Policia Civil Investigador Portugues Redacatildeo Problemas Frasais Jacira Fernandes

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  • REDAO

    FONTE: MANUAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    OUTROS GNEROS OFICIAIS/PROBLEMAS FRASAIS

    Professora Jacira Fernandes

  • REQUERIMENTOSRequerimentos so instrumentos utilizados para os mais diferentes tipos desolicitaes s autoridades ou rgos pblicos. A seguir, apresentamos ummodelo, que pode ser adaptado para os diferentes casos. Nele, podemosobservar as seguintes partes:

    Compe-se dea) nome e qualificao do requerente;b) exposio e solicitao;c) pedido de deferimento;d) local e data;e) assinatura.

  • MODELO DE REQUERIMENTO

    EXCELENTSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

    9 - 40/1

    A Com FOCO Virtual, representada pelo Sr. Crotalo Nefasto , GerenteComercial, vem, mui respeitosamente, requerer a Vossa Excelncia que sedigne declar-la de utilidade pblica federal, na conformidade da Lei n 91, de28 de agosto de 1935 e Decreto n 50.517, de 02 de maio de 1961, para o que, anexaao presente, os documentos exigidos pela lei.

    Termos em que, pede

    Deferimento.

    Braslia, 25 de setembro de 2006.

    Lalau Beobilau

    Assinatura do presidente.

  • REQUERIMENTO

    NOTA

    Necessariamente no obrigatria a assinaturado presidente nos requerimentos apresentadoscomo modelo, podendo faz-lo os seusprepostos desde que, devidamentecredenciados.

  • RELATRIO

    RELATRIO

    E a modalidade de comunicao pela qual se faz a narrao oudescrio,ordenada e mais ou menos minuciosa, daquilo que se viu, ouviu ouobservou.

    Compe-se dea) local e data;b) vocativo;c) introduo - apresentao do observador e do fato observado;d) texto - exposio cronolgica do fato observado;e) fecho;f) assinatura (e identificao do signatrio)

  • PARECERParecer

    a forma de comunicao pela qual um especialista emite uma opinio fundamentada sobre determinado assunto.

    a) vocativo; b) identificao do especialista; c) introduo - apresentao do assunto; d) texto - exposio de opinio e seu fundamento; e) local e data; f) assinatura (e identificao do signatrio).

  • Pronomes de Tratamento Vossa Excelncia, para as seguintes autoridades

    Poder Executivo Poder Legislativo Poder Judicirio

    Presidente da Repblica; Vice-Presidente da Repblica; Ministros de Estado; Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Foras Armadas; Embaixadores; Secretrios-Executivos de Ministrios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretrios de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais

    Deputados Federais e Senadores; Ministro do Tribunal de Contas da Unio; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Cmaras Legislativas Municipais.

    Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juzes; Auditores da Justia Militar.

  • Pronomes de Tratamento

    Vossa Senhoria empregado para as demaisautoridades e para particulares.

    O vocativo adequado : Senhor Fulano de Tal,

    Os pronomes de tratamento para religiosos, deacordo com a hierarquia eclesistica, so:Vossa Santidade, em comunicaes dirigidas ao Papa. Ovocativo correspondente : Santssimo Padre,

    Vossa Eminncia ou Vossa Eminncia Reverendssima,em comunicaes aos Cardeais.

  • REVISO/ EXERCCIOS

    1) Os documentos do padro ofcio tm por finalidade exclusiva estabelecer comunicao de temas oficiais de forma eminentemente interna a um rgo pblico, primando pela agilidade e objetividade no trato de suas matrias.

    ( )CERTO ( ) ERRADO

  • REVISO/ EXERCCIOS

    2) Em memorando para o encaminhamento deinformaes ou para a solicitao deprovidncias, o destinatrio deve seridentificado apenas pelo cargo que ocupa; casose trate de memorando que contenhadocumento anexo, o destinatrio deve seridentificado pelo nome e pelo cargo que ocupa.

    ( )CERTO ( ) ERRADO

  • REVISO/ EXERCCIOS

    3) A impessoalidade e o emprego do padro culto de linguagem garantem a clareza textual, pois evitam que haja ambiguidade no texto.

    ( )CERTO ( ) ERRADO

  • PROBLEMAS FRASAIS

    SujeitoComo dito, o sujeito o ser de quem se fala ou que executa a ao enunciada na orao. Ele pode ter complemento, mas no ser complemento. Devem ser evitadas, portanto, construes como:

    Errado: tempo do Congresso votar a emenda.Certo: tempo de o Congresso votar a emenda.Errado: Apesar das relaes entre os pases estarem cortadas, (...).Certo: Apesar de as relaes entre os pases estarem cortadas, (...).Errado: No vejo mal no Governo proceder assim.Certo: No vejo mal em o Governo proceder assim.Errado: Antes destes requisitos serem cumpridos, (...).Certo: Antes de estes requisitos serem cumpridos, (...).Errado: Apesar da Assessoria ter informado em tempo, (...).Certo: Apesar de a Assessoria ter informado em tempo, (...).

  • Frases FragmentadasA fragmentao de frases consiste em pontuar uma orao subordinada ouuma simples locuo como se fosse uma frase completa. Decorre da

    pontuao errada de uma frase simples. Embora seja usada como recurso

    estilstico na literatura, a fragmentao de frases devem ser evitada nostextos oficiais, pois muitas vezes dificulta a compreenso. Ex.:Errado: O programa recebeu a aprovao do Congresso Nacional. Depois deser longamente debatido.

    Certo: O programa recebeu a aprovao do Congresso Nacional, depois deser longamente debatido.Certo: Depois de ser longamente debatido, o programa recebeu aaprovao do Congresso Nacional.

  • Erros de ParalelismoUma das convenes estabelecidas na linguagem escrita consiste emapresentar idias similares numa forma

    gramatical idntica, o que se chama de paralelismo. Assim, incorre-se

    em erro ao conferir forma no paralela a elementos paralelos.Vejamos alguns exemplos:

  • Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos Ministrios economizarenergia e que elaborassem planos de reduo de despesas.

    Nesta frase temos, nas duas oraes subordinadas que completam o sentidoda principal, duas estruturas diferentes para idias equivalentes: a primeiraorao (economizar energia) reduzida de infinitivo, enquanto a segunda(que elaborassem planos de reduo de despesas) uma oraodesenvolvida introduzida pela conjuno integrante que. H mais de uma

    possibilidade de escrev-la com clareza e correo; uma seria a de

    apresentar as duas oraes subordinadas como desenvolvidas, introduzidaspela conjuno integrante que:Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministrios queeconomizassem energia e (que) elaborassem planos para reduo de

    despesas.

  • Outra possibilidade: as duas oraes so apresentadas como reduzidas deinfinitivo:

    Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministrios economizar energiae elaborar planos para reduo de despesas.

    Nas duas correes respeita-se a estrutura paralela na coordenao de oraessubordinadas.

  • AmbigidadeAmbgua a frase ou orao que pode ser tomada em mais de um sentido.Como a clareza requisito bsico de todo texto oficial (Conciso e Clareza),deve-se atentar para as construes que possam gerar equvocos de

    compreenso.A ambigidade decorre, em geral, da dificuldade de identificar-se a que palavrase refere um pronome que possui mais de um antecedente na terceira pessoa.Pode ocorrer com:

    a) pronomes pessoais:

    Ambguo: O Ministro comunicou a seu secretariado que ele seria exonerado.Claro: O Ministro comunicou exonerao dele a seu secretariado.Ou ento, caso o entendimento seja outro:Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a exonerao deste.

  • b) pronomes possessivos e pronomes oblquos:

    Ambguo: O Deputado saudou o Presidente da Repblica, em seu discurso,e solicitou sua interveno no seu Estado, mas isso no o surpreendeu.

    Observe-se a multiplicidade de ambigidade no exemplo acima, as quaistornam virtualmente inapreensvel o sentido da frase.Claro: Em seu discurso o Deputado saudou o Presidente da Repblica. Nopronunciamento, solicitou a interveno federal em seu Estado, o que nosurpreendeu o Presidente da Repblica.

  • c) pronome relativo:

    Ambguo: Roubaram a mesa do gabinete em que eu costumava trabalhar.No fica claro se o pronome relativo da segunda orao se refere a mesa oua gabinete, essa ambigidade se deve ao pronome relativo que, sem marcade gnero. A soluo recorrer s formas o qual, a qual, os quais, as quais,

    que marcam gnero e nmero.Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu costumava trabalhar.Se o entendimento outro, ento:Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu costumava trabalhar.