Plataforma Continental
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Plataforma Continental
A estrutura das áreas litorais, apesar da grande diversidade de situações, apresenta um conjunto
de unidades que, de forma mais ou menos desenvolvida, estão habitualmente presentes. Estas
unidades são, da costa para o mar, a plataforma continental, o talude continental e a zona
abissal.
A plataforma continental é de todas a mais importante por ser aquela onde a riqueza de recursos
piscícolas é maior. Este facto deve-se à conjugação de uma série de factores dos quais se
destacam:
- A riqueza de nutrientes, transportados pelos rios, os quais dão origem a grandes quantidades
de pequenos organismos vegetais e animais, que constituem a base alimentar de inúmeras
espécies - o plâncton;
- A reduzida profundidade das águas, o que aumenta os índices de luminosidade, facto
fundamental para a realização da fotossíntese pelo fitoplâncton;
- Os elevados teores de oxigénio, em resultado da constante agitação das águas;
- O teor de sal relativamente baixo, em resultado da mistura da água do mar com aquela que é
proveniente dos rios.
Nesta área são também fundamentais as correntes marítimas, que contribuem para a
renovação das águas e dos nutrientes! Aumentando a variedade de espécies marinhas.
Portugal situa-se numa área onde se encontram massas de água com diferentes proveniências, as
correntes marítimas! Das quais poderíamos destacar: as águas profundas do Atlântico Norte, as
águas de origem mediterrânica e as águas do Atlântico Nordeste, que contribuem de forma
decisiva para a nossa riqueza piscícola.
À superfície as correntes oceânicas são profundamente afectadas pela deriva do Atlântico Norte. Portugal é afectado por uma ramificação desta deriva, já em deslocação para sul, que atinge a costa
portuguesa, onde toma a designação de corrente de Portugal. A sudoeste do território, esta
corrente encontra-se com a corrente fria das Canárias, favorecendo a existência de pescado.
Existem outros movimentos, em profundidade, igualmente importantes, dos quais
destacaríamos, pela relevância que tem na quantidade de recursos piscícolas, o uppwelling.
Este fenómeno,
particularmente activo no
Verão, constitui um
movimento ascendente de
águas profundas promovido
pela acção do vento à
superfície.
Estas águas, ricas em
minerais e plâncton
alimentam algumas
espécies fundamentais para
o nosso país, tal como a
sardinha.