Pódio - 19 de janeiro de 2014

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Plano ‘B’ para começar Co m atenções totalmente voltadas para a Libert adores , o Flamen go estreia hoje no C arioca com um time reserva. Os titulares ser ão poupados pelo técnico Jayme de Almeida, que aproveitará a partida deste domingo, contra o Audax, para fazer testes . dio E7 MANAUS, DOMINGO, 19 DE JANEIRO DE 2014 [email protected] GAZETA PRESS Pódio E3 ‘Galinho’ e arte de morar na academia Pódio E4 e E5 Entenda toda briga judicial no Brasileiro

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

Transcript of Pódio - 19 de janeiro de 2014

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Plano ‘B’para começar

Com atenções totalmente voltadas para a Libertadores, o Flamengo estreia hoje no Carioca com um time reserva. Os titulares serão poupados pelo técnico Jayme de Almeida, que aproveitará a partida deste domingo, contra o Audax, para fazer testes. Pódio E7

MANAUS, DOMINGO, 19 DE JANEIRO DE 2014 [email protected]

Pódio E2 e E3DIEGO JANATÃ

GAZETA PRESS

Pódio E3

‘Galinho’ e arte de morar na academia

Pódio E4 e E5

Entenda toda briga judicial no Brasileiro

, DOMINGO, 19 DE JANEIRO DE 2014 [email protected]

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E2 MANAUS, DOMINGO, 19 DE JANEIRO DE 2014

O plano inicial era che-gar ao Rio de Janei-ro, representar bem o Amazonas na Copa

Rio e voltar para Manaus com o melhor desempenho possível na competição. Mas em vez disso, Wesley Wilker de Lima Borges e Matheus Henrique Meireles Mota, jogadores da equipe de Juniores do Tarumã, se viram em reunião com representantes do Bahia e, um mês depois, a cami-nho da Itália. O plano “furado” não podia ter dado mais certo para eles: o desempenho em campo contra a equipe baiana não classifi cou o time local, mas chamou a atenção dos dirigen-tes e resultou em um convite para a dupla amazonense atuar pelo clube nordestino.

O decorrer da história ainda parece inusitada para os dois rapazes, que com apenas 17 anos, já se vêm há nove meses em uma rotina longe da famí-lia, dos amigos e totalmente dedicada ao futebol. Wesley e Matheus vivem na Bahia e, após temporada das festas de fi m de ano na capital amazonense, já voltaram a rotina de treina-mentos no nordeste. Hoje, mais adaptados, eles ainda comemo-ram a oportunidade de jogar em uma equipe. “Tudo aconteceu muito rápido. Após o jogo contra o Bahia, os fi rigentes chamaram a gente, falaram com os nossos pais e pediram para a gente treinar pelo clube. Chegamos. Esse jogo foi em março, dia 1ºde abril chegamos ao clube e dia 29 já ganhamos a oportunidade de

jogar na Gradiska, competição de juniores na Itália. Nosso time não foi muito longe, mas já nos fi rmamos no clube”, relata o atacante Wesley, conhecido como Napão.

Wesley começou a jogar fute-bol quando ainda tinha 8 anos. Ele integrava o projeto Bom de Bola, do Governo do Estado. Aos 14 anos ganhou sua primeira oportunidade em um clube local: o Tarumã. Jogou lá por um ano e foi para o Nacional, onde atuou por dois anos. “Mas surgiu essa competição no Rio e eu voltei para o Tarumã para participar

dela”, lembra.Wesley não teve apenas que

se mudar para o Rio. Como ainda não tinha terminado os estudos, agora ele também que terá, neste ano, que estudar na Bahia, mais um passo importante para sua adptação completa. “E não vou mentir. No começo, logo que me mudei, não vou negar, vou muito difícil. Mas depois de um tempo foi melhorando. Eu conversava bastante com ele todos os dias, e foi ele quem me ensinou muias coisas.

Agora posso dizer que já estou bem mais tranquilo. Já estou adaptado”, comemora.

Agora, Wesley já começa a colher os frutos de uma adap-tação saudável. O principal be-nefício, segundo ele, tem sido o entrosamento com o time, o que tem feito com o trabalho em campo fl uir mais do que o esperado. Tanto que Wes-ley já aposta na regularidade para manter seu nome na lista de titulares da equipe baiana. “Estou fazendo o meu serviço direitinho. Se continuar assim, eu acredito sim que seja difícil eu perder a vaga de titular. Estou bastante focado”, diz.

Um Maradona no BahiaNome de craque, Matheus

já tem. Agora, ele se esforça mesmo para conquistar sua vaga defi nitiva, não sõ no time de Juniores do Bahia, mas no profi ssional adulto. “Eu quero aproveitar essa oportunidade. Fui muito bem recebido pela diretoria e pelos atletas e isso facilitou muito minha adapta-ção. Por isso a minha meta é me integrar ao grupo priffi onal e memanter aqui. Se Deus quiser ser uma grande revelaçãodo Bahia”, resume o jovem jogador aos 17 anos.

Com o mesmo período que Wesley na Bahia, “Mara-dona” chegou ao clube baiano com a glória de ter sido artilheiro do Nacional, no Amazo-nense de Juniores em 2011. Antes disso, ele também tinha começado a vida de atleta

no projeto Bom de Bola.Em 2011 ele já integrava o grupo do Tarumã, mas em 2012 teve uma passagem pelo clube da Vila Municipal.”E hoje só tenho a aagradecer. Principalmente ao meu pai e minha mãe. Meu pai sempre esteve ao meu lado, me apoiando em tudo e, inclu-sive, me levando aos treinos. Ele sempre me incentivou em tudo. Hoje eu posso dizer que eu estou aqui para dar um futuro melhor para eles”, diz.

E o jogador faz questão de expli-car o motivo de ter herdado o nome do ídolo do futebol argenti-no. “Me chamam de Maradona desde que eu jogava no Bom de Bola. Eu era pequenininho, cabeludo e muito veloz. Aí começaram a me chamar as-sim e ́ pegou`”, conclui.

Napão tenta lidar com a distância da família e dos amigos para render

Planos de Matheus é garantir vaga no time profi ssional adulto do Bahia e ser revelação

Wesley e Matheus foram “achados” pela diretoria do Tricolor Baiano durante um jogo válido pela Copa Rio

Napão garan-te que já está completamen-

te adaptado e entrosado à equipe baiana

Dupla de ex-jogadores do Tarumã vive há nove meses na Bahia e sonha se fi rmar no clube baiano

Um ‘oxente’bem amazonense

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MARÍLIA PIMENTAEquipe EM TEMPO

EM DESTAQUEDupla do Amazonas foi ao Rio de Janeiro para jogar pelo Tarumã na Copa Rio de Juniores e, apesar de não ter conquistado um bom resultado para a equi-pe, chamou a atenção do Tricolor Baiano

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E3MANAUS, DOMINGO, 19 DE JANEIRO DE 2014

Academia, doce larA paixão pelo esporte é inquestionável na vida de

Galinho (à direita na foto). Hoje, ele mora na academia onde treina, para se dedicar integralmente ao MMA

Treinamentos com outros lu-tadores são considerados pri-

mordiais na vida de Galinho

Só pode ser louco! Essa é reação que muitas pessoas têm ao ou-vir alguém dizer que

largou família, emprego ou estudos para se dedicar a um esporte, mais especifi camen-te ao MMA (Mixed Martial Arts). Mas não é loucura, é um sonho, que se realizado, pode mudar a vida de jovens como Wellerson Martins. Aos 18 anos, ele largou tudo e hoje mora onde treina, ou seja, em uma academia no bairro do Alvorada, Zona Centro-Oeste, sob o comando de Márcio Pontes— o primeiro treinador do detentor do cinturão dos médios no UFC, José Aldo.

Galinho, como é conhecido nos bastidores, não é o pri-meiro e nem será o último a cometer loucura em prol de um sonho. “Quis morar na academia porque é dedicação integral. Treino nos três turnos e fi co cada vez mais próxi-mo de realizar meu sonho: que é me tornar um lutador de sucesso. Isso vem desde novinho, acho que o MMA é um esporte que pode mudar meu futuro e estou apostando tudo nele”, comenta o garoto cuja família mora no Novo

Aleixo, da Zona Leste e muito distante do local de treino. “Não tinha como vir todos os dias para a academia, então apareceu essa oportunidade e agarrei. Estou apostando tudo nisso, é meu futuro em jogo”, diz esperançoso o lutador do peso-mosca (57 kg).

A modalidade ganhou mui-tos adeptos nos últimos anos e o Amazonas, além de ter

número “expressivo” de re-presentantes na maior fran-quia do esporte — o Ultimate Fighting Championship (UFC) — também é considerado fá-brica de novos campeões.

De acordo com o presidente da Federação Amazonense de MMA (Femma), Laércio Lima, a situação de Galinho não se difere da maioria de outros tantos lutadores oriundos de

municípios vizinhos a capital, ou até mesmo de Manaus, que moram em bairros distantes e sequer tem dinheiro para cus-tear as passagens de ônibus, mas deixam tudo para trás em busca de um lugar ao sol.

“Vem muito lutador do inte-rior do Amazonas para capital. Para eles, o ápice da carreira é lutar em Manaus. Todas as pessoas são determinadas por sonhos. E no MMA isso não é diferente. Hoje, se o cara for realmente bom, dependendo do evento que lutar, pode se tornar um astro com quatro combates. Sem contar que uma luta pode render a atletas que nem são tão famosos, de R$ 6 mil a R$ 15 mil. Quem não quer isso?!”, justifi ca o presidente da entidade.

A esperança de viver dias melhores infl uencia direta-mente na escolha desses jovens. Mas ainda sim, é ne-cessário cautela por parte dos atletas iniciantes e de seus treinadores. “A gente pede prudência para esses meni-nos que começaram agora, mesmo porque nem sempre vale à pena. O ‘Galinho’ está bem acolhido, o Márcio Pontes foi quem treinou o José Aldo e tem tradição no jiu-jítsu e provavelmente enxergou nes-se menino um potencial”.

FLAÍZE VIANAEquipe EM TEMPO

Desde ontem atletas amadores MMA se revezam no octógono montado na Associação dos Subtenen-tes e Sargentos da Polícia e Bombeiros Militares (no conjunto Beija-Flor, Cidade Nova, Zona Norte) em busca de um sonho: integrar a seleção brasileira e repre-sentar o país na primeira Copa do Mundo de MMA Amador, em Las Vegas.

Ao todo, 128 atletas de todos os Estados da Região Norte buscam uma vaga para seletiva nacional, mar-cada para abril, no Rio de Janeiro.

Passarão para etapa nacional os três primeiros colocados de cada uma das oito categorias da compe-tição que contemplará os pesos-mosca (56 kg), galo (61 kg), pena (66 kg), leve

(70 kg), meio-médio (77 kg), médio (84 kg), meio-pesado (93 kg) e pesado (até 120 kg).

Galinho está entre os que vão buscar uma dessas va-gas na categoria mosca. Ele terá pela frente quatro adversários. “Quero repre-sentar o Brasil nessa sele-tiva fazendo o que eu mais gosto. Treinei forte para isso”, garante.

Seletiva de MMA Amador

Galinho se mudou para a academia porque o local onde morava com a família é muito longe

Galinho já adotou a academia como um lar e divide espaço para trei-nos com amigos

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NÚMEROS De acordo com a Femma, atualmente 632 academias estão credenciadas junto à entidade. Quanto ao número de pratican-tes, cerca de seis mil pessoas já aderiram a treinos sem competir

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E4 E5MANAUS, DOMINGO, 19 DE JANEIRO DE 2014

‘Isso pode durar anos’Segundo especialista em Justiça Desportiva, briga entre torcedores de Portuguesa e Fluminense e a CBF está apenas no começo. Há, inclusive, o risco de não haver Brasileiro neste ano

Foi-se o tempo em que o futebol era decidi-do com dois times e uma bola, dentro de

quatro linhas. Desde o en-cerramento do Campeonato Brasileiro 2013, os estádios foram trocados por tribunais e, inclusive, com torcedores na “linha de frente”. A guerra entre Portuguesa, Fluminen-se e, agora, Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não tem prazo para acabar. Pelo menos é o que afi rma Antônio Policarpo Rios.

Segundo o advogado amazonense, especialista em Justiça Desportiva, dife-rentemente de outras áre-as do Direito, esta é mais simples e rápida de chegar a uma decisão. “Na área esportiva, já foi até a última instancia. Neste caso, juri-dicamente tem que se cum-prir a sentença proclamada (a punição da Portuguesa, que benefi cia o Fluminense). Mas existem muitos recur-sos, muitas possibilidades, na Justiça Comum”, diz. Na questão prática, isso pode durar anos”, ressalta.

Com base na experiência obtida em mais de 30 anos de profi ssão, Rios afi rma que “tudo pode acontecer”. Não há como prever o fi m de um processo tão complexo nos tribunais do país, com a possibilidade, inclusive, do surgimento de um preceden-te — uma decisão inédita que servirá de referência para um caso parecido no futuro. “Quem não convive no meio do futebol não vai entender, não sabe das peculiaridades. Pode ter uma decisão inédi-ta”, afi rma.

De acordo com o advoga-do, um juiz que nunca lidou com um caso relacionado à modalidade poderá surpre-ender até os mais “vetera-nos” da profi ssão. “Depende

das convicções do juiz. Elas podem ser jurídicas ou ‘clu-bísticas’ (ele pode torcer por

um dos times, por exemplo)”, declara aos risos. “Mas não acho que isso infl uenciaria. Você pode apenas supor. Não podemos especular o que o juiz vai dizer. Jamais seria algo concreto”, completa.

Para Antônio Policarpo Rios, entretanto, é possível cogitar algumas possibili-dades. “Se for um juiz que tem vivência (no futebol), com certeza ele adotaria a decisão do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desporti-va). Se ele for extremamente legalista, vai cumprir o Es-tatuto do Torcedor. Ele vai julgar de acordo com o que está nos autos e pela expe-riência dele com a causa. Ele vai estudar, pesquisar muito antes”, enfatiza.

Sem ‘limites’Se o magistrado acatar

o pedido dos torcedores, o caso pode fi car ainda mais “embolado”. Afi nal, em me-nos de uma semana, um teve liminar aceita no Rio de Janei-ro a favor do Tricolor Carioca, dias depois de a Justiça de São Paulo decidir pela de-volução dos pontos da Lusa. Ou seja: ambos os clubes foram “benefi ciados”. Diante de processos em jurisdições diferentes, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também resolveu entrar na briga.

“Tudo é possível, até mes-mo que chegue ao STJ (Su-perior Tribunal de Justiça). A CBF pode conseguir (fazer valer a sentença defi nitiva do STJD), mas as partes que se tornarem insatisfeitas vão recorrer de toda e qualquer decisão. E isso pode durar muitos anos. Essas liminares são estaduais, mas a legis-lação que o torcedor está entrando é o direito dele. Nessa lei, ele pode exigir que ela seja cumprida, explica.

NATÁLIA CAPLANEquipe EM TEMPO

Torcida da Lusa já amargou várias vezes o rebaixamento

Para quem nunca estudou Direito ou co-nhece apenas o básico, as diferentes vertentes da Justiça Brasileira podem ser um pouco confusas. “A sentença do TJ deveria ter sido publicada primeiro para ter validade pelo Esta-tuto do Torcedor. Entre-tanto, o STJD diz que, mesmo que o clube não tenha se defendido, mas regularmente citado, a sentença é válida a par-tir do pronunciamento”, resume Antônio Policar-po Rios.

O advogado cita al-gumas diferenças. “A Portuguesa tinha um advogado quando o jo-gador foi apenado. Ela tomou conhecimento, independentemente de publicação pelo Códi-go de Justiça Brasileira Desportiva, que é um decreto recorrente da Lei Pelé. Não tem força superior à Lei Federal, à Justiça Comum. Tem força para apenar casos desportivos, tudo que se tratar de competição, ele que julga”, explica.

De acordo com o es-pecialista em Justiça Desportiva, inclusive, o argumento utiliza-do pela Lusa no STJD poderia ter sido mais efi ciente. “Ele (o advo-gado) encontra contra-dição com a lei, porque o Estatuto do Torcedor, que é Federal, diz que a penalidade vale a partir da publicação. Porém, pelo código, na emissão da sentença. É nessa controvérsia que se está tentando revogar a sen-tença”, afi rma Antônio Policarpo Rios.

O erro do defensor do clube paulista, ressalta, é que a tese defendida foi de enfrentamento direto ao artigo, sem que fosse oferecida ou-tra capaz de sobrepô-la. Ou seja, tentaram des-qualifi car o Código de Justiça Brasileira Des-portiva, que poderia se sobrepor à legislação federal. “O STJD proferiu decisão coerente e justa diante das argumenta-ções apresentadas. A infração da portuguesa seria o descumprimento de sentença, não a irre-gularidade do atleta”.

O amazonense, inclu-sive, revelou o que faria se representasse a Lusa. “Se eu fosse advogado da Portuguesa, teria manuseado os artigos do código formulando tese que possibilitasse aos auditores emitirem acordo que deixasse a situação mais tranquila. Não foi oferecida opor-tunidade de trilhar ca-minho diferente”, diz.

A lei e suas complexas ‘vertentes’

Direito desportivo: é um ramo do Direito que trata das relações jurídicas existentes nas atividades desportivas. É uma justiça adminis-trativa e não pertencen-te ao Poder Judiciário brasileiro. A sua exis-tência está prevista no artigo 217 da Constitui-ção Federal.

Código Brasileiro de Justiça Desporti-va: é um documento onde constam todos os assuntos jurídicos rela-cionados ao esporte, de qualquer modalidade.

Lei Pelé: Lei 9.615, de 24 de março de 1998, que instituiu normas ge-rais sobre o desporto brasileiro com base nos princípios presentes na Constituição, revogan-do a chamada Lei Zico (Lei nº 8.672, de 6 de julho de 1993)

Estatuto do Torce-dor: Lei 10.671/03 tem o objetivo de proteger os interesses do con-sumidor de esportes no papel de torcedor, obrigando as institui-ções responsáveis a estruturar o esporte no país de maneira orga-nizada, transparente, segura, limpa e justa.

CONCEITOS

Diante das inúmeras chances de recursos por parte dos torcedores de Fluminense e Portuguesa, e da própria Confedera-

ção Brasileira de Fute-bol (CBF), Antônio Po-licarpo Rios ressalta um risco muito sério: várias paralisações na temporada ou, até mesmo, a sus-pensão do Campe-onato Brasileiro de Futebol de 2014. “Existe o risco de

não acontecer. Ain-da estamos nas fases

preliminares, ainda ha-

verá as liminares e recur-sos”, diz.

A possibilidade deve-se ao fato de a entidade máxi-ma da modalidade nacional ter até o dia 20 de fevereiro para fechar a tabela com os 20 participantes do torneio, conforme estipula o Esta-tuto do Torcedor. Sem os times da Série A defi nidos, consequentemente, as as-censões e rebaixamentos da Segunda Divisão, são preju-dicadas. “Será uma guerra de liminares primeiro. De-pois, para mudar as senten-ças. Isso pode durar anos”, enfatiza o advogado.

Risco de fi car sem Brasileiro

Ele ressaltou duas possi-bilidades para se chegar a um consenso e evitar uma batalha judicial sem fi m. “A CBF poderia resolver de uma forma administrativa, chegar a um acordo dire-tamente com os clubes ou fazer a Série A com 24 clu-bes, sem rebaixamentos”, afi rma, ao citar a ideia su-geria por Andrés Sanchez, ex-dirigente da confedera-ção. “Seria o mais racional, a saída mais fácil para re-solver outro problema. Mas traria outras implicações”, pondera.

Entretanto, Rios lembra que 2014 é ano de Copa do Mundo no Brasil, o que limita as datas disponíveis no calendário do esporte. “Você tem uma Copa do Mundo e um Brasileiro com mais jogos e menos datas. Tem os contratos para a transmissão do Brasileiro, que tem limite máximo de jogos com 20 participantes. Tem implicações econômi-cas. A ideia do Sanchez de-veria ser o caminho trilhado para resolver o problema com mais rapidez, porém, surgem outros”, opina.

Fim para a ‘guerra de liminares’

Não seria a primeira vez que o Campeonato Bra-sileiro deixaria de ser re-alizado. Em 2000, a CBF foi impedida de realizar o torneio em virtude do caso Sandro Hiroshi — atacante que “salvou” o Botafogo do rebaixamento, mas teve a transferência contestada.

Em razão disso, o Clube dos Treze realizou a Copa João Havelange, com times da série A, B e C. Foi nessa competição que o Flumi-nense retornou à elite sem fazer escala na Segundona. “Depois, a CBF homologou a competição. Isso pode acontecer novamente”.

Brasileirão já foi ‘substituído’

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Dorival ainda vive a expecta-tiva de saber se vai comandar a equipe tricolor na elite ou na Segundona

Torcedores do Fluminense não se conformam com rebaixamen-to e têm tentado de todas as formas livrar time da Série B

Policarpo acha que a melhor forma de resolver problema no Brasileirão é sentar com as equipes e fechar um acordo

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‘Isso pode durar anos’Segundo especialista em Justiça Desportiva, briga entre torcedores de Portuguesa e Fluminense e a CBF está apenas no começo. Há, inclusive, o risco de não haver Brasileiro neste ano

Foi-se o tempo em que o futebol era decidi-do com dois times e uma bola, dentro de

quatro linhas. Desde o en-cerramento do Campeonato Brasileiro 2013, os estádios foram trocados por tribunais e, inclusive, com torcedores na “linha de frente”. A guerra entre Portuguesa, Fluminen-se e, agora, Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não tem prazo para acabar. Pelo menos é o que afi rma Antônio Policarpo Rios.

Segundo o advogado amazonense, especialista em Justiça Desportiva, dife-rentemente de outras áre-as do Direito, esta é mais simples e rápida de chegar a uma decisão. “Na área esportiva, já foi até a última instancia. Neste caso, juri-dicamente tem que se cum-prir a sentença proclamada (a punição da Portuguesa, que benefi cia o Fluminense). Mas existem muitos recur-sos, muitas possibilidades, na Justiça Comum”, diz. Na questão prática, isso pode durar anos”, ressalta.

Com base na experiência obtida em mais de 30 anos de profi ssão, Rios afi rma que “tudo pode acontecer”. Não há como prever o fi m de um processo tão complexo nos tribunais do país, com a possibilidade, inclusive, do surgimento de um preceden-te — uma decisão inédita que servirá de referência para um caso parecido no futuro. “Quem não convive no meio do futebol não vai entender, não sabe das peculiaridades. Pode ter uma decisão inédi-ta”, afi rma.

De acordo com o advoga-do, um juiz que nunca lidou com um caso relacionado à modalidade poderá surpre-ender até os mais “vetera-nos” da profi ssão. “Depende

das convicções do juiz. Elas podem ser jurídicas ou ‘clu-bísticas’ (ele pode torcer por

um dos times, por exemplo)”, declara aos risos. “Mas não acho que isso infl uenciaria. Você pode apenas supor. Não podemos especular o que o juiz vai dizer. Jamais seria algo concreto”, completa.

Para Antônio Policarpo Rios, entretanto, é possível cogitar algumas possibili-dades. “Se for um juiz que tem vivência (no futebol), com certeza ele adotaria a decisão do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desporti-va). Se ele for extremamente legalista, vai cumprir o Es-tatuto do Torcedor. Ele vai julgar de acordo com o que está nos autos e pela expe-riência dele com a causa. Ele vai estudar, pesquisar muito antes”, enfatiza.

Sem ‘limites’Se o magistrado acatar

o pedido dos torcedores, o caso pode fi car ainda mais “embolado”. Afi nal, em me-nos de uma semana, um teve liminar aceita no Rio de Janei-ro a favor do Tricolor Carioca, dias depois de a Justiça de São Paulo decidir pela de-volução dos pontos da Lusa. Ou seja: ambos os clubes foram “benefi ciados”. Diante de processos em jurisdições diferentes, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também resolveu entrar na briga.

“Tudo é possível, até mes-mo que chegue ao STJ (Su-perior Tribunal de Justiça). A CBF pode conseguir (fazer valer a sentença defi nitiva do STJD), mas as partes que se tornarem insatisfeitas vão recorrer de toda e qualquer decisão. E isso pode durar muitos anos. Essas liminares são estaduais, mas a legis-lação que o torcedor está entrando é o direito dele. Nessa lei, ele pode exigir que ela seja cumprida, explica.

NATÁLIA CAPLANEquipe EM TEMPO

Torcida da Lusa já amargou várias vezes o rebaixamento

Para quem nunca estudou Direito ou co-nhece apenas o básico, as diferentes vertentes da Justiça Brasileira podem ser um pouco confusas. “A sentença do TJ deveria ter sido publicada primeiro para ter validade pelo Esta-tuto do Torcedor. Entre-tanto, o STJD diz que, mesmo que o clube não tenha se defendido, mas regularmente citado, a sentença é válida a par-tir do pronunciamento”, resume Antônio Policar-po Rios.

O advogado cita al-gumas diferenças. “A Portuguesa tinha um advogado quando o jo-gador foi apenado. Ela tomou conhecimento, independentemente de publicação pelo Códi-go de Justiça Brasileira Desportiva, que é um decreto recorrente da Lei Pelé. Não tem força superior à Lei Federal, à Justiça Comum. Tem força para apenar casos desportivos, tudo que se tratar de competição, ele que julga”, explica.

De acordo com o es-pecialista em Justiça Desportiva, inclusive, o argumento utiliza-do pela Lusa no STJD poderia ter sido mais efi ciente. “Ele (o advo-gado) encontra contra-dição com a lei, porque o Estatuto do Torcedor, que é Federal, diz que a penalidade vale a partir da publicação. Porém, pelo código, na emissão da sentença. É nessa controvérsia que se está tentando revogar a sen-tença”, afi rma Antônio Policarpo Rios.

O erro do defensor do clube paulista, ressalta, é que a tese defendida foi de enfrentamento direto ao artigo, sem que fosse oferecida ou-tra capaz de sobrepô-la. Ou seja, tentaram des-qualifi car o Código de Justiça Brasileira Des-portiva, que poderia se sobrepor à legislação federal. “O STJD proferiu decisão coerente e justa diante das argumenta-ções apresentadas. A infração da portuguesa seria o descumprimento de sentença, não a irre-gularidade do atleta”.

O amazonense, inclu-sive, revelou o que faria se representasse a Lusa. “Se eu fosse advogado da Portuguesa, teria manuseado os artigos do código formulando tese que possibilitasse aos auditores emitirem acordo que deixasse a situação mais tranquila. Não foi oferecida opor-tunidade de trilhar ca-minho diferente”, diz.

A lei e suas complexas ‘vertentes’

Direito desportivo: é um ramo do Direito que trata das relações jurídicas existentes nas atividades desportivas. É uma justiça adminis-trativa e não pertencen-te ao Poder Judiciário brasileiro. A sua exis-tência está prevista no artigo 217 da Constitui-ção Federal.

Código Brasileiro de Justiça Desporti-va: é um documento onde constam todos os assuntos jurídicos rela-cionados ao esporte, de qualquer modalidade.

Lei Pelé: Lei 9.615, de 24 de março de 1998, que instituiu normas ge-rais sobre o desporto brasileiro com base nos princípios presentes na Constituição, revogan-do a chamada Lei Zico (Lei nº 8.672, de 6 de julho de 1993)

Estatuto do Torce-dor: Lei 10.671/03 tem o objetivo de proteger os interesses do con-sumidor de esportes no papel de torcedor, obrigando as institui-ções responsáveis a estruturar o esporte no país de maneira orga-nizada, transparente, segura, limpa e justa.

CONCEITOS

Diante das inúmeras chances de recursos por parte dos torcedores de Fluminense e Portuguesa, e da própria Confedera-

ção Brasileira de Fute-bol (CBF), Antônio Po-licarpo Rios ressalta um risco muito sério: várias paralisações na temporada ou, até mesmo, a sus-pensão do Campe-onato Brasileiro de Futebol de 2014. “Existe o risco de

não acontecer. Ain-da estamos nas fases

preliminares, ainda ha-

verá as liminares e recur-sos”, diz.

A possibilidade deve-se ao fato de a entidade máxi-ma da modalidade nacional ter até o dia 20 de fevereiro para fechar a tabela com os 20 participantes do torneio, conforme estipula o Esta-tuto do Torcedor. Sem os times da Série A defi nidos, consequentemente, as as-censões e rebaixamentos da Segunda Divisão, são preju-dicadas. “Será uma guerra de liminares primeiro. De-pois, para mudar as senten-ças. Isso pode durar anos”, enfatiza o advogado.

Risco de fi car sem Brasileiro

Ele ressaltou duas possi-bilidades para se chegar a um consenso e evitar uma batalha judicial sem fi m. “A CBF poderia resolver de uma forma administrativa, chegar a um acordo dire-tamente com os clubes ou fazer a Série A com 24 clu-bes, sem rebaixamentos”, afi rma, ao citar a ideia su-geria por Andrés Sanchez, ex-dirigente da confedera-ção. “Seria o mais racional, a saída mais fácil para re-solver outro problema. Mas traria outras implicações”, pondera.

Entretanto, Rios lembra que 2014 é ano de Copa do Mundo no Brasil, o que limita as datas disponíveis no calendário do esporte. “Você tem uma Copa do Mundo e um Brasileiro com mais jogos e menos datas. Tem os contratos para a transmissão do Brasileiro, que tem limite máximo de jogos com 20 participantes. Tem implicações econômi-cas. A ideia do Sanchez de-veria ser o caminho trilhado para resolver o problema com mais rapidez, porém, surgem outros”, opina.

Fim para a ‘guerra de liminares’

Não seria a primeira vez que o Campeonato Bra-sileiro deixaria de ser re-alizado. Em 2000, a CBF foi impedida de realizar o torneio em virtude do caso Sandro Hiroshi — atacante que “salvou” o Botafogo do rebaixamento, mas teve a transferência contestada.

Em razão disso, o Clube dos Treze realizou a Copa João Havelange, com times da série A, B e C. Foi nessa competição que o Flumi-nense retornou à elite sem fazer escala na Segundona. “Depois, a CBF homologou a competição. Isso pode acontecer novamente”.

Brasileirão já foi ‘substituído’

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Dorival ainda vive a expecta-tiva de saber se vai comandar a equipe tricolor na elite ou na Segundona

Torcedores do Fluminense não se conformam com rebaixamen-to e têm tentado de todas as formas livrar time da Série B

Policarpo acha que a melhor forma de resolver problema no Brasileirão é sentar com as equipes e fechar um acordo

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E6 MANAUS, DOMINGO, 19 DE JANEIRO DE 2014

Corinthians enfrenta Portuguesa

Pressionado por apagar a má impressão deixada pelo Corinthians no fi m do últi-mo Campeonato Brasileiro, Mano Menezes reestreia no comando técnico da equipe alvinegra hoje, às 15h (de Manaus), diante da Por-tuguesa, no Canindé, pela primeira rodada do Cam-peonato Paulista. De acordo com o treinador, porém, o time não deve apresentar um futebol de encher os olhos nas partidas inicias do Estadual.

“Nós temos que primeiro afi rmar uma ideia de time, e ver se ela vai se concretizar nos próximos jogos. A teoria só se confi rma com os re-sultados positivos. E é isso que querermos fazer em um primeiro momento. Então, é provável que não tenhamos grandes atuações neste primeiro momento, assim como as outras equipes também não terão”, disse.

Apesar disto, o coman-dante alvinegro reconheceu a pressão e assumiu que o Timão terá a responsabili-dade a encerrar o Paulista com o título. “Eu vejo que um clube com a estrutura como a do Corinthians entra em qualquer competição para ganhar. Este será o nosso objetivo no Paulista. Sabe-mos que teremos grandes adversários, mas vamos entrar para ser campeões”, declarou o treinador.

PAULISTÃO

Reformulada, Ponte Preta recebe o Ituano em casa

Reformulada após o vice-campeonato da Copa Sul-americana, a Ponte Preta terá o primeiro compromisso em 2014 hoje, às 17h30 (de Manaus), diante do Ituano, no estádio Moisés Lucarelli. O embate, válido pela roda-da inaugural do Campeona-to Paulista, marca a estreia do jovem técnico Sidney Moraes. O ex-volante, que comandou o Icasa na últi-ma Série B do Campeonato Brasileiro, terá pela frente o Galo, também guiado por um jogador que atuava no setor de contensão do meio campo: Doriva, que vestiu a camisa do São Paulo e da Seleção Brasileira.

Para o embate, Sidney Mo-raes terá que contornar um grande problema: o jovem técnico não tem laterais de ofício para escalar. Com as saídas de Artur, Rodrigo Biro e Uendel, a Macaca con-tratou Neílson (ex-Icasa) e Magal (ex-Flamengo e Por-tuguesa), mas nenhum deles estará disponível hoje.

PAULISTÃO

Sidney Moraes tem missão de começar bem na competição

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FICHA TÉCNICAPONTE PRETA ITUANO

Local:

Horário:

Árbitro:

Estádio Estádio Moisés Lucarelli

17h30 (de Manaus)

Vinícius Furlan

PONTE PRETA: Roberto; Cé-sar, Diego Sacoman e Gabriel; Ferrugem, Bruno Silva, Alef, Adrianinho, Tchô e Fernando Bob; Alemão Técnico: Sidney Moraes

ITUANO: Vágner; Alex (Dick), Alemão, Anderson Salles e Dener; Gercimar, Josa, Jackson Caucaia e Marcinho (Cristian); Túlio Renan (Rafael Silva) e Marcão Técnico: Doriva

Grêmio vai de sub-23 na estreiaCom os titulares ainda em

pré-temporada, é o time sub-23 do Grêmio que iniciará a disputa do Campeonato Gaú-cho. Hoje, a garotada tricolor começa sua caminhada no estadual enfrentando o São José, no Passo d’Areia, em Porto Alegre. Este deve ser o primeiro de ao menos três jogos do time B gremista na competição.

A tentativa do Grêmio é de fazer em 2014 com seu time B uma campanha melhor que a do ano passado. A garotada disputou ao todo oito jogos no estadual de 2013, conquis-tando apenas duas vitórias e um aproveitamento de 29,2%. Porém, mesmo que mantenha o discurso de que buscar o título gaúcho e impedir o te-tracampeonato do Inter seja importante, nada deve alterar o planejamento do clube, que

utilizará os reservas ou junio-res sempre que possa haver algum confl ito com datas da Libertadores.

Nomes como o goleiro Follmann, o lateral Tinga, o volante Matheus Biteco e o centroavante Yuri Mamute participaram da campanha do ano passado do time sub-23. Há, porém, novidades para este ano: o zagueiro Rafael Thyere, que chegou a integrar o elenco profi ssional na reta fi nal do brasileiro, é um deles. Outro é seu companheiro de defesa, o argentino Canave-sio, uma das apostas da di-reção para este ano.

A última amostragem da equipe foi boa: na última quar-ta, a garotada gremista mas-sacrou a equipe do Sindicato dos Atletas Profi ssionais do RS por 13 a 1, em jogo-trei-no disputado no campo da

PUCRS, em Porto Alegre. O atacante Luan, com três gols, foi o grande destaque.

O São José, que tem tido boas participações nos últi-mos estaduais, também ob-teve resultados satisfatórios nos últimos amistosos. Em dezembro, a equipe bateu o Cerâmica por 2 a 0 e o Inter B por 2 a 1. No último dia 11, fi cou no 0 a 0 com o Esportivo, em Bento Gonçalves.

HistóricoEm 2013, Zequinha come-

çou o estadual de forma arra-sadora, ganhando seus quatro jogos iniciais sem sofrer gols, até levar 5 a 1 do Grêmio no Olímpico. Dali em diante, não venceu mais nenhuma vez – fi cou todo o segundo turno sem marcar um gol sequer – e escapou do rebaixamento por muito pouco.

VERSUS SÃO JOSÉ

FICHA TÉCNICASÃO JOSÉ GRÊMIO

Local:

Horário:

Árbitro:

Estádio Passo d’Areia, em Porto Alegre (RS)

15h (de Manaus)

Luís Teixeira Rocha

Flamengo: SÃO JOSÉ: Luís Carlos; Sebá, Everton, Vinícius e João Pedro; Fabinho, Willian, Maycon e Franciel; Zezinho e Jean Técnico: Beto Campos

GRÊMIO: Follmann; Tinga, Rafael Thyere, Canavesio e Breno; Moisés, Matheus Biteco e Jeferson; Luan, Yuri Mamute e Everaldo Técnico: Mabília

Técnico Malíbia (em pé) estará no comando do time sub-23 deste domingo, que enfrentará o São José pela estreia no Gauchão

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São Paulo entra em campo hoje, contra o Bragantino, na tentativa de mostrar aos tricolores que problemas no clube são coisas do passado

Em busca de reconquistar a torcida

Bragantino, na tentativa de mostrar aos tricolores que problemas no clube são coisas do passado

reconquistar

Após vitórias por 2 a 1 sobre Marília e Esta-dos Unidos durante a pré-temporada, o São

Paulo disputará o seu primeiro jogo ofi cial em 2014 a partir das 15h (de Manaus) de hoje. A expectativa é mostrar à tor-cida já contra o Bragantino, no Estádio Nabi Abi Chedid, que os problemas de 2013 não viraram o ano com a equipe.

”Fazer uma boa temporada é obrigação do São Paulo. Um clube desse tamanho não pode sofrer assim de novo. O que aconteceu foi um absurdo. Já conversei com o elenco sobre isso várias vezes, e eles estão dando uma boa resposta em re-lação a empenho e à disciplina. Tudo está diferente”, discursou o técnico Muricy Ramalho.

Na verdade, nem tudo mudou. À exceção do lateral direito Luis Ricardo, que veio da Portugue-sa, o grupo chefi ado por Muricy é praticamente o mesmo que caiu diante do Corinthians no Campeonato Paulista passado e na Recopa Sul-americana, lutou contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro e foi eliminado da Copa Sul-ameri-cana pela Ponte Preta.

Apesar da escassez de refor-ços, os jogadores do São Paulo têm defendido publicamente

que compõem, sim, uma equipe favorita a grandes conquistas em 2014. O meia Paulo Henri-que Ganso chegou a defi nir o time como o melhor do Brasil para rebater o entusiasmo do centroavante rival Paolo Guer-rero com o Corinthians de Mano Menezes.

Muricy não chegou a tama-nha empolgação antes da es-

treia no grupo A, que também tem Comercial, Atlético Soro-caba, Penapolense e Linense. O técnico colocou Corinthians e Santos em vantagem em relação ao São Paulo, constatou que os seus atletas ainda não estão em perfeitas condições físicas e técnicas e continua à espera de novas contratações. Tudo sem perder as esperanças: “O elenco é quase o mesmo, mas

o ser humano melhora quando sabe que está devendo”.

Para reconquistar a confi ança da torcida, o São Paulo pre-cisa justifi car rapidamente a fi losofi a de seu treinador. “Mas não será no primeiro jogo que eles voltarão a fi car do nosso lado. E n f r e n -t a m o s m u i t a s cobran- ças no ano passa- do”, pon-derou o meio-campista Maicon, que seguiu como titular em 2014.

Maicon terá dois volantes ao seu lado no meio-campo: Wellington, de contrato reno-vado até outubro de 2018 e agora com a missão de ser útil ofensivamente, e Denilson, que atuará quase como um terceiro zagueiro. Na lateral di-reita, Luis Ricardo fará a sua estreia, enquanto Ademilson será o companheiro de ataque de Luis Fabiano.

”Não teremos muitas novida-des na equipe, até porque os jo-gadores não mudaram muito”, lamentou Muricy, preocupado de não ser surpreendido pelo Bragantino. “É uma equipe de pegada forte. Será um jogo duríssimo”, concluiu.

FICHA TÉCNICAPONTE PRETA ITUANO

Local:

Horário:

Árbitro:

Estádio Estádio Moisés Lucarelli

17h30 (de Manaus)

Vinícius Furlan

PONTE PRETA: Roberto; Cé-sar, Diego Sacoman e Gabriel; Ferrugem, Bruno Silva, Alef, Adrianinho, Tchô e Fernando Bob; Alemão Técnico: Sidney Moraes

ITUANO: Vágner; Alex (Dick), Alemão, Anderson Salles e Dener; Gercimar, Josa, Jackson Caucaia e Marcinho (Cristian); Túlio Renan (Rafael Silva) e Marcão Técnico: Doriva

FICHA TÉCNICABRAGANTINOSÃO PAULO

Local:

Horário:

Árbitro:

Estádio Nabi Abi Chedid, em Bra-gança Paulista (SP)

15h (de Manaus)

Cássio Luiz Zan-copé (SP)

BRAGANTINO: Rafael Defendi; Iago, Guilherme e Alexandre; Robertinho, Francesco, Geandro, Gustavo e Léo Jaime; Lincom e Cesinha Técnico: Marcelo Veiga

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Luis Ricardo, Rodrigo Caio, Antônio Carlos e Reinaldo; Denilson, Maicon, Wellington e Paulo Henrique Ganso; Ademil-son e Luis Fabiano Técnico: Muricy Ramalho

Muricy Ramalho acredita que o grupo tricolor está pronto para um ano de dispu-tas diferente

SERGIO BARZAGHI/GAZETA PRESS

OTIMISMOApesar da escassez de reforços, os jogado-res do São Paulo têm defendido publicamen-te que compõem, sim, uma equipe favorita a conseguir grandes con-quistas na temporada 2014 do futebol

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Page 7: Pódio - 19 de janeiro de 2014

E7 MANAUS, DOMINGO, 19 DE JANEIRO DE 2014

Cabo encara força do MacaéDepois de dois anos na

segunda divisão, a Cabo-friense retorna à elite do futebol carioca e não terá uma tarefa fácil na estreia. Vai enfrentar o Macaé que costuma ser um adversário muito difícil, mesmo quando atua fora de casa. O jogo acontecerá, às 15h de hoje, no estádio Alair Corrêa, em Cabo Frio, com arbitragem de Estevão Trindade.

A Cabofriense que é diri-gida por Alexandre Barroso apresenta como destaques o zagueiro Gladstone, re-velado pelo Cruzeiro e os atacantes Fabrício Carvalho e Bruno Veiga.

O Macaé vem com um grupo reformado, uma vez que 12 jogadores foram contratados para a tem-porada. Mas a estrela do time é o experiente atacante Jean que defendeu Flamen-go, Vasco e Fluminense.

DE VOLTA

De reservas para começar

O Flamengo entra em campo, hoje, contra o Audax, poupando os seus titulares para a disputa da Libertadores

Sem seus principais joga-dores, o Flamengo estreia hoje no Campeonato Ca-rioca, contra o Audax, no

Maracanã. O técnico Jayme de Almeida vai poupar os titulares, pois quer trabalhar melhor fi si-camente visando a disputa da Libertadores. Pelo lado do time da Baixada Fluminense, que fez boa campanha no ano passado, o destaque está no banco de re-servas, com o técnico Valber.

No Flamengo, o início da tem-porada vai servir para a comissão técnica testar alguns jogadores para o restante do ano. Alguns jo-vens vão ter a oportunidade para mostrar serviço e nesta primeira partida, serão o meia Mattheus, fi lho de Bebeto, além do atacante Negueba, que volta ao clube após passagem pelo São Paulo. No restante, a escalação é de velhos conhecidos dos torcedores.

Para Negueba, será a chance reconquistar a torcida do Fla-mengo. O jogador chegou a ser o xodó do técnico Joel Santana, mas acabou perdendo espaço e emprestado. “Tenho a noção e sei que a camisa do Flamengo

é bastante complicada de se jo-gar, a torcida vai cobrar, mas estou preparado para ajudar a equipe. Fiquei longe, só torcendo, e espero jogar bem e recon-quistar a confi ança da torcida do Flamengo”, disse.

No Audax, o técnico Valber é a maior atração. O ex-jogador tem a responsabilidade de repetir a boa campanha da temporada passada, quando a equipe chegou a vencer o Flamengo na Taça Rio. O comandante afi rmou que está motivado para encarar o campeão da Copa do Brasil.

”Estou tentando passar minha experiência para os atletas que ainda não tiveram essa oportu-nidade, de jogar contra um clube grande. Estrear contra o campeão da Copa do Brasil, no Maraca-nã, nos motiva muito. Dá mais vontade e determinação para os jogadores. Vamos tentar fazer bonito no Maracanã”, declarou.

Dentro de campo, as principais atrações do Audax são o late-ral esquerdo Jorginho Paulista, que já teve passagem pelo Vas-co, além do experiente volante Wellington Monteiro.

Negueba volta à equipe depois de uma temporada no São Paulo e deve ser testado hoje

FICHA TÉCNICAFLAMENGOAUDAX

Local:

Horário:

Árbitro:

Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

15h (de Manaus)

Philip Georg Bennett

FLAMENGO: Paulo Victor, Di-gão, Welinton, Frauches e João Paulo; Cáceres, Val e Mattheus; Gabriel, Negueba e NixonTécnico: Jayme de Almeida

AUDAX: Juninho, Adilson, Aderaldo, Leandro Camilo e Jorginho Paulista; Klauber, Wellington Monteiro, Guilherme Lopes e Luquinha; Renatinho e WashingtonTécnico: Valber

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Bonsucesso aposta em jovens jogadores na volta

A tradicional equipe da zona da Leopoldina tam-bém retorna ao convívio dos grandes e hoje, a es-treia será diante do Volta Redonda, às 15h, no Está-dio Leônidas da Silva,em Teixeira de Castro, com arbitragem de Pathrice Maia.

O técnico Ricardo Barr-reto que levou o time ao acesso foi mantido. E o Bonsuça apostou em jo-vens jogadores para se manter na primeira divisão. Os jovens Caio, China e Yago, revelados pelo Fla-mengo, são as apostas do Rubro-Anil que espera casa cheia como acontece nor-malmente com as partidas disputadas em casa.

A novidade do Volta Re-donda é o treinador Tar-cisio Pugliese que dirigiu algumas equipes do futebol

paulista, inclusive o Guara-ni, de Campinas. Pugliese trouxe alguns jogadores que trabalharam sob seu comando no Bugre e es-pera ser bem sucedido na

sua primeira experiência no futebol do Rio de Janeiro. O grande nome da equipe da Cidade do Aço é o goleiro Gatti, destaque da equipe no Estadual de 2013.

EM CAMPONa partida de hoje, Caio, China e Yago, revelados pelo Fla-mengo, são as apos-tas do time rubro-anil para a partida de hoje. Aposta é ter casa cheia para a estreia da equipe

NA ELITE

Equipe do Cabofriense entra em campo com a responsabilidade de voltar com tudo

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Page 8: Pódio - 19 de janeiro de 2014

E8 MANAUS, DOMINGO, 19 DE JANEIRO DE 2014

PSG tenta manter a vantagem

Benfi ca briga pela ponta isoladaPORTUGAL

cado, tenta a recuperação hoje. Para isso, a equipe precisa vencer o Vitória de Setúbal, no Estádio do Dragão. Outro des-taque da rodada é o duelo que fecha a roda-da, amanhã. Nacional

e Estoril, quinto e quarto colocado, que

brigam para disputar a Liga Europa da próxima

tempora-da.

Após assumir a liderança do Campeonato Português ao vencer o clássico contra o Porto na rodada passada, o Benfica tem a missão de manter a vantagem so-bre os rivais, neste fim de semana, pela 16ª rodada. Para isso, a equipe lis-boeta vai encarar o Marítimo, hoje, no Estádio da Luz.

É provável que o Benfica entra em campo pressionado, pois no dia anterior, o vice-líder Spor-ting vai enfrentar o Arouca, fora de casa, Em caso de vitória, a outra equipe de Lisboa dorme da liderança da competição.

Já o Porto, terceiro colo-

Técnico do Ben-fi ca, Jorge Jesus sabe da res-ponsabilidade que tem de não deixar escapar vantagem

DIV

ULG

AÇÃO

FRANÇA

dos rivais na rodada passada e tenta manter a vantagem na ponta do Campeonato

Francês, hoje, con-tra o Nan-

tes, no

Parque dos Prín-c i p e s .

Para isso, a equipe con-ta com a boa fase do sueco Ibrahimovic e do zaguei-ro Thiago Silva, elei-tos para a

seleção do ano da Fifa.Já o Monaco, vice-líder,

espera se recuperar na competição, no mesmo dia. Para isso, a equipe do co-lombiano Falcao Garcia terá que derrotar fora de casa o Toulouse, que está no meio da tabela.

Chelsea e UnitedA 22ª rodada do Campe-

onato Inglês marca o duelo entre Chelsea e Manchester, hoje, em Stamford Bridge. As equipes estão em momentos diferentes dentro da com-petição.

Os Blues, comandados por José Mourinho, brigam pela liderança da Premier Lea-gue, enquanto que os Red Devils estão em recuperação após o início ruim.

O Paris Saint Germain foi benefi ciado com os tropeços

Ibrahimovic é o grande nome do Paris Saint Germain na partida de hoje

Seedorf em dia de estreiaEx-jogador do Botafogo, Clarence Seedorf passa hoje pelo seu primeiro teste no comando do Milan. Clube rossonero encara a equipe do Verona

Mesmo na 11ª posição do Campeonato Italiano, o Milan é o destaque da rodada. A equipe de Milão

entra em campo hoje para encarar o Verona com uma novidade no cam-po: o holandês Clarence Seedorf. O ex-jogador, que encerrou a carreira na semana passada para aceitar o convite de comandar os rossoneros, tem a missão de recuperar o time

dos brasileiros Kaká e Robinho na competição.

Seedorf era nome bastante cobiça-do para ser mantido no Botafogo. No entanto, o clube rossonero investiu pesado no seu ex-jogador e, na última semana, o convenceu a assinar con-trato por dois anos e meio. Uma má notícia para a torcida botafoguense, que esperava ter o jogador de volta o mais rápido possível.

Seedorf foi uma das estrelas do clu-be alvinegro, principalmente no Brasi-leiro do ano passado. Ele conquistou a torcida e hoje entra em nova etapa da carreira. Sua posição de técnico já é questionada pela imprensa italiana e até mesmo por colegas de equipe, que afi rmaram na última semana dizer que o ideal é esperá-lo atuar no comando da equipe para depois opinar sobre o seu futuro.

Menos de uma semana após

fechar contrato com o Milan,

ex-jogador do Botafogo tem prova de fogo como técnico

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AÇÃO

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