PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2022 - gramado.rs.gov.br · Especialidades e Profissionais na Rede...

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1 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018-2022 aa

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PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE

2018-2022

aa

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PREFEITO MUNICIPAL

JOÃO ALFREDO CASTILHOS BERTOLUCCI

VICE – PREFEITO MUNICIPAL

EVANDRO MOSCHEM

SECRETÁRIO MUNICIPAL DA SAÚDE

ALTEMIR JOÃO TEIXEIRA

CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE

PRESIDENTE

CEZAR NUNES MACIEL

VICE – PRESIDENTE

MAGALI KNORST

3

RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO PLANO

ALTEMIR JOÃO TEIXEIRA

SECRETÁRIO MUNICIPAL DA SAÚDE

ALEXANDRE KERBER

FARMACÊUTICO

COORDENADOR ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

ALINE MATTER

FARMACÊUTICA

DENIS SCHELL

SECRETÁRIO ADJUNTO

FERNANDA CAMPOS MEIRELES

PEDAGOGA

DIRETORA ATENÇÃO BÁSICA

ELLEN PEDROSO

ENFERMEIRA

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

ILTON PIZZUTTI

MÉDICO

4

JEFFERSON WILLIAN MOSCHEN

SECRETÁRIO ADJUNTO

INTERVENTOR HASM

JOEL PEDROSO

MÉDICO

LUCIANO BUSATTO

MÉDICO

MARCIA DUARTE DE FIGUEIREDO

MÉDICA

MARINA TIANE TONIOLO TAVARES

MÉDICA VETERINÁRIA

COORDENADORA VIGILÂNCIA EM SAÚDE

QUITI LOPES

ENFERMEIRA

COORDENADORA UBS FLORESTA

SECRETÁRIA EXECUTIVA CMS

SIMONE COSTA

ENFERMEIRA

SAMU

VANESSA CÂNDIDO

ENFERMEIRA

VIVIAN FREITAS

ASSISTENTE SOCIAL-CAPS

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SumárioINTRODUÇÃO....................................................................................................................................8I - IDENTIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO..............................................................................................9

Dados Gerais....................................................................................................................................9História...........................................................................................................................................10População.......................................................................................................................................11

População Estimada Por Bairro E Ubs.....................................................................................13Trabalho e Rendimento..................................................................................................................15Educação........................................................................................................................................15Economia.......................................................................................................................................15Território e Ambiente.....................................................................................................................16Saúde..............................................................................................................................................16

DADOS DE E MORTALIDADE.............................................................................................16Mortalidade Geral.....................................................................................................................16Óbitos de Adultos......................................................................................................................17Óbitos de Idosos........................................................................................................................18Mortalidade por Grupos de Causas:..........................................................................................19

MORBIDADE...............................................................................................................................22II. ANÁLISE SITUACIONAL...........................................................................................................23

Características do Município.........................................................................................................23III- ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA............................................................................................25

Gestão da Assistência Farmacêutica.........................................................................................25Seleção......................................................................................................................................25Programação..............................................................................................................................26Aquisição..................................................................................................................................26Armazenamento........................................................................................................................27Distribuição...............................................................................................................................27Dispensação..............................................................................................................................27Medicamentos do Estado..........................................................................................................28Práticas Integrativas e Complementares - Fitoterapia...............................................................28

IV- ATENÇÃO BÁSICA....................................................................................................................32Diretrizes da Atenção Básica....................................................................................................32Estrutura da Atenção Básica......................................................................................................34Especialidades e Profissionais na Rede.....................................................................................35

Saúde da Criança – Objetivos e Metas..........................................................................................36Baixo Peso ao Nascer................................................................................................................37Mortalidade Infantil..................................................................................................................40Programas da Saúde da Criança................................................................................................42Metas da Saúde da Criança:......................................................................................................42Indicadores da Saúde da Criança..............................................................................................43

Saúde do Adolescente....................................................................................................................44Mortalidade de Adolescentes e Jovens......................................................................................45Definição de Indicadores para monitoramento e avaliação;.....................................................46Objetivo geral da Saúde do Adolescente...................................................................................47Metas da Saúde do Adolescente................................................................................................48Ações de Educação em Saúde na Escola para Adolescentes....................................................48

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Ações de atenção primária à saúde na Escola pela Estratégia Saúde da Família/Unidade Básica de Saúde/Atendimento clínico e ações na Unidade Básica de Saúde...........................48Considerações...........................................................................................................................49Dificuldades..............................................................................................................................49Desafios.....................................................................................................................................49Propostas de trabalho................................................................................................................50

Saúde da Mulher – Objetivos e Metas...........................................................................................50Objetivos da Saúde da Mulher..................................................................................................51Metas da Saúde da Mulher:.......................................................................................................51

Saúde do Homem...........................................................................................................................53Objetivos as Saúde do Homem.................................................................................................54Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem - Princípios e Diretrizes...............55Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem – Responsabilidades Institucionais...................................................................................................................................................56Metas Municipais da Saúde do Homem....................................................................................58

Saúde do Idoso...............................................................................................................................60Diretriz da Saúde do Idoso........................................................................................................60Objetivos e Metas da Saúde do Idoso.......................................................................................61

Saúde Bucal...................................................................................................................................62SITUAÇÃO DOS INDICADORES DO ROL DE DIRETRIZES, OBJETIVOS, METAS E INDICADORES DO RIO GRANDE DO SUL. INDICADORES MUNICIPAIS...................65Diretrizes, Objetivos e Metas:...................................................................................................68

V-SAÚDE MENTAL..........................................................................................................................70Objetivo da Saúde Mental.........................................................................................................70Metas da Saúde Mental.............................................................................................................71

VI-SAMU...........................................................................................................................................73VII- HOSPITAL.................................................................................................................................78

Diagnóstico Organizacional...........................................................................................................78Total de atendimentos 2016 e 2017...........................................................................................78Objetivos da Atenção Hospitalar...............................................................................................79Metodologia..............................................................................................................................79

VIII-VIGILÂNCIA EM SAÚDE.......................................................................................................81Estrutura da Vigilância em Saúde Municipal.................................................................................82

Metas da Vigilância em Saúde..................................................................................................83Vigilância em Saúde Ambiental.....................................................................................................83

Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD)...............................................................84Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (VIGIÁGUA)............................................................................................................................85Projeto de Posse Responsável de Cães e Gatos........................................................................86Programa Municipal de Vigilância do Simulídeo.....................................................................87Metas – Vigilância Ambiental...................................................................................................87

Vigilância Sanitária........................................................................................................................88Programas e Ações Executadas pela Vigilância Sanitária.........................................................91Metas da Vigilância Sanitária....................................................................................................92

Vigilâncias Epidemiológica...........................................................................................................93Doenças Transmissíveis............................................................................................................94Atendimentos Antirrábicos:......................................................................................................96

7

Violência:..................................................................................................................................97Hepatites virais..........................................................................................................................98Acidentes com Animais Peçonhentos.....................................................................................100Sífilis.......................................................................................................................................101Sífilis em Gestantes e Sífilis Neonatal....................................................................................102AIDS.......................................................................................................................................103Tuberculose:............................................................................................................................105Objetivos e Metas Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis..........................106Objetivos e Metas SINASC....................................................................................................108Objetivos e Metas SIM - Sistema de mortalidade...................................................................110Imunizações.............................................................................................................................111Objetivos e Metas Imunizações...............................................................................................114Doenças e Agravos Não Transmissíveis..................................................................................116Ações em Saúde......................................................................................................................116Reeducação Alimentar.............................................................................................................116Qualidade de Vida – Bariátrica...............................................................................................117Academia da Saúde.................................................................................................................117Grupo Oncologia.....................................................................................................................118Diabetes/ Hipertensão.............................................................................................................118Tabagismo...............................................................................................................................119

Vigilância em Saúde do (a) Trabalhador (a)................................................................................120Acidente de Trabalho..............................................................................................................121Acidentes com material biológico:..........................................................................................122Objetivos e Metas para a Saúde do Trabalhador.....................................................................123

IX-CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................124REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................125

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INTRODUÇÃO

O Plano Municipal de Saúde de Gramado foi elaborado tendo em vista a

necessidade de um documento mestre para orientar eficazmente as ações de saúde do

município, assim como em obediência aos dispositivos legais que regem a matéria.

Elaborado pelos grupos de trabalho de cada eixo temático, sob coordenação direta

do Conselho Municipal de Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde, pretende

estabelecer um divisor de águas entre o passado – quando as questões sociais não

faziam parte das prioridades governamentais – e o presente, que deve servir de sólida

base para um trabalho conjunto entre a comunidade, os prestadores de serviços de saúde

e o poder público.

Entendemos que o plano faz parte dessa nova visão social de trabalho solidário,

devendo contribuir tanto para melhorar a produtividade dos serviços, como para

proporcionar a todos o acesso a uma melhor qualidade de vida. E alavancar um

significativo avanço para a conquista da cidadania plena por parte daqueles menos

favorecidos.

Urge a necessidade de superar a visão isolada e fragmentada na formulação de

ações das políticas de saúde e na organização dos serviços. Outro aspecto a observar é

a regionalização da saúde, que orienta para a descentralização das ações e serviços,

bem como os processos de negociação e pactuação nas diferentes regiões.

O processo de planejamento do SUS deve ser feito a partir da análise da situação

de saúde, integrando as ações de vigilância e assistência à saúde. É importante

reestruturar os processos de trabalho para compartilhar e sistematizar informações que

fundamentarão as ações de saúde. A concepção do SUS baseia-se na formulação de um

modelo de saúde voltado para as necessidades da população e na reafirmação do dever

do Estado para com o bem-estar social, especialmente no que se refere à saúde coletiva.

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I - IDENTIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO

Dados Gerais

NOME: Gramado.

DATA: 15 de Dezembro de 1954.

CÓDIGO IBGE: 4309100.

MICRORREGIÃO: Região das Hortênsias e Planalto das Araucárias.

ÁREA: 245,3 Km².

POPULAÇÃO ESTIMADA (2017): 35.047 pessoas

POPULAÇÃO (CENSO 2010): 32.273 pessoas

DENSIDADE DEMOGRÁFICA: Em torno de 135,7 hab/Km².

IDH: 0,841 (MUITO ALTO)

COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE: 5ª CRS – Caxias do Sul.

REGIÃO DE SAÚDE: 23 – REGIÃO DAS HORTÊNSIAS - Caxias do Sul.

DISTÂNCIA DA SEDE DA CRS: 70 Km.

DISTÂNCIA DA CAPITAL DO ESTADO: 120 Km.

CONDIÇÕES DE ACESSO AO MUNICÍPIO: RS 115 e RS 235.

LIMITES MUNICIPAIS:

Norte: Caxias do Sul.

Oeste: Nova Petrópolis e Santa Maria do Herval.

Sul: Três Coroas.

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Leste: Canela.

DIVISÃO TERRITORIAL:

16 Bairros urbanos.

22 Comunidades rurais, agrupadas nas denominadas “linhas”.

ALTURA MÉDIA: 855m. (Acima do nível do mar)

CLIMA: Ameno, na Primavera/Verão. Frio e muito frio, no Outono/Inverno.

COBERTURA VEGETAL: Mata Atlântica, típica das regiões serranas, com muita flora

nativa e sem sinais marcantes de degradação ambiental.

GASTO PÚBLICO COM SAÚDE EM 2017: 21,27% da arrecadação total do município

História

O atual Município de Gramado começou a ser ocupado em 1875, com a vinda dos

primeiros moradores, descendentes de portugueses, que fixaram suas moradias no que

hoje é conhecida como Linha 28. Logo depois, foram os italianos e alemães que

buscaram, na exuberância da natureza selvagem, as oportunidades negadas no Velho

Mundo. Até 1904 Gramado fazia parte de Taquara do Mundo Novo, já destacando-se

como uma das áreas mais povoadas e justificando seu posterior desmembramento como

parte do 5º Distrito, com sede na Linha Nova. Em 17 de Janeiro de 1913, a sede distrital

foi transferida para sua atual localização, em virtude de sua proximidade com a futura

ferrovia, que na época ligava Taquara a Sander. Em ampliações posteriores, foram

construídos os trechos até Várzea Grande e Gramado. Pela lei estadual 7.199, de 31 de

março de 1.938, o povoado de Gramado foi elevado a condição de vila. Na época, as

primeiras casas de veraneio eram construídas e realizadas divisões de terras junto ao

centro da cidade. Em 15 de Dezembro de 1954, pela lei estadual 2.522, Gramado

conquistou sua autonomia, desmembrando-se de Taquara. O primeiro prefeito foi o Sr.

Walter Bertolucci, empossado em 28 de Fevereiro de 1955, quando o município foi

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oficialmente instalado.

A predominância dos primeiros colonizadores de origem italiana e alemã manteve-

se através do tempo, proporcionando um dos rasgos mais característicos do município,

com marcante influência na cultura, gastronomia, arquitetura, folclore, religião e

artesanato. Nas últimas duas décadas, Gramado recebeu um grande número de pessoas

de outros municípios e estados, o que explica (em parte) seu crescimento populacional

acima dos 3% ao ano (3,19%). Essas migrações tiveram como destino final à zona

urbana, onde são cada vez mais evidentes o crescimento desse movimento,

caracterizado por pessoas das classes A/B/C. Pela sua vez, a população rural se manteve

praticamente estável nesse período, com predomínio absoluto dos moradores primitivos,

evidenciando uma marcante preferência pelo seu modo de vida.

População

Segundo dados do IBGE (Censo 2010), o município tem 32.273 habitantes, com

uma estimativa de 35.047 habitantes em 2017. A densidade demográfica é de 135,70 hab/

Km2.

Fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/gramado/panorama

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A distribuição da população em faixa etária mostra um equilíbrio entre o número de

homens e mulheres até os 54 anos de idade, mantendo uma relação de 49% para

homens e 50% para mulheres. Acima de 54 anos de idade, o número de mulheres se

torna gradativamente maior, chegando a 77% na população com mais de 95 anos.

A tabela 1 mostra ainda que as mulheres em idade fértil totalizam 7.959 mulheres.

TABELA 1 – Distribuição da população por sexo e faixa etária

Idade Homens Mulheres TOTAL

0 a 4 966 946 1912

5 a 9 1102 1099 220110 a 14 1243 1252 249515 a 19 1296 1230 252620 a 24 1291 1299 259025 a 29 1406 1448 285430 a 34 1298 1360 265835 a 39 1256 1340 259640 a 44 1262 1282 254445 a 49 1151 1225 237650 a 54 988 1006 199455 a 59 728 883 161160 a 64 589 700 128965 a 69 447 488 93570 a 74 303 415 71875 a 79 195 291 48680 a 84 101 208 30985 a 89 34 92 12690 a 94 14 29 43

13

95 a 99 2 7 9100 ou mais 1 0 1

15663 16600 32273

A grande minoria da nossa população reside em áreas rurais, seguindo a tendência

de êxodo rural do restante do País. Em entrevista informal com usuários da Secretaria

Municipal de Saúde, verifica-se a característica da população rural,de manter residência

rural e trabalho urbano, principalmente adultos jovens.

TABELA 2: Distribuição por local de residência:

Local de residência URBANA Habitantes

Homens 13973

Mulheres 15040

TOTAL 29013Local de residência Rural

Homens 1700Mulheres 1560TOTAL 3260

FONTE: http://www.censo2010.ibge.gov.br/primeiros_dados_divulgados/index.php?uf=43

População Estimada Por Bairro E UBS

TABELA 3: Distribuição populacional aproximada

UBS BAIRRO POPULAÇÃO APROXIMADACENTRO Avenida Central 1153

Bavária 521Centro 4201Planalto 2335TOTAL 8210

PÓRTICO II Prinstrop 478

Pórtico I e II 899

Casagrande 397

TOTAL 1774

CARNIEL Carniel 1035TOTAL 1035

CAIC Dutra 1099Mato Queimado 456Moura 754TOTAL 2309

FLORESTA Floresta 1254TOTAL 1254

JARDIM Jardim 1564Três Pinheiros 568TOTAL 2132

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PIRATINI Piratini 3254TOTAL 3254

VÁRZEA Vila do Sol 897Várzea Grande 9546TOTAL 10443

PSF VÁRZEA Viação Férrea 912TOTAL 912

INTERIOR Interior 1980

As áreas atendidas por cada UBS/ESF podem ser divididas inicialmente por

distritos conforme demostra a ilustração abaixo:

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Trabalho e Rendimento

Em 2015, o salário médio mensal era de 2.4 salários mínimos. A proporção de

pessoas ocupadas em relação à população total era de 65.3%. Na comparação com os

outros municípios do estado, ocupava as posições 127 de 497 e 2 de 497,

respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição 723 de

5570 e 28 de 5570, respectivamente. Considerando domicílios com rendimentos mensais

de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 20.6% da população nessas condições, o

que o colocava na posição 432 de 497 dentre as cidades do estado e na posição 5475 de

5570 dentre as cidades do Brasil.

Educação

Em 2015, os alunos dos anos inicias da rede pública da cidade tiveram nota média

de 5.7 no IDEB. Para os alunos dos anos finais, essa nota foi de 4.6. Na comparação com

cidades do mesmo estado, a nota dos alunos dos anos iniciais colocava esta cidade na

posição 215 de 497. Considerando a nota dos alunos dos anos finais, a posição passava

a 111 de 497. A taxa de escolarização (para pessoas de 6 a 14 anos) foi de 96.9 em 2010.

Isso posicionava o município na posição 394 de 497 dentre as cidades do estado e na

posição 3751 de 5570 dentre as cidades do Brasil.

Economia

Em 2014, tinha um PIB per capita de R$ 43910.31. Na comparação com os demais

municípios do estado, sua posição era de 49 de 497. Já na comparação com cidades do

Brasil todo, sua colocação era de 306 de 5570. Em 2015, tinha 40.6% do seu orçamento

proveniente de fontes externas. Em comparação às outras cidades do estado, estava na

posição 480 de 497 e, quando comparado a cidades do Brasil todo, ficava em 4982 de

5570.

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Território e Ambiente

Apresenta 91.5% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 76.3% de

domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 23.5% de domicílios urbanos em

vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e

meio-fio). Quando comparado com os outros municípios do estado, fica na posição 24 de

497, 309 de 497 e 205 de 497, respectivamente. Já quando comparado a outras cidades

do Brasil, sua posição é 371 de 5570, 2685 de 5570 e 1610 de 5570, respectivamente.

Saúde

A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 9.33 para 1.000 nascidos vivos.

As internações devido a diarreias são de 0.3 para cada 1.000 habitantes. Comparado com

todos os municípios do estado, fica nas posições 201 de 497 e 324 de 497,

respectivamente. Quando comparado a cidades do Brasil todo, essas posições são de

3401 de 5570 e 3907 de 5570, respectivamente. Dados do IBGE (2009) mostram 13

estabelecimentos de saúde SUS.

DADOS DE E MORTALIDADE

O perfil de morbimortalidade gramadense segue o demostrado pelo País e Estado,

com as seguintes características:

“... prevalência e incidência das doenças crônico não

transmissíveis, pela persistência de doenças transmissíveis que já

poderiam ter sido eliminadas- coexistido com as transmissíveis

classificadas como emergentes e reemergentes- bem como pela alta

carga de acidentes e violências...” (Brasil a)

M ortalidade Geral

Tabela 1: Número de óbitos por faixa etária/ano:

Ano <1ano

1-4 5-9 10-14 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 80anos

Ignorado

Total

17

2009 0 0 0 1 1 11 10 17 28 51 72 75 3 269

2010 1 1 0 1 3 3 12 28 42 53 72 54 6 276

2011 2 0 1 1 5 6 14 16 35 47 78 79 8 292

2012 3 0 0 0 2 4 19 17 35 62 61 84 5 292

2013 1 0 0 0 2 7 10 16 56 46 62 83 8 291

2014 2 0 0 2 3 7 12 22 27 50 63 70 6 264

2015 1 0 0 0 0 3 8 14 35 53 70 93 3 280

2016 1 0 0 1 3 8 12 17 34 45 72 100 3 296

2017 1 0 0 0 0 6 11 10 22 25 27 57 1 160

Total 12 1 1 6 19 55 108 157 314 432 577 695 43 2420

Óbitos de Adultos

Série histórica e tendência da mortalidade em pessoas de 30-59 anos em

Gramado:

18

Óbitos de Idosos

Já entre os idosos, temos uma curva descendente até 69 anos, e ascendente em

maiores de 70 anos, conforme o gráfico abaixo:

19

Mortalidade por Grupos de Causas:

De acordo com dados do Sistema de Mortalidade, nos anos 2009 a 2016 (dados

ainda parciais), temos o seguinte panorama por causas de óbito:

Causas 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Capítulo XV Gravidez, parto e puerpério 0 1 2 0 0 0 0 0 0Capítulo III Doenças do sangue e dos órgãos hematopoieticos e alguns transtornos imunitários

3 0 1 0 0 2 0 1 0

Capítulo XII Doenças da pele e do tecido subcutâneo

3 0 1 1 0 0 1 2 0

Capítulo XIII Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo

2 2 2 0 1 1 1 2 0

Capítulo XVII Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossomiais

0 3 2 3 0 4 0 3 0

Capítulo V Transtornos mentais e comportamentais

2 2 6 3 1 1 3 3 1

Capítulo XVI Algumas afecções originadas no período perinatal

3 5 9 7 8 6 4 3 2

Capítulo XIV Doenças do aparelho genitourinário 11 10 6 9 6 4 9 5 2

Capítulo VI Doenças do sistema nervoso 6 5 9 2 6 4 13 13 14Capítulo I Algumas doenças infecciosas e parasitárias

11 13 7 6 7 10 5 14 6

Capítulo XVIII Sintomas , sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório não classificados em outra parte

13 10 12 15 9 8 14 7 14

Capítulo XI Doenças do aparelho digestivo 14 13 28 26 22 18 17 16 9Capítulo XX Causas externas de morbidade e de mortalidade

20 16 20 23 19 17 13 24 17

Capítulo IV Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas

13 19 19 20 23 17 19 24 17

Capítulo X Doenças do aparelho respiratório 37 48 52 38 52 48 48 34 17

Capítulo II Neoplasias (tumores) 51 53 44 51 63 59 47 72 25

Capítulo IX Doenças do aparelho circulatório 80 76 72 88 74 65 86 73 36Fonte de dados: SIM

Analisando apenas o ano de 2016, e considerando que toda a série histórica segue

esta tendência, temos as doenças do aparelho circulatório como a principal causa de

óbito, seguindo de neoplasias. Estas doenças estão diretamente ligadas ao estilo de vida,

como sedentarismo, alimentação, estresse.

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Outro fator prevenível, ou passível de intervenção são as causas externas

(acidentes, violência), que ocupam a 4ª colocação no ranking e são responsáveis por 169

óbitos nos últimos 9 anos.

21

A série histórica a seguir mostra o comportamento das quatro principais causas de

óbito desde 2009

22

MORBIDADE

Quanto ao adoecimento, analisamos os dados do ano de 2016, e verificamos que

os principais motivos bem definidos de consulta na Atenção Básica foram as doenças do

aparelho respiratório, seguindo de transtornos mentais e comportamentais. A principal

causa de óbito (doenças do aparelho circulatório) não é o principal motivo de consulta,

sendo talvez uma das lacunas a intervirmos.

Na tabela abaixo vemos os principais motivos de consulta nas Unidades Básicas

de Saúde, as linhas marcadas em amarelo são as causas de consulta que também são

causas de óbitos:

23

II. ANÁLISE SITUACIONAL

Características do Município

A predominância dos primeiros colonizadores de origem italiana e alemã manteve-

se através do tempo, proporcionando um dos rasgos mais característicos do município,

com marcante influência na cultura, gastronomia, arquitetura, folclore, religião e

artesanato.

O turismo é o principal dinamizador de todas as atividades do município, exercendo

uma influência decisiva na renda gerada pelos setores de serviços, comércio e indústria.

Direta ou indiretamente, o crescimento, o emprego, a arrecadação de impostos, os

investimentos e todos os indicadores econômicos significativos, derivam da manutenção

de fluxos turísticos contínuos e crescentes.

No setor de serviços, são importantes as atividades do comércio, da hotelaria, da

gastronomia e da promoção de eventos.

No setor secundário, destacam-se as indústrias de móveis, produtos alimentícios,

como o chocolate, as malharias, madeireira, se destacando a do mobiliário, artesanato e

calçados. No setor primário, são importantes as culturas de frutas de clima temperado, de

batata, de cebola, de hortigranjeiros, milho e oleícolas, bem como a pecuária leiteira, a

avicultura e suinocultura.

O município, especialmente na zona central, mantêm características que o

transformaram no principal pólo turístico do Rio Grande do Sul, com atrativos que

lembram as regiões européias de onde se originam as principais correntes migratórias do

início do século, com especial destaque para as belezas naturais, clima e arquitetura.

Mais de 93% das ruas urbanas são pavimentadas; a arborização, limpeza,

jardinagem, iluminação e cuidado com os detalhes, são elementos que despertam a justa

24

admiração dos visitantes. Por outro lado, as vias de acesso e as pequenas distâncias,

em geral inferiores a 15Km, possibilitam uma interação entre a zona urbana e rural do

município.

Gramado participa das sub-bacias hidrográficas do rio Caí e do rio dos Sinos,

ambos contribuintes da bacia do rio Guaíba. Algumas situações são preocupantes, porém

reversíveis com investimentos adequados e conscientização da importância da

preservação dos recursos naturais.

Apresenta uma estação de tratamento de esgoto - ETE, gerenciada pela Corsan

que atinge grande parte do município. Os loteamentos novos têm ETE individual e para

atingir demais partes do município está sendo instalada outra ETE gerenciada pela

Corsan que atingirá mais 2 bairros do município.

25

III- ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

De acordo com a Resolução nº 338, de 6 de maio de 2004, do Conselho Nacional

de Saúde, “Assistência Farmacêutica (AF) é um conjunto de ações voltadas à promoção,

proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento

como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional. Esse conjunto envolve

a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a

sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade

dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva

da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população.”

Com o objetivo de apoiar as ações de saúde na promoção do acesso aos

medicamentos essenciais e promover o seu uso racional, desenvolveu-se e implantou-se

um plano no âmbito da AF para ser parte integrante da política de saúde municipal que

compõem-se de alguns itens centrais:

Gestão da Assistência Farmacêutica

Institucionalizar a AF inserindo um capítulo no Plano Municipal de Saúde,

planejando sua organização e elaborando metas possíveis como a transferência da

farmácia para um melhor espaço físico com melhores condições de trabalho, separação

entre atendimentos municipais e estaduais e construção de um almoxarifado.

Seleção

A seleção é um processo de escolha de medicamentos eficazes e seguros

imprescindíveis ao atendimento das necessidades de determinada população, com a

elaboração de uma lista de medicamentos básicos própria, a Relação Municipal de

Medicamentos (REMUME), levando-se em conta como base a Relação Nacional de

Medicamentos (RENAME). Deve estar fundamentada em critérios epidemiológicos,

técnicos, econômicos e na estrutura de serviço de saúde, visando maior eficiência

26

administrativa, resolutividade terapêutica e racionalidade na prescrição, sendo realizada

por uma comissão multidisciplinar.

A atuação do farmacêutico da UBS na etapa de seleção poderá envolver um

conjunto de atividades que visam ao uso racional do medicamento, como divulgar a

relação de medicamentos selecionados, participar da comissão multidisciplinar como

membro ou enviar solicitações de substituição, inclusão e exclusão de um medicamento,

tendo em vista a necessidade da população do território e bases científicas.

Programação

A programação consiste em estimar quantidades de medicamentos, previamente

selecionados utilizando-se dados do sistema informatizado disponível, a serem

disponibilizados para atender a determinada demanda de serviço, em um período definido

de tempo, possuindo influência direta sobre o abastecimento. Essa etapa deve ser

baseada na lista de medicamentos selecionados pelo município e que atendam as

necessidades para atenção à saúde da população adscrita, no tempo oportuno,

considerando o processo assistencial, a organização dos serviços e o fluxo dos usuários

nas unidades de atendimento.

No âmbito local, o farmacêutico fará uma programação dos medicamentos da UBS,

podendo utilizar diversos métodos, como perfil epidemiológico, consumo histórico e oferta

de serviços, baseando-se no que é programado pela gestão a nível central.

Aquisição

A aquisição consiste em um conjunto de procedimentos pelos quais se efetiva o

processo de compra de medicamentos estabelecidos pela programação, com o objetivo

de suprir a demanda, visando manter a regularidade e funcionamento dos serviços. Leva-

se em conta o orçamento disponibilizado e as normas utilizadas pelo setor de compras e

licitações.

É oportuno destacar a importância do farmacêutico atuante no nível central

(municipal) de gestão da AF na descrição das especificações técnicas necessárias à

27

aquisição de medicamentos, as quais devem constar em edital e/ou contrato.

Armazenamento

Conjunto de procedimentos técnicos e administrativos que tem por finalidade

assegurar as condições adequadas de conservação dos medicamentos. Na UBS, o

farmacêutico local, em conjunto com os gestores, deve acordar a definição de locais

adequados que atendam as normativas técnicas para recebimento; estocagem;

segurança; conservação da qualidade e controle de estoque dos medicamentos; bem

como orientação dos funcionários do setor para a realização satisfatória dessa etapa.

Precisa-se da construção de um almoxarifado pois o Município não possui espaço para

guardar adequadamente em quantidade e qualidade nossas medicações, além de permitir

uma maior controle e redução de perdas.

Distribuição

Consiste na disponibilização de medicamento nas UBS em quantidade, qualidade e

com regularidade. O farmacêutico da UBS poderá contribuir na execução dessa etapa,

avaliando-a junto aos funcionários do setor e junto à gestão central da AF, visando

melhorias no processo.

Dispensação

A dispensação de medicamentos é definida como: ato profissional farmacêutico de

proporcionar um ou mais medicamentos a um usuário, geralmente em resposta a

apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. Esse ato deve

assegurar que o medicamento seja entregue ao usuário na dose prescrita, na quantidade

adequada, com regularidade, e que sejam fornecidas as informações suficientes para o

uso correto.

Na UBS, geralmente, o fornecimento de medicamentos é realizado por

trabalhadores escalados no setor da farmácia, sob orientação (não supervisão) do

farmacêutico. Nesse sentido, é fundamental o apoio técnico do farmacêutico junto aos

28

profissionais que atuam na farmácia das unidades, visando a educação permanente e a

qualificação das ações a serem executadas neste setor.

Medicamentos do Estado

Alguns medicamentos não constam na relação básica de medicamentos, são

considerados de caráter especial ou excepcional, sendo disponibilizados através de

abertura de processo administrativo estadual.

A orientação sobre a abertura dos processos e a documentação necessária para

preenchimento e encaminhamento são disponibilizadas na farmácia central do Município,

por profissionais habilitados junto ao Estado.

A população, hoje, não entende a diferença entre as competências das

medicações, se municipais ou estaduais, o que gera grandes reclamações. Além disso,

como todo o trabalho é realizado dentro do mesmo espaço físico, fica difícil organizar

adequadamente o atendimento, tanto em quantidade quanto em qualidade de

atendimento. O armazenamento de medicamentos de diferentes complexidades e

responsabilidades em um único local pode levar a confusões e erros. É necessária a

separação física das duas farmácias.

Práticas Integrativas e Complementares - Fitoterapia

A Fitoterapia é um método de tratamento e prevenção de doenças através do uso

de plantas medicinais em suas diferentes formas, que através do fito complexo agem de

forma global no organismo humano.

O acesso aos medicamentos é um componente essencial de inclusão social, busca

da equidade e fortalecimento do SUS, sendo a fitoterapia amplamente utilizada pela

população e recomendada como forma de apoio à implantação de políticas farmacêuticas

públicas de baixo custo e eficácia garantida. A instituição da Política Nacional de Práticas

Integrativas e Complementares representou a legitimação da Fitoterapia na rede pública

de saúde. O objetivo principal do uso da fitoterapia e de plantas medicinais é otimizar a

29

prevenção de agravos, promoção e recuperação da saúde; contribuir ao aumento da

resolubilidade do sistema e promover a racionalização das ações de saúde, estimulando

alternativas inovadoras e que contribuam ao desenvolvimento sustentável de

comunidades.

Objetivos

Promover a produção de plantas medicinais para oferta na rede básica de saúde

do município de maneira a integrar os diversos órgãos públicos, a comunidade local e as

famílias agricultoras.

Garantir à população gramadense o acesso seguro e uso racional de plantas

medicinais, fitoterápicos e serviços relacionados à fitoterapia, com segurança, eficácia e

qualidade, na perspectiva da integralidade de atenção à saúde, considerando o

conhecimento tradicional sobre plantas medicinais.

Meta

Manter a área de horto Municipal em condições de produzir plantas medicinais para uso

terapêutico;

Divulgação desta alternativa terapêutica nas localidades e escolas através de palestras e

ação social.

Utilizar os meios de comunicação em prol da população para informar os pros e contra do

uso deste método terapêutico buscando diminuir a demanda do uso de medicamentos

alopáticos e uma melhor qualidade de vida dos usuários do SUS.

Plano de ação

Preparação da área da linha Tapera para o plantio de plantas medicinais,

aromáticas e condimentares.

Definição das espécies que serão produzidas em grande escala.

30

Coleta e secagem das plantas.

Moagem e embalagem dos preparados fitoterápicos.

Colocar a disposição na Farmácia Básica, pelo menos duas plantas medicinais

para distribuição à população gramadense como forma alternativa de tratamento.

Contribuir para que os profissionais da área da saúde tenham acesso à informação

do uso deste método fitoterápico e acesso a cursos e educação continuada.

Preparação de um material informativo disponível nas unidades de saúde para os

profissionais prescritores.

Aquisição de materiais didáticos e materiais de laboratório para promover oficinas

educativas buscando o uso racional das plantas medicinais.

Aquisição de equipamentos para a manipulação das plantas e também para

envase (secadora de plantas, seladora para embalagens plásticas, balança de precisão e

demais vidrarias).

Etapas

1- Formação de equipe multidisciplinar para desenvolver o projeto (médios, dentista,

enfermeiros, farmacêuticos e agentes comunitários)

2- definição das metas de trabalho.

3- definição de plantas que serão produzidas em grande escala.

4-Produção de material orgânico (compostagem) para cultivo de plantas medicinais e

mudas de plantas medicinais.

5-Divulgação e treinamento dos profissionais envolvidos e das unidades de saúde

envolvidos.

6-Desenvolvimento de material de divulgação (forma de utilização e cultivo) à população.

7-Implementação de hortas (verduras, legumes e temperos) através de trabalho de

inserção social dos pacientes do CAPS.

31

8-Produção de plantas medicinais através de cultivo orgânico.

9-Secagem (terceirização/parceria) e embalagem das ervas plantadas, com dispensação

nas unidades de saúde.

10-Implantação de estufas de secagem próprias e envaze próprios e rotulagem dos

produtos.

11-Aquisição de material didático e vidrarias para realizar oficinas de produção e

manipulação dos fitoterápicos para envolver a comunidade e os grupos da atenção

básica.

Indicadores/ monitoramento

Verificar o número de prescrições contendo plantas medicinais e fitoterápicos em

comparação com os alopáticos;

Verificar o número de profissionais prescritores;

Acompanhar o número de Unidades Básicas com as plantas medicinais

disponíveis.

32

IV- ATENÇÃO BÁSICA________________________________________________________________________________

A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito

individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de

agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção

da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de

saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das

coletividades.

É desenvolvida por meio do exercício de práticas de cuidado e gestão,

democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de

territórios definidos, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a

dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias

de cuidado complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das demandas e

necessidades de saúde de maior frequência e relevância em seu território, observando

critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda demanda,

necessidade de saúde ou sofrimento devem ser acolhidos.

É desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, próxima

da vida das pessoas. Deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de

entrada e centro de comunicação da Rede de Atenção à Saúde. Orienta-se pelos

princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado,

da integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da

participação social. A atenção básica considera o sujeito em sua singularidade e inserção

sociocultural, buscando produzir a atenção integral.

Diretrizes da Atenção Básica

I - Ter território adstrito sobre o mesmo, de forma a permitir o planejamento, a

programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais com

impacto na situação, nos condicionantes e nos determinantes da saúde das coletividades

33

que constituem aquele território, sempre em consonância com o princípio da equidade;

II - Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e

resolutivos, caracterizados como a porta de entrada aberta e preferencial da rede de

atenção, acolhendo os usuários e promovendo a vinculação e corresponsabilização pela

atenção às suas necessidades de saúde. O estabelecimento de mecanismos que

assegurem acessibilidade e acolhimento pressupõe uma lógica de organização e

funcionamento do serviço de saúde que parte do princípio de que a unidade de saúde

deva receber e ouvir todas as pessoas que procuram os seus serviços, de modo universal

e sem diferenciações excludentes. O serviço de saúde deve se organizar para assumir

sua função central de acolher, escutar e oferecer uma resposta positiva, capaz de resolver

a grande maioria dos problemas de saúde da população e/ou de minorar danos e

sofrimentos desta, ou ainda se responsabilizar pela resposta, ainda que esta seja ofertada

em outros pontos de atenção da rede. A proximidade e a capacidade de acolhimento,

vinculação, responsabilização e resolutividade são fundamentais para a efetivação da

atenção básica como contato e porta de entrada preferencial da rede de atenção;

III - Adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e responsabilização

entre as equipes e a população adscrita, garantindo a continuidade das ações de saúde e

a longitudinalidade do cuidado. A adscrição dos usuários é um processo de vinculação de

pessoas e/ou famílias e grupos a profissionais/equipes, com o objetivo de ser referência

para o seu cuidado. O vínculo, por sua vez, consiste na construção de relações de

afetividade e confiança entre o usuário e o trabalhador da saúde, permitindo o

aprofundamento do processo de corresponsabilização pela saúde, construído ao longo do

tempo, além de carregar, em si, um potencial terapêutico. A longitudinalidade do cuidado

pressupõe a continuidade da relação clínica, com construção de vínculo e

responsabilização entre profissionais e usuários ao longo do tempo e de modo

permanente, acompanhando os efeitos das intervenções em saúde e de outros elementos

na vida dos usuários, ajustando condutas quando necessário, evitando a perda de

referências e diminuindo os riscos de iatrogenia decorrentes do desconhecimento das

histórias de vida e da coordenação do cuidado;

34

IV - Coordenar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integrando as ações

programáticas e demanda espontânea; articulando as ações de promoção à saúde,

prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação e manejo das

diversas tecnologias de cuidado e de gestão necessárias a estes fins e à ampliação da

autonomia dos usuários e coletividades; trabalhando de forma multiprofissional,

interdisciplinar e em equipe; realizando a gestão do cuidado integral do usuário e

coordenando-o no conjunto da rede de atenção. A presença de diferentes formações

profissionais, assim como um alto grau de articulação entre os profissionais, é essencial,

de forma que não só as ações sejam compartilhadas, mas também tenha lugar um

processo interdisciplinar no qual progressivamente os núcleos de competência

profissionais específicos vão enriquecendo o campo comum de competências, ampliando,

assim, a capacidade de cuidado de toda a equipe. Essa organização pressupõe o

deslocamento do processo de trabalho centrado em procedimentos, profissionais para um

processo centrado no usuário, onde o cuidado do usuário é o imperativo ético-político que

organiza a intervenção técnico-científica;

V - Estimular a participação dos usuários como forma de ampliar sua autonomia e

capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do

território, no enfrentamento dos determinantes e condicionantes de saúde, na organização

e orientação dos serviços de saúde a partir de lógicas mais centradas no usuário e no

exercício do controle social. A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos

“atenção básica” e “Atenção Primária à Saúde”, nas atuais concepções, como termos

equivalentes. Associa a ambos: os princípios e as diretrizes definidos neste documento. A

Política Nacional de Atenção Básica tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária

para expansão e consolidação da atenção básica. A qualificação da Estratégia Saúde da

Família e de outras estratégias de organização da atenção básica deverá seguir as

diretrizes da atenção básica e do SUS, configurando um processo progressivo e singular

que considera e inclui as especificidades locorregionais.

Estrutura da Atenção Básica

A Secretaria Municipal de Saúde de Gramado é estruturada com nove Unidades de

35

Saúde sendo elas:

Centro Municipal de Saúde

UBS Caic

UBS Carniel

UBS Floresta

UBS Jardim

UBS Piratini

UBS Várzea Grande

ESF Várzea Grande

ESF Nailor Balzaretti/Pórtico

Também está estruturada com quatro salas de vacinas nas respectivas Unidades:

Centro Municipal de Saúde – 03 vacinadoras

UBS CAIC – 01 vacinadora

ESF Nailor Balzaretti/Pórtico – 01 vacinadora

ESF Várzea Grande 0 01 vacinadora

02 vacinadoras que estão capacitadas para suprir a necessidade/falta de alguma

profissional

Especialidades e Profissionais na Rede

- Clinico Geral - 16

- Ginecologista - 04

- Pediatra - 07

- Enfermeiros - 14

- Técnicos e Auxiliares de Enfermagem - 28

- Nutricionistas - 05

- Fisioterapeutas - 04

- Psicólogos - 04

36

- Psiquiatras - 02

- Homeopata - 01

- Odontólogos - 11

- Farmacêuticos – 05

- Terapeuta Ocupacional - 01

- Dermatologista - 01

- Urologista - 02

- Fonoaudiólogo - 01

- Agentes Comunitários de Saúde (ACS) - 03

Saúde da Criança – Objetivos e Metas

Em Gramado nascem em média de 517 bebês/ano. A série histórica mostra um

aumento no número de nascimentos até 2015 e um leve declínio entre 2015 e 2016. Em

2016 nasceram 302 meninas (47%), e 329 meninos, equivalendo a 53% dos nascimentos.

37

Gráfico 1: SÉRIE HISTÓRICA DE NASCIMENTOS EM GRAMADO 2010-2016.

Baixo Peso ao Nascer

São crianças com baixo peso aquelas que nascem com menos de 2.500g. O baixo

peso ao nascer expressa retardo do crescimento intra-uterino ou prematuridade e

representa importante fator de risco para a morbi-mortalidade neonatal e infantil.

Segundo dados do BI Público, nossa ocorrência de baixo peso ao nascer tem

ficado abaixo do total acumulado da 5ª Coordenadoria Regional de Saúde que é de

10.68%, conforme mostra o gráfico abaixo. Valores abaixo de 10% são aceitáveis

internacionalmente, embora a proporção encontrada nos países desenvolvidos varia em

torno de 6%. (DATASUS a).

38

Gráfico 2: Série Histórica da Proporção de nascidos vivos de Gramado, com baixo peso ao

nascer, 2010-2017 até outubro:

FONTE DE DADOS: BI Público Municipal.

Fraser e Roth, citados por Uchimura et all, da Universidade Estadual de Maringá,

num estudo publicado na Revista Gaucha de Enfermagem (2008), trazem como principais

causas de baixo peso ao nascer, a gravidez na adolescência, com seus fatores biológicos

definidos como a imaturidade do sistema reprodutivo e ganho inadequado de peso

durante a gestação, associados aos fatores socioculturais representados pela pobreza,

marginalidade social, falta de cuidados pré-natais e níveis baixos de instrução, têm-se

apresentado como fatores importantes na cadeia causal do recém-nascido de baixo peso.

Nossos nascidos com baixo peso apresentam o seguinte perfil: nos últimos 10 anos

tivemos 341 bebês com baixo peso, destes 55% foram do sexo feminino e 46%

masculino, 53% destes bebês eram o primeiro filho. Quanto à idade da mãe, 59% delas

tinham menos de 20 anos de idade na data do parto e 45% delas eram solteiras.

Em relação à proporção de crianças nascidas de mães com 7 ou mais consultas de

pré-natal, temos dados um pouco superiores aos da 5ª CRS, que gira em torno de 83%.

No ano de 2016 ocorreram 503 nascimentos, 505 com mais de 7 consultas de PN. Os

dados por ano e percentual podem ser vistos no gráfico abaixo.

Gráfico 3 Proporção de crianças nascidas de mães com no mínimo 7 consultas de pré-

natal:

39

40

Mortalidade Infantil

Números absolutos de mortalidade de crianças de 0-9 anos de idade mostram que

desde 2011 não ocorrem óbitos entre 1 ano e 9 anos.

Taxa de mortalidade infantil:

A taxa de mortalidade infantil compreende a soma dos óbitos ocorridos nos

períodos neonatal precoce (0-6 dias de vida), neonatal tardio (7-27 dias) e pós-neonatal

(28 dias e mais). Taxas abaixo de 20/1000 nascidos vivos são consideradas baixas,

porém, segundo dados do BI Público, A meta pactuada pelo Estado é 9,99 e temos ficado,

em alguns anos, um pouco acima, conforme demonstra o gráfico abaixo:

41

FONTE:http://bipublico.saude.rs.gov.br/QvAJAXZfc/opendoc.htm?

document=publico.qvw&host=QVSbari&anonymous=true&Sheet=SH_CadernoIndicadores

Todos os óbitos infantis, fetais e maternos são investigados pela equipe da

Vigilância em Saúde. O último óbito materno foi em 2011.Dados do IBGE colocam

Gramado como 7º colocado na microrregião, no ano de 2014. As demais colocações

podem ser vistas no infográfico abaixo:

FONTE: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/gramado/panorama

42

Programas da Saúde da Criança

A saúde integral da criança visa atender as demandas da faixa etária de zero adoze anos incompletos, em suas necessidades biopsicossociais, no seu contexto familiare cultural.

Recém nascidos: Programa de incentivo ao aleitamento materno: as mães têm acesso a auxilio

prático para aleitamento materno, busca ativa de bebês com dificuldade para mamar epalestras educativas sobre benefícios do aleitamento para a mãe, o bebê e a família. Esteatendimento é realizado no Grupo Bebê+Saúde, todas as quartas-feiras à tarde, com aparticipação da enfermagem, médico pediatra, dentista e nutricionista.

PuericulturaPara crianças entre zero e 5 anos, através do Programa Bebê + Saúde podemos

garantir o acesso à assistência e o monitoramento do crescimento e desenvolvimentoinfantil, com equipe interdisciplinar. As consultas são mensais até 12 meses, semestraisaté 2 anos e anuais até os 5anos. São consultas intercaladas entre os profissionaismédicos e de enfermagem, ale´m de consultas periódicas com dentista e nutricionista.Psicólogo fica como equipe de apoio, atendendo mediante encaminhamento.

Metas da Saúde da Criança:

Incentivo ao aleitamento materno: Elaborar questionário de atendimento do hospital, na primeira consulta do bebê.

Apoio da prefeitura para o agosto dourado – visibilidade/ verba

Planejar ações que lembrem o agosto dourado (iluminação dourada na igreja,

monumento nas rótulas, banners em pontos estratégicos da cidade, incentivar comércio

local na decoração de cor dourada, esclarecimentos do agosto dourado em jornais e

rádio, estabelecer um espaço físico para as ações, a música tocar na rádio, escola das

artes com evento artístico na programação, material decorativo para os postos referente

ao agosto dourado).

Criar uma página oficial do Amamenta Gramado para que as ações sejam

registradas e publicadas para a população.

Explicação técnica da amamentação com ações interdisciplinares.

Puericultura e assistência:

Direcionar o bebê+saúde para os bairros para vínculo, puericultura, grupos de

educação em saúde.

Trabalhar prevenção de acidentes e violência nas consultas de puericultura.

43

Informatizar os dados de puericultura.

Criar o ambiente adequado para internação hospitalar das crianças atendidas, com

duas enfermarias: uma para doenças diarréicas e uma para doenças respiratórias.

Prevenção de Obesidade Infantil:

Desenvolver ações de prevenção e controle da obesidade infantil:

- Ações de incentivo ao aleitamento (nutricionista participar no grupo de gestantes,

1° consulta do bebê no Programa Bebê + Saúde, Amamenta Gramado),

- Consultas de rotina dos bebês com 4 meses com nutricionista, em todas as

unidades de saúde (UBS), para orientação quanto a introdução da alimentação

complementar, seja no 4º ou 6º mês dependendo de cada caso.

- Capacitações da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB) para os

profissionais das UBS e Emei´s. Frequência: anual

- Reuniões de educação nutricional com pais, nas EMEI’s. Frequência: anual

- Avaliação antropométrica dos alunos nas EMEI’s e EMEF’s, visando encaminhar

todas as crianças obesas para acompanhamento nutricional nas UBS. Frequência: anual.

- Atividades de educação nutricional nas EMEF’s - reforçando o Programa Saúde

na Escola (PSE). Frequência: anual

- Os pediatras encaminharem as crianças obesas para acompanhamento

nutricional.

- Atendimento específico para crianças obesas na Academia do Município.

-Implantar o programa Mulher Trabalhadora que Amamenta nas empresas do

Município, incentivando a licença materna de seis meses para as trabalhadoras.

Indicadores da Saúde da Criança

Indicador Unidade de medida (número ou percentual)

Fórmula (como calcular o indicador).

Índice de referência (dado que já temos)

Meta para 2018

Fonte dos dados Periodicidade

Número de consultas de puericultura realizadas

Número Soma das consultasmédicas e de enfermagem

- - Portuário Eletrônico.

Mensal

Percentual de % Número de bebês 65% 70% Planilha de coleta Mensal

44

bebês em aleitamento materno exclusivo no quarto mês de vida

de 4 meses com aleitamento tipo 1/número de bebês de 4 meses que consultaram na puericultura

de dados

Percentual de bebês em aleitamento materno no sexto mês de vida

% Número de bebês de 6 meses com aleitamento tipo 1, 2, 3 e 4/número de bebês de 6 meses que consultaram na puericultura

83% 85% Planilha de coleta de dados

Mensal

Percentual de bebês RN que participaram do Grupo Bebê+Saúde

% Número de bebês que participaram do Grupo/Número de nascidos vivos

- 80% Planilha de coleta de dados

Mensal

Saúde do Adolescente

O Ministério da Saúde – MS, tendo em vista as demandas próprias de adolescen-

tes e jovens, traçou diretrizes com a finalidade de implantar uma política de promoção de

saúde e de identificação de grupos de risco, detecção precoce de agravantes, tratamento

adequado e reabilitação. (MS, 2009).

O Departamento de Ações em Saúde – DAS/SES, em consonância com as discus-

sões de âmbito nacional e considerando os índices epidemiológicos sobre a população na

faixa etária de 10 a 19 anos no Estado propõe a Política Estadual de Atenção Integral à

Saúde de Adolescentes.

Mapeamento das ações existentes no Município: para incentivar a participação

das UBS/ESF e Escolas com informações e sugestões.

45

Levantamento de alguns dados epidemiológicos: a fim de evidenciar a análise

de situação, especialmente quanto às condições de saúde do público-alvo da Política:

- identificação da população adolescente na cidade de Gramado/RS:

Idade Masculino Feminino10-14 anos 1243 125215-19 1296 1230Total 2539 2482

Fonte: IBGE Cidades

- mortalidade – principais causas (incluindo causas externas);

Mortalidade de Adolescentes e Jovens

Os óbitos nas faixas etárias de 10-29 anos tem apresentado a seguinte

distribuição, considerando os anos 2009-2016*

Ano 10-14 15-19 20-29 Total

2009 1 1 11 13

2010 1 3 3 7

2011 1 5 6 12

2012 0 2 4 6

2013 0 2 7 9

2014 2 3 7 12

2015 0 0 3 3

2016 1 3 8 12

Fonte de Dados: SIM, ** 2016 dados parciais.

46

Em 2015 tivemos 1 óbito de adolescente por intoxicação exógena. Em 2016 os da-

dos ainda são parciais, mas temos registro de um óbito de 10-14 anos, ciclista, em colisão

com veículo pesado, 1 por contato com maquinário agrícola e 1 por afogamento.

- morbidade hospitalar;

- gravidez na adolescência (incluindo RN prematuros e baixo peso);

Em 2016 Gramado teve um percentual de 12,66% de gestantes na faixa etária de

10-19 anos. A meta estadual é de 14%. Em 2017 estamos com 9,9% de gestantes ado-

lescentes, estando bem abaixo da média do Rio Grande do Sul.

- escolaridade (incluindo abandono).

A taxa de escolarização, segundo dados do IBGE é de 96,9% das pessoas entre 6

e 14 anos. Deixando o município em 11º lugar na microrregião, que é composta por 15

municípios. Nosso IDEB para séries finais do ensino fundamental é de 4,6, e no ranking

micro regional, Gramado ocupa a 8ª colocação.

Definição de Indicadores para monitoramento e avaliação;

47

Inclusão do Plano Operativo Estadual de Atenção à Saúde de Adolescentes em

Conflito com a Lei, em regime de internação e internação provisória.

Objetivo geral da Saúde do Adolescente

- Promover a atenção integral à saúde de adolescentes, na faixa etária de 10-19 anos.

-Considerando as questões de gênero, a orientação sexual, a raça/etnia, o meio familiar,

as condições de vida, a escolaridade e o trabalho.

- Visando à promoção da saúde, à prevenção de agravos e à redução da morbimortalidde.

Eixos Centrais:

- Crescimento e desenvolvimento saudáveis.

- Saúde : sexual, bucal, mental e reprodutiva.

- Redução da morbimortalidade por causas externas.

- Implantação da Caderneta de Saúde de Adolescentes.

. Proposta do Ministério da Saúde: informações sobre como adotar comportamentos

que promovam a saúde, mudanças no corpo, além de orientações relativas à saúde sexu-

al e saúde reprodutiva, saúde bucal e alimentação.

· Instrumento de apoio aos profissionais no atendimento a adolescentes, como um re-

curso que contribua para que os/as próprios/as adolescentes acompanhem as transforma-

ções que ocorrem em seu corpo e tenham informações qualificadas e registradas sobre

saúde, direitos e relações afetivas saudáveis que balizem a construção do seu projeto de

vida.

· Orientador sobre os principais cuidados inerentes à faixa etária dos 10 aos 16

anos e dará continuidade à caderneta da criança, visto que possibilita o registro do cresci-

mento e desenvolvimento e de possíveis agravos de saúde vivenciados na sua trajetória

de vida.

· Implantação no Município de forma gradativa.

48

· Capacitação dos profissionais de saúde das Unidades Básicas e da Estratégia de

Saúde da Família para o acolhimento de adolescentes, suas demandas e necessidades

específicas, facilitando o vínculo com a equipe e ampliando o acesso aos serviços.

· Captação de adolescentes para o acompanhamento sistemático, oportunizando espa-

ço para avaliações e aconselhamento, criando uma cultura de busca dessa população às

Unidades de Saúde (a exemplo do que hoje ocorre com a puericultura realizada no pri-

meiro ano de vida).

· Busca ativa daqueles adolescentes em situação de vulnerabilidade, enfatizando as

perspectivas individual, coletiva e comunitária.

Metas da Saúde do Adolescente

1. Sensibilização e capacitação de profissionais de saúde do Município.

2. Implantação da Política Estadual de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes.

3. Implantação gradativa da Caderneta de Saúde de Adolescentes ( já está sendo distribu-

ída no momento da vacina HPV).

Ações de Educação em Saúde na Escola para Adolescentes

Definir os pontos prioritários a serem desenvolvidos com a comunidade escolar, in-

cluindo as temáticas de promoção da alimentação saudável, higiene bucal, prevenção de

violências e acidentes, prevenção e redução do consumo abusivo de álcool e outras dro-

gas, prevenção das DST/Aids, promoção da saúde sexual e saúde reprodutiva, controle

do tabagismo, promoção de práticas corporais/atividade física, promoção da cultura da

paz, projeto de vida, saúde do trabalhador entre outros, em seu planejamento;

Ações de atenção primária à saúde na Escola pela Estratégia Saúde da Família/Unidade Básica de Saúde/Atendimento clínico e ações na Unidade Básica de Saúde

- Avaliação inicial - anual

- Crescimento e desenvolvimento - semestral

- Saúde Bucal – semestral/ anual

49

- Imunização – de acordo com calendário vacinal

- Saúde Sexual e Reprodutiva

- Saúde Mental

- Prevenção de Violências e Acidentes

Considerações

Elementos favoráveis a esse processo:

· Constituição de uma equipe de trabalho multidisciplinar (psicóloga, médica pediatra,

dentista, enfermeira, e assistente social);

· Apoio das chefias: Seção de Saúde da Criança e do Adolescente/ Direção do Departa-

mento de Ações em Saúde;

· Inclusão da saúde de adolescentes na pauta do planejamento das ações;

· Mobilização e interesse por parte dos profissionais do município para as capacitações;

· Parceria e colaboração de profissionais de serviços de saúde que possuem Linha de

Cuidado de Adolescentes.

Dificuldades

· Articulação incipiente, refletindo na pouca adesão, com as demais Políticas;

· Não priorização da Saúde de Adolescentes nas diversas instâncias;

· Reduzido número de profissionais;

· Carência de multiplicadores (profissionais capacitados não assumem este papel) para

ampliar as capacitações de profissionais no município;

· Pequena participação e/ou ausência de algumas áreas profissionais nas capacitações;

· Incipiente participação dos adolescentes no processo de busca aos serviços de saúde,

bem como a utilização da Caderneta de Saúde.

Desafios

50

· Articulação ampliada com as demais Políticas de saúde;

· Sensibilização intensificada do gestor municipal;

· Criação de mecanismos e instrumentos que possibilitem o monitoramento e a avaliação

de ações, para que possamos dimensionar o impacto e as mudanças verificadas após o

início deste trabalho (avaliação de indicadores curto, médio e longo prazos);

· Abrangência de todas as áreas profissionais nas capacitações;

· Ampliação das capacitações na Atenção Básica;

· Ampliação das estratégias de mobilização para que os Planos de Implantação da Cader-

neta e Relatórios sejam feitos;

· Implantação de estratégias que confiram aos adolescentes o protagonismo proposto e

requerido por esta Política;

· Participação de forma efetiva dos adolescentes no processo de busca aos serviços de

saúde, bem como a utilização da Caderneta de Saúde como um recurso que desperte o

autocuidado.

Propostas de trabalho

· Elaboração de material de apoio aos profissionais de Saúde;

· Elaboração de material de apoio aos adolescentes;

· Elaboração de protocolo clínico para o atendimento de adolescentes;

· Realização de encontro para avaliação da implantação da Política de Atenção ao Ado-

lescente e da Caderna de Adolescentes;

· Monitoramento “in loco” da implantação da Política de Atenção ao Adolescente e da Ca-

derneta de Saúde de Adolescentes através de reuniões;

· Capacitação de profissionais de saúde para Atenção Integral à Saúde de Adolescentes.

Saúde da Mulher – Objetivos e Metas

Segundo a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, as mulheres

são a maioria da população brasileira (50,77%) e as principais usuárias do Sistema Único

de Saúde (SUS). Frequentam os serviços de saúde para o seu próprio atendimento mas,

sobretudo, acompanhando crianças e outros familiares, pessoas idosas, com deficiência,

51

vizinhos, amigos. São também cuidadoras, não só das crianças ou outros membros da fa-

mília, mas também de pessoas da vizinhança e da comunidade.

A saúde das mulheres pode ser dividida em diversas esferas, como planejamento

reprodutivo; gestação, parto e puerpério; queixas ginecológicas frequentes; prevenção

dos cânceres de colo de útero e mama; climatério; violência doméstica e sexual.

O grupo que elaborou estas metas levou em consideração as diversas áreas de

saúde da mulher, além de dados do município, relacionados a números de partos, tipos

de partos, prevenção de doenças, casos de violência, dentre outros.

Segue abaixo o que foi considerado como prioridade:

Objetivos da Saúde da Mulher

Garantir às mulheres acesso aos serviços de saúde, para diagnóstico, tratamento,

prevenção de doenças e promoção de saúde, nos ciclos vitais.

Metas da Saúde da Mulher:

• Fornecer implante anticoncepcional para populações de risco.

• Contratar mais ginecologistas para atender a demanda.

• Criar protocolo para realização de colposcopia e colocação de diu por todos os pro-

fissionais ginecologistas.

• Adquirir colposcópios, pinças e histerômetros.

• Criar cronograma de palestras nas escolas para abordar gravidez na adolescência,

ISTs, consentimento e violência sexual.

• Ampliar o programa de planejamento familiar para que as enfermeiras possam re-

novar receitas de anticoncepcionais, agendar consultas para colocação de DIU, ori -

entar e facilitar o acesso das mulheres.

• Garantir o acesso à ACE e profilaxia para ISTs.

52

• Realizar pré-natal multidisciplinar em todas as UBS.

• Realizar consultório móvel nas escolas ou agendar um dia para os adolescentes

irem às UBS para pegarem anticoncepcionais e camisinhas.

• Permitir a entrada de doulas para acompanhamento das gestantes, como parte da

equipe e não como acompanhante, inclusive pelo SUS.

• Contratar para o hospital enfermeiras obstétricas, 24h/dia, para acompanhamento

adequado das gestantes, visto que esta profissional é capacitada para atender o

trabalho de parto, parto sem distócia e puerpério.

• Criar um protocolo para os casos de violência sexual, com exame médico (corpo

delito) realizado no próprio município, para que a mulher não precise se deslocar a

diversos lugares diferentes, garantindo a privacidade e acolhimento das mulheres e

o direito ao aborto legal.

• Oferecer doulas contratadas pelo município para acompanhamento das gestantes,

oferecer capacitação de doulas.

• Capacitar equipes do hospital e atenção básica para atendimento humanizado às

gestantes.

• Implantar a Rede Cegonha no município de Gramado.

• Promover ações para reduzir a taxa de cesarianas, alcançando no mínimo a taxa

de 45% preconizada pela SES.

• Garantir a lei do acompanhante para todas as gestantes

• Garantir o contato pele a pele durante a primeira hora de vida, independente do

tipo de parto realizado.

• Garantir o aleitamento materno, reduzir a oferta de leites artificiais nos primeiros

dias de vida do bebê, aumentar o percentual de RN com aleitamento exclusivo na

alta hospitalar.

53

• Reduzir casos de sífilis congênita para 0.

• Contratar pediatra para plantão de 24h no hospital, possibilitando melhor atendi-

mento para crianças e implantação da Iniciativa Hospital Amigo da Criança.

• Protocolar tratamento de vaginoses e ISTs por enfermeiras.

• Garantir o uso do partograma no hospital.

• Implementar um banco de leite humano.

• Implementar o rastreio organizado para câncer do colo do útero e mama.

Saúde do Homem

Tradicionalmente, o sistema de saúde tem dado prioridade à atenção a crianças

e a mulheres – e, mais recentemente, também aos idosos – considerando-os como

estratos mais frágeis da sociedade.

Os homens, de forma geral, habituaram-se a evitar o contato com os espaços

da saúde, sejam os consultórios médicos, sejam os corredores das unidades de saúde

pública, orgulhando-se da própria invulnerabilidade. Avessos à prevenção e ao

autocuidado, é comum que protelem a procura de atendimento, permitindo que os casos

se agravem e ocasionando, ao final, maiores problemas e despesas para si e para o

sistema de saúde, que é obrigado a intervir nas fases mais avançadas das doenças.

Baseado em estudos epidemiológicos e de incidência e ainda levando-se em

consideração o baixo índice de atendimentos da população adulta masculina,

determinado por diversos fatores sociais- econômicos e culturais. O diagnóstico

epidemiológico objetiva o conhecimento da realidade permitindo a tomada gerencial de

decisões racionais.

54

O diagnóstico também inclui a análise dos grupos da população masculina cujas

características e peculiaridades demandam ações específicas de saúde e identifica as

principais causas de morbimortalidade:

Violência

População privada de liberdade

Alcoolismo e Tabagismo

Pessoa com deficiência

Adolescência e velhice

Direitos sexuais e direitos reprodutivos

Indicadores de mortalidade

Causas externas

Tumores (pele – próstata - traqueia/pulmão - estômago – cólon/reto – cavidade

oral)

Outras causas de mortalidade (úlceras, doenças do fígado, peritonite)

Segundo dados o SIM RS, no ano de 2015, os óbitos em homens aconteceram

pelos seguintes motivos:

28 óbitos causados por neoplasias

22 óbitos por doenças cardiovasculares

15 óbitos por doenças pulmonares.

5 óbitos por causas externas.

Objetivos as Saúde do Homem

Objetivo Geral

Promover a melhoria das condições de saúde da população masculina do Brasil,

contribuindo, de modo efetivo, para a redução da morbidade e mortalidade. Através do

enfrentamento racional dos fatores de risco e mediante a facilitação ao acesso, às ações

e aos serviços de assistência integral à saúde.

Objetivos Específicos

Organizar, implantar, qualificar e humanizar, em todo território brasileiro, a atenção

55

Integral a saúde do homem, dentro dos princípios que regem o Sistema Único de

Saúde.

Implantar e/ou estimular nos serviços de saúde, públicos e privados, uma rede de

atenção à saúde do homem que garanta linhas de cuidado, na perspectiva da

integralidade;

Fortalecer a assistência básica no cuidado com o homem, facilitando e garantindo

o acesso e a qualidade da atenção necessária ao enfrentamento dos fatores de

risco das doenças e dos agravos à saúde;

Formar e qualificar os profissionais da rede básica para o correto atendimento à

saúde do homem;

Promover ações integradas com outras áreas governamentais.

Estimular a implantação e implementação da assistência em saúde sexual e

reprodutiva, no âmbito da atenção integral à saúde:

Ampliar e qualificar a atenção ao planejamento reprodutivo masculino, inclusive a

assistência à infertilidade;

Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem - Princípios e Diretrizes

Estimular a participação e inclusão do homem nas ações de planejamento de sua

vida sexual e reprodutiva, enfocando inclusive a paternidade responsável;

Garantir a oferta da contracepção cirúrgica voluntária masculina nos termos da

legislação específica;

Promover na população masculina, conjuntamente com o Programa Nacional de

DST/Aids, a prevenção e o controle das doenças sexualmente transmissíveis e da

infecção pelo HIV;

Incentivar o uso de preservativo como medida de dupla proteção da gravidez

inoportuna e das DST/Aids;

Estimular, implantar, implementar e qualificar pessoal para a atenção às disfunções

sexuais masculinas;

56

Garantir o acesso aos serviços especializados de atenção secundária e terciária

para os casos identificados como merecedores destes cuidados;

Promover a atenção integral à saúde do homem nas populações indígenas,

negras, quilombolas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, trabalhadores rurais,

homens com deficiência, em situação de risco, em situação carcerária, entre

outros, desenvolvendo estratégias voltadas para a promoção da equidade para

distintos grupos sociais; e

Associar as ações governamentais com as da sociedade civil organizada para

efetivar a atenção integral à saúde do homem com protagonismo social na

enunciação das reais condições de saúde da população masculina.

Ampliar, através da educação, o acesso dos homens às informações sobre as

medidas preventivas contra os agravos e enfermidades que os atingem:

Incluir o enfoque de gênero, orientação sexual, identidade de gênero e condição

étnico-racial nas ações educativas;

Estimular, na população masculina, através da informação, educação e

comunicação, o autocuidado da saúde;

Promover a parceria com os movimentos sociais e populares, e outras entidades

organizadas para divulgação ampla das medidas; e

Manter interação permanente com as demais áreas governamentais no sentido de

efetuar, de preferência, ações conjuntas, evitando a dispersão desnecessária de

recursos.

Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem – Responsabilidades Institucionais

As responsabilidades institucionais estão definidas de acordo com as diretrizes

estabelecidas no Pacto pela Saúde 2006, respeitando-se a autonomia e as competências

das três esferas de gestão do SUS: a União, os Estados e os Municípios.

57

Assim respeitadas as atribuições das esferas superiores, constantes em:

http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/maio/21/CNSH-DOC-PNAISH---

Principios-e-Diretrizes.pdf, cabe ao município as seguintes atribuições:

Fomentar técnica e financeiramente a implementação e acompanhar em seu

território, a implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do

Homem;

Coordenar, implementar, acompanhar e avaliar no âmbito do seu território, a

Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, priorizando a atenção

básica, com foco na Estratégia de Saúde da Família, como porta de entrada do

sistema de saúde integral e hierarquizado e promovendo as adequações

necessárias, tendo como base as diretrizes ora propostas, o perfil epidemiológico e

as especificidades locais e regionais;

Coordenar e implementar, no âmbito municipal, as estratégias nacionais de

educação permanente dos trabalhadores do SUS voltadas para a Política Nacional

de Atenção Integral à Saúde do Homem;

Implantar mecanismos de regulação das atividades relativas à Política;

Promover, no âmbito de suas competências, a articulação intersetorial e

interinstitucional necessária à implementação da Política;

Incentivar junto à rede educacional municipal, ações educativas que visem à

promoção e atenção da saúde do homem;

Implantar e implementar protocolos assistenciais, em consonância com as

diretrizes nacionais e estaduais;

Promover, em parceria com as demais esferas de governo, a qualificação das

equipes de saúde para execução das ações propostas na Política Nacional de

Atenção Integral à Saúde do Homem;

Promover, junto à população, ações de informação, educação e comunicação em

saúde visando difundir a Política;

58

Estimular e apoiar em parceria com o Conselho Municipal de Saúde o processo de

discussão com participação de todos os setores da sociedade, com foco no

controle social, nas questões pertinentes à Política Nacional de Atenção Integral à

Saúde do Homem;

Promover ou participar das ações de capacitação técnica e qualificação dos

profissionais de saúde para atendimento do homem; e

Analisar os indicadores que permitam aos gestores monitorar as ações e os

serviços e avaliar seu impacto, redefinindo estratégias e atividades que se fizerem

necessárias.

Metas Municipais da Saúde do Homem

Considerando-se todas as nuances já destacadas da Política Nacional de Atenção

Integral à Saúde do Homem e a iniciativa municipal em oficializar e padronizar algumas

das ações que já vem sido desenvolvidas ao longo de alguns anos em âmbito municipal

em um projeto de atenção a saúde masculina em consonância com a politica nacional, a

saber programa de planejamento familiar, programa de controle de tabagismo, combate a

adição ao álcool e drogas via CAPS, programa de Atendimento adolescente. Assim

pensando em incorporar ações no controle de tumores e prevenção de demais causas de

mortalidade a SMS disponibilizará:

- Ambulatórios de especialidades e toda estrutura de exames diagnósticos

complementares em ações específicas nos tumores dermatológicos (população pele clara

alta exposição radiação solar);

- Ações de prevenção tumores de próstata (consultas urológicas e PSA);

- Orientações quanto ao sexo seguro - combate DST/AIDS (frente ao aumento casos de

sífilis e gonorreia);

- Estimulo ao uso de preservativo para toda população sexualmente ativa (adolescentes e

3a idade);

- Avaliações com pneumologista e gastroenterologista (endoscopias e colonoscopias);

- Difundir ambulatório de planejamento familiar;

59

- Colaborar com a Vigilância Epidemiológica na Prevenção das Intoxicações por

agrotóxicos na população rural;

- Incentivar a presença dos homens nas consultas de rotina pré-natal de sua parceira.

60

Saúde do Idoso

Justificativa: aumento da taxa de envelhecimento da população.

Diretriz da Saúde do Idoso

Atender os idosos da cidade de Gramado, através de uma Rede de Assistência

Básica à saúde capacitada, que incida sobre os principais agravos à saúde desta popula-

ção, respeitando o seu protagonismo;

61

Objetivos e Metas da Saúde do Idoso

Fortalecer a atenção integral as pessoas com doenças crônicas com ênfase nas ações da

atenção básica com estímulo às ações de prevenção e promoção da saúde.

Metas da Saúde do Idoso:

- Capacitar as equipes de saúde nas principais Síndromes Geriátricas: Polifarmácia, Pro-

tocolo do Idoso, Quedas, Violência ao Idoso, Notificação de Violência, Fatores de Risco

em Doenças Crônicas, DST/AIDS; para qualificar o atendimento ao idoso.

- Garantir a Informação à População Idosa através da divulgação dos Serviços e Rede de

Atenção do Idoso

Diretriz: Garantia da atenção integral à saúde da pessoa idosa e dos portadores de doen-

ças crônicas, com estímulo ao envelhecimento ativo e fortalecimento das ações de pro-

moção e prevenção.

Objetivo: Garantir a atenção integral da pessoa idosa com estímulo ao envelhecimento

ativo e fortalecimento das ações de prevenção e promoção da saúde.

Metas:

- Formação de grupos de fortalecimento muscular para terceira idade.

- Realização de campanhas educativas nas recepções dos serviços.

- Imunizar os Idosos diminuindo complicações e risco de morte através da manutenção da

Vacinação dos Idosos segundo calendário oficial de vacinação desta faixa etária.

62

Saúde Bucal

O atendimento odontológico no município de Gramado contempla ações

preventivas, curativas e reabilitadoras.

O atendimento em nível de atenção básica ocorre nas seguintes unidades de

saúde: Centro Municipal de Saúde, UBS Várzea Grande, UBS CAIC, UBS Jardim, UBS

Piratini e ESF Nailor Balzaretti – Pórtico II.

Nessas unidades ocorrem atendimentos odontológicos agendados e de

urgência. Todas as unidades realizam atendimento de demanda espontânea com

agendamento de consultas de acordo com as especificidades da região a que pertencem.

Os agendamentos respeitam critérios de territorialização da população. Prioritariamente

as urgências também são atendidas de acordo com esses critérios.

A Equipe de Saúde Bucal é atualmente composta por onze cirurgiões-dentistas

e cinco auxiliares de saúde bucal.

O Centro Municipal de Saúde apresenta três consultórios odontológicos e

conta com equipe composta por cinco dentistas e duas auxiliares. São disponibilizados

atendimentos nos turnos da manhã e tarde diariamente, e dois turnos semanais também

à noite.

A UBS Várzea Grande conta com dois consultórios odontológicos. A equipe é

composta por quatro dentistas e duas auxiliares, oferecendo atendimento diariamente nos

turnos da manhã e tarde e quatro turnos noturnos semanais.

As demais unidades contam com um consultório odontológico.

Uma dentista realiza suas atividades na UBS CAIC, ofertando cinco turnos de

atendimento semanais.

A UBS Jardim conta com um dentista e oferta cinco turnos de atendimento

semanais.

63

Na UBS Piratini desempenham suas atividades duas dentistas contando com

seis turnos semanais de atendimento.

Na ESF Nailor Balzaretti – Pórtico II a equipe é composta por um dentista e

uma auxiliar. Em virtude de exigência para composição de equipe de estratégia de saúde

bucal, os dois profissionais possuem carga horária de 40 horas semanais. São ofertados

oito turnos de atendimento semanais.

Além dos atendimentos em consultório, são realizadas atividades preventivas

e de educação em saúde nas escolas públicas do município. Desde 2004 o município

mantém convênio com o Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Sul (SESC-RS)

através do Programa Sorrindo para o Futuro. São contempladas crianças da Pré-escola

até o quinto ano.

A entidade fornece kits de higiene bucal e materiais educativos. Com o auxílio

desses materiais os dentistas do município realizam atividades educativas, escovação

dental supervisionada, aplicações de flúor semestrais e exame bucal e encaminhamento

para atendimento para as que apresentarem necessidades de tratamento.

No momento estamos realizando atividades nas seguintes escolas: CAIC,

Senador Salgado Filho, Santos Dumont, Ramos Pacheco, Vicente Casagrande,

Presidente Vargas, Maximiliano Hanh, Pedro Zucolotto, Gentil Bonatto, Henrique Bertoluci

Sobrinho, Alberto Pasqualine, Padre Scholl, Padre Anchieta, João Benetti Sobrinho, David

Canabarro. Em anos anteriores, com participação de mais dentistas nas ações nas

escolas, era possível realizar atividades nessa faixa etária em todas as escolas públicas

do município.

Também são realizadas atividades de educação em saúde junto aos grupos

prioritários. Dentistas participam nas suas UBS dos grupos hiperdia, gestantes, tabagismo

orientando sobre questões relativas a prevenção de doenças bucais.

No Programa Bebê Mais Saúde, dentistas participam realizando orientações

aos familiares das crianças nascidas em Gramado em sua primeira semana de vida. São

abordados aspectos relativos à importância da amamentação, uso de mamadeira e

64

chupeta, introdução alimentar e higiene da cavidade oral. Também são preconizadas

consultas odontológicas para os bebês aos 6, 12, 18 e 24 meses. Nesse momento os

familiares são novamente orientados e as crianças examinadas a fim de permitir

diagnóstico precoce de eventuais problemas bucais.

O Programa de Interiorização também conta com participação dos dentistas.

Uma vez por mês a equipe de saúde composta por médico, dentista, farmacêutico e

técnico de enfermagem se desloca até localidades do interior do município. Nessa

oportunidade, são oferecidas consultas odontológicas para orientações e diagnóstico de

problemas bucais. Os pacientes que apresentam necessidade de tratamento tem suas

consultas agendadas na unidade de saúde mais próxima de sua residência.

O município de Gramado também oferece, através do credenciamento de

dentistas da rede privada para prestação de serviços, atendimentos nas áreas de

Endodontia (tratamento de canal de dentes permanentes), Prótese (Dentaduras e

próteses parciais removíveis) e Cirurgia. Para tanto, os pacientes necessitam estar em

tratamento das UBS. Após conclusão do tratamento na UBS e havendo necessidade

segundo avaliação do dentista, aqueles que necessitam desse tipo de tratamento são

encaminhados. As demais especialidades odontológicas seguem fluxo de

encaminhamento para a regulação estadual.

O atendimento aos Pacientes Portadores de Necessidades Especiais ocorre

em todas as unidades de saúde, através do agendamento segundo demanda espontânea.

Casos onde o dentista da rede não consegue realizar tratamento na unidade de saúde

são encaminhados a serviços especializados seguindo fluxo da regulação estadual.

Com relação as instalações das unidades de atendimento odontológico, a

maioria dos consultórios estão instalados em construções novas. Apresentam boas

condições físicas e equipamentos adequados para os atendimentos ofertados. Apenas

duas unidades (CAIC e Piratini) necessitam de adequações em seu espaço físico para

melhor desempenho das atividades profissionais.

Observa-se necessidade de contratação de profissionais para melhor

aproveitamento da capacidade instalada dos consultórios odontológicos. Nas UBS CAIC,

65

Piratini e Jardim os dentistas desempenham suas atividades sem auxiliar de saúde bucal.

Essa situação faz com que o próprio dentista tenha que se responsabilizar pela lavagem e

esterilização do instrumental utilizado. Com isso fica reduzido o tempo para atendimento

aos pacientes, refletindo em menor número de consultas ofertadas. Também percebe-se a

necessidade de contratação de mais dentistas para ocupar turnos de atendimento vagos

no Centro Municipal de Saúde e nas UBS Jardim, CAIC e Piratini.

Até o presente momento, não foram realizados no município levantamentos

epidemiológicos para diagnóstico da situação de saúde bucal da população. Esse se

constitui em importante instrumento para planejamento das ações e fundamental para

tomada de decisões. Essa carência de informações relativas às necessidades em saúde

bucal da população gramadense interfere no planejamento das ações nessa área.

SITUAÇÃO DOS INDICADORES DO ROL DE DIRETRIZES, OBJETIVOS, METAS E INDICADORES DO RIO GRANDE DO SUL. INDICADORES MUNICIPAIS

Indicador 1: Cobertura populacional estimada de saúde bucal na atenção

básica.

Esse foi o indicador escolhido para pactuação pela Comissão Intergestores

Tripartite pela Resolução Nº 8, de 24 de Novembro de 2016, que dispõe sobre o processo

de pactuação interfederativa de indicadores para o período 2017-2021, relacionados a

prioridades nacionais em saúde.

O Objetivo desse indicador é medir a ampliação de acesso a serviços de

saúde bucal na população no âmbito da Atenção Básica. Possibilitar a análise da situação

atual dos serviços ofertados, estimar a necessidade de melhorias e onde devem ser

realizadas. Subsidiar os processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas

públicas voltadas para o acesso aos serviços da Rede de Atenção à Saúde.

A tabela 1 apresenta a situação do município em relação ao indicador.

Tabela 1: Cobertura populacional estimada de saúde bucal na atenção

básica, Gramado.

66

População x Nº eSB x CH Dentista x Nº eSB Equivalente x Nº eAB Parametrizada com SB x Estim. Pop. Cob. x Cob. Pop. Estimada (Total do Ano)

Gramado População Estim. Pop. Cob. Cob. Pop. Estimada

2016 34.605 15.300 44,21%

2017 34.832 13.200 37,90%Fonte: Secretaria Estadual da Saúde.

A meta desse indicador pactuada pelo município junto a Comissão de

Intergestores Tripartite é de 50% de cobertura. A partir dessas informações é possível

concluir que existe necessidade de ampliação das equipes de saúde bucal na atenção

básica no município.

Indicador 2: Proporção de Exodontias em relação aos demais

procedimentos

Este foi o indicador objeto da pactuação nacional de metas para o ano de 2016

conforme decisão tomada na reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite em 28

de julho de 2016 e publicado no Diário Oficial da União, em 16 de agosto de 2016, por

meio da Resolução n° 2.

Quanto menor o percentual de exodontia, maior a qualidade do tratamento

ofertado pela Odontologia do município, demonstrando que o conjunto de ações abrange

número de procedimentos preventivos e curativos em detrimento da extração dentária.

A tabela 2 apresenta a situação do município em relação ao indicador.

Tabela 2: Proporção de Exodontias em relação aos procedimentos

segundo ano

Gramado Rio Grande do Sul

2014 7,75 5,28

2015 6,38 15,59Fonte: Ministério da Saúde.

67

Pode-se perceber que em relação ao valor do indicador para o estado, o

município apresenta menor número de exodontias em relação aos demais procedimentos

no ano de 2015, o que demonstra maior acesso da população aos procedimentos

preventivos e curativos.

Indicador 3: Média escovação dental supervisionada

Este indicador reflete em percentual o número médio de pessoas que

participaram da ação coletiva escovação dental supervisionada. É calculado pela razão

entre o número médio mensal de residentes que participaram de ação coletiva de

escovação dental supervisionada no ano e a população de determinado município.

Expressa a proporção de pessoas que tiveram acesso à escovação dental com

dentifrício fluoretado sob orientação/supervisão de um profissional de saúde visando à

prevenção de doenças bucais, prioritariamente a cárie dental e doença periodontal.

Quanto maior o indicador, maior o acesso à orientação para prevenção de

doenças bucais, mais especificamente cárie dentária e doença periodontal.

Possibilita a análise comparativa dos dados epidemiológicos, verificando

relações entre as variações temporais deste indicador e os de cárie dentária e doença

periodontal, subsidiando o planejamento, a gestão e a avaliação de políticas e ações de

saúde bucal.

Facilita o monitoramento das ações preventivas e de promoção da saúde

bucal, sendo esse indicador de fundamental importância para análise das prioridades da

atenção em saúde bucal prestada à população.

A tabela 2 apresenta a situação do município em relação ao indicador.

Tabela 3: Média escovação dental supervisionada segundo ano

Gramado Rio Grande do Sul

2014 0,30 2,34

2015 1,38 1,42Fonte: Ministério da Saúde.

68

Podemos observar que relativamente ao valor do indicador para o Estado, o

município de Gramado apresentou menor média de escovação dental supervisionada nos

anos de 2014 e 2015. Isso mostra necessidade de ampliar atuação da equipe em

atividades de prevenção e educação em saúde.

Diretrizes, Objetivos e Metas:

Diretriz: Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde de qualidade, em

tempo adequado, com ênfase na humanização, equidade e no atendimento das

necessidades de saúde, aprimorando a política de atenção básica, especializada,

ambulatorial e hospitalar, e garantindo o acesso a medicamentos no âmbito do SUS.

Objetivo: Ampliar e qualificar o acesso aos serviços de saúde de qualidade, em

tempo adequado, com ênfase na humanização, equidade e no atendimento das

necessidades de saúde, aprimorando a política de atenção básica, especializada,

ambulatorial e hospitalar, e garantindo o acesso a medicamentos no âmbito do SUS.

Meta: aumentar a cobertura populacional estimada de saúde bucal na

atenção básica.

Ações: ampliar o número de unidades de atendimento em saúde bucal na

atenção básica

- construção de unidades de saúde com consultório odontológico;

- contratação de profissionais cirurgiões-dentistas e auxiliares de saúde bucal

para suprir necessidades desses novos postos de trabalho;

Meta: reduzir o percentual de exodontias em relação aos procedimentos

Ações: ampliar o acesso da população às consultas odontológicas através de:

- contratação de profissionais cirurgiões-dentistas e auxiliares de saúde bucal

a fim de suprir necessidades da capacidade instalada de consultórios odontológicos;

69

- presença de Auxiliar de Saúde Bucal em todas as unidades de atendimento

odontológico;

- realização as adequações dos consultórios odontológicos em todas as

unidades de saúde proporcionando ambiente e equipamentos adequados e em boas

condições de funcionamento;

-realização de levantamento epidemiológico para diagnóstico das

necessidades da população;

Meta: ampliar a média de escovação dental supervisionada

Ações: ampliar o acesso da população a ações preventivas e de educação em

saúde através de:

-ampliação tempo disponível para planejamento e execução de ações

preventivas;

- ampliação da cobertura das atividades de prevenção na faixa da pré-escola

ao quinto ano para todas as escolas públicas do município;

- articulação junto à Secretaria de Educação do Município a construção de

espaços próprios (escovódromos) para realização de escovação supervisionada em todas

as escolas municipais.

70

V-SAÚDE MENTAL

Objetivo da Saúde Mental

Ampliar e qualificar os serviços ofertados pela Política de Saúde Mental no município de

Gramado/RS

Justificativa:

A Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na lei 10.216/02, busca consolidar

um modelo de atenção à saúde mental aberto e de base comunitária. Isto é, que garanta

a livre circulação das pessoas com transtornos mentais pelos serviços, comunidade e

cidade.

Este modelo conta com uma rede de serviços e equipamentos variados tais como

os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

Os CAPS são instituições destinadas a acolher os pacientes com transtornos

mentais, estimular sua integração social e familiar, apoiá-los em suas iniciativas de busca

da autonomia, oferecer-lhes atendimento de equipe multidisciplinar (médico, psicológico,

enfermagem, serviço social, terapia ocupacional). Sua característica principal é buscar

integrá-los a um ambiente social e cultural concreto, designado como seu território, o

espaço da cidade onde se desenvolve a vida cotidiana de usuários e familiares.

A Rede de Atenção Psicossocial, ou RAPS, foi instituída com a Portaria n° 3088 de

23 de dezembro de 2011, com republicação em 21 de maio de 2013. Ela dispõe sobre a

criação, ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com

sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool

e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde.

Tem como objetivos gerais a ampliação do acesso à atenção psicossocial da

população em geral, a promoção de vínculos das pessoas com transtornos mentais e com

necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e suas famílias aos

pontos de atenção e a garantia da articulação e integração dos pontos de atenção das

71

redes de saúde no território qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do

acompanhamento contínuo e da atenção às urgências.

Em Gramado, a Rede de Atenção Psicossocial conta com profissionais de saúde

mental que realizam atendimentos na Atenção Básica, 03 psicólogos e 01 médico

psiquiatra, e com um CAPS I.

O CAPS I, é um serviço de atenção a saúde mental em municípios com população

de 20 mil até 70 mil habitantes e que atende pessoas de todas as faixas etárias que

apresentam prioritariamente intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos

mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias

psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e

realizar projetos de vida.

O CAPS de Gramado têm 555 prontuários ativos, de acordo com o último

levantamento realizado no mês de agosto deste ano. Usuários que têm atendimentos

semanais, vindo ao CAPS até 04 vezes na semana em oficinas

terapêuticas/grupoterapias somam um total de 70 participantes. Estes são atendidos

inclusive com fornecimento de refeições.

O Hospital Geral de Gramado - HASM não possui leitos psiquiátricos, quando é

necessário internação psiquiátrica, o paciente é cadastrado na Central de Leitos do

Estado e quando liberado leito, o mesmo interna em outro município que tenha leito

psiquiátrico.

Metas da Saúde Mental

1 Implementar o matriciamento em Saúde Mental na Atenção Básica através deelaboração de projeto conjunto entre Caps e Atenção Básica;

2 Criação de leitos psiquiátricos no Hospital Arcanjo São Miguel, através de pactuaçãocom a Secretaria Estadual de Saúde;

3 Aumento da equipe do Caps com a inclusão de mais um psicólogo (30 horassemanais), um educador físico (20 horas semanais) e de mais dois profissionais de nívelmédio (um técnico de enfermagem e um artesão);

72

4 Reestruturação dos atendimentos de Saúde Mental da Atenção Básica – UBS's, com arealização de reuniões de equipe quinzenalmente para discussão de caso eatendimentos em grupo;

5 Ampliação do atendimento psicológico nas UBS;

6 Aumento de profissionais de saúde mental (01 assistente social, 04 psicólogos, 02médicos psiquiatras) .

7 Criação de um Grupo de Trabalho de Saúde Mental na Atenção Básica para discussãoda política de saúde mental;

8 Estruturação de um fluxograma para atendimentos em saúde mental no município;

9 Investir em capacitações e cursos para os profissionais que atuam na política de saúdemental;

10 Realização de uma reunião mensal da Saúde mental com Atenção Básica paradiscussão de planos terapêuticos singulares de pacientes;

11 Criação do cargo de coordenador do CAPS

73

VI-SAMU

Em 2002 foi aprovado o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de

Urgência e Emergência através da Portaria GM/MS nº 2048. O Regulamento “estabelece

os princípios e diretrizes dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, as normas e

critérios de funcionamento, classificação e cadastramento de serviços e envolve temas

como a elaboração dos Planos Estaduais de Atendimento às Urgências e Emergências,

Regulação Médica das Urgências e Emergências, atendimento pré-hospitalar,

atendimento pré-hospitalar móvel, atendimento hospitalar, transporte inter hospitalar e

ainda a criação de Núcleos de Educação em Urgências e proposição de grades

curriculares para capacitação de recursos humanos da área”.

Em 2003, o Ministério da Saúde, através da Portaria nº 1864/GM, instituiu o

componente pré-hospitalar móvel da Política Nacional de Atenção às Urgências, por

intermédio da implantação de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência em municípios

e regiões de todo o território brasileiro: SAMU - 192.

O projeto de implantação do Programa do SAMU no município de Gramado teve

seu início no mês de janeiro de 2011. No final de outubro do mesmo ano, o Projeto estava

completamente elaborado, em 03 de novembro a equipe foi contratada e capacitada. Em

02 de dezembro de 2011, foi oficialmente inaugurado o serviço, em pleno funcionamento,

sendo o 175º SAMU do Estado do Rio Grande do Sul. A portaria de habilitação do SAMU

de Gramado, de número 618, foi publicada no Diário Oficial da União – DOU na data de

05 de abril de 2012 .

Em 2011 foi iniciado o processo de integração do SAMU com o Corpo de

Bombeiros Gramado, com protocolos de regulação visando padronizar os atendimentos

das duas instituições e promover uma melhoria na qualidade do atendimento de urgência

e emergência do município.

O atendimento Pré-Hospitalar Móvel de acordo com o Regulamento Técnico dos

Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, “considera-se como nível pré-hospitalar

móvel na área de urgência, o atendimento realizado pelo SAMU que procura chegar

precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à sua saúde, de natureza clínica,

74

cirúrgica, traumática, inclusive as psiquiátricas que possa levar a sofrimento, sequelas ou

mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe atendimento e/ou transporte

adequado ao serviço hospitalar de referência de saúde devidamente hierarquizado e

integrado ao Sistema Único de Saúde.

O atendimento pré- hospitalar móvel primário acontece quando o pedido de socorro

for oriundo de um cidadão e o atendimento pré-hospitalar móvel secundário quando a

solicitação partir de um serviço de saúde, no qual o paciente já tenha recebido o primeiro

atendimento necessário à estabilização do quadro de urgência apresentado, mas

necessite ser conduzido a outro serviço de maior complexidade para a continuidade do

tratamento”.

O SAMU deve contar com uma equipe multiprofissional que deverá ser habilitada

pelos Núcleos de Educação em Urgências citado na Portaria GM/MS nº 2048/2002, visto

que a formação em Urgência, pelos cursos de graduação na área da Saúde, são

insuficientes.

Todos os profissionais do SAMU de Gramado, estão habilitados e capacitados de

acordo com a Portaria GM/MS nº 2048/2002, segue abaixo composição da equipe SAMU

175:

Coordenador do Serviço: profissional da área da saúde, com experiência e

conhecimento comprovados na atividade de atendimento pré-hospitalar às urgências e de

gerenciamento de serviços e sistemas;

Responsável Técnico de Enfermagem: Enfermeiro responsável pelas atividades de

enfermagem;

Técnicos de Enfermagem: são os profissionais que compõem a equipe da

Ambulância de Suporte Básico – USB, responsáveis pelo transporte inter-hospitalar de

pacientes com risco de vida conhecido e ao atendimento pré-hospitalar de pacientes com

risco de vida desconhecido, não classificado com potencial de necessitar de intervenção

médica no local e/ou durante transporte até o serviço de destino

Condutor de Veículos de Urgência: Profissional de nível fundamental, habilitado a

conduzir veículos de urgência, padronizados pelo código sanitário e pela Portaria do

SAMU, como veículos terrestres, são destinados ao atendimento e transporte de

75

pacientes; conhecer integralmente o veículo e realizar a manutenção básica do mesmo;

estabelecer contato radiofônico (ou telefônico) com a central de regulação médica e

seguir suas orientações; conhecer a malha viária local; conhecer a localização de todos

os estabelecimentos de saúde integrados ao sistema assistencial local, auxiliar a equipe

de saúde nos gestos básicos de suporte à vida auxiliar a equipe nas imobilizações e

transporte de vítimas; realizar medidas reanimação cardiorespiratória básica; identificar

todos os tipos de materiais existentes nos veículos de socorro e sua utilidade, a fim de

auxiliar a equipe de saúde

A central que regula os atendimentos do serviço SAMU 175 de Gramado, é a

central do Estado do Rio Grande do Sul, localizada em Porto Alegre e conta com os

seguintes profissionais:

• Médicos Reguladores: compõem a equipe da Central de Regulação Médica das

Urgências, localizada no SAMU. Estes médicos com base nos dados informados pelos

clientes quando acionam a central de regulação, pelo 192, são os responsáveis pelo

gerenciamento, definição e operacionalização dos meios disponíveis e necessários para

responder a tais solicitações, utilizando-se de protocolos técnicos e da faculdade de

arbitrar sobre os equipamentos de saúde do sistema necessário ao adequado

atendimento do paciente;

. • TARM – Técnico Auxiliar de Regulação Médica Telefonista: auxiliar do médico

regulador que durante a chamada da população está habilitado a prestar atendimento

telefônico às solicitações de auxílio provenientes da população, nas centrais de regulação

médica, devendo anotar dados básicos sobre o chamado (localização, identificação do

solicitante, natureza da ocorrência) e prestar informações gerais. Sua atuação é

supervisionada diretamente e permanentemente pelo médico regulador. Sua capacitação

e atuação seguem os padrões previstos pelo SAMU. “O TARM exerce três de suas

principais funções de auxiliar do médico regulador durante esta fase de tratamento da

chamada. 1. Função operacional de administração: como secretário do SAMU ele gere,

recolhe e registra as informações necessárias ao trabalho da regulação. Ele utiliza para

isto, diferentes meios de comunicação (telefone, rádio, fax, telex...). Ele procura os

operadores do sistema e segue os relatos dos diferentes trabalhos.

76

O SAMU de Gramado possui duas ambulâncias de Suporte Básico (USB) - TIPO B

para o atendimento móvel pré- hospitalar de pacientes com risco de vida desconhecido,

não classificado com potencial de necessitar de intervenção médica no local e/ou durante

transporte até o serviço de destino; nesta ambulância a equipe é composta por dois

profissionais: o condutor de veículo de urgência e um técnico de enfermagem.

Destas uma está ativa, e a outra é utilizada como reserva técnica quando

necessário.

O SAMU de Gramado tem uma média mensal de 70 atendimentos realizados em

trauma, em clínica geral adulto e pediátrico, em obstetrícia, em queimaduras, em acidente

vascular cerebral, em psiquiatria, em infarto agudo do miocárdio, em insuficiência

cardíaca congestiva, em hipertensão arterial, em parada cardiorrespiratória, e outros.

Quadro de atendimentos de 2011 a 2017

Desde a implantação do serviço SAMU 175 Gramado, está localizado em um

prédio anexo ao Hospital Arcanjo São Miguel, onde conta com uma estrutura mínima

para o seu funcionamento , como meta a longo prazo pretendemos ter uma estrutura

própria e mais adequada para este serviço.

Está em processo de licitação o contrato de manutenção preventiva e corretiva das

ambulâncias conforme exigência do Ministério da Saúde, sendo uma meta a curto prazo.

Dentre as demais metas de curto prazo, destacamos :a aquisição dos uniformes

para toda a equipe, o toldo de proteção da viatura, aquisição de materiais de urgência e

emergência, a aquisição de mochilas novas para as ambulâncias; a pintura interna do

prédio e revisão da ventilação;

Atualmente, podemos destacar alguns desafios para a melhoria do nosso

ANO Nº de atendimentos2011 inicio na data de

01/12/2011

80

2012 6282013 8202014 5152015 6592016 4562017 até o mês de setembro 597

77

atendimento: agilizar os processos licitatórios para a aquisição de materiais médico

hospitalares, medicamentos, equipamentos assim como a manutenção dos

equipamentos.

ACM, empresa que contrata e administra a equipe atualmente, oferta a cada dois

anos aos seus colaboradores do SAMU- 175, os cursos de BLS- Suporte Básico de Vida

e APH - Atendimento Pré – Hospitalar, com o objetivo de manter a equipe capacitada e

atualizada para prestar um atendimento de qualidade e excelência.

Iniciaremos neste mês de novembro, um ciclo de capacitações que será realizado

mensalmente, pela responsável técnica do serviço e demais colaboradores do Projeto

ACM Saúde Gramado, onde serão abordados, diversos temas relacionados ao

atendimento de urgência e emergência, para mantermos a equipe 175 qualificada.

78

VII- HOSPITAL

O Hospital Arcanjo São Miguel, situado na Rua Madre Verônica, 396, em Gramado,

é um Hospital Geral, de médio porte, localizado no coração de Região das Hortênsias, no

centro da cidade.

É o único Hospital da cidade reconhecido pela sua infraestrutura como Micro-

Regional.

Opera atualmete com:

- 101 Leitos ativos(10 observação)

- 317 Funcionários

- 29 Enfermeiros

- 87 Médicos

Diagnóstico Organizacional

Foram levantados mais de 550 indicadores e identificados a necessidades de 285

Planos de Ação entre as diferentes áreas analisadas, sendo que desses, 119 são de

natureza estratégica, 124 de natureza operacional e 42 de natureza regulatória.

Total de atendimentos 2016 e 2017

No ano de 2016 ocorreram os seguintes atendimentos:

Descrição N° Atendimentos-Ano 2016 % SUS

Atendimento ambulatorial( Urgên/Emergência)

38.702 70,47%

Internação Hospitalar 2.348 48,11%

79

1º Semetre 2017:

Descrição N° Atendimentos- 1° Sem 2017 % SUS

Atendimento ambulatorial( Urgên/Emergência)

21.620 73,59%

Internação Hospitalar 1.287 49,23%

Objetivos da Atenção Hospitalar

- Identificar os pontos críticos e situações de oportunidades de ação;

- Propor eixos orientadores para a construção de planos de ação;

- Informatização/Automação (integração de todos os setores).

Metodologia

Para execução do trabalho foram aplicados métodos de coleta de dados através da

observação direta, aplicação de questionários e entrevistas semiestruturadas, pesquisa

documental, além do exame de registros administrativos e consultas aos sistemas

informatizados.

PROJEÇÕES DE SERVIÇOS FUTUROS SAÚDE MENTAL

Descrição Quarto/Leitos

Leitos Psiquiátricos 307 / 308(A e B) / 309

O Hospital disponibiliza o total de quatro leitos para tratamento, aguradando credenciamento e contratualização com o município.

80

SERVIÇOS DA LINHA CEREBROVASCULAR

Aguardando credenciamento e financiamento com Ministério da Saúde e

contratualização com Município.

SERVIÇOS DA LINHA CARDIOVASCULAR

Aguardando credenciamento e financiamento com Ministério da Saúde e

contratualização com Município.

Financeiro - Caixa

Contabilidade - Competência

Foram apuradas 14 notas explicativas referente ao primeiro trimestre de 2016, comdestaque ao 1.14.

81

VIII-VIGILÂNCIA EM SAÚDE

A vigilância em saúde possui a missão de promover e proteger a saúde da

população por meio de ações integradas e articuladas, de normatização, de educação e

de informação à população. A sua integração com as demais Políticas de Saúde também

é fundamental para contemplar de maneira mais eficaz os princípios da integralidade e da

atenção.

A Vigilância em Saúde constitui um processo contínuo e sistemático de coleta,

consolidação, análise e disseminação de informações sobre eventos relacionados à

saúde, visando o planejamento e a implantação de medidas de saúde pública, incluindo a

regulação, intervenção e atuação em condicionantes e determinantes da saúde para a

proteção e promoção da saúde da população, prevenção e controle dos riscos, agravos e

doenças. Através destas informações geram-se ações preventivas.

A Constituição Federal de 1988 define que, sem prejuízo dos “serviços

assistenciais”, deve ser dada prioridade às atividades preventivas (inciso II, art. 198, CF

de 1988), em cujo escopo se incluem as vigilâncias. Em seu art. 200, estabelece as

competências para o Sistema Único de Saúde. A Vigilância em Saúde tem seu foco nas

ações de controle dos determinantes, condicionantes, dos riscos e dos agravos à saúde

da população em determinado território.

A partir da análise situacional das condições de vida de uma população, seu vasto

campo de conhecimento contribui para a construção de políticas públicas, buscando

identificar e implementar ações de prevenção de doenças e promoção da saúde no

sentido de controlar os riscos e de reduzir as vulnerabilidades. Transcende os espaços

dos serviços de saúde e se expande a outros setores e órgãos de ação governamental e

não governamental. Através da atuação intersetorial estabelece uma complexa interação

com entidades representativas dos interesses de diversos grupos sociais visando a

integralidade da atenção à saúde da população.

A Vigilância em Saúde é constituída pelas vigilâncias: Ambiental, Sanitária

Epidemiológica e Saúde do Trabalhador.

82

Estrutura da Vigilância em Saúde Municipal

Composta por uma equipe de 17 servidores (tabela 4) que trabalha em conjunto as

quatro vigilâncias (ambiental, sanitária, saúde do trabalhador e epidemiológica), tendo

uma coordenação geral. Considerando o aumento de demanda advindo das

descentralizações das ações de Vigilância em Saúde, urge a necessidade da divisão do

setor em coordenações para trabalhar cada vigilância separadamente conforme

estabelece as legislações estadual e federal, melhorando a qualidade dos serviços

ofertados.

TABELA 4 – Recursos humanos Vigilância em Saúde

Concursados Terceirizados

01 Médica Veterinária

01 Enfermeira

01 Fiscal Sanitário de nível superior em

Medicina Veterinária

02 Fiscais Sanitaristas de nível médio

capacitados (sendo um em licença

interesse)

01 Operário Especializado

01 Enfermeira

01 Nutricionista

01 Tecnóloga em Hotelaria

02 Educadores Físicos, sendo um também

com formação superior em Fisioterapia

04 Agentes de Combate a Endemias

01 Monitor de Academia

01 Motorista

Além disso, conta frequentemente com o apoio de estagiários de nível superior em

áreas da Nutrição, Enfermagem, Medicina Veterinária, etc. Com o concurso espera-se

mais concursados para o setor, preferencialmente nas áreas de atuação de Farmácia,

Nutrição, Biomedicina, Medicina, Enfermagem.

83

Metas da Vigilância em Saúde

1. Reestruturar o setor criando as seguintes coordenações que serão coordenadas

pela Coordenação Geral de Vigilância em Saúde: Coordenação da Vigilância

Sanitária, Coordenação da Vigilância Ambiental e Coordenação da Vigilância

Epidemiológica e Saúde do Trabalhador.

2. Planejar, organizar e executar ações educativas e em saúde em conjunto com os

demais setores da Secretaria da Saúde, principalmente Atenção Básica.

3. Apoiar a implantação, conjuntamente com a Atenção Básica, do Núcleo de Apoio à

Saúde da Família – NASF no município.

Vigilância em Saúde Ambiental

Conforme o Decreto nº 4.727/2003 e IN nº 01/2005, entende-se vigilância em

saúde ambiental como o conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a

detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes

do ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar

as medidas de prevenção a agravos, em especial aos relativos a vetores, reservatórios e

hospedeiros, animais peçonhentos, qualidade da água destinada ao consumo, e o

controle dos riscos e das doenças do ser humano, qualidade do ar, contaminantes

ambientais, desastres naturais e acidentes com produtos perigosos.

A Vigilância em Saúde Ambiental possui uma forte relação entre a situação de

saúde da população e os fatores presentes no ambiente que, direta e indiretamente,

afetam a população, como exposição a substâncias químicas e radiações, a poluição

atmosférica, da água e do solo, os desastres naturais, os acidentes com produtos

perigosos, a exposição a vetores e hospedeiros transmissores de doenças.

Os programas e ações desenvolvidos pela Vigilância Ambiental são: Programa

Nacional de Controle da Dengue (PNCD), Programa Nacional de Vigilância da Qualidade

da Água para Consumo Humano (VIGIÁGUA), Programa Municipal de Vigilância do

84

Simulídeo (borrachudo), Projeto de Posse Responsável de Cães e Gatos.

Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD)

Executado através do monitoramento de 44 Pontos de Armadilhas (PA’s) e 16

Pontos Estratégicos (PE’s) distribuídos ao longo do território do município. Também são

realizadas visitas em imóveis residenciais nas localidades cadastradas e ações

educativas em escolas e UBS. Todas as ações executadas são digitadas nos Sistemas

SisPNCD local e web.

Imoveis visitados0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

20000

Dengue - Imóveis Visitados

2014201520162017

2016 – Estado deemergência –

MICROCEFALIALI – 100% a cada 2

meses

85

Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (VIGIÁGUA)

Realização de coletas mensais de água para análise de controle da potabilidade do

Sistema de Abastecimento e Solução Individual com posterior envio para o laboratório

regional. Distribuição de hipoclorito de sódio para a população e orientações de

tratamento da água. Os relatórios com os resultados das análises são digitados no

Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água (SISÁGUA) e os dados ficam

disponíveis no sistema para qualquer tipo de pesquisa. Fiscalização e autuação com

solicitação de limpeza de caixa d'água de prédios coletivos e sujeitos a controle sanitário,

bem como fiscalização da legislação em vigor.

Amostras coletadas Amostras positivas Amostras negativas0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

QUALIDADE DA ÁGUA

20162017

Fonte: Vigiagua

86

Projeto de Posse Responsável de Cães e Gatos

Implementado após a criação da Lei Municipal 2.920, de 14 de maio de 2011, está

baseado em quatro pilares: castração e identificação eletrônica (microchipagem),

fiscalização de posse irresponsável e maus tratos a animais, adoções e ações educativas.

Através do controle populacional de cães e gatos e de sua posse responsável pelos

proprietários, é possível controlar as zoonoses – doenças transmitidas pelos animais ao

homem – e garantir o bem-estar e a saúde dos animais.

Animais adotados Animais castrados0

200

400

600

800

1000

1200

Adoções e Castrações

2014201520162017

Quantidade de ani

mais

87

Programa Municipal de Vigilância do Simulídeo

Executado seguindo as normas e legislações estaduais, desenvolve ações de

aplicação de biolarvicida em rios, riachos e córregos em todo o município, manejo

ambiental, com incentivo a limpeza destes locais no interior e ações educativas, buscando

articulação com outras secretarias, como Meio Ambiente e Agricultura, e parceiras com

entidade, como a Emater.

Metas – Vigilância Ambiental

1. Ampliar o número de PA’s e PE’s

2. Realizar concurso para a contratação de ACE’s

3. Criar o Comitê de Mobilização e Combate ao Aedes Aegypti

4. Reestruturar o Programa de Vigilância do Simulídeo, buscando alternativas para o

controle biológico deste inseto

5. Ampliar o número de cães e gatos identificados eletronicamente no município

6. Incentivar adoções de cães e gatos adultos através da divulgação em mídia

(jornais, rádios, redes sociais) e realização de feiras de adoção, aumentado o

número de animais adotados e reduzindo o número de animais alojados em abrigos

e hotelarias privadas.

7. Implementar atendimento médico veterinário básico a população vulnerável, com

ações de medicina veterinária preventiva.

88

Vigilância Sanitária

Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de

intervir nos problemas sanitários decorrentes do ambiente, da produção e circulação de

bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. Abrange o controle de bens de

consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas

as etapas e processos, da produção ao consumo e o controle da prestação de serviços

que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.

Campo de atuação da Vigilância Sanitária é bastante vasto, devendo garantir a

qualificação e segurança sanitária na cadeia produtiva de produtos para saúde, de

medicamentos e gases medicinais, de cosméticos e saneantes, de sangue e tecidos, de

alimentos e de correlatos, bem como garantir a qualidade dos serviços de saúde e de

interesse à saúde ofertados à população.

O município de Gramado possui mais de 1200 estabelecimentos que são regulados

e fiscalizados pela Vigilância Sanitária Municipal, além de estabelecimentos que ainda

tem sua fiscalização sob competência da Vigilância Sanitária Estadual – 5ª CRS.

A inexistência de um sistema de informática, que atenda as necessidades e

demanda dos contribuintes na entrega de documentações e emissão da licença sanitária,

dificulta os trabalhos executados, refletindo na demora para avaliação de documentos e

realização das vistorias e, por conseguinte, reduz a eficiência da equipe de fiscalização,

tornando o processo de emissão de alvará sanitário demorado e muito burocrático. Além

disso, há a necessidade de contratação através de concurso de profissionais de nível

superior em áreas como Farmácia, Nutrição, Engenharia de Alimentos, Biomedicina,

Enfermagem para o cargo de Fiscal Sanitário de nível superior.

89

Atendimentos denuncia

Cadastro de serviços de alimentação

Inspeção sanitária de serviços de alimentação

Licenciamento Sanitario de Serviços de alimentação

0 500 1000 1500 2000

Vigilância Sanitária

201520162017

Quantidade

Cadastro de estabeleciments sujeitos à Vigilância Sanitária

Inpeções dos estabelecimentos sujeitos à Vigilância Sanitária

Licenciamento dos estabelecimentos sujeitos à Vigilância Sanitária

Atendimentos à denuncias/reclamações

0 1000 2000 3000

Vigilância Sanitária

201520162017

90

Investigação de surtos de doenças transmitidas por alimentos

0

5

10

15

20

25

2015

2016

20171

23

0

9

0

6

Surtos e Processos Administrativos

201520162017

91

Programas e Ações Executadas pela Vigilância Sanitária

Ações Educativas: controle de Ambientes Livres do Tabaco, incentivo para os

estabelecimentos gastronômicos ao projeto VISITE NOSSA COZINHA, onde são

distribuídos adesivos que convidam os consumidores a observarem as condições

sanitárias e a manipulação dos alimentos nas cozinhas dos restaurantes participantes.

Traslados - Autorização, fiscalização e controle de traslados e exumações através das

funerárias e cemitérios, para outros locais.

Controle de medicações psicotrópicas - Controle e liberação da autorização de receituário

azul B e B2 para os médicos e dentistas. Recebimento mensal e trimestral do controle

efetuado nas farmácias para informação e repasse de dados para a regional.

Abertura de livros de controle (Óticas e massoterapeutas) - Autorização para abertura dos

livros de receituários médicos para as óticas e massoterapeutas.

Cursos de Atenção à Vigilância em Saúde - Realização de cursos desde 2004, sobre

vigilância em saúde (normatizações, legislação, doenças e esclarecimentos) para

estabelecimentos comerciais (restaurantes, bares, hotéis, lancherias), estabelecimentos

de saúde (barbearias, cabelereiras, academias, entre outros), indústrias de alimentos e

população em geral. Os cursos exigem presença obrigatória para a renovação do alvará

anualmente. Palestras e concursos nas escolas, nos sindicatos, nas associações e na

comunidade sobre doenças, água, higiene, alimentação e também educação e orientação

dos estabelecimentos visitados para prevenção de Doenças Transmitidas por Alimentos

(DTAs). Este curso foi destaque na revista da ANVISA, ações inovadoras em Vigilância

Sanitária, em 2009, 2010 e 2011, onde estivemos apresentando o Projeto em Brasília.

Projeto Categorização dos serviços de alimentação: a proposta de categorização dos

serviços de alimentação no Brasil, iniciativa pioneira baseada em experiências bem

sucedidas de cidades como Los Angeles, Nova Iorque e Londres, foi apresentada aos

brasileiros em forma de um projeto-piloto pela ANVISA durante a Copa do Mundo FIFA

2014. Essa proposta consiste em classificar os serviços de alimentação com base em um

instrumento de avaliação que prioriza os aspectos de higiene de maior impacto para a

92

saúde, ficando disponível ao consumidor para que o mesmo conheça a qualidade

sanitária dos serviços de alimentação que ele utiliza. O objetivo é melhorar o perfil

sanitário dos estabelecimentos com a conscientização do cidadão e da responsabilização

do setor regulado pela garantia do cumprimento de regras definidas pela Vigilância

Sanitária. A partir do projeto-piloto, obtiveram-se subsídios sobre a aplicabilidade da

categorização em nosso contexto e, ainda, a percepção do consumidor e dos serviços de

alimentação em relação à iniciativa. Sendo assim, o município de Gramado, pioneiro em

ações de vigilância sanitária, bem como de ações de promoção e prevenção em saúde

pública, está dando continuidade ao projeto ampliando-o para os demais

estabelecimentos gastronômicos da cidade. Atualmente, há 80 restaurantes categorizados

em Gramado.

Categorização da Rede Hoteleira: seguindo os bons resultados da categorização em

serviços de alimentação, a Vigilância Sanitária estendeu o Projeto para a rede de

hotelaria. Os serviços de hospedagem são classificados com base em critérios que

analisam os aspectos higiênico-sanitários de maior impacto para a saúde dos

consumidores e trabalhadores. Essa classificação fica disponível ao usuário, dando a

oportunidade de que o mesmo saiba com que cuidados e limpeza são mantidas as

Unidades Habitacionais, além dos aspectos de preparo dos alimentos e da saúde do

trabalhador. Visa ampliar a forma de comunicação do resultado da inspeção ao usuário,

sendo complementar à concessão da licença sanitária, aprimorando o perfil sanitário dos

estabelecimentos de alimentação e hospedagem, com a conscientização do cidadão e da

responsabilização do setor regulado pela garantia do cumprimento de regras, padrões e

protocolos validados pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). Atualmente,

há 20 hotéis categorizados em Gramado.

Metas da Vigilância Sanitária

1. Informatizar o licenciamento sanitário através da contratação de sistema de

informática que atenda a demanda e a necessidade dos contribuintes, de forma a

agilizar a emissão de Alvarás Sanitários e aumentar a disponibilidade dos Fiscais

93

Sanitários para realizarem vistorias nos estabelecimentos.

2. Ampliar a categorização dos estabelecimentos gastronômicos e da rede hoteleira,

com o objetivo de alcançar 100% de adesão ao Projeto, reduzindo os riscos

sanitários através do aumento da qualidade sanitária dos estabelecimentos, dessa

forma também aperfeiçoando as fiscalizações nestes estabelecimentos.

3. Realizar concurso para contratação de Fiscais Sanitários de nível superior e/ou

profissionais de nível superior nas áreas de atuação de Farmácia, Nutrição,

Engenharia de Alimentos, Biomedicina para atender a crescente demanda de

fiscalização e a descentralização das ações.

4. Alterar a validade das licenças sanitárias de acordo com o Decreto Estadual

23.430/1974, passando a vigorar o prazo de validade a partir de um ano a contar da

data da emissão da licença, promovendo alteração na Lei e Código Sanitário

Municipal.

5. Ofertar mais cursos e capacitações aos estabelecimentos, reformulando os

conteúdos e métodos de ensino visando qualificar as ações educativas em Vigilância

Sanitária, também promovendo fiscalização dos cursos privados realizados aos

estabelecimentos.

6. Retomar a execução dos Projetos educativos Educanvisa e Pequenos Vigilantes,

que envolvem a participação das escolas estaduais e municipais.

7. Realizar ações de fiscalização e barreiras sanitárias em feriados e finais de semana

visando evitar a entrada de produtos clandestinos e impróprios no município.

Vigilâncias Epidemiológica

É conceituada, na Lei nº 8.080/90, como: “um conjunto de ações que proporciona o

conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes

e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e

adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”.

Compete a Vigilância Epidemiológica: coleta de dados e seu processamento;

análise e interpretação destes dados; recomendação das medidas de controle

94

apropriadas; promoção das ações de controle indicadas; avaliação da eficácia e

efetividade das medidas adotadas e divulgação de informações pertinentes.

Houve uma mudança no perfil epidemiológico das populações - declínio das taxas

de mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias e um crescente aumento das

mortes por causas externas e doenças crônico-degenerativas, acidentes e violências -

assim, incorporou-se ao escopo do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica

(SNVE) as doenças e agravos não-transmissíveis (DANTs).

Doenças Transmissíveis

Conforme portaria 204/2016, do ministério da saúde, existe um rol de doenças que

devem ser notificadas à Vigilância em Saúde, investigadas e lançadas no SINAN, Sistema

de Informação de Agravos de Notificação.

O banco de dados do SINAN municipal conta com os seguintes registros, desde

que começou a ser digitado:

95

0

100

200

300

400

500

600

700

800 762

583

315

258

151119

9870

51 39 36 34 33 29 27 23 23 18 17 15 10 9 7 7 5 4 3 1 1 1 1

Doenças Notificadas em Gramado

96

Segue a análise dos principais agravos.

Atendimentos Antirrábicos:

A raiva é uma antropozoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus

presente na saliva e secreções do animal infectado, principalmente pela mordedura.

Apresenta letalidade de aproximadamente 100% e alto custo na assistência preventiva às

pessoas expostas ao risco de adoecer e morrer. Apesar de ser conhecida desde a

antiguidade, continua sendo um problema de saúde pública.(Brasil b, p.6)

Até 2003 o cão era o principal transmissor, mas a partir de 2004, o morcego passou

a ser o maior responsável pelas transmissões.

Em Gramado nunca tivemos caso de raiva canina, e menos ainda em humanos,

mas a vigilância consiste em fazer a observação do cão/gato, e a profilaxia nos casos

indicados de acidente com estes ou com animais silvestres. É muito importante a

notificação da possível exposição ao vírus, pois mostra a qualidade do sistema de

vigilância e a prevenção de casos graves.

97

Violência:

A segunda maior causa de notificações são as violências. Tendo sido notificadas

582 ocorrências entre os anos de 2010 a 2017. para análise dos dados usamos o ano de

2016, como vemos a seguir:

Em relação à idade do agredido, vemos que não tem sido feitas notificações de

violência em menores de 1 ano. As demais idades podem ser verificadas no quadro a

seguir:

Idade dosagredidos 2016

Número Percentual

<1 ano 0 0%

1-9 anos 5 4,5%

10-15 anos 10 10%

16-29 anos 39 36%

30-59 anos 48 44%

>60 anos 6 5,5%

Total 108 100% Fonte de dados: SINANNET

Já em relação aos agressores, vemos que a maior incidência é violência

autoprovocada. Talvez por estar mais presente no cotidiano dos profissionais a questão

de notificar os casos de tentativa/suicídio:

Agressores Número

Própria pessoa 84

Desconhecido 2

Ex Cônjuge 3

Namorado 3

Marido 2

Monitor de escola 1

Padrasto 1

Amigo/desconhecido 3

Chefe 1

Irmão 1

Filho 3

98

A maior parte das notificações são feitas pelo hospital Arcanjo São Miguel, e a

área geográfica onde mais ocorrem casos de violência é a Várzea Grande, que também

é o bairro mais populoso.

Fonte de dados: SINAN NET

Hepatites virais

Nos últimos 10 anos foram notificados 316 casos de hepatite viral (2007-2017). Em

relação ao sexo, a maior incidência foi masculino, mas com uma diferença bem pequena

(155 sexo feminino e 160 masculino).

Destes pacientes 18 são co-infectados para HIV. Em 34 casos esta informação

ficou como ignorada. 6 são portadores de outras IST.

Em relação ao tipo de vírus causador da hepatite tivemos a maior prevalência de

vírus C, e a menor de vírus A. Como podemos ver no gráfico a seguir:

99

Fonte de dados: SINAN NET

Nossa série histórica demonstra um crescimento importante das hepatites até o

ano 2013 e um declínio até o ano de 2015. Período em que o número de casos novos de

Hepatite B começa a aumentar e os de C seguem declinando. As curvas são bastante

similares às apresentadas pelo Estado.

100

Acidentes com Animais Peçonhentos

Em 2017, as notificações de acidente com animais peçonhentos já superaram os

números dos últimos 5 anos. Em parte pelo aumento do número de notificações pela

busca ativa de casos, mas não supera o número de notificações de 2011, conforme pode

ser observado no gráfico abaixo:

Fonte de dados: SINAN NET

Do total de acidentes ocorridos desde 2007, 54% ocorreram nas residências, os

demais ocorreram em escolas, trabalho, e outros lugares.

Quanto ao local da picada, a maior ocorrência é em perna e pé, seguindo de braço

e mão, como demonstrado na tabela a seguir:

Local da picada Número Percentual

Cabeça 9 6%

Braço e mão 37 25%

Tronco 18 12%

Perna e pé 80 53%

Ignorado 7 5%

Total 151 100%

101

Já a análise dos dados referentes ao tipo de animal peçonhento, vemos que a

espécie que mais causou acidentes foi a aranha, sendo a Loxoceles a mais prevalente:

Animal Número de notificações Tipo de acidenteAranha 113 1 Foneutrismo, 7 outras

aranhas, 17 ignorados, 88loxocelismo

Serpente 29 28 Botrópico, 1 IgnoradoLagarta 4 2 lonomia, 2 ignoradoAbelha 2Escorpião 1Outros 1Ignorado 1Total 151

Fonte de dados: SINAN NET

Os acidentes foram classificados como leves (25%), moderados (59%) e graves

(9%). 7% não foi classificado.

No ano de 2017 tivemos o primeiro caso de óbito por animal peçonhento.

Sífilis

A Sífilis é uma doença infecciosa transmitida sexualmente pela bactéria Treponema

pallidum por sexo desprotegido (sem o uso de preservativo) que aparece como uma ferida

nos genitais (externo e interno) e outras áreas do corpo (boca, ânus) que pode

desaparecer espontaneamente, mas isso não significa que a pessoa esteja curada. A

lesão inicial pode ser única, indolor, limpa de bordas duras (cancro duro) acompanhada

de íngua na virilha. Algumas semanas depois surgem manchas na pele (abdome, tronco,

palma das mãos e planta dos pés). Se não tratada, vários anos depois a infecção pode

causar lesões tardias no cérebro, coração e ossos.

Em Gramado, assim como no Estado e País, temos visto um aumento significativo

no número de casos notificados, sendo uma situação de saúde pública importante, que

precisa de intervenções massivas.

102

Entre 2015 e 2016 ocorreu um aumento de 26%. Os números absolutos podem ser

vistos no gráfico:

Sífilis em Gestantes e Sífilis Neonatal

Se a mulher engravidar com a infecção e não for devidamente diagnosticada e

tratada, transmite a bactéria através da placenta para o feto. Pode causar abortamento

ou infecção no recém-nascido, que apresentará várias sequelas graves (deformações

dentárias, nos ossos, surdez, perda da visão, deficiência mental).

Nossos números de sífilis em gestante e sífilis neonatal não seguem uma

sequencia lógica, pois algumas notificações de sífilis congénita evidenciam a

subnotificação de casos de sífilis em gestante. Porém se analisarmos apenas os

números, podemos inferir que em 2015 e 2016 não tivemos boa efetividade no tratamento

das gestantes.

103

Fonte de dados: SINAN NET

AIDS

A AIDS é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. A

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada, é causada pelo HIV.

Como esse vírus ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais

vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a infecções mais graves como

tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado.

A vigilância epidemiológica é realizada em 4 frentes: HIV/AIDS em adulto,

HIV/AIDS em menores de 13 anos, HIV em gestantes e Crianças expostas ao HIV.

No Sinan temos 61 mulheres e 58 homens, totalizando 119 casos de HIV em

adultos notificados, destes, 86 fazem tratamento no SAE das Hortênsias. 109 deles são

apenas portadores de HIV e 8 desenvolveram AIDS. (Dados do SINAN NET).

Em relação ao perfil de sexualidade dos nossos pacientes, 79% deles se

designaram como heterossexuais, desmitificando a crença popular de que é uma doença

que atinge grupos específicos.

104

Taxa de incidência e mortalidade:

Fonte de dados: SAGE

Taxa de pacientes em tratamento em Gramado, Rio Grande do Sul e Brasil:

Fonte de dados: http://sage.saude.gov.br/paineis/aids/tab_operacional_aids.php?ibge=430910

Em relação ao HIV na gestação e em crianças nascidas de mãe portadoras de HIV temos

a seguinte série histórica, dos anos 2007 a 2017.

105

Tuberculose:

A população do município de Gramado, no ano de 20161 era de

aproximadamente 34.832 habitantes. Eram estimados 14 casos novos e 1 caso por

recidiva/abandono, totalizando 15 notificações, porém foram descobertos apenas 5

casos de tuberculose. Para descobri-los deveriam ter sido realizadas 348

baciloscopias, porém foram feitas apenas 241.

Com estes dados, a incidência foi de 14,35/100.000hab, metade a incidência

no Pais, que é em torno de 36/100,000 hab. Considerando que foram realizadas

apenas 60% das baciloscopias dos sintomáticos respiratórios possíveis, podemos

considerar que houve uma lacuna na busca e consequentemente nas notificações.

Em 2017, até agosto, foram realizadas apenas 52 baciloscopias e estamos

com 4 casos notificados.

Segundo dados do SAGE, as curvas das taxas de incidência de TB, incidência

de TB bacilífera e mortalidade estão assim desenhadas:

1

106

Objetivos e Metas Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis

Objetivo: Fazer cumprir a Portaria 204/2016 pelas fontes notificadoras públicas e

privadas, semanalmente.

O médico tem a obrigação legal de notificar à autoridade competente a ocorrência

de doenças de notificação (Artigo 269 do Código Penal Brasileiro). Mas todos os

profissionais de saúde podem auxiliar na tarefa de notificar doenças.

1 ) Atuar em conjunto com a Vigilância Sanitária e incluir na documentação para o alvará

sanitário uma capacitação anual para todos os médicos da rede privada.

2) Promover uma capacitação a cada semestre sobre as doenças de notificação,

abordando diagnóstico, tratamento, acompanhamento e notificação. Público Alvo:

profissionais da rede pública e hospital.

3) Fazer a busca ativa de casos de notificação nos atendimentos da emergência do

hospital e no prontuário eletrônico da Atenção Básica.

4) Estimular as fontes notificadoras para emissão de notificação positiva ou negativa por

semana epidemiológica.

5) Encerrar adequadamente 100% das notificações em até 60 dias.

6) Acompanhar semanalmente a alimentação do Sistema de Acompanhamento de

Produção SISNET/SINAN

7) Controlar doenças transmissíveis.

8) Realizar ações nas proximidades das datas alusivas:

24/03 Dia Mundial de Combate à Tuberculose,

15/05 Dia Mundial de Conscientização contra a violência Contra a Pessoa Idosa

18/05 Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças

28/07 Dia mundial de Luta contra as Hepatites Virais;

107

22/09 Dia Gaúcho de conscientização e Mobilização na Luta Contra a Tuberculose,

3º sábado de outubro de cada ano Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita.

Indicadores da vigilância Epidemiológica- Vigilância de Doenças de Notificação

Indicador Unidade de medida (número ou percentual)

Fórmula (como calcular o indicador).

Índice de referência (dado que já temos)

Meta para 2018

Fonte dos dados Periodicidade

Percentual de profissionais médicos da rede privada capacitados

% Número total de médicos capacitados/ número total de profissionais cadastrados no CNES

2017: 0% 90%Listas de presençadas capacitações/ CNES

Semestral

Percentual de profissionais darede pública e hospital capacitados

% Número total de profissionais capacitados/ número total de profissionais de cada Estabelecimento de Saúde.

2017: 0% 90%Listas de presençadas capacitações/ Profissionais alocados

Semestral

Percentual de notificações oriundas da busca ativa epidemiológica

% Número de suspeitas levantadas/número de notificações realizadas a partir da busca ativa

25% Diminuir para 15% Planilha de busca

ativa

Mensal

Percentual de fontes notificadoras ativas

% Número de Estabelecimentos de Saúde notificadoras que enviaram notificação positiva ou negativa/Númerode fontes notificadoras

? 2018: 30%

2019: 50%

2020: 75%

2021:95%

Planilha de controle de envio

Semanal

108

% de notificações encerradas no prazo

% Número de notificações encerradas em tempo/ número totalde notificações

? 100%SINAN

Mensal

% de Regularidade de Envio de Lotes SINAN

% Calculo efetuado pelo Sistema de Acompanhamento de envio de lotes.

65% 100%SAPSS

Semanal

Proporção de cura de pacientes novos de TBC

% Número de pacientes novos curados x100/número de casos novos

70% 80%SINAN

Mensal

Número de sintomáticos respiratórios testados

N Valor absoluto 90 350 (30/mês) Planilha de

controle TBC

Mensal

Objetivos e Metas SINASC

O Sistema de Nascidos é o local onde ocorrem as digitações das declarações de

nascidos vivos.

Objetivo:

Qualificar o SINASC com digitação em tempo adequado, com qualidade de

informação.

Metas:

1) Diminuir os erros de preenchimento das DNVS

2) Monitorar a entrega de DNVS

3) Monitorar as crianças de baixo peso, prematuros e mal-fomados, alertando

as equipes de atenção básica sobre o nascimento destes bebês.

Indicador Unidade de medida (número ou

Fórmula (como calcular o

Índice de referência (dado que já

Meta para 2018

Fonte dos dados Periodicidade

109

percentual) indicador). temos)

Percentual deDNVS

preenchidascorretamente

% Número de DNVS preenchidas corretamente/total de DNV digitadas

? 99%DNVs

Mensal

Taxa de bebês de baixo peso

Taxa/1000nascidos

vivos

Número de bebês nascidos com menos de 2500 g/ número total de nascidos vivos x 1000

8% 6%DNVs

Mensal

110

Objetivos e Metas SIM - Sistema de mortalidade

Objetivo geral: realizar a digitação das Declarações de Óbito e as investigações

de óbitos maternos, fetais e infantis, bem como os acidentes de trabalho, com qualidade

na informação, em tempo hábil

Metas

- Melhorar a qualidade no preenchimento da Declaração de Óbito

- Digitar as DO em Gramado

- Investigar óbitos de mulher em idade fértil em tempo hábil

- Investigar óbito materno em tempo hábil

- Investigar óbito fetal e infantil em tempo hábil

- Investigar óbitos relacionados ao trabalho em tempo hábil

- Atuar em parceria com as funerárias para obter as informações dos óbitos

ocorridos fora do Município.

Indicador Unidade de medida (número ou percentual)

Fórmula (como calcular o indicador).

Índice de referência (dado que já temos)

Meta para 2018

Fonte dos dados Periodicidade

Proporção deRegistros deÓbito com

causa básicadefinida

% Número de DO comcausa básica definidax100/ Número de DO total

90% 95%DO

Mensal

Proporção deóbitos de

mulher emidade fértil

investigadosdentro do

prazo

% Número de óbitos de mulheres entre 10-49 anos investigados x100/número total de óbitos de mulheres entre 10-

100% 100%SIM

Mensal

111

49 anos

Proporção deóbitos fetais einfantis dentro

do prazo

% Número de óbitos fetais e infantis investigados x100/número total de óbitos de mulheres entre 10-49 anos

100% 100%SIM

Mensal

Proporção deóbitos

relacionadosao trabalho

investigadosdentro do

prazo

% Número de óbitos relacionados ao trabalhox100/número total de óbitos de mulheres entre 10-49 anos

100% 100%SIM

Mensal

Número deóbitos

ocorridos forado Município

N Número absoluto 0 100%Funerárias

Mensal

Imunizações

Os imunobiológicos estão disponíveis em 4 Unidades Básicas de Saúde e em 2

clínicas privadas. Nossas coberturas vacinais pactuadas vêm caindo sensivelmente, e

necessitam avaliação e conduta.

A cobertura de vacina de Febre Amarela tem ficado abaixo da cobertura Estadual,

que em 2016 foi de 89%.

Fonte de dados: BI Público.

112

Vacina Inativada contra a Poliomielite (Estado102%):

Fonte de dados: BI Público

Meningocócica C (Estado 109%)

Fonte de dados: BI Público

Pentavalente (Estado 109%)

113

Pneumocócica 10 (Estado 109%)

Tríplice viral (Estado 105%)

Nossas coberturas vacinais trazem a necessidade de adequação na questão de

pessoal de salas de vacina para fortalecer o vínculo, busca ativa de faltosos e

monitoramento das coberturas.

114

Objetivos e Metas Imunizações

Objetivo: imunizar as pessoas com vacinas específicas nas idades indicadas.

Metas das Imunizações

Utilizar o SINI WEB

Realizar todas as campanhas de vacinação propostas pelo MS.

Aumentar a cobertura vacinal

Garantir a qualidade dos imunobiológicos ofertados

Fazer controle de estoque das salas de vacina pelo SIES.

Aumentar o número de salas de vacina

Indicador Unidade de medida (número ou percentual)

Fórmula (como calcular o indicador).

Índice de referência (dado que já temos)

Meta para 2018

Fonte dos dados Periodicidade

Cobertura vacinalde BCG

% Número de RNvacinados

x100/número de RNresidentes em

Gramado

94% 98%SIPNI

Mensal

Cobertura vacinalde VIP

% Número de bebês de 15 meses vacinados x100/Número de bebês de 15 meses

72% 100%BI Público e SIPNI

Mensal

Cobertura vacinalFA < 1 ano

% Número de bebês menores de 1 ano vacinados com FAx100/número de bebês menores de 1 ano

42% 100%BI Público e SIPNI

Mensal

Cobertura vacinal % Número de bebês 65% 100%BI Público e SIPNI

Mensal

115

MC < 1 ano menores de 1 ano vacinados com MCx100/número debebês menores de 1 ano

Cobertura vacinalrotavírus< 1 ano

% Número de bebês menores de 1 ano vacinados com rotavirusx100/número de bebês menores de 1 ano

69% 100%BI Público e SIPNI

Mensal

Cobertura vacinalpentavalente < 1

ano

% Número de bebês menores de 1 ano vacinados com pentax100/número de bebês menores de 1 ano

74% 100%BI Público e SIPNI

Mensal

Cobertura vacinalpneumocócica 10

< 1 ano

% Número de bebês menores de 1 ano vacinados com pneumo 10x100/número de bebês menores de 1 ano

76% 100%BI Público e SIPNI

Mensal

Cobertura vacinalTV< 1 ano

% Número de bebês de 1 ano vacinados com TVx100/número de bebês de 1 ano

65% 100%BI Público e SIPNI

Mensal

Número de salasde vacinapúblicas

N Valor absoluto 4 6 (reabrir Jardim, abrirFloresta e Carniel?)

--

116

Doenças e Agravos Não Transmissíveis

Ações em Saúde

Ações executadas pela Vigilância em Saúde voltadas para prevenção das doençasnão transmissíveis, buscando integração e fortalecimento da Atenção Básica.

Desde 2011, a Secretaria Municipal da Saúde executa atividades direcionadas aos

pacientes com sobrepeso e obesidade, através do Grupo de Reeducação Alimentar

realizado por equipe multiprofissional, que hoje contempla encaminhamentos para

Academia do SUS, Programa Saúde na Escola e Grupo de Cirurgia Bariátrica, que teve

início em novembro de 2014. Estes serviços estão voltados para a promoção, prevenção,

assistência e mudança de estilo de vida, buscando subsídeos na construção do

autocuidado dos pacientes com alterações de peso, doenças associadas e prognóstico

reservado.

A Vigilância em Saúde busca promover ações que venham ao encontro com as

diretrizes do Ministério da Saúde abordando Cuidado Continuado/Atenção Programada,

Atenção Multiprofissional, Projeto Terapêutico Singular, Regulação da Rede de Atenção,

Apoio Matricial, Atendimento Coletivo, Autocuidado, Linhas de Cuidado e Diretrizes

Clínicas, Estratificação de Risco, Educação Permanente para atender estes usuários.

Reeducação Alimentar

O Grupo de Reeducação Alimentar teve início em Abril de 2011, da necessidade

criada pelos pacientes do Ambulatório de Nutrição, por uma mudança nos hábitos

alimentares e no estilo de vida. Inicialmente, o principal enfoque era a redução de peso.

Com a anamnese realizada no grupo, verificou-se a existência de uma série de doenças

crônicas como Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus, Depressão e Fibromialgia,

associadas também a este aumento de peso. A partir destes dados montou-se a

metodologia de trabalho. O grupo conta com equipe multidisciplinar, que atende os

pacientes que são encaminhados após avaliação pelos médicos clínicos-gerais nas UBS

117

de referência.

De acordo com a necessidade, os pacientes serão encaminhados para

acompanhamento com outros profissionais, como psicólogo, endocrinologista, cirurgião

geral, cardiologista e psiquiatra. O serviço de psiquiatria será referenciado ao CAPS, os

demais se encontram na própria UBS de referência.

O grupo de reeducação alimentar atende em média 100 pacientes.

Meta: planejar e organizar ações voltadas para crianças, visando reduzir a obesidade

infantil.

Qualidade de Vida – Bariátrica

O Grupo de Cirurgia Bariátrica foi idealizado pela necessidade de promover

subsídios de autocuidado e mudança de hábitos de vida antes do procedimento cirúrgico,

também avaliações, acompanhamentos psicológicos e encaminhamentos e a real

necessidade da cirurgia com seus devidos suportes. O grupo teve início em 2015 com

equipe multiprofissional nos mesmos parâmetros do Reeducação Alimentar, no entanto

com encontros quinzenais, visita domiciliar semanal, levantamento de comorbidades,

encaminhamentos para hidroginástica, educadora física, odontologia, atendimento

psicológico, entre outros. Atualmente há 33 pacientes cadastrados no grupo, aguardando

enquadramento para a cirurgia bariátrica.

Academia da Saúde

O Programa Academia da Saúde está presente em 01 unidade fixa, com principal

objetivo de contribuir para a promoção da saúde da população, através do aumento do

nível de atividade física e mobilização comunitária em ambientes de convivência. Serve

de ferramenta aos grupos das Unidades, com enfoque educativo nos fatores de risco para

doenças crônicas não transmissíveis, objetivando mudança no estilo de vida.

A Academia do SUS foi inaugurada em outubro de 2011 através da inscrição de um

118

projeto da Vigilância em Saúde do Município para o Ministério da Saúde visando o quesito

de prevenção de Doenças e Agravos Não Transmissíveis. Através disto veio a verba

Federal que viabilizou a compra de equipamentos para montar a academia.

Hoje ela contempla usuários do Sistema Único de Saúde, estes todos participantes

de um dos grupos da saúde como CAPS, HIPERDIA, Reeducação alimentar e

Tabagismo, contando com a participação de mais de 179 usuários.

Metas:

- Construção de ambiente específico para a Academia da Saúde, junto a alguma UBS.

- Planejar, organizar e executar atividades físicas e práticas lúdicas.

Grupo Oncologia

Visa prestar atendimento e acompanhamento a pacientes que estão em tratamentopara diversos tipos de neoplasias. Busca o relacionamento e a interação entre ospacientes com trocas de experiência, melhorando a qualidade de vida e a autoestima dosparticipantes, visando diminuir os problemas de saúde relacionados a depressão entreoutros. Há 139 pacientes cadastrados.

Meta: retomar as atividades do grupo, com reuniões mensais e visitas domiciliares, alémdo acompanhamento psicológico direcionado a cada paciente.

Diabetes/ Hipertensão

Objetivo: prevenir o aparecimento da doença e as complicações/ piora do quadro

clínico dos já diagnosticados.

Metas:

Aumentar o número de diabéticos e hipertensos acompanhados pelos grupos da

Atenção Básica

119

Diminuir o número de internações por DM e HAS

Diminuir o número de amputações por DM

Oferecer insumos para os insulinodependentes

Adquirir jogos educativos para adultos e para adolescentes para os grupos.

Manter o Grupo de Reeducação Alimentar

Fazer ações em alusão ao Dia Mundial do Diabetes: 14/11

Indicador Unidade de medida (número ou percentual)

Fórmula (como calcular o indicador).

Índice de referência (dado que já temos)

Meta para 2018

Fonte dos dados Periodicidade

Número departicipantes no

Hiperdia

N Valores absolutos 460 500Registros do Hiperdia

Anual

Percentual departicipação nos

grupos

% Número departicipantes no

grupo/Número decadastrados

- 80%Registros do Hiperdia

Mensal.

Número deinternações por

DM

N Valores absolutos -SIH

Mensal

Tabagismo

Objetivo: auxiliar as pessoas que queiram deixar de fumar para que obtenham

sucesso.

Metas:

- Ampliar o número de grupos anti-tabagismo para todas as Unidades

- Diminuir o índice de abandono do Grupo

- Aumentar o número de pessoas que conseguem parar de fumar.

120

- Promover ações nas datas alusivas:

31/05 Dia Mundial sem Tabaco e Dia de Luta Contra o Câncer de Boca

27/11 Dia Nacional de Combate ao Câncer

Indicador Unidade demedida (número oupercentual)

Fórmula (como calcular o indicador).

Índice de referência (dado que já temos)

Meta para 2018

Fonte dos dados Periodicidade

Número departicipantes no

GrupoAntitabagismo

N Valores absolutos ? ??Registros dos grupos

Anual

Percentual deabandono

% Número de pessoasque abandonaram ogrupo x100/número

de pessoascadastradas no grupo

? 20%Registros dos grupos

Trimestral

Percentual desucesso

% Número de pessoasque pararam de fumaro grupo x100/número

de pessoas quecompletaram o

programa

? 80%Registros dos grupos

Trimestral

Vigilância em Saúde do (a) Trabalhador (a)

De acordo com a Portaria 3120, de 01/07/1998, a Vigilância em Saúde do

Trabalhador compreende uma atuação contínua e sistemática, ao longo do tempo, no

sentido de detectar, conhecer, pesquisar e analisar os fatores determinantes e

condicionantes dos agravos à saúde relacionados aos processos e ambientes de

trabalho, em seus aspectos tecnológico, social, organizacional e epidemiológico, com a

finalidade de planejar, executar e avaliar intervenções sobre esses aspectos, de forma a

eliminá-los ou controlá-los.

Conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e

121

vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à

recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos

das condições de trabalho.

Acidente de Trabalho

Os acidentes de trabalho são monitorados com base em 2 sistemas: o SIST,

sistema Estadual, que faz a vigilância de acidentes menos graves, e onde são lançadas

as investigações de óbitos relacionados ao trabalho, e o SINAN, onde são lançados os

casos graves de acidente de trabalho.

Nossa série histórica de acidente de trabalho graves, registrados no SINAN, traz os

seguintes dados: em 2014 tivemos 1 caso, 2015: 8 casos, 2016 nenhum e 2017 14 casos.

Este aumento se deve ao melhor entendimento, após capacitação oferecida pelo

CEREST, dos tipos de acidentes a serem inseridos em cada sistema.

Estes casos evoluíram para cura em 40% das ocorrências. Em 35% ocorreu

incampacidade temporária, em 5% incapacidade parcial, 5% tiveram outros desfechos e

15% evoluíram para óbito.

Cura 8 40%Incapacidade temporária 7 35%Óbito 3 15%Incapacidade Parcial 1 5%Outros desfechos 1 5%

Fonte de dados: SINAN NET.

Já os casos menos graves, notificados no SIST, mostram que a maior ocorrência é

entre os homens:

2015 2016Feminino 96 30% 76 31%Masculino 226 70% 164 68%

Fonte de dados: SIST/CEREST.

Em sua maioria são trabalhadores formais (em torno de 93%). 60% dosacidentados moram em Gramado, o restante é de outros Municípios.

2015 2016

122

Gramado 241 75% 142 59%Canela 42 13% 50 21%Outros 38 12% 47 20%

321 100% 239 100%Fonte de dados:SIST/CEREST.

As categorias profissionais que mais se acidentam são os do ramo alimentício,

seguidos da indústria moveleira. Os demais dados podem ser visto no seguinte gráfico:

Acidentes com material biológico:

Os acidentes com exposição a material biológico tem importância por serem

acidente de trabalho e por implicarem em manejo complexo, com antivirais,

acompanhamento longo e estresse dos envolvidos.

Em Gramado, 100% dos acidentes foram percutâneos, e as profissões mais

envolvidas foram:

Zelador, higienizador, varredor de rua 6Enfermeiro 4Técnico/auxiliar de enfermagem 4Outros 3Médicos 2Fisioterapeuta 2Cirurgião Dentista 1

Fonte de dados: SINAN NET.

123

Objetivos e Metas para a Saúde do Trabalhador

Objetivo: monitorar acidentes de trabalho, prevenir acidentes e doenças relacionadas ao

trabalho nos diversos setores de produção e serviço.

Metas:

1) Trabalhar prevenção junto às CIPAS.

2) Incentivar, capacitar para a notificação correta de acidentes de trabalho e de

intoxicação por agrotóxicos, acidente com exposição a material biológico.

3) Trabalhar prevenção de acidentes e de intoxicação de maneira multissetorial junto à

comunidade rural

4) Implantar o monitoramento do uso de agrotóxicos, em parceria com o CEREST Serra.

5) Atuar nas SI PAT com testagens rápidas e vacinação.

Indicador Unidade de medida (número ou percentual)

Fórmula (como calcular o indicador).

Índice de referência (dado que já temos)

Meta para 2018

Fonte dos dados Periodicidade

Número deempresas

atendidas na SIPAT

N Valor absoluto 3 10Planilha de atendimento

Anual

Número depalestras

realizadas paraprevenção

N Valor absoluto 0 ?

Número deagricultoresatendidos

N Valor absoluto 0 ?

124

IX-CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desta maneira, atingimos todos os objetivos propostos, que teve como foco

principal a Saúde Pública da população em nosso município, atingindo um maior número

de munícipes possíveis. A médio e longo prazo implantaremos em nossa sociedade

consumidores críticos e exigentes e comerciantes e adultos mais atentos. E

fortaleceremos com uma nova consciência sanitária o nosso papel educativo, exercendo

cidadania e o direito de defesa da sua própria saúde. Dando esta tranquilidade para o

nosso visitante e nossa comunidade. Fazendo com que as crianças sejam propagadoras

e divulgadoras das ações em saúde no município.

Gramado, 07 de novembro de 2017.

________________________________________

JOÃO ALFREDO CASTILHOS BERTOLUCCIPREFEITO MUNICIPAL

_______________________________EVANDRO MOSCHEM

VICE – PREFEITO MUNICIPAL

_______________________________ALTEMIR JOÃO TEIXEIRA

SECRETÁRIO MUNICIPAL DA SAÚDE

_______________________________ CEZAR NUNES MACIEL

PRESIDENTECONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE

_______________________________ MAGALI KNORST

VICE – PRESIDENTE

125

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

IBGE a, disponível em <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/gramado/panorama>,

acessado em outubro de 2017.

IBGE b, disponível em <https://brasilemsintese.ibge.gov.br/populacao/taxas-brutas-

de-natalidade.html>, acessado em outubro de 2017.

IBGE c, dsiponível em < https://brasilemsintese.ibge.gov.br/populacao/taxas-brutas-

de-mortalidade.html>, acessado em outubro de 2017

DATASUS a , disponível em <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2000/fqd17.htm>,

acessado em 30/10/2017.

Uchimura TT, Pelissari DM, Uchimura NS. Baixo peso ao nascer e fatores

associados. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2008 mar;29(1):33-8.

Brasil a, PLANO NACIOANL DE SAÚDE, PNS 2016-2019, Ministério da Saúde,

Brasília, p 10.

Brasil b, NORMAS TÉCNICAS DE PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA, Ministério da

Saúde, Brasília, 2014.

www.saude.gov.br ;http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=241