Pluralismo e ensino de Economia no Chile de...
Transcript of Pluralismo e ensino de Economia no Chile de...
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
Pluralismo e ensino de Economia no Chile de Allende
(antecedentes do movimento contra a ciência econômica autista)1 2
Reinaldo A. Carcanholo3
Introdução
Neste ano de 2003 completam-se exatos trinta anos da trágica interrupção de uma
das mais belas experiências sociais e políticas que a América Latina já foi protagonista.
Trata-se do projeto da Unidade Popular e do governo de Salvador Allende, presidente eleito
democraticamente e assassinado por militares em um golpe de estado que tingiu com
sangue generoso as belas alamedas e todos os demais espaços da cidade de Santiago do
Chile e do resto do território desse país, especialmente os lugares mais humildes.
Talvez o povo chileno ainda não tenha consciência histórica plena de ter sido o
responsável por uma das mais lindas páginas pintadas indelevelmente na história da
humanidade. Trinta anos são poucos para superar a discussão sobre os erros que
conduziram a experiência ao desastre e para que cada um e todos consigam ver a beleza do
exemplo de generosidade, de coragem, de valentia, de ousadia, de solidariedade, de amor
que ficará eternamente gravado na consciência humana, e de que foram testemunhas todos
aqueles que tiveram o privilégio de viver no Chile, no começo dos anos 70.
A plenitude humanista do socialismo que se pretendeu construir no Chile de um
Neruda, de um Salvador Allende e de um Miguel Henriquez e o profundo impacto que teve na
mente e no sentimento de todos aqueles que viveram aquele período só podia ser derrotada
a ferro e fogo, com a tortura e assassinatos generalizados. O povo chileno, por isso, teve de
viver uma longa noite de terror e a verdade é que a ditadura, embora nem todos saibam,
ainda não foi, ali, totalmente derrotada.
A experiência socialista no Chile dos anos 70 é, em geral, amplamente conhecida em
todos os continentes, mas nem todas as suas inúmeras manifestações, nos mais diferentes
campos e aspectos, tiveram a mesma difusão. Aquelas ações ou projetos menores, menos
significativos, mas que são tão ricos em ensinamentos, permanecem e permanecerão
desconhecidas para a maioria, especialmente para aqueles mais distantes e, sobretudo, para
1 Esta é a versão preliminar de um relato sobre a proposta de novo currículo para o Curso de Economia da Universidad de Chile, concluída no primeiro semestre de 1973. Foi redigido com base na memória pessoal, depois de quase 30 anos dos fatos e, por isso, seguramente deve conter imprecisões. O único documento escrito em que se baseou foi o que estamos apresentando ao final deste texto (além de programas de disciplinas, em que aparecem nomes de muitos professores), que inclui a relação das disciplinas que seriam oferecidas no segundo semestre do ano letivo de 1973, acompanhada da ementa correspondente, da bibliografia básica e dos professores propostos para cada uma delas. A divulgação do documento e desta apresentação tem como objetivo, também, recolher as retificações e complementações dos fatos, de outros protagonistas daquele período. Mesmo a edição que fazemos aqui do documento referido pode apresentar falhas. A cópia encontrada entre nossos velhos papéis está em más condições. Partes pouco claras aparecem ali, o que dificultou a transcrição correta. A versão corrigida deste relato e do documento aqui editado, conforme cheguem contribuições (se é que chegarão), ficará disponível na internet, no seguinte endereço: http://sites.uol.com.br/carcanholo.
2 Apesar de redigido há quase dez anos, o texto ainda é pertinente para refletirmos sobre as questões educacionais na atualidade. (Nota dos Editores)
3 Agradecemos a colaboração de Lineu Carlos Maffezoli.
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
os dos países capitalistas mais avançados, que pouco conhecem ou se interessam pela nossa
história.
Um desses projetos, que na verdade não chegou a ser realizado, pois abortado pelo
golpe de 11 de setembro de 1973, e que é praticamente desconhecido, foi o de produzir uma
profunda e radical reforma do ensino de Economia na Universidade do Chile, sob a bandeira
do pluralismo teórico e metodológico, da melhoria da qualidade e da formação de
verdadeiros profissionais críticos, criativos e capazes de dar resposta a questões novas que
nossa sociedade apresentava e apresenta sempre.
Esse projeto, totalmente desconhecido na Europa, nos Estados Unidos e, em grande
parte, também na América Latina, constitui-se em um importante antecedente de um
movimento surgido nos últimos anos, na Europa, no interior do ensino de Economia e
denominado movimento pós-autista. Tal movimento, jamais chegou a mencionar nenhum de
seus antecedentes históricos; desconheceu totalmente o que, no mesmo sentido e com
objetivos praticamente idênticos, ocorreu muitos anos antes no Chile de Allende, no México4,
na Nicarágua sandinista5, no Brasil dos anos 80 e, mais recentemente, na Argentina6.
O movimento contra o ensino “autista” da economia na Europa e em outras regiões
do mundo desconhece seus antecedentes.
O movimento pós-autista
No primeiro semestre do ano de 2000, estudantes franceses da École Normale
Supérieure (ENS), frequentada pela elite estudantil da França, lançaram o movimento contra
o que eles chamavam autismo no ensino da economia. Eles se recusavam a continuar
estudando essa disciplina da forma em que lhes era transmitida, isto é, por meio de modelos
teóricos abstratos e de sofisticada modelagem matemática, absolutamente desligados da
realidade concreta, além de apresentada como se fosse um corpo homogêneo e monolítico,
dentro do qual não houvesse divergências7. Basicamente, eles exigiam que, no ensino da
economia, prevalecesse o pluralismo teórico e metodológico, de maneira a ser coerente com
o seu caráter de disciplina plural e com a existência, dentro dela, de concepções diversas e
4 A reforma pluralista do ensino de Economia no México, em particular mas não exclusivamente na UNAM (Puebla e Guerrero são outros exemplos), pode ter sido independente e mesmo simultânea ou anterior à do Chile. Faltam-nos informações para afirmar algo sobre isso. Mas uma coisa é certa, sofreu profunda influência da chilena depois do golpe militar, graças a muitos professores mexicanos que se formaram no Chile naquele período e a estrangeiros que, fugidos de Pinochet, asilaram-se no México.
5 No caso da Nicarágua, pouco depois da vitória sandinista, sem dúvida nenhuma a reforma pluralista no ensino de Economia na UNAH teve inspiração no projeto chileno. Somos a demonstração disso e também o é a presença de outros protagonistas direta ou indiretamente oriundos do Chile.
6 Com a “Escuelita de Economia Política”, iniciativa informal no interior da Universidade de Buenos Aires.
7 Para maiores detalhes sobre o assunto consulte: Rezende, Marcelo. O ensino de economia no banco dos réus. São Paulo: Gazeta Mercantil, SP-Brasil, 19-01-2001. Assim, por exemplo, esse autor afirma: “A ENS é um dos centros de excelência do ensino francês, parte das chamadas 'grandes escolas', nas quais a classe dirigente e os mais qualificados intelectuais costumam ter rigorosa e elaborada formação. Os alunos ingressam por mérito, após cansativos exames. Ser um 'normaliano' significa ser visto com um status diferenciado, algo que se traduz nas carreiras dos 'poucos e bons'”. E também: “Os membros da ENS, na petição (o autor se refere ao documento redigido pelos estudantes, RC), não exigiam o privilégio de uma doutrina em detrimento de outra, ao contrário. A greve foi em nome de um equilíbrio perdido”.
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
até contrapostas; exigiam o compromisso com o estudo da realidade concreta e que a
economia fosse entendida como uma ciência social, profundamente vinculada às suas
congêneres8. Rebelaram-se contra a hegemonia neoclássica.
O movimento transbordou o espaço restrito da ENS e ganhou estudantes, de
graduação e de pós, de várias universidades francesas e de outros países europeus.
O movimento dos estudantes franceses pela reforma do ensino de economia espalhou-se rapidamente pelo mundo. Na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Espanha, no Canadá e em muitos outros países surgiram manifestações de apoio e reivindicações semelhantes. Economistas renomados, como Robert Solow e Michel Aglietta, discutiram os temas levantados pelos estudantes9.
Na França, além da constituição de uma comissão oficial de notáveis para pensar o
assunto, o governo, passado alguns meses, parece ter anunciado algumas medidas para
atender à preocupação dos rebeldes. Depois de algum tempo, também parece ter havido
uma moderação nas preocupações, ao menos explícitas, de docentes e discentes franceses,
em relação ao assunto. Não sabemos ao certo o resultado; provavelmente não foi
significativo. Seria interessante investigar os efeitos mais concretos do movimento, mas esse
não é o nosso objetivo aqui.
Os estudantes franceses apareceram, assim, como os iniciadores de um movimento
de contestação e rebeldia contra o que se está chamando de ciência econômica autista, e
que teve grande repercussão, pelo menos no início, na Europa e, em particular, na França. A
repercussão na imprensa e entre intelectuais foi significativa e nos parece excelente que eles
tenham conseguido levantar essa questão de maneira tão ampla e que tenham conseguido
aparecer como os iniciadores, nos fins do século XX, dessa contestação e rebeldia.
No entanto, todos os que participaram do movimento de oposição dos economistas
no Brasil, desde o final dos anos 70, e os militantes da ANGE (Associação Nacional dos Curso
de Graduação em Economia) sabemos que essa manifestação de rebeldia europeia, frente ao
main-stream, teve um importante antecedente no Brasil. Aí, não se limitou ao lançamento de
um manifesto, mas se construiu um forte movimento, elaborou-se uma proposta concreta de
novo ensino (currículo mínimo, proposta de nova grade, de ementas, de programas, de
bibliografia), conseguiu-se obrigar o governo militar da época a aceitar a proposta,
organizou-se um amplo trabalho de “agitação e propaganda” das novas ideias (com centenas
de viagens de dezenas de docentes e discentes militantes do movimento, para todas as
regiões do país), organizou-se um amplo processo de formação e reciclagem de professores
(inclusive com um curso específico de especialização e com a modificação do conteúdo de
alguns cursos de mestrado), publicaram-se muitos artigos e inclusive livros sobre e para o
novo conteúdo, realizaram-se inúmeros congressos, encontros, seminários, conferências,
palestras e debates específicos; fundou-se e fortaleceu-se uma nova entidade: a ANGE, que
sobrevive até hoje.
8 Exatamente os mesmo princípios estabelecidos no famoso parágrafo 7º da Resolução 11/84 do Conselho Federal de Educação brasileiro, que estabeleceu as bases da nossa reforma curricular dos anos 80, no Brasil, e que prevalecem até hoje.
9 Soromenho, Jorge E. C. Autismo e Pluralismo. In: revista virtual “Informação Assimética”, edição nº 1, de novembro de 2001. http://www.infoassimetrica.hpg.ig.com.br.
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
As palavras chaves desse movimento brasileiro eram (e continuam sendo)
pluralismo, melhoria da qualidade do ensino, não aos manuais e estímulo à leitura dos
originais dos pensadores econômicos mais relevantes da história, compromisso com a ética e
preocupação com nossa realidade específica; todas elas foram repetidas incontavelmente em
todos os eventos, salas de aula, reuniões etc; chegou a existir, até, um vocabulário
específico que todos seguiam.
Embora muito material possa ser encontrado sobre o assunto, a história completa de
todo esse movimento ainda precisa ser escrita e seria uma grande contribuição se alguém se
dispusesse a enfrentá-la.
Os efeitos desse amplo movimento foram sensíveis. O ensino de economia no Brasil
sofreu profunda modificação e, hoje, não deve ter similar no mundo inteiro, em muitos de
seus aspectos. É verdade que não alcançou todas as escolas e não teve resultados da
mesma profundidade em todos os lugares. Mas, não tenhamos dúvidas: houve uma
verdadeira revolução nesse aspecto. Exagero? Talvez. Mas, para uma melhor comprovação,
bastaria buscar a opinião de professores de vários países latino-americanos (e também de
outras latitudes) que têm visitado ultimamente o Brasil, em especial os participantes dos
Encontros da Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP). Aliás, e com certeza, essa
sociedade não existiria sem aquele movimento e sem a ANGE. Apesar de que o Brasil não
seja a França, os estudantes e docentes europeus teriam muito a aprender com nossa
experiência.
Mas há um antecedente mais antigo e quase desconhecido entre nós que é o que
mencionamos na introdução: o projeto de reforma pluralista do ensino de economia no Chile
de Allende.
O projeto de reforma pluralista no ensino de economia no Chile
Durante meses no ano de 1972 e durante parte do primeiro semestre de 1973, no
Chile socialista de Salvador Allende, um grupo de professores e estudantes de economia,
chilenos e de outros países latino-americanos, lançaram-se a elaborar uma proposta de
reforma curricular no ensino dessa matéria, que nunca chegou a ser implementada, pelo
menos por período significativo. Tratava-se, em concreto, de uma nova grade curricular, com
suas respectivas ementas e bibliografia básica para cada disciplina. Na verdade, era muito
mais do que isso, consistia em uma proposta que buscava concretizar uma nova concepção
do ensino de economia, crítica e pluralista.
Na verdade, o ensino crítico já encontrava muito espaço na Escola de Economia da
Universidade do Chile, desde antes. Algumas disciplinas, na prática, tinham conteúdo
alternativo10 e outras tantas foram sendo introduzidas para a discussão séria, em particular,
da problemática latino-americana e, em geral, do Terceiro Mundo11. Estudava-se também,
10 Um exemplo, entre muito outros, era a disciplina “Desarrollo Económico” que o professor Armando di Filippo utilizava para um excelente curso sobre o primeiro livro d’O Capital, de Marx.
11 Deve-se lembrar que a teoria da dependência (a verdadeira) teve seu berço principal no Chile, com nomes como Ruy Mauro Marini, Theotônio dos Santos, Gunder Frank. A teoria da Cepal, anterior àquela, também.
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
com seriedade, economia clássica e marxista12. No entanto, ao que parece, não existia uma
articulação global, dentro de um projeto didático coerente e totalmente articulado13.
Os professores que participaram, em 1972, dos debates e da organização do novo
currículo exerciam sua docência na Escuela de Economia (especialmente no Departamento
de Economía y Planificación e no Centro de Estúdios Sócio-Económicos – CESO) e,
principalmente, no programa de pós-graduação, muito famoso na época na América Latina,
denominado ESCOLATINA (Programa de Estudos Latinoamericanos para Graduados). O nome
com o que ficou conhecido o programa, na verdade, constituía seu endereço-código
simplificado para telegramas. Os participantes discentes nesses debates e nesse trabalho,
que, por certo, tiveram papel protagonista, estudavam nesse programa.
Essas duas instituições agrupavam um número expressivo de professores de primeira
grandeza, destacando-se, entre eles, os brasileiros, além de chilenos, argentinos e de outras
nacionalidades. Nomes como o do brasileiro, falecido há pouco tempo, Ruy Mauro Marini,
além de Theotônio dos Santos, Pedro Paz, Conceição Tavares, Antonio Barros de Castro, e
Marta Harnecker, estavam entre eles14. Enquanto aos estudantes de ESCOLATINA, também
havia muitos brasileiros15, além de chilenos, argentinos, mexicanos16 e até centro-
americanos17.
Muitos desses professores e estudantes não chilenos residiam no Chile na qualidade
de exilados políticos e outros foram para lá para conhecer, desde o seu interior, e viver o rico
e interessante processo de construção do socialismo, com características muito específicas.
Obviamente, nem todos os mencionados estiveram comprometidos com o trabalho de
discussão e elaboração do novo currículo para o ensino de economia, mas alguns deles
tiveram papel importante.
12 É bem verdade que, dentro desta última, havia o predomínio da interpretação althusseriana. Mas, apesar disso, estudava-se nos originais e com muita seriedade. Talvez os equívocos dessa interpretação, junto a outros vários fatores, tenham contribuído para que alguns dos que se formaram naquela época e naquelas condições, e também dos que ali ensinavam, tenham mudado de trincheira. Hoje, eles conseguem professar diferentes concepções, desde as reformistas mais avançadas até as neoliberais mais cínicas.
13 Reconhecemos que é possível que tenha havido um trabalho anterior, articulado, que tenha elaborado uma proposta global e coerente e que tenha resultado no ensino daqueles anos, em Economia. É até provável que tenha existido, dada a competência do ensino que se ministrava, então; no entanto, não temos a menor lembrança nem referência sobre isso.
14 Outros professores que exerciam ali a docência e que podemos mencionar são, em ordem alfabética: Alberto Tassara, Álvaro Briones, Anibal Pinto, Armando Di Filippo, Benjamin Toro, Eduardo Kugelmas, Fucaraccio, Isaac Minian, José (Pepe) Valenzuela, Juan Arancibia, Julio López, Lucio Geller, Marco Aurélio Garcia, Orlando Caputo, Osvaldo Sunkel, Paul Oquist, Ricardo Lagos, Roberto French-Davis, Roberto Frenkel, Roberto Pizarro, Ugo Pipitone, Vânia Bambirra, Waldomiro Pecht.
15 Entre nossos colegas brasileiros da época, podemos citar, também em ordem alfabética: Carlos Alonso Barbosa de Oliveira, Ana Célia Castro, Carlos Kurkineva, Fernando Giannetti, Frederico Mazzuchelli, Jorge Mattoso, José Carlos Braga, Lauro Ferraz, Liana Cardoso, Lineu Carlos Maffezoli, Paulo Baltar, Rinaldo Barcia, Roque Lauchner, Sandra Brizzola, Silvério Soares Ferreira.
16 Entre eles, Arturo Huerta, que mantém estreitas relações acadêmicas com o Brasil e tem participado ativamente dos Encontros da SEP, além de Rogelio Huerta, ambos, posteriormente, contribuíram, como professores, dentro do projeto de ensino pluralista de Economia na UNAM.
17 O nicaragüense, Edmundo Jarquin, por exemplo, que teve, posteriormente, papel significativo na revolução sandinista nos anos 80 e com quem tivemos a oportunidade de voltar a encontrar.
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
O documento que temos disponível sobre o tema, e que apresentaremos a
continuação, não se refere diretamente ao novo currículo e à sua grade, mas à relação de
disciplinas que seriam ministradas pelo Departamento de Economia e Planificação, com suas
ementas, bibliografia básica e professores propostos, durante o segundo semestre do ano de
1973, dentro do espírito da nova proposta.
É interessante destacar que o novo currículo proposto estava particularmente
preocupado, como não podia deixar de ser, com a situação concreta da economia chilena do
momento e que muitas de suas característica são um reflexo direto das particulares
circunstâncias políticas que se vivia então. Isso pode ser observado, dentro do documento
apresentado, nas ementas de várias disciplinas, mas especialmente na de Planificação
Global. Além disso, na introdução apresentada pelo documento para a área de Planificação,
manifesta-se claramente o desejo de que se continuará a redefinir as disciplinas e seus
conteúdos.
Todo o processo de construção do novo currículo ocorreu paralelamente ou
imediatamente após uma divisão que houve dentro da Universidade do Chile. De um lado
ficaram os professores comprometidos com a tecnocracia e com a perspectiva mais
neoclássica, concentrando-se no que se chamou Sede Ocidente, na que fundaram um novo
curso de economia. De outro lado, na Sede Norte, continuou o curso anterior, agora com
outro nome e com outro currículo: a Escuela de Economía Política.
Talvez em razão da divisão na Universidade e, em conseqüência, da redução do
número de docentes para essa escola, para o semestre agosto-dezembro de 1973, foram
designados como professores ad honorem (isto é, sem remuneração), vários dos então
estudantes de ESCOLATINA, bolsistas muitos deles ou quase todos. Tivemos a oportunidade
de estar entre eles18.
Finalmente, é necessário dizer, que o presente relato tem como objetivo que a
lembrança sobre o movimento de rebeldia contra o liberalismo do pensamento neoclássico e
marginalista e pelo pluralismo, ocorrido no Chile socialista de então, não se perca totalmente
nas próximas décadas, apesar de que, sabemos, Santiago do Chile não é Paris.
18 Fomos designados para a disciplina Teoria Econômica I (Economia Política II), cujo conteúdo era teoria marxista da acumulação, circulação, rotação e reprodução do capital e é curioso assinalar que só conseguimos dar a primeira aula (apresentação do programa e organização da forma de trabalhar e de avaliar). No dia 11 de setembro, pela manhã, estávamos preparados para nos dirigir à Universidade, onde pensávamos preparar a segunda aula que seria no dia seguinte. As rádios anunciavam o golpe de Pinochet; não fomos à Universidade; nosso destino foi outro; iniciava-se o período mais trágico da história chilena, com muitos reflexos sobre a América Latina e o resto do mundo. Isso foi há exatos 30 anos.
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
DOCUMENTOS
1. Programa docente do Departamento de Economia e Planificação da
Universidade do Chile
PROGRAMA DOCENTE19
DEPARTAMENTO DE ECONOMÍA Y PLANIFICACIÓN SEMESTRE: AGOSTO-DICIEMBRE
1973
I. UNIDAD BÁSICA DE ECONOMÍA POLÍTICA
A. Cátedras obligatorias
1. Introducción a la Economía Política I (Introducción a la Economía Política)
Prerrequisito: Ingresso
Profesores Diurnos: Humberto Banderas
Edmundo Jarquin
Lauro Ferraz (Tec. Est.)20
Profesores Vespertinos:
Gonzalo Valda
Paulo Baltar
Objeto de la Economía Política. Las leyes económicas. Estructura económica:
producción, distribución, consumo. Modo de producción y formación social.
En Economía Política I, II, III, se estudia el modo de producción capitalista en su
fase monopólica.
2. Introducción a la Economía II (Economía Política I) 21
Prerrequisito: Introducción a la Economía I
Profesores Diurnos: Juan Arancibia
David Loyola (Tec. Est.)
Profesores Vespertinos: Lineu Carlos Maffezoli
Raúl Vergara
19 El texto que se presenta fue mantenido de la manera como se encontraba, apenas com correcciones obvias de digitación y de algunos nombres de personas que, sin duda, habían sido redigidos equivocadamente. La copia del documento, que disponemos, encuéntrase en mal estado. Se trata de una de muchas copias carbono que fueron obtenidas de una misma mecanografía. Por eso, algunos partes están ilegibles, especialmente algunos nombres propios. (Esta y todas las demás notas de pié-de-página son del editor).
20 Lo que aparece entre paréntesis indica que el profesor impartiría la cátedra ofrecida por el Departamento al Curso Técnico en Estadística, que era uno de los cursos de la Escuela.
21 Los nombres de cátedras que el texto original presenta entre paréntesis, probablemente, se refieren mucho más al contenido propiamente dicho que se pretendía impartir, mientras que el outro nombre parece ser el oficial, definido en los documentos de la universidad antes del cambio del contenido y de las ementas.
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
Objeto de El Capital de Marx. La mercancía: valor, valor de uso y valor de cambio.
Producción del Capital. Teoría de la plusvalía. Teoría del salario.
Bibliografía básica: El Capital, tomo I, hasta la sección VI inclusive.
3. Teoría Económica I (Economía Política II)
Prerrequisito: Introducción a la Economía II
Profesor: R. Carcanholo
Estudio de la acumulación y circulación del capital: reproducción simple, ley general
de la acumulación capitalista, el ciclo del capital, tiempo y gastos de circulación,
rotación. Esquemas de reproducción simple y ampliada.
Bibliografía básica: El Capital, tomo I, sección VII
El Capital, tomo II, todo.
4. Teoría Económica II (Economía Política III)
Prerrequisito: Teoría Económica I
Profesor Diurno : Rene Hueche
En este curso se estudia la transformación de la plusvalía en ganancia, las leyes
propias de ella y las derivaciones: ganancia comercial, interés y renta.
Contenido:
Teoría de la ganancia, ganancia media, transformación de valores en precios, ley de
la tendencia descendente. Capital comercial y capital a interés. El crédito. Renta de
la tierra.
Al final, en este curso, debe hacerse una discusión preliminar del problema de las
crisis.
5. Teoría Económica III (Economía Política IV)
Prerrequisito: Teoría Económica II
Profesor Diurno: Gerardo Aceituno
Tiene por objeto central del análisis el modo de producción capitalista en la fase de
desarrolo monopólica para los países capitalistas avanzados. En tal contexto se
estudian las crisis de realización y las tendencias a la subutilización de la capacidad
instalada. Finalmente se derivan de los esquemas de reproducción, un marco de
categorías que permiten desarrollar un análisis de corto prazo.
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
Bibliografía:
M. Kalecki.
J. Steindl.
“Teoría de la dinámica económica”
“Teoría de los ciclos económicos” “Madurez y
estancamiento en los países capitalistas
desarrollados”.
6. Desarrollo Económico
Prerrequisito: Economía Internacional
Profesores Diurnos: Claes Croner
Enrique Marschall
Este curso analiza los conceptos, caracterizaciones e interpretaciones actuales del
desarrollo y del subdesarrollo. Se estudian las teorías clásicas y marxistas del
desarrollo y las diversas teorías del subdesarrollo. Finalmente se ven las
interpretaciones latinoamericanas del subdesarrollo económico reciente en América
Latina.
Autores Sunkel-Paz- Rodriguez
Aníbal Pinto
Merhav
Baran-Sweezy
Dos Santos
Frank André
Tavares
7. Historia Económica General
Prerrequisito: Teoría Económica II
Profesor Diurno: Miguel Abdala
Durante el curso se analizarán los siguientes temas: El desarrollo del capitalismo y
la expansión europea, América Precolombina, el colonialismo, la importancia de la
matriz colonial en el proceso histórico de hispanoamérica, américa, la primera
revolución, independencia y neocolonialismo, y la revolución e integración de A.
Latina.
Autores: Pirenne – Dobb Brandel – Frank – Bagú
8. Historia del Pensamiento Económico
Prerrequisitos: Teoría Económica III y
Análisis Económico (III)
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
Profesor Diurno: Mónica Mansur
Objetivo:
Estudio de los precursores del pensamiento económico. Aparición del pensamiento
económico como “sistema”: Fisiócratas – Smith. Los desarrollos teóricos
fundamentales referentes a la teoría del valor, de la distribuición y de la inversión.
Capitalismo y crisis.
9. Desarrollo Económico y Economía Chilena
Prerrequisito: Economía Política II-A
Profesor: Samuel Cogan (diurno)
Evolución socio-económica de Chile en el siglo XIX. La economía chilena en el
período 1900-1950. La economía chilena actual. Políticas económicas
conservadoras, reformistas, socialistas. La política económica de la Unidad Popular
Autores: Recabarren
Cademartori Vuscovici
Sierra Ahumada
Ffrench-Davis
Lagos
10. Economía Política II-A
Prerrequisito: Int. a la Economía II
Profesores Diurnos: Esseralda Serrato
Jorge Fernández (Téc. Est.)
Profesor Vespertino: Omar Arza
Analiza la acumulación y circulación del capital y las formas funcionales del capital
industrial. Luego se analiza la rotación del capital y la reproducción y circulación del
mismo en su conjunto, en forma simple y ampliada. Finalmente se abordan los
problemas relacionados a las crisis por subconsumo e por desproporcionalidades.
Bibliografía:
C. Marx. El Capital, tomo I, II, III.
P. Sweezy. Teoría del Desarrollo Capitalista.
M. Dobb. Economía Política y Capitalismo.
V. Lennin. El Desarrollo del Capitalismo en Russia.
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
B. Cátedras Electivas.
1. Economía Política del Socialismo
Prerrequisito: Teoría Económica III
Profesor Diurno: Donald Castillo
Estudia el carácter de las leyes económicas en el modo de producción socialista. El
producto socialista y las características de processo de producción en términos del
proceso de trabajo, la jornada de trabajo y la productividad del trabajo.
Autores: C. Marx
F. Engels
V. I. Lenin
(ilegível)
E. Preobrazenski
A. Liberson
II. UNIDAD BASICA DE ANALISIS ECONOMICO.
Junto a la Unidad Básica de Economía Política es outra unidad teórica de
Economía de la Facutad de Economía Política y corresponde a la visión burguesa
de la Economía Política: la Teoría Económica . Esta unidad está constituída por
cuatro cátedras correlativas (una de las cuales no se impartirá el presente
semestre), teniendo la primera de ellas como prerrequisito: la cátedra de
Economía Política I.
1. Análisis Económico I
Prerrequisitos: Economía Política I
Matemática II (T. E.)
Profesor: Enrique Silva
Objetivos:
En esta cátedra se analiza desde una perpectiva crítica la teoría subjetiva del valor,
de donde se desprende la teoría de los precios en competencia perfecta..De esta
forma se estudia la teoría del precio de mercado, el equilibrio general y la
asignacón de recurso en competencia perfecta.
Autores: Ferguson
Stonier y Hague
Lipsey
2. Análisis Económico II
Prerrequisito: Análisis Económico I
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
Profesor: Rogelio Huerta
Objetivos:
En esta cátedra se estudian las estructuras mono-oligopólicas (tanto en lo referente
al análisis del tránsito de situaciones de competencia a situaciones oligopólicas,
como a la comprensió n del funcionamiento de tales estructuras), desde una
perspectiva que escapa al análisis neoclásico, con un instrumental menos reguroso,
pero más apto para la interpretación de la realidad.
Autores: Sylos Labini
Bain
Steindl
3. Análisis Económico III
Prerrequisito: Análisis Económico II
Profesor: Pablo Ramos
Objetivos:
En esta cátedra se estudian las teorías del ingreso y del empleo clásico y
keynesianos, tratando de plantear un esquema comparado de ambos modelos, para
extraer de ellos las políticas económicas ficales, monetarias, coyunturales en
general. Cabe señalar que dicho análisis se realiza desde una perspectiva crítica.
Autores: Keynes, J. M.
Ackley, Cardner
Hansen, Alvin
4. Análisis Económico IV
No se impartirá el presente semestre.
5. Análisis Económico I-A
Prerrequisitos: Introducción Económica II (Economía Política I)
Objetivos:
En esta cátedra se trata de analizar críticamente el intrumental neoclásico de
competencia perfecta: funciones de demanda y costo, elasticidades, equilibrio
general. Además, se analiza el tránsito de situaciones de competencia perfecta a
situaciones oligopólicas.
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
Autores: Lipsey
Sylos Labini
Baran y Sweezy
Nota: Todas las cátedras mencionadas (Análisis Económico I, II, III) constituyen
cátedras electivas, no teniendo equivalencia com el antiguo currículum de la Escuela.
6. Análisis Económico II-A
Se impartirá a partir del próximo semestre.
III. UNIDAD BÁSICA POLÍTICA ECONÓMICA
A. Cátedras Obligatorias
1. Teoría y Política Fiscal I (Análisis y Política Económica)
Prerrequisitos: Teoría Económica III
Análisis Económico III
Objetivos:
El curso pretende revisar los principales esquemas teóricos que fundamentan la
política fiscal y reformular estas concepciones, de manera a adecuarlas al estudio
de la acción económica del Estado en los países capitalistas, subdesarrollados y
dependientes, com especial referencia a la situación chilena.
Autores: Vega, Humberto
Ricardo
Keynes
Kalecki
Ffrench Davis
2. Teoría y Política Monetaria I (Análisis Financiero)
Prerrequisito: Análisis Económico III
Profesor: Ernesto Miranda
Objetivos:
Estudio del Dinero: concepto – funciones. Oferta de dinero: mecanismos de control
monetario. La política económica y la oferta de dinero. Demanda monetaria. Teorías
clásicas, keynesiana y neoclásicas. Inflación: experiencia chilena.
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
Autores: Marx
Ffrench-Davis
Ackley
Sierra
3. Economía Internacional (Análisis y Política de Comercio Exterior)
Prerrequisitos: Política Fiscal I
Monetaria I
Profesores: Isaac Minian
Alberto Tassara
Objetivos:
El curso pretende revisar los principales conceptos que fundamentan la Política de
Comercio Exterior, de manera a extraer de ellas una metología de análisis del
impacto del comercio exterior en las economías capitalistas, com especial referencia
a Chile.
B. Cátedras Electivas
1. Política Económica
Prerrequisito: Economia Internacional
Profesor: Fernando Cossio
Objetivos:
Análisis de Política Económica: su concepto, el proceso de política económica, el
papel del Estado como agente de política económica. Análisis empírico del conjunto
de instrumentos y del conjunto de objetivos. Estudio crítico de algunas experiencias
concretas: Chile, Brasil.
Autores:
Jan Tinbergen
Cinotti – Sierra
Jean Meynand
IV. UNIDAD BÁSICA DE PLANIFICACIÓN
Durante el segundo semestre del año académico 1973, la Unidad Básica de
Planificación quedará constituída por un número de cátedras que se mencionarán
a continuación. Este número obedece a las posibilidades reales que el Depto. De
Economía puede ofrecer en el presente, sin querer ello a decir que no existen las
condiciones para redefinir, tanto el contenido de la Unidad así como también las
cátedras, através de las cuales se pondrá éste de manifiesto, en un futuro
próximo.
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
A. Cátedras Electivas
1. Planificación Global
Prerrequisitos: Economía Política I, II, III.
Contabilidad Social
Economía Política II-A y
Contabilidad Social
Profesores Diurnos: José Miguel de la Fuente
Luis López (Tec. Est.)
Dado el proceso de profundas transformaciones socio -económicas que vive el país,
no es posible continuar la formación del Ingeniero Comercial al margen de.la
Planificación. El desarrollo del APS22 y su cada vez mayor importancia dentro de la
economía nacional y la nueva política económica, exigen la dirección planificada de
la economía.
Desde este punto de vista y com este objetivo, el fin central del este ramo es
impartir los conceptos de la planificación, sus niveles, aspectos y métodos
generales de manera que el estudiante conozca sus principios básicos y que le sirva
ademas de base para estudiar el resto de ramos de esta línea.
2. Balance Intersectorial
Prerrequisito: Planificación Global
Profesor Diurno: Ivonne Farah
Está dedicado fundamentalmente al estudio de la construcción del balance
intersectorial. El enfoque utilizado permite el análisis profundo del conjunto d e
relaciones que se dan entre los setores que forman la economía nacional. Su base
teórica está referida al estudio de los esquemas de reprodución en Marx com un
enfoque que centra el análisis en las proporciones y relaciones en la reprodución y
circulación del capital social. Al final, se hace una comparación entre el balance
intersectorial planificado y el balance intersectorial capitalista para ver las
diferencias y alcances de cada uno.
3. Planificación Global y Balance Intersectorial 23
(para Comercialización y Cooperativa)
Prerrequisitos: Economía Política II-A
Contabilidade Social
Profesor: Javier Suárez
22 Área de propriedade social, na terminologia do governo Allende.
23 No documento, não aparece a ementa dessa disciplina
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
(para Contadores Auditores)
Prerrequisitos: Economía Política I
Contabilidad Social
4. Planificación de Recursos Humanos
Prerrequisitos: Economía I, II, III
Contabilidad Social
Profesor: Julia M. de Roitman
El objeto fundamental de este ramo es, de una parte, analizar los aspectos mas
importantes de los modos y niveles de explotación y utilización de la fuerza de
trabajo en los diferentes sistemas de producción vigentes, como tambien examinar
diversos métodos y técnicas de planificación del trabajo y de los recursos humanos
tanto en países capitalistas como socialistas, de otra.
5. Programación de Inversiones y Evaluación de Proyectos
Prerrequisitos: Planificación Global
Análisis Económico III
Profesor: Alfredo Bellot
El objeto básico de este curso es el entregar el instrumental adecuado que permita
garantizar, a través de una evaluación previa, el éxito de un proyecto de inversión.
El curso contiene la explicación de ciertas técnicas y mecanismos que posibilitan
dicha evaluación.
6. Planificación Regional
Prerrequisitos: Planificación Global
Análisis Económico III
Profesores: Ivo Babarovic
Rosalba Todaro
El curso contiene como objetivo entregar al aluno todos los conceptos y aspectos
generales de la problemática del desarrollo y planificación regional, centrando su
análisis en el estudio de las teorías de la localización regional y especial de las
actividades económicas fundamentales (industria y agricultura) y la configuración
del espacio basada en el desarrollo de las fuerzas productivas.
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
7. Planificación Agraria
Prerrequisito: Análisis Económico III
Profesor: N. N.
El objetivo fundamental de esta cátedra la constituye el proporcionar una visión del
rol y funcionamiento del sector agrícola en la actualidad, y a partir de ella, señalar
los aspectos metodológicos básicos para la tansición de dicho sector hacia una
estructura planificada a través del estudio del processo de reforma agraria.
B. CÁTEDRAS OBLIGATORIAS
8. Contabilidad Social
Prerrequisitos: Economía Política I
Economía Política II
Matemática III
Profesores: Jaime Pais (Tec. Esta.)
Pedro Tejo (Esc. Economía)
El objetivo básico de esta cátedra es el estudio de los métodos de registros,
clasificaciones y resultados de la actividad económica de una nación. Su contenido
se orienta al conocimiento de indicadores económicos a nivel nacional.
PARA CARRERAS CORTAS
Cátedras Obligatorias:
1. Contabilidad Social
Prerrequisitos: Introducción a la Economía
Economía II-A.
Matemática III
Profesores: Luís Aparicio (Contadores
Auditores, Comercialización y
Cooperativas)
Cátedras Electivas:
Para carreras técnicas com preferencia en comercialización
2. Planificación Regional
Prerrequisito: Planificación Global
Profesores: Ivo Babarovic
Rosalba Todaro
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
V. UNIDAD BASICA DE COMERCIALIZACION
1. Introducción a la Comercialización)
Prerrequisito: Programa Antiguo
Matemáticas II
Administración
Sociología
Programa Nuevo Vigente 1972
Administración I AO 101
Introducción Ec. Política EP 108
Profesor: Lira Mosso
Tiene por objeto dar a conocer el desarrollo histórico de la comercialización.
Enfoques de la función comercialización. Análisis crítico del uso de la
comercialización en las condiciones chilenas para superar el esquema tradicional.
2. Comercialización II (Precio y Producto)
Prerrequisito: Comercialización I CA-151
Profesor: Nelson Espinoza
En esta cátedra se estudiará la formación de precios en diversos sistemas
económicos y situaciones de mercado, como asi mismo el producto no solo en su
función económica sino también social – enfoque capitalista y de transición.
3. Seminario de Comercialización I (Comercialización V- Promoción)
Prerrequisitos: Programa Antiguo
Investigación Mercado
Gerencia Publicitaria
Tec. Ventas
Programa Nuevo Vigente 1972
Comercialización IV (Distrib.
II) OA154
Profesor: Raul González
La cátedra tiende a estudiar las estructuras básicas de la promoción y el uso de los
medios de comunicación masivos en un enfoque de transición. Está orientada a la
búsqueda de un nuevo concepto de estos elementos.
4. Investigación Mercados I (Investigación de Mercados)
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
Prerrequisitos: Programa Antiguo
Comercialización II
Estatística II
Programa Vigente 1972
Muestreo I (EN. 124)
Profesor: Victor Cortez
El objetivo básico de esta cátedra es el estudio de los diferentes métodos y técnicas
para evaluar y diagnosticar el comportamiento de la demanda.
VI. UNIDAD BASICA DE COOPERATIVISMO
1. Historia del Cooperativismo (Organización del Movimiento Cooperativo en
Chile)
Prerrequisito: Filosofía (Introducción a la
Cooperación)
Profesor: Eliana Alvarado
Objetivos:
Análisis descriptivo del movimiento cooperativo chileno. Se analizaría a partir de un
breve esbozo histórico, las particularidades de la organización cooperativa. Se
estudiarían los diversos tipos de cooperativas existentes en Chile desde el punto de
vista de sus objetivos y su importancia en la economía nacional.
2. Doctrinas Cooperativas (Teoría de la Cooperación)
Prerrequisito: Historia Cooperativa
(Organización del Movimiento
Cooperativo en Chile)
Profesor: Gabriel Schuman
Objetivos:
Dar a conocer el desarrollo histórico de la cooperación a partir de las primeras
manifestaciones. Se intenta ademas, analizar las particularidades del
cooperativismo en las sociedades capitalistas y socialistas, de tal forma que el
alumno conozca los diversos fundamentos teóricos y prácticos existentes en el
campo de la cooperación.
3. Organización Cooperativa en Chile. (Cooperación en el Sector Agrario)
Prerrequisito: Doctrina Cooperativa
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
(Teoría de la Cooperación)
Profesor: Enrique Astorga
Objetivos:
Estudio de las líneas ideológicas que inspiran al movimiento cooperativo rural.
Formas que adopta la cooperación rural en los países socialistas y capitalistas.
Descripción, perspectivas y análisis de las organizaciones cooperativas rurales en
Chile.
4. Derecho Cooperativo (Legislación Cooperativa
Prerrequisito: Noción de Derecho (Estadística
Económica)
Profesor: Joaquin Moralez
Objetivos:
Estudio de nociones generales de Derecho. Estudio de la legislación cooperativa y
tributária en Chile. Análisis crítico de la legislación cooperativa.
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
2. Carta original dos estudantes franceses:
Lettre ouverte des étudiants en économie aux professeurs et responsables de
l'enseignement de cette discipline
Nous, étudiants en économie dans les universités et grandes écoles françaises, nous
déclarons globalement mécontents de l'enseignement que nous y recevons.
Et ce pour les raisons suivantes :
1) Sortons des mondes imaginaires!
La plupart d'entre nous a choisi la filière économique afin d'acquérirune
compréhension approfondie des phénomènes économiques auxquels le citoyen d'aujourd'hui
est confronté. Or, l'enseignement tel qu'il est dispensé- c'est-à-dire dans la plupart des cas
celui de la théorie néo -classique ou d'approches dérivées - ne répond généralement pas à
cette attente. En effet, si la théorie se détache légitimement des contingences dans un
premier temps, elle effectue en revanche rarement le nécessaire retour aux faits: la partie
empirique (histoire des faits, fonctionnement des institutions, étude des comportements et
des stratégies des agents... ) est quasiment inexistante. Par ailleurs, ce décalage de
l'enseignement par rapport aux réalités concrètes pose nécessairement un problème
d'adaptation pour ceux qui voudraient se rendre utiles auprès des acteurs économiques et
sociaux.
2) Non à l'usage incontrôlé des mathématiques!
L'usage instrumental des mathématiques semble nécessaire. Mais le recours à la
formalisation mathématique, lorsqu'elle n'est plus un instrument mais devient une fin en soi,
conduit à une véritable schizophrénie par rapport au monde réel. La formalisation permet par
contre de construire facilement des exercices, de "faire tourner" des modèles où l'important
est de trouver "le bon" résultat (c'est à dire le résultat logique par rapport aux hypothèses
de départ) pour pouvoir rendre une bonne copie.Ceci facilite la notation et la sélection, sous
couvert de scientificité, mais ne répond jamais aux questions que nous nous posons sur les
débats économiques contemporains..
3) Pour un pluralisme des approches en économie!
Trop souvent, le cours magistral ne laisse pas de place à la réflexion. Parmi toutes
les approches en présence, on ne nous en présente généralement qu'une seule, et elle est
censée tout expliquer selon une démarche purement axiomatique, comme s'il s'agissait de
LA vérité économique. Nous n'acceptons pas ce dogmatisme. Nous voulons un pluralisme des
explications, adapté à la complexité des objets et à l'incertitudequi plane sur la plupart des
grandes questions en économie (chômage, inégalités, place de la finance, avantages et
inconvénients du libre-échange, etc.)
4) Appel aux enseignants:
Réveillez-vous avant qu'il ne soit trop tard!
O Olho da História, n. 18, Salvador (BA), julho de 2012.
Nous savons bien que nos professeurs sont eux-mêmes tenus par certaines
contraintes. Nous en appelons néanmoins au soutien de tous ceux qui comprennent nos
revendications, et qui souhaitent un changement. Si celui-ci n'a pas lieu rapidement, le
risque est grand que les étudiants, qui ont déjà amorcé un mouvement de retrait, ne
désertent massivementune filière devenue inintéressante, parce que coupée des réalités et
des débats du monde contemporain.
NOUS NE VOULONS PLUS FAIRE SEMBLANT D'ÉTUDIER CETTE SCIENCE AUTISTE
QU'ON ESSAIE DE NOUS IMPOSER.
Nous ne demandons pas l'impossible, mais uniquement ce que le bon sens peut
suggérer à tout un chacun. Nous espérons donc être entendus dans les plus brefs délais.
Cette lettre ouverte a été lancée fin mai 2000, à ce jour (le 5 juillet 2000), plus de
500 étudiants, du deug à la thèse,l'ont déjà signé (ENS Ulm, Cachan et Fontenay, ENSAE,
EHESS, Paris X-Nanterre, Paris I, Paris Tolbiac, Versailles Saint- Quentin, Orléans, Grenoble,
Rennes,Clermond-Ferrand, Aix- Marseille, Besançon, Hamburg, Florence, Londres,
Barcelone...).