PLANTAS MEDICINAIS COM AÇÃO ANTIFÚNGICA · de medicamentos à base de ervas e plantas medicinais...
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Pró-Reitoria de Graduação Curso de Farmácia
Trabalho de Conclusão de Curso
T
PLANTAS MEDICINAIS COM AÇÃO ANTIFÚNGICA
Autor: Jemima Aíla Assunção VitalOrientador: MSc Laís Flavia Nunes Lemes
Brasília - DF 2014
JEMIMA AÍLA ASSUNÇÃO VITAL
PLANTAS MEDICINAIS COM AÇÃO ANTIFÚNGICA
Projeto apresentado ao curso de graduação em Farmácia da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II. Orientador: MSc Laís Flavia Nunes Leme
Brasília 2014
CURSO DE FARMÁCIA COORDENAÇÃO DE TCC
Ciência do Orientador
Eu, Laís Flavia Nunes Leme, professor do curso de Farmácia, orientadora da estudante
Jemima Aíla Assunção Vital, autora do trabalho intitulado Plantas Medicinais com Ação
Antifúngica, estou ciente da versão final entregue à banca avaliadora quanto ao conteúdo e à
forma.
Taguatinga: ____/_____/______
Laís Flavia Nunes Lemes
Monografia de autoria de Jemima Aíla Assunção Vital, intitulada PLANTAS MEDICINAIS
COM AÇÃO ANTIFÚNGICA, apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de
Bacharelado em Farmácia da Universidade Católica de Brasília, em nove de junho de 2014,
defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:
___________________________________________
Professora Mestre Laís Flávia Nunes Lemes
Farmácia - UCB
___________________________________________
Professor Mestre Antônio José de Rezende
Farmácia - UCB
___________________________________________
Professor Doutor Luciano Coêlho Milhomens Cemin
Farmácia - UCB
A Deus,pela saúde e disposição para
desempenhar as tarefas. Aos meus pais,
sempre presentes e responsáveis financeiros da
minha jornada. A toda a minha família e
amigos mais próximos.
AGRADECIMENTO
A Deus por ter sido o grande provedor da minha vida, pela força concedida a cada dia
para que eu possa prosseguir; por mais uma etapa vencida e por ser o melhor amigo em todas
as situações.
Aos meus pais, Isaías Vital e Arlete Ivânia, por serem responsáveis financeiros da
minha jornada e por acreditarem em mim; aos meus tios e primos pelos conselhos. Um
carinho especial à minha Tia Alice.
Aos professores/mestres pelas lições de saber, pela orientação constante, por
compartilharem suas experiências de vida e por todo apoio nas diversas horas.
Aos amigos e colegas que contribuíram direta ou indiretamente.
RESUMO
As Plantas medicinais há muito tempo são utilizadas no tratamento de enfermidades e
alteração no curso de doenças, muitas vezes sendo o único recurso terapêutico disponível –
como no caso de populações que não possuem fácil acesso a serviços de saúde ou
medicamentos industrializados. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o consumo
de medicamentos à base de ervas e plantas medicinais é hábito comum para aproximadamente
80% da população mundial. Este dado, somado ao fato do Brasil possuir uma grande
diversidade de biomas, reforça a importância de explorar moléculas vegetais inovadoras para
diversas condições, especialmente doenças fúngicas que possuem altos índices de prevalência
e incidência. O presente estudo teve por objetivo discutir a importância do resgate da
fitoterapia para o tratamento de infecções fúngicas e apontar espécies de plantas medicinais
com tal ação por meio de revisão bibliográfica. Foi observado que as famílias com a maioria
de espécies citadas foram as Rutaceae seguida por Myrtaceae e Lamiaceae. Os achados
apresentaram extratos vegetais formados por metabólitos secundários possivelmente
relacionados à ação antifúngica.
PALAVRAS CHAVES: Plantas Medicinais, Fitoterapia, Infecções Fúngicas, Metabólitos Secundários, Extratos Vegetais e Fungos Oportunistas.
ABSTRACT
The Medicinal plants have long been used in the treatment of diseases and changes in
the course of disease, often being the only therapeutic option available - as in the case of
populations that do not have easy access to health services or manufactured drugs. According
to the World Health Organization (WHO) drug use herbal and medicinal plants is common
habit for about 80 % of the world population. This fact, coupled with the fact that Brazil has a
large variety of biomes, reinforces the importance of exploring innovative vegetable
molecules to various conditions, especially fungal diseases that have high rates of prevalence
and incidence. The present study aimed to discuss the importance of the rescue of
phytotherapy for the treatment of fungal infections and point species of medicinal plants such
action through literature review. It was observed that families with the most species
mentioned were the Rutaceae followed by Myrtaceae and Lamiaceae. The findings showed
plant extracts formed by secondary metabolites possibly related to the antifungal action.
KEYWORDS: Medicinal Plants, Phytotherapy, Antifungal Action, Secondary Metabolites, Vegetable Extracts and Opportunistic Fungi.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 10
MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................... 13
IMPORTÂNCIA DA FITOTERAPIA ........................ ......................................................... 14
ESTUDOS DE EXTRATOS VEGETAIS COM POTENCIAL ANTIFÚNG ICO ........... 15
CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 23
10
INTRODUÇÃO
A incidência de infecções fúngicas humanas teve um acréscimo expressivo no
decorrer dos anos; e as dermatomicoses são as principais infecções responsáveis por esse
incremento (Tomaz, 2011).
Inúmeros elementos estão associados ao crescimento dessas infecções fúngicas, cita-se
como exemplo, um diagnóstico laboratorial e clínico mais preciso, uma extensão da sobrevida
de pacientes com enfermidades imunossupressoras e o consumo de medicamentos
corticosteroides, empregados ocasionalmente de maneira excessiva, possibilitando a
instalação e uma acomodação de micro-organismos considerados saprófitos (Sidrim et al.,
1998 apud Mardegan,2007).
Os agentes fúngicos responsáveis por infecções como as dermatofitoses são fungos
patógenos (Microsporum, Epidermophyton e Trichophyton) ou fungos patógenos oportunistas
(Candida albicans, Cryptococcus neoformans) (Costa et al,1999)
O tratamento das micoses humanas nem sempre é eficaz, uma vez que os fármacos
antifúngicos acessíveis produzem recorrência ou causam resistência, além de expressarem
considerável toxicidade. Por consequência, existe uma busca e demanda contínua de novos
fármacos antifúngicos mais potentes, e, especialmente, mais seguros que os existentes. Já
evidenciadas algumas infecções em humanos, os animais também podem ser atacados
esporadicamente por fungos muito difíceis de serem combatidos. Ademais, as infecções
fúngicas em plantas (espécies de Rhizoctonia, Phytophtora, Sclerotinia, Fusarium,
Phomopsis, Colletotrichum, Diaphorte, Macrophomina, Cercospora) configuram prejuízos
incalculáveis para a produção agrícola (Zacchino, 2001 Apud Auler et al,2006).
É fato que a maioria dos antifúngicos existentes no mercado são de origem sintética,
porém, no contexto de busca de novos fármacos antifúngicos, o estudo de produtos naturais
voltou a receber a dedicação e aplicação dos cientistas (Frias, Andreani, 2010).
Dentre as formas fundamentais na busca de inéditos modelos moleculares estão a
informação de como as plantas são utilizadas por diferentes grupos étnicos e o estudo
farmacológico das preparações utilizadas, abordadas, respectivamente no âmbito da
Etnobotânica e da Etnofarmacologia (Rates, 2001 Apud Kuze et al,2006).
A utilização de plantas medicinais para a assistência e reabilitação da saúde vem sendo
realizada no decorrer do tempo, estando presente entre as condições mais elementares de
tratamento local às situações mais elaboradas de produção industrial de medicamentos
(Hamilton 2004; Lorenzi & Matos 2008 apud Giraldi, Hanazaki, 2010).
11
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o conhecimento e a prática
não convencional de saúde como, por exemplo, acupuntura, fitoterapia e técnicas manuais
estão em expansão, adquirindo uma maior dimensão como forma adicional às terapias
medicamentosas alopáticas (OMS, 2008 apud Santos et al,2011).
O uso de plantas medicinais é considerado por boa parte da população como um aliado
ao uso de medicamentos sintéticos, considerando que os mesmos são mais caros e ofensivos
pelas reações adversas. A propagação do consumo de plantas medicinais, bem como a
automedicação, são explicadas devido ao custo moderado e também pelo simples acesso à
grande parcela da população (OMS,2008)
Existe uma progressiva dedicação mundial pelos produtos originados da
biodiversidade, e nesse contexto, o Brasil é favorecido, possuindo ampla variedade biológica,
apresentando diversas espécies vegetais com capacidade medicinal. (Dutra, 2009)
Pelos estudos de Neto e Morais (2003) apud Dutra (2009) considerando
exclusivamente o Bioma Cerrado, verifica-se mais de 60 espécies medicinais. Portanto, cada
Estado será representado por uma flora medicinal com espécies compartilhadas com outros e
da mesma forma com espécies particulares (Dutra, 2009).
Um ponto importante e relevante diz respeito à Portaria do Ministério da Saúde de nº
971 de 03 de maio de 2006, definindo a Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS); sendo que um dos objetivos
principais dessa política é promover a racionalização das ações de saúde, incentivando
alternativas inovadoras e socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de
comunidades (BRASIL, 2006).
É incontestável o valor das plantas medicinais para a assistência da saúde humana e,
em consequência das dificuldades do tratamento contra os microrganismos, muitos estudos e
pesquisas estão sendo executadas a fim de obter novas plantas com potencial terapêutico
(Silva, 2012).
As propriedades medicinais e farmacológicas de plantas medicinais têm seu
reconhecimento cada vez mais frequente; em contrapartida alguns estudos demonstram
resistência às substâncias utilizadas. Portanto a pesquisa e investigação são importantes pela
perspectiva de forma alternativa aos artifícios e recursos terapêuticos, além de ser uma
possibilidade de descoberta de fármacos que apresentem maior efetividade, menor toxicidade,
efeitos colaterais mais amenos e uma maior oferta de matérias primas (Menezes et al 2009).
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Dessa forma, esse estudo visou apontar a importância do resgate da fitoterapia para o
tratamento de infecções fúngicas e as espécies de plantas medicinais com potencial ação
antifúngica, além de verificar na literatura por meio de Revisão Bibliográfica a Concentração
Inibitória Mínima para essa finalidade.
13
MATERIAL E MÉTODOS
Este estudo constitui-se de uma revisão da literatura coesa, concisa e objetiva,
realizada entre os meses julho de 2013 a maio de 2014, por meio da consulta a livros,
periódicos e artigos científicos presentes em Bibliotecas Virtuais, como Scielo e Bireme,
obtidos a partir das fontes Medline e Lilacs. A busca nos artigos e periódicos foi realizada
empregando as palavras chaves “Plantas Medicinais”, “Ação antifúngica”, “Dermatófitos”,
“plantas antifúngicas” utilizando os operadores booleanos.
O método do trabalho de revisão visou uma busca apurada e detalhada para alcance
tanto do objetivo geral quanto dos específicos. Esse estudo visou encontrar correlação e
eficácia dos extratos que são usados com ação antifúngica e quando possível, apontar
metabólitos secundários de vegetais com potencial uso no futuro para essa finalidade.
Os critérios de inclusão foram as Plantas Medicinais e especialmente as que
apresentavam ação antifúngica, não sendo fator excludente as espécies sem uma ação
antifúngica evidente e comprovada cientificamente; Fungos Dermatófitos e Ação Antifúngica
de Metabólitos Secundários. Segundo as circunstâncias específicas, seja por autor, assunto ou
época, foram delimitados os artigos científicos de maior relevância para alcance dos
objetivos.
A análise dos artigos encontrados foi realizada por meio da leitura do título, resumo,
resultados e discussão, seções, tabelas e figuras que os mesmos possam conter e a partir da
leitura e compreensão avaliou-se sua relevância e possível interesse de incluí-los no trabalho
de revisão.
Por fim realizou-se uma análise das famílias de plantas mais citadas em pesquisas, e as
respectivas concentrações inibitórias mínimas dos extratos com ação antifúngica descritas na
literatura. Ao final, buscou-se identificar as espécies de Plantas Medicinais com Ação
Antifúngica comprovada cientificamente, a descrição de cada espécie e os respectivos
Metabólitos Secundários responsáveis por essa atividade quando disponível.
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IMPORTÂNCIA DA FITOTERAPIA
A palavra Fitoterapia possui origem grega e é resultado da fusão dos termos Phito que
quer dizer Plantas e Therapia que significa tratamento, ou seja, a Fitoterapia é o tratamento de
doença por meio do uso de plantas. Mais que o tratamento em si, é o Estudo das Plantas
Medicinais e suas respectivas ações, utilizações e aplicações no tratamento de patologias ou
morbidades, com o intuito de prevenir, aliviar ou curar doenças (Portal Educação, 2014).
A necessidade de encontrar compostos responsáveis pela cura iniciou-se por volta do
século XVIII, a exemplo do trabalho de Scheele, que inicialmente pesquisou e descobriu
diversos ácidos orgânicos. No final do século XIX, nos trabalhos de Lavoisier, Leibniz e
Berzelius, a Química e a Medicina passaram a avançar juntas. Nessa época, alcaloides da
Medicina Convencional, por exemplo, papaverina, atropina, morfina, codeína e efedrina
foram descobertos. Nesse período o exemplo mais tradicional e frequente de fármaco foi
idealizado por meio de produtos naturais, o ácido acetilsalicílico (Moraes, 2008 apud Cordell,
2000).
A fitoterapia utiliza as diversas partes das plantas, como folhas, frutos, sementes e
raízes, de acordo com o vegetal em questão. As formas de preparação das plantas também
variam dependendo da aplicação e da parte da planta utilizada.A utilização de extratos brutos
ou óleos essenciais de plantas medicinais são alternativas interessantes para o controle de
microrganismos patogênicos (Gonçalves et al., 2005).
A Organização Mundial de Saúde têm incentivado constantemente o resgate do
conhecimento popular e a inclusão das plantas medicinais e dos fitoterápicos de uma maneira
geral nas Unidades de Saúde, fortalecendo a importância dos mesmos nos benefícios para a
vitalidade e qualidade de vida da população (Dutra, 2009)
No Brasil, o advento da Medicina Popular com a utilização de plantas é atribuída aos
índios com a colaboração de negros e europeus; Na época em que era colônia de Portugal , os
médicos limitavam-se às metrópoles e na Zona Rural a população recorria à utilização de
plantas medicinais. A conexão de conhecimentos dos indígenas, fazendeiros e jesuítas
proporcionou a criação desta Terapia alternativa. Essa mesclagem de Ciência contribuiu para
diversificar conhecimentos relativos às Plantas e seus perspectivas Medicinais, que perduram
na atualidade (Menezes et al.,2012).
As plantas medicinais transformadas em drogas vegetais por meio de inúmeras
tecnologias evidenciam substâncias que podem ter ação terapêutica. A Fitoquímica é
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responsável pelos estudos dessas substâncias ativas, suas estruturas químicas, sua
distribuição, suas modificações e as alterações no decorrer da vida das plantas. Está associada
à farmacologia, que por sua vez é inseparável da medicina clínica (Rocha, 1998 apud Barraca,
1999)
ESTUDOS DE EXTRATOS VEGETAIS COM POTENCIAL ANTIFÚNG ICO
Diversos estudos utilizando extratos vegetais para avaliação do potencial antifúngico
são descritos na literatura abrindo perspectivas do uso de nossa biodiversidade no tratamento
de doenças fúngicas.
Frias e Andreani (2009) avaliaram a atividade antifúngica dos extratos de diversas
plantas (sobre o fungo sapróbio Aspergillus niger isolado de pêlo de cães). Foram utilizados
extratos brutos aquosos obtidos por turbolise das folhas de tiririca (Cyperus rotundus),
eucalipto (Eucalyptus spp), arruda (Ruta graveolens), citronela (Cymbopogon nardus), cravo
de defunto (Tagetes minuta), graviola (Annona moricata), fruta do conde (Annona spp),
folhas e flores de calêndula (Calendula spp), romã (Punica granatum), e flores e folhas de
primavera (Bougainvillea glabra), manga (Mangifera). Entre os extratos analisados, o óleo de
eucalipto inibiu o crescimento de Aspergillus niger com CIM (Concentração Inibitória
Mínima) de 340 µl, já os outros extratos não apresentaram atividade antifúngica significativa
(Frias, Andreani, 2009).
O estudo concluiu que o óleo de eucalipto apresentou atividade antifúngica para
Aspergillus niger, evidenciando que seria possível utilizá-lo como método alternativo para
tratamentos de doenças causadas por este fungo, porém, testes in vivo devem ser realizados
para ratificação dessa atividade e a adequação da forma farmacêutica ou método de aplicação
devendo-se levar em consideração a possibilidade da realização de testes toxicológicos (Frias,
Andreani, 2009).
Rossi et al (2010) avaliou a atividade antifúngica de óleos essenciais de Leonurus
sibiricus (rubim) e Porophyllum ruderale (arnica paulista) além de abordar a composição
química. Para a realização do estudo utilizou folhas de L. sibiricus e P. ruderale, recolhidas
no Instituto Biológico em São Paulo/SP. Essas folhas foram submetidas à extração por arraste
a vapor e a atividade fungicida foi avaliada sobre a espécie de Aspergillus flavus por meio do
teste de disco difusão. Foram avaliadas as concentrações contendo 2,5; 5,0; 7,5; 10 e 15 µL do
óleo essencial de L. sibiricus e 1,5; 2,5; 3,0; 5,0 e 7,5 µL de óleo essencial de P. ruderale,
sendo as constituições químicas avaliadas por CG/EM. Os óleos essenciais das duas espécies
16
apresentaram atividade fungicida acima de 50%, porém o óleo de P. ruderale apresentou
maior portencia do que o óleo de L. sibiricus. O óleo essencial de P. ruderale apresentou um
maior efeito fungicida, pois em volumes a partir de 2,5 µL a inibição é maior que 100%.
Entretanto o óleo de L. sibiricus apresentou o mesmo efeito somente em volumes acima de
7,5 µL.
Dentre os constituintes químicos da espécie L. sibiricus foram encontrados n-octanal
(32,55%), 2- heptanona, (13,21%), n-nonano (9,31%) e óxido de cariofileno (7,45%).
Substâncias como transcariofileno e o α-humuleno já foram relatadas como constituinte do
óleo essencial dessa espécie, porém não foram identificados. No óleo essencial de P. ruderale,
os constituintes químicos foram: Hidrocarbonetos: n-pentadecano (34,43%), n-tetradecano
(18,94%) e n-hexadecano (11,68%) e ainda a 3-octanona (11,70%). Um achado importante a
relatar do estudo foi a variação da composição química dos óleos essenciais, devido a origem
geográfica da planta, uma vez que as folhas de P. ruderale coletadas em São Paulo mostraram
uma composição química divergente do exposto pela literatura e o único componente em
comum que foi o mirceno, apresentou baixa concentração no óleo estudado, apenas 1,60%.
(Rossi et al., 2010) Os resultados do estudo de Rossi et al (2010) apontaram que tanto o óleo
essencial de L. sibiricus e P. ruderale são capazes de serem empregados contra o crescimento
de A. flavus, porém, a variação química observada pode limitar sua validação uma vez que
esses constituintes podem estar associados a ação antifúngica.
No estudo de Cavalcanti et al (2012) foi realizado um método de estatística e
comparação, onde os ensaios laboratoriais compreenderam em triagem (screening) de
atividade antifúngica frente a fungos do gênero Candida. As de cepas de padrão de Candida
empregadas foram: C. albicans (ATCC 289065), C. krusei (ATCC40147) e C. tropicalis
(ATCC 13803). Na triagem foram utilizados os óleos essenciais de Citrus reticulata,
Campomanesia xanthocarpa, Xylopia brasiliensis, Ocimum basilicum, Cymbopogon martinii,
Citrus aurantium, Citrus limmom com o objetivo de avaliar a ação antifúngica in vitro. O
método utilizado foi disco-difusão tendo como controle positivo a clorexidina (Cavalcanti et
al., 2012). A Tabela 1 apresenta as espécies utilizadas, a família a que pertencem, a parte da
planta utilizada na obtenção do óleo essencial e os principais componentes que podem estar
associados à ação antifúngica.
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TABELA I - Especificações técnicas dos óleos essenciais utilizados no estudo
Óleos Essenciais Família Parte da Planta Principais Componentes
Citrus aurantium
Rutaceae Fruta Limoneno Mirceno
Citrus limom
Rutaceae Folhas Limoneno Beta-pineno
Citrus reticulata
Rutaceae Casca dos Frutos Limoneno Gama-Terpineno
Xylopia brasiliensis
Annonaceae Folhas Mirceno Beta-pineno
Campomanesia xanthocarpa
Myrtaceae Folhas Alfa –pineno Para-cimeno
Ocimum basilicum
Lamiaceae Folhas Linalol 1,8-cineol
Cymbopogon martinii
Poaceae Folhas Geraniol Acetato de geranila
Fonte: Screening da atividade antifúngica de óleos essenciais sobre cepas de Candida (Cavalcanti et al.,2012).
As atividades antimicrobianas dos halos de inibição do crescimento das cepas
indicaram a eficiência das substâncias empregadas onde os valores dos halos de inibição
encontram-se na Tabela II.
TABELA II – Média dos halos de inibição do crescimento, em milímetros, dos produtos
testados frente à atividade de C. albicans, C. tropicalis e C. krusei.
ÓLEOS ESSENCIAIS C. albicans C. tropicalis C. krusei Citrus aurantium 14,5 16,5 40,0 Citrus limom 9,0 8,0 8,0 Citrus reticulata 11,5 10,5 10,0 Xylopia brasiliensis 11,5 9,0 9,5 Campomanesia xanthocarpa 20,0 36,0 18,0 Ocimum basilicum 30,0 44,0 34,0 Cymbopogon martinii 40,0 36,0 36,0 CONTROLE: Clorexidina 0,12% 22,0 26,0 18,0 Fonte: Screening da atividade antifúngica de óleos essenciais sobre cepas de Candida (Cavalcanti et al.,2012).
De acordo com os valores de CIM apresentados na Tabela 2 pode-se relatar que todos
os extratos apresentaram atividade antifúngica frente as três espécies, porém apenas algumas
plantas evidenciaram boa atividade antifúngica quando comparado ao controle. O C.
aurantium, O. basilicum e C. martinii apresentaram atividade antifúngica superior ao controle
18
sobre a espécie de C. krusei, porém, apenas os óleos de O. basilicum e C. martinii
mantiveram atividade inibitória superior ao controle sobre as três espécies.
Freires et al (2011) também realizou análise antifúngica frente aos fungos do gênero
cândida C. albicans, C. tropicalis e C. krusei por meio da Técnica de difusão em ágar
utilizando tintura da casca de Aroeira (Schinus terebinthifolia) e como controle positivo a
nistatina. Os resultados mensurados por meio do halo de inibição são apresentados na Tabela
III.
TABELA III – Média dos halos de inibição do crescimento pela tintura da casca de Aroeira
(Schinus terebinthifolia)
Fonte: Freires et al (2011).
O estudo de Freires et al (2011) demonstrou a atividade antifúngica da espécie aroeira
(Schinus terebinthifolius) frente às cepas do gênero Candida analisadas, estando próximas ou
equivalente ao controle. A cepa de Candida krusei foi a mais sensível à ação da tintura do que
as restantes.
Lubian et al (2010) realizou um estudo propósito avaliar a atividade antifúngica do
extrato aquoso de folhas de bardana (Arctium minus) determinando a Concentração Inibitória
Mínima (CIM) e Concentração Fungicida Mínima (CFM) sobre diversas espécies e linhagens
do gênero Candida.. As espécies inseridas no estudo foram: C. albicans (quatro linhagens), C.
tropicalis (três linhagens), C. stellatoidea, C. glabrata, C. krusei, C. dubliniensis. As
leveduras foram submetidas a concentrações do extrato aquoso entre 0,09 a 25 mg/mL.
Concentrações inferiores a 12,5 mg mL-1 não foram capazes de expressar efeito fungicida ou
fungistático. Na concentração de 12,5 mg mL-1 o extrato de A. minus demonstrou efeito
fungistático contra a maior parte das linhagens e espécies submetidas ao teste (C.
tropicalis 23600 e 23651, exceto uma linhagem, C. glabrata, C. albicans 04A e ATCC44858,
exceto também uma linhagem, C. dubliniensis , C. stellatoideia, C. krusei. Tendo sido
verificado efeito fungicida sobre a espécies C. krusei na mesma concentração.
Microrganismos Tintura de Aroeira
(100 mg.mL-1)
50µL Nistatina Suspensão Oral (100.000 UI. mL-1)
Candida albicans 25,32 mm 33,32 mm
Candida tropicalis 25,32 mm 29,32 mm
Candida krusei 26,66 mm 25,32 mm
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Comportamento divergente foi observado para uma linhagem de C. albicans e C. tropicalis
que não foram sensíveis a essa concentração. Isso mostra que a versatilidade genética dos
microrganimos também pode influenciar o efeito do uso de plantas medicinais (Lubian et al.,
2010)
Os trabalhos de Cavalcanti et al (2012), Freires et al (2011) e Lubian (2010) são de
extrema relevância uma vez que as leveduras do gênero Candida são encontradas como
microbiota normal, presentes sobretudo na vagina, cavidade bucal, fezes, urina e também no
escarro; vivem comumente uma associação de equilíbrio entre parasita e hospedeiro, frente à
preservação da integridade das barreiras dos tecidos, apresentando relação harmônica da
microbiota natural e desenvolvimento correto e satisfatório do sistema imunitário humano.
Porém, alterações químicas, mecânicas, físicas e iatrogênicas podem propiciar o rompimento
do equilíbrio constituído entre o fungo e o hospedeiro ocorrendo então as infecções por
Candida, conhecidas muitas vezes como infecções oportunistas (Vieira et al., 2005)
Portanto o conhecimento de plantas medicinais com propriedade antifúngica pode
trazer um benefício à população.
Com o objetivo de fazer um levantamento sobre plantas utilizadas pela população com
potencial ação antifúngica foram encontradas 13 espécies. Algumas espécies tiveram sua ação
relacionada a corrimento, coceiras, pano branco, frieiras e queda de cabelo associada à
infecção fúngica. As espécies de plantas associadas ao tratamento de corrimento foram a
Caesalpinia ferrea Mart., Chaemecristia desvauxii (Collad) Killip, Cochlospermum regium
(Scharnk) Pilg. Para o tratamento de coceiras as espécies mencionadas foram Asclepias
curassavica, Jacaranda decurens Cham., Momordica charantia L. e Talinum patens L. Willd,
Já para o desaparecimento das manchas do pano branco a Senna aculeata e Pterodon
pubescen, para tratar frieiras a Lavandula officinalis Choix e Operculina macrocarpa e para
reduzir a queda de cabelo associada a esses agentes a Nicotina tabacum. As 13 espécies estão
distribuídas em 10 famílias botânicas, sendo que a família de superior abundância foi a
Fabaceae (Macedo, Pereira, Silva, 2011).
Fenner et al (2006) por meio de uma revisão bibliográfica encontrou 409 espécies
vegetais utilizadas no tratamento de sinais e sintomas associados às infecções fúngicas. Ele
verificou que essas 409 espécies estavam distribuídas em 98 famílias, sendo que as duas
famílias com maior número de representantes citados foram a Fabaceae (no sentido amplo)
com 30 citações, e a família Asteraceae com 29 citações. Os resultados corroboram com o
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estudo de Macedo e colaboradores (2011) que encontraram como família marjoritária a
Fabaceae.
Com o objetivo de avaliar se essa relação se repetia, foi elaborada uma tabela com
todas as espécies citadas que apresentaram atividade antifúngica e a família botânica a qual
fazem parte. Os dados estão presentes na Tabela IV.
TABELA IV - Espécies com ação antifúngica e família a que pertencem
Nome Popular
Nome Científico Família Concentração Método
Eucalipto Eucalyptus spp Myrtaceae 340 µl
Ágar Diluição
Agripalma Leonurus sibiricus Lamiaceae 2,5;5,0;7,5;10,0;15,0 µL
Disco-Difusão
Laranja pêra Citrus aurantium Rutaceae 1,5;2,5;3,0;5,0;7,5 µL
Disco-Difusão
Limão Citrus limom Rutaceae 20µL
Disco-Difusão
Tangerina Citrus reticulata Rutaceae 20µL
Disco-Difusão
Pindaíva Xylopia brasiliensis
Annonaceae 20µL
Disco-Difusão
Gabiroba Campomanesia xanthocarpa
Myrtaceae 20µL
Disco-Difusão
Manjericão Ocimum basilicum Lamiaceae 20µL
Disco-Difusão
Palmarosa brasileira
Cymbopogon martinii
Poaceae 20µL
Disco-Difusão
Aroeira Schinus terebinthifolia
Anacardiaceae 100 mg.mL Disco-Difusão
Barbana Arctium minus Asteraceae 12,5 mg.mL
Microdiluição em Caldo
Diferente do estudo de Fenner et al (2006), observou-se entre as espécies citadas no
trabalho que a família Rutaceae, representada por três espécies foi a majoritária, seguida pela
Myrtaceae, duas espécies, e Lamiaceae, duas espécies, enquanto Annonaceae, Poaceae,
Anacardiaceae e Asteraceae apresentam uma espécie cada. Embora o número de espécie seja
pequeno em relação ao estudo de Fenner, aleatoriamente não se observou o mesmo resultado.
É importante destacar que as três espécies da família Rutaceae têm em comum o
composto Limoneno, que demonstrou resultados promissores com ação antifúngica no estudo
de Viriato (2014). Algumas plantas da família Myrtaceae têm apresentado em comum
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terpenóides, taninos e flavonoides que podem estar associados à ação antifúngica (Martins,
2009).
Diversas plantas com propriedades antifúngicas foram apresentadas, estando
distribuídas em diferentes famílias com algumas predominantes. A história do uso de plantas
medicinais demonstra que elas estiveram presentes na evolução humana e foram os
precursores como recursos terapêuticos utilizados; portanto, pelo número de espécies que
apresentam atividade antifúngica o resgaste da Fitoterapia e do uso de plantas medicinais é
necessário, pois inúmeros compostos com propriedades farmacológicas podem ser extraídos
de plantas.
22
CONCLUSÃO
O estudo apontou diversas plantas com propriedades antifúngicas. A utilização de
plantas medicinais com potencial antifúngico poderia ser promissora abrindo perspectivas no
tratamento de doenças fúngicas. A Organização Mundial de Saúde já tem incentivado o
resgate do conhecimento popular e a inclusão das plantas medicinais e dos fitoterápicos de
uma maneira geral nas Unidades de Saúde. No Brasil essa prática deve ser estimulada pela
diversidade de seus Biomas, que são riquíssimos e diversificados, pois inúmeros compostos
com propriedades farmacológicas podem ser extraídos de plantas.
No presente estudo observou-se a ação antifúngica de espécies diferentes, onde as
famílias Rutaceae, Myrtaceae e Lamiaceae destacaram-se pelo quantitativo de espécies. Para
estudos futuros seria necessário buscar uma maior relação entre as famílias e espécies,
comparando a dados da literatura.
23
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ANEXO: NORMAS
A REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS/BRAZIL IAN
JOURNAL OF PHARMACEUTICAL SCIENCES tem por finalidade publicar os seguintes
tipos de publicação:
Artigos originais relacionados com as áreas de conhecimento das Ciências
Farmacêuticas,Trabalhos de atualização ou de revisão, que serão incluídos quando
solicitados a especialistas pela Comissão de Publicações ou quando submetidos em forma de
Abstract para avaliação quanto ao interesse. Ressalta-se a necessidade de se incluir visão
crítica dos autores, inserindo os seus trabalhos no tema e avaliando em relação ao estado de
arte no País.
Notas Prévias relativas a novas metodologias e resultados parciais, cuja originalidade
justifique a publicação rápida. Nesse caso, o limite é de 2.000 palavras, excluindo-se tabelas,
figuras e referências. Pode-se incluir, no máximo, uma figura, tabela e 10 referências.
Resenhas elaboradas por especialistas segundo sugestão da Comissão de Publicações.
Suplementos temáticos e aqueles relativos a eventos cientiíficos podem ser publicados
mediante aprovação prévia da Comissão de Publicações. Os trabalhos elaborados por
especialistas nacionais e estrangeiros podem ser apresentados em língua portuguesa, inglesa
ou espanhola. Devem ser originais e inéditos e destinar-se exclusivamente à REVISTA
BRASILEIRA DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS / Brazilian Journal of
Pharmaceutical Sciences.
Escopo e política
Os manuscritos submetidos à Revista, que atenderem as "Instruções aos autores", são
encaminhados ao Editor Científico, que indicará dois revisores especialistas no tema abordado
(veja Relação dos Consultores - 2003 e gráfico 10). Após a revisão, cujo caráter anônimo é
mantido durante todo o processo, os manuscritos são enviados à Comissão de Publicação, que
decidirá sobre a publicação. Manuscritos recusados, passíveis de reformulação, poderão ser
re-submetidos após reestruturação, como novo trabalho, iniciando outro processo de
avaliação. Manuscritos condicionados à reestruturação serão reavaliados pelos revisores.
Manuscritos enviados aos autores para revisão devem retornar à Editoria dentro de, no
máximo, dois meses, caso contrário terão o processo encerrado.
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Forma e preparação de manuscritos
Instruções para apresentação dos trabalhos
1. Estrutura dos originais
1.1.Cabeçalho: constituído por:
- Título do trabalho: deve ser breve e indicativo da exata finalidade do trabalho.
- Autor(es) por extenso, indicando a(s) instituição(ões) a(s) qual(is) pertence(m)
mediante números. O autor para correspondência deve ser identificado com asterisco,
fornecendo o endereço completo, incluindo o eletrônico. Estas informações devem constar em
notas de rodapé.
1.2 Resumo (em português): deve apresentar a condensação do conteúdo, expondo
metodologia, resultados e conclusões, não excedendo 200 palavras. Os membros da Comissão
poderão auxiliar autores que não são fluentes em português.
1.3 Unitermos: devem representar o conteúdo do artigo, evitando-se os de natureza
genérica e observando o limite máximo de 6(seis) unitermos.
1.4 Introdução: deve estabelecer com clareza o objetivo do trabalho e sua relação
com outros trabalhos no mesmo campo. Extensas revisões de literatura devem ser substituídas
por referências aos trabalhos bibliográficos mais recentes, onde tais revisões tenham sido
apresentadas.
1.5 Material e Métodos: a descrição dos métodos usados deve ser breve, porém
suficientemente clara para possibilitar a perfeita compreensão e repetição do trabalho.
Processos e Técnicas já publicados, a menos que tenham sido extensamente modificados,
devem ser apenas referidos por citação. Estudos em humanos devem fazer referência à
aprovação do Comitê de Ética correspondente.
1.6 Resultados e Discussão: deverão ser acompanhados de tabelas e material
ilustrativo adequado, devendo se restringir ao significado dos dados obtidos e resultados
alcançados. É facultativa a apresentação desses itens em separado.
1.7 Conclusões: Quando pertinentes, devem ser fundamentadas no texto.
1.8 Resumo em inglês (ABSTRACT): deve acompanhar o conteúdo do resumo em
português.
1.9 Unitermos em inglês: devem acompanhar os unitermos em português.
1.10 Agradecimentos: devem constar de parágrafos, à parte, antecedendo as
referências bibliográficas.
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1.11 Referências: devem ser organizadas de acordo com as normas da ABNT NBR-
6023, ordenadas alfabeticamente no fim do artigo incluindo os nomes de todos os autores.
A exatidão das referências é de responsabilidade dos autores.
2. Apresentação dos originais
Os trabalhos devem ser apresentados em lauda padrão (de 30 a 36 linhas com espaço
duplo). Utilizar Programa Word for Windows. Os autores devem encaminhar o trabalho
acompanhado de carta assinada pelo autor de correspondência, que se responsabilizará pela
transferência dos direitos à RBCF.
3. Infomações adicionais
3.1 Citação bibliográfica: As citações bibliográficas devem ser apresentadas no texto
pelo(s) nome(s) do(s) autor(es), com apenas a inicial em maiúsculo e seguida do ano de
publicação. No caso de haver mais de três autores, citar o primeiro e acrescentar a expressão
et al. (em itálico)
3.2 Ilustrações: As ilustrações (gráficos, tabelas, fórmulas químicas, equações,
mapas, figuras, fotografias, etc) devem ser incluídas no texto, o mais próximo possível das
respectivas citações. Mapas, figuras e fotografias devem ser, também, apresentados em
arquivos separados e reproduzidas em alta resolução(800 dpi/bitmap para traços) com
extensão tif. e/ou bmp. No caso de não ser possível a entrega do arquivo eletrônico das
figuras, os originais devem ser enviados em papel vegetal ou impressora a laser.
Ilustrações coloridas somente serão publicadas mediante pagamento pelos autores.
As tabelas devem ser numeradas consecutivamente em algarismos romanos e as
figuras em algarismos arábicos, seguidos do título. As palavras TABELA e FIGURA devem
aparecer em maiúsculas na apresentação no texto e na citação com apenas a inicial em
maiúsculo.
3.3 Nomenclatura: pesos, medidas, nomes de plantas, animais e substâncias químicas
devem estar de acordo com as regras internacionais de nomenclatura. A grafia dos nomes de
fármacos deve seguir, no caso de artigos nacionais, as Denominações Comuns Brasileiras
(DCB) em vigor, podendo ser mencionados uma vez (entre parênteses, com inicial maiúscula)
os registrados.