Polegar de deus - índice do livro
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índicE
Apresentação .................................................................... 9
Introdução ........................................................................ 11
Texto integral de O Polegar de Deus .............. 13
Primeira Parte
Está a entrar em Camp Green Lake ............................ 17
Segunda Parte
A última cova ................................................................... 135
terceira Parte
Preenchendo as lacunas ................................................. 233
Leitura guiada e propostas de trabalho ................ 239
1. Conhecer o autor ....................................................... 241
2. «Está a entrar em Camp Green Lake» — o espaço e as personagens ........................................................ 242
3. A cronologia da narrativa ......................................... 248
4. Voz narrativa e ponto de vista ................................ 251
5. Ação e conflito ........................................................... 252
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6. «A última cova» — a fuga ........................................ 254
7. «Preenchendo as lacunas» — o desenlace ............. 258
8. Temas e questões levantadas pela narrativa .......... 260
9. Outras edições, outras capas .................................... 263
10. Ver o filme e comparar com o livro ..................... 264
11. Regresso do autor ..................................................... 265
Glossário ........................................................................... 267
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APREsEntAçãO
A história que nos é contada em O Polegar de Deus ultrapassa o universo dos acontecimentos e das personagens que nela se nos revelam e abre ‑se a interpretações que desafiam quem hoje a lê. História de formação e de sofrimento, de crescimento e de castigo, o texto de Louis Sachar, cujo título original é Holes («buracos», em português), já deu lugar a um filme, datado de 2003 e interpretado por atores conhecidos (Jon Voight e Sigour‑ney Weaver, entre outros). Não é isso que faz d’O Polegar de Deus um relato sedutor, mas aquela versão cinematográfica é também a confirmação de como toda a narrativa envolve componentes de mistério, de descoberta e de movimento, rumo a um desco‑nhecido que atrai e captura a atenção do leitor.
O facto de O Polegar de Deus ser uma obra proposta para leitura a alunos que frequentam o terceiro ciclo do Ensino Básico mostra bem como nesta etapa do desenvolvimento — desenvolvimento da língua e das competências que o seu uso requer, desenvolvi‑mento também da leitura literária e da dimensão formativa que ela encerra — importa destacar aqueles componentes de mistério e de curiosidade. É em grande parte pensando na sua valorização e no seu potencial pedagógico que esta monografia de Glória Bastos constitui um auxiliar precioso para o jovem leitor que encontrará n’O Polegar de Deus muito mais do que uma história bem contada.
Autora, também ela (e autora de muito mérito), de obras para o público infanto ‑juvenil que aqui está em causa, Glória Bastos
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adota nesta sua abordagem um posicionamento de indagação e de questionamento constantes. O que neste trabalho encon‑tramos, antes de mais, é uma lógica de leitura a que podemos chamar, sob vários pontos de vista, integral. É preciso conhecer o autor, olhar com atenção para os «pórticos» do texto. Depois avança ‑se para o cenário, para as personagens, para a ação, para a construção da narrativa (tempo, voz narrativa, ponto de vista), etc., rumo a sentidos que ultrapassam o concreto do que é nar‑rado, incutindo ‑se ‑lhe uma certa carga de exemplaridade. Assim se prepara o leitor, numa etapa decisiva da sua formação, para se aventurar a ler outros relatos, porventura mais complexos do que este. Por fim, indo além do texto propriamente dito, Glória Bas‑tos propõe diversas questões que ele levanta e lança o repto para uma outra «leitura», a do filme a que este livro deu lugar. Uma «leitura» que, não substituindo a primeira, dialoga com ela.
O que fica desta multiplicidade de leituras — leitura da histó‑ria, leitura dos sentidos que a ultrapassam, «leitura» do filme — é também a noção de que, para além dos marcos culturais a que estamos habituados (ou seja: para além do contexto das litera‑turas de língua portuguesa), outros autores, de outras culturas e de outros idiomas favorecem aquilo que realmente importa incenti‑var: a adesão à aventura da leitura e a entrada no mundo da ficção. Nesse mundo, sempre encontramos elos que nos reconduzem àquele em que vivemos, às preocupações, aos projetos, aos dese‑jos e aos sonhos com que o povoamos. Este trabalho de Glória Bastos é um auxiliar precioso para fazermos com segurança esse trajeto de ida e volta: da vida à ficção e da ficção à vida.
carloS reiS
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intROduçãO
O livro O Polegar de Deus apresenta ‑nos uma narrativa que cruza a história de várias personagens e de diferentes tempos — sobretudo o presente vivido pelo jovem protagonista e o passado da sua família, que se entretece ainda com o presente e o passado de outras figuras desta narrativa juvenil.
A riqueza da intriga remete o leitor para várias problemáticas com significado relevante: a solidariedade e a perseverança são apenas duas facetas de um conjunto de valores que se associam às interações não só entre os jovens — figuras centrais no livro — mas também às relações entre personagens que, de uma forma ou de outra, se veem confrontadas com problemas de vida que é preciso enfrentar com tenacidade mas também com companheirismo.
A leitura deste livro coloca o jovem leitor — com 13, 14 anos, e que é também a idade dos jovens que habitam a história principal — perante uma escrita de grande qualidade, de um autor largamente premiado. Permite ainda «viver» uma aventura comovente, de forte cunho emocional e afetivo, em que as rela‑ções humanas — de sinal positivo ou negativo — estão de facto no centro das peripécias vividas pelas personagens.
O percurso de leitura que é proposto pretende alcançar duas finalidades. Em primeiro lugar, sinalizar alguns elementos de maior relevo com vista a uma compreensão mais profunda da narrativa. Neste sentido, lançam ‑se pistas de reflexão sobre capí‑
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tulos específicos; exploram ‑se algumas linhas de sentido mais significativas em termos da progressão da história; apontam ‑se particularidades que merecem uma atenção mais metódica do leitor. Em segundo lugar, procurou ‑se também alargar a leitura do livro para elementos extratextuais que dialogam de formas diferentes com o texto da novela. Estabelecem ‑se assim algumas pontes interpretativas, por exemplo, com o filme realizado a partir do livro e propõe ‑se uma análise comparativa entre várias capas de diferentes edições do livro, em diferentes países.
Os registos sugeridos nas propostas de trabalho e que podem figurar num «caderno pessoal de leituras», pretendem facultar um apoio através da passagem do pensamento à palavra escrita. Estes registos permitem recuperar mais facilmente ideias e pers‑petivas sobre a história lida, ajudando a consolidar o processo de leitura.
As propostas de leitura que são apresentadas não pretendem, naturalmente, substituir a leitura e a fruição pessoal do livro mas sobretudo orientar o jovem leitor, em determinados momentos, para um olhar mais atento face a certos detalhes da obra. Que esse olhar mais atento permita igualmente uma fruição mais ampla e completa do texto, é o nosso propósito central.