PLANO INSTITUCIONAL DE CAPACITAÇÃO DOCENTE - PICD...

PLANO INSTITUCIONAL DE CAPACITAÇÃO DOCENTE - PICD

(Aprovado pela Resolução nº 036/2006-ConSUni/UnP, de 30/05/2006)

Coleção “Documentos Normativos da UnP”Série Verde: Gestão de Recursos Humanos Título: Plano Institucional de Capacitação Docente - PICD Volume 3

PLANO INSTITUCIONAL DE CAPACITAÇÃO DOCENTE - PICD

(Aprovado pela Resolução nº 036/2006-ConSUni/UnP, de 30/05/2006)

EdunpNatal – RN

Outubro-2006

© UnP – Natal 2006Todos os direitos reservados

UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnP

Paulo Vasconcelos de PaulaChanceler

Manoel Pereira dos SantosReitor

Mizael Araújo BarretoVice-Reitor

Sâmela Soraya Gomes de OliveiraPró-Reitora de Graduação

Lecy de Maria Araújo Gadelha FernandesPró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação

Jurema Márcia Dantas da Silva Pró-Reitora de Extensão e Ação Comunitária (pro-tempore)

Eduardo Benevides de OliveiraPró-Reitor Administrativo

Eduardo Benevides de OliveiraPró-Reitor para Assuntos Financeiros (pro-tempore)

Editora Universidade Potiguar - EdunpFrancisca Sirleide Pereira

Coordenadora

Sistema Integrado de Bibliotecas da UnP – SIB/UnPApoio

U58p Universidade Potiguar. Plano Institucional de Capacitação Docente - PICD / Reitoria. – Natal : Edunp, 2006. 42p. ; 14cm. – (Coleção Documentos Normativos da UnP. Série Verde : Gestão de Recursos Humanos ; v.3)

1. Universidade Potiguar – Plano Institucional. 2. Plano Institucional de Capacitação Docente – PICD. I. Título.

RN/UnP/BCSF CDU: 378

Universidade Potiguar – UnP Av. Nascimento de Castro, nº 1597, Dix-sept Rosado

CEP 59054-180. Natal-RNE-mail: [email protected]

APRESENTAÇÃO

Criada pela Reitoria da Universidade Potiguar no ano de 2004, a Coleção Documentos Normativos da UnP é um projeto editorial pioneiro no registro da história e preservação da memória da Institui-ção. Sua fi nalidade é publicar o ordenamento institucional referente às decisões administrativas e acadêmicas, às práticas de gestão de pessoas da comunidade interna da UnP e à avaliação institucional.

Essa Coleção está organizada por séries que se subdividem em temas, inicialmente assim denominadas: Série Azul: Normas da Or-ganização Universitária; Série Laranja: Regulamentos e Normas das Atividades Acadêmicas; Série Verde: Gestão de Recursos Humanos e a Série Amarelo: Avaliação Institucional. Cada série é constituída de volumes, numerados conforme assuntos específi cos.

A Coleção Documentos Normativos da UnP faz parte do acer-vo do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade – SIB/UnP e pode ser acessada, também, por meio eletrônico.

Manoel Pereira dos Santos

Reitor

Plano Institucional de Capacitação Docente - PICD

Sumário

Apresentação 5

1 Justifi cativa do Plano Institucional de Capacitação Docente – PICD 9

2 Princípios do PICD 15

3 Objetivos do PICD 17

4 Abrangência do PICD 19

5 Marcos para a Defi nição de Metas 23

6 Procedimentos Operacionais 27

6.1 Atualização didático-pedagógica 27

6.2 Titulação 31

6.3 Participação em eventos 31

7 Acompanhamento e Avaliação 33

Plano Institucional de Capacitação Docente - PICD

No decorrer dos 25 anos de existência da Universidade Poti-guar – UnP, observa-se a expansão gradativa das ações de capacitação docente, com vistas a consolidar-se os padrões de qualidade dos servi-ços educacionais oferecidos à comunidade local e regional. Esses pro-cessos estão associados à implantação do Plano de Carreira Docente - PCD, desde o ano de 2002.

A continuidade dessa sistemática, no âmbito institucional, é uma exigência que se fortalece atualmente, sobretudo quando novas demandas referentes à responsabilidade social são apresentadas às Ins-tituições de Ensino Superior - IES brasileiras. Simultaneamente, há um ordenamento no campo educacional que incide no desenvolvi-mento de competências humanas relacionadas às novas condições em que ocorrem os processos de trabalho, às atitudes necessárias a uma convivência ética em sociedade e à constituição das bases de uma edu-cação continuada.

Tais requerimentos estão circunstanciados por um ambiente de incertezas geradas no interior das transformações políticas, econô-micas, sociais, culturais e tecnológicas. Transformações aliás, reclama-das pelo desenvolvimento do capitalismo mundial e impulsionadas pelas novas tecnologias da comunicação e da informação. Essas mes-mas tecnologias são impactantes no universo acadêmico, inclusive na

Justifi cativa do Plano Institucional de Capacitação Docente – PICD1

9Plano Institucional de Capacitação Docente - PICD

produção e organização do conhecimento, agora não mais restrito ao espaço universitário.

Esse cenário impõe mudanças na própria universidade e no pa-pel do professor. Esse último tem à frente inúmeros desafi os. Dentre outros, o de atualizar-se continuamente, dominar diferentes formas de acesso ao conhecimento, adotar estratégias para que os discentes se in-tegrem a equipes de pesquisa e de extensão e de instigar a curiosidade, o questionamento e a problematização.

Importa considerar, ainda, que as novas diretrizes curricula-res nacionais para os cursos de graduação apontam, também, desafi os para as IES e para o professor universitário, em particular no tocante à compreensão do papel do docente nesse novo ambiente. Mais que nunca faz-se necessário a atuação de um professor/facilitador apto a intervir efi cazmente no processo de construção das competências pre-fi guradas nos perfi s do egresso, a adotar procedimentos metodológi-cos e de avaliação da aprendizagem inovadores e a utilizar ambientes virtuais de aprendizagem.

Ao mesmo tempo, observa-se uma crescente pressão da socie-dade brasileira por um ensino de qualidade, expressa, formalmente, nas ações de regulação, supervisão e avaliação do Ministério da Edu-cação - MEC -, implementadas por meio do Sistema de Avaliação da Educação Superior - SINAES1.

No plano específi co da Universidade Potiguar é preciso con-siderar que sua missão e visão ganharam mais amplitude, conforme indicado no Projeto Pedagógico Institucional - PPI2. Nesse novo for-mato, as diretrizes pedagógicas institucionais exigem a atuação de um professor/facilitador competente, capaz de posicionar-se de modo crítico diante da realidade econômica, política, social e cultural em

1 O Sistema de Avaliação da Educação Superior - SINAES foi instituído pelo governo federal em ....2 UNIVERSIDADE POTIGUAR. Projeto Pedagógico Institucional. Natal, 2006.

que está situado, e, ao mesmo tempo, de reconhecer a sua responsa-bilidade na materialização de projetos pedagógicos dos cursos em que exerce a docência. As diretrizes indicam, claramente, o quanto é sig-nifi cativo a preparação política, científi ca e pedagógica do professor para participar, de modo efi caz, do cumprimento da responsabilidade social da Universidade Potiguar, traduzida na missão de ...formar ci-dadãos comprometidos com os valores éticos, culturais, sociais e profi s-sionais, contribuindo - através do ensino, da pesquisa e da extensão de excelência - para o desenvolvimento sustentável do Rio Grande do Norte, da Região e do País.

Ao mesmo tempo, a Universidade Potiguar é reconhecida pela qualidade do que faz e isto gera duas necessidades: a consolidação das ações iniciadas e a ampliação dos serviços educacionais prestados aos diferentes segmentos populacionais.

Pedagógica e estrategicamente, portanto, cabe ao docente da Universidade Potiguar, como profi ssional central do desenvolvimento curricular, assumir a sua função viabilizando os processos de ensinar e de aprender que estejam compatíveis com os objetivos institucionais, com as demandas da sociedade e com os interesses e perspectivas dife-renciadas dos alunos.

Nesse sentido, espera-se um alinhamento das relações pedagó-gicas com as diretrizes explicitadas no Projeto Pedagógico Institucio-nal, o que pressupõe, no exercício docente:

a) o uso de estratégias fl exíveis e diversifi cadas de articulação teoria/prática, de forma a promover uma aproximação gradativa entre os conteúdos dos cursos e a realidade;

b) emprego de diferentes metodologias, como o desenvolvi-mento de projetos integrados, inter e intra-cursos de uma mesma área do conhecimento;

c) estímulo à capacidade de raciocínio, análise, crítica e interpretação dos estudantes;

10 Plano Institucional de Capacitação Docente - PICD 11Plano Institucional de Capacitação Docente - PICD

d) promoção de atividades investigativas e de contato com a comunidade, por meio das quais possa o discente exer-citar a autonomia intelectual e os valores éticos, sociais, profi ssionais e culturais;

e) adoção de meios diversifi cados de acesso à informação e uso do ambiente virtual/UnP.

Todo esse quadro de exigências - nos níveis social, institucional e das relações pedagógicas - é indicativo de que as formas de capacita-ção docente não podem se restringir às técnicas e metodologias. Como afi rma Névoa3, “a questão da formação docente não é puramente pe-dagógica ou metodológica [...] é muito mais vasta e remete para um novo equilíbrio entre as funções tradicionais da universidade: o ensino e a investigação”.

É preciso, pois, reafi rmar o processo de capacitação docente da Universidade Potiguar em três níveis:

a) titulação, implicando no aprofundamento de conteúdos específi cos e de referenciais teórico-metodológicos, e na produção de novos conhecimentos, mediante a freqüência a cursos de pós-graduação;

b) atualização didático-pedagógica, ensejando, tanto o acesso do professor a novos conhecimentos e tecnologias próprias de determinado campo profi ssional, quanto a realização de estudos que motivem a busca por uma (re)signifi cação do seu papel e das práticas pedagógicas que desenvolve, sendo indispensável a atuação do Labora-tório de Apoio Pedagógico - LAPe;

c) apoio institucional à participação dos professores em eventos científi cos, como forma de estímulo ao desen-volvimento de estudos e pesquisas e à divulgação dos seus resultados.

3 NÉVOA, António. Universidade e Formação docente. Entrevista. Interface - Comunic, Saúde, Educ. v. 4. n. 7, p. 129-37, ag.2000.

Este PICD tem, pois, uma natureza política, na medida em que: a) explicita a importância do docente nos processos de construção de aprendizagens, sob o signo da ética e b) a necessidade de que seja retomado o papel do professor universitário no contexto de uma socie-dade em que é premente a inclusão social e em que o recurso básico é a informação.

Este Plano também é de largo alcance, uma vez que serão aber-tos espaços de capacitação para todos os docentes integrantes do qua-dro da Universidade.


O Plano Institucional de Capacitação Docente - PICD/UnP deverá ser executado com foco nos seguintes princípios4:

a) indissociabilidade ensino/pesquisa/extensão, referenciada por questões contemporâneas que afetam o país e, sobre-tudo, a comunidade local e regional;

b) compreensão dos condicionantes históricos de ordem econômica, política, social e cultural subjacentes aos pro-cessos de produção do conhecimento e métodos que lhes dão origem;

c) compreensão de cada profi ssão numa perspectiva ética e política;

d) autonomia intelectual e exercício contínuo da atividade investigativa, considerando as inúmeras possibilidades de um diálogo interdisciplinar;

e) incorporação dos conhecimentos científi co-técnicos e humanísticos aos processos formativos;

f ) compreensão do avanço da ciência e da técnica como possibilidade de intervenção na realidade e de constante atualização dos processos de ensinar e de aprender;

4 Extraído, com adaptações, do Plano Institucional de Capacitação Docente 2001/2005, da Universidade Potiguar. Natal, 2001.

Princípios do PICD2


g) articulação da graduação com a pós-graduação, cons-tituindo-se a primeira em referência signifi cativa para organização do currículo de cursos de pós-graduação da Universidade;

h) necessidade de aplicação sistemática de recursos tecno-lógicos interativos nas modalidades de ensino presen-cial e a distância.

Esses princípios, formulados à luz da missão institucional de formar cidadãos em patamares de excelência, com vistas ao desenvol-vimento sustentável do Estado, do Nordeste e do País, irão orientar a continuidade de execução dos processos de capacitação, de forma que os seus resultados possam impactar, positivamente, no desempenho do professor em sua tarefa política, pedagógica e científi ca de desenvolver profi ssionais cidadãos.

O Plano Institucional de Capacitação Docente da Universi-dade Potiguar tem como objetivo central promover ações de titula-ção, atualização técnica e didático-pedagógica do quadro de docentes, visando a consolidação de uma competência científi ca e pedagógica, um dos requisitos para a efetivação do princípio da indissociabilidade ensino/pesquisa/extensão.

Por meio da execução deste PICD, a Universidade deverá: a) proporcionar aos professores alternativas institucionais e

interinstitucionais para obtenção de titulação, conside-rando as necessidades apontadas pelas diretorias de curso para implementação dos respectivos projetos pedagógicos;

b) desenvolver estratégias de atualização didático-pedagógi-ca, sob a coordenação do Laboratório de Apoio Pedagó-gico - LAPe, buscando a manutenção da qualidade dos serviços educacionais prestados à população;

c) adotar mecanismos institucionais e interinstitucionais que promovam o acesso de professores a novos conhe-cimentos, técnicas e tecnologias próprios do seu campo de atuação;

d) apoiar a participação de professores em eventos cien-tífi cos, como forma de estimular a pesquisa, construir

Objetivos do PICD3


novos conhecimentos e ampliar e disseminar a produ-ção intelectual.

Além disso, e em sintonia com os objetivos do Plano de Carreira Docente -PCD -, a execução deste Plano deverá propiciar aos professo-res condições para progressão funcional, valorizando-os e estimulando a realização de um trabalho ético e de qualidade.

A formulação desse conjunto de objetivos está relacionada às exigências de:

a) expansão da graduação, inclusive, com a oferta de cursos fora do campus sede da UnP;

b) instalação de cursos superiores de tecnologia;c) ampliação da oferta da pós-graduação lato sensu, nas mo-

dalidades presencial e a distância;d) implantação de programa institucional de pós-graduação

stricto sensu;e) oferta de cursos de graduação e pós-graduação a distância,

com a utilização de plataforma/UnP.

Representa, pois, este PICD, o propósito institucional de va-lorizar o docente, fortalecendo-se os empreendimentos que o animem a assumir o seu fazer com ética e rigor científi co, observando os novos contextos, a evolução da ciência e da técnica, a diversidade de experiên-cias e cultura dos estudantes e a necessidade de sentir-se co-responsável pelas ações que exprimam a responsabilidade social da Universidade.

Este novo Plano abrangerá os professores da Universidade Po-tiguar, cujo número, em 2004.1 (quadro 1), alcançava 616, sendo 109 graduados (17,69%), 213 especialistas (34,58%), 242 mestres (39,29%) e 52 doutores (8,44%).

QUADRO 1 - Número de docentes em exercício, por grau de formação e regime de trabalho - 2004.1.

Grau de Formação Te

mpo

In

tegr

al

%

Tem

po

Parc

ial

%

Hor

ista

%

Tota

l de

Doc

ente

s

%

Graduado 0 0 10 1,62 99 16,1 109 17,7

Especialista 7 1,14 38 6,17 168 27,3 213 34,6

Mestre 38 6,17 44 7,14 160 26 242 39,3

Doutor 19 3,08 11 1,79 22 3,57 52 8,44

Total Geral 64 10,40 103 16,70 449 72,90 616 100Fonte: Censo 2004.

Abrangência do PICD4


Em 2005 (quadro 2), observa-se uma redução do total de do-centes, de 616 para 584, indicativo de que estaria havendo um melhor aproveitamento dos docentes já contratados, atendendo-se, com isto, aos requisitos de otimização e de estabilidade funcional. Sob esta ló-gica, verifi ca-se um aumento da quantidade de professores em regime de tempo integral, de 64 (10,40%) em 2004.1, para 146 (25%) em 2005.2 e ampliação da quantidade de docentes em regime parcial, de 103 (16,70%) para 263 (45%). Coerentemente, os horistas, antes regis-trados como sendo 449 (72,90%), passam a ser 175 (30%), no período (gráfi co 1). Relativamente à titulação, o dado mais expressivo indica ser maior o número de doutores em 2005.2: 61 (10,45%) contra 52 (8,44%) no primeiro semestre de 2004.

QUADRO 2 – Corpo docente por titulação e regime de trabalho – 2005.2

TITULAÇÃO

Tem

po I

nteg

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%

Tem

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al

%

REGIME DE TRABA-LHO

Hor

ista

%

Tota

l

%

Graduação 16 2,74 48 8,21 41 7,01 105 17,95

Especialização 44 7,52 90 15,38 63 10,77 197 33,68

Mestrado 44 7,52 112 19,15 66 11,28 222 37,95

Doutorado 43 7,35 13 2,22 5 0,85 61 10,43

Total 147 25,13 263 44,96 175 29,91 585 100

Fonte: MEC/Cadastro Docente, 2005.

Gráfi co 1 – Regime de trabalho docente/UnP 2004.1 e 2005.2

Nesse cenário, este novo Plano Institucional de Capacitação Docente deve constituir-se em resposta a, principalmente, duas ordens de necessidade:

1ª) realização de ações de titulação, sobretudo, para os docen-tes graduados e especialistas que, em 2005.2, concentra-vam-se nos 17,98% e 33,73%, respectivamente (quadro 2);

2ª) atualização didático-pedagógica, de forma a construir-se ou consolidar-se competências profi ssionais relacionadas, por exemplo, ao domínio de conteúdos das disciplinas; a um tratamento metodológico desses conteúdos, conside-rando as experiências trazidas pelos alunos e seus interes-ses; ao planejamento das situações de aprendizagem e de formas de avaliação da aprendizagem; ao envolvimento dos alunos na iniciação científi ca e em projetos de ex-tensão e ação comunitária; à exploração das ferramentas

64

147

103

263

449

175

616

585

0 100 200 300 400 500 600 700

1

a) - Total de Docentes2005.2

b) - Total de Docentes2004.1

c) - Horista 2005.2

d) - Horista 2004.1

e) - Tempo Parcial 2005.2

f) - Tempo Parcial 2004.1

g) - Tempo Integral 2005.2

h) - Tempo Integral 2004.1

b

a

c

d

e

f

g

h


multimídia; ao auto-desenvolvimento profi ssional docen-te; à utilização de ferramentas da educação a distância.

É primordial, portanto, que os objetivos contidos neste PICD sejam efetivamente implementados, como uma das condições para que a Universidade Potiguar mantenha os seus padrões de qualidade e pos-sa expressar, de fato, a sua responsabilidade social como instituição de ensino superior.

A demarcação das metas de capacitação docente irá encontrar referências em documentos que explicitam o posicionamento político, fi losófi co e educacional da Universidade Potiguar, relativamente à sua responsabilidade social.

Diante disso, importa trazer, em primeiro plano, a lógica do planejamento estratégico da Universidade Potiguar, que, abrangen-do o Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI -, o Plano Anual de Trabalho - PAT - e o Plano de Metas (este específi co por curso e setor), compõe uma matriz conceitual e de gestão das metas e ações que deverão ser realizadas institucionalmente. Essas, sempre alinha-das ao Projeto Pedagógico Institucional - PPI e aos projetos pedagó-gicos de cursos.

Desse modo, a construção das metas de um dado curso, referen-tes à capacitação docente, estará relacionada diretamente com as diretri-zes estabelecidas no âmbito do planejamento e da gestão institucionais, que indicam como idéia fundamental a responsabilidade social da Uni-versidade Potiguar, relativamente à comunidade interna e à sociedade em geral e o desenvolvimento de processos de formação cidadã de excelência.

Sob esta perspectiva, fi ca delimitada a atuação do professor como profi ssional que, dominando saberes do seu campo de trabalho e sabendo entrar em interação com os alunos, é capaz de, sob o princípio

Marcos para a Defi nição de Metas5


da ética, instigá-los à curiosidade, a dar respostas criativas fundadas cientifi camente, a aprender de modo contínuo, a ser solidários no trato com outras pessoas e a exercer sua autonomia com responsabilidade.

Do ponto de vista operacional, esse entendimento conduz à necessidade de:

a) defi nir metas e ações a partir das peculiaridades dos campi de atuação da UnP, mantendo-se a identidade institucio-nal, mas observadas as peculiaridades que informam o funcionamento de cada campus e os valores culturais da comunidade local;

b) estruturar ações com base nas necessidades de cada curso de graduação e de pós-graduação, identifi cadas sob os cri-térios legais de exigência de titulação e produção intelec-tual sistematizada (LDB/96, artigo 52), e de acordo com as exigências apontadas nos projetos pedagógicos;

c) considerar o fato de que é preciso fortalecer a pós-gradua-ção stricto sensu institucional, para o que é imprescindível manter no quadro professores titulados nas áreas em que serão ofertados os cursos;

d) organizar e sistematizar procedimentos por meio dos quais possam os docentes produzir novos conhecimentos, disseminá-los e iniciar os alunos de graduação em ativida-des de investigação.

Outro aspecto importante diz respeito à necessidade de que a programação dos processos de titulação somente seja efetivada se os cursos a serem freqüentados pelos docentes/UnP tenham autori-zação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Su-perior - CAPES.

Não podem ser esquecidas as iniciativas que incidam na titula-ção de professores, em cujo campo profi ssional não existam cursos de mestrado ou doutorado no RN, assim como outros empreendimentos

que elevem a titulação dos profi ssionais que integrem um curso de graduação, cuja composição apresenta défi cit de titulação.

À luz desses encaminhamentos, a capacitação docente, em qualquer dos níveis - titulação, atualização ou participação em even-tos - implica em que sejam estabelecidos mecanismos institucionais que assegurem ao professor uma efetiva participação, do que deverá resultar um profi ssional com uma crescente competência científi ca e pedagógica e sempre envolvido com seus alunos, com seu(s) curso(s), com sua Universidade.


A implementação do PICD/UnP está relacionada à adoção de procedimentos que viabilizem um processo de capacitação organizado e coerente em sua dinâmica interna. A seguir estão especifi cadas as principais formas por meio das quais será possível desenvolver os pro-cessos de capacitação previstos neste Plano.

6.1 Atualização didático-pedagógica As atividades de atualização didático-pedagógica serão desen-volvidas de modo a subsidiar o professor:

a) no desenvolvimento de competências previstas nos perfi s profi ssionais constantes dos projetos pedagógicos dos cursos, sendo indispensáveis estudos técnico-científi cos específi cos das áreas do conhecimento em que estão situados os cursos;

b) no desenvolvimento de potenciais de criatividade e inova-ção dos alunos, incidindo nas possibilidades de uma ação empreendedora no contexto da disciplina;

c) na adoção de estratégias de produção coletiva do conheci-mento, de forma presencial ou a distância;

d) no desenvolvimento da produção de textos e de material didático de qualidade;

Procedimentos Operacionais6


e) na elaboração e execução de projetos relativos à disciplina ou conjunto de disciplinas de uma mesma área;

f ) na elaboração, execução e avaliação de projetos interdisci-plinares;

g) na elaboração de projetos de pesquisa, extensão e ação comunitária.

Para que esse processo de atualização apresente resultados sig-nifi cativos para os cursos e para os alunos, é necessário que o professor participe, sistematicamente, dos processos de elaboração e atualização do(s) projeto(s) pedagógico (s) do(s) curso(s) em que atua, assim como das análises dos resultados da avaliação institucional.

Modalidades As formas de envolvimento do corpo docente estarão con-centradas em duas modalidades principais: fórum do ensino supe-rior e ofi cinas.

a) Fórum do ensino superior, compreendendo discussões sobre o cenário educacional brasileiro, em termos de políticas, diretrizes e sua relação com as transformações econômicas, sociais, políticas, educacionais e culturais, estabelecendo-se relações entre esse novo contexto e as peculiaridades que distinguem o funcionamento da Uni-versidade Potiguar. Esta modalidade de atuação encerra os seguintes fóruns:

• atualização de projetos pedagógicos dos cursos de graduação, com diretores e representantes dos docen-tes e discentes que integram os conselhos dos cursos;

• educação a distância;• avaliação da aprendizagem;• desenvolvimento de competências e certifi cações

intermediárias;

• práticas de intervenção na educação básica (li-cenciaturas);

• responsabilidade social da UnP: pesquisa e exten-são/ação comunitária.

b) Ofi cinas pedagógicas destinadas a estudos e discussões sobre os processos de ensinar e aprender:

• avaliação da aprendizagem: procedimentos e ins-trumentos;

• estágios como estratégias de intervenção na comu-nidade;

• procedimentos metodológicos: estudos de caso, problematização, seminários e outros que facilitem a interação professor/aluno;

• educação a distância: tutoria (atuação em cursos de graduação e pós-graduação);

• uso de recursos multimídia;• utilização de ambiente virtual de aprendizagem/UnP;• autoria de material didático para educação a

distância;• utilização das ferramentas UnP virtual;• estratégias de trabalho interdisciplinar;• elaboração e/ou revisão de planos de ensino;• pedagogia de projetos.

Além dessas, outras ofi cinas deverão ser programadas em fun-ção das necessidades de atualização do professor, do ponto de vista dos conteúdos específi cos inerentes à(s) disciplina(s) que leciona.

Formas de implementação Cabe ao Laboratório de Apoio Pedagógico - LAPe, sob a su-pervisão da Reitoria, programar e executar o processo de atualização docente, com base nos documentos orientadores da ação/UnP, quais


sejam: Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI, Projeto Peda-gógico Institucional - PPI, Projetos Pedagógicos dos Cursos - PPC, Planos Anuais de Trabalho - PAT e planos de metas das Pró-Reitorias, das diretorias e coordenações de cursos e do Núcleo de Educação a Distância - NEaD.

Cada evento estará vinculado a uma determinada Pró-Reitoria, dependendo do tema a ser abordado. Desse modo, por exemplo, fó-runs ou ofi cinas que tratem da pesquisa estarão sob a orientação direta da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, e assim, sucessivamente. Cabe, portanto, às Pró-Reitorias, em seus respectivos planos de metas, enunciar os eventos a serem realizados, considerando as necessidades apontadas pelas diretorias dos cursos e normas institucionais.

A participação dos professores nos fóruns e ofi cinas, portanto, fi cará na dependência de cada diretoria de curso, que deverá identifi car demandas e necessidades de atualização e encaminhá-las à Reitoria.

Sinteticamente, esta sistemática está representada no seguinte fl uxo:

PDI / PAT

geram metas►

Pró-Reitorias

identifi cam necessi-dades de atualização junto a Diretores e Coordenadores de

cursos

►

LAPe

Programa, semes-tralmente, eventos compatíveis com

metas e necessidades de atualização.

►LAPe

Encaminha progra-ma de eventos para a

Reitoria

▲ ▼CPA

Avaliação SistemáticaAtualização Didático-Pedagógica

Reitoria

Aprova e divulga

▲ ▼LAPe

Planeja, executa e avalia eventos sob orientação da Pró-Reitoria envolvida;

faz relatório

◄LAPe

Organiza inscrições e eventos com a Pró-Reitoria envolvida

◄Professores e

Diretores

Fazem inscrições on-line

◄Diretores e Coorde-nadores de Curso

Divulgam junto aos professores

6.2 Titulação As ações de titulação devem constar do PDI, dos Planos Anu-ais de Trabalho e terem aprovação da Mantenedora, através dos pla-nos de metas das diretorias de curso de graduação, coordenação de cursos de pós-graduação e coordenações de setores institucionais.

O apoio institucional poderá acontecer, a exemplo do que já vem ocorrendo, por meio do pagamento de passagens, liberação de dias de trabalho sem desconto de salário, reprodução de dissertações e teses.

Para ser benefi ciado, o docente, diretor, coordenador de curso ou de setor deve apresentar requerimento à Pró-Reitoria Administrativa - ProAdm, obedecendo às normas institucionais pertinentes.

A execução do processo de apoio institucional às ações de titu-lação seguirá os seguintes passos:

Diretoria, coorde-nação de cursos e de setores incluem ações de titulação

►Plano de metas

submetidos à apro-vação da Chancela-

ria e Reitoria

►Ações de titulação

e normas são divulgadas entre interessados pela

Reitoria

► Professores fazem requerimento

▼Se parecer favo-rável, professor assina termo de compromisso

◄Professor é comu-nicado do parecer

pela ProAdm◄

ProAdm analisa requerimento e emite parecer

◄Encaminham à

ProAdm com visto do diretor do curso

6.3 Participação em eventos A participação em eventos estará condicionada à sua inclusão e aprovação, pela gestão da Universidade, do plano de metas das direto-rias de curso e de setores.

Os eventos dos quais o docente poderá participar deverão estar situados nas seguintes categorias:


a) atualização de princípios, métodos, conceitos, técnicas e tecnologias próprios de determinado campo profi ssional;

b) aperfeiçoamento pedagógico;c) divulgação de experiências inovadoras resultantes, seja do

dia-a-dia da sala de aula, seja de atividades de pesquisa ou de extensão e ação comunitária;

d) disseminação de relatos de pesquisas, extensão e ação co-munitária realizadas pela Universidade Potiguar, institu-cionalmente, ou em parceria.

Isto considerado, deverá ter-se claro que o apoio da Universi-dade à participação docente em eventos científi cos externos dependerá do atendimento, pelo interessado, a dois critérios básicos: a) apresenta-ção de trabalhos compatíveis com as linhas institucionais de pesquisa, extensão e ação comunitária e b) disponibilidade fi nanceira da UnP.

O apoio da Universidade Potiguar à participação em eventos deverá continuar sob a forma de concessão de passagens aéreas e terres-tres, pagamento de inscrições e de despesas com hospedagem.

Do mesmo modo que nos demais níveis de capacitação, o in-tento é que os docentes possam se sentir valorizados e, por conseqü-ência, motivados para assumir a sua responsabilidade na formação de cidadãos para o exercício da sua profi ssionalidade.

Este PICD deverá ser acompanhado e avaliado pela Comissão Própria de Avaliação - CPA, com a participação das Pró-Reitorias Ad-ministrativa, de Graduação e de Pesquisa e Pós-graduação, observan-do-se os critérios a saber:

a) atendimento às demandas docentes apontadas pelas dire-torias e coordenações de cursos;

b) possibilidades geradas para a progressão funcional, de acordo com o Plano de Carreira Docente - PCD;

c) ampliação da quantidade de professores com mestrado e doutorado, principalmente daqueles cursos em que ine-xistem, no Estado, pós-graduação stricto sensu;

d) ampliação da produção científi ca institucionalizada;e) ampliação da quantidade de professores recebendo ajuda

de custos para participação em eventos;f ) implementação de convênios interinstitucionais para

participação de docentes em programas de pós-graduação credenciados pela CAPES.

Além disso, e de acordo com o Projeto de Avaliação Institucio-nal, devem ser observados os resultados da avaliação do professor, na categoria exercício profi ssional na Universidade Potiguar, abrangendo indicadores como planejamento docente, qualidade da atuação didá-

Acompanhamento e Avaliação7


tico-pedagógica e dos relacionamentos interpessoais, participação nas atividades de pesquisa e de extensão, dentre outros.

Das ações de acompanhamento e avaliação deste PICD deve resultar um conjunto de dados que indiquem as condições em que ocorre a sua execução e possíveis impactos no desempenho docente.

Referências

BRASIL. Congresso Nacional. Lei de Diretrizes e Bases da Educa-ção Nacional n. 9394, de 20 de dezembro de 1996.

________ . Plano Nacional de Educação. Brasília, 2000.

DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 6. ed. São Paulo: Autores As-sociados, 2003 (Educação Contemporânea).

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à práti-ca educativa. 33. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996 (Coleção Leitura).

MORIN. Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 8.ed. São Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO, 2003.

PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar: convite à viagem. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

UNIVERSIDADE POTIGUAR. Plano de Desenvolvimento Insti-tucional 2002/2011. Natal, 2001 (documento revisado em setembro de 2003).

_______ . Projeto de Auto-avaliação Institucional. Natal, 2005.

________ . Projeto Pedagógico Institucional. Natal, 2006.


Publicações Institucionais

Coleção – Documentos Normativos da UnP

Série Azul: Organização Universitária

V. 1 – Estatuto da Universidade Potiguar

V. 2 – Regimento Geral da Universidade Potiguar

V. 3 – Regimento Interno dos Colegiados Superiores da UnP: ConSUni e ConEPE

V. 4 – Regimento Interno do Conselho Didático-Pedagógico – CDP

V. 5 – Regimento Interno de Conselho de Curso

V. 6 – Regimento Interno da Reitoria

V. 7 – Regimento Interno de Diretoria de Curso

V. 8 – Resoluções do Conselho Universitário – CONSUNI/1997

V. 9 – Resoluções do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CEPE/1997

V. 10 – Resoluções do Conselho Universitário – CONSUNI/1998

V. 11 – Resoluções do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CEPE/1998

V. 12 – Resoluções do Conselho Superior Universitário – ConSUni/1999

V. 13 – Resoluções do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – ConEPE/1999












Série Laranja: Regulamentos e Normas das Atividades Acadêmicas

V. 1 – Regulamento Interno do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade Potiguar – SIB/UnP

V. 2 – Normas para Exame de Profi ciência

V. 3 – Regulamento das Atividades de Pesquisa

V. 4 – Regulamento da Pós-Graduação

V. 5 – Manual do Aluno 2007

V. 6 – Regulamento das Atividades de Extensão e Ação Comunitária

V. 7 – Regulamento dos Trabalhos de Conclusão de Curso na Graduação e na Pós-graduação

V. 8 – Manual de Publicações da Edunp

V. 9 – Regulamento do Núcleo de Prática Jurídica “Professor Otto de Brito Guerra”

V.10 – Regulamento de Estágios Curriculares

Série Verde: Gestão de Recursos Humanos

V. 1 – Plano de Carreira, Cargos e Salários do Pessoal Técnico-Administrativo

V. 2 – Plano de Carreira Docente - PCD

V. 3 – Plano Institucional de Capacitação Docente - PICD

V. 4 – Regulamento da Premiação pelo Desempenho do Diretor de Curso de Graduação

V. 5 – Programa de Apoio ao Estudante - PAE

V. 6 – Manual de Publicação da Edunp

Editora Universidade Potiguar – EdunpUnidade Salgado Filho, 1610, 2º andar, sala 206 – Lagoa Nova

CEP: 59.056-000 – Natal/RN. Fone: (84) 3215 1222 – E-mail:[email protected]

Coleção Documentos Normativos da UnPCoordenação Editorial

Sirleide Pereira

ApoioSistema Integrado de Bibliotecas da UnP – SIB/UnP

CapaLúcio Masaaki Matsuno

Projeto Gráfi coLúcio Masaaki Matsuno

Tiragem25 exemplares

Circulação/Distribuiçãopúblico interno da UnP

Natal (RN), dezembro/2006


www.unp.br

Universidade Potiguar – Campus Natal

Unidade Floriano PeixotoAv.Floriano Peixoto, n. 295, Petrópolis – Natal/RN

CEP 59012-500 – Tel: (84) 3215-1100 – Fax: (84) 3215-1103

Unidade Salgado FilhoAv. Senador Salgado Filho, n. 1610, Lagoa Nova, Natal/RN,

CEP 59.056-000 – Tel: (84) 3215-1200 – Fax: (84) 3215-1209

Unidade Nascimento CastroAv. Nascimento de Castro, n. 1597, Dix-Sept Rosado, Natal/RNCEP: 59054-180 – Tel: (84) 3215-1300 – Fax: (84) 3215-1304

Unidade Roberto FreireAv. Eng. Roberto Freire, S/N – Ponta Negra – Natal/RN

CEP: 59.090-000 – Tel: (84) 3216-8600

Campus MossoróAv. Dr. João Marcelino, S/N – Santo Antônio

Mossoró/RN – CEP: 59.611-120 – Tel/Fax: (84) 3317-4404

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