PÊNIS - sboc.org.br · cN2 ≥ 2 LFN inguinais móveis e palpáveis uni- ou bilaterais cN3 Massa...

16
Diretrizes de tratamentos oncológicos recomendados pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica Observação As diretrizes seguem níveis pré-definidos de evidência científica e força por trás de cada recomendação (ver anexo). Não são objetivos dessas diretrizes recomendações a respeito de rastreamento nem considerações fisiopatológicas sobre as doenças. Cada opção terapêutica recomendada foi avaliada quanto à relevância clínica, mas também quanto ao impacto econômico. Assim, algumas alternativas podem (não há obrigatoriedade) ser recomendadas como aceitá- veis somente dentro de um cenário de restrição orçamentária, no sistema público de saúde brasileiro (devendo ser identificadas e com a ressalva de que não configuram a alternativa ideal, dentro do espaço considerações). PÊNIS AUTORES Dr. Andrey Soares Dr. Fernando Nunes Dr. Fernando Sabino M. Monteiro Dr. Luiz Flavio Coutinho Drª. Mariana Siqueira

Transcript of PÊNIS - sboc.org.br · cN2 ≥ 2 LFN inguinais móveis e palpáveis uni- ou bilaterais cN3 Massa...

Page 1: PÊNIS - sboc.org.br · cN2 ≥ 2 LFN inguinais móveis e palpáveis uni- ou bilaterais cN3 Massa inguinal palpável e fixa ou linfadenectomia pélvica uni- ou bilateral. 3 Diretrizes

Diretrizes de tratamentos oncológicos recomendados pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica

ObservaçãoAs diretrizes seguem níveis pré-definidos de evidência científica e força por trás de cada recomendação (ver anexo). Não são objetivos dessas diretrizes recomendações a respeito de rastreamento nem considerações fisiopatológicas sobre as doenças. Cada opção terapêutica recomendada foi avaliada quanto à relevância clínica, mas também quanto ao impacto econômico. Assim, algumas alternativas podem (não há obrigatoriedade) ser recomendadas como aceitá-veis somente dentro de um cenário de restrição orçamentária, no sistema público de saúde brasileiro (devendo ser identificadas e com a ressalva de que não configuram a alternativa ideal, dentro do espaço considerações).

PÊNIS

AUTORES

Dr. Andrey SoaresDr. Fernando Nunes Dr. Fernando Sabino M. MonteiroDr. Luiz Flavio CoutinhoDrª. Mariana Siqueira

Page 2: PÊNIS - sboc.org.br · cN2 ≥ 2 LFN inguinais móveis e palpáveis uni- ou bilaterais cN3 Massa inguinal palpável e fixa ou linfadenectomia pélvica uni- ou bilateral. 3 Diretrizes

2

Diretrizes de tratamentos oncológicosPênis

Lista de abreviaturas5-FU 5-fluorouracilECOG Eastern Cooperative Oncology GroupEGFR Epidermal Growth Factor ReceptorFALC FosfatasealcalinaFDG FluordesoxiglicoseFR ForçaderecomendaçãoHPV Human papillomavirusILV InvasãolinfovascularIPN InvasãoperineuralLFN Linfonodo(s)NCCN National Comprehensive Cancer NetworkPD-L1 Programmed cell death-ligand 1PET/CT Positron emission tomography/computed tomographyPS Performance statusQT QuimioterapiaRM RessonânciamagnéticaRT RadioterapiaRX RadiografiaTC TomografiacomputadorizadaUSG Ultrassonografia

� Estadiamento1

Tumor primário

T Definição

Tis Carcinomain situ(Neoplasiaintraepitelialpeniana–NIP)

Ta Carcinomaverrucosonãoinvasivo

T1a TumorsemILVouIPNenãoaltograu (ex:≥3ousarcomatoide)

T1b TumorcomILVe/ouIPNoualtograu (ex:≥3ousarcomatoide)

T2 Tumorinvadeocorpoesponjoso(glandee/oueixoventral)comouseminvasãouretral

T3 Tumorinvadecorpocavernoso(incluindotúnicaalbugínea)comouseminvasãouretral

T4 Tumorinvadeoutrasestruturasadjacentes (escroto,próstatae/ouossopúbis)

LinfonodosClínico

cN Definição

cN0 AusênciademetástasesemLFN

cN1 LFNinguinalmóvelepalpávelunilateral

cN2 ≥2LFNinguinaismóveisepalpáveisuni-oubilaterais

cN3 Massainguinalpalpávelefixaou linfadenectomiapélvicauni-oubilateral

Page 3: PÊNIS - sboc.org.br · cN2 ≥ 2 LFN inguinais móveis e palpáveis uni- ou bilaterais cN3 Massa inguinal palpável e fixa ou linfadenectomia pélvica uni- ou bilateral. 3 Diretrizes

3

Diretrizes de tratamentos oncológicosPênis

� Estadiamento1

Tumor primário

T Definição

Tis Carcinomain situ(Neoplasiaintraepitelialpeniana–NIP)

Ta Carcinomaverrucosonãoinvasivo

T1a TumorsemILVouIPNenãoaltograu (ex:≥3ousarcomatoide)

T1b TumorcomILVe/ouIPNoualtograu (ex:≥3ousarcomatoide)

T2 Tumorinvadeocorpoesponjoso(glandee/oueixoventral)comouseminvasãouretral

T3 Tumorinvadecorpocavernoso(incluindotúnicaalbugínea)comouseminvasãouretral

T4 Tumorinvadeoutrasestruturasadjacentes (escroto,próstatae/ouossopúbis)

LinfonodosClínico

cN Definição

cN0 AusênciademetástasesemLFN

cN1 LFNinguinalmóvelepalpávelunilateral

cN2 ≥2LFNinguinaismóveisepalpáveisuni-oubilaterais

cN3 Massainguinalpalpávelefixaou linfadenectomiapélvicauni-oubilateral

Page 4: PÊNIS - sboc.org.br · cN2 ≥ 2 LFN inguinais móveis e palpáveis uni- ou bilaterais cN3 Massa inguinal palpável e fixa ou linfadenectomia pélvica uni- ou bilateral. 3 Diretrizes

4

Diretrizes de tratamentos oncológicosPênis

Patológico

pN Definição

pN0 AusênciademetástasesemLFNregionais

pN1 ≤2LFNinguinaisunilateraissemextensãoextracapsular

pN2 ≥3LFNinguinaisunilateraisouLFNbilaterais

pN3 ExtensãoextracapsularouLFNpélvicosuni-oubilaterais

Metástases

M Definição

M0 Ausênciademetástasesàdistância

M1 Presençademetástasesàdistância

Page 5: PÊNIS - sboc.org.br · cN2 ≥ 2 LFN inguinais móveis e palpáveis uni- ou bilaterais cN3 Massa inguinal palpável e fixa ou linfadenectomia pélvica uni- ou bilateral. 3 Diretrizes

5

Diretrizes de tratamentos oncológicosPênis

Agrupamento TNM

Estádio T N M

0is Tis N0 M0

0a Ta N0 M0

I T1a N0 M0

IIaT1b N0 M0

T2 N0 M0

IIb T3 N0 M0

IIIa T1-T3 N1 M0

IIIb T1-T3 N2 M0

IV

T4 Qualquer M0

Qualquer N3 M0

Qualquer Qualquer M1

Graduação histopatológica

Grau Definição

Gx Nãoavaliável

G1 Bemdiferenciado

G2 Moderadamentediferenciado

G3 Pobrementediferenciado

Page 6: PÊNIS - sboc.org.br · cN2 ≥ 2 LFN inguinais móveis e palpáveis uni- ou bilaterais cN3 Massa inguinal palpável e fixa ou linfadenectomia pélvica uni- ou bilateral. 3 Diretrizes

6

Diretrizes de tratamentos oncológicosPênis

� Exames para estadiamento2-5

Exame FR

Tumor primário:

-Históriaclínicadetalhada

-Examefísicocompalpaçãopenianaparaavaliaçãodaextensãolocalbemcomoavaliaçãodeambasvirilhasobservandonúmero,lateralidadeecaracterísticasdosLFNinguinais

C

Linfonodos regionais:

-Nãopalpáveise≥T1b:TCouRMdeabdome/pelve+TCouRXdetoráx.EmcasosdeLFNsuspeitosprosseguirinvestigaçãoinvasiva.

-Palpáveis:TCouRMdeabdome/pelve+TCouRXdetoráx.Considerarcintilografiaósseaemcasodequeixaálgicae/ouaumentodeFALC.ConsiderarPET/CTcomFDGcasoexistaacesso.EmcasosdeLFNsuspeitosprosseguirinvestigaçãoinvasiva.

C

Doença a distância:

-LFNpositivooudoençaadistância:TCouRMdeabdome/pelve+TCouRXdetoráx.Considerarcintilografiaósseaemcasodequeixaálgicae/ouaumentodeFALC.ConsiderarPET/cTcomFDGcasoexistaacesso.

C

� Tratamento

Doença localizada (Tis-T4N0)Tratamento local

Ta ou Tis

Opçõespreferenciais-5-FUtópico;-Imiquimodetópico.

Outrasopções-Ressecçãoàlaser;-CirurgiamicrográficadeMohs;-Ressecçãoparcialoutotaldoepitélioacometido.

T1a

Opçãopreferencial-Penectomiaparcial.

OutrasOpções-Ressecçãoparcialoutotaldoepitélioacometido;-CirurgiamicrográficadeMohs;-RT/braquiterapia.

T1b/T2

Opçãopreferencial-Penectomiaparcialoutotal.

Pacientesinoperáveis-RTouRT+QT.

T2 extenso, T3 e T4

Opçãopreferencial-Penectomiatotal.

Casosselecionados-Penectomiaparcial.

Pacientesinoperáveis-RTouRT+QT.

Page 7: PÊNIS - sboc.org.br · cN2 ≥ 2 LFN inguinais móveis e palpáveis uni- ou bilaterais cN3 Massa inguinal palpável e fixa ou linfadenectomia pélvica uni- ou bilateral. 3 Diretrizes

7

Diretrizes de tratamentos oncológicosPênis

� Tratamento

Doença localizada (Tis-T4N0)Tratamento local

Ta ou Tis

Opçõespreferenciais-5-FUtópico;-Imiquimodetópico.

Outrasopções-Ressecçãoàlaser;-CirurgiamicrográficadeMohs;-Ressecçãoparcialoutotaldoepitélioacometido.

T1a

Opçãopreferencial-Penectomiaparcial.

OutrasOpções-Ressecçãoparcialoutotaldoepitélioacometido;-CirurgiamicrográficadeMohs;-RT/braquiterapia.

T1b/T2

Opçãopreferencial-Penectomiaparcialoutotal.

Pacientesinoperáveis-RTouRT+QT.

T2 extenso, T3 e T4

Opçãopreferencial-Penectomiatotal.

Casosselecionados-Penectomiaparcial.

Pacientesinoperáveis-RTouRT+QT.

Page 8: PÊNIS - sboc.org.br · cN2 ≥ 2 LFN inguinais móveis e palpáveis uni- ou bilaterais cN3 Massa inguinal palpável e fixa ou linfadenectomia pélvica uni- ou bilateral. 3 Diretrizes

8

Diretrizes de tratamentos oncológicosPênis

Abordagem linfonodal (após tratamento local)

Ta,TiseT1a:observação;T1b-T4:linfadenectomiainguinalbilateraleletiva.

Fluxograma para tratamento da doença localizada

Doença localizada(Tis-T4N0)

Opção preferencial

Penectomia parcial ou totalPacientes inoperáveis

RT ou RT + QT

Opção preferencial

Penectomia totalCasos selecionados

Penectomia parcialPacientes inoperáveis

RT ou RT + QT

Opção preferencial

Penectomia parcialOutras Opções

Ressecção parcial ou total do epitélio acometido

Cirurgia micrográfica de MohsRT/braquiterapia

Opções preferenciais

5-FU tópicoImiquimode tópico

Outras opções

Ressecção à laserCirurgia micrográfica de Mohs

Ressecção parcial ou total do epitélio acometido

Observação

Linfadenectomia bilateral

Tratamento local

Abordagem linfonodal

T1b-T4

Ta, Tis e T1a

Ta ou Tis

T1a

T1b/T2

T2 extenso, T3 e T4

Page 9: PÊNIS - sboc.org.br · cN2 ≥ 2 LFN inguinais móveis e palpáveis uni- ou bilaterais cN3 Massa inguinal palpável e fixa ou linfadenectomia pélvica uni- ou bilateral. 3 Diretrizes

9

Diretrizes de tratamentos oncológicosPênis

� Considerações e bases científicas para recomendações

Otratamentotópicoparacarcinomain situestáassociadoa57%taxaderespostacompleta6.

Empacientescom tumoresT1-T2debaixovolumeG1ouG2, apenectomiaparcialfoiassociadaabaixataxaderecidivalocal(6%)6.Emcasosselecionadosdetumores<4cmeG1ouG2,considerarcomoopçãoRTexternaoubraquiterapia,comtaxadepreservaçãopenianaemtornode65a90%7,8.

AcirúrgiamicrograficadeMohséumaalternativaàressecçãolocalampliadaemcasosselecionadosdedoençademuitobaixorisco.Épreferivelmente indicadaemlesõessuperficiaisdocorpoproximalnatentativadeevitarumapenectomiatotal9.

EmcasosselecionadosdeT3-T4(tumoresdepequenovolume),considerarpe-nectomiaparcial10.

Adissecçãolinfonodalempacientessemacometimentoclínicolinfonodalécon-troversaeaincidênciadeacometimentoapósoprocedimentovariaentre10e20%11.Nãoexistemdadoscomparativosdiretosquedemonstremganhodesobrevidaentreadissecçãoimediataversusnarecidiva,mas,devidoàdificuldadedeseguimentodospacientesnamaioriadoscentrosmédicosbrasileiros,adissecçãoprofiláticatorna-seumprocedimentoatrativo.

Doença locorregionalApós tratamento primário

cT1b-T3cN0: Biopsia de LFN sentinela seguida de linfadenectomiainguinalbilateraloulinfadenectomiainguinalmodificadabilateral;

cT1-T3cN1oucT1-T3cN2:Linfadenectomiainguinalbilateral;

qqTcN3: QT neoadjuvante com TIP seguido de linfadenectomiainguinalbilateralepélvica.

Após linfadenectomia

pN0-N1:Observação;

pN2-N3:Linfadenectomiapélvicaipsilateral(considerarQTadjuvante(TIPouTPF)).EmcasosselecionadosconsiderarRT+QTadjuvanteouRTadjuvante.

cT4qqN, qqTcN3, LFN > 4,0 cm fixo ou móvel ou LFN inguinal bilateral

ConsiderarQTneoadjuvantecomesquemaTIP.

Doença localizada irressecável que permanece irresecável após trata-mento neoadjuvante

RT+QToutratamentopaliativo

Page 10: PÊNIS - sboc.org.br · cN2 ≥ 2 LFN inguinais móveis e palpáveis uni- ou bilaterais cN3 Massa inguinal palpável e fixa ou linfadenectomia pélvica uni- ou bilateral. 3 Diretrizes

10

Diretrizes de tratamentos oncológicosPênis

� Considerações e bases científicas para recomendações

Nãoháestudosfase3queavaliemopapeldaQTouRT+QTadjuvante.Ade-cisãodeveserindividualizadacasoacaso,masfavorecemosfortementeousodeQTadjuvanteempacientespN3.ONCCN,porexemplo,recomendaconsiderarseuusonosseguintescasos:LFNpélvicosacometidos,extensãoextranodal,acometimentoinguinalbilateraloumaisde3LFNacometidos.EstudoretrospectivonãomostroudiferençaentreQT,RT+QTouRTadjuvante12,13.

Emestudocom30pacientesemestádioIII(N2ouN3),osmesmosforamsub-metidosatratamentoneoadjuvantecomoesquemaTIP.Nesteestudo50%dospa-cientestiveramrespostaparciale73%dospacientesforamacirurgia.10%dospa-cientestiveramrespostapatológicacompletae30%permaneceramsemrecorrênciaapós3anos14.

Para pacientes qqTcN2-3 considerar PET/CT antes de abordagens cirúrgicasmaisagressivas.

Page 11: PÊNIS - sboc.org.br · cN2 ≥ 2 LFN inguinais móveis e palpáveis uni- ou bilaterais cN3 Massa inguinal palpável e fixa ou linfadenectomia pélvica uni- ou bilateral. 3 Diretrizes

11

Diretrizes de tratamentos oncológicosPênis

Doença metastática1ª linha paliativa (pacientes com PS ECOG 0 ou 1)

Cisplatina + 5-FU15

-Cisplatina75mg/m²EVD1-Acada4semanas

-5-FU1.000mg/m²EV(bombadeinfusãode96h)D1aD4

Esquema TIP16

-Paclitaxel175mg/m²EVD1

-Acada3semanas-Cisplatina25mg/m²D1aD3

-Ifosfamida1200mg/m²EVD1aD3

Esquema TPF17

-Cisplatina75mg/m²EVD1

-Acada3semanas-Docetaxel75mg/m²EVD1

-5-FU750mg/m²EV(bombadeinfusãode96h)D1aD4

Pacientes com depuração da creatinina < 50

Considerarcarboplatinaepaclitaxel18,apesardaausênciadeestudoprospectivonestasituação.

� Considerações e bases científicas para recomendações

Existempoucosdadosprospectivosqueavaliaramaeficáciadotratamentopalia-tivodocâncerdepênis.FatoresprognósticosadversosidentificadosforamapresençademetástasevisceralePSECOG>116,19.

OtratamentoconsisteemQTbaseadaemcisplatina,podendosercisplatina+5-FU15,TIP(cisplatina,paclitaxeleifosfamida)16,cisplatinaegemcitabina,TPF(cis-platina,docetaxele5-FU)17.Ataxaderespostavariaentre30%e70%nosestudos,aSGemtornode8meses.Dadosde2ªlinhasomentecompaclitaxelsemanaletaxaderespostade30%18.

ApesardaimportânciadaviadoEGFRnaprogressãodocâncerdepênis,aadi-çãodeinibidoresdoEGFRnotratamentopaliativomostrouresultadosmodestosenãoéindicadaderotina20.

Ensaiosclínicoscominibidoresdecheckpointimunológicoestãoemandamentocompacientesrefratáriosà1ªlinhadeQTpaliativa,jáque40a60%dostumoresdepênisexpressamPD-L1emalgumassériesdecasos,alémde>50%estaremasso-ciadosainfecçãopelovírusHPV,sendoimunoterapiaumtratamentocompotencialpromissorparaestescasos21.

Page 12: PÊNIS - sboc.org.br · cN2 ≥ 2 LFN inguinais móveis e palpáveis uni- ou bilaterais cN3 Massa inguinal palpável e fixa ou linfadenectomia pélvica uni- ou bilateral. 3 Diretrizes

12

Diretrizes de tratamentos oncológicosPênis

Suporte paliativo exclusivo está indicado naqueles pacientes com PS> 1.

Na presença de ensaios clínicos em andamento, a inclusão de pacientes deve ser estimulada.

� Seguimento22–25

DependerádotratamentoinicialempregadoedapresençadeLFNinguinaiscomprometidos.

Tratamento primário

IntervaloExames Duração FR

1º-2º ano 3º-5º ano

Preservaçãopeniana 3meses 6meses

Examefísico

Repetirbiopsiaparatratamentolocalou laserparaCis

5anos C

Amputação 3meses 1ano Examefísico 5anos C

Avaliação linfonodal

IntervaloExames Duração FR

1º-2º ano 3º-5º ano

Vigilânciaativa 3meses 6meses Examefísico 5anos C

pN0 3meses 1ano

Examefísico

USGcombiopsia éopcional

5anos C

pN+

3meses 6meses Examefísico 5anos C

3meses(1ºano)

6meses(2ºano)

--- RMdeabdomeepelve* 5anos C

6meses --- TC/RXdetórax* 5anos C

*IndicaçãopreferencialmenteparapN2-N3

Page 13: PÊNIS - sboc.org.br · cN2 ≥ 2 LFN inguinais móveis e palpáveis uni- ou bilaterais cN3 Massa inguinal palpável e fixa ou linfadenectomia pélvica uni- ou bilateral. 3 Diretrizes

13

Diretrizes de tratamentos oncológicosPênis

� Seguimento22–25

DependerádotratamentoinicialempregadoedapresençadeLFNinguinaiscomprometidos.

Tratamento primário

IntervaloExames Duração FR

1º-2º ano 3º-5º ano

Preservaçãopeniana 3meses 6meses

Examefísico

Repetirbiopsiaparatratamentolocalou laserparaCis

5anos C

Amputação 3meses 1ano Examefísico 5anos C

Avaliação linfonodal

IntervaloExames Duração FR

1º-2º ano 3º-5º ano

Vigilânciaativa 3meses 6meses Examefísico 5anos C

pN0 3meses 1ano

Examefísico

USGcombiopsia éopcional

5anos C

pN+

3meses 6meses Examefísico 5anos C

3meses(1ºano)

6meses(2ºano)

--- RMdeabdomeepelve* 5anos C

6meses --- TC/RXdetórax* 5anos C

*IndicaçãopreferencialmenteparapN2-N3

Page 14: PÊNIS - sboc.org.br · cN2 ≥ 2 LFN inguinais móveis e palpáveis uni- ou bilaterais cN3 Massa inguinal palpável e fixa ou linfadenectomia pélvica uni- ou bilateral. 3 Diretrizes

14

Diretrizes de tratamentos oncológicosPênis

� Referências1.AminMB,EdgeS,GreeneF,ByrdDR,BrooklandRK,WashingtonMK,et al., editors. AJCC Cancer Staging Manual [Internet]. 8th ed. SpringerInternationalPublishing;2017 [cited2019Aug7].Available from:https://www.springer.com/gp/book/9783319406176

2. KirkhamA.MRIof thepenis.BrJRadiol.2012Nov;85(SpecIss1):S86–93.

3.GraaflandNM,TeertstraHJ,BesnardAPE,vanBovenHH,HorenblasS. Identification of high risk pathological node positive penile carcinoma:value of preoperative computerized tomography imaging. J Urol. 2011Mar;185(3):881–7.

4. GraaflandNM,Leijte JAP,ValdésOlmosRA,HoefnagelCA,TeertstraHJ,HorenblasS.Scanningwith18F-FDG-PET/CTfordetectionof pelvicnodalinvolvementininguinalnode-positivepenilecarcinoma.EurUrol.2009Aug;56(2):339–45.

5.SuhCH,BahetiAD,TirumaniSH,RosenthalMH,KimKW,RamaiyaNH,etal.Multimodalityimagingof penilecancer:whatradiologistsneedtoknow.AbdomImaging.2015Feb1;40(2):424–35.

6. Alnajjar HM, Lam W, Bolgeri M, Rees RW, Perry MJA, Watkin NA.Treatmentof carcinomainsituof theglanspeniswithtopicalchemotherapyagents.EurUrol.2012Nov;62(5):923–8.

7.VeeratterapillayR,SahadevanK,AluruP,AsterlingS,RaoGS,GreeneD.Organ-preserving surgery forpenile cancer: descriptionof techniques andsurgicaloutcomes.BJUInt.2012Dec;110(11):1792–5.

8. GotsadzeD,MatveevB,ZakB,MamaladzeV.Isconservativeorgan-sparingtreatmentof penilecarcinomajustified?EurUrol.2000Sep;38(3):306–12.

9. ShindelAW,MannMW,LevRY,SengelmannR,PetersenJ,HruzaGJ,etal.Mohsmicrographicsurgeryforpenilecancer:managementandlong-termfollowup.JUrol.2007Nov;178(5):1980–5.

10. CordobaA,EscandeA,LopezS,MortierL,MirabelX,Coche-DéqueantB,etal.Low-dosebrachytherapyforearlystagepenilecancer:a20-yearsin-gle-institutionstudy(73patients).RadiatOncol[Internet].2016Jul27[cited2019 Aug 31];11. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4964092/

11. PizzocaroG,PivaL,BandieramonteG,TanaS.Up-to-datemanagementof carcinomaof thepenis.EurUrol.1997;32(1):5–15.

Page 15: PÊNIS - sboc.org.br · cN2 ≥ 2 LFN inguinais móveis e palpáveis uni- ou bilaterais cN3 Massa inguinal palpável e fixa ou linfadenectomia pélvica uni- ou bilateral. 3 Diretrizes

15

Diretrizes de tratamentos oncológicosPênis

12. Derakhshani P, Neubauer S, Braun M, Bargmann H, Heidenreich A,EngelmannU.Resultsand10-yearfollow-upinpatientswithsquamouscellcarcinomaof thepenis.UrolInt.1999;62(4):238–44.

13.HathawayAR,MorganC,YangES-H,DiorioG,SpiessPE,SonpavdeG. Impact of perioperative chemotherapy and radiation for locallyadvancedpenilesquamouscellcarcinoma(PSCC).JClinOncol.2017May20;35(15_suppl):4589–4589.

14. Graafland NM, Lam W, Leijte JAP, Yap T, Gallee MPW, CorbishleyC, et al.Prognostic factors foroccult inguinal lymphnode involvement inpenile carcinoma and assessment of the high-risk EAU subgroup: a two--institutionanalysisof 342clinicallynode-negativepatients.EurUrol.2010Nov;58(5):742–7.

15.DiLorenzoG,BuonerbaC,FedericoP,PerdonàS,AietaM,RescignoP,etal.Cisplatinand5-fluorouracilininoperable,stageIVsquamouscellcarci-nomaof thepenis.BJUInt.2012Dec;110(11PtB):E661-666.

16. PagliaroLC,WilliamsDL,DalianiD,WilliamsMB,OsaiW,KincaidM,etal.Neoadjuvantpaclitaxel,ifosfamide,andcisplatinchemotherapyformetas-taticpenilecancer:aphaseIIstudy.JClinOncol.2010Aug20;28(24):3851–7.

17.NicholsonS,HallE,HarlandSJ,Chester JD,PickeringL,Barber J, etal. Phase II trial of docetaxel, cisplatin and 5FU chemotherapy in locallyadvanced andmetastatic penis cancer (CRUK/09/001).Br JCancer. 2013Nov12;109(10):2554–9.

18.DiLorenzoG,FedericoP,BuonerbaC,LongoN,CartenìG,AutorinoR,etal.Paclitaxelinpretreatedmetastaticpenilecancer:finalresultsof aphase2study.EurUrol.2011Dec;60(6):1280–4.

19.PondGR,DiLorenzoG,NecchiA,EiglBJ,KolinskyMP,ChackoRT,etal.Prognosticriskstratificationderivedfromindividualpatientleveldataformenwith advancedpenile squamous cell carcinoma receivingfirst-linesystemictherapy.UrolOncol.2014May;32(4):501–8.

20.CarthonBC,NgCS,PettawayCA,PagliaroLC.Epidermalgrowthfactorreceptor-targetedtherapyinlocallyadvancedormetastaticsquamouscellcar-cinomaof thepenis.BJUInt.2014Jun;113(6):871–7.

21.McGregorB,SonpavdeG.Immunotherapyforadvancedpenilecancer-rationaleandpotential.NatRevUrol.2018Dec;15(12):721–3.

22.LeijteJAP,KirranderP,AntoniniN,WindahlT,HorenblasS.Recurrencepatterns of squamous cell carcinoma of the penis: recommendations forfollow-up based on a two-centre analysis of 700 patients. EurUrol. 2008Jul;54(1):161–8.

Page 16: PÊNIS - sboc.org.br · cN2 ≥ 2 LFN inguinais móveis e palpáveis uni- ou bilaterais cN3 Massa inguinal palpável e fixa ou linfadenectomia pélvica uni- ou bilateral. 3 Diretrizes

16

Diretrizes de tratamentos oncológicosPênis

23.KroonBK,HorenblasS,LontAP,TanisPJ,GalleeMPW,NiewegOE.Patientswithpenilecarcinomabenefitfromimmediateresectionof clinicallyoccultlymphnodemetastases.JUrol.2005Mar;173(3):816–9.

24.HorenblasS,NewlingDW.Localrecurrenttumourafterpenis-conser-vingtherapy.Apleaforlong-termfollow-up.BrJUrol.1993Dec;72(6):976.

25.DjajadiningratRS, vanWerkhovenE,MeinhardtW, vanRhijnBWG,BexA,vanderPoelHG,etal.Penilesparingsurgeryforpenilecancer-doesitaffectsurvival?JUrol.2014Jul;192(1):120–5.