e de Pulido Valente, a quem acusa de ter “falta de golpe de asa” e ser “uma decepção”. O antigo deputado não afasta a possibilidade de ser candidato à Câmara em 2013.

“Aldeia Nova”no Pax Julia

MÚSICA> Obra de Manuel da Fonseca “muda-se” para o

palco do Pax Julia pela voz de Paulo Ribeiro. O espec-táculo será sábado, 24, e integra-se na celebração

do centenário do nas-cimento do escritor alentejano. >p10

PAU

LO M

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céu limpo

céu nublado

abertasaguaceiros

céu muitonublado

muito nubladocom abertas

chuva

trovoadas

nevoeiro

geada

vento fraco

moderado

vento forte

mar calmo

ondulação

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Moura

BEJASerpa

Mértola

Faro0-1 m22ë

Almôdovar

CastroVerde

Odemira

Aljustrel

Sines

Cuba

Ourique

BarrancosVidigueira

Alvito

Alcácerdo Sal

Ferreirado Alentejo

Grândola

Santiagodo Cacém

1-2 3-5 6-7 8-10 +11

baixo moderado alto muito alto extremo

Índice de raios ultravioleta (UV)

UV7

0-1 m18ë

>sexta | 23 >sábado | 24 >domingo | 25 >segunda | 26 >terça | 27 >quarta | 28 >quinta | 29

> há 10 anos

23.SETEMBRo.2001Estudo de viabilidade económica e financeira do futuro equipamento confirmava rentabilidade superior a 15% por ano.

Estudo viabiliza aeroporto de Beja Em 2001, Sousa Monteiro era professor universitário e antigo comandante sénior de linha aérea. Ou seja, sabia bem do que falava! E num artigo publicado no semanário “Expresso” qua-se no final do mês de Setembro de 2001 não deixava dúvidas: a construção do aeroporto de Beja devia avançar, pois o equipa-mento teria viabilidade económica. A sustentar esta tese estava um estudo de viabilidade económica e financeira da infra-es-trutura, que apontava para uma rentabilidade de 15% ao ano. “É séria e idónea a afirmação de que vale a pena tirar partido de um bem económico nacional natural de óptima qualidade e já feito”, referia Sousa Monteiro, que via no aeroporto de Beja gran-des potencialidades enquanto entreposto ou plataforma inter-continental de carga aérea de e para a Europa. A esta mais-valia do aeroporto de Beja, o docente universitário juntava ainda o facto do equipamento possibilitar aos produtores nacionais o transporte aéreo dos seus produtos para toda a Europa, possuir terreno para a criação de infra-estruturas para fins aeronáuticos e poder ser utilizado pelas companhias aérea low cost.

berlim recebe mertolenses Parte o voo com jovens de Mértola em direccção a Berlim (Ale-manha), numa iniciativa da autarquia mertolense.

2 2011.09.23

RaDaR sEManaLO QUE PASSOUO QUE ESTÁ PARA VIRTEMPOAGENDA

sETEDIAS> anTETíTuLo

>futebol >p17>política >p07

campeonato distrital de regresso Arranca este domingo, 25, mais um “Distritalão” e o “CA” conta-lhe tudo sobre as expectativas em redor do campeonato.

VidigUeira e serpa “Financiam” ambaal Presidente da Câmara da Vidigueira, Manuel Narra, revela no “CA” que a sua autarquia e a de Serpa é que “têm financiado a AMBAAL”!

FUndações reúnem na Vila de odemira A Fundação odemira promove, no cine-tea-tro Camacho Costa, o I Encontro de Fundações do Alentejo.

> agEnDa

> pREvisão Do TEMpo paRa o baixo aLEnTEjo > há 10 anos

26º/14º

28º/14º

>sexta | CÉU POUCO NUBLADO

>sábado | CÉU NUBLADO / ABertAS

>domingo | CÉU POUCO NUBLADO

>segunda >terça >quarta >quinta

Céu pouco nublado ou limpo. Pequena descida da temperatura. Vento moderado. Neblina ou nevoeiro matinal.

Céu geralmente muito nublado, com algumas abertas. Vento fraco ou moderado. Neblina ou nevoeiro matinal

Céu pouco nublado ou limpo. Pequena subida da temperatura máxima. Vento fraco ou moderado. Neblina ou nevoeiro matinal.

29º/16º 30º/16º 28º/18º 29º/17º

dia mUndial do tUrismo em cUba No âmbito do Dia Mundial do Turismo, Câ-mara de Cuba organiza visitas guiadas a vários locais do concelho.

“distritalão” arranca às 15h00 Começa este domingo a edição 2011-2012 do campeonato distrital da 1ª divisão. o Castrense é o grande favorito!

“primeiro o local” no sobral da adiça A iniciativa “Primeiro o Local”, da Câmara de Moura, passa ao final da tarde pela freguesia de Sobral da Adiça.

almodoVarenses Visitam lisboa Segunda viagem para idosos ao Mosteiro dos Jerónimos e Aquário Vas-co da Gama pela Câmara de Almodôvar.

lUís aFonso em oUriqUe o cartoonista Luís Afonso é convidado da Feira do Livro de ouri-que. Conversa às 14h30 no Centro de Convívio.

27º/16º

pub.

32011.09.23 SETEDIASRADAR SEMANAL

> A xxxxxxxxxx

Rodeia Machadonão fecha a porta

A dois anos de distância das próximas eleições autárquicas, as movimentações começam a suceder-se no seio dos partidos. Em Beja, sabe-se muito bem que o PCP quer recuperar a câmara “emblemática” que perdeu para os socialistas em 2009. E não fal-tam nomes apontados para essa corrida.

João Rocha e José Maria Pós-de-Mina encerram ciclos em Ser-pa e Moura. E fala-se neles! Mas, noutros sectores do partido, há quem defenda António Rodeia Machado, antigo deputado e ac-tual presidente dos Bombeiros de Beja, que mantém actividade po-lítica no seio do partido e como eleito na Assembleia Municipal de Beja.

“Eu nunca disse que não, nem nunca direi que desta água não beberei”, reage Rodeia Machado quando questionado sobre essa possibilidade, ressalvando logo a seguir que, “neste momento, esse

> Política. Antigo de-putado não fecha a porta a uma candidatura à presi-dência da Câmara de Beja e faz duríssimas criticas à gestão socialista de Pulido Valente.

> CANDiDATuRA AuTáRquiCA à CâMARA DE BEjA pELA CDu EM 2013

“Confortávelna assembleiamuniCipal”

Milita no PcP de forma diária e atenta? Sim, diária e permanente. Sou membro da Comunidade Intermunici-pal do Baixo Alentejo (CIM-BAL), como presidente da Assembleia Intermunicipal. E coordeno o grupo da CDU na Assembleia Municipal de Beja.

Não se sente desperdi-çado pelo PcP? Não, não! Entendo que cada um, em cada momento, pode desen-volver uma actividade que seja sempre junto da comunidade. E gosto daquilo que estou a fazer, nomeadamente na CIM-BAL e na Assembleia Munici-pal. A assembleia é um órgão onde se deve fazer política pura, embora as pessoas nem sempre se apercebam disso. Sinto-me muito confortável na Assembleia Municipal de Beja.

isso num mandato em que o PS tem maioria na câmara e a cDU tem maio-ria na assembleia. como é

que tem sido a convivên-cia? Não há conjugação de

esforços porque o presi-dente da Câmara, Jorge

Pulido Valente, não tem querido agir no sentido de discutir e analisar qualquer tipo de situação. As situações são mais impostas do que discutidas com a força política que tem a maioria na assembleia [CDU]. Nós entendemos que não devemos ser uma força de bloqueio, porque fomos eleitos para defender

a população e não para a prejudicar.

Mas não tem sido fácil resolver as situa-

ções com o Jorge Puli-do Valente, porque ele

não tem uma abertura de diálogo permanente

com aqueles que são a maioria na Assembleia

Municipal.

> ENTREViSTA

RODEiA MACHADO63 anosmilitante do PCP

assunto não está em discussão”.“A seu tempo veremos”, ad-

mite ao “CA”, deixando a porta aberta para essa possibilidade e remetendo para mais tarde uma análise sobre o assunto. “Quando fizermos a discussão e analisar-mos essa situação, naturalmente estamos disponíveis para discutir tudo isso”, assume.

Neste momento, Rodeia Ma-chado garante que não se sente desperdiçado pelo PCP e assegu-ra que gosta muito do trabalho político que faz na Assembleia Municipal de Beja, onde coorde-na o grupo de eleitos da CDU e diz sentir-se “muito confortável”.

“Cada um, em cada momento, pode desenvolver uma actividade que seja sempre junto da comu-nidade. E gosto daquilo que estou a fazer! A assembleia é um órgão onde se deve fazer política pura, embora as pessoas nem sempre se apercebam disso”, garantiu.

cRiticaS feRozeS a PUliDo ValeNteRodeia Machado não é nada meigo com a gestão do so-cialista Jorge Pulido Valente na Câmara Municipal de Beja. Acusa a liderança do PS de não ter “golpe de asa” e de não conse-guir “passar mensa-

RoDeia MacHaDomilitante do PCP

Eu nunca disse que não nem nunca direi que desta água não beberei. Mas há uma situ-ação que é esta: neste momento esse assunto não está em discussão. Quando fizermos a discussão e analisarmos essa situação, natural-mente estamos disponíveis para discutir tudo isso.

”

Rodeia Machado nasceu em Beja em 1948. Foi funcionário da Segurança Social e destacou-se como deputado na Assembleia da República durante 10 anos (1995 a 2005). Lidera a Direcção dos Bombeiros de Beja e é vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses.

>currículo

gem nenhuma sobre aquilo que era necessário e fundamental fazer na cidade”. Em síntese: “uma decepção”.

“O sentimento da cidade, que se colhe aí fora, é que este pre-sidente de Câmara é uma de-cepção. E é efectivamente uma decepção! Uma decepção porque não conse-guiu fazer passar mensagem ne-nhuma sobre aquilo que era necessário e fundamental fazer na cida-de”, advoga.

R o d e i a Machado con-sidera que a cidade não teve

“evolução nenhuma num sentido positivo” e rejeita completamen-te as justificações de Pulido Va-lente, que alega a herança de um quadro financeiro muito nega-tivo das gestões anteriores feitas pelo PCP.

“A justificação é que não há di-nheiro e que não há dinheiro!

Eu creio que as situações podem ser ultrapassa-

das com boa vontade o chamado ‘golpe de asa’. E não me parece,

muito sinceramen-te, que o Pulido Valente tenha essa capacidade e esse ‘golpe de asa’. Não

acreditava nele e continuo a não acre-ditar!”, conclui.

Agricultores AVisAM goVerNo A Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) entregou à ministra da Agricultura um “memorando” onde manifesta “grande preocupação” com o “avolumar das dúvidas” sobre o projecto de Alqueva, defendendo, ao memo tempo, que “a conclusão da obra é abso-lutamente vital” . A FAABA lembra que “uma proporção significativa” dos novos regadios “já regam” e realça que esse facto mostra “um valor notá-vel” : “Dos cerca de 50.000 hectares equipados, regaram, em 2011, mais de 20 mil (41%) com ‘predominância’ da pequena propriedade, normalmen-te mais demorada na adesão ao regadio”. Neste quadro, a FAABA diz que os agricultores estão receptivos a um “rescalonamento do cronograma da obra”, de modo a que os maiores investimentos restantes fiquem adiados para depois de 2013. Finalmente, sobre o papel da EDIA, os agricultores dizem que “exorbita o disposto nos seus estatutos” e avisam que isso tem proporcionado “o aparecimento desregrado e irreflectido de novas asso-ciações de beneficiários”. Neste quadro, a FAABA exige que o modelo pre-conzado para a gestão da rede secundária “seja clarificado” e entregue às associações de beneficiários das obras de rega.

CONCLUSãO DE ALQUEVA

rEgiãO >galardão

A câmara de Beja voltou a ser galardoada, pelo terceiro ano consecutivo, com a Bandeira Verde eco XXi, atribuída pela Associação Ban-

deira Azul da europa, mas desta vez superou os objectivos definidos pela organização e os resultados obtidos em 2010.

CÂMARA DE BEJA VOLTA A RECEBER BANDEIRA VERDE ECO XXI

4 2011.09.23

GOVERNO RECUA> ALQUEVA. Ministra recua e admite fim do empreendimento até 2015. Mas poderá reescalonar a obra! Ps destaca o “dito pelo não dito” de Assun-ção cristas!

> EMPrEENDiMENTO DE ALQUEVA DEVErÁ MESMO SEr CONCLUÌDO ATÉ FiNAL DE 2013

governo parece ter "congelado" o adiamento do regadio de Alque-va. Ministra promete concluir a obra até 2015. DR

BAiXOALENTEJO

O Governo vai fazer “todos os esforços” para “garantir” o finan-ciamento necessário à conclusão do Alqueva até final de 2013, mas admite “efectuar o reescalona-mento da execução do projecto até 2015”, segundo a ministra da Agri-cultura.

A informação consta na res-posta de Assunção Cristas a uma pergunta sobre o Alqueva feita por

cional” do Programa de Desenvol-vimento Rural (Proder) “afecta” ao Alqueva e prevista no Programa de Investimentos e Despesas de De-senvolvimento da Administração Central (Piddac) “para viabilizar outros investimentos”.

Luís Pita Ameixa refere que “o Governo parece dar mostras de re-cuo no seu anúncio inicial de des-valorizar a rápida conclusão” do Alqueva e a resposta “vem também entrar em contradição com a afir-mação, que inicialmente tinha sido feita, de que não existia financia-mento assegurado para o projecto”.

Segundo Pita Ameixa, “como se vê agora” na resposta da minis-tra “existem verbas adequadas do Proder e comparticipação nacional prevista em Piddac para viabilizar a construção do empreendimento”.

deputados do PS, entre eles Luís Pita Ameixa, que, agora, consi-dera que “o Governo parece dar mostras de recuo no seu anúncio inicial de desvalorizar a rápida conclusão” do projecto.

A “preocupação” do Governo em relação ao Alqueva é “empre-ender todos os esforços que estão ao seu alcance para garantir os meios financeiros necessários à conclusão da obra dentro do esca-lonamento actualmente previsto (final de 2013)”, diz a ministra na resposta, enviada ao “CA”pelo de-putado do PS eleito por Beja, Luís Pita Ameixa.

A ministra reafirma que o Go-verno considera o projecto Alque-va “prioritário e essencial” e diz que “não é objectivo” “reafectar fundos da comparticipação na-

52011.09.23

A Assembleia Municipal de Beja reúne na próxima segunda-feira, 26, a partir das 17h30. Um dos temas da agenda é a extinção da empresa Expobeja que gere o parque de feiras da cidade. O PCP vai votar contra!

>Assembleia Municipal de Beja

Hélder Guerreiroquer liderar o PS

> VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA DE ODEMIRA TEM APOIOS DE PESO

Hélder Guerreiro, actual vice-presidente da Câmara Municipal de Odemira, anunciou segun-da-feira, 19, numa reunião da Comissão Política Distrital do PS, que vai ser candidato a presidente da Federação do Baixo Alentejo em 2012.

“Ser candidato parte de um compromisso que tenho com os ideais socialistas, o compromisso que sinto com todos os militantes do Baixo Alente-jo e com a convicção que posso ter um contributo positivo a dar neste momento de viragem, de novo ciclo”, explicou.

Hélder Guerreiro confirmou ao “CA” que conta com importantes apoios ao projecto que vai apre-sentar aos militantes, destacando-se entre eles o actual líder socialista, Luís Pita Ameixa, mas tam-bém presidentes de câmara como Nélson Brito (Aljustrel), Jorge Pulido Valente (Beja), Jorge Rosa (Mértola) e José Alberto Guerreiro (Odemira).

“Certo destes apoios relevantes, o meu maior desejo é chegar aos militantes de todas as secções e, com todos, construir uma ideia para o PS do Bai-xo Alentejo”, afirmou, acrescentando que também conta com o apoio de António Camilo (antigo pre-sidente da Câmara de Odemira), do “histórico” Ma-nuel Masseno ou do líder da JS, Rui Faustino.

O presidente da Comissão Parla-mentar de Agricultura e Mar, Vasco Cunha, defendeu terça-feira, 20, que o Estado “tem que concluir ur-gentemente” o projecto do Alque-va, para “cumprir” as expectativas criadas junto de agricultores, mu-nicípios e agentes económicos do Alentejo.

Alqueva “é um projecto que está previsto concluir-se em 2013, é ur-gente que se conclua e o Estado, como pessoa de bem, entre 2013 e 2015, admitindo aqui o desfa-samento temporal destes dois anos para liquidar os pagamentos finais deste quadro comunitário que está em exercício, tem que concluir urgentemente este pro-cesso”, disse Vasco Cunha.

Segundo o também deputa-do do PSD, o projecto Alqueva é “uma promessa do Estado Por-tuguês”, que “criou um conjunto de expectativas, junto de agricul-tores, municípios e agentes eco-nómicos” do Alentejo, que “urge cumprir”.

“Há um conjunto de expecta-tivas que foram criadas, particu-larmente junto dos agricultores, muitos deles hoje estão ainda na expectativa de saber qual o ‘ti-ming’ final do projecto Alqueva para poderem avançar com a re-estruturação das suas produções, e é imperativo que o Estado res-ponda”, defendeu.

A conclusão do projecto do Al-queva, inicialmente prevista para 2025, foi revista para 2015 e, en-tretanto, antecipada pelo anterior Governo PS para 2013.

Vasco Cunha falava aos jor-nalistas em Beja, após a Comis-são Parlamentar de Agricultura e Mar se ter reunido com a admi-nistração da Empresa de Desen-volvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA).

A reunião integrou-se numa jornada de trabalho da comissão dedicada ao Alqueva e que incluiu também visitas a infra-estruturas do projecto, nomeadamente ao aproveitamento hidroagrícola do Pisão e às obras do subsistema do bloco de rega do Pedrogão.

A jornada de trabalho, que re-sultou de um requerimento apre-sentado pelo Grupo Parlamentar do PSD na Comissão de Agricul-tura e Mar e que foi “adoptado consensualmente” pelas seis for-ças políticas com assento naque-le órgão, serviu para a comissão “acompanhar o ponto de situa-ção” sobre o projecto.

> ELEIÇÕES. Socialista de Odemira conta com apoio do actual líder, Pita Ameixa, mas também de autarcas como Pulido Valente, Nelson Brito, Jorge Rosa e José Alberto Guerreiro.

BAIXOALENTEJOREGIÃO

Na moção que vai preparar, Hélder Guerreiro quer “discutir e reinventar o papel do partido na sociedade de que faz parte” e pôr o militante como “centro nuclear”. Por outro lado, assume que a “luta mais forte” será pôr o Baixo Alentejo “como desígnio” e “espaço de oportunidades, coesão e de desenvolvimento.”

Apesar de contar com o apoio do actual líder distrital do PS, Hélder Guerreiro assegura que não será um líder igual porque terá a sua “própria for-ma de fazer e de liderar”.

“Tenho para mim que as verdadeiras continui-dades não existem. O que importa é respeitar o que está feito e eu tenho profunda admiração pelo trabalho desenvolvido. E também tenho para mim que mais inteligente é quem souber interpretar o passado para perspectivar o futuro”, argumenta.

Hélder Guerreiro admite que o surgimento de candidaturas à liderança, quando ainda falta um ano para o acto eleitoral, “pode afectar negativa-mente” o PS, mas contrapõe que o adiamento da apresentação da sua candidatura poderia compro-meter os seus objectivos.

“Não avançar agora, tendo conhecimento de que está, há mais de um mês, no terreno, uma ou-tra candidatura, seria pôr em causa qualquer pos-sibilidade de disputar em condições de igualdade esta eleição”, explica, acrescentando que tem a ex-pectativa que o acto eleitoral decorra “com enorme elevação” e de modo “clarificador”.

Recorde-se que esta é a segunda candidatura à liderança do PS depois de Pedro do Carmo, presi-dente da Câmara de Ourique, ter anunciado a sua no final de Agosto.

Deputadosdefendemconclusão“urgente”

Segundo a ministra, o Governo “não só não pretende gorar as ex-pectativas dos investidores nem romper com o compromisso do anterior Governo, como pretende reforçar o empenho para garantir um efectivo aproveitamento das infra-estruturas criadas”.

“O Governo tem uma ideia er-rada da importância que o Alqueva tem para os empresários da agri-cultura, julgando que estes não se interessam nem aproveitam o re-gadio” e “desconhece a grande mu-dança” que o regadio “veio trazer às zonas onde já chegou”, reage Pita Ameixa.

Para o deputado, “o Governo mostra uma má ideia dos agriculto-res e uma visão mesquinha do que é implementar e promover um sis-tema de regadio” .

Hélder Guerreiro foi presidente da TAIPA e é vereador da Câmara de Odemira desde 2005. Apresentou esta semana a sua candidatura à liderança do PS do Baixo Alentejo. DR

BAIXO ALENTEJOREGIÃO

6 2011.09.23

> pRImEIROs 90 dIAs dE GOvERnAçÃO psd/Cds

Moedas faz balanço> GOVERNO. Secretário de Estado adjunto de Pas-sos Coelho enalteceu em Beja, a sua cidade-natal, a revolução “silenciosa” iniciada pelo Governo.

Assim que chegou ao Beja Par-que Hotel, Carlos Moedas recuou ao passado. “Ao entrar nesta sala senti um frisson na pele. Porque a minha vida começou em Beja, aqui foi o meu primeiro dia de es-cola e aqui também comecei a mi-nha verdadeira carreira política”, confidenciou o secretário de Esta-do adjunto do primeiro-ministro, que passou na noite da última terça-feira, 20, pela cidade-natal para fazer o balanço dos primeiros 90 dias do Governo liderado por Pedro Passos Coelho.

Na gigantesca televisão coloca-da ao canto da sala, o líder do exe-cutivo, em directo na RTP, tentava explicar o que já tinha sido feito e o que aí vem para (tentar) endireitar as contas do país. Uma mensagem reforçada em Beja pelo seu secre-tário de Estado, que perante perto de centena e meia de militantes e apoiantes laranja começou por se apresentar não como governante, mas apenas como o Carlos Moe-das “militante do PSD e bejense”.

Depois seguiram-se quase 25 minutos de discurso, descontra-ído e em tom informal, onde so-bressaiu uma ideia: mais do que a

dos serviços estatais ineficientes, das desigualdades sociais, do imo-bilismo e das assimetrias regio-nais”, sublinhou Mário Simões, para depois se centrar nas ques-tões mais “baixo-alentejanas”.

Sobre a ligação ferroviária de Beja a Lisboa por Intercidades, ga-rantiu não alinhar em “números de ilusionismo político” nem em “show off” e voltou a reiterar o seu apoio à realização de um estudo de viabilidade económica da electrifi-cação do troço Beja-Casa Branca, da Linha do Alentejo, já assumido pelo Governo. “Era esse o nosso

> UnIdAdE LOCAL dE sAÚdE dO BAIXO ALEnTEJO AnUnCIA FECHO dO ATEndImEnTO COmpLEmEnTAR A pARTIR dE 1 dE OUTUBRO

FECHO DA URGÊNCIA DESAGRADA EM FERREIRA A Câmara de Ferreira do Alentejo manifestou a sua “total oposição” ao fecho do Serviço de Atendimen-to Complementar (SAC) no centro de saúde da vila, decidido pela Uni-dade Local de Saúde do Baixo Alen-tejo (ULSBA).

“A pretexto das dificuldades financeiras que o país atravessa, termina-se com um serviço médico de proximidade, fundamental para a população do concelho”, protesta o município, num comunicado as-sinado pelo presidente, Aníbal Reis Costa.

O encerramento do SAC do Cen-tro de Saúde de Ferreira do Alente-jo, que vai ser concretizado a partir de 1 de Outubro, nos dias úteis, foi

consolidação orçamental e a aus-teridade, o Governo da coligação PSD/ CDS-PP está a fazer uma “re-volução silenciosa” para “resolver” os “pontos de estrangulamento” da economia portuguesa.

Na plateia, figuras como Antó-nio Sebastião (presidente da Câ-mara de Almodôvar), Luís Serrano (presidente do NERBE) ou Ma-nuel Castro e Brito (presidente da ACOS) ouviam com atenção.

FAzER O óbVIO!

Sem tocar nas questões mais locais, Carlos Moedas reiterou repetidamente a ideia de que o Go-verno está “a fazer uma revolução silenciosa em Portugal” sem que as pessoas se apercebam. “Os sacrifí-cios orçamentais são só uma par-te do que está a ser feito”, disse o secretário de Estado, frisando que “o pilar do programa do Gover-no para mudar o país” aposta em “mudanças fundamentais”, que apelidou de “reformas silenciosas”.

Trata-se de “reformas pouco mediáticas, difíceis de explicar, que não têm resultados imediatos e são de difícil execução”, mas que “são as reformas com elevado impacto e que resolvem os pontos de es-trangulamento da nossa economia e promovem a iniciativa privada”, acrescentou, sustentando a ideia de que “esta revolução silenciosa”, “com mudanças fundamentais no tecido empresarial português”, vai fazer “com que as empresas criem valor, riqueza e mais empregos”.

Nesse âmbito, Carlos Moedas

divulgado segunda-feira, 19, pela ULSBA.

O serviço vai ser substituído por uma consulta de recurso, onde se-rão “observadas todas situações não urgentes dos residentes do concelho”, sendo as situações ur-gentes enviadas para o serviço de urgência do Hospital de Beja, expli-cou a ULSBA.

Mas, para o Município de Ferrei-ra do Alentejo, a população local vê-se, assim, “privada de um serviço básico de extrema importância na difícil situação social que atraves-samos”. A Câmara Municipal “ma-nifesta total oposição à decisão” da ULSBA de “encerrar o atendimen-to complementar” no Centro de

Saúde, refere Aníbal Reis Costa. O Município promete ainda que “irá tentar, da forma possível, combater esta situação”, de molde a procurar “evitar o encerramento deste im-portante serviço de saúde”.

No comunicado de segunda-feira, a ULSBA esclareceu que “nunca houve serviço de urgência” nos concelhos de Aljustrel, Ferreira do Alentejo e Ourique. A existência de um SAC nesses locais, entre as 08h00 e as 20h00, vulgarmente co-nhecido como “urgências”, “nunca foi compatível” com um serviço de urgência, sublinhou.

A ULSBA justificou o fecho do SAC de Ferreira do Alentejo com a necessidade “imprescindível” de

tomar medidas “mais exigentes no que respeita à contenção de custos e à estabilização do crescimento do ritmo do endividamento” daquela unidade, “mantendo, em simul-tâneo, a qualidade assistencial do Serviço Nacional de Saúde e os ac-tuais níveis de acesso”.

Tudo devido à conjuntura eco-nómica e financeira nacional e in-ternacional, ao necessário esforço de consolidação das finanças pú-blicas e ao memorando assinado com a “troika”, que “prevê um con-trolo mais estrito dos níveis de en-dividamento no sector empresarial do Estado, ao qual pertencem as entidades públicas empresarias do sector da saúde, como a ULSBA.

destacou a futura nova lei da con-corrência (“há anos que toda a gente sabe que o ambiente con-correncial tem que ser melhorado”, justificou) e a reforma da lei das insolvências (para que “os empre-sários possam ter uma capacidade de recuperar facilmente as suas empresas”), medida que, na sua opinião, irão verdadeiramente “mudar o tecido empresarial por-tuguês”.

“Acredito que aquilo que não é visível é aquilo que vai, efecti-vamente, mudar o país. […] É o momento de fazer o óbvio e este

projecto do Alqueva, envolto em alguma celeuma depois das diver-sas declarações sobre o assunto por parte da ministra da Agricul-tura. Reconhecendo que as pala-vras de Assunção Cristas causaram “algum incómodo” na opinião pú-blica local, Simões garantiu que os deputados do PSD conseguiram que a governante revertesse a sua posição sobre os prazos de conclu-são do empreendimento.

“Não é linear que o possamos fazer até 2013, mas o Governo tem assumido o compromisso de o fa-zer até 2015. É uma grande evolu-

Governo tem coragem para lide-rar estas mudanças”, concluiu o governante, pouco depois de citar Almada Negreiros.

HERANçA(S) pESADA(S)

Antes de Carlos Moedas, o palan-que foi do deputado e líder da Dis-trital de Beja do PSD, que lembrou a herança “muito pesada” deixada pelos seis anos de governação so-cialista. “A herança que tivemos do anterior Governo foi a herança do desequilíbrio financeiro, do endi-vidamento, da lentidão na justiça,

compromisso, foi isso que foi fei-to”, disse.

Quanto ao aeroporto de Beja, Mário Simões lamentou que a in-fra-estrutura esteja “fechada”, “sem aviões” e a ver “o pó acumular-se dia após dia”, anunciando de segui-da que o executivo de Passos Coe-lho “está a trabalhar com a ANA, no sentido de encontrar um plano de negócio que corresponda às neces-sidades da população e da região”.

Para o líder laranja, o aeroporto é um “pilar do desenvolvimento económico regional”, tal como o

ção”, destacou o deputado do PSD, que defende a continuidade da EDIA para além da conclusão das obras.

“Penso que a empresa, com este nome ou outro, deve conti-nuar. Naturalmente redefinindo a sua estratégia e outras prioridades, seguramente apostando noutros fins, naturalmente entregando o perímetro de rega aos agricultores. Porque esta empresa, tal como o aeroporto, deve fazer parte dos ei-xos do desenvolvimento económi-co regional”, rematou.

CARlOS MOEDASsecretário de Estado adjunto do primeiro-ministro

Acredito que aquilo que não é visível é aquilo que vai, efectiva-mente, mudar o país. […] É o momento de fazer o óbvio e este Governo tem coragem para liderar estas mudanças ”

Aníbal Reis Costa. DR

72011.09.23 BAIXOALENTEJOREGIÃO

O bejense Carlos Moedas, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, veio a Beja apresentar o balanço de 90 dias da governação PSD/CDS. E garantiu que o executivo está a fazer uma “revolução silenciosa”.

>sessão laranja

SAÚDEPS DE SERPA APELAAO GOVERNO PARA NÃOFECHAR LABORATÓRIO

A concelhia de Serpa do PS apelou ao Governo para “impedir o encerramento” do laboratório de análises clínicas do hospital da cidade, a partir de 1 de Outubro, con-siderando tratar-se de um serviço “essencial”.A medida, a avançar, “constituirá mais um factor de dificuldade” para os habitantes locais “devido à elimi-nação de um serviço essencial”, mas também “uma humilhação para esta cidade e para o concelho”, alerta o PS, em comunicado.O laboratório de análises clínicas do Hospital de São Paulo, em Serpa,

> E AINDA...

está previsto encerrar a partir de 1 de Outubro, segundo confirmou à Agência Lusa, na semana passada, a administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).Os socialistas de Serpa defendem que o fim deste serviço, aliado ao fecho, já concretizado, de várias estações dos CTT no concelho, deve ser contestado pelo Município local (CDU) e pelas juntas de freguesia.“O PS insta a Câmara de Serpa e as juntas de freguesia a saírem da sua passividade e a assumirem uma atitude veemente de oposição ao encerramento dos CTT e do labora-tório de análises clínicas”, pode ler-se no comunicado.Também os três deputados eleitos pelo círculo eleitoral de Beja – um do PSD, outro do PS e um do PCP –

> NANUEL NARRA E A AMBAAL

“Quem pagadeve mandar” O presidente da Câmara Muni-cipal de Vidigueira, Manuel Nar-ra, endereçou uma carta ao “CA” onde esclarece que as autarquias de Serpa e da Vidigueira “têm fi-nanciado” a AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral e, segundo acres-centa, sem esse financiamento a associação não conseguiria “satis-fazer os compromissos salariais” dos seus trabalhadores.

Manuel Narra acentua a ne-cessidade de esclarecer melhor o quadro da associação, “a bem da verdade e da transparência”. E salienta que o presidente da AM-BAAL, Jorge Pulido Valente, não referiu que “há autarquias que são credoras” da AMBAAL.

“Penso que este esclarecimento era importante porque ‘tudo den-tro do mesmo saco’ não é correcto nem verdadeiro”, refere Manuel Narra, acrescentando que, “tam-bém noutras associações e entida-des, a situação é idêntica”.

Narra considera “agravante” e “caricato” que, neste momento, os devedores estejam colocados nos diversos órgãos de gestão das associações, “conduzindo assim os destinos” das mesmas entidades “onde não pagam as contribuições a que estão obrigados”.

Perante este quadro, o autarca da Vidigueira avisa que a democra-cia “é muito bonita quando todos cumprem” e faz saber que “cami-nhamos a passos largos para um novo paradigma na gestão, onde quem paga é que deve gerir os des-tinos das entidades”.

“Quem não paga, mandar, e ditar o rumo em cima do di-nheiro dos que pagam, tem de acabar. E está muito perto de su-ceder”, avisa.

ALmODÔVAR ESCLARECETambém António Sebastião ga-rantiu esta semana que “não tem sido o Município de Almodôvar a contribuir negativamente para a situação financeira actual” da AMBAAL. O autarca esclarece que “tem vindo a ser integralmente cumprido” o plano de pagamen-tos acordado, que teve em vista a regularização dos montantes em dívida “relativos aos anos de 2000 e 2001”.

Por outro lado, Sebastião anun-cia que a Câmara de Almodôvar “não reconhece as dívidas” na or-dem dos 76 mil euros, referentes às comparticipações anteriores ao ano de 2000. Isto porque, alega o autarca, “dizem respeito a presta-

devem interpelar o Governo “sobre a insensatez e injustiça” destas medidas.Na semana passada, também a con-celhia de Serpa do PCP, em comunica-do, contestou o fecho do laboratório de análises clínicas, considerando a medida “lesiva dos interesses” das populações dos concelhos de Serpa, Moura, Barrancos e Mértola.Os comunistas alegaram que, com o fim do laboratório, as análises vão passar a ser efectuadas no Hospital de Beja, o que “obriga à deslocação dos casos urgentes, deitando por terra o argumento de redução de custos”. “É preciso lutar contra o fecho do laboratório de análises. É necessário que os utentes e munícipes contestem mais esta medida injusta e sem sentido”, defendeu o PCP.

ções periodicamente renováveis” e estão “prescritas”.

O autarca do PSD propõe à ad-ministração da AMBAAL para que seja “intentada em tribunal a res-pectiva acção judicial” e garante que pagará as dívidas se o tribunal considerar que “não se encontram ainda prescritas”.

Sebastião revela, ainda, que a Câmara de Almodôvar tem pago as suas comparticipações “atem-padamente” entre 2002 e 2011. E revela que já liquidou os meses de Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro de 2011, “como forma de garantir o pagamento das re-munerações aos trabalhadores” da AMBAAL.

mANUEL NARRAPresidente da CM de Vidigueira

Quem não paga, man-dar, e ditar o rumo em cima do dinheiro dos que pagam, tem de acabar. E está muito perto de suceder.

”Secretário de Estado Carlos Moe-das reuniu em Beja, com militantes do PSD, na terça-feira, 20. DR

BAIXO ALENTEJOREGIÃO

8 2011.09.23

> DEPUTADO DO PSD VISITOU LAR FREI MANOEL ESTA SEMANA

Vila de Entradas“luta” para ter lar

> TERCEIRA IDADE. Deputado do PSD compro-meteu-se a apresentar o projecto ao secretário de Estado da Solidariedade.

CARLOS PINTO TExTO

O deputado do PSD eleito pelo distrito de Beja vai avaliar o ponto da situação da candidatura apre-sentada pelo Lar Frei Manoel das Entradas (LFM) ao InAlentejo para a construção de um novo lar para terceira idade e pedir uma reunião com o presidente da Câmara de Castro Verde, de modo a dar conta da sua “sensibilidade pessoal e polí-tica” à referida candidatura e à pos-sibilidade de a gestão do novo lar de terceira idade de Santa Bárbara de Padrões, propriedade da autarquia, ser entregue à instituição sediada em Entradas.

Estas foram as garantias deixa-das por Mário Simões na última se-gunda-feira, 19, durante uma visita às instalações daquela instituição particular de solidariedade social (IPSS) do concelho de Castro Ver-de. Na ocasião, o deputado laranja lembrou igualmente que o actual Governo tem vindo “a dedicar par-ticular atenção às questões sociais”,

ENSINO SUPERIORVICE-REITORES HÚNGAROS EM BEJA

Três vice-reitoras do Colégio Universitário de Szolnok (Hungria) visitaram o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), no âmbito do protocolo assinado entre as duas instituições. A visita decorreu quar-ta e quinta-feira e permitiu “fazer o ponto da situação dos processos de mobilidade Erasmus entre as duas instituições”. Ao mesmo tempo, foi também encerrado o processo de “construção da pós-graduação conjunta” em Cultural Animation, Leisure and Tourism. Esta pós-graduação, segundo anunciou o IPBeja, irá funcionar em Szolnok em sistema b-learning, com início previsto para o 2º semestre do ano lectivo de 2011/2012, com a participação de docentes das duas instituições. Refira-se que o programa de visita incluiu também várias reuniões, nomeadamente com a presidência do IPBeja.

ENCONTROFUNDAÇÕES REÚNEMNA VILA DE ODEMIRA

A Fundação Odemira organiza nesta sexta-feira, 23, o I Encon-tro de Fundações do Alentejo. A iniciativa decorre em Odemira e, segundo Paulo Barros Trinda-de, presidente do conselho de administração da Fundação, “num território tão vasto como o Alente-jo, é fundamental aproximar as fun-dações e promover sinergias, bem como criar estratégias comuns de promoção do desenvolvimento económico, cultural e social”. Este I Encontro é, segundo os promo-tores, “ o primeiro passo para o diálogo e coesão de Instituições” que, acrescentam, “poderão con-tribuir com soluções mais fortes e concertadas para o Alentejo. Entre as presenças confirmadas estarão a Fundação EDP, Fundação Eugénio de Almeida, Cooperativa António Sérgio para a Econo-mia Social, Fundação Montepio, Fundação EPRAL, Fundação Abreu Callado e Fundação Francisco Manuel dos Santos.

> E AINDA...> BEJA

Cáritasapoia 38crianças No âmbito da temática anu-al da SIC Esperança, este ano virada para a educação, a SIC Esperança em parceria com o Instituto de Apoio à Crian-ça lançou o projeto “Bebida Solidária” com a Vitalis para a criação de bolsas escolares que permitirão a centenas de crianças e jovens do 1º ciclo do ensino básico, em situação de carência comprovada, acesso ao material escolar necessário para começarem o novo ano lectivo.

A Cáritas Diocesana de Beja, na qualidade de parceira e representante do projecto no distrito de Beja, explicou em comunicado que esta parceria é “uma mais-valia, na medida em que as famílias que bene-ficiam da bolsa manifestam dificuldades económicas e va-lorizam a situação escolar dos seus filhos”.

Deste modo, no distrito de Beja, foram abrangidas pelo projecto 24 famílias, num to-tal de 38 crianças. O projecto contempla uma bolsa escolar a crianças do 1.º ciclo em situ-ação de carência comprovada, cujo valor varia consoante o ano de escolaridade da crian-ça. O valor total atribuído às 38 crianças do distrito de Beja foi de 4.045 euros.

prometendo expor o caso de En-tradas durante a reunião que vai manter, na próxima semana, com o secretário de Estado da Solidarie-dade e da Segurança Social, Marco António Costa.

“Esta foi uma oportunidade para dar a conhecer tanto o trabalho que aqui se desenvolve, como a impor-tância que esta instituição tem na comunidade, assim como os recur-sos e as necessidades existentes”, disse ao “CA”, no final da visita, a presidente do LFM, Maria Lucília Costa, revelando esperar “ter con-tribuído” para sensibilizar também Mário Simões para a “necessidade urgente” de o Governo criar “uma linha de crédito específica para as IPSS”.

“IMpERATIVO MORAL”Mário Simões manifestou vontade de conhecer em Entradas o projec-to da Direcção que, há meia dúzia de anos, tem vindo a “lutar” pela construção de um lar de terceira idade na localidade. Um projec-to até certa altura contou com o apoio da Câmara de Castro Verde, que entretanto também optou por investir na construção de um novo lar na freguesia de Santa Bárbara de Padrões, que deverá ser inaugurado até final do ano.

Ainda assim, a ambição da insti-

tuição entradense não esmoreceu, mas as sucessivas candidaturas do projecto do lar em Entradas a fun-dos comunitários foram sempre chumbadas por falta de sustenta-bilidade financeira. Recentemente, num processo em que a Câmara de Castro Verde também “se empe-nhou fortemente”, foi apresentada uma nova candidatura no âmbito do InAlentejo. Mas a possibilidade de um novo “chumbo” leva a direc-ção do LFM a temer pelo futuro da instituição.

Nesse sentido, os dirigentes da IPSS de Entradas reclamam o compromisso da Câmara de Castro Verde no sentido de ser assegurada a comparticipação nacional para a construção de um lar de terceira idade na vila. E, por outro lado, entendem que a gestão do novo lar de Santa Bár-bara de Padrões, que irá servir 34 dos actuais 69 utentes do LFM, lhe seja entregue. Caso contrário, a instituição entradense correrá sérios riscos de sustentabilidade financeira, com as consequências que daí poderão resultar.

“A criação da resposta social de internamento é muito importante, tanto para a instituição como para as pessoas. Considero até que a sua criação já é um ‘imperativo moral’”, declara Maria Lucília Costa.

Deputado do PSD eleito por Beja visitou esta semana o Lar Frei Manoel das Entradas (Castro Verde) DR

> MÉRTOLA

plano deMobilidade em debate A Câmara de Mértola pro-move nesta sexta-feira, 23, o seminário subordinado ao tema “Plano de Mobilidade Sustentá-vel do concelho de Mértola e os desafios para os Territórios de Baixa Densidade”. A iniciativa conta com a equipa que coor-denou a elaboração do plano e das entidades com intervenção no território. O seminário terá lugar no cine-teatro Marques Duque, pelas 9h30, e tem como objectivo debater com várias entidades e população as ques-tões relacionadas com o Plano. Refira-se que o plano está dis-ponível em mobilidadesuave.org/plano-de-mobilidade-sus-tentavel-de-mertola/

ODEMIRA

LITORAL

>Odemira

PASSEIO DE BTT “MOSTRA” RIO MIRA E PARQUE NATURAL A Associação de Moradores de Vale Bejinha e Carrasqueira promove domingo, 25, o 1º Passeio de BTT “Desenferruja Canelas” em S. Luís. O objetivo é dar a conhecer a beleza paisagística da região, junto ao rio Mira e em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

92011.09.23

Dois milhões para educação> ODEMIRA. Num concelho com quase 1.400 alunos, a autarquia mantém o investimento em acção social, actividades de enriqueci-mento, transportes e apoio às famílias.

> CÂMARA DE ODEMIRA ANUNCIA INVESTIMENTOS NO NOVO ANO LECTIVO

A Câmara Municipal de Odemira deverá investir cerca de dois milhões de euros no novo ano lectivo, num concelho que tem cerca de 900 alunos em 22 escolas do 1º ci-clo e 380 crianças em 20 estabelecimentos de ensino pré-escolar.

Segundo explicou esta semana a autar-quia em comunicado, o investimento será especialmente canalizado para “ajudar os alunos na sua vida escolar, contribuir para o sucesso nos estudos e apoiar as famílias mais carenciadas”.

“Apesar das restrições económicas e aperto nas contas da administração local, não haverá cortes orçamentais no valor

A festa da N. Sª da Piedade que Odemira celebrou no início de Setembro, curiosa-

mente a meio tempo entre a Páscoa e o Natal, marca o regresso da vila e do concelho à sua vida própria depois dos meses efusivos do Ve-rão e dos seus veraneios.

A devoção a N. Sª da Piedade tem nesta terra uma expressão vincada mas a “pieda-de” em si mesma é muitas vezes a noção que distinguimos mal de outras, como a com-paixão, ou seja, o sentir em nós o sofrimen-to do próximo, e a misericórdia enquanto apelo à clemência. O seu sentido baseia-se

no reconhecimento do temor como sujeição absoluta a uma transcendência, e no apelo que fazemos a ela. É um sentimento religioso profundo porque o encontramos traduzido de modos muito diferentes em tempos e cul-turas diferentes, e porque obriga à divindade, sem cujo fundamento desapareceria no sim-ples plano jurídico.

Nessas suas diferentes maneiras, da China ao Islão, da tragédia clássica ao calvinismo, a piedade remete sempre para a intuição de um equilíbrio fundamental cujo colapso, a acon-tecer, extinguiria tudo no caos. Um equilíbrio que parece impossível de definir com clareza, mas cujo sentimento não pode ser esquecido pela humanidade. Assim as sociedades o ce-lebram, alinhando o terror que infunde assis-tir ao absoluto sofrimento do próximo, com o pavor abissal perante a ruptura irremissível

de toda a ordem e a aniquilação total de tudo. Quando os ciclos agrários articulavam a

vida das sociedades com a da natureza, nes-ta parte do mundo, Setembro era um mês de balanços. Pagavam-se rendas, saldavam-se dívidas, faziam-se comparações, acertavam-se ajustes. A sociedade e a sua riqueza, à vista de todos e frente ao Inverno próximo, ponde-rava ao mesmo tempo o ano de trabalho, a sorte que coubera a cada um, e os equilíbrios que havia que assegurar para que a desmesu-ra das desigualdades não franqueasse os limi-tes da desumanidade, impiedosamente.

A redistribuição da riqueza é decerto um problema complexo e as suas soluções muito variadas e ínvias por vezes. Mas ela é impera-tiva e move-a o mesmo sentimento profundo e indesmentível que, frente aos seus abismos, acorda a humanidade para si mesma e a que

chamamos “piedade”.As grandes fortunas que preferem hoje ad-

vertir para a volatilidade dos seus capitais, ao contrário das outras que se reúnem para pon-derar as formas de ajuda nesta situação de crise, bem poderiam meditar sobre esta fes-ta a Nossa Senhora da Piedade. Por abstrac-tas que pareçam aquelas voláteis fortunas, e nunca o são, requerem sempre um acto deli-berado por parte dos seus titulares, assumido em liberdade, ou seja, perante as suas cons-ciências. Estas, eximidas aos deveres de hu-manidade, aproximam-se e aproximam-nos perigosamente desses imprecisos limites da desmesura de que todos os sentidos da noção de “piedade” sempre nos guardaram.

É talvez uma mensagem vital para o mun-do hoje, esta que Odemira lembra e celebra na procissão que faz à sua padroeira.

Câmara de Odemira man-tém investimento no sector da educação no novo ano lectivo. Luís GuERREIRO

PEDRO PRIsTAprofessor universitário

> CRÓNICA DO MAR

é “fundamental criar as melhores condi-ções possíveis para a igualdade no acesso à educação” e, nesse sentido, explica a apos-ta que a autarquia fará em 2011/2012 no âmbito da acção social escolar.

“Foram concedidos 530 apoios no for-necimento de refeições”, destaca, acres-centando que esse esforço representa uma despesa superior a 355 mil euros. Ainda neste plano, a Câmara de Odemira atri-buiu “770 cheques a alunos do 1º ciclo, para aquisição de manuais e material es-colar, no comércio local”, num custo que ascende a 19.600 euros.

Além destes valores, a autarquia ode-mirense vai também investir mais 59 mil euros na educação pré-escolar e no âmbito do programa de apoio à família. Desse modo, estarão assegurados os pro-longamentos de horários nos jardins-de-infância, a partir de protocolos que foram assinados com instituições locais.

Num concelho muito extenso, a Câma-ra mantém uma rede de transportes esco-lares que “obriga” a um investimento de um milhão de euros. Este processo assenta num conjunto de circuitos especiais asse-gurados pelas Juntas de Freguesia e pelos serviços municipais.

Finalmente, a autarquia odemirense destaca ainda o investimento na ordem dos 369 mil euros para manter actividades de enriquecimento curricular (aulas de in-glês, música, actividade física, expressão dramática ou outras), a cedência de bolsas de estudo a alunos do ensino universitário (67 mil euros) e na manutenção e peque-nas reparações nas escolas do pré-escolar e 1º ciclo (95 mil euros).

NOSSA SENHORA DA PIEDADE

destinado à educação e à acção social es-colar”, revelou a autarquia.

Neste contexto, a autarquia assegu-ra que o investimento será canalizado para apoios à alimentação, auxílios eco-

nómicos, prolongamento de horários, actividades de enriquecimento escolar, transportes, telecomunicações, manuten-ção do parque escolar e bolsas de estudo.

A Câmara de Odemira esclarece que

10 2011.09.23

TEMPO LIVRECULTURAESPECTÁCULOSCINEMA e TVAGENDA E SERVIÇOSPESSOAS

FIMSEMANADE

>gastronomia

BEJA RECEBE WORKSHOP DE COZINHA VEGETARIANA NO SÁBADO A cidade de Beja recebe sábado, 24, pelas 16h00, um workshop de culinária vege-tariana. A iniciativa vai decorrer na praceta Mestre António de Sousa, pela “mão” do do Núcleo de Beja da Brahma Kumaris, uma ONG internacional sem fins lucrativos.

> BaIxO aLEnTEjO assInaLa jORnaDas EuROPEIas DO PaTRIMónIO

DIA DO PATRIMÓNIO> INICIATIVA. Ao longo do fim-de-semana há actividades para todos os gostos nos concelhos de Almodôvar, Alvito, Beja, Cuba, Mértola, Odemira e Serpa.

É um clássico de Setembro! Com o patri-mónio arqueológico, histórico e natural como “pano de fundo”, sete concelhos do distrito de Beja recebem no fim-de-semana diversas iniciativas incluídas nas Jornadas Europeias do Património, um projecto do Conselho da Europa e da União Europeia que em Portugal é coordenado pelo Igespar. Este ano as jor-nadas são dedicadas ao tema “Património e Paisagem Urbana”, pretendendo “sensibilizar os cidadãos para a necessidade de proteger e valorizar as características da paisagem nas cidades, vilas e aglomerados urbanos”.

Almodôvar é um dos concelhos asso-ciados à iniciativa, tendo as jornadas locais arrancado na quinta-feira, 22, com a inau-guração de uma exposição de fotografias de Júlio Roriz. Para esta sexta-feira, 23, está pre-vista a apresentação do Guia do Concelho de Almodôvar – Território da Antiga Escrita do

do Turismo (que se assinala na terça-feira, 27), estando previsto, entre outras activida-des, uma visita guiada aos principais locais de interesse turístico do concelho (sábado) e um peddy paper com os alunos do primeiro ciclo do ensino básico do Agrupamento de Escolas local (terça-feira, 27).

Mértola também vai assinalar a data com a inauguração, esta sexta-feira, do núcleo museológico do Mosteiro (pequeno lugar no concelho) e a reabertura ao público da basí-lica paleocristã de Mértola, que sofreu obras de requalificação no âmbito de um progra-ma de valorização patrimonial da vila.

Já em Odemira realiza-se no sábado, pe-las 11h00, uma palestra na biblioteca muni-cipal, seguida de uma visita guiada ao centro histórico, com a participação do historiador António Martins Quaresma. Durante estas duas iniciativas serão abordadas as princi-pais alterações urbanísticas e arquitectóni-cas que ocorreram em Odemira desde o final do século XIX e princípios do século XX.

Finalmente, em Serpa o destaque vai para o colóquio “Serpa: paisagem urbana. Do aglomerado antigo à cidade actual”, agenda-do para as 16h00 de sábado no auditório da biblioteca municipal.

Sudoeste (às 21h00 na biblioteca), enquan-to que para sábado, 24, está agendado um passeio pedestre até ao sítio arqueológico das Mesas do Castelinho (9h00), uma sessão para a divugação dos resultados da última campanha arqueológica realizada na necró-pole da Abóboda (18h30 no Salão Nobre da autarquia), a divulgação de uma nova estela epigrafada e um concerto de música celta com os Assembly Point (21h00 no Museu da Escrita do Sudoeste). Finalmente, no do-mingo, 25, realiza-se uma visita pelas “igrejas brancas” das freguesias do Rosário, Graça de Padrões e Santa Cruz (14h00).

Em Alvito as Jornadas Europeias do Pa-trimónio são assinaladas com o colóquio “Alvito, Património da Felicidade”, que vai decorrer na sexta-feira e sábado no Centro Cultural local, enquanto que em Beja a au-tarquia preparou o programa “15 Minutos com o Património”, que prevê, ao longo do dia de sábado, a partir das 10h00, uma sé-rie de visitas guiadas e conversas em locais como o núcleo museológico da rua do Sem-brano, o Museu Regional, o castelo ou a Pou-sada de São Francisco.

Na vila de Cuba as Jornadas Europeias do Património são associadas ao Dia Mundial

> BEja

“Aldeia Nova”sobe ao palco do Pax Julia “Aldeia Nova” – a obra de Manuel da Fonseca muda-se para o palco do Teatro Pax Julia a partir de uma ideia do músico Paulo Ribeiro. O espectáculo decorre este sábado, 24, e integra-se na celebração do nascimento do escritor alentejano.

Segundo Paulo Ribeiro, todo o espec-táculo assenta nas palavras do autor de Seara de Vento e Cerromaior. E as can-ções que vai interpretar “reflectem natu-ralmente” a mensagem do escritor.

“Trata-se de uma literatura de denún-cia social, com a ideia de que a arte deve exprimir a realidade viva na expectativa de se operarem transformações. São es-tes, aliás, os princípios base do neo-re-alismo com os quais de certo modo me identifico”, explica.

Paulo Ribeiro adiantou ao “CA” que tem uma prioridade com este espectácu-lo: “É que as pessoas possam aceder ao universo poético de Manuel da Fonseca, com tudo o que isso também pode ter de transformador em cada pessoa que con-tacte com a sua obra”.

O espectáculo começa às 21h30 e de-pois de Beja deverá apresentar-se noutros locais do distrito. Assim se explica tam-bém a inclusão de bandas filarmónicas e de grupos corais de diferentes locais: em Cuba actuarão “Os Ceifeiros”, em Castro Verde serão “Os Ganhões”. E as bailarinas da Companhia Dansul, de Mértola, esta-rão sempre presentes!

“O facto de o espectáculo envolver di-versas expressões, permite obter uma in-terpretação e uma visão mais abrangente e enriquecedora, assim espero, da obra do escritor”, conclui Paulo Ribeiro, que concebeu e dirige o espectáculo. Refira-se, ainda, que esta ideia tem encenação

do cubano Julio César Ramires e coreogra-fia de Paula Varanda,

da companhia Dansul.

Beja também recebe jornadas que pretendem promover a protecção e valorização das características da paisagem nas cidades e vilas. JoSé ToMé MáxiMo

> programação TV

RTP1 2: SIC TVI CABO/SATÉLITE

SporT TV09:30 Rugby – Camp. do Mundo Austrália X EUA20:15 Futebol – Liga ZON Sagres FC Porto X Benfica

TVCINE 123:00 Pulp Fiction

TVCINE 218:05 Lobo

TVCINE 323:40 A Viagem de Felícia

TVCINE 418:55 História de Duas Irmãs

SporT TV07:00 Rugby – Camp. do Mundo Inglaterra X Roménia09:30 Rugby – Camp. do Mundo N. Zelândia X França12:45 Futebol – Premier LEague Man. City X Everton15:00 Futebol – Premier League Chelsea X Swansea18:30 Futebol – Liga ZON Sagres Sp. Braga X Nacional03:30 Rugby – Camp. do Mundo Fiji X Samoa

TVCINE 121:00 Como Treinares o Teu Dragão

TVCINE 214:40 Um Dia a Casa Vem Abaixo

SporT TV06:00 Rugby – Camp. do Mundo Irlanda X Rússia08:30 Rugby – Camp. do Mundo Argentina X Escócia11:15 Futebol – Liga Orangina FC Arouca X Atlético14:00 Futebol – Liga Italiana Lazio X Palermo16:00 Futebol – Premier League QP Rangers X Aston Villa19:15 Futebol – Liga Zon Sagres Marítimo X V. Guimarães

TVCINE 115:30 O Eterno Solteirão

TVCINE 416:25 Querido Deus

> sexta

> domingo

> sábado

Manhã 06:30 Bom Dia Portugal. 10:00 Praça da Alegria.

Tarde 13:00 Jornal da Tarde. 14:15 Ribeirão do Tempo. 15:00 Revelação. 16:00 Portugal no Coração. 18:00 Portugal em Direto. 19:05 O Preço Certo.

noiTe 20:00 Telejornal. 21:00 Portugueses Pelo Mundo. 21:45 O Elo Mais Fraco. 22:45 Es-tado de Graça. 23:45 Nico à Noite. 00:45 Cinema: “O Terceiro Passo”. 03:15 Clínica Privada. 04:00 Poder Paralelo. 05:00 Televendas. 06:05 Euronews.

Por ocasião da sua tradicional fei-ra anual, a festa dos toiros voltou a Ferreira do Alentejo, no dia 17, numa organização conjunta dos

Forcados de Beja e dos bombeiros locais.Para toiros Ascenção Vaz, o cartel foi com-

posto pelos cavaleiros Vítor Ribeiro, Filipe Gon-çalves, António Brito Paes e o praticante Soller Garcia. As pegas estiveram a cargo dos grupos de Cascais, Arronches e Beja, que disputaram um troféu para a melhor prestação individual.

Iniciou a função Vítor Ribeiro, que viu o seu cavalo de saída lesionar-se logo no aquecimento. Mudou de montada e desenvolveu nos dois que lhe couberam em sorte, a tenderem para o man-so e escassos de forças, lides correctas e dentro dos moldes clássicos que o caracterizam. Com um senão: a ferragem ficou toda algo traseira! Fi-nalmente, um pequeno reparo: não gostámos de um determinado gesto seu depois da cravagem do último ferro da sua segunda lide.

Filipe Gonçalves, no primeiro que lhe rom-peu pela porta dos sustos, começou com dois ferros compridos sem história, teve um primeiro curto em que abriu demasiado o “quarteio”, me-lhorando nos que se lhe seguiram e terminando com um bom par de bandarilhas. Esteve bem na brega. No segundo, sexto da ordem, o cavaleiro algarvio aproveitou a boa colaboração do As-cenção Vaz e pôs um pouco de sal numa certa sensaboria que se vinha registando. Depois dos compridos da ordem e de nota muito razoável nos curtos, entrou de frente com batidas ao piton contrário, rematando com algumas piruetas que são sempre do agrado do público.

António Brito Paes, a contas com mais um primeiro pouco colaborante, não foi feliz na sua passagem pela arena de Ferreira do Alentejo. So-freu um encontrão logo de início, procurou resol-ver a papeleta com uns violinos e uns ferros de palmo, mas pouco havia a fazer. No seu segundo, mais empenhado na luta, as coisas também não correram muito de feição, pois teve demasiadas passagens em falso e algumas colocações menos correctas. Terminou com um palmito a tentar puxar pelo público.

O praticante Soller Garcia, a quem coube um exemplar bastante inferiorizado, depois de dois compridos a despertar procurou fazer as coisas certinhas, com entradas de frente, mas com pou-co brilho por falta de touro.

Os forcados não tiveram tarde complicada. Pegaram, por Cascais, Rui Trindade de primeira e Ventura Doroteia à segunda. Por Arronches, Fá-bio Mileu e Manuel Cavaco, ambos de primeira. Por Beja, Hugo Santana à segunda e João Fialho à primeira. Extra-concurso, e numa gentileza do grupo de Cascais, saiu para a cara o jovem Bento Quadros e Costa dos Amadores de Beja, que au-xiliado por elementos dos três grupos se fechou de primeira em pega muito aplaudida.

O prémio para o melhor desempenho foi atribuído pelo júri a Fábio Mileu, do grupo de Arronches.

TARDE ENTRETIDAEM FERREIRA

> CorrEIo TaUrINo

por VÍTor BESUgopraçascavaleirosforcaDosaGeNDa

12 FImSEMANATEmpo LIVrE

DE

Manhã 07:00 Zig Zag.

Tarde 14:00 Sociedade Civil. 15:30 Câmara Clara. 15:40 Endereço Desconhecido. 16:00 National Geographic. 16:59 Zig Zag. 18:00 A Fé dos Homens. 18:30 Predadoras. 18:50 Café Central. 19:00 Linha da Frente. 19:30 A Entrevista de Maria Flor Pedroso.

noiTe 20:00 Zig Zag. 21:00 National Geographic. 21:50 Café Central. 22:00 Hoje. 22:30 Câma-ra Clara. 22:45 Mad Men. 23:45 Grandes Batalhas da Antiguidade. 00:30 5 Para a Meia-Noite. 01:45 Palcos.

Manhã 06:00 Jornal de Síntese. 07:00 Edição da Manhã. 09:00 As Cartas da Maya – O Dilema. 10:15 Querida Júlia.

Tarde 13:00 Primeiro Jor-nal. 14:25 Alma Gémea. 15:25 Boa Tarde. 18:25 Morde & Assopra.

noiTe 20:00 Jornal da Noite. 21:45 Rosa Fogo. 22:40 Laços de Sangue. 23:45 Araguaia. 00:45 Investigação Criminal. 01:25 CSI Las Vegas. 02:25 Investigação Criminal. 03:30 Televendas.

Manhã 06:15 Batanetes. 06:30 Diário da Manhã. 10:15 Você na TV!

Tarde 13:00 Jornal da Uma. 14:15 Ilha dos Amores. 15:30 A Tarde é Sua. 17:30 Agora é que Conta! 18:30 Casa dos Segredos. 18:45 Morangos com Açúcar.

noiTe 20:00 Jornal das 8. 21:15 Euromilhões. 21:30 Casa dos Segredos. 21:45 Remédio Santo. 22:30 Anjo Meu. 00:00 Casa dos Segredos. 01:00 Cinema: “Sala de Pânico”. 03:00 Heroes 04:00 Todo o Tempo do Mundo. 04:45 TV Shop.

Manhã 07:00 Euronews. 07:30 África 7 Dias. 08:01 Zig Zag. 12:40 Cinema: “O Rapaz Formiga”.

Tarde 14:00 Parlamento. 15:00 Desporto 2. 19:00 Arte & Emoção. 19:30 A Alma e a Gente.

noiTe 20:00 Family Guy. 20:30 A Noite do Óscar. 21:00 Edie e Thea. 22:00 Hoje. 22:40 Cinema: “4 Copas”. 00:30 Cinema: “Ruínas”. 01:50 Desporto 2. 05:50 Euronews.

Manhã 06:00 Etnias 11. 06:40 LOL@SIC. 08:25 Disney Kids. 10:00 Rebelde Way. 11:10 O Encantador de Cães. 12:15 O Nosso Mundo.

Tarde 13:00 Primeiro Jor-nal. 14:05 Alta Definição. 15:00 Episodio Especial. 15:45 De Corpo e Alma. 17:35 Filme a Designar.

noiTe 20:00 Jornal da Noite. 21:55 Minutos Mágicos. 22:30 Totoloto. 22:45 Laços de Sangue. 23:50 Filme a Designar. 02:40 Toma Lá Dá Cá. 03:30 Televendas.

Manhã 06:15 Batanetes. 06:30 Animações. 08:45 O Bando dos Quatro. 09:30 Hannah Monta-na. 10:15 Inspector Max

Tarde 13:00 Jornal da Uma. 14:00 Matiné.

noiTe 20:00 Jornal das 8. 21:30 Remédio Santo. 22:30 Anjo Meu. 00:00 Casa dos Segredos. 01:00 Cinema: “American Pie – A Corrida de Nudistas”. 02:45 A Cor da Magia. 04:30 Batanetes. 04:45 TV Shop.

Manhã 06:30 Espaço Infan-til. 07:03 Brinca Comigo. 08:00 Bom Dia Portugal. 11:00 Portugal Sem Fronteiras.

Tarde 13:00 Jornal da Tarde. 14:15 Top + 15:30 Parte de Nós. 19:15 Os Compadres.

noiTe 20:00 Telejornal. 21:00 Voz do Cidadão. 21:10 Masterchef. 22:30 Herman 2011 23:30 Torchwood: O Dia Do Mila-gre. 00:30 Cinema: “The Spirit”. 02:15 Janela Indiscreta. 02:45 Top + 04:00 Televendas 06:05 Euronews.

Manhã 07:00 Euronews. 07:30 Áfric@Global. 08:00 Músicas de África. 09:00 Cami-nhos. 09:30 70X7. 10:00 Nós. 11:00 Iniciativa. 11:30 Consigo. 12:00 Biosfera. 12:30 National Geographic.

Tarde 13:30 Nós, Repu-blicanos. 13:45 Janela Indiscreta. 14:30 Voz do Cidadão. 14:45 Nativos Digitais. 15:00 Desporto 2. 19:00 Ingrediente Secreto. 19:30 Grandes Livros I.

noiTe 20:10 Os Simpsons. 20:30 Hóquei em Patins: Cam-peonato do Mundo 2011: Angola X Portugal. 22:00 Hoje.

Manhã 05:25 Chiquititas. 06:40 LOL@SIC. 08:15 Disney Kids. 09:50 Rebelde Way. 11:15 Lua Vermelha. 12:15 BBC Vida Selvagem.

Tarde 13:00 Primeiro Jor-nal. 14:10 Fama Show. 14:50 Filme a Designar. 16:40 Filme a Designar. 18:15 Filme a Designar.

noiTe 20:00 Jornal da Noi-te. 21:45 Tás Aqui Tás Apanhado! 22:20 Chamar a Música. 02:35 Filme a Designar. 23:30 Filme a Designar. 03:20 Televendas.

Manhã 06:00 Todos Iguais. 06:30 Spectacular Spiderman. 07:00 Animações. 08:45 O Bando dos Quatro. 09:30 Inspector Max. 11:15 Missa + Oitavo Dia.

Tarde 13:00 Jornal da Uma. 14:00 Matiné.

noiTe 20:00 Jornal das 8. 22:29 Casa dos Segredos. 01:00 Mais Futebol. 02:15 Cinema: “Terra de Idiotas”. 03:45 Todo o Tempo do Mundo. 04:30 TV Shop.

Manhã 06:30 Espaço Infantil. 07:05 Brinca Comigo. 08:00 Bom Dia Portugal. 09:00 Eucaristia Dominical. 10:00 Atle-tismo: 12.ª RTP Meia Maratona de Portugal Vodafone. 12:00 Sabores de Portugal.

Tarde 13:00 Jornal da Tarde. 14:15 Sabores de Portugal. 19:00 Pai à Força.

noiTe 20:00 Telejornal. 21:00 Portugueses Extraordinários. 21:30 Velhos Amigos. 22:15 Hora da Sorte. 22:30 Gala “Amigos Para Sempre”. 01:00 Cinema: “A Melhor Juventude”. 03:45 Televendas. 06:00 Nós.

DOMINGO | RTP1 | 21h00 | PORTUGUESES EXTRAORDINÁRIOS Programa semanal de reportagem com histórias contadas na primeira pessoa. Todas elas têm um traço em comum: mostram-nos portugueses, a maioria cidadãos comuns, que fazem o bem sem olhar a quem.

> destaque TV

> FarmáCIaS > TELEFoNES

> ráDIo Fm

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104.0RÁDIO sINGAFERR. ALENTEjO

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Polícia Segurança Pública 112(PSP)> Largo D. Nuno Álvares Pereira. 284 322 022GNR - BT 284 324 428

Emergência Social 114

Protecção da Floresta 117

Bombeiros 284 311 660

Protecção Civil> Rua D. Nuno Álvares Pereira 284 320 340

Centro de Saúde de Beja> Rua António Sardinha 284 329 706

Centro Regional Segurança Social> Serviço Sub-regional de Beja | Rua Prof. Bento Jesus Caraça. 25 Beja 284 312 700

Táxis 284 322 474

Instituto Politécnico de Beja> Rua de Santo António, n.º 1 - A tel: 284 314 400

Posto de Turismo> Rua Cap. João Francisco de Sousa, n.º 25 284 320 281

sexta | 23Aljustrel> Pereira. 284 602 181

Almodôvar> Ramos. 286 665 254

Beja> Palma. 284 322 498

Ferreira> Salgado. 284 732 242

Mértola> Pancada. 286 612 176

Moura> Faria. 285 252 412

Odemira> Confiança. 283 300 010

Serpa> O. Carrasco. 284 543 485

Vidigueira> Pulido Suc. 284 434 274

sábado | 24Aljustrel> Pereira. 284 602 181


Beja> Central. 284 322 899



Moura> F da Costa. 285 252 156


Serpa> Central. 284 549 107


domingo | 25Aljustrel> Pereira. 284 602 181


Beja> Santos. 284 389 331



Moura> ---------------------------------------



Vidigueira> Costa. 284 434 129

segunda | 26Aljustrel> Dias. 284 600 020

Almodôvar> Áurea. 286 622 251

Beja> Delgado. 284 323 953

Ferreira> Singa. 284 732 235

Mértola> Nova. 286 612 820

Moura> Rodrigues. 285 252 266

Odemira> Central. 283 322 183



terça | 27Aljustrel> Dias. 284 600 020


Beja> JA Pacheco. 284 322 501



Moura> Faria. 285 252 412




quarta | 28Aljustrel> Dias. 284 600 020


Beja> Fonseca. 284 389 331



Moura> F da Costa. 285 252 156




quinta | 29Aljustrel> Dias. 284 600 020


Beja> Oliveira Suc. 284 323 819



Moura> ---------------------------------------




2011.09.23

odemirafestival sete sóis sete luas vai animar fim-de-semana

música, teatro, exposições... e uma viagem à tradição e cultura do mediterrâneo! Vai ser assim o fim-de-semana em odemira, vila que acolhe mais uma etapa do Festival “Sete Sóis Sete Luas”. Promovido com o apoio da autarquia local, o certame arranca esta sexta-feira, 23, com a inauguração das exposições “Levantado do Chão” (da Fundação José Saramago na bi-blioteca municipal), de Simon Benetton (também na biblioteca municipal e na praça José maria Lopes Falcão) e da Sopa de artistas (igualmente na praça José maria Lopes Falcão), seguindo-se, às 19h00, a actuação do grupo “atar e Pôr ao Fumeiro” (na praça José maria Lopes Falcão). Sábado, 24, o dia arranca com as Jornadas europeias do Património (a partir das 10h00 na biblioteca municipal), enquanto que ao fim da tarde há teatro com as peças “mais ou menos

isso” (pelo grupo 3 em Pipa às 18h30 na zona ribeirinha) e “o auto do Velho da Horta” (pelo grupo Teatro ao Largo na praça Sousa Prado a partir das 19h30). a etapa odemirense do Fetsival “Sete Sóis Sete Luas” termina às 21h30 de sábado, com a apresentação da

peça “The Wolves” pelo grupo de teatro basco deabru Beltzak [na foto].

> sugestões “ca”

CINEMAaljustrelBiBLioTeCa muniCiPaL a Árvore da vidaSexta | dia 23 | 21h30

eSPaço oFiCinaS fora da leiTerça | dia 27 | 21h30

BejaCinema méLiuS Cowboys & aliensSexta a quarta | dias 23 a 28 | 21h30

TeaTro Pax JuLia O Panda do Kung fu 2domingo | dia 25 | 15h00

trust – Perigo On-lineTerça | dia 27 | 21h30

ferreira dO alentejOCenTro CuLTuraL manueL da FonSeCa Os Pinguins do sr. PopperSexta a domingo | dias 23 a 25 | 21h30

OdemiraCine CamaCHo CoSTa Harry Potter e os talis-mãs da morte – Parte 2Sexta | dia 23 | 21h30

serPaCine-TeaTro muniCiPaL a melhor despedida de solteira

domingo | dia 25 | 21h45

américaTerça | dia 27 | 21h45

Cine maria LamaS[ViLa noVa S. BenTo] larry CrowneSexta | dia 23 | 21h45

MÚSICAaljustreleSPaço oFiCinaS Couple Coffee duo new Brazilian jazzSexta | dia 23 | 22h00

PaViLHão do Parque

de exPoSiçõeS e FeiraS White nightSexta | dia 23 | 22h00

almOdôvarmuSeu da eSCriTa do SudoeSTe assembly PointSexta | dia 24 | 21h00

BejaTeaTro Pax JuLia “aldeia nova”Sábado | dia 24 | 21h30

OdemiraLargo JoSé maria LoPeS FaLCão atar e Pôr ao fumeiroSexta | dia 23 | 19h00

OuriquePaViLHão muLTiuSoS espectáculo de soli-dariedadeSábado | dia 24 | 21h30

serPaaudiTório do muSiBéria Pedro mestredomingo | dia 25 | 21h30

TEATROBejaTeaTro Pax JuLia “Grávida abandona-da Procura namorado, por lendias d’encantar

quarta e quinta | dias 28 e 29 | 22h00

mértOlaCine marqueS duque “é só rir!” – revista à PortuguesaSábado | dia 24 | 21h30

OdemiraZona riBeirinHa “mais ou menos isso”, por grupo de teatro 3 em PipaSábado | dia 24 | 18h30

Praça SouSa Prado “O auto do velho da Horta”, por grupo teatro ao largoSábado | dia 24 | 19h30

roTunda do Lagar “the Wolves”, por gru-po deabru Beltzak (País Basco – espanha) Sábado | dia 24 | 21h30

sinesLargo PoeTa BoCage “Ágora”, por grupo teatro do marSábado | dia 24 | 22h00

DANÇABejaSoCiedade FiLarmóniCa CaPriCHo BeJenSe danças de salãoSexta | dia 23 | 21h30

> guia’arte por terras do baixo alentejo

1 enTradaSPasseiO de Btt Para ajudar lar

a empresa emotion, o 100 Trilhos – Clube de BTT de Castro Verde e o Lar Frei manoel das entradas pro-movem este sábado, 24, um passeio de BTT entre a vila de entradas e o alto de nossa Senhora de aracelis, na “fronteira” entre os concelhos de Castro Verde e mértola. a iniciativa, que terá um percurso de 35 quilóme-tros, arranca às 9h00 do Campo das escolas, em entradas, e as inscrições custam apenas 15 euros. após o pas-seio, terá lugar um almoço-convívio em que serão sorteados diversos prémios, nomeadamente um voo em balão de ar quente para uma pessoa ou uma noite para duas pessoas no Clube de Campo Vila galé (alber-noa). o valor das inscrições reverte a favor da instituição de solidarieda-de social de entradas.

2 mérToLaPedalar PelO amBiente na mina de sãO dOminGOs

a Câmara de mértola promove este sábado, 24, a iniciativa “Pedalar pelo ambiente”. o passeio tem partida agendada para as 8h30, junto à praia fluvial da Tapada grande, seguindo-se um workshop dedicado à temática ambiental e um almoço-convívio com os participantes.

>cinema > sexta em Aljustrel

a ÁrvOre da vidade: Terrence malickCom: Sean Penn, Brad Pitt, Jessica Chastain, Hunter mcCracken, Laramie eppler, Tye Sheridan e Fiona Shaw Classificação: m/12local: auditório da Biblioteca municipalHorário: 21h30

Filmado pelo quase “eremita” Terrence malick, “a Árvore da Vida” acompanha a existência de Jack desde o seu nascimento, ainda nos anos 50, até à idade adulta, numa viagem que nos leva da perda da inocência ao cinismo de um homem maduro que é parte da civilização pós-moderna...

132011.09.23 FiMSEMANAde

teMpo liVre

3

4

14

>cinema> domingo em Beja

COWBOys & aliensde: Jon Favreau Com: Harrison Ford, daniel Craig, olivia Wilde, abigail Spencer, Sam rockwell e Paul dano Classificação: m/12

local: Cinema méliusHorário: 21h30

em 1873, no velho oeste ameri-cano, um estranho sem memória e com uma bizarra pulseira chega à cidade de absolution,

onde não é bem recebido. mas a população está prestes a sentir o terror, quando é atacada por saque-adores vindos do “céu”...

>teatro > sábado em Mértola

é só rir!Organização: Câmara municipal de mértola/ rede CaL – Cultura alentejoCom: octávio matos, natalina José, isabel damatta, Paulo oliveira e Susana Lacerdalocal: Cine-teatro marques duqueHorário: 21h30

a revista à portuguesa está de regresso a mértola! Tudo porque este sábado à noite o palco do cine-teatro marques duque acolhe octávio de matos, natalina José e companhia em “é Só rir!”, onde variadas rábulas são intercalados com temas musicais!

2

3 odemiraCOnCursO de atrelaGem em s. luís e PasseiO equestre nO COnCelHO

os amantes dos cavalos no concelho de odemira vão ter um fim-de-semana em cheio! desde logo porque no sábado e domingo, dias 24 e 25, o monte da Barbanxa, na freguesia de São Luís, recebe a terceira edição de um concurso completo de atrelagem. Trata-se de uma inicia-tiva promovida pela Tempo Sem Pressa – associação de Caminhadas e atrelagem de odemira que deverá contar com cerca de 20 participantes nas provas de ensino (sá-bado, a partir das 14h00), maratona (domingo às 9h00) e maneabilidade (também domingo, mas às 15h00). depois, às 17h00, terá lugar a cerimónia de entrega de prémios, com os concorrentes a desfilarem perante a comissão de honra do concurso.Paralelamente, a Companhia equestre do mira “os Perdi-dos”, sedeada em odemira, promove no domingo, 25, a quinta edição de um passeio equestre pelo concelho. Com partida às 9h30 junto à rotunda do lagar, em odemira, o passeio deverá con-tar com uma centena de participantes e terá um percurso de 12 quilómetros, quase sempre junto às margens do rio mira. e após o passeio e o almoço-convívio com os participantes, a organiza-ção promove, pelas 18h00, uma garraiada!

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CAMEIRINHA – o sEu CoNCEssIoNáRIo KIA EM BEjA

“Correio Alentejo” nº 276 : Única publicação :: 23.SET.2011

MARIA VITÓRIA AMARO

Notária de OuriqueCERTIFICADoCertifico, narrativamente, para efeitos de publicação que, no dia dezasseis de Setembro do ano dois mil e onze, no Cartório Notarial de Ourique, a folhas vinte e oito e seguintes, do Livro de Notas Para Escrituras Diversas número Quarenta e seis-D, se encontra exarada uma escritura de Justificação, na qual Maria Teresa da Silva Fernandes, viúva, natural da freguesia de Arcozelo, concelho de Ponte de Lima, residente em n.º1 – Intasse dês Arnavawx, 13800 Istres – França, N.I.F 193 456 184, se declara dona e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do seguinte prédio:Urbano, sito na Rua de Aljustrel, nº37, em Rio de Moinhos, freguesia de Rio de Moinhos, concelho de Aljustrel, inscrito na respectiva sob o artigo 126 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Aljustrel sob o número quatrocentos e setenta e sete – Rio de Moinhos, com o valor patrimonial de €2.138,72, igual ao atribuído, inscrita metade a favor de Maria Teresa da Silva Fernandes, viúva, natural da freguesia de Arcozelo, concelho de Ponte de LIma e residente em n.º1 – Intasse dês Arnavawx, 13800 Istres – Fran-ça e de seus filhos Josélito Fernandes Silva e Sónia Cristina Fernandes Silva, ambos solteiros, maiores, com ela residentes.Que a referida Maria Teresa da Silva Fernandes e seu marido, José dos Santos Silva, entraram na posse do prédio, por escritura de compra, em trinta e um de Agosto de mil novecentos e setenta e sete, lavrada a folhas setenta e uma, do Livro de Notas Para Escrituras Diversas número A-trezentos e vinte e cinco, do Cartório Notarial de Aljustrel, cuja inscrição faz apenas referência a metade, registada sob o número oito mil quatrocentos e setenta e nove a folhas cinco verso do Livro G–Vinte, por compra a Ana Luisa Agostinho, que também usava Ana Agostinho e marido António Pereira; António Banza Agostinho e mulher Piedade Maria Vedes e ainda a Mariana Augusta Banza e marido João José de Brito.Que estes sujeitos passivos haviam adquirido a referida metade deste prédio na partilha em Inventário Obrigatório, que correu termos no Tribunal Judicial de Beja, por óbito de seu pai Joaquim Banza Agostinho, casado que foi com Adélia dos Santos que também usava e era conhecida por Adelaide dos Santos, conforme consta da certidão passada pelo Tribunal de Beja em catorze de Outubro de mil novecentos e setenta e seis e da inscrição predial número oito mil cento e cinquenta e um a folhas trinta e oito, do Livro G-Dezanove.Por sua vez, o Joaquim Banza Agostinho e a sua mulher Adelaide dos Santos, terão adquirido esta mesma metade, por doação feita pelos seus pais e sogros, José Francisco Ricardo e mulher Augusta Caina, conforme consta da inscrição mil quinhentos e cinquenta e seis a folhas cento e vinte e três verso do Livro G–Quatro, encontrando-se a outra metade registada na mesma inscrição do Livro G-Quatro, a favor de Manuel Francisco Augusto e mulher Cecília Maria.O prédio foi transcrito da Conservatória do Registo Predial de Beja para a Conservatória do Registo Predial de Aljustrel em dezoito de Novembro de mil novecentos e vinte e cinco, sem que constasse dessa transcri-ção o artigo matricial.Aquando da aquisição a que se refere a inscrição oito mil cento e cinquenta e um, foi feito, a pedido das partes, um averbamento à descrição predial referindo que o prédio estava inscrito na matriz sob o artigo 1378 da freguesia de Aljustrel.Quando foi feita a venda a que se refere a inscrição oito mil quatrocentos e setenta e nove a mesma foi feita de metade do citado artigo 1378.Acontece que quando o prédio é levado ao Inventário o mesmo é dividido em dois novos prédios pela Repartição de Finanças de Aljustrel e atribuído a cada uma das metades um artigo, ou seja, cada um ficou um prédio distinto, um com o artigo 1378 e outro com o artigo 1379 da freguesia de Aljustrel.Quando da criação da freguesia de Rio de Moinhos, desanexada da freguesia de Aljustrel, estes artigos 1378 e 1379 deram origem aos artigos 126 e 127 da freguesia de Rio de Moinhjos.Assim sendo, o artigo 126 da freguesia de Rio de Moinhos, que proveio do artigo 1378, corresponde à totalidade da descrição predial número quatrocentos e setenta e sete e não a metade conforme se julgou, porquanto o artigo 1379 deu origem ao artigo 127 e este, por sua vez, ao actual artigo 499 da já mencio-nada freguesia de Rio de Moinhos e está descrito autonomamente sob o número cinco mil setecentos e cinquenta e cinco, a folhas quarenta e seis, do Livro B-Dezanove, em nome de Francisco Manuel Ricardo, casado segundo o regime da comunhão geral de bens com Maria da Conceição Augusto, residente na Rua de Aljustrel, n.º39, em Rio de Moinhos, Aljustrel, filho de Manuel Francisco Augusto que também usava e era conhecido por Manuel Francisco Ricardo ou Manuel Francisco Agostinho e mulher Cecília Maria, casados que foram segundo o regime da comunhão geral de bens, por sucessão e compra do quinhão he-reditário, a seu irmão José António Ricardo e sua irmã Josélia Maria, todos residentes em Rio de Moinhos.É, assim, uma posse, pacífica, contínua e de boa fé, durando há mais de vinte anos, facultando a aquisição do direito de propriedade do identificado prédio por usucapião, direito que pela sua própria natureza não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial.Nestes termos, e não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito ao registo, vem justificá-lo nos termos legais.

Está conforme o originalCartório Notarial de Ourique, aos 16 de Setembro de 2011

A Notária(assinatura ilegível)Maria Vitória Amaro

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Correio Alentejo n.º 276 de 23/09/2011 Única Publicação

Em cumprimento da Lei n.º 26/94, de 19 de Agosto se pu-blica a listagem das transferências efectuadas por esta Câ-mara Municipal, durante o 1º semestre de 2011 a favor de pessoas singulares ou colectivas exteriores ao sector públi-co administrativo, a título de subsídio, subvenção, ajuda, bo-nificação, incentivo ou donativo, cujos montantes excedem o valor referido no artigo 2º da lei atrás citada:

Entidade Transferências Correntes

Transferências de Capital

Obs.

Sporting Clube de Cuba € 16.925,00 € 2.500,00

Santa Casa da Misericórdia Vila Alva

€ 19.938,25

Cuba, 14 de Setembro de 2011O Presidente da Câmara,

(assinatura ilegível)(Francisco António Orelha)

MUNICÍPIO DE CUBACÂMARA MUNICIPAL DE CUBA

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Funerais – Cremações – Trasladações Exumações – Artigos Religiosos

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolênciasConsulte esta seCção em www.funerariapax-julia.pt

†. Faleceu a Exma. Sra. D. PRECIOSA DOS REIS CARRILHO, de 79 anos, natural de Cernache do

Bonjardim – Sertã, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no

passado dia 17, das Ca-sas Mortuárias de Beja,

para o cemitério dos Olivais em Lisboa, onde

foi cremada.

BEJA / LISBOA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. TERESA LAMURIA

BRINCHEIRO GONÇAL-VES, de 81 anos, natural de Cabeça Gorda – Beja, viúva. O funeral a cargo

desta Agência realizou-se no passado dia 17, da

Igreja Paroquial do Car-mo, para o cemitério da

Cabeça Gorda.

BEJA / CABEÇA GORDA

†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL DOMINGOS PEREIRA, de 78 anos,

natural de Cabeça Gorda – Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado

dia 19, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o

cemitério local.

CABEÇA GORDA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. IRENE UNDINA

ROSA, de 83 anos, natu-ral de Santa Maria da Fei-ra – Beja, viúva. O funeral

a cargo desta Agência realizou-se no passado

dia 20, das Casas Mortuá-rias de Beja, para o cemi-

tério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. LUCINDA MARIA

CASACA, de 88 anos, natural de Beringel – Beja,

viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se

no passado dia 20, da Casa Mortuária de Tri-

gaches, para o cemitério local.

TRIGACHES

†. Faleceu a Exma. Sra. D. VITÓRIA DA SILVA BAIÃO CONDUTO RAPOSO, de 61 anos, natural de Vila

Nova de Milfontes – Odemi-ra, casada com o Exmo. Sr. Joaquim António Conduto Raposo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se

no passado dia 21, da Casa Mortuária de Albernôa, para

o cemitério local.

ALBERNOA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. JÚLIA CRISTIANA

DIAS, de 71 anos, natural de Santa Maria da Feira – Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado

dia 21, das Casas Mortuá-rias de Beja, para o cemi-tério de Nossa Senhora

das Neves.

NOSSA SRA. DAS NEVES

†. Faleceu o Exmo. Sr. Doutor FRANCISCO AN-TÓNIO CAROCINHO, de 86 anos, natural de Nossa Senhora das Neves – Beja,

viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, das

Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Nossa

Senhora das Neves.

NOSSA SRA. DAS NEVES

CARTÓRIO NOTARIAL DE BEJA A CARGO DA NOTÁRIA DR.ª ANA DE MELO BORGES

INFORMAÇÃOA todos os clientes e amigos do Cartório Notarial de Beja a cargo da Notária Dra. Ana de Melo Borges, informamos que mudámos de instalações para a Rua Viriato, nº 8-C, em Lisboa (junto ao Centro Comercial Picoas Plaza e à Maternidade Alfredo da Costa).O telefone de contacto é o 96 7250181.O arquivo deste Cartório e do extinto Segundo Cartório Notarial de Beja encontra-se temporariamente à guarda da Notária Dra. Mariana Raquel Vieira Lima, com Cartório sito na Rua Condes da Boavista, nº 20, em Beja.Toda a equipa do Cartório agradece aos estimados clientes pela confiança que em nós depositaram e pela amizade tantas vezes demonstrada, esperando poder continuar a servi-los, sempre que necessitarem, nas nossas novas instalações em Lisboa.

“Correio Alentejo” nº 276 : Única publicação :: 23.SET.2011

MARIANA RAQUEL

Cartório NotarialEXTRACTO PARA PUBLICAÇÃOCertifico, para efeitos de publicação que, por escritura de hoje, exarada a folhas 23 e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número 89-A, do Cartório Notarial de Beja da Licenciada Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima, sito na Rua Condes da Boavista, nº 20, Francisco Guerreiro Rosa Apoló-nia, NIF 138715637, natural da freguesia de Cabeça gorda, concelho de Beja, e cônjuge, Mariana Pardal Martins Rosa Apolónia, NIF 138715645, natural da freguesia da Trindade, concelho de Beja, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes habitualmente na Rua da Estrela, nº21, na mencionada freguesia da Cabeça Gorda, vieram declarar que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possui-dores do seguinte imóvel:Prédio rústico denominado “Ao Carrascalão”, sito na freguesia de Cabeça Gorda, concelho de Beja, com-posto por cultura arvense de primeira classe, com a área de três hectares e três mil centiares, a confinar pelo Norte com Estrada do Carrascalão, Sul com Teódulo Arsénio Balsinha e Francisco Simão Olho Azul Rosa, Nascente com António Guerreiro Apolónia e Poente com José Mariano Santos Mestre, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja, que é a competente e inscrito na respectiva matriz predial em nome do justificante marido sob o artigo 451 da secção A, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT e de IS de € 14 977,46, a que atribuem igual valor.Que o identificado prédio foi por eles adquirido no ano de mil novecentos e setenta e oito, por compra que dele fizeram a Maria Francisca Guerreiro, viúva, residente que foi na dita freguesia de Cabeça Gorda, já falecida, mas não dispõem de qualquer título formal para o registar na Conservatória do Registo Predial;Que desde então entraram na posse e fruição do mencionado prédio;Que essa posse foi adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, em nome próprio e com aproveitamento de todas as utilidades do prédio agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, que usufruindo como tal o imóvel, quer suportando os respectivos encargos.Que esta posse em nome próprio, pacífica contínua e pública desde o ano de mil novecentos e setenta e oito conduziu à aquisição do imóvel por usucapião, que invocam, justificando o seu direito de propriedade plena para fins de registo, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título extrajudicial.Está conforme o original na parte a que me reporto.Beja, vinte e um de Setembro de dois mil e onze.

A Colaboradora, (assinatura ilegível)(Maria da Graça Pereira Lourenço Luciano)

†. Faleceu a Exma. Sra. D. RITA MARIA GUE-DELHA, de 97 anos,

natural de São João dos Caldeireiros – Mértola,

viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 22, das

Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta

cidade.

BEJA

futebol e modalidades

desPoRto

>btt >cicloturismo

Teresa fernandes vice-campeã A atleta odemirense Teresa Fernandes sagrou-se vice-campeã nacional de maratonas em BTT, na categoria de veteranas femininas.

“clássica” ferreira-sines-são Torpes O Velo Clube “Os Leões” de Ferreira do Alentejo promove domingo, 25, 9ª edição da “clássica” Ferreira-Sines- São Torpes em cicloturismo.

172011.09.23

> CamPeonato distRital da 1ª divisão de 2011-2012 aRRanCa este domingo, 25

> fuTebol. FC Castren-se é o grande favorito (e único candidato assumido) à conquista do título, mas Ferreirense e Milfontes espreitam oportunidade…

Se ainda não tem planos para a tarde de domingo, 25, a partir das 15h00, então aceite esta sugestão: pegue nos óculos de sol e no pe-queno rádio de bolso, arranje com-panhia à altura, desloque-se até Beja, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Odemira, Rosário ou Vila Nova de São Bento e acompa-nhe “ao vivo e a cores” o arranque de mais um campeonato distrital da 1ª divisão.

Depois de em 2010-2011 a prin-cipal prova do calendário da As-sociação de Futebol de Beja se ter revelado um verdadeiro “passeio” para o campeão Despertar, que nunca teve concorrência à altura (o FC Castrense ainda assustou, mas acabou a 13 pontos), o campeonato deste ano promete mais equilíbrio e maior incerteza ao longo de oito meses e 26 longas jornadas. Candi-datos à subida assumidos só há um, mas são muitos mais os emblemas à espreita de um brilharete na caça ao título…

prognósTicos? só no fim.Uma das máximas que virou (qua-se) regra no futebol foi a de João Pinto. “Prognósticos? Só no fim do jogo”, dizia invariavelmente o an-tigo capitão do FC Porto antes das partidas mais complicadas, numa resposta que encaixa na perfeição naquilo que deverá ser o “Distrita-lão” em 2011-2012.

Mas como em tudo na vida, há sempre clubes mais favoritos do que outros e este ano as atenções estão centradas no FC Castrense, único candidato já assumido ao título [ver entrevista do treinador Francisco Fernandes na página 19] e que conta no seu plantel com muita quantidade e, sobretudo, qualidade para dar resposta aos vários mo-mentos de uma época longa.

caça ao títuloA bola vai voltar a rolar no distrito de Beja este domingo. O campeonato 2011-2012 promete muita emoção! Luís guerreiro | cm odemira

de tudo (para o bem e para o mal) de uma equipa que mantém Carlos Simão no comando técnico e que soube reforçar-se com a experiên-cia de jogadores como José Cláudio (campeão na última temporada ao serviço do Despertar), Trincalhetas (antigo capitão do FC Castrense) ou Jorge Monteiro (que em 2010-2011 ajudou o Moura AC a subir à 2ª divi-são nacional).

À espreita do seu “lugar ao sol” no campeonato estão ainda o Vasco da Gama (terceiro classificado em 2010-2011), o Rosairense (vencedor da Taça e da Supertaça na última época), o Almodôvar e o “regressa-do” Odemirense.

Quanto à luta pela manutenção, essa parece estar destinada a FC São Marcos, Panóias e, como é ha-bitual, aos recém-promovidos Gua-diana de Mértola e Sp. Cuba.

> 3ª divisão >série FjoRnada 2Pescadores – Fabril do Barreiro ................. 2-0Quarteirense – U. Montemor .......................1-0Esp. Lagos – Farense .................................. 2-3Despertar – Messinense ............................. 0-2Sesimbra – Redondense .............................. 2-1Mineiro Aljustrelense – Lagoa .......................1-1

J v e d m-s p 1 Farense 2 2 0 0 06-03 6 2 Sesimbra 2 2 0 0 03-01 6 3 Pescadores 2 1 0 1 02-01 3 4 Esp. Lagos 2 1 0 1 03-03 3 5 Quarteirense 2 1 0 1 02-03 3 6 U. Montemor 2 1 0 1 01-01 3 7 Redondense 2 1 0 1 03-03 3 8 Messinense 2 1 0 1 02-01 3 9 Fabril 2 1 0 1 02-02 3 10 Lagoa 2 0 1 1 01-02 1 11 Aljustrelense 2 0 1 1 01-03 1 12 Despertar 2 0 0 2 01-04 0

PRóxima joRnada > 25.09.2011Pescadores-Quarteirense, U. Montemor-Esp. Lagos, Farense-Despertar, Messinense-Sesimbra, Redondense-Aljustrelense e Fabril do Barreiro-Lagoa

> 2ª divisão >Zona sul joRnada 2Caldas – Moura AC .......................................1-1Mafra – Estreva Vendas Novas .....................1-1Juv. Évora – 1º Dezembro .............................0-1Pinhalnovense – Oriental .............................. 2-1Fátima – Tourizense .....................................1-0Louletano – Torreense ..................................1-1At. Reguengos – Sertanense ........................0-1Monsanto – Carregado .................................1-1

J v e d m-s p 1 Sertanense 2 2 0 0 02-00 6 2 Carregado 2 1 1 0 03-01 4 3 Estrela VN 2 1 1 0 02-01 4 4 Torreense 2 1 1 0 02-01 4 5 1º Dezembro 2 1 1 0 01-00 4 6 Tourizense 2 1 0 1 03-02 3 7 Fátima 2 1 0 1 01-01 3 8 Pinhalnovense 2 1 0 1 03-04 3 9 Moura AC 2 0 2 0 02-02 2 10 Monsanto 2 0 2 0 02-02 2 11 Mafra 2 0 2 0 01-01 2 12 Oriental 2 0 1 1 01-02 1 13 Juv. Évora 2 0 1 1 00-01 114 Caldas 2 0 1 1 01-02 1 15 Louletano 2 0 1 1 01-02 116 At. Reguengos 2 0 0 2 00-03 0

PRóxima joRnada > 25.09.2011Caldas-Mafra, Estrela Vendas Novas-Juv. Évora, 1º Dezembro-Pinhalnovense, Oriental-Fátima, Tourizense-Louletano, Torreense-At. Reguengos, Sertanense-Monsanto e Moura AC-Carregado

FUTEBOLmanuel sousa eleiTo

O bejense Manuel Sousa foi eleito delegado representante dos jogado-res amadores na Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol. Carlos Paixão é o suplente.

FUTEBOLpalmelense vencedor

O Palmelense foi o grande vence-dor do torneio triangular de Ferreira do Alentejo, disputado no passado sábado, 17. Seguiram-se Ferreirense e Sp. Viana do Alentejo.

> temPo extRadomingo, 25 – 15h00 FC Castrense – Panóias Rosairense – Guadiana de Mértola Odemirense – Vasco da Gama Ferreirense – Milfontes Desp. Beja – Almodôvar Aldenovense – FC Serpa Sp. Cuba – FC São Marcos

> 1º joRnadaAlentejano pelo simples facto de ter contratado jogadores da categoria de José Luís Brito, Pedro Cardita ou Paulo Romão, que por si só catapul-tam a equipa para um nível compe-titivo mais elevado. Curiosamente, Ferreirense e Milfontes defrontam-se na primeira jornada…

candidaTos… a surpreender!Se a luta pelo título parece estar “en-tregue” a FC Castrense, Ferreirense e Milfontes, há também muitos candidatos… a surpreender. Desde logo os “históricos” Desportivo de Beja, FC Serpa e Aldenovense, to-dos com equipas renovadas e mui-to reforçadas.

O emblema da rua do Sembrano é mesmo uma das grandes incóg-nitas deste “Distritalão”. É que de-pois de duas épocas recheadas de problemas e crises, pode-se esperar

Logo atrás do emblema de Cas-tro Verde, na “bolsa de aposta” surgem dois suspeitos pouco habi-tuais: Ferreirense e Milfontes! Os de Ferreira do Alentejo porque man-tiveram no plantel as principais figuras da última época, a quem juntaram muitos atletas da zona de Setúbal com experiência de cam-peonatos nacionais. E os do Litoral

2011.09.23

> FC Castrense arrebatou 10ª edição do torneio de Futebol da rádio Castrense

O vencedor do costume...

Ainda não é tradição… mas qua-se! Na rentrée do futebol distrital e a uma semana do arranque de mais um “Distritalão”, o FC Castrense conquistou no último domingo, 18, a 10ª edição do Torneio de Futebol da Rádio Castrense, depois de bater na grande final da competição, dis-putada ao longo do fim-de-semana no Estádio Municipal 25 de Abril, em Castro Verde, o Panóias por duas bolas a zero.

“É bom ganhar, mas eu tenho uma forma de ver as coisas talvez

> FUTEBOL. Equipa de Castro Verde bateu na fi-nal o Panóias (2-0). Rosai-rense foi terceiro, à frente do FC São Marcos.

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18 desPortoFutebol e Modalidades

gramado em função de preparar a equipa e de ver jogadores”, subli-nhou ao “CA” o técnico do FC Cas-trense, Francisco Fernandes, após a

um pouco diferente e se há coisas a que não ligo muito é aos resultados da pré-época. Mas ganhámos, nun-ca fugindo daquilo que tinha pro-

FC Castrense fez a festa no torneio organizado pela Rádio Castrense. DR

cerimónia de entrega dos prémios do torneio organizado pela estação radiofónica de Castro Verde [ver en-trevista na página ao lado].

Os “manos” Facaia, Miguel e Telmo, foram os homens dos golos castrenses na final do torneio, num jogo em que a equipa de Castro Verde mostrou possuir claramente mais argumentos que a formação de Panóias, que foi segunda clas-sificada. Seguiram-se Rosairense e FC São Marcos, depois da turma do concelho de Almodôvar ter ganho o jogo de atribuição do terceiro e quarto lugar (3-1).

Apesar de apenas ter conquis-tado o terceiro lugar do pódio, o Rosairense viu dois dos seus atletas distinguidos na competição: Daniel Antão foi o melhor marcador e Má-rio Saleiro o melhor jogador.

MEIAS-FInAIS FC São Marcos 0 – Panóias 1(Marinho ‘58)

Castrense 2 – Rosairense 2 (4-3 GP)(Pedro Lança ‘19, Damázio ‘55; Daniel Antão ‘1 - GP, José Reis ‘10 - GP)

3º/ 4º LUgAr FC São Marcos 1 – Rosairense 3(Diogo Cravo ‘28; Marcelo ‘13, Daniel Antão ‘49 - GP, Jorginho ‘50)

FInAL Panóias 0 – Castrense 2(Miguel Facaia ‘30+2, Telmo Facaia ‘36)

MELhOr jOgAdOr Mário Saleiro (Rosairense)

MELhOr MArcAdOr Daniel Antão (Rosairense) – 2 golos

> resultados

192011.09.23 desportofutebol e modalidades

francisco fernandestreinador do FC Castrense

Pressão é as famílias e as pessoas que trabalham estarem preocupadas e terem de contar os tostões por não saberem como vai ser o dia de amanhã. Pressão num jogo de futebol – que é algo que gostamos de fazer – não a entendo!

carlos pinto texto

Vencer o Torneio da rádio castrense [n.d.r.: ver página ao lado] é uma boa forma de o fc castrense terminar a pré-época, não é? Sim, mas não era o mais importante. Tenho uma forma de ver as coisas talvez um pouco diferente e, se há coisas a que não ligo muito, é aos resultados da pré-época. Mas fiquei satisfeito com o rendimento da equipa e tirei as ilações que entendo serem as me-lhores para podermos evoluir como equipa e conseguirmos no final aquele grande objectivo que – e não vale a pena esconder! – é sermos campeões. Sabendo de antemão que vai ser um campeonato “duri-nho”, extremamente competitivo… Se calhar, dos últimos anos vai ser o campeonato mais competitivo, mas esperamos e queremos ser os melhores!

ser candidato assumido à su-bida não pode “pressionar” de-masiado a equipa, já que mais nenhuma outra equipa disse claramente que vai também lu-tar pelo título? Não entendo o que é pressão! Joguei muitos anos, sou treinador há muitos anos e pres-são é a dificuldade que a gente vê o país atravessar agora. Pressão é as famílias e as pessoas que traba-lham estarem preocupadas e terem de contar os tostões por não sabe-rem como vai ser o dia de amanhã. Pressão num jogo de futebol – que é algo que gostamos de fazer – não a entendo! Há pessoas que têm equi-pas com qualidade e têm sempre medo de assumir esses objectivos a que se propõem. Eu, desde que me conheço como treinador, quando entro nas equipas com um objecti-vo destes não tenho problemas em assumir que queremos ser campe-ões, sabendo de antemão que todas as equipas irão fazer das tripas co-ração quando jogarem contra nós. Vamos ser um alvo a abater e por isso ainda temos de ser mais supe-riores.

francisco manuel franco guerreiro fernandesTREINADOR DO FC CASTRENSE

iDaDE: 51 anosnaturaliDaDE: cabEça gorDa

> entreVista FRancisco FeRnandesNem meias palavras, nem discursos de circunstância: Francisco Fernandes dá o “peito às bolas” e assume ao “CA”, preto no branco, que o FC Castrense é candidato ao título distrital (e consequente subida) em 2011-2012.

“Campeonato vai ser durinho e Castrense o alvo a abater”

da? Também há o Vasco da Gama, que tem boa equipa e se reforçou bem. E já ouvi dizer que o Aldeno-vense tem também boa equipa. E que o FC Serpa, com os jogadores que vieram de Grândola e Setúbal, tem alguma qualidade… Nós as-sumimos que somos candidatos! Quanto aos restantes candidatos, não me interessa minimamente quem se quer assumir ou não. Ago-ra que vai ser um campeonato que não vai ter nada a ver com campe-onato do ano passado, isso vai de certeza! Vai ser mais equilibrado e as equipas irão certamente perder mais pontos. E nós queremos ser os melhores!

não fazia uma pré-época desde 2009, quando orientava o Mineiro aljustrelense. Já sentia saudades desta azáfama? Quem gosta tem sempre saudades. Estou num clube que nunca tinha trei-

esse é claramente um dis-curso “à francisco fernandes”. os jogadores já interiorizaram esse estado de espírito? Penso que sim, têm de interiorizar. Ao vi-rem trabalhar comigo num clube que tem este objectivo só têm de interiorizar. Não quero uma equi-pa com receio, que o treinador não tem receio. Não quero uma equipa com medo, que o treinador não tem medo. Há equipas que têm medo de perder, mas eu não tenho! Faço tudo para ganhar e quero ganhar. Mas quando perder, se o adversário for melhor do que nós, temos de lhe dar os parabéns, levantar a cabeça e continuar a trabalhar, que do-mingo há mais. O campeonato não é apenas um jogo, mas uma prova de regularidade e nós queremos ser campeões.

este é o plantel idealizado ou há lacunas identificadas e por

preencher? Se calhar, houve joga-dores que eu queria e não puderam vir por este ou aquele motivo. Vie-ram outros e neste momento este é o plantel que escolhi e com que vou trabalhar. Temos um grupo cinco estrelas, com uma luta grande pe-los lugares. Estou muito satisfeito e espero já no domingo, 25 [diante do Panóias], entrar no campeona-to com o pé direito. Aliás, este ano vamos ter oito dérbis, são 24 pontos e se queremos ser campeões temos de dar “corda aos sapatos”.

fc castrense, Milfontes, fer-reirense – muitos dizem que são estes os candidatos ao título distrital em 2011-2012. concor-

nado, um dos históricos do nosso distrito. E é com orgulho e enorme ambição que estou aqui para con-seguir o que pretendemos! Este é o quinto ano que inicio um campeo-nato distrital. E se nos outros qua-tro campeonatos ganhei os quatro, só espero que este ano seja mais um! Porque o FC Castrense, sem dúvida alguma, é neste momento o clube com melhores condições de trabalho. A única coisa que gostava que se invertesse é a fraca adesão de pessoas aos jogos. Gostava que as pessoas de Castro [Verde] vies-sem para junto da equipa e que nos apoiassem, porque estamos aqui a representar o clube com a máxima dignidade e queremos ganhar.

“QuAlIDADE TEm vINDO A DImINuIR" Uma das marcas do próximo campeonato distrital é o elevado número de jogadores que muitos clubes foram contratar as outras regiões, nome-adamente ao distrito de Setúbal e ao Algarve. “Acho que nunca houve, em termos distritais, tantos jogadores de fora da nossa região”, nota Francis-co Fernandes, não escondendo que esta situação não é propriamente po-sitiva para o futebol do Baixo Alentejo. “Este é um sinal de que em termos distritais não temos qualidade suficiente para fazer uma série de equipas com qualidade para disputarem o campeonato”, frisa o técnico do FC Castrense, apontando o dedo… à formação. “Oiço dizer que se trabalha bem na formação, mas com toda a sinceridade não vejo nada. Estamos a formar pouca qualidade! E sem querer criticar ninguém, acho que na formação há muita teoria e pouca prática. É que o futebol é um jogo de prática e há uma coisa que se chama bola a que pouca gente dá importân-cia, ainda que seja o mais importante do jogo”, argumenta.

formação no distrito

> taça de portugal leva aljustrelense e moura ao norte

Não saiu nenhum dos “grandes”, mas sim dois “históricos”! O sorteio da terceira eliminatória de Taça de Portugal, realizado este semana, ditou que mineiro Aljustrelense e moura AC visitem, a 16 de Outubro, leixões e vitória de Guimarães, respectivamente.

> CRÓNICA

– O médico já lhe deu alta, meu querido!Foi a lágrima que me fez olhar para ela.

Não o cabelo de neve, não a cor dos olhos tristes, não os lábios apagados do tempo, não a pele amarrotada das mãos delicadas. Foi a lágrima. O senhor de cabelo bran-co deitado na cama ao lado da minha e a mulher da lágrima junto a ele (o marido?), sentada numa cadeira de madeira, a afa-gar-lhe os cabelos brancos. Outras pessoas à minha frente, de olhos assustados, pen-duradas em tubos, a pensar para dentro, cismando, aguardando, implorando, uma senhora idosa murmura sons que, a esta distância, não consigo decifrar, parece-me que está a pedir qualquer coisa, faz gestos, tenta comunicar e a rapariga vestida de branco com voz doce:

– Vá, minha querida, só os lábios, só pode molhar os lábios.

O carinho daquela enfermeira com a senhora velhota que conhecera há duas ou três horas enternece-me. Depois, trata to-dos os doentes que aqui estão por querido ou querida. Deveras que fi co emocionado.

– A minha querida precisa de mais algu-ma coisa?

A senhora velhota oferece-lhe um sorri-so com gratidão dentro, a rapariga vestida de branco segura-lhe nas mãos descarna-das e sorri também. É curioso como um sorriso pode ser fronteira entre o antes e o depois; fundo negro do mar e azul do céu; ruído e silêncio. Pode ser a diferença entre nada e tudo. Meu Deus, como um sorriso é importante. Tenho a certeza: o

ANTÓNIO LÚCIOdirector da Rádio Pax

da lágrima está a falar comigo, está de pé a falar comigo, não tenho a certeza se é co-migo mas tenho a certeza que está a falar, estou a ouvi-la mas não a escuto, olho para a lágrima e a lágrima grita, em silêncio, a lágrima grita e eu escuto gritos com verda-de dentro. Apetece-me entrar na lágrima, depois, lá dentro, no meio da escuridão, escancarar as janelas e deixar entrar o sol. Porque é que o sofrimento dos outros me faz sofrer? Eu nem conheço a senhora da lágrima nem o senhor de cabelo branco que está deitado na cama ao lado da mi-nha nem a velhota das mãos descarnadas, não os conheço e eles não me conhecem, nem a mim eu conheço, gostava de ser um Colombo navegador, não almirante ou governador ou vice-rei de qualquer coisa, Colombo navegador para me descobrir, para me conhecer e saber quem sou, só assim me surpreendia todos os dias, só as-sim, talvez, descobrisse a razão de sofrer o sofrimento dos outros.

– E então, meu querido, como se sente?Como me sinto? É estranho, não sei

como me sinto ou o que sinto. Neste mo-mento pesa-me qualquer coisa mas não sei o quê, uma incerteza qualquer, um desejo qualquer, um abalo qualquer, qual-quer coisa que desconheço, não falta de ar, não uma tontura, não uma dor, quero di-zer o que sinto e não sou capaz, não tenho essa capacidade, mais fácil rasgar o peito e mostrar tudo,

– Veja!Amanhã vou para casa e estas pessoas

que eu não conheço fi cam aqui, de olhos assustados, aguardando, implorando, que importância tem como me sinto ou o que sinto ou se me pesa alguma coisa, tudo isso não faz sentido, tudo aqui não faz sen-tido, estas palavras escritas não fazem sen-tido comparadas com… Que importância tem tudo isto comparado com a lágrima da senhora que está sentada na cadeira de madeira, ao lado da cama onde agora jaz o homem de cabelos brancos.

Apetece-me entrar na lágrima, depois, lá dentro, no meio da escuridão, escancarar as janelas e deixar entrar o sol. Porque é que o sofrimento dos outros me faz sofrer?

dia em que a senhora velhota das mãos descarnadas morrer, o sorriso da rapariga de branco vai lá estar, ao seu lado. Não sei porque estou tão lamecha, não é habitual em mim, talvez porque estou no hospital e não é, com toda a certeza, o melhor dos lugares para se estar, principalmente nes-ta sala cheia de máquinas e fi os eléctricos e computadores e frio e angustia e calor e tristeza e medo, muito medo. Eu que ainda ontem me considerava imortal. Hoje, mui-to medo. Não só eu, muitos olhos assusta-dos nesta sala. Neste momento a senhora

20 2011.09.23OPINIÃO>análise

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AMANHÃ VOU PARA CASA E AS PESSOAS QUE NÃO CONHEÇO FICAM AQUI

22 2011.09.23opinião>palavras

“> Editorial

>palavras

BARALHARE DAR DE NOVOApropósito da enorme dívida da Região Autónoma da Madeira, que esta

semana encheu as notícias, carregou os sobrolhos do Governo e deixou a oposição levemente mais alegre, não podemos deixar de recuperar o que disse Medina Carreira, numa entrevista televisiva!

Com ar complacente, o antigo ministro das Finanças apenas lembrou que a dívida da Madeira está para Portugal como a dívida de Portugal está para a Europa. E pôs a questão nestes termos: “Aquilo que os portugueses andam a pensar e a dizer da gestão das finanças na Madeira, é exactamente o mesmo que os cidadãos do norte da Europa andam a pensar e a dizer sobre a gestão das finanças de Portugal!”

A “caricatura” é boa, mas o analista deveria ter alegado também o sensacional histórico de procedimentos democráticos (!) de Alberto João. E o controlo, também muito democráti-co, que tem no aparelho do governo regional, nas empresas e na população. É uma conduta incorrigível, verdadeiramente inaceitável e as-sustadora!

A Madeira é um local paradisíaco, com infra-estruturas notáveis e uma oferta hoteleira extra-ordinária. Mas também é um sítio com muita precariedade social, pobreza evidente e muito exposta nas ruas, desemprego muito elevado e outros problemas graves.

Com o dinheiro que já gastou e as dívidas que lhe foram perdoadas, Alberto João não podia ter permitido que se che-gasse ao ponto a que se chegou. E isso deve fazer-nos reflectir muito sobre as autonomias e as suas competências. Sobre o funcionamento do Estado e a sua complacência angélica. Sobre a exequibilidade da regionalização e a tar-dia limitação de mandatos do poder político. Sobre os partidos e a profunda reforma de que carecem!

Com o dinheiro que já gastou e as dívidas que lhe foram perdoadas, Alberto João não podia ter permitido que se chegasse ao ponto a que se chegou.

ALBERTO JOÃO JARDIM> expresso.pt 21.09.2011

“O senhOr primeirO-ministrO nA quAli-dAde de líder dO psd nuncA fOi cOn-vidAdO pArA vir à mAdeirA(...) sOu O primeirO A AceitAr A OpçãO dele cOmO primeirO-ministrO, que nãO Aquece nem Arrefece.”

NuNO AzINhEIRA> dinheirovivo.pt 21.09.2011

“teresA Guilherme tem rAzãO: elA é melhOr dO que JúliA [pinheirO]. nO que tOcA A ‘reAlity shOws’, é melhOr, nãO há dúvidA.”

PEDRO TADEu> “Diário de Notícias” 20.09.2011

“estAmOs Assim tãO seGurOs de que As cOntAs dO GOvernO centrAl, dOs AçOres Ou dAs câmA-rAs de lisbOA e pOrtO estãO certinhAs? nãO vA-mOs ter mAis surpresAs de milhAres de milhãO? JurAm? Ou é melhOr nãO mexer mAis nA lAmA, pArA nãO AcAbArmOs tOdOs enterrAdOs?”

Redacção, administração e publicidadeRua Dr. Diogo Castro e Brito, 6 – 7800-498 BejaTel. 284 329 400 | 284 329 401 Fax 284 329 402 e-mail: [email protected]

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Jornal regional semanário editado em BejaDirector: António José Brito Editor: Carlos Pinto. Redacção: Luís Lourenço, Manuela Pina, José Tomé Máximo (fotografia). Paginação: Pedro Moreira. Infografia: I+G - www.imaisg.com . Secretari-ado: Ruben Figueira RamosColaboradores Permanentes: Napoleão Mira e Vítor Besugo. Colunistas: Alberto Matos, Ana Ademar, An-tónio Sebastião, Jorge Pulido Valente, José Filipe Murteira, Luís Dargent, Margarida Janeiro, Mário Simões, Miguel Madeira, Paulo Arsénio, Teresa Chaves e Vítor Encarnação.Projecto Gráfico: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: Dário Brissos [ 934 820 822 | 963 202 370 ] [email protected]ão: Imprejornal. Distribuição: Jota CBSISSN 1647-1334

RejeitaR o pRogRama de agRessão!

OGoverno PSD/CDS-PP, tal como antes os governos PS, comprometidos com a

“troika” estrangeira (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Inter-nacional), está a prosseguir uma política de pilhagem das riquezas nacionais e de sub-missão às grandes potências estrangeiras, numa ofensiva brutal contra quem se opõe a este rumo de desastre nacional. Também no distrito de Beja e no Alentejo, os trabalhado-res e outros sectores sociais estão a ser alvo de um brutal ataque contra os seus direitos laborais e sociais.

Atacam os trabalhado-res e o povo português com o roubo de metade do subsídio de Natal; o congelamento de salá-rios e pensões; a inten-sificação da exploração e a facilitação e emba-ratecimento dos despe-dimentos; o aumento generalizado de impos-tos; a subida dos preços da electricidade e do gás, dos medicamen-tos e das taxas “mode-radoras” de acesso aos cuidados de saúde, e as restrições ao transporte de doentes; as privati-zações de empresas e sectores estratégicos; a extinção de serviços pú-blicos fundamentais; os encerramentos e cortes nas funções sociais do Estado na saúde, edu-cação, protecção social, cultura; o ataque desca-belado contra o Poder Local democrático.

Para além dessas medidas desastrosas, as populações do distrito

de Beja sofrem outras malfeitorias contra as quais é fundamental prosseguir e intensificar a luta – a manutenção e melhoria das ligações ferroviárias ao distrito conheceram novo revés na Assembleia da República com o chumbo de PSD, CDS e PS às iniciativas que as defendiam, designadamente o projecto de resolução apre-sentado pelo PCP; o aeroporto de Beja conti-nua a não estar, de facto, a ser aproveitado e ao serviço pleno das populações, da região e do seu desenvolvimento; o IP8 é assombrado com dúvidas incertezas sobre a concretização inte-gral (ainda que na sua versão encurtada e com portagens); as afirmações que põem em causa a conclusão de Alqueva no prazo previsto.

São opções políticas que prejudicam a maioria da população para beneficiar os gran-des senhores do dinheiro, uma vez que, a par destas medidas, deixam intocáveis os fabulo-sos lucros dos grandes grupos económicos e financeiros, as grandes fortunas, os ganhos em bolsa e na especulação. E ainda falam de cora-gem!

Há todas as razões para que os trabalhado-res, os reformados e pensionistas, os desempre-gados, os funcionários públicos, os pequenos e médios comerciantes, industriais e agriculto-res, os estudantes e os jovens em geral se mo-bilizem, se unam nas pequenas e nas grandes lutas, na resistência crescente a estas políticas

que, gerando mais desem-prego, pobreza e miséria, nada resolvem e afun-dam ainda mais o país no abismo para onde 35 anos de política de direi-ta o arrastaram.

Nesta luta para tra-var o rumo de desastre nacional, pela defesa da soberania do nosso país, por uma alterna-tiva patriótica e de es-querda é fundamental que todos façam ouvir a sua voz, que não se re-signem, que defendam os seus direitos. É fun-damental transformar o descontentamento em luta. Luta na empresa, no bairro, na aldeia, na colectividade. Luta que terá expressão maior na manifestação da CGTP do dia 1 de Outubro, em Lisboa, contra o em-pobrecimento e as in-justiças, por emprego, salários, pensões e direi-tos sociais. Lá estaremos! Afinal, temos todas as razões para lutar!

MIGUEL MADEIRAdirigente do PCP

> ponto CardEal

É fundamental transformar o descontentamento em luta. Luta na empresa, no bairro, na aldeia, na colectividade.

232011.09.23 opinião>análise

Les enfants de Beja

Aideia parecia tão irreal que o mais certo era não dar em nada, por isso não fazia mal experimentar. E era tão exci-

tante e possível que tínhamos mesmo de arriscar - resultan-do, resolvíamos parte dos nossos problemas de uma vez por todas - arranjando outros, naturalmente.

Entre visitas, reuniões, decisões, cabeças a carburar a mil à hora, pressas, corações acelerados e uma efervescência co-lectiva lá se assinaram os papéis, os contratos. Agora já está. É nosso.

Há que deitar mãos à obra. Fazendo-nos valer da nossa melhor cara de pessoa necessitada, encontrámos um grupo muito jeitoso de “escravos voluntários”, que tem estado con-nosco a cada passo, armados de esfregonas, rolos de tinta, panos, trinchas e tantos outros utensílios necessários à pre-paração da “grande inauguração” – a 6 de Outubro.

“Os Infantes vão-se compondo devagarinho, quase sem-pre mais devagar do que o desejável – especialmente para quem é, por força da natureza, ansioso – mas hoje é possível dizer que quando a estreia do ciclo “Um Actor – Um Músico (no feminino)” fizer abrir as portas do nº 14 da Rua dos In-fantes, tudo estará pronto.

Ainda não tivemos tempo para sonhar muito, mas às ve-zes, nas conversas regadas a lixívia e a sonasol verde, dizem-se coisas: “é provável que tenhamos de abrir a parte de baixo quando vier muita gente” ou “o melhor é deixar aqui esta

> LinHAS DiREiTAS

soBre a morte

Num assomo poético cru e sobranceiro escrevi um dia, ainda a idade me era leve, que a morte

é um bocado de fim com terra por cima. Pois não é. Aqueles sete palmos de terra e as tábuas do cai-xão não são, sinto-o agora, uma pedra que se po-nha em cimo do assunto da partida daqueles que foram nossa parte corpórea e emocional durante anos a fio.

O conceito de morte, e da dor que a ela está associada, tem dimensões diferentes consoante o apego que tínhamos à pessoa. Ou damos os pêsa-mes e fazemos uso de um raciocínio que exprime a lei da vida e a renovação da espécie, ou ficamos quebrados a meio, ali pelo picotado do coração, e sentimos que nunca mais vamos recuperar e que-remos morrer logo ali também.

A morte pode vir sem dizer nada, num telefo-nema, numa conversa de rua, num mail. Fulano morreu. Mas ainda ontem estive com ele. Vê lá o que é a vida. Não valemos nada. E a família destro-çada, esmagada, o luto a meter-se-lhe nos ossos de repente. Incapazes de perceber, incapazes de acei-tar, pondo em causa Deus e o destino, incapazes de falar com a funerária, incapazes sequer de achar que haverá amanhã.

A morte pode vir a pouco e pouco. Como uma nuvem ainda lá ao fundo que cresce e se acinzen-ta e nos vai comendo o azul do sorriso. Fazem-se umas análises e uns exames, tomam-se uns remé-dios, não há-de ser nada, a ciência está sempre a evoluir. Mas a doença instala-se, a pessoa muda, é mais um lugar que temos de pôr à mesa, outra pessoa que se deita na cama, mais uma rotina boa que se acaba, mais um plano que finda. E depois a nuvem cobre e rasga o sol da família, da casa, do quintal, das ruas todas. A pessoa é, mas já não é.

E nesta duplicidade de sentidos, vamo-nos ver-gando ao inevitável. E depois os outros consolam-nos, falam da fragilidade da vida e dizem, coitado para estar a sofrer foi melhor assim. Mas o que sabem os outros da nossa falta! Do que ele signifi-cou para nós em cada átomo da nossa existência, do amor que nos deu, do colo, dos conselhos, do perdão, do refúgio que ele foi, das memórias pen-duradas em cada canto da casa esmagando-nos de saudade.

O luto é um processo individual, é uma resolu-ção interior, sem tempo definido, sem cor de rou-pa. Não há fórmula religiosa nem científica que o sustente. É apenas um caminho que temos de per-correr, às vezes durante uma vida inteira.

Num corpo sem vida, a vida toda desse corpo deverá subsistir na nossa lembrança. Devemos entender que ele foi o que foi, viveu o que viveu, viveu como viveu, fez as suas opções. E que agora ali, definitivo, sem retorno, foi feliz à sua maneira.

Porém, ninguém está sozinho na morte de um dos seus.

Quando o corpo desaparece para sempre e aca-ba o funeral, por maior que este tenha sido, são aqueles que ficam e cruzam por último a porta do cemitério que verdadeiramente contam.

VÍTOR ENCARNAÇÃOprofessor

> SUL SUAVE

ANA ADEMARactriz

arca que leva mais minis, senão passas a noite a ir buscar coi-sas lá baixo” ou “quando isto encher não sei como é que as pessoas vão chegar ao balcão”… Há realmente um manan-cial de energia positiva naquelas paredes. Mas a culpa não é só nossa, que estamos estupidamente felizes e optimistas, é também de quem tem vindo a alimentar-nos as esperan-ças e é essencialmente a herança de quem reergueu aquelas paredes para acomodar muito da cultura de Beja há trinta anos atrás.

Há quem diga que a história não se repete, que é feita de ciclos, mas com a nossa imodéstia, acreditamos que estamos a abrir um que representa o retorno a uma época em que a Rua dos Infantes respirava, era viva e tinha gente. Vivemos tempos estranhos em que parece mais fácil e provável que a humanidade regrida – talvez isso faça parte da evolução. Porém, a Lendias é contra corrente e vai tornar um sonho de sempre em realidade: ter um espaço de criação e apre-sentação dos seus espectáculos; um espaço para receber estruturas de fora, um espaço para ensaios que podem ter, finalmente, quantas horas quisermos. Um espaço para fi-nalmente concretizar o “festival”, para fazer exposições, para fazer concertos, performances e outras tantas coisas e acti-vidades que nos lembrarmos e forem possíveis (mesmo que não o sejam, é possível tentar).

Garantida está uma inauguração em grande com quatro performances ao longo do mês de Outubro (três sessões por semana) e mais setenta e tal instalações sonoras, de artes plásticas, registos de voz e pequenas performances levadas a cabo por setenta e tal artistas da cidade. Tudo em redor de quatro nomes maiores da poesia contemporânea portugue-sa: Sophia, Gedeão, Nuno Júdice e Adília Lopes.

É megalomania? Nem por sombras! É como a cidade me-rece e precisa? É! Porque se há urgência de momento é de alegria, de poesia, de criatividade e de sonho.

ACRESCENTO: Acabei de ouvir o novo single do Jorge Palma e é tão adequado ao momento que sinto arrepios (ou então é fome): “Página em Branco”.

as Pessoas estÃo PrImeIro

Oexercício de cargos públicos e políticos exige uma atitu-de responsável de melhoria da qualidade da democracia

e de respeito por todos, valorizando ideias e pessoas e esti-mulando a participação dos cidadãos e das organizações na vida pública.

Essa responsabilidade compete essencialmente aos polí-ticos. São os seus exemplos que servem de referência e de garantia à credibilidade do sistema democrático.

É importante cultivarmos atitudes e intervenções de tole-rância e de respeito, alimentar as diferenças do pensamento e as divergências de opinião como valores da condição hu-mana, como uma riqueza incomum que bem entendida ser-ve os interesses de uma sociedade mais justa e equilibrada.

A homenagem que o Município de Ourique fez às mulhe-

> opinião

PEDRO DO CARMOpresidente da Câmara de Ourique

res e aos homens que serviram e que servem a democracia na Assembleia da República é um modesto contributo para a valorização das pessoas e das suas ideias, mas também do Parlamento onde se centra a democracia em nome dos ci-dadãos.

Defendo que nos concentremos na melhoria da qualida-de democrática e na maior qualidade no exercício dos cargos políticos.

Num momento em que nos confrontamos com novos de-safios e em que as incertezas motivam o descrédito da classe política, é decisivo que cuidemos da democracia com atitu-des de liderança mais respeitadoras e atentas à evolução da sociedade e aos interesses e expectativas das pessoas.

Temos a obrigação de governar para as populações, de centrar as pessoas como prioridade das acções políticas.

Temos a responsabilidade de promover lideranças actu-antes: com visão, com pensamento, com coragem e determi-nação para cumprir os desígnios do progresso e da melhoria da qualidade de vida dos nossos concidadãos.

Temos o dever de impulsionar lideranças que centrem nas suas preocupações os interesses das pessoas. Porque as pessoas estão em primeiro lugar!

Devemos defender o futuro. Promover as acções políticas para um desenvolvimento harmonioso. Garantir as igualda-des e as oportunidades. Realizar planos e obras que sirvam em benefício das gerações futuras.

Devemos aprofundar as reflexões, escutar as pessoas, res-peitar as ideias e opiniões. Temos a obrigação de fomentar uma democracia mais exigente, mais participada e mais activa.

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sexta. 2011.09.23

Céu pouco nublado ou limpo. Pequena descida da temperatura. Vento moderado. Neblina ou nevoeiro matinal.

TEMPO > previsão para sexta

> RODEIA MACHADO FALA EM CENÁRIO COMPLICADO

ÚLTIMAS24

Bombeiros de Bejacriticam a Câmara Apesar de reconhecer que a Câmara Municipal de Beja continua a pagar apoios às despesas cor-rentes aos Bombeiros de Beja (98 mil euros este ano!), o presidente da associação não esconde críticas muito duras à autarquia, chegando ao ponto de afirmar que os bombeiros “não podem contar com a Câmara”.

Numa entrevista pu-blicada na revista “30 DIAS”, que já está nas bancas, Rodeia Machado afasta um cenário de crise na corporação, mas revela que, deste modo, não será possível aumentar salários e a construção de um novo quartel está comple-tamente afastada.

“Tínhamo-nos comprometido com o pes-soal a aplicar o acordo colectivo de trabalho este ano, mas não é possível fazer isso. Aquilo que lhes dissemos é que queremos ver se nos aguentamos sem despedir ninguém”, revela.

> PAGAMENTO DA EDP À EMPRESA DO ALQUEVA

EDIA esclarece milhões A empresa do Alqueva esclareceu esta se-mana que os 195 milhões de euros recebidos pela concessão da central hidroelétrica à EDP não serviram directamente para pagar ao Es-tado a concessão da água da barragem, que custou o mesmo. O esclarecimento foi feito pelo presidente da EDIA, Henrique Troncho, durante uma reunião com a Comissão Parla-mentar de Agricultura e Mar, na terça-feira, 20.

Henrique Troncho respondia ao deputado do PSD, eleito por Évora, Pedro Lynce, que o questionou sobre se os 195 milhões de euros que a EDIA recebeu “à cabeça” da EDP pela concessão da central hidroelétrica do Alque-va “foram directamente para a Direcção Geral do Tesouro (DGT)” ou foram considerados como receita da empresa, que “pudesse per-mitir baixar o custo da água para rega”.

Henrique Troncho respondeu que a verba “não” foi directamente para a DGT, explican-

Rodeia Machado revela que já colocou o assunto à Assembleia Municipal e avisa que “qualquer dia a situação torna-se compli-cada, porque os bombei-ros dizem que não estão dispostos a tolerar uma situação injustificada desta natureza”.

Confrontado com o quadro financeiro herda-do pelo actual executivo das gestões comunistas na autarquia, Rodeia Macha-do não admite que essa

argumentação da Câmara de Beja seja real e verdadeira. “O presidente [da Câmara] não consegue perceber qual é a nossa actividade e isto já é um bocado de pirraça em relação aos bombeiros”, acusa Rodeia Machado.

A entrevista, que analisa a actividade e os projectos dos Bombeiros de Beja, mas tam-bém o quadro económico em que actualmen-te vivem, está publicada na íntegra na edição de Outubro da revista “30 DIAS”.

do que “a EDIA é uma empresa de capitais exclusivamente públicos e, portanto, o accio-nista [Estado] decidiu que se pagava ao Mi-nistério do Ambiente 195 milhões de euros”, pela concessão da água da albufeira da barra-gem por 75 anos, e que teriam que ser pagos “mesmo que não houvesse nenhum contrato com a EDP”.

Portanto, “independentemente de se concordar ou não com o ter que se pagar a concessão, não se pode ligar uma coisa com a outra”, porque “uma coisa não tem que ver directamente com a outra”, sublinhou.

“A EDIA teria que pagar na mesma ao Es-tado os 195 milhões de euros do contrato de concessão pela utilização da água, um bem público, mesmo que não houvesse negócio com a EDP”, disse Henrique Troncho, vin-cando que “não houve nenhum desvio para nada”.

Vera Guerreiro decidiu investir no seu próprio

negócio no centro da cidade de Beja. DR

BEJA TEM NOVA LOJA ROX“Pessoalmente, espero que seja um sucesso!” – É com este espírito que Vera Guerreiro inaugurou sexta-feira, 19, a nova loja ROX no centro da cidade de Beja, mesmo em frente ao “liceu”! O espaço, que apresenta “produtos de qualidade” e “uma excelente relação quali-dade/preço”, comercializa, sobretudo, roupa e calçado desportivo e casual para todos os públicos. Em declarações ao “CA”, Vera Guerreiro explica que decidiu inaugurar a nova loja ROX para “investir e arriscar” na sua terra, mas, sobretudo, para dar resposta às dificulda-des que as pessoas têm em encontrar roupa e calçado “a um preço acessível e com uma qualidade aceitável”.“Essa situação alertou-me para uma nova oportunidade de negócio. Decidi, assim, procurar marcas de produtos de desporto que eu conhecesse e que fossem simultaneamente de qualidade e com preços competitivos”, explica a jovem empresária, que criou o seu novo posto de trabalho e tirou partido dos apoios que o Estado dá para este tipo de projectos.Sendo um “franchising”, a nova ROX “apresenta uma excelente relação” entre a qualidade e o preço. E os produtos “estão sempre em rotação”, permitindo que “todas as semanas” haja novidades – “Semanalmente iremos apresentar produtos diferentes”, assegura Vera Guerreiro.

CASTRO VERDEPLANO DE PORMENORDA CAVANDELA REGRESSAÀ ASSEMBLEIA MUNICIPAL

A Câmara Municipal de Castro Verde (CMCV) voltou a aprovar o Plano de Por-menor da Cavandela, um projecto turístico programado para aquele concelho. Tal como o “CA” noticiou, o processo estava “ferido de ilegalidade” porque “não respeitou” a lei quan-to à “participação” dos cidadãos: na reunião de Câmara realizada a 17 de Agosto, apesar de não ser pública, foi aprovado o Plano de Pormenor que, posteriormente, também mereceu “luz verde” da Assembleia Municipal, a 5 de Setembro.Na reunião da autarquia realizada a 14 de

> E AINDA...

Setembro, o presidente da CMCV reconheceu que houve “ingenuidade” no processo e voltou a pôr o documento à votação, desta vez numa sessão pública. “Reconhecemos o erro e damos a mão à palmatória”, disse Francisco Duarte no final da reunião, onde o documento voltou a ser aprovado.Presente na reunião, Manuel António Domin-gos, antigo presidente da Junta de Freguesia de Entradas, que denunciou a ilegalidade do procedimento, voltou a mostrar-se “convenci-do” que o normal andamento do processo terá de passar “pela abertura de um novo período de discussão pública”.Refira-se que, no dia 30 de Setembro, reunirá a Assembleia Municipal que vai reapreciar e votar a proposta do Plano de Pormenor da Cavandela.

POLÍTICA p05 PSD HÉLDER GUERREIRO CARLOS MOEDAS … · feito”, referia Sousa Monteiro, que via...

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