Plano Diretor ajuda no desenvolvimento urbano Sucesso · rapia, Odontologia, Biomedicina,...

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Ferroviária quer recuperar espaço do passado Economia Geral Maior Controle da poluição Sucesso da cana inibe plantio de grãos Foto Mariana Rosa Cidades preservam a cultura afro-brasileira São Carlos e Araraquara cria- ram, no ano passado, espaços para a manifestação da cultura Afro-Bra- sileira. Em abril, Araraquara inau- gurou o Centro de Referência Afro e, em novembro, São Carlos criou o Centro Municipal de Cultura Afro- Brasileira, oportunidade em que es- teve presente a ministra Matilde Ri- Araraquara está entre as 10 ci- dades do interior que ganharão estação de Rede Automática para controle rigoroso de polui- ção do ar. PÁG. 4 O bom momento da cana de açú- car, no mercado, vem barrando o crescimento das áreas de plantio de grãos, principalmente nas re- giões central e norte do estado de São Paulo. Mesmo com a recen- te valorização dos preços do mi- lho e das boas perspectivas para a soja, a cana de açúcar ainda apresenta uma rentabilidade me- lhor para os agricultores. Leia também: A safra da cana-de- açúcar dura cinco meses, mas atrai migrantes de todo o Brasil com o sonho de ganhar dinheiro. PÁG. 3 PÁG. 3 PÁG. 7 O mercado imobiliário está aquecido. Estudantes do inte- rior e de outros Estados que passaram no vestibular, no fi- nal de 2006, em faculdades de Araraquara, movimentam o setor. A demanda por locação de imóveis é expressiva e a procura, em 2007, aumentou cerca de 30% em comparação com os meses anteriores. Universitários tornam setor imobiliário um mercado promissor Depois de dez anos marcados por rebaixamentos e forma- ções instáveis, a Ferroviária conquistou, no final do ano passado, a Copa Federação Paulista de Futebol, campeo- nato que contou com os prin- cipais clubes do interior paulista. www.uniara.com.br beiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igual- dade Racial. PÁG. 8 Plano Diretor ajuda no desenvolvimento urbano A Constituição Brasileira de 1988 define para os municípios diversas atribuições, destacando-se a elaboração do Plano Diretor para as cidades com mais de 20 mil habitantes que, se aprovado pela Câmara Municipal, será obrigatório. PÁG. 2 Vista de Araraquara, uma das maiores cidades da região Ano V- N. 25 - Junho de 2007 Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo do Centro Universitário de Araraquara - UNIARA Fundação Pró-Memória é referência para pesquisadores e estudantes Cultura Foto Fernanda Sasso Cursos de Saúde atendem o público do SUS Alunos atendem o público em várias clínicas da Uniara - PÁG. 5 Os alunos dos cursos de Fisiote- rapia, Odontologia, Biomedicina, Fonoaudiologia e Nutrição, da Uniara, começaram o atendimen- to gratuito ao público, neste ano. Aves exóticas conquistam mercado PÁG. 8 "Internetês" atrapalha o ensino da língua Comportamento Araraquara quer marcar presença no Pan 2007 Pan acontece no Rio de Janeiro e projeta o País no cenário internacional - PÁG. 7 Entre os dias 13 e 29 de julho, no Rio de Janeiro, acontecerá a dé- cima quinta edição dos jogos Pan-americanos. A região de Araraquara quer marcar presen- ça no evento. Para isso, aposta São estágios supervisionados, onde os futuros profissionais aten- dem aos pacientes do SUS (Siste- ma Único de Saúde) sob a super- visão de professores e técnicos. suas fichas no atleta fundista Marcelo Cabrini, de 22 anos, que é integrante da equipe Fundação de Amparo ao Esporte do Mu- nicípio de Araraquara (Fundes- port). CHARGE Atleta de 64 anos é hexacampeão de bicicross Olímpio Bernardes Ferreira Netto é a prova de superação no esporte. Ele é hexacampeão paulista de bicicross. PÁG. 6 Foto Gabriela Martins Projetos buscam a melhoria do meio ambiente em São Carlos e Araraquara Geral Olímpio é exemplo para os mais jovens Danças Circulares Sagradas unem arte e terapia PÁG. 6 PÁG. 6 PÁG. 5 PÁG. 2 Foto Henrique Andrade

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Ferroviáriaquer recuperarespaço dopassado

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Cidades preservam a cultura afro-brasileiraSão Carlos e Araraquara cria-

ram, no ano passado, espaços paraa manifestação da cultura Afro-Bra-

sileira. Em abril, Araraquara inau-gurou o Centro de Referência Afroe, em novembro, São Carlos criou

o Centro Municipal de Cultura Afro-Brasileira, oportunidade em que es-teve presente a ministra Matilde Ri-

Araraquara está entre as 10 ci-dades do interior que ganharãoestação de Rede Automáticapara controle rigoroso de polui-ção do ar.PÁG. 4

O bom momento da cana de açú-car, no mercado, vem barrando ocrescimento das áreas de plantiode grãos, principalmente nas re-giões central e norte do estado deSão Paulo. Mesmo com a recen-te valorização dos preços do mi-lho e das boas perspectivas paraa soja, a cana de açúcar aindaapresenta uma rentabilidade me-lhor para os agricultores.Leia também: A safra da cana-de-açúcar dura cinco meses, masatrai migrantes de todo o Brasilcom o sonho de ganhar dinheiro.PÁG. 3

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O mercado imobiliário estáaquecido. Estudantes do inte-rior e de outros Estados quepassaram no vestibular, no fi-nal de 2006, em faculdades deAraraquara, movimentam osetor. A demanda por locaçãode imóveis é expressiva e aprocura, em 2007, aumentoucerca de 30% em comparaçãocom os meses anteriores.

Universitáriostornam setorimobiliárioum mercadopromissor

Depois de dez anos marcadospor rebaixamentos e forma-ções instáveis, a Ferroviáriaconquistou, no final do anopassado, a Copa FederaçãoPaulista de Futebol, campeo-nato que contou com os prin-cipais clubes do interiorpaulista.

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beiro, da Secretaria Especial dePolíticas de Promoção da Igual-dade Racial. PÁG. 8

Plano Diretor ajuda nodesenvolvimento urbano

A Constituição Brasileira de 1988 define para os municípios diversas atribuições, destacando-se a elaboração do PlanoDiretor para as cidades com mais de 20 mil habitantes que, se aprovado pela Câmara Municipal, será obrigatório. PÁG. 2

Vista de Araraquara, uma das maiores cidades da região

Ano V- N. 25 - Junho de 2007

Jornal Laboratório do Cursode Jornalismo do CentroUniversitário deAraraquara - UNIARA

FundaçãoPró-Memória éreferência parapesquisadorese estudantes

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Cursos de Saúde atendemo público do SUS

Alunos atendem o público em váriasclínicas da Uniara - PÁG. 5

Os alunos dos cursos de Fisiote-rapia, Odontologia, Biomedicina,Fonoaudiologia e Nutrição, daUniara, começaram o atendimen-to gratuito ao público, neste ano.

Aves exóticasconquistammercado

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"Internetês"atrapalhao ensino dalíngua

Comportamento

Araraquara quer marcarpresença no Pan 2007

Pan acontece no Rio de Janeiro e projetao País no cenário internacional - PÁG. 7

Entre os dias 13 e 29 de julho, noRio de Janeiro, acontecerá a dé-cima quinta edição dos jogosPan-americanos. A região deAraraquara quer marcar presen-ça no evento. Para isso, aposta

São estágios supervisionados,onde os futuros profissionais aten-dem aos pacientes do SUS (Siste-ma Único de Saúde) sob a super-visão de professores e técnicos.

suas fichas no atleta fundistaMarcelo Cabrini, de 22 anos, queé integrante da equipe Fundaçãode Amparo ao Esporte do Mu-nicípio de Araraquara (Fundes-port).

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Atleta de 64 anosé hexacampeão debicicrossOlímpio Bernardes Ferreira Netto é aprova de superação no esporte. Ele éhexacampeão paulista de bicicross.PÁG. 6

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Projetos buscama melhoria domeio ambienteem São Carlos eAraraquara

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VITRAL - 2

POLÍTICA

Conheça como é feito repasse deverbas para entidades assistenciaisde Araraquara

Políticas públicas ajudam criançase adolescentes

Políticas públicas são açõesgovernamentais em favor daspessoas carentes. Ssegundo o Es-tatuto da Criança e do Adolescen-te, a política de atendimento éfeita através de um conjunto arti-culado de ações governamentaise não-governamentais.

Em Araraquara existem dozeentidades com medidas preven-tivas sociais às crianças e ado-lescentes, dando auxílio em ali-mentação, educação, lazer, cul-tura, formação profissional, hu-mana e psicológica.

A responsável pela PolíticaPública da Secretaria de Inclu-são Social e Cidadania, Adrianade Souza, diz que cada entidadefaz uma parceria com a Secreta-ria de Inclusão Social e Cidada-nia, recebendo o repasse de ver-ba anual dos Governos Munici-pal, Estadual e Federal, com umvalor específico para cada umadelas. Porém, sendo as verbas in-suficientes, a entidade acaba porpromover outros meios de arre-cadação que completem seu or-çamento mensal.

A Irmã Aparecida dos San-

Repórter Amauri Alves

Jovens em oficinamecânica do Projeto

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Projetos buscam melhoriado meio ambiente na regiãoEducação, conscientização e participaçãosão imprescindíveis

Projetos como os de coleta seletiva contribuempara a preservação do meio ambiente

Araraquara e São Carlos têmmuitos projetos ambientais comocoleta seletiva, programas sobrea poda drástica das árvores, pre-servação de nascentes, mas o quedetermina suas realizações, se-gundo especialistas no assunto, éa educação, conscientização eparticipação da população.

Em Araraquara a Ong Ama-nari, preza pela melhoria da águaque bebemos. Segundo o presi-dente e engenheiro agrônomo daOng, Edgar Santa Rosa Esteves,em 2006 foi concluído um proje-to para transformar o córregoMarivan e suas margens em par-

Plano Diretorvai ajudar nodesenvolvimentourbano da cidadeVocê sabe se Araraquara temum Plano Diretor e qual o seusignificado?

RepórterMariana Ferreira Rosa

A Constituição Brasileira de1988 define para os municípiosdiversas atribuições, destacando-se a elaboração do Plano Diretorpara as cidades com mais de 20mil habitantes. Se aprovado pelaCâmara Municipal será obrigató-rio, sendo utensílio fundamentalpara o desenvolvimento e expan-são urbana.

O Plano Diretor define as di-ferentes áreas de usos, ou seja, co-mercial, industrial, e outras, quegarantem a convivência entre es-tes diferentes setores em plenaharmonia e funcionamento. E sefor bem elaborado visa principal-mente definir, incentivar e regraro destino e comportamento futu-ro da cidade.

O arquiteto e presidente doIAB (Instituto dos Arquitetos doBrasil) de Araraquara, Washing-ton Rosa, acredita que quandouma pessoa emprega suas econo-mias na compra de um lote ,de-terminando o uso comercial ouresidencial, precisa ter assegura-do este objetivo e direito.

“Atualmente o poder públicoestabelece que os usos diferentesaos que definimos hoje possamser modificados diante da concor-dância dos vizinhos, podendo ge-rar um desconforto entre os mo-

radores. Quando o uso é claro edefinido no plano diretor, elimi-na todas as incertezas e conflitos",destaca o arquiteto.

Em Araraquara o Plano Dire-tor está em fase de implantação,por isso os seus efeitos são pe-quenos não permitindo uma ava-liação imediata. Para uma cidadecom mais de 20 mil habitantes éimportante ter um Plano Diretorpara direcionar o futuro.

Segundo o secretário de Pla-nejamento Urbano, EdelsonTositto, o Plano Diretor dirige acidade para o seu desenvolvimen-to integrado levando em contaseus eventos sociais. “O setor dePlanejamento Urbano sai na fren-te para melhorar hoje e futura-mente a cidade, alavancando epara que cresça ordenadamente”ressalta.

“Na cidade, a lei quando co-locada em vigência, não estavaregulamentada, somando o fatode passado o prazo de 180 diaspara regulamentá-la, em sua to-talidade, o que não ocorreu. Issotrouxe um vazio deixando o mer-cado profissional dependente dopoder público, para qualquer ini-ciativa de estudos, desenvolvi-mento de projetos e aprovação,o que fere a autonomia do pro-fissional liberal e, em conseqü-ência, de cada cidadão”, concluiWashington Rosa.

Repórter Aline Cassaro

ENTIDADESEM ARARAQUARA

CRIANÇAS EADOLESCENTES

VERBAMUNICIPAL

VERBAESTADUAL

VERBAFEDERAL

Lar Redenção 108 R$9.200,00 R$9.152,28 R$18.352,28Lar Rita Maria de Jesus 70 R$9.200,00 R$9.152,28 R$18.352,28Lar Nossa Senhora das Mercedes 106 R$18.000,00 R$18.352,28 R$36.152,28

S.O.S Bombeiro 60 R$57.752,64 R$57.752,64PETI 40 R$6.000,00 R$6.000,00SABSA 75 R$9.200,00 R$9.152,28 R$18.352,28

CREAS-GIRASSOIS 50 R$76.800,00 R$76.800,00Oficinas das Meninas 32 R$9.200,00 R$9.200,00CEPAR 63 R$18.000,00 R$18.000,00Centro Promoção Educacional 40 R$18.000,00 R$18.000,00e Social Comunidade

TOTAL 879 R$27.961,76

TOTALANUAL

Expediente

ReitorProf. Luiz Felipe Cabral Mauro

Chefe do Departamentode Ciências Humanas eSociaisProf. Mivaldo Messias Ferrari

Coordenadora do Cursode JornalismoProfa. Elivanete Zuppolini Barbi

Professores ResponsáveisAndrea CupolilloCesar MulatiElivanete Zuppolini BarbiMárcio Martinelli

O Jornal Vitral é produzido pelos alunosdo 3º ano do curso de Jornalismo da Uniara

Secretaria de RedaçãoFelínio FreitasPaulo Nogueira

EditoresAlexandre MoriAna Carolina ZanchimÂngelo TedeschiFelínio FreitasMariana OliveiraNina AndradeSarah Schiavo

FotógrafosFernanda SassoLuiz Henrique de AndradeGabriela Martins Y MartinsMaria Cecília Senhoraes

RepórteresAlan Pablo Cesar PereiraAline CassaroAmauri Alexandre AlvesAndré Luis dos SantosAndré Luiz LourençoAntonio Carlos de OliveiraAntonio Marcos SimonettiCarlos André de SouzaDanilo Valter CivolaniEduardo Manso ImparatoElaine VarandaGabriel Abranches QuintãoGabriela Gomiero LeiteHuncas Carvalho MonteiroJonas Evandro SudanoLiliane Aparecida CarneiroLuiz Gustavo BallesteroMarcio Roberto RamosMarcus Vinicius Buda de Oliveira

Maria Gabriela PontieriMariana Ferreira RosaMarlon Rodrigo TavoniMatheus Rodrigues VieiraMaysa Leite Pedro AntonioNina Ferreira de AndradePedro Luiz SantanaRafael Ferreira PerazzolliRafael Gierwiatowski GomesRicardo Augusto ItalianoRozana Maria GabanValdinei Antonio da CunhaWilson Luiz Aiello

ImpressãoInterpress ComunicaçõesEditoriais / São Carlos - SP

tos, presidente do Conselho Mu-nicipal de Direito, diz que osmembros do Conselho discuteme analisam os projetos de cadaentidade, e os apresentam aoConselho de Assistência Socialpara ser apreciado, votado e de-liberado o repasse das verbas.

Cabe a esses dois Conselhos,verificar por meio de notas fis-cais a prestação de contas e omonitoramento da qualidade dosatendimentos, bem como as fi-chas de inscrição de cada crian-ça e adolescente.

Segundo Vânia AlmeidaSotovani, presidente do ConselhoMunicipal de Assistência Social,uma das dificuldades dos Conse-lhos é o desconhecimento quecada conselheiro tem de sua fun-ção, que é ir ao estabelecimento everificar a realidade de cada enti-dade observando se o trabalho aque estas se propõem está sendorealizado de forma adequada.

A vereadora Edna Martinsrelatou que existem equipamen-tos sociais, e programas quepriorizam o público infanto-ju-venil que, a princípio, podem de-monstrar que a cidade está rela-tivamente bem servida nessesentido. Ela acredita que ainda

falta avançar muito na imple-mentação de políticas públicaspara crianças e adolescentes deAraraquara, devido à reclama-ções relacionadas à falta de infra-estrutura adequada.

O adolescente Mateus Bene-dito Morales, 15 anos, freqüen-ta o programa Lar Redenção, há9 anos, e hoje participa do Pro-jeto Jovem Aprendiz. Moralesdiz que o programa o ajuda mui-to, trouxe crescimento e respon-sabilidade para ele e a seus cole-gas, que também foram benefi-ciados.

Araraquara vista do pontilhão da Avenida Barroso

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que ecológico, visando à cons-cientização da população e a ex-tensão do projeto para todos osmananciais da cidade e, posteri-ormente, para outros municípiose áreas rurais.

De acordo com a doutora VeraLúcia Silveira Botta Ferrante, res-ponsável pelo Programa deMestrado em DesenvolvimentoRegional e Meio Ambiente daUniara, a criação da Coorde-nadoria Municipal de Meio Am-biente de Araraquara, entre 2001e 2002 foi, um marco muito im-portante porque não havia ne-nhum órgão específico que tra-tasse dessas questões, assimcomo a reativação do COM-DEMA (Conselho Municipal de

Defesa do Meio Ambiente).Existem muitos projetos na

cidade e independente de quaissejam, segundo Vera, as políticasadotadas são as de educação,conscientização e participação,pois sem esses elementos, proje-to algum sobrevive.

Entre os principais planos depolítica ambiental, em Ara-raquara, estão o da Coleta Seleti-va, que tem a meta de conscien-tizar a população a separar o lixoorgânico do material reciclável emostrar a importância de pontosde entrega voluntária da coleta,fazendo com que novas oportu-nidades de trabalho e renda sejamoferecidas aos catadores que vi-vem no mercado informal. Atu-almente há coleta seletiva em cer-ca de 20% da área da cidade e issotem possibilitado a cerca de 50catadores uma renda em torno deR$ 400,00 reais mensais.

Vera acredita que pelo fato denão existir até 2001 um Departa-mento de Meio Ambiente emAraraquara e pelo fato doCOMDEMA ter ficado engave-tado, muitos anos, isso mostravaque não havia uma vontade polí-tica para se começar uma políti-ca ambiental na cidade.

SEGUNDO PLANOEm São Carlos, o Diretor do De-

partamento de Política Am-biental, Paulo José PenalvaMancini, explica que as ques-tões ambientais sempre foram,até o momento, colocadas emsegundo plano, mas ele acredi-ta que a população passa a termais consciência e ressalta quea participação na tomada dasdecisões é a diretriz básica napolítica ambiental.

Existem projetos como oPlantando o Futuro, com açõesdestinadas às áreas de mananci-ais, principalmente o do Monjo-linho, que abastece cerca de 50mil pessoas. Outro programa é oFuturo Limpo, um projeto Mu-nicipal de Redução e Controle deResíduos de Construção Civilque visa conscientizar como usarcorretamente as caçambas paraentulhos.

O grande problema, segun-do Mancini, é que cuidamosapenas do nosso próprio jar-dim e ao sair do portão parafora, ninguém mais se interes-sa em preservar o meio ambi-ente que é de todos, o qual ogoverno toma conta, quandona realidade, o governo somosnós. Essa distância entre a po-pulação e o governo é uma raizdos problemas ambientais e aparticipação é fundamentalpara a preservação ambiental.

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Plantio de cana invadeáreas de grãosÁrea de cana plantada em São Paulojá soma 4,25 milhões de hectares

O bom momento da cana- de-açúcar no mercado vem barrandoo crescimento das áreas de plan-tio de grãos, principalmente nasregiões central e norte do estadode São Paulo. Mesmo com a re-cente valorização dos preços domilho e das boas perspectivaspara a soja, a cana-de-açúcar ain-da apresenta uma rentabilidademelhor para os agricultores.

A área de plantio de cana emSão Paulo cresceu 15,9% na últi-ma safra, atingindo 4,25 milhõesde hectares. A produção atingiu284,91 milhões de toneladas, umcrescimento de 11,8% em relaçãoà safra anterior de acordo comdados do “Instituto de EconomiaAgrícola” (IEA).

No plantio que vai de janeiroa abril, nas tradicionais áreaspaulistas, a safra basicamente demilho deve aumentar em torno de10%, apenas uma recuperação dorecuo do ano passado. Na safrapassada, a área paulista caiu16,9% na comparação com o pe-ríodo 2004/2005 e a produção re-cuou para 577 mil toneladas. Já aárea cultivada com milho caiu de765 mil para 691 mil hectares, ea produção deve recuar de 3,8 mi-lhões para 3,4 milhões de tonela-das, segundo dados do IEA.

Leonardo Bovo Vidal, enge-nheiro agrônomo da “MarchesanMáquinas e Implementos Agríco-

las”, de Matão, lembra que algu-mas regiões paulistas pioneiras noplantio de milho, registram umcrescimento forte da cana de açú-car para suprir a demanda local.“A cana vai continuar avançandotambém sobre a soja na região”,afirmou.

“O milho surpreendeu com aqueda na área e a expectativa aser plantada em breve, apresenteao menos um aumento na área”,relatou Vidal com base em dados

Aumento de vendas em 2006 foi de 25%;comerciantes esperam mais nesse ano

Comércio tem aumentode vendas em 2007

Os comerciantes de Arara-quara estão otimistas em relaçãoàs vendas do comércio local, em2007, em relação ao ano anterior.Motivo: a cada ano os númerosdas metas a serem cumpridas au-mentam e a concorrência comoutros comerciantes é maior.

De acordo com informaçõescontidas no site do Sincomércio(www.sincomercio.com.br), omovimento da cidade no acumu-lado de janeiro a dezembro de

2006, cresceu 25%, comparadoao mesmo período em 2005.

O mês de janeiro do ano pas-sado, por exemplo, foi de grandemovimentação no comércio.Osdados são apurados a partir dasconsultas feitas a Rede Nacionalde Informações (Renic) queapontam um crescimento de40,40% em relação ao mesmoperíodo de 2005.

Segundo informações da as-sessoria de imprensa do Sinco-mércio, nem todo o volume deconsultas se destinou aos novosnegócios. A análise do movimen-to de janeiro mostra que a maio-

ria das vendas foi baseada naspromoções de verão do comérciolocal, que disponibilizou os esto-ques remanescentes de fim deano.

Para o gerente de uma loja devarejos, Luis Fernando Sculzuli,o comércio está crescendo porcausa dos adolescentes e criançasque querem seguir a moda queestá sempre se renovando. “A altado comércio depende da modaque a cada estação muda e mexecom a cabeça dos adolescentes”,disse.

Mas, para a gerente LucianaCamargo, o aumento é significa-

Safra atraimigrantes detodo o BrasilA safra da cana dura cincomeses, mas atrai migrantes detodo o Brasil com o sonho deganhar dinheiro

A cana-de-açúcar, cultivadahá muitas décadas, tem sua ori-gem no sudeste da Ásia. A ma-neira como é plantada foi muitomodificada, procurando aprimo-rar e aperfeiçoar cada vez mais,para que se tenha um melhor re-sultado na hora da colheita.

O plantio de cana normalmen-te é realizado nos meses de de-zembro a abril , sendo que a co-lheita demora de 15 a 18 mesespara dar o primeiro corte. Valelembrar que a cana pode ser cor-tada por 5 vezes, ou seja, depoisque você cortar a primeira vez,todo ano ela poderá ser cortadano mesmo período.

Existe um outro período emque a cana pode ser plantada, queé nos meses de setembro a outu-bro, mas essa época não é a maisrecomendada pelos agrônomos,pois sua produção e também a suaqualidade são inferiores as canasplantadas em seu período certo.

Segundo o engenheiro agrô-nomo, Alexandre Trevisan, de-pois de plantada, a cana demoraem torno de 20 dias para come-çar a germinar. “É preciso umcuidado especial voltado tambémpara a escolha do solo, pois acana de açúcar necessita de duasdistintas e consideráveis situa-ções, adubação para cana-plantae para soqueiras, sendo que emambas, a quantificação será de-

terminada pela análise do solo,um dos fatores determinantes daqualidade e rendimento do pro-duto”, conclui.

OS MIGRANTESOs migrantes, em sua maioria,vêm do Vale do Jequitinhonhanorte de Minas Gerais. Todos osanos chegam para safra no mêsde Abril, e seu retorno ocorre emmeadas de dezembro.

Toda parte burocrática comotransporte, hospedagem e alimen-tação, assim como assistênciamédica é de responsabilidade dasUsinas. As refeições e água sãoentregues diariamente nas lavou-ras, tudo em recipientes térmicos.

Esses migrantes são acolhidosem alojamentos, os quais são su-pervisionados por fiscais para quea segurança dos mesmos sejagarantida, assim como a ordemdentro dos alojamentos e respei-to a moradia.

Eduardo Molina, SupervisorAgrônomo, ressalta que “todos osanos estas pessoas vêm para a re-gião com um objetivo definido,o de levar a maior quantidade dedinheiro possível para suas famí-lias, que deixam para trás pela ne-cessidade de sobrevivência”. Eleafirma também que a partida dosmesmos, no, final da safra, écompensadora. “Quando chega odia de voltarem para seus lares, écompensador ver o brilho no olhoe sorriso estampado no rosto decada um deles”, finaliza.

Repórter Danilo V. Civolani

Repórter Elaine Varanda

RepórterMaria Gabriela Pontieri

tivo, pelas lojas incentivarem osfuncionários com o aumentodas vendas e pelo desemprego.“Com a falta de emprego osfuncionários ficam mais empe-nhados em vender para manterseu emprego”, enfatiza.

O vice-presidente do Sinco-mercio, Antonio Deliza Neto,menciona que está satisfeitocom o aumento nos índices devendas do comércio e que omesmo irá se estabilizar. “Seconseguirmos manter os níveisde venda de 2006, poderemosnos dar por satisfeitos em2007”, completa.

Plantio de cana em propriedade rural na região

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VITRAL - 3

ECONOMIA

da Secretaria de Agricultura doEstado de São Paulo.

Já a soja sofreu mais e a re-dução da área cultivada em SãoPaulo cairá no período 2006/2007, de 688 mil para 486 milhectares. A produção deve cair de1,5 milhão para 1,2 milhão de to-neladas.

Marcos Aparecido Fernandestrabalha com venda de imple-mentos agrícolas e adverte paraas mudanças decorrentes desta

transformação. “Tenho oitoanos de experiência em vendade campo de implementos agrí-colas e o que estamos vendo éuma mudança radical principal-mente em nossa região, onde odomínio sempre foi plantio degrãos e plantações de laranja, acitricultura. O produtor está en-xergando um futuro promissorcom a perspectiva do mercadodo álcool no Brasil e no mun-do”, afirma.

Com a vinda de novos estu-dantes em Araraquara, aumentoua procura por moradia, principal-mente nas áreas mais próximasdas faculdades. São eles que mo-vimentam o setor imobiliário hojena cidade e, no mês que antecedeo início das aulas, é quando hámaior procura por algum lugarpara morar.

De acordo com a corretora deimóveis, Daniela Rios, o movi-mento, desde o início do ano, au-mentou cerca de 30% em com-paração aos outros meses no anopassado. “Sempre nessa época doano há mais procura por imóveis.Pessoas vindas de fora procuramlugar para morar e alguns que jáestão na cidade querem trocar deimóvel”, comenta Daniela.

Um dos imóveis mais procu-rados são as kitnets, apartamen-tos pequenos com cozinha, quar-to e banheiro.

Segundo Daniela, cerca de70% da procura é por este tipo deimóvel, que são fáceis de cuidare a melhor opção para quem vaimorar sozinho. Este tipo de imó-vel varia de R$350,00 eR$400,00. Outra opção são osapartamentos de até três quartos,para dividir com os amigos.

Universitáriosagitam asimobiliáriasProcura de imovéisaumentou 30% emAraraquara

Segundo Daniela, as empre-endedoras de Araraquara, inves-tiram, nos últimos anos, nestestipos de imóveis para atender aopúblico universitário. De acordocom ela, em 2006, foram aluga-dos 10 apartamentos e a perspec-tiva é fechar até julho de 2007com 20 contratos. Em média to-dos os tipos de imóveis. No co-meço do mês de fevereiro, pelomenos 60 estudantes preenche-ram a ficha cadastral.

A estudante Renata Rodri-gues, 20 anos de Jaboticabal, di-vide uma república com outrastrês colegas de faculdade e o quefez ela optar pelo imóvel ondemora atualmente, é a localizaçãoperto da faculdade onde estuda.“Adorei a localização e o aparta-mento”, diz. “O preço R$500,00ficou dentro do orçamento queplanejamos”, comenta.

As imobiliárias também sãoprocuradas por estudantes vete-ranos para a locação de novosimóveis. A inadimplência entrelocatários universitários não éalta. As imobiliárias lançam arti-manhas como existência de umfiador, seguro-aluguel ou caução.No caso da caução, o responsá-vel tem que depositar trêsalugueis em uma conta bancáriaque servem de garantia para umaeventual inadimplência.

RepórterMaria Gabriela Leite

Vista da Rua 9 de julho, no centro de Araraquara

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Há mais de uma década,Araraquara conta com uma esta-ção manual de controle do ar, masesta só mede índices de fumaça,dióxido de enxofre - o SO4 pro-veniente da queima de óleos com-bustíveis, partículas inaláveis epartículas em suspensão, o quenão concede um relatório comple-to sobre a qualidade do ar querespiramos.

O novo equipamento, que ain-da não tem data para ser instala-do, mede além dos vários po-luentes do ar, a direção e veloci-dade do vento, a umidade relati-va do ar, a temperatura e pressãoatmosférica e a radiação solar.

“Tendo uma rede de monito-ramento on-line, a CETESB (Com-panhia de Tecnologia de Sanea-mento Ambiental) terá maior sub-sidio para estabelecer gestãoambiental e solicitar políticas pú-blicas municipais para embalar ocrescimento da cidade nas direçõesnão críticas”, conta José Jorge Gui-marães, gerente da agênciaambiental da CETESB emAraraquara.

Atualmente apenas quatro ci-dades do interior têm esse siste-ma: Sorocaba, São José dos Cam-pos, Campinas e Paulínia. Entre2006 e 2007 mais dez cidades dointerior paulista receberão estetipo de estação controladora. Emnossa região as cidades de Ribei-rão Preto, São José do Rio Preto

RepórterMaysa Pedro Antonio

Controle da qualidade do ar ficará mais rigorosoAraraquara será uma das primeiras cidades a receber as redes automáticas quemedem a qualidade do ar com maior precisão

Empresas economizam comreaproveitamento da água

Empresas de Araraquara es-tão reaproveitando água da chu-va para preservar o meio ambi-ente. De acordo com um levan-tamento do CIESP (Centro dasIndústrias do Estado de São Pau-lo), a cidade já possui oito indús-trias que fazem o reuso da águapara diversas finalidades.

Cada morador de Araraquaragasta 250 litros de água por dia,esse volume é 20% maior que a

Segundo dados levantadospela Diretoria Regional de Ensi-no, o abandono escolar vem di-minuindo gradativamente nasinstituições públicas de Ara-raquara. Houve uma redução de80% na taxa de abandono esco-lar do Ensino Fundamental, ondesó 0,3% dos estudantes matricu-lados abandonaram a escola, en-quanto em 2005 a evasão regis-trada foi de 1,5%.

No Ensino Médio o índice foide 6,2% enquanto que no anoanterior foi registrado umpercentual de 6,7%. Neste anoforam inscritos 6.089 estudantesno ensino médio tendo comodesistentes 379 enquanto no fun-damental dos 14.141 inscritossomente 41 pararam de estudar.

Segundo o professor de Lín-gua Portuguesa Luiz Felipe Soa-res, que atua há seis anos na redepública de ensino, essa diminui-ção na evasão escolar é conseqü-ência principalmente da cons-cientização dos jovens e de seuspais; ele ressalta também que oSupletivo não agrada mais aos es-tudantes.

“Posso dizer que os alunosjuntamente com seus pais estãocriando um pensamento mais de-finido sobre o assunto, lógico que

RepórterMatheus Vieira

Araraquararegistra reduçãode abandonoescolar

Repórter Marlon Tavoni

A água é levada através de tubos para as caixas de armazenamento onde serão reaproveitadas

Cidade possui oito indústrias que utilizam água da chuva

ainda existem aqueles que não li-gam absolutamente para a esco-la, mas a maioria mesmo traba-lhando com pouca disponibilida-de de tempo, está fazendo um es-forço para se manter no colégio.Outro fato que destaco é a ques-tão do Supletivo, muitos jovenspreferem terminar seus estudosna rede pública, do que partir parao Supletivo”, diz o professor.

A Escola “Lea de FreitasMonteiro”, uma das maiores es-colas de Araraquara registrouuma evasão de 9,7% de estudan-tes. “A evasão no Ensino Médioé pequena, e aqui temos uma pro-va disso”, diz Benetido Miranda,um dos coordenadores do colé-gio, que também ressalta a lenti-dão da coleta dessas informaçõesdificultando, então, divulgar sem-pre dados recentes de toda a redepública de Araraquara. “Temosque contabilizar a evasão em todarede municipal, estadual e parti-cular e depois enviar aos órgãoscompetentes como o INEP (Ins-tituto Nacional de Estudos e Pes-quisas Educacionais)”, completao coordenador.

As menores taxas de evasãoescolar foram registradas nas es-colas “Augusto da Silva César eFrancisco Pedro Monteiro da Sil-va”, com 0,4% e colégio LuisaRolfsen marcou o menor registro,apenas 0,3% de desistências.

média nacional. No verão o con-sumo aumenta e as nuvens carre-gadas desta estação são alternati-vas para o uso racional da água.

Uma empresa de manutençãode bombas hidráulicas faz oreaproveitamento do que antes iapara o ralo. As calhas levam aágua para tubos que enchem ascaixas usadas para oarmazenamento.

A água reaproveitada não éprópria para o consumo, mas éutilizada, por exemplo, para lavara linha de produção. Nos meses

chuvosos a economia de água naempresa chega a 30% e a contade água cai de R$450,00 paraR$300,00. A diferença pode pa-recer pequena, mas é o equivalen-te a todo o gasto da empresa commateriais de limpeza.

Segundo o gerente da em-presa, Francisco Carlos Anaia,atualmente ela coleta apenas20% da água da chuva que caino telhado. No futuro a inten-ção é captar 100%. A empresafaz parte de um grupo que sereúne pelo menos uma vez por

mês no CIESP. O foco prin-cipal das discussões do cha-mado grupo do meio ambien-te é conciliar desenvolvimen-to econômico e a preservaçãodos recursos naturais.

De acordo com o gerenteregional do CIESP, AirtonBertochi, as indústrias por mui-to tempo foram criticadascomo aquela que denigre e es-traga o meio ambiente, mashoje não, pois a responsabili-dade social das empresas estápresente e o empresário estaassumindo uma nova posição.

NO BANHO:Evite os horários de pico entre 18h e 20h,no horário de verão; entre 19h e 20h30.

ALIMENTOS:Não desperdice. Compre e Cozinhe apenaso necessário.

TRANSPORTE:Evite usar o carro nos horários e locais de maiorcongestionamento, compartilhe o veículo com maispessoas e faça revisões periódicas para reduzir asemissões de poluentes.

ILUMINAÇÃO:Aproveite a luz e a ventilação natural de suaresidência. Troque as lâmpadas incandescentespelas fluorescentes.

ELETRODOMÉSTICOS:Use os mais eficientes, que consomem menosenergia. Desligue os aparelhos mesmo os queestão em função stand-by.

EMBALAGENS:Diminua o consumo de produtos embalados,reutilize as embalagens ou recicle-as.

Estação manual de controle do ar em Araraquara, equipamento serásubstituído por uma estação automática de medição

e Araraquara receberão as redesautomáticas. Essas cidades foramescolhidas basicamente pela in-tensidade da queimada de palhade cana.

Apesar de fazer parte de umaregião canavieira, a qualidade doar da cidade é consideradasatisfatória. Cidades comoAraraquara e São Carlos nuncaatingiram episódios críticos. "Es-tado de atenção, de alerta e deemergência envolvem os três es-

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VOCÊ TAMBÉM

MEIO AMBIENTE...

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tágios do episódio crítico. O es-tado de atenção sequer foi atingi-do alguma vez nestes dois muni-cípios", diz José Jorge.

INVERNOA situação piora no inverno, quan-do observamos a inversão térmica.A falta de chuvas e o aumento daincidência de queimadas urbanas enos canaviais formam uma cortinade poeira, principalmente ao ama-nhecer e ao anoitecer, que impede

que o ar poluído se desprenda paracamadas mais elevadas da Terra.

Tanto a atual estação, quantoa nova a ser instalada são contro-ladas pela CETESB, ela é o ór-gão operativo do sistema de con-trole de poluição ambientalpaulista junto com a políciaambiental. “A CETESB cuida defontes de poluição e a políciaambiental de ocupação em áreasde preservação permanente”,completa Guimarães.

PODE AJUDAR O

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Cursos de Saúde recomeçamatendimento gratuito à populaçãoCom energia e vitalidade acumulada durante as férias, alunos da áreade saúde da Uniara reiniciaram o atendimento gratuito ao público

Os alunos do quarto ano doscursos de Fisioterapia, Odontolo-gia, Biomedicina, Fonoaudio-logia e Nutrição da Uniara já co-meçaram o atendimento gratuitoao público. Tratam-se dos estági-os supervisionados, onde os fu-turos profissionais atendem aospacientes do SUS (Sistema Úni-co de Saúde) sob a supervisão ri-gorosa de professores e técnicos.

Segundo a Profª. Drª. CeliVasques Crepaldi, chefe do De-partamento de Ciências Biológi-cas e da Saúde da Uniara, o aten-dimento é um “algo mais” no pro-jeto de extensão dos cursos, queobjetiva uma inserção social nacomunidade. Ela diz que “os aten-dimentos realizados são de exce-lente qualidade e contam comacompanhamento de professoresdo mais alto gabarito.” E comple-ta: “a reitoria oferece o apoio paraessas ações e as considera comouma missão institucional daUniara. E é importante salientarque os atendimentos são voltadospara a população mais carenteque, de outro modo, nunca teri-am um atendimento com esse ní-vel de qualidade”.

A Clínica de Fisioterapia, porexemplo, atende gratuitamentecerca 2.500 pacientes por mês. Ocoordenador do curso, Prof.Carlos Roberto Graziano, conta

que são feitos atendimentos nasdiversas áreas de atuação do pro-fissional, como cardio-respirató-ria, gineco-obstetrícia, pediatria,geriatria e outras mais, sem con-tar os atendimentos aos pacien-tes internos da Santa Casa deAraraquara.

A Clínica de Odontologiaatende cerca de 90 pacientes pormês na unidade IV da Uniara. Sãoatendimentos de urgência e tra-tamentos a médio e longo prazo.

Repórter Luiz Gustavo Pelos serviços prestados pelos fu-turos profissionais é cobrada umapequena taxa simbólica

O Laboratório de AnálisesClínicas da Santa Casa deAraraquara, sob responsabilida-de do curso de Biomedicina, rea-liza coleta de material biológicoe exames laboratoriais com equi-pamentos de última geração.Aproximadamente 12 mil atendi-mentos médicos mensais sem ne-nhum custo para o paciente.

A Clínica Uniara de Fono-audiologia e Terapia Ocupa-cional, coordenada pela professo-ra Sthella Zanchetta, atende emtorno de 120 pacientes por mês,todos encaminhados pelo Centrode Reabilitação e Recuperação deAraraquara. Os alunos do tercei-ro e quarto ano do curso partici-pam dos atendimentos, sempresupervisionados por professores.

Na Clínica Integrada de Nu-trição, existe uma triagem dos pa-

cientes feita pelos médicos, nosPostos de Saúde. Eles recebemorientação nutricional sobre die-tas e refeições balanceadas paraseus respectivos casos clínicos.Os atendimentos acontecem noperíodo da tarde. A Profª. AnaCarolina Carneiro, coordenadorado curso de nutrição, relata quesão realizados, em média, duzen-tos atendimentos por mês, entreconsultas e retornos, todos gratui-tos.

Os atendimentos, em geral,são de suma importância para aformação dos futuros profissio-nais. Trata-se de uma oportunida-de de aplicar os conhecimentostécnicos e científicos adquiridosdurante o curso e, além disso,prepará-los para exercer suas pro-fissões com ética, seriedade e res-peito às pessoas mais necessita-das, carentes de tratamento e ori-entação nas diversas áreas do co-nhecimento.

Linguagem da internet atrapalha oaprendizado da Língua PortuguesaEstudantes misturam "internetês" com as normas cultas da língua

Nos últimos tempos, com oavanço da tecnologia e dainternet, principalmente das faci-lidades de comunicação, os usu-ários do mundo virtual criaramuma nova linguagem para secorresponderem no dia-a-dia, e apartir disso, nasceu o “inter-netês”, muito utilizado por ado-lescentes e que tem como carac-terística a abreviação de palavrase até a criação de novos termos egírias. Basta dar uma olhada emsites de relacionamentos como oOrkut ou em mensageiros instan-tâneos como o MSN e o ICQ,para se comprovar essa nova ten-dência e ver abreviações como“tbm” (também), “vc” (você),“qnd” (quando) e “aki” (aqui).

Com o surgimento dessanova forma de se comunicar, tam-bém surgiu um grande problema:

Clínica Uniara de Fonoaudiologia e TerapiaOcupacionalRua. Voluntários da Pátria, 1523.Tel: (16) 3333-1373

Clínica de Odontologia UniaraAv. Maria Antonia Camargo de Oliveira, 170.Tel: (16) 3332-7055

Clínica Integrada de NutriçãoAv. D. Pedro II, 769.Tel: (16) 3333-5553

Clinica de Fisioterapia UniaraAv. D. Pedro II, 614.Tel: (16) 3301-7235

Laboratório de Análises Clínicas da SantaCasa - UniaraAv. José Bonifácio, 794.Tel: (16) 3303-2987

Jovem pratica o "internetês" em conversas nomessenger

Alunos da saúde atendem o público nas várias clínicas da Uniara

LOCAIS DE ATENDIMENTO

Repórter Rafael Gomes ABREVIAÇÕESE TERMOS DO"INTERNETÊS"

Aff = forma demanifestar insatisfação

Vixi = forma demanifestar euforia

Tbm = também

Qnd = quando

Vc = você

Cmg = comigo

Blz = beleza

Fmz = firmeza

Tc = teclar

Net = internet

Vlw = valeu

Flw = falou

T+ = até mais

Hahaha ou kkk = risada

O aluno distraído,pode facilmente utilizar“internetês” no seudia-a-dia

a crescente utilização do “inter-netês” pelos alunos nas salas deaula e até nas provas escolares, oque conseqüentemente prejudicao aprendizado da nossa língua.Segundo os professores, que jádetectaram o problema, váriosalunos acabam por confundir emisturam a linguagem da internetcom a forma mais culta da línguaportuguesa. O resultado disso é aqueda de rendimento dos alunos,tanto nas salas de aula, como nosvestibulares.

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uma pessoa substituir a palavravocê, pela abreviação “vc”, entremuitas outras. Ele mesmo admi-te ter se confundido várias vezesna aula.

A professora Cássia Couti-nho, formada em Letras pela Uni-versidade Estadual Paulista(UNESP), concorda com JoséRenato. “Um aluno distraído,

Para José Renato Buzaid, es-tudante que acabou de prestarvestibular, o “internetês” atrapa-lha bastante, e diz que é comum

pode facilmente utilizar abrevia-ções e termos da internet no seudia-a-dia, e dependendo do estu-dante, isso será prejudicial”.

Já o pré-vestibulando SamiOliveira acha que não atrapalhae que pode separar as linguagens.“Não é porque a pessoa escreveassim na internet que ela vai fi-car abreviando na vida real. Nun-ca escrevi assim fora de casa, nemcopiando as matérias do cursinhoeu abrevio”.

Para resolver este problema,os especialistas recomendam queos professores sejam insistentes,e que fiquem atentos na formacomo os alunos estão escreven-do. Já para os pais dos alunos, adica é ter um controle sobre otempo dos filhos na internet, paraevitar abusos, além de alertá-lospara que não se confundam e aca-bem utilizando o “internetês” emmomentos inadequados.

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Aves dóceis conquistam mercado

Elas são dóceis, coloridas eencantadoras. Essas são qualida-des que conquistam e seduzem aspessoas de diversas idades. Asaves exóticas como a calopsitavêm sendo as preferidas comoanimais de estimação.

E não é só a beleza que fasci-na os novos adeptos dessa mania,a facilidade de adaptação dos ani-mais em locais como apartamen-tos também tem sido levado emconta na hora de levá-las paracasa. Isso porque segundo os cri-adores, essas aves dão menos tra-balho e ocupam menos espaço.

Na casa da vendedora Elisan-gela Aiello, o xodó do filho Leo-nardo Aiello, de cinco anos sem-pre foi o cachorro “Rupter”. Háum ano a família descobriu que omenino é alérgico a animais depelo. As crises constantes derinite fizeram com que a mãe op-tasse em doar o animal. Segundoela, essa não foi à solução paraos problemas, a falta do cachorrolevou o menino a ter febre alta edores de cabeça. Há seis meses opai comprou para o menino umacalopsita.

A nova paixão de Leonardotem nome de "Sândi" e ele não

desgruda da ave. A melhor ami-ga também ganhou uma novafunção na casa da família Aiello.“Antes o Léo tinha dificuldadepara levantar cedo, agora o cantodo pássaro além de deixar o am-biente mais agradável, também o

ajuda a acordar com bom humor”,diz Elisangela.

E eles não são os únicos, oempresário Alexandre Piovani écasado com Alessandra Piovani,há dois anos e ainda não tem fi-lhos. Os dois sempre pensaram

em ter algo para deixar a casamais animada. Há oito meses pas-seando pelo shopping de SãoCarlos, Alessandra se apaixonoupor um casal de calopsita. “Foiamor à primeira vista””, diz. Se-gundo Piovani, as aves funcio-

Repórter Pedro Santana

“Dançar é estar vivo”. Combase no pensamento da dançari-na e poeta Isadora Duncan, asDanças Circulares Sagradas, maisconhecidas como danças de rodaou danças dos povos, começam aocupar um espaço importante nacultura araraquarense.

Além do grupo “Roda Viva”,existente há um ano no ParqueInfantil, as Oficinas Abertas paraTodas as Idades (OATI), se apre-sentam como mais um espaço paraesta arte terapêutica com benefí-cios incontestáveis na opinião dequem já pôde, na prática, soltaralguns passos ao som de melodi-as resgatadas de diversos povostradicionais e contemporâneos.

No segundo domingo de cadamês, as coreografias tomam con-ta do espaço público expressan-do, para quem transita pelos ar-voredos, os sentimentos aguçadospelos mais diversos ritmos musi-cais populares.

Cães e gatos são substituídos por aves exóticas

Leonardo, com a sua mãe Elisangela Aiello exibem o pássaro exótico queescolheram como animal de estimação

nam como terapia. "Nós vivemosem um mundo corrido e elas tra-zem um pouco de natureza paranossa casa", diz.

NOVO MERCADODe olho nessas mudanças algunscomerciantes descobriram umnovo nicho de mercado. Geraldoda Silva é um deles. Há cincoanos resolveu abrir um criadourode aves exóticas em São Carlos.Começou com trinta aves, hojetem duzentos e cinqüenta e jápensa em ampliar o galpão paradobrar o número de aves.

De acordo com ele, as vendasvariam muito de um mês para ou-tro Em média vendia sessenta ecinco aves por mês, cada uma aR$ 60 reais. O reflexo é tão posi-tivo que já pensa em contratarmais um funcionário. E se depen-der da vontade de seu Geraldo ocão, o melhor amigo do homem

está com os dias contados.Para o biólogo e veterinário

Renato Andrade, as pessoas pre-cisam tomar alguns cuidados nahora da compra. De acordo comele, é preciso seguir algumas re-gras ao adquirirem o animal.Sempre procurar locais autoriza-dos para a venda e exigir nota fis-cal, pois em casos de problemascomo doenças o consumidor podeprocurar seus direitos. Segundoele, a ave precisa estar em boascondições de saúde, porque as cri-anças são as que mais tem conta-to com elas.

Outra dica é com a alimenta-ção balanceada, esses animaisnão comem todos os tipos de ra-ção. Geralmente nem todos os cli-entes sabem a maneira correta detratar o animal. Por isso é funda-mental a orientação de um pro-fissional da aérea. E aproveitar acompanhia do bichinho.

Harmonia é cultivada na perfeição do círculo durante a dança

Araraquara é palco dasDanças Circulares SagradasRitmos populares unem crianças, jovens e adultosem manifestação de arte e cuidados com o corpo

Às segundas-feiras, o encon-tro na Oficina não pode faltar,principalmente o bate papo acom-panhado de um chá após a ativi-dade saudável dos gestos envol-vidos pela música.

“Os dois espaços são impor-tantes - um para divulgar, paraexpandir, para sentir a natureza,e o outro pra acalentar, para ge-rar um grupo, para interiorizarmais”, destaca

Andréia Borges Moreno,psicopedagoga e coordenadorado grupo "Roda Viva".

Em círculo, de mãos dadas ounão, indivíduos com personalida-des, profissões e idades distintasresgatam através da música mo-mentos de alegria e meditação,estimulando as diferentes inteli-gências humanas e exteriorizandoos sentimentos de forma sagradae harmoniosa através da igualda-de e da perfeição do círculo sim-bólico, mas de extrema importân-cia ao demonstrar a igualdadeentre as pessoas.

Discutido desde sua origem

até os dias atuais, o termo “sagra-do”, denominando a arte, deve serrelacionado aos valores antropo-lógicos, presentes em antigas tra-dições de diversos povos de todoo planeta.

Não há qualquer conotaçãoreligiosa. “O termo sagrado vemdessa maravilha feita pela dança,ou seja, do respeito, doaprofundamento, da força que aspessoas sentem da outra, seja pelotoque, pelo olhar ou pelo estarjunto", ressalta MarlenePremiano, participante ativa eproprietária do OATI.

“O próprio dar-se as mãos, osegurar no ombro, o olhar-se,tudo isso falta no mundo de hoje.A Dança Circular Sagrada trazisso de volta", diz.

A Oficina Aberta para todasas Idades funciona na AvenidaBarroso, 292, às segundas-feirasàs 18h30.

ORIGEMAs Danças Circulares Sagradastiveram origem na Europa, como

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COMPORTAMENTO

forma de resgate das dançastradicionais dos povos.

Bernhard Wosien, bailari-no, coreógrafo e pesquisadoralemão, vivenciando esta artedesde pequeno, torna-se umestudioso no assunto.

Em 1976, ao visitar a co-munidade de Findhorn, na Es-cócia, é convidado junto comsua filha a ensinar uma cole-tânea de Danças Folclóricas.Nesta prática educativa per-cebe o ensinamento das dan-ças como uma forma corpo-ral de expressar sentimentos,como amor e alegria consigoe com os outros. Desde então,muitas danças tradicionais econtemporâneas de diferentesregiões foram incorporadas àschamadas Danças Circulares.

No Brasil, este movimentochega por volta dos anos 80,quando Sarah Marriot, que mo-rou em Findhorn, inicia um tra-balho de educação corporal comdanças no Centro de Vivênciasde Nazaré Paulista (SP).

Engana-se quem pensa que obicicross é uma modalidade pra-ticada apenas por jovens. OlímpioBernardes Ferreira Netto, de 64anos, é prova viva de que os maisvelhos também dominam essasacrobacias.

O bicicross passou a ser es-porte olímpico em 2006 e é co-nhecido por suas manobras radi-cais. Olímpio não se assusta comisso, ele é hexacampeão paulista.

O experiente atleta começoupor acaso em 1996, levando o so-brinho para a pista de treinos. Eleconta que sempre dava palpitessobre forma de pilotar, até que umdia resolveu montar na bicicletae nunca mais largou o esporte.“Quando vi que podia superar osmeus limites, resolvi me dedicare minha vida mudou. Hoje minhasaúde é ótima, a auto estima estásempre presente”.

Em sua casa, sustenta umacoleção de 235 troféus e muitasmedalhas, é o orgulho de seusdois filhos e quatro netos. O de-sempenho do atleta inspirou Leo-nardo Ferreira, de 12 anos quepassou a praticar bici-cross depoisque viu Olímpio nas competições.“Vovô é um exemplo de supera-ção. Muitas pessoas de sua idade ,acham que não conseguem fazeresporte, isso não é verdade”, dizleonardo.

Ele conta também que já par-ticipou de competições com atle-

Olímpio é a prova de queos mais velhos tambémpodem praticar esporte commuita competência

RepórterWilson Luiz Aiello

Atleta mostraque esporte nãotem idade

tas de 17 anos e ainda conseguiuchegar na frente. “Não tive medofui lá mais uma vez e enfrentei odesafio, deixei muito garotão paratrás”, lembra o ciclista.

A cada dia a vida impõe maisdesafios para o “vovô do bici-cross”, em abril de 2006, quandoparticipava de mais uma compe-tição, sofreu um acidente e fratu-rou a mão esquerda. Mas quemdisse que ele parou? Na provaseguinte lá estava Olímpio.“Quando eu corro sinto muita dor,mas isso é apenas mais uma bar-reira que eu vou superar em mi-nha vida”.

O último desafio foi emSorocaba estado de São Paulo, “2ªEtapa do Campeonato Paulista"na categoria ‘30 +’ que aconte-ceu no dia 11 de março, provoumais uma vez que está em boafase e ficou em segundo lugar nocampeonato.

O ciclista não pensa em aban-donar o bicicross, mas já estáplantando uma semente: um pro-jeto que ensina a arte de pedalarpara crianças. Para isso será cons-truída uma pista nos Pavilhões daFacira. A obra já começou noCentro de Eventos de Araraquara(CEAR) em parceria com a Fun-dação de Esporte de Araraquara(Fundesport). A pista terá 400metros.

“Já conquistei muitos títuloscom este esporte, agora pretendoensinar as crianças a técnica. SeDeus quiser sairá daqui futuroscampeões”, afirma o “Vovô”.

RepórterAndré Luiz Lourenço

Olimpio Bernardes,64 anos hexacampeãopaulista de bicicross

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Ferroviária ganha nova torcidaA Torcida Jovem Grená se diferencia pelo apoio ao time ea interação com outras torcidas

RepórterCarlos André de Souza

Depois de dez anos marcadospor rebaixamentos e formaçõesinstáveis, a Ferroviária conquis-tou, no final do ano passado, aCopa Federação Paulista de Fu-tebol, campeonato que contoucom os principais clubes do inte-rior paulista. Desta forma, o timecomeçou a empolgar os torcedo-res da cidade, em especial àque-les que não eram sequer nascidosquando o time atingiu seu augeentre os grandes do futebol bra-sileiro.

Araraquara conta agora como apoio de uma nova torcida quevem acompanhando o time tantonos jogos que acontecem emAraraquara como fora de casa. ATorcida Jovem Grená surgiu noinício deste ano, e aproveitou abase da torcida "Fúria Grená",fundada em 2005.

Esta última foi extinta em fun-ção de um pedido feito pelo 13ºBatalhão da Polícia Militar, queimpediu que a torcida organiza-da exibisse sua faixa nos jogos,utilizando o argumento de que apalavra "Fúria" fazia alusão àviolência.

Os membros da diretoria datorcida se reuniram e através deuma votação realizada entre osparticipantes elegeram, entre trêsopções, o nome "Torcida JovemGrená".

Com o novo nome, a torcida,que conta hoje com 420 mem-bros, elaborou uma programaçãoespecial para acompanhar a equi-pe durante a temporada de 2007,além de criar um estatuto para os

torcedores filiados e buscar ainteração entre as outras torcidasque frequentam o estádio da Fon-te Luminosa.

SURGIMENTOA Torcida Jovem Grená teve uminício não muito diferente das de-mais torcidas. Alguns jovens, jáapaixonados pela “Ferrinha”, porinfluência dos pais ou por ami-gos, marcavam presença noestádio em todas as partidas, masa idéia de torcida organizada erainexistente. Pela paixão à Ferro-viária, os jovens Bruno Moura,Rafael Tamer, Lucas Caride,André Foguinho, Paulo Valili eMarquinhos (Kinho), se unirame decidiram começar um trabalhosério na organização.

Os integrantes explicam quea consciência da história e tradi-ção da equipe fez com que elessempre estivessem ao lado dotime. "Sabíamos, quando nós co-meçamos, que as dificuldadesseriam grandes, já que a equipevinha tentando reconquistar seuespaço no futebol. É engraçado,mas no começo éramos seis ousete pulando e cantando”.

Muitas pessoas ficavam ob-servando e quando nos demosconta, já existia um número detorcedores muito significativo",explica Lucas Caride, quetambém compõe a diretoria datorcida.

Outra questão frisada, pelosmembros da Jovem Grená,, é deque a torcida não é restrita aosjovens, mas os adultos e senho-res que integrarem o grupo devemmanter o pensamento de cantar evibrar durante toda a partida,

mesmo em situações adversas.ObjetivosOs membros da torcida já co-

locaram em prática seus planospara a temporada 2007. "Estamoscadastrando os torcedores atravésde carteirinhas”.

Em fevereiro, alguns inte-grantes da torcida marcaram pre-sença no jogo contra o Juventudeem Caxias do Sul (RS), válidopela Copa do Brasil. Mas apesardo apoio, o time não conseguiu oresultado esperado e foi elimina-do da competição nacional.

Ainda assim, os membros datorcida estão empolgados com aatual fase do time no Campeona-to Paulista da Série A-3. "Levan-do em consideração o formato dacompetição e o fato da diretoriater mantido a base, nós cremossinceramente que o time vai con-quistar o acesso", ressalta Bruno.

Os dirigentes da torcida, quejá mandaram confeccionar umanova bandeira, trabalham no in-tuito de conseguir uma sedeprópria.As pessoas que tivereminteresse em patrocinar, saber odia-a-dia da torcida, compromis-sos e, sobretudo filiação é só con-sultar o endereço abaixo.

Em busca de vaga para o Pan,Parapan e Pan Juvenil, atletastreinam duro para alcançar índice

Entre os dias 13 e 29 de ju-lho, no Rio de Janeiro, acontece-rá a décima quinta edição dos jo-gos Pan-americanos. Essa com-petição ocorre sempre um ano an-tes das Olimpíadas e reúne ospaíses que formam o continenteamericano. Esta é a segunda vezna história dos jogos que uma ci-dade brasileira vai sediar o even-to. Em 1963, a cidade de SãoPaulo já havia recebido os jogos.

A região de Araraquara quermarcar presença no evento. Paraisso, aposta suas fichas no atle-tafundista Marcelo Cabrini, de 22anos, que é integrante da equipeFundação de Amparo ao Espor-te do Município de Araraquara(Fundesport). O atleta disputaráentre os dias 20 e 24 de junho,em São Paulo, a prova dos 5.000metros do Troféu Brasil de Atle-tismo 2007. Essa será a última se-letiva para o Pan do Rio 2007.

“Estou me preparando faztempo e assim vou continuar, mastenho consciência de que a difi-

A Associação Ferroviária de Esportes, que hoje é um Clube Empresa - FerroviáriaFutebol S/A, foi fundada no dia 12 de abril de 1950. A agremiação teve um iníciometeórico em sua jornada profissional, já que em 1955 a equipe chegou a DivisãoEspecial do Futebol Paulista e, se não fosse um rebaixamento no ano de 1965, teriapermanecido durante 41 anos ininterruptos na Divisão de Elite do Estado. O timeprecisou apenas de um ano para voltar a duelar com as grandes equipes de São Paulo,quando, numa final histórica, venceu o XV de Piracicaba no Pacaembu em 1966.

Desde 1997, após sucessivos rebaixamentos a Ferroviária luta para voltar ao seu localde origem no futebol. A equipe disputa atualmente o Campeonato Paulista da Série A-3.Dentre as principais conquistas da equipe, estão os títulos do Campeonato Paulista daSegunda Divisão (1955,1966), a conquista do Tricampeonato do Interior (1967-68-69),além da recente conquista da Copa Federação Paulista de Futebol no ano passado,que fez com que a Ferroviária voltasse a ter notoriedade e chance de voltar a disputara Copa do Brasil.

Oliverio Bazani Filho é inegavelmente o principal destaque da história daFerroviária desde sua fundação. O craque, oriundo da cidade de Mirassol,chegou a Araraquara aos 17 anos. Além de estar presente nas jornadas maisimportantes da agremiação, o "Rabi", apelido pelo qual ficou conhecido, defen-deu a equipe grená por 18 anos e teve ainda uma passagem de dois anos peloCorinthians. Participou ainda da seleção paulista, onde foi o reserva de Pelé e osubstituiu num duelo. Esforçado, Bazani realizou simultaneamente a carreira deatleta e cursou a faculdade de odontologia, tendo, durante muitos anos,prestado atendimento à população araraquarense.Após o encerramento da carreira, Bazani continuou trabalhando na Ferroviária,exercendo os mais variados cargos, tanto no futebol amador quanto no profis-sional. Ele foi o técnico que mais vezes dirigiu a equipe, tendo totalizado dozepassagens no comando do time. O ex-atleta assiste até hoje os jogos daFerrinha, além de se fazer presente em muitos treinamentos.Em função da sua ligação Araraquara e de seu eterno amor pela Ferroviária, aprefeitura tomou a iniciativa de homenagear o craque através de um busto naentrada do estádio da Fonte Luminosa. A obra do artista plástico Wagner Gallofoi inaugurada com um amistoso entre Ferroviária e Corinthians. O jogo, emque o time de Araraquara venceu por 3 a 0, reuniu várias personalidades, entreautoridades e craques do passado, e teve toda sua renda revertida para afamília do ídolo grená, que não pôde comparecer ao evento.

FERROVIÁRIA

Atletas de Araraquara preparam-se para o PAN 2007

ETERNO BAZANI

Araraquara quer marcar presença no Pan

RepórteresGabriel Quintão

Michele Barboza Dunda

Endereço eletrônicowww.torcidajovemgrena.v10.com.br.

Contato(16) 3324-7777 ou97112233(falar com Bruno Moura)

A Torcida Jovem Grená marca presença inclusive nos jogos fora de casa

culdade de classificação é muitogrande”, relata o Cabrini. Segun-do ele, os atletas que participamda prova têm um nível muito ele-vado, sendo que um deles já foicampeão da maratona internaci-onal de Nova Iorque.

PARAPAN-AMERICANOSPela primeira vez na história, osJogos Parapan-americanos serãodisputados na mesma cidade dosjogos Pan-americanos. Eles acon-teceram entre os dias 12 e 19 deagosto, logo após o término dacompetição principal.

Alisson Alves, da Silva é téc-nico de natação pára-olímpica emAraraquara e dentre os doze atle-tas deficientes físicos, auditivos,visuais e mentais, ele garante queao menos quatro conseguirão seclassificar para o Parapan.

Entre os atletas com maioreschances de classificação para oParapan estão os deficientes vi-suais Mário Jr. Chavier e AlexPalhares Viana e os deficientes fí-sicos José Gonçalo Neto e JoséRoberto da Silva. “Esses atletastêm entre 16 e 38 anos, sendo quedois deles já foram medalhistas

no Pan em 2003 e outros dois fo-ram campeões dos Jogos Abertosde São Bernardo do Campo”, dizo treinador.

PAN-AMERICANOJUVENIL A judoca, de 19 anos, Lívia Re-nata dos Santos Souza, competepela categoria júnior meio médio.Moradora de Araraquara, treinadesde os oito anos e atualmentecompete pela equipe de SantoAndré. Lívia aguarda o resultadodas provas classificatórias do PanJuvenil que está previsto para ju-lho. A atleta se diz entusiasmadapara a competição que acontece-rá em San Domingo, na Repúbli-ca Dominicana. Ela já foi cam-peã do Pan Juvenil de 2002, alémdos campeonatos Brasileiro ePaulista.

No Pan do Rio de Janeiro, asprovas serão disputadas em 16lugares distintos, entre complexosesportivos e ambientes naturais,todos englobados num raio de 25quilômetros. Estão inclusas alémde modalidades olímpicas, outrasque não são disputadas nas Olim-píadas.

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São Carlos e Araraquaracriaram, no ano passado, es-paços para a manifestação da

Região cria espaços para a cultura afroEspaços em São Carlos e Araraquara valorizam participação do negro na sociedade

Carlinhos Oliveira

Obras da exposição "Rosa e Marron" no Centro Afro de São Carlos

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Centro de Cultura Afro-Brasileira de São Carlos

Rua D. Alexandrina, 844, e funciona de segunda asexta-feira das 13h às 20h, aos sábados das 13h às18h e aos domingos das 10h às 17h.

Centro de Referência Afro de AraraquaraAv. Duque de Caxias, 660, entre as ruas 5 e 6, efunciona de segunda a sexta-feira das 8h às 17h.

cultura Afro-Brasileira. Emabril, Araraquara inaugurou oCentro de Referência Afro eem novembro foi a vez de SãoCarlos criar o Centro Munici-pal de Cultura Afro-Brasilei-

ra. O principal objetivo dasduas cidades, com a criaçãodestes espaços, é dar continui-dade ao processo de imple-mentação de políticas públi-cas de valorização e reconhe-

cimento da importância quetem a população negra para odesenvolvimento da nossa re-gião.

De acordo com a diretorado Departamento de Culturade São Carlos, Telma Olivieri,o Centro Municipal de Cultu-ra Afro-Brasileira "Odete dosSantos", criado em parceriacom o Núcleo de EstudosAfro-Brasileiros (NEAB) daUFSCar, é um espaço que visavalorização da cultura afro-brasileira. "O local oferecesalas para dança, oficinas evídeo, além de um espaçopara exposição de objetos dacultura africana. Inclusive nóstivemos, recentemente, umaexposição coletiva de quatroartistas plásticas retratando aparticipação do negro na so-ciedade", revelou Telma.

O Centro de ReferênciaAfro de Araraquara trabalhacom a conscientização daspessoas mostrando que todos,independente da cor da pele,são iguais . Cursos de ca-pacitação, como o que contaa história do negro e sua im-portância na sociedade, formamultiplicadores que traba-

lham com ações afirmativas,algo fundamental na luta pelaigualdade racial.

“A política desenvolvidano âmbito do município pro-cura trabalhar de maneira am-pla as questões comuns à co-munidade negra. A área desaúde é bastante enfocadacom orientações para que aspessoas fiquem atentas às do-enças or iginár ias da raça,como, por exemplo, a anemiafalciforme, que traz muitosproblemas aos negros e seusdescendentes”, disse o asses-sor Especial de Promoção daIgua ldade Rac ia l de Ara-raquara, Washington LúcioAndrade.

O complexo do Centro deReferência Afro abriga salamultiuso, sala para música e

dança, a lém de uma cine-mateca. Professores são capa-citados para desenvolverem,lá mesmo e nos bairros, aulasde dança afro, samba-rock,capoeira e hip-hop.

A professora do NEAB/UFSCar, Petroni lha MariaGonçalves e Silva, destacaque a criação destes espaçossignifica o reconhecimento àpopulação negra que muitocontribuiu e continua contri-buindo para o desenvolvimen-to regional. "A criação destesespaços tem um significadomuito grande para a nossa so-ciedade. A valorização da co-munidade negra é algo pri-mordial, pois, mais da meta-de da população brasileiratem origem afro-brasileira",concluiu.

Quem nunca viajou para o pas-sado junto com o jovem MartyMcfly interpretado pelo atorMichel J. Fox, no filme de VoltaPara o Futuro? A Fundação Pró-Memória (FPMSC) criada no anode 1993, está funcionando comouma máquina do tempo para pes-quisadores e estudantes da cidadee região que buscam base para tra-balhos ou simplesmente voltar aopassado.

A Unidade de Arquivos His-tóricos e Públicos da Fundação re-úne e disponibiliza um vasto acer-vo de documentos originários dospoderes Executivo, Legislativo eJudiciário, além de coleções par-ticulares de grande reconhecimen-to e valor histórico-cultural quedatam o ano de 1850 até o ano de1999.

Segundo a coordenadora daUnidade de Arquivo Público daFundação, Juliana Geraldi, todosos documentos são de caráter pú-blico e de livre pesquisa. De todoo vasto acervo oferecido pela fun-dação, a coordenadora confirmaque os documentos mais procura-dos são os que registraram acon-tecimentos importantes da cidade,como jornais periódicos e fotogra-fias históricas.

O assessor de Imprensa da Pre-feitura Municipal de São Carlos,Antonio Carlos de Oliveira, achounos antigos jornais registros neces-sários para compor o primeiro mu-seu dos Jogos Abertos do Interior."Encontrei um vasto registro noextinto jornal ‘O Correio de SãoCarlos’ sobre os Jogos Abertos de1957, evento comemorativo docentenário da cidade", comenta oassessor.

Já a Unidade de PatrimônioHistórico Arquitetônico é respon-sável pela formulação das políti-cas públicas, que tem por objetivopreservar a arquitetura do municí-pio.

Nos últimos anos a unidaderealizou intensos levantamentosnas áreas urbanas e rurais, que re-sultaram no cadastramento de vá-rios imóveis de interesses históri-cos, arquitetônicos, culturais epaisagísticos no município de SãoCarlos.

Por fim, a Unidade de Pesqui-sa e Divulgação é uma forte alia-da da cultura na cidade. Este bra-ço da fundação é responsável pelo

desenvolvimento de projetos queresulta em exposições, publica-ções, oficinas e palestras na Fun-dação e em outras oficinas cultu-rais da cidade.

A Diretora Presidente da Pró-memória de São Carlos, Ana Lú-cia Cerávolo ressalta que é de fun-damental importância para umacidade, que quer crescer de manei-ra sustentável, ter compromissocom o passado. "Conhecer comose formou a cidade, como ela sedesenvolveu, valorizar os perso-nagens que ajudaram a construí-la e seus líderes, é olhar para o fu-turo e planejar o desenvolvimen-to”.

Cultura é preservada em espaço públicopara consulta popular

EndereçoPraça Antônio Prado s/n.º,

antiga Estação FEPASA.

Horário de atendimento:das 8h às 18h.

FUNDAÇÃOPRÓ-MEMÓRIA

DE SÃO CARLOS

Acervo disponível para consulta

Museu conta ahistória da aviaçãoVisitantes fazem uma viagem no tempo econhecem aeronaves e história dos aviadores

O Museu “Asas de Um So-nho” possui uma das coleções ae-ronáuticas mais completas daAmérica Latina. São 32 aeronavestotalmente recuperadas, 20 delasainda em condições de vôo. O lo-cal homenageia os profissionaisda aviação, restaurando e conser-vando aeronaves com objetivo dedivulgar, expor e preservar a his-tória da aviação mundial.

Logo na entrada do museu, os

porte de passageiros e de passeio.Máquinas que surpreendem pelatecnologia usada no passado eque hoje emociona muitos apai-xonados por aviação.

Apaixonado por aviões desdea infância, o bancário aposenta-do Rogério de Souza registroucada detalhe do MIG 21. O caça,orgulho da ex-união soviética, éduas vezes mais rápido que avelocidade do som. Rogério con-ta que realizou um sonho ao co-nhecer todas essas máquinas deperto.

Museu"Asas de Um

Sonho"conta com

32 aeronaves

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arma decisiva para derrotar osnazistas.

Réplicas das máquinas deSantos Dumont, também fazemparte da exposição. Foi com o14 Bis que ele fez o primeirovôo de um objeto mais pesadodo que o ar, em 23 de outubrode 1906. Outra réplica de aero-nave do Pai da Aviação, quetambém está exposta, e oDemoiselle, de 1909, que foi oprimeiro ultraleve de que se temnotícia.

O visitante poderá ver tam-

CENTROS DE CULTURA AFRO-BRASILEIRA

Antonio M. Simonetti

visitantes se deparam com oConstellation L-049, a maior ae-ronave do hangar. O exemplar fi-cou 35 anos abandonada no meiode sucatas numa antiga empresaparaguaia adquirida pela TAM.Depois de dois anos e meio derestauração, está igual àquelesque voavam Brasil a fora nas dé-cadas de 50 e 60.

Dona Marilena dos Santos,que visitou o museu com o mari-do e os netos, conta que teve oprivilégio de viajar nesse gigan-te, que na época era consideradosuper luxo.

Aviões de combate, de trans-

De acordo com Jorge LuizStocco, gerente da oficina de res-tauração, cada aeronave tem umahistória bem peculiar.

Um dos destaques da segun-da guerra mundial é o caça ale-mão Mésser-Schimit, que foi aba-tido e fez um pouso de emergên-cia num lago congelado. Com achegada do verão o gelo derreteu,e a aeronave ficou submersa por40 anos. Foi totalmente recupe-rada, sendo mantidos os furoscausados pela artilharia anti-aé-rea dos aliados.

Outro destaque é o inglêsSpitfire, principal rival do caça,

Repórter Ricardo Italiano

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Fundação preservamemória de São Carlos

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CULTURA

Repórter

Repórter

bém no mesmo espaço, atravésde uma parede de vidro, comoé feita a manutenção nas aero-naves da TAM e também de ou-tras companhias aéreas.

O museu fica no CentroTecnológico da TAM, na Rodo-via SP 318, quilometro 249,5entre São Carlos e Ribeirão Pre-to e é aberto para visitação dequarta a domingo, das 10h às16 h.

Adultos pagam R$ 10 e cri-anças de 7 a 12 anos e pessoasmaiores de 60 anos pagam R$5, e crianças de até 6 anos nãopagam.