PLANTAS MEDICINAIS PARA O SISTEMA NERVOSOecaths1.s3.amazonaws.com/fitoterapia/1313214637.PLANTAS...

download PLANTAS MEDICINAIS PARA O SISTEMA NERVOSOecaths1.s3.amazonaws.com/fitoterapia/1313214637.PLANTAS MEDICIN… · plantas medicinais para o sistema nervoso universidade do sul de santa

If you can't read please download the document

Transcript of PLANTAS MEDICINAIS PARA O SISTEMA NERVOSOecaths1.s3.amazonaws.com/fitoterapia/1313214637.PLANTAS...

  • PLANTAS MEDICINAIS PARA O

    SISTEMA NERVOSO

    UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

    CURSO DE ENFERMAGEM

    DISCIPLINA FITOTERAPIA

    Prof. DANIELLA KOCH DE CARVALHO

  • SISTEMA NERVOSO:

    ANSIOLTICOS

    ANTIDEPRESSIVOS

    ESTIMULANTES

    ADAPTGENOS

  • MARACUJ

    Passiflora incarnata

    Parte utilizada: folhas

    Princpio ativo: alcalides indlicos, flavonides,

    glicosdeos.

    Histrico/Curiosidades: originrio da Amrica

    tropical.

    Ao: sedativo, tranquilizante, antiespasmdico e

    diurtico.

    Aplicao/uso: ansiedade e perturbaes nervosas,

    insnia.

    Posologia: Infuso: 3g (1 colher de sopa) para 150

    ml de gua, 3 a 4 x ao dia. Tintura 0,5 a 2 ml 3x

    ao dia.

    Contra-indicao: Pessoas com hipotenso.

    Gestantes (atividade uterina) e lactantes.

    Efeitos Colaterais: depresso do SNC. Em altas

    doses: diminuio dos reflexos, cefalia,

    taquicardia.

    Interaes: lcool, anti-histamnicos, morfina.

    Bloqueio parcial do efeito das anfetaminas,

    medicamentos sedativos e depressores do SNC.

    Passiflora incarnata

    Passiflora alata

  • VALERIANA

    Nome cientfico: Valeriana officinalis

    Fitogeografia: Europa e sia

    Parte usada: rizomas e razes

    Constituintes qumicos: leos volteis, valepotriatos, alcalides,

    flavonides, cidos fenlicos.

    Aplicao/uso: Testes comportamentais com gatos, aos quais se deu 10

    mg de valepotriatos por quilo atravs de um tubo estomacal, mostraram

    um efeito calmante manifestado por uma diminuio dos comportamentos

    inquietos, medrosos e agressivos.

  • Kamm e Kohl (1984 apud Schulz, 2002) estudaram os

    efeitos da valeriana em pacientes com distrbios do

    sono em hospitais geritricos. O estudo envolveu 150

    pacientes tratados por 30 dias e 80 pacientes tratados

    por 14 dias, usando duas escalas padro de medio

    do observador e um sistema de pontuao para

    avaliar dificuldades de conseguir dormir e permanecer

    dormindo.

    Os resultados aps o tratamento de 14 dias

    mostraram melhoras estatisticamente significativas no

    humor, distrbios comportamentais e dificuldades em

    conseguir dormir e permanecer dormindo. Posologia:

    Para distrbios do sono: 400 a 900 mg de extrato , a 1 hora antes de

    deitar. Ch (decoco): 2 a 3 g da erva seca, 3 a 4 vezes ao dia. Tintura: 3 a

    5 ml (1/2 a 1 colher de ch), 3 a 4 vezes ao dia

  • Efeitos colaterais: em caso de superdosagem

    Cefalia, alteraes cardacas, excitabilidade,

    insnia, nuseas, reaes de hipersensibilidade.

    Contra-Indicaes: pacientes com histria de

    alergia planta. Gestantes, lactantes e cas

    menores de 12 anos os efeitos no so conhecidos.

    Devido ao risco de hepatotoxicidade, evitar o uso da

    erva por pacientes com comprometimento heptico.

    Interaes: lcool, depressores do SNC: efeitos

    aditivos potenciais

    Dissulfiram: reao ao dissulfiram caso o produto

    contenha lcool.

  • MELISSA

    Melissa officinalis

    Parte utilizada: folhas

    Princpio ativo: leos essenciais, flavonides,

    derivados terpnicos

    Histrico/Curiosidades: nativa da Europa e sia.

    Ao: sedativa, carminativa e antiespasmdica

    Aplicao/uso: Insnia nervosa e alteraes

    gastrintestinais funcionais. A combinao da

    valeriana com a melissa foi documentada em um

    estudo com 2.395 pacientes com transtornos

    psicofsicos (ansiedade, nervosismo, transtornos

    do sono, ...) Documentou-se eficcia da ordem de

    62,74%.

    Posologia: Infuso: 2 a 4g (1-2 colh. sobremesa) em

    150mL (xc ch). Extrato seco 1,5g/dia

    Contra-indicao: Gestantes e lactantes. Portadores

    de hipotireoidismo.

    Efeitos Colaterais: no relatados na literatura

    pesquisada.

    Interaes: medicamentos sedativos e depressores

    do SNC.

  • HIPERICO

    Hiperico perforatum L. Parte utilizada: folhas e flores

    Princpio ativo: hipericina (0,04 a 0,1%),

    hiperforina, flavonides (hiperosdeo)

    Histrico/Curiosidades: conhecida na Europa

    como planta mgica, com a finalidade de

    espantar maus espritos.

    Ao: calmante, antidepressivo;

    antiinflamatrio, cicatrizante.

    Aplicao/Uso: depresso leve e moderada,

    insnia, nervosismo. O Jornal Britnico de

    Medicina (1996) publicou uma metanlise

    de 23 ensaios clnicos nos quais

    participaram 1757 pacientes ambulatoriais

    que apresentavam distrbios depressivos.

  • Aplicao/uso: O tamanho da amostra variou de

    30 a 162 pacientes, e a durao do tratamento foi

    de 4 a 12 semanas. Dos 23 ensaios clnicos, 15

    foram controlados com placebo, enquanto 8

    compararam o hiprico com outras substncias

    (amitriptilina, bromazepam, desipramina,

    diazepam, imipramina e maprotilina).

    Foi constatado ser o hiprico mais efetivo do que o

    placebo e to efetivo quanto os agentes

    antidepressivos convencionais. A incidncia de

    efeitos colaterais foi maior em pacientes aos quais

    foram administrados antidepressivos

    convencionais (52,8%) em comparao com o

    hiprico (19,8%).

  • Posologia: 600 -1.200 mg/dia de extrato seco. Infuso:15 g/litro, tomar 2

    a 3 xcaras /dia.

    Efeitos colaterais: (raramente pode ocorrer) agitao, constipao,

    desconforto GI, distrbio do sono, ressecamento da boca, tontura,

    hipersensibilidade alrgica.

    Contra-Indicao: gestante, lactantes e crianas menores de 12 anos.

    Pacientes com histria de hipersensibilidade.

    Interaes: Interage com paroxetina:

    intoxicao de sedativo-hipntico. Utilizar com

    cautela concomitante com agentes

    serotoninrgicos, ATCO, digoxin, warfarina,

    entre outros. No associar com drogas

    retrovirais.

  • FAFIA

    Pfaffia paniculata K.

    Parte utilizada: raiz

    Princpio ativo: saponinas, sais minerais, cido

    pffico

    Histrico/Curiosidades: conhecido como

    paratudo pelos nativos dos estados de SP, PR.

    Conhecida como Ginseng brasileiro pela

    similaridade morfolgica da raiz.

    Ao: imunoestimulante, tnico, cicatrizante e

    regenerador celular e adaptgeno.

    Aplicao/uso: auxiliar no tratamento de

    irregularidades circulatrias e estresse.

    Posologia: 5-10g/dia

    Cuidados: doses acima de 10g podem resultar em

    nervosismo, hipertenso e erupes cutneas.

    Por falta de estudos conclusivos no administrar

    para gestantes, lactantes e crianas menores de

    12 anos.

  • GUARAN

    Paullinia cupana H.B.K.

    Parte utilizada: semente

    Princpio ativo: metilxantinas, Alcalides (Cafena 2,5-

    5%)

    Ao: estimulante, energtico, afrodisaco

    Aplicao/uso: astenia e psicoestimulante. Os efeitos

    do guaran so atribudos ao seu elevado teor de

    cafena.

    As aes farmacolgicas da cafena incluem:

    estimulantes do SNC; diurese; estimulao

    cardaca; vasodilatao coronariana e perifrica;

    estimulao da musculatura esqueltica e aumento

    da secreo de cido gstrico.

  • Pela presena de taninos, tem ao na secreo

    intestinal, normalizando-a, atribuindo atividades anti-

    diarricas e adstringente.

    Na totalidade de suas propriedades torna-se um

    tnico eficaz do organismo.

    Posologia: Infuso: 1 colher de ch do p em 1

    xcara de gua fervente. Tome 1 xcara 2 x ao dia.

    Cpsula: As doses nicas contm 200 a 800mg de

    guaran. A ingesto diria no deve ultrapassar a 3 g.

    Fazer intervalos teraputicos de 2 semanas a cada

    ms.

    Contra-Indicao: Gestantes, lactantes, cas

    menores de 12 anos Pacientes com lcera pptica,

    hipertenso, arritmias, doena CV, cefalia crnica,

    em uso de teofilina, gastrite, hipertireoidismo e

    sndrome do colon irritvel.

  • Efeitos Colaterais: Consumo normal: insnia e diurese.

    Consumo excessivo: agitao, ansiedade, cefalia,

    taquicardia, tremores, vmitos, irritabilidade, extra-sstole

    ventricular, Irritao gstrica, hipertenso. A cafena pode

    causar lcera pptica em pacientes susceptveis.

    Estados de abstinncia (depois de um consumo dirio

    regular): Ansiedade, cefalia, irritabilidade.

    Interaes: Cimetidina, dissulfiram, anticoncepcional oral: podem

    aumentar os nveis sricos de cafena ou prolongar meia-vida.

    Ferro: pode ocorrer diminuio de sua absoro se ingerido 60 minutos

    aps uma refeio.

    Ltio: a cafena pode inibir a depurao do ltio.

    Tabagismo: aumento da eliminao de cafena e xantinas.

    Teofilina: pode causar efeitos aditivos sobre o SNC e CV.

  • Pontos Interessantes: o guaran incluido nos produtos considerados

    geralmente reconhecidos como seguros pelo FDA, para uso como aditivo

    alimentar.

    Histrico/Curiosidades: utilizado pelos ndios maus como revitalizante

    durante guerras e competies

    REFERNCIAS:

    ALONSO, Jorge. Fitomedicina: curso para profissionais da rea da sade. So Paulo:

    Pharmabooks. 2008. p. 151-154.

    BRASIL. Resoluo n. 10 de 9 de maro de 2010. Dispe sobre a notificao de drogas

    vegetais junto Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA) e d outras providncias.

    ANVISA. Disponvel em: www.anvisa.org.br. Acesso em 16 de maro de 2010.

    FETROW, Charles W.; AVILA, Juan R. Manual de Medicina Alternativa: para o profissional.

    Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000, p. 423-427.

    JUNIOR, Antonio A. S. Essntia Herba: plantas bioativas. Florianpolis: EPAGRI, 2006, 633

    p., v. 2.

    LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exticas cultivadas.

    So Paulo: Instituto Plantarum, 2002, p.142.

    SCHULZ, V. et. al. Fitoterapia racional: um guia de fitoterapia para as cincias da sude. 4

    ed. SP: Manole. 2002.

    TESKE, M., TRENTINI, A. M. M. Compndio de fitoterapia. 2 ed. Curitiba : Herbarium,

    1991. p. 182-184.

    http://www.anvisa.org.br/http://www.anvisa.org.br/http://www.anvisa.org.br/http://www.anvisa.org.br/http://www.anvisa.org.br/http://www.anvisa.org.br/http://www.anvisa.org.br/