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Daniel Jonas BISONTE ASSÍRIO & ALVIM

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Daniel JonasBISONTE

O VENTO

Porque não há nada em vez de tudo? — perguntouo cientista. — Tudo me cansa:a tentativa, o esforço, o consegui-lo.Tudo é redondamente inútil:o desejo, o seu decesso.O confronto de ideias entãoapavora-me. Até mesmo a ideia decomeçar a falar,a indústria de se ganhar algo, o movimentosão desgastantes antes de si.Tudo é absolutamente a mesma coisa.Nada conquista nada.O vento é.

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Daniel Jonas

BISONTE

ASSÍRIO & ALVIM

ISBN 978-972-37-1893-5

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BisonteDaniel Jonas

Publicado em Portugal porAssírio & Alvimwww.assirio.pt

© Daniel Jonas© Porto Editora, 2016

1.ª edição: Abril de 2016

Assírio & Alvim é uma chancela daPorto Editora

Reservados todos os direitos. Esta publicação não pode ser reproduzida, nemtransmitida, no todo ou em parte, por qualquer processo electrónico, mecânico, fotocópia, gravação ou outros, sem prévia autorização escrita da Editora.

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Execução gráfica Bloco Gráfico, Lda.Unidade Industrial da Maia.

DEP. LEGAL 407478/16 ISBN 978-972-37-1893-5

Distribuição Porto Editora

Rua da Restauração, 3654099-023 PortoPortugal

www.portoeditora.pt

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A S S Í R I O & A L V I M

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FLORES

I

Tudo isto me parece terrível.Todas estas flores de que não sei o nomeparecendo trepar pelo ar, suspensas no equilíbrio de Satã,deformadas, varicosas, impudentes,cacarejando na noite.Eu, acoitado, encarando-as à meia-noite,figuras espectrais, abortivas,viciosas a cada centímetro do seu talo.A flora demencial que neste pátio assomainterpela-me, alguma coisa tem comigo.Só a tosse, súbita, de dentro me encorajaatravessando a janela do quarto.São estilhaços da voz amada,meu emblema contra a raiva friade todos os dias e deste ainda,um escudo santocontra as invectivas de Lúcifer.

Que todos me desamparassemnão o choram estas estranhas, antesrubricam tortuosas como epicentros

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do galo.Não poderei ir atrás do tempopor entre os meus dedos escoado:cada dedo pelo menos um remorso maiorno meu ábaco de angústia.

O que estas flores e estas folhas me dizemé ainda outra coisa. Nas suas saias de varasum modo de se estar presona contrição inapelável do fait accompli. São ainda exosqueletos, a artrite ágil disseminada, dessedentada.

Lá mais ao longe espanta-espíritospascem: o rebanho de Satã,uma nuvem de dúcteis trevas,fantasmas combalidosde cordeirosarrancados ao Pai.Agora estes são cajados:forma torpe de sede.

II

Esperastes-me, flores.Insaciáveis mas pacientescomo alguém sabendo-se intocado

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pelo falso avanço do tempo,indómitas nos vossos nervos secosdispersando-se apenas ilusoriamentepara tentaculares permanecerdes irrepreensíveisna ilusão imóvel da vossa depredação.Mostrais-vos superadorasdo mais ínfimo estadocom os vossos nódulos friose a vossa água paralisada.

À distânciao cerro invário,o badalo da devastação da música,todas estas não caducas sombras.Esta espera não me servirá.Os meus dias diante de mim inúteis.A minha bela criança dormea meu desfavor.

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ESCARPAS E ÉOLO

O vento acoita-se nas cigarras:estas transformando harpas eólicasnuma sensação monomaníaca,motosserra em surdina.Os grandes vermelhos entram na terradebruçados no repentino azul.

Um suicida passa do sangue ao céuno sentido precípite descendente.O olhar cai primeiro.As ravinas não amortecem o amorcaído: antes desfralda-se como uma gaivotamas sem panouma desamparada queda o convidaao céu rugoso de baixo.

As cigarras são a última paragem

dos seus sentidosantes de a língua mordero vento puro.

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FLÚMEN

O tranquilo lago, o largo lagodepois do corpo:um biface em rechaços de ventoprojectado num lapso entre nenúfares.

A cobra d’água cuidarácaído um corpo lançando o seu corso

à quase superfíciefugaz e estérildo barro liquefeito.

A argila marginalmaquilhará o náufrago,o espírito entre os juncos:

um pano desfraldado, um balão inchado como se de vento submerso.

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BREJO

Na sua camuflada paciência,a rã no charco: tu não a vês.

Os olhos duas bolhasde uma botija inflamável.

Coração do lago,a rã ameaçadeflagrar.

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ESPIRAS

O vento requebra.O silvo no bambu racha.Riscado o zângão.

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PAR MÍNIMO

O griloé o par mínimodo grito

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O MELRO

Pela noite furtivoquaseescapava o melro

não fosse delator o seu bico

de mais ansioso pelo soltraí-lona minha rusga distraída.

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ALGUMAS AVES

Algumas aves: colhereiro, papa-ratos, garçoteinvernantes rarospalustres, anónimos do tempo.Quem as vêsenão a espera que de tudo abdica

açudes, pauis, arrozais

os dois olhos binocularesalguma cegonha-preta que com eles se cruzeque com eles cruze

o anonimato dos céus rumo a um estuário— pois até uma ave deve pousar.

Cautela crustáceos, anfíbios, moluscos!Os bárbaros cavalgam os céus.As nuvens em fiapos.O pôr do sol sangra.

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Flores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7Escarpas e Éolo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Flúmen . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11Brejo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12Espiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Par mínimo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14O melro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15Algumas aves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16Gansos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17Totem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19Ferrugem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Altas frequências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22A partir de Respighi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23Às pinhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25Lenha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29Como o apicultor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31O vento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33Deslocação das nuvens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34Em viagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46Volutas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47Oblívio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50Por Cracóvia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54Cavalos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

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Catedral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57Baldio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58Banco de jardim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59A um corcunda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63Seagram Murals . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65Hopper no café . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66Par mínimo II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67Dos fuzilamentos da montanha do príncipe Pío . . . . . . . . . 70A tua memória é uma dor constante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74Inerte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77A cocção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82Composição a negro e cinzento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85Estudo a cinza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86Rugas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88O vento chora pai . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89A casa despida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91Sofá-cama . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Alto relevo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94Quarto severo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95Estações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97Um pressentimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98Ele conspira e é quase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99Método científico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101Comédia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103Obitué . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104Nem mestre nem mastro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106Amendoins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107Ao ler os poetas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108

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Espremi um mirtilo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110Manhã seguinte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111Aula de natação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112Dies irae . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114A ponte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116Sauna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117Ele pensa o horizonte e cogita a dissolução . . . . . . . . . . . . . . . 118Caravana e estepe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120Devem ser as hormonas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123O cansaço do canto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126Żubrówka . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127

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