Monitorização da Lagoa de Óbidos

Márcia Santos |orientador: Profs. Sílvia Gonçalves & Susana Ferreira* Com a colaboração de Carmen Pedro

Introdução

A Lagoa de Óbidos (Fig.1) é um dos maiores ecossistemas europeus costeiros de águas de transição, que se localiza na costa ocidental Portuguesa. A lagoa tem sofrido vários tipos de pressões ambientais, ao longo dos anos, nomeadamente relacionados com pesca, turismo, agricultura, indústrias e centros urbanos envolventes. A contaminação química e a eutrofização são dois dos aspectos mais problemáticos.

A vegetação presente nas zonas de sapal, desempenham um papel importante na fixação de sedimentos, assim como na filtração e deposição de matéria orgânica em suspensão, melhorando assim a qualidade da água. Apesar da importância das funções desempenhadas por estas plantas, os seus habitats têm vindo a diminuir consideravelmente por razões de variadíssimas ordens.

A qualidade da água na Lagoa de Óbidos é alvo de vários estudos de monitorização nos últimos anos, com o intuito de acompanhar a evolução dos níveis de poluição presentes, seguindo as Normas Directivas existentes (Fig.2).

Objectivos

Analisar nutrientes (azoto, fósforo e sílica) dissolvidos em águas e contidos em sedimentos, recolhidos mensalmente na Lagoa de Óbidos.

Analisar metais pesados (alumínio, manganês, ferro, chumbo, cádmio, níquel, cobre, crómio) dissolvidos ou em suspensão em águas e nos sedimentos, através de espectrofotometria de absorção atómica com chama.

Métodos

Na lagoa de Óbidos foram estabelecidas oito estações para a recolha de águas e sedimentos (Fig.1). Nas diversas recolhas realizadas de Fevereiro de 2009 a Julho de 2010, a temperatura, salinidade, oxigénio dissolvido e pH da água foram medidos in situ, com uma sonda multiparamétrica HANNA Hi9828.

Fig 1. Localização das diferentes estações na Lagoa de Óbidos.

Perspectivas Futuras

Estudos de monitorização da Lagoa de Óbidos nos próximos meses.

Estudos de bioremediação de pesticidas e compostos orgânicos presentes na Lagoa de Óbidos, e biodegradação dos mesmos por plantas halófitas.

Fig 2. Metodologia usada na avaliação de parâmetros de qualidade de água e sedimentos nas diferentes estações de amostragem da Lagoa de Óbidos.