Pluralismo polarizado
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Pluralismo polarizado
Giovanni Sartori
Fabrícia Almeida Vieira5º período de Ciência PolíticaPartidos políticos e sistemas partidáriosCentro Universitário Uninter
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Sistema polarizado
Sartori pretende analisar quais países fazem parte do tipo
pluralismo extremado e polarizado, se baseando na
experiência da República alemã de Weimar (década de 1920),
do Chile (até setembro de 1973) e do caso da Itália.
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Tipologias Partidárias
Para Duverger as tipologias partidárias são:
Bipartidarismo
Multipartidarismo
Para Sartori as tipologias partidárias são:
Número de partidos
Grau de polarização ideológica
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Sistema de contagem
PAÍS QUANTIDADE DE PARTIDOS
Chile (1961–1973) 5-7 partidos
Dinamarca (1947-1971) 4-5 partidos
Finlândia (1951-1979) 6 partidos
França (Quarta República) 6 partidos
França (Quinta República) 4-5 partidos
Israel (1949-1973) 5-7 partidos
Itália (1948-1979) 6-7 partidos
Holanda (até 1967) 5 partidos
Noruega (1945-1977) 5 partidos
Suíça (desde 1919) 4-5 partidos
República de Weimar (1920-1933) 5-6 partidos
Fonte: Sartori, p. 172
Sartori estabelece um sistema de contagem que se situa entre cinco e seis partidos
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1º) presença de partidos “anti-sistema” relevantes:
O sistema é caracterizado por uma oposição “anti-sistema”,
particularmente do tipo comunista ou fascista, mas também de
outras variedades.
Definição de “anti-sistema”: o grau e a intensidade de uma “atitude
anti” variam com o tempo: a negação cobre, ou pode cobrir uma
ampla gama de atitudes diferentes: da alienação a rejeição total do
“protesto”. Qualquer que seja a natureza da atitude anti, o governo
enfrenta as mesmas dificuldades.
Um partido pode ser definido como sendo anti-sistema sempre que
enfraquece a legitimidade do regime a que se opõe.
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2º) Existência de oposições bilaterais:
Nas formações políticas polarizadas encontra-se duas oposições
mutuamente exclusivas: que não podem unir-se – são incompatíveis.
Sendo que os dois grupos opostos estão mais próximos dos partidos
governamentais do que entre si.
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3º) Os sistemas de pluralismo polarizado são marcados pela localização, no centro, de um partido (Itália) ou de um grupo de partidos (França, Weimar):
Todos os casos analisados por Sartori apresentam um traço em
comum: ao longo do espectro esquerda-direita, o centro métrico do
sistema é ocupado.
A própria existência de um partido de centro desestimula a
“centralidade”, isto é, os impulsos centrípetos do sistema político. É
por isso que esse tipo é centrífugo, pois provoca o afastamento do
centro, levando dessa forma a políticas imoderadas ou extremistas.
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4º) Sistema polarizado:
A polarização ocorre quando há uma distância ideológica;
Sartori afirma que o pluralismo extremado é baseado no centro,
justamente por ser polarizado. Ao longo prazo, o posicionamento ao
centro não é apenas uma consequência, mas também uma causa da
polarização, pois o simples fato de que a área central está ocupada
alimenta o sistema com tendências de afastamento do centro e
desestimula a competição centrípeta.
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5º) Predomínio provável das tendência centrífugas em relação às centrípetas:
Tendência do afastamento do centro:
Itália
1948 – Partido Democrata Cristão – 40% dos votos x Partidos da
Coalizão Central – 62%;
1953 – Partidos da Coalizão Central – 50% dos votos.
1963 – Partidos de centro-esquerda – 60% da votação total;
1968 – Partidos de centro-esquerda – 56%;
1946 – 1976 – Partido Comunista – 18% para 34%.
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6º) Padrão ideológico:
Ideologia pode significar: i) participação altamente emotiva na
política; ii) uma mentalidade particular, uma forma mentis.
Em um sistema pluralista, a ênfase deve cair sobre o segundo, isto
é, sobre a “mentalidade”, ideologia entendida como uma maneira de
ver e conceber a política e definida, portanto, como uma modalidade
doutrinária baseada em princípios e superior, de focalizar as
questões políticas.
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Esse aspecto relaciona-se de perto com a mecânica peculiar do
rodízio governamental das formações políticas baseadas no centro.
Uma oposição pode ser considerada responsável quando realiza o
que prometeu; uma oposição provavelmente será menos
responsável quanto menor for a sua expectativa de governar.
Partidos anti-sistemas são motivados a serem irresponsáveis:
constituindo uma oposição permanente, que se recusa a ser
identificada com o sistema político cujas promessas não terão de ser
cumpridas.
7º) Oposições irresponsáveis:
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8º) Política do dar mais:
Esta consiste não só da competitividade, isto é, do grau de
competitividade entre os partidos políticos; consiste também das
regras de competição.
A política competitiva é condicionada não só pela presença de mais
de um partido, como também por um mínimo de equanimidade na
competição
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Considerações Finais
Os sistemas de mais de um partido não podem ser reunidos
numa mesma classificação;
Sendo um sistema político caracterizado por tendências
centrífugas, oposição irresponsável e competição desigual,
dificilmente será um sistema viável (com possibilidades de
enfrentar crises explosivas ou exógenas)
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Referência
SARTORI, Giovanni. Partidos e sistemas partidários.
Rio de Janeiro/Brasília, Zahar/Editora da UnB, 1982,
p. 156-201.