PLANO DE SEGURANÇA DE UM DIFÍCIO OU … · ORGANIZAÇÃO DA SEGURANÇA EM SITUAÇÃO DE...
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PLANO DE SEGURANA DE UM EDIFCIO OU ESTABELECIMENTO
PEDRO IGOR OLIVEIRA
Relatrio de Projecto submetido para satisfao parcial dos requisitos do grau de
MESTRE EM ENGENHARIA CIVIL ESPECIALIZAO EM CONSTRUES
Orientador: Professor Doutor Joo Lopes Porto
FEVEREIRO DE 2008
MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL 2007/2008
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Tel. +351-22-508 1901
Fax +351-22-508 1446
Editado por
FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO
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4200-465 PORTO
Portugal
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mencionado o Autor e feita referncia a Mestrado Integrado em Engenharia Civil -
2007/2008 - Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto, Porto, Portugal, 2008.
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responsabilidade legal ou outra em relao a erros ou omisses que possam existir.
Este documento foi produzido a partir de verso electrnica fornecida pelo respectivo
Autor.
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
i
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer ao Senhor Professor Doutor Joo Lopes Porto, a disponibilidade e apoio
prestado.
Gostaria de agradecer aos meus colegas do Departamento de Engenharia da Hilti Portugal pelo apoio
demonstrado ao longo da elaborao deste trabalho.
Agradeo ainda s pessoas com quem contactei no Edifcio Burgo que colaboraram, na obteno dos
conhecimentos e informao sobre o edifcio.
Por fim agradeo minha futura esposa Monica, aos meus Pais e ao meu Irmo Paulo que sempre me
incentivaram e encorajaram a perseguir os meus sonhos.
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
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Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
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RESUMO
Actualmente, as questes de segurana relacionam-se essencialmente com a complexidade crescente
das sociedades humanas e dos sistemas construtivos. Com a constante evoluo da indstria da
construo, a rea de segurana contra incndios, reclamava, h muito tempo, a aprovao de um
regulamento geral base que acabasse com o hiato normativo existente na documentao dispersa e
desconexa que regulamentava o sector.
O presente trabalho insere-se no mbito da segurana contra incndios em edifcios, sector que
aguarda pela entrada em vigor do novo Regulamento Geral de Segurana Contra Incndios em
Edifcios (RGSCIE). Com esta regulamentao, a segurana contra incndios em edifcios possui uma
nova viso sistmica integrada. A elaborao de um plano de segurana (PS) detalhado uma das
consequncias dessa viso. O PS um conjunto de documentao que aglutina registos de segurana,
o plano de preveno (PP) e o plano de emergncia (PE).
O objectivo deste trabalho o de elaborar uma anlise sobre o estado do sector legislativo da
segurana contra incndios e abordar a questo dos PS's no geral, e em particular os PE's. Numa fase
posterior, pretendeu-se esclarecer o significado da nova preconizao legislativa do RGSCIE, no que
toca a PEs, quando aplicado a um projecto em particular.
PALAVRAS-CHAVE: regulamento geral de segurana contra incndio, planos de segurana, plano de
emergncia, incndio
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
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Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
v
ABSTRACT
Nowadays, safety issues are essentially related to the growing complexity of human societies and
constructive systems. With the constant evolution of the construction industry, the fire safety area,
demanded, for a long time, the approval of a main general code that ended the normative gap which
existed in disperse and unconnected documentation that ruled the sector.
This project is inserted in the ambit of fire safety in buildings, a sector which awaits the entrance in
effect of the new Fire Safety in Buildings General Code (RGSCIE). With this code, fire safety in
buildings possesses a new systemic integrated vision. The elaboration of a detailed safety plan is one
of the consequences of this vision. The safety plan is an assemblage of documentation which conjoins
safety records, a prevention plan and an emergency plan.
The goal of this study is to develop an analysis on the state in which the fire safety legislative sector is
in and approach safety plan issues in general, and emergency plans in particular. At a further stage, the
aim was to clear the meaning of the new legislative establishment of the RGSCIE, concerning
emergency plans, when they are applied to a particular project.
KEY-WORDS: fire safety in buildings general code, safety plans, emergency plan, fire
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
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Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
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NDICE GERAL
AGRADECIMENTOS ................................................................................................................................... i
RESUMO ................................................................................................................................. iii
ABSTRACT ...............................................................................................................................................v
1. INTRODUO ....................................................................................................................1 1.1. OBJECTIVOS.....................................................................................................................................1
1.2. ORGANIZAO E ESTRUTURA.........................................................................................................1
2. ENQUADRAMENTO DA SEGURANA CONTRA INCNDIOS EM EDIFCIOS.........................................................................................3 2.1. EVOLUO HISTRICA E LEGISLATIVA DA SEGURANA CONTRA INCNDIOS .............................3
2.2. PLANOS DE SEGURANA.................................................................................................................4
2.2.1. PLANOS DE SEGURANA....................................................................................................................4
2.2.2. TIPOS DE PLANOS DE SEGURANA .....................................................................................................5
2.2.2. FASES DE ELABORAO DE UM PLANO DE SEGURANA ......................................................................5
2.3. PLANO DE PREVENO ...................................................................................................................6
2.4. PLANO DE EMERGNCIA..................................................................................................................6
2.4.1. OBJECTIVOS E CONSTITUIO ...........................................................................................................6
2.4.2. ORGANIZAO DA SEGURANA..........................................................................................................7
2.4.3. O RISCO EM SEGURANA CONTRA INCNDIOS ....................................................................................9
2.4.3.1. Categorias de risco ...................................................................................................................10
2.4.3.2. Locais de risco ..........................................................................................................................10
2.4.4. DICOTOMIA ENTRE INTERVENO INTERNA E INTERVENO EXTERNA ................................................11
2.4.4.1.Plano de actuao......................................................................................................................11
2.4.4.2. Plano de interveno interna ....................................................................................................12
2.4.4.3. Prestao de primeiros socorros ..............................................................................................13
2.4.4.4. Plano de evacuao..................................................................................................................13
2.4.4.5. Apoio interveno externa......................................................................................................13
2.4.5. PLANTAS DE EMERGNCIA ...............................................................................................................14
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
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3.MEMRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DO PLANO DE EMERGNCIA DO EDIFCIO BURGO ........................................................... 15 3.1. DESCRIO GERAL ....................................................................................................................... 15
3.2. CARACTERIZAO DA LOCALIZAO DO EDIFCIO ..................................................................... 15
3.2.1. ENQUADRAMENTO GEOGRFICO ..................................................................................................... 15
3.2.2. CARACTERIZAO DO SOLO............................................................................................................ 16
3.2.3. CARACTERIZAO SSMICA ............................................................................................................. 17
3.2.4. CARACTERIZAO CLIMTICA.......................................................................................................... 17
3.2.4.1. Temperatura / humidade .......................................................................................................... 18
3.2.4.2. Precipitao .............................................................................................................................. 18
3.2.4.3. Vento ........................................................................................................................................ 19
3.2.5. VIAS DE COMUNICAO .................................................................................................................. 19
3.2.6. AGLOMERADOS POPULACIONAIS ..................................................................................................... 19
3.2.7. ENTIDADES DE EMERGNCIA ........................................................................................................... 20
3.3. DESCRIO DO EDIFCIO............................................................................................................... 21
3.3.1. CARACTERSTICAS GERAIS ............................................................................................................. 21
3.3.2. UTILIZAES-TIPO.......................................................................................................................... 22
3.3.1. CATEGORIAS DE RISCO DO EDIFCIO ................................................................................................ 22
3.4. ORGANIZAO DA SEGURANA................................................................................................... 26
3.4.1. EQUIPAS DE SEGURANA................................................................................................................ 26
3.4.1.1. Nmero de elementos .............................................................................................................. 26
3.4.1.2. Organizao da equipa ............................................................................................................ 27
3.4.2. POSTO DE SEGURANA................................................................................................................... 28
3.5. PONTOS PERIGOSOS E PONTOS NEVRLGICOS .......................................................................... 29
3.5.1. PONTOS PERIGOSOS ...................................................................................................................... 29
3.5.2. PONTOS NEVRLGICOS................................................................................................................... 30
3.6. ENTIDADES A CONTACTAR EM SITUAO DE EMERGNCIA ....................................................... 30
3.6.1. COMUNICAO COM ENTIDADES EM SITUAO DE EMERGNCIA........................................................ 30
3.6.2. RELAO COM ENTIDADES EXTERNAS ............................................................................................. 30
3.7. PLANOS ......................................................................................................................................... 30
3.7.1. PLANO DE ACTUAO ..................................................................................................................... 30
3.7.2. PLANO DE EVACUAO ................................................................................................................... 31
3.7.3. PLANO DE INTERVENO INTERNA................................................................................................... 31
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3.8. PRESTAO DE PRIMEIROS SOCORROS.......................................................................................31
3.9. PLANTAS DE EMERGNCIA............................................................................................................32
4.PLANO DE EMERGNCIA DO EDIFCIO BURGO........................33 4.1. CONSIDERAES E OBJECTIVOS ..................................................................................................33
4.2. PLANO DE EMERGNCIA................................................................................................................33
4.2.1. LISTA DE PGINAS EM VIGOR............................................................................................................34
4.2. 2.LISTA DAS REVISES E ALTERAES ................................................................................................36
4.2.3.LISTA DA DISTRIBUIO ....................................................................................................................37
4.2.4.SIGLAS E ABREVIATURAS..................................................................................................................38
4.2.5. IDENTIFICAO DOS RISCOS E NVEIS DE GRAVIDADE ........................................................................39
4.2.6. PONTOS PERIGOSOS E PONTOS NEVRLGICOS .................................................................................44
4.2.7. ORGANIZAO DA SEGURANA EM SITUAO DE EMERGNCIA ..........................................................45
4.2.8. ENTIDADES A CONTACTAR EM SITUAO DE EMERGNCIA .................................................................47
4.2.9. PLANO DE ACTUAO......................................................................................................................48
4.2.10. PLANO DE EVACUAO..................................................................................................................57
4.2.11. PLANO DE INTERVENO INTERNA .................................................................................................59
4.2.12. PRESTAO DE PRIMEIROS SOCORROS..........................................................................................61
4.2.13. APOIO INTERVENO EXTERNA ...................................................................................................63
4.2.14. REPOSIO DA NORMALIDADE .......................................................................................................64
4.2.15. INSTRUES GERAIS, PARTICULARES E ESPECIAIS ..........................................................................65
4.2.16. PLANTAS DE EMERGNCIA .............................................................................................................71
5.BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................87
ANEXOS
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
x
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
xi
NDICE DE FIGURAS
Fig.1 Responsabilidades da estrutura de segurana de um edifcio ....................................................7
Fig.2 Funes da estrutura de segurana de um edifcio ....................................................................8
Fig.3 Avaliao e controlo de risco .......................................................................................................9
Fig.4 Localizao do Edifcio Burgo [9] .............................................................................................16
Fig.5 Carta dos solos de Portugal Continental [10] ...........................................................................16
Fig.6 Carta dos solos de Intensidade Ssmica mxima [10] ..............................................................17
Fig.7 Valores mdios da temperatura do ar (mdia, mxima e mnima) [11] ...................................18
Fig.8 Valores mdios da humidade relativa do ar [I11] ......................................................................18
Fig.9 Precipitao total [11] ................................................................................................................18
Fig.10 Frequncia do vento / velocidade do vento [11] .....................................................................19
Figura 11 Foto por satlite da Avenida da Boavista [12] ...................................................................20
Figura 12 Localizao das entidades de emergncia [9] ...................................................................20
Fig.13 Torre .........................................................................................................................................21
Fig.14 Centro Burgo ............................................................................................................................22
Fig.15 Centro Burgo (sada da loja) ...................................................................................................24
Fig.16 Efectivo da Torre ......................................................................................................................25
Fig.17 Efectivo do Centro Burgo .........................................................................................................26
Fig.18 Organigrama do SSI.................................................................................................................27
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
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Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
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NDICE DE QUADROS
Quadro 1 Exemplo de lista de pontos nevrlgicos..............................................................................11
Quadro 2 Vias de comunicao do edifcio.........................................................................................19
Quadro 3 Utilizaes-tipo do Edifcio Burgo .......................................................................................22
Quadro 4 Classificao da categoria de risco (Tipo II Estacionamento) ..........................................23
Quadro 5 Classificao da categoria de risco (Tipo III Administrativo) .............................................23
Quadro 6 Classificao da categoria de risco (Tipo VII Restaurao) ..............................................23
Quadro 7 Classificao da categoria de risco (Tipo VIII Comrcio) ..................................................23
Quadro 8 ndice de pessoas dos espaos do Edifcio Burgo .............................................................24
Quadro 9 Clculo do efectivo do Edifcio Burgo .................................................................................25
Quadro 10 Nmero de elementos do SSI ...........................................................................................26
Quadro 11 Listagem de locais de risco e pontos perigosos do Edifcio Burgo...................................29
Quadro 12 Listagem de pontos nevrlgicos do edifcio ......................................................................30
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
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Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
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SMBOLOS E ABREVIATURAS
DP- Director do Plano
DPEI- Director do Plano de Emergncia Interno
CCTV Sistema de video-vigilncia
DP Director do Plano
DPEI Director do Plano de Emergncia Interno
IE Instrues especiais
IG Instrues gerais
INEM Instituto Nacional de Emergncia Mdica
IP Instrues particulares
PA Plano de actuao
PC Proteco Civil
PE Plano de emergncia
PEI Plano de emergncia interno
PII Plano de interveno interna
PP Plano de preveno
PS Plano de segurana
PSP Polcia de Segurana Pblica
RGEU - regulamento geral das edificaes urbanas
RGSCIE Regulamento Geral de Segurana Contra Incndios em Edifcios
RS Responsvel pela segurana
SADI Sistema automtico de deteco de incndios
SADR Sistemas de alarme de intruso
SSI Servio de segurana contra incndio
UT Utilizao-Tipo
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
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Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
1
1 INTRODUO
1.1. OBJECTIVOS
O tema da Segurana contra Incndios em Edifcios assume um papel relevante na actualidade da
Construo Civil. Com a implementao prevista, num futuro prximo, do novo RGSCIE [1], tem-se
verificado uma preocupao crescente de todos os agentes envolvidos nesta rea. O conceito de
Segurana em Edifcios tem vindo a desenvolver-se, adaptando-se s novas necessidades e aplicaes
e tem, hoje, um significado mais vasto e pertinente, conferindo ao tema uma complexidade adicional e
uma responsabilidade acrescida. Cada vez mais, a Segurana uma entidade interdisciplinar e
integradora das diversas reas de interveno a considerar no projecto, construo e explorao de
edifcios.
Pretendeu-se, com este trabalho, esclarecer e debater as situaes preconizadas na recente legislao
do RGSCIE no que concerne aos PSs em geral e, em particular, aos PEs. Para este efeito foi tambm
analisado um projecto em concreto e elaborado o PE correspondente.
1.2. ORGANIZAO E ESTRUTURA
O trabalho encontra-se dividido em duas partes. Na primeira, captulo 2, apresentam-se algumas
consideraes sobre o novo RGSCIE e evoluo legislativa. Aborda-se, tambm neste captulo, a
problemtica particular dos planos de segurana. A segunda parte, constituda pelo captulo 3 e 4,
constituda por um caso prtico. Nestes captulos, elabora-se o projecto de um PE. O projecto est
dividido por estes dois captulos: o captulo 3 corresponde memria descritiva e justificativa do PE e
o captulo 4 o documento final que traduz todas as recomendaes e opes justificadas na memria
descritiva.
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
2
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
3
2 ENQUADRAMENTO DA SEGURANA CONTRA INCNDIOS EM EDIFCIOS
2.1. EVOLUO HISTRICA E LEGISLATIVA DA SEGURANA CONTRA INCNDIOS
A Segurana contra Incndio em Edifcios nunca desfrutou de um estatuto adequado na legislao
portuguesa. O novo RGSCIE considera no seu prembulo que: A legislao sobre segurana contra incndio em edifcios encontra-se actualmente dispersa por um nmero excessivo de diplomas avulsos, dificilmente harmonizveis entre si e geradores de dificuldades na compreenso integrada que reclamam. [1]
A poltica legislativa portuguesa assentou na emisso de regulamentos especficos, que no seu
conjunto, constituiriam o quadro normativo a aplicar na segurana contra incndios [2]. Foi escolhida
esta direco em detrimento da criao de um regulamento geral com uma base normativa comum e
com disposies especficas para cada Utilizao-Tipo (UT).
No mesmo prembulo do RGSCIE descrito o estado legislativo actual relacionado com a segurana
contra incndio:
Articulao dos diversos diplomas por vezes difcil ou impossvel devido existncia de
legislao divergente para a mesma situao
Lacunas e omisses no quadro legislativo
Determinadas UT's apenas abrangidas por disposies regulamentares do RGEU (1951)
sem a existncia de regulamentos especficos. Nomeadamente:
o Instalaes industriais
o Armazns
o Lares de idosos
o Museus
o Bibliotecas
o Arquivos
o Locais de culto
Todas estas condicionantes originaram a que, muitas vezes, os projectos de segurana contra incndio
no possussem consistncia legislativo-jurdica e principalmente que no existisse uma viso
sistematizada e uma interpretao uniforme das normas por parte dos diferentes agentes do mercado.
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
4
O novo RGSCIE materializa de forma lgica, acessvel e rigorosa todas as normativas nacionais
prvias e incorpora adaptaes de normativas europeias. Como consequncia, so revogados os
diversos diplomas existentes (e as respectivas rectificaes e alteraes). (cf. Anexo A)
Apesar do estado regulamentativo em que se encontrava o sector, a elaborao do RGSCIE s foi
possvel dada a experincia acumulada na elaborao e implementao da regulamentao em
segurana contra incndio. Com a elaborao do RGSCIE, pretendeu-se que no se introduzissem
clivagens com as disposies de segurana j aplicveis em Portugal. Estas disposies apesar de
serem, por vezes, difceis de conciliar, esto, em geral, bem elaboradas e j foram assimiladas pela
maioria da comunidade tcnica de segurana contra incndio. [3]
Pode-se identificar os seguintes pontos diferenciadores entre o RGSCIE e o conjunto das disposies
regulamentares prvias: [3]
Consequncias de se tratar de um Regulamento Geral
Cobertura de todo o ciclo de vida dos edifcios e recintos
Conceito de utilizao-tipo (UT)
Caracterizao do risco de incndio
Clarificao das responsabilidades
Simplificao dos processos administrativos
Aplicao de contra-ordenaes e coimas
Adopo de Eurocdigos e Euroclasses
Abertura a disposies de tipo exigencial
Alteraes em disposies de segurana
2.2. PLANOS DE SEGURANA
2.2.1. PLANOS DE SEGURANA
A Segurana Contra Incndios uma rea muito extensa e complexa e que pode ser analisada de
vrias perspectivas. Desse modo, considere-se a seguinte proposta de diviso da Segurana Contra
Incndios em vrios nveis:
Preveno
Deteco
Actuao
Na medida em que os PS's so concebidos na fase de concepo dos edifcios, estes tm um papel
crucial na construo de uma estratgia de preveno integrada.
Este conceito de PS (intrinsecamente ligado ao conceito de preveno integrada) est focalizado na
interveno sobre situaes de risco detectadas na fase de projecto de um edifcio. Consagra, desse
modo, a plena integrao na fase de projecto da previso do risco, assim como a sua supresso, ou
limitao das suas consequncias, atravs da delineao de organizaes e procedimentos mais
adequados para a proteco no s de bens materiais, mas acima de tudo da vida humana.
Esta noo enunciada no RGSCIE, no qual o PS o conjunto de medidas de auto-proteco (organizao e procedimentos) tendentes a evitar a ocorrncia de incndios e a limitar as suas consequncias. composto por um PP e um PE . [1]
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
5
O PS de um edifcio a materializao do planeamento e da estruturao programada da preveno e
induz um sistema que descreve as medidas de eliminao e controlo de riscos, assim como de
formao, informao e consulta a empreender pelos utentes do edifcio.
O PS assume uma transversalidade a todos os nveis de Segurana Contra Incndios pois apesar da sua
criao ocorrer na fase de preveno, o seu campo de aplicao estende-se sobre os outros dois nveis:
deteco e actuao.
Esta transversalidade concretizada atravs do PP e do PE que so sua parte integrante.
2.2.2. TIPOS DE PLANOS DE SEGURANA
O PS desenvolvido como um documento que rene toda a documentao sobre segurana, destinada
ao pessoal de servio e ao pblico que acede ao edifcio, de modo a que estes estejam aptos a controlar
e resolver coordenada e eficazmente qualquer situao de alarme, ou mesmo de fogo declarado, at
chegada dos bombeiros. Segundo a NT VIII.I.01 do RGSCIE [1] podem ser considerados elementos
fundamentais do PS:
Registos de Segurana
PP (ou Procedimentos de Preveno)
PE (ou Procedimentos em caso de Emergncia)
Existem quatro tipos de PSs possveis de ser efectuados para a generalidade dos edifcios.
No quadro XLIX (ANEXO VII) do artigo 217. so indicados, para cada UT e em funo da
respectiva categoria de risco, quais os documentos exigveis para elaborao de PS. A NT VIII.I.01
identifica quatro tipos de PS: PS tipo I Registos de Segurana + Procedimentos de Preveno;
PS tipo II Registos de Segurana + Procedimentos de Preveno + Procedimentos em
caso de Emergncia;
PS tipo III Registos de Segurana + PP + Procedimentos em caso de emergncia;
PS tipo IV Registos de Segurana + PP + PE.
2.2.3. FASES DE ELABORAO DE UM PLANO DE SEGURANA
Conforme os Planos de Emergncia para Estabelecimentos de Ensino [4], para a correcta elaborao
de um PS devero ser tidos em conta as seguintes fases:
Caracterizao do espao localizao geogrfica, edifcios envolventes, UTs, fontes
de energia e extintores;
Identificao dos riscos internos (preenchimento de fichas de segurana) e externos
(riscos naturais e tecnolgicos);
Levantamento de meios e recursos existentes que possam permitir s equipas internas
intervir em situao de emergncia:
o Equipamentos de primeira interveno (extintores, rede de incndio armada,
equipamento de primeiros socorros);
o Sistema de iluminao de emergncia e sinalizao de segurana (percursos
de evacuao e sada com sinais prprios);
o Meios de alarme e alerta botoneira de alarme (para alerta dos utentes),
telefones (para chamada de meios de socorro exteriores);
o Meios automticos de deteco e extino - sistema automtico de deteco
de incndios e sistema automtico de extino de incndios
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
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Organizao de segurana visa a preparao interna para actuao em caso de
emergncia, de forma a garantir que se tomem as medidas necessrias preservao da
vida e dos bens:
o Estrutura interna de segurana - sistema organizativo interno que ser
activado aps a ocorrncia de um acidente; prev que utentes e funcionrios
desempenhem funes operacionais especficas de vigilncia;
o Plano de Interveno;
o Plano de Evacuao.
Depois de analisadas todas estas componentes, ser elaborado o PS com todos os documentos
necessrios: registos de segurana, PP (ou Procedimentos de Preveno), PE (ou Procedimentos em
caso de Emergncia).
2.3. PLANO DE PREVENO
O PP tem como finalidade a limitao dos riscos de ocorrncia e desenvolvimento de incndios
atravs da manuteno da segurana. Estamos claramente, na fase pr-incndio, e este plano
responsvel pela especificao da organizao, das atribuies e dos procedimentos de actuao em
situao normal.
Segundo o RGSCIE O plano de preveno um documento onde deve constar a organizao de segurana e suas atribuies, assim como os procedimentos de actuao em situao normal tendo em vista a capacidade de passagem situao de emergncia, em caso de necessidade. [1]
O RGSCIE define as seces que devem constituir o PP. (cf. Anexo B).
2.4. PLANO DE EMERGNCIA
2.4.1. OBJECTIVOS E CONSTITUIO
O PE surge da necessidade de dotar e treinar as pessoas para uma correcta actuao em caso de
emergncia. um conjunto de normas e regras de procedimento, que visam minorar ou atenuar os
efeitos decorrentes de sinistros. Regula a gesto de meios e recursos materiais e humanos, optimizando
a sua utilizao e dinmico dado que carece de constante actualizao. [4]
Os PE's podem ser classificados de acordo com dois critrios [5]; [6]:
Objectivo: poder tratar-se de um PE aplicvel a todos os riscos, num determinado espao
geogrfico, possuindo um carcter generalista ou dirigido a apenas um risco em particular
mbito: relaciona-se com o espao fsico a que o Plano se aplica. Assim, se todo o
territrio nacional considerado, o Plano Nacional, se o mbito se restringe a um
municpio, um Plano Municipal. O Plano para um edifcio designa-se usualmente de
Plano Interno.
As inmeras variaes que estes dois critrios podero sofrer, originaro um nmero elevado de
designaes de PEs. Como exemplos podem ser indicados os seguintes Planos:
Plano Nacional de Emergncia (Geral - Nacional)
Plano Municipal de Emergncia do Porto (Geral - Municipal)
Plano Nacional de Combate a Fogos Florestais (Especial - Nacional)
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
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Um PE de um edifcio um plano geral, de mbito local, que poder lidar com os mais variados tipos
de emergncia: incndio, bomba, sismo, inundao, etc.
Este trabalho prende-se com o estudo de PEs no mbito da segurana contra incndios em edifcios
que pretendem, de uma forma geral, cumprir os seguintes objectivos:
Obteno de conhecimentos e rotinas de auto-proteco.
Cumprimento de normas de segurana
Conhecimento dos meios / condies de segurana existentes no edifcio
Organizao dos recursos humanos do edifcio e definio da actuao em caso de
emergncia
Limitao das consequncias de possveis sinistros
Informao e colaborao com as entidades de interveno externas
Estabelecimento de rotinas de procedimentos, atravs de simulacros e formaes
Organizao da evacuao das instalaes
O RGSCIE define as seces que devem constituir o PE. (cf. Anexo C).
2.4.2. ORGANIZAO DA SEGURANA
A organizao da estrutura interna de segurana varia de acordo com a UT e com a categoria de risco
do edifcio. As pessoas pertencentes equipa de segurana devero primar pela multidisciplinaridade
de competncias para poder colmatar ausncias de certos elementos e para poder melhorar o tempo de
resposta ao sinistro.
Apesar destas consideraes, a constituio da equipa de segurana dever obedecer sempre a uma
matriz organizativa de responsabilidades, independentemente da UT e categoria de risco do edifcio e
nmero de elementos. Desse modo a equipa de segurana poder ser divida por responsabilidades e
respectivas funes. (cf.figs.1; 2)
Fig.1 Responsabilidades da estrutura de segurana de um edifcio
RESPONSVEL SEGURANA
RESPONSVEL REA TCNICA
RESPONSVEL REA DE INTERVENO
RESPONSVEL REA LOGSTICA
RESPONSVEL REA TRANSMISSES
RESPONSVEL REA DE EVACUAO
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
8
Fig.2 Funes da estrutura de segurana de um edifcio
RESPONSVEL PELA SEGURANA: - Assegura a ligao com as autoridades - Avalia o sinistro - Solicita meios de reforo - Determina a estratgia de interveno
FUNO TCNICA: Assegura: - As actividades tcnicas decorrentes da emergncia; - O funcionamento em segurana das instalaes; - O fornecimento de servios (gua, electricidade, comunicaes etc.)
FUNO TRANSMISSO: - Assegura a ligao entre os responsveis pelas diversas funes
FUNO INTERVENO: Assegura: - Assistncia e encaminhamento dos feridos; - O ataque ao sinistro; - A proteco das instalaes;
FUNO LOGSTICA: - Assegura a funcionalidade do PE; - Encaminha os meios e socorros necessrios; - Exerce um controlo nas zonas de Reunio e Evacuao; - Exerce um controlo sobre as movimentaes nas reas envolventes da instalao;
FUNO OBSERVAO: - Regista as fases de evoluo do sinistro; - Participa no inqurito aps a interveno;
FUNO EVACUAO: Assegura: - Assistncia e encaminhamento dos feridos; - Evacuao dos utentes;
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
9
2.4.3. O RISCO EM SEGURANA CONTRA INCNDIOS
O risco um conceito pluridimensional que analisado por diversas disciplinas, sendo analisado no
mbito da rea dessas disciplinas. Pode ser analisado por uma perspectiva estatstica, econmica,
psicolgica ou at mesmo socio-cultural. Apesar desta dimenso abrangente, tem um fio condutor que
est no ncleo da sua definio: o risco permite avaliar e classificar uma situao e estabelecer normas
a seguir para o modificar no sentido desejado ou minimizar os seus efeitos. [7]
A influncia do risco para a segurana contra incndios est bem patente nos objectivos gerais do
RGSCIE no ponto 1 do artigo 3:
O presente regulamento orienta-se, face ao risco de incndio em edifcios e recintos, pelos seguintes objectivos gerais de preservao:
a) Da vida humana; b) Do ambiente; c) Do patrimnio cultural; d) Dos meios essenciais continuidade de actividades sociais relevantes. [1]
A avaliao e controlo de risco devero ser efectuados logo na fase de projecto, actuando como
instrumento de preveno. Durante a fase de explorao do edifcio, dever ser parte integrante de um
programa contnuo de monitorizao que levar a revises e actualizaes do PS contra incndios. (cf.
fig., 3)
Fig.3 Avaliao e controlo de risco
O RGSCIE , ento, a norma que, em face do risco de incndio num edifcio, estabelece um conjunto
de regras a cumprir para anular esse mesmo risco ou minimizar os seus efeitos atravs de medidas de
controlo. Estas medidas de controlo assentam na existncia de um estrutura interna de segurana
contra incndio e de um PS contra incndio.
De modo a atingir os seus objectivos, o RGSCIE estipula disposies de segurana com base na
definio das UTs e numa avaliao do risco que assenta em dois indicadores: categorias de risco e
locais de risco.
Risco controlado
Eliminao de risco
Medidas de controlo do risco
Identificao do risco
SIM
NO
Avaliao e controlo de riscos
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
10
2.4.3.1. Categorias de risco
O RGSCIE prev a existncia de 12 UTs em edifcios, recintos ou suas partes (cf. Anexo D) e a sua
classificao, em termos de risco, fundamentada numa anlise de factores de risco. Os factores de
risco que condicionam esta classificao variam de UT para UT, existindo um grupo de factores
comuns:
Altura da UT;
Nmero de pisos ocupada pela UT abaixo do nvel de referncia;
UT inserida em edifcio ou ao ar livre;
rea bruta ocupada pela UT;
Efectivo da UT (total e em locais do risco D ou E, em edifcio ou ar livre);
Locais de risco D ou E com sadas independentes directas ao exterior, no plano de
referncia;
Carga de incndio modificada;
Densidade de carga de incndio modificada (em edifcio ou ar livre).
A anlise destes factores de risco permite enquadrar cada UT numa de quatro categorias (da 1, menos
gravosa, 4 mais gravosa).
Esta classificao afecta a deciso do tipo de sistema de segurana a implementar no edifcio, desde a
organizao da segurana, conforme referido no ponto 2.4.2. at ao tipo de PSs, referido no ponto
2.2.2.
2.4.3.2. Locais de risco
A classificao dos locais quanto sua natureza de risco est presente no artigo 18 do RGSCIE [1]. A
sua identificao, em termos de natureza e de localizao espacial, vital para o projecto de segurana
contra incndio de um edifcio.
A classificao dos locais pode assumir duas perspectivas diferentes sobre o conceito de risco. Na
primeira perspectiva, estaremos a falar de locais que so considerados pontos perigosos no edifcio,
porque apresentam riscos potenciais que, por si s, podero desencadear um sinistro.
A NTVIII.I.01 do RGSCIE explcita quanto definio de ponto perigoso identificando-os comos os
locais de risco C agravado, de risco D e F. Estes pontos devero estar assinalados no PE. [1]
A segunda perspectiva aborda os pontos que no sendo necessariamente de risco ou perigosos, contm
elementos que, devido sua importncia cientfica, tcnica, econmica, cultural, ou por serem
indispensveis em situaes de emergncia, so considerados pontos vitais. Desse modo ser
importante proteg-los prioritariamente, numa primeira instncia com os meios internos e,
posteriormente, com os meios de auxlio externo. [8]
Poder ser definida uma estratgia de actuao destes pontos e, caso se trate de objectos mveis
(ficheiros, valores, arquivos, livros, etc.), o PE poder atribuir funes de salvamento a uma pessoa
que ser responsvel por colocar em segurana estes valores. Para esse dever ser elaborada uma
listagem destes pontos. (cf. quadro 1)
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
11
Quadro 1 Exemplo de lista de pontos nevrlgicos
Ponto Nevrlgico Item Piso Gerador de emergncia R/C
Servio de Informtica Base de dados Piso 3
Servio de Arquivo Arquivos Piso 4
2.4.4. DICOTOMIA ENTRE INTERVENO INTERNA E INTERVENO EXTERNA
A interveno de combate a um incndio pode ser divida em duas dimenses: interveno interna e
interveno externa. Quando ocorre um incndio num edifcio, existe uma temporizao do seu
combate em que, numa primeira fase, so mobilizados meios de interveno interna que efectuam uma
primeira interveno. O RGSCIE define Primeira Interveno como medida de autoproteco que consiste na interveno no combate a um incndio desencadeada, imediatamente aps a sua deteco, pelos ocupantes de um edifcio, recinto ou estabelecimento. Desse modo, actua-se imediatamente sobre o incndio, minimizando os seus efeitos e evitando recorrer aos meios de interveno externa
bombeiros ou Proteco Civil (PC). Numa fase posterior, so activados os meios de interveno
externa, sendo estes responsveis pela Segunda Interveno que a interveno no combate a um incndio desencadeada, imediatamente aps o alarme, pelos bombeiros ou por equipas especializadas ao servio do responsvel de segurana de um edifcio, parque de estacionamento, estabelecimento ou recinto. [1]
Os meios de interveno externa possuem uma elevada experincia em segurana contra incndio.
Apesar de estar prevista a existncia de elementos com adequada formao em segurana contra
incndio na equipa interna de segurana do edifcio, a maior parte dos utentes do edifcio no ter
formao suficiente para reagir da forma mais adequada em caso de incndio. A este facto poder ser
acrescentada a elevada carga psicolgica que a ocorrncia de um incndio acarreta para qualquer
pessoa, podendo originar pnico e descontrolo emocional. A sensibilizao para a segurana contra
incndio, atravs de sesses informativas contnuas, deve cobrir o universo dos utentes do edifcio
com o objectivo de dot-los das ferramentas necessrias para actuar de forma correcta e calma em caso
de incndio. Os elementos pertencentes equipa de segurana devero receber formao mais
especfica e especializada para poderem actuar em caso de emergncia, no mbito das suas
responsabilidades especiais:
emisso do alerta;
utilizao dos meios de primeira interveno
evacuao;
prestao de primeiros socorros
recepo e o encaminhamento dos bombeiros ou PC;
direco das operaes de emergncia;
outras actividades previstas no PE;
2.4.4.1. Plano de actuao
O plano de actuao (PA) deve definir as medidas a adoptar e a sua sequncia, de forma a minorar o
sinistro e as suas consequncias. Deve assentar num modelo com canais de comunicao bem
estruturados em todos os sentidos hierrquicos e funcionais, bem como com um sistema de tomada de
decises que permita integrar as diferentes percepes e interpretaes da realidade da emergncia,
como meio de o tornar operacional.
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
12
O alerta s entidades externas em horrio de laborao normal deve ser dado em situao de
emergncia, pelo Posto de Segurana, mediante deciso do Responsvel pela Segurana (RS). Fora do
perodo de laborao normal (noite, fins de semana, feriados) dever o alerta ser desencadeado pelo
Posto de Segurana, caso esteja de servio, ou no existindo este, por empresa especializada qual o
sistema de deteco e alerta esteja ligado.
Como consequncia, o PA compreende normalmente os passos indicados, que sero implementados na
sequncia mais adequada s necessidades reais em caso de incndio, para as vrias hipteses de
deteco e alarme:
Horrio Laboral (presena de pessoas no Posto de Segurana):
Alarme (automtico ou manual)
Confirmao de emergncia
Mobilizao da equipa de primeira interveno
Mobilizao da equipa de primeiros socorros
Mobilizao da equipa de evacuao
Confirmao da necessidade da presena dos meios de interveno externa
Interveno externa no combate ao incndio
Reposio da normalidade
Horrio Ps-laboral (sem presena de pessoas no Posto de Segurana):
Alarme (automtico ou manual)
Presena dos meios de interveno externa
Confirmao de emergncia
Interveno externa no combate ao incndio
Reposio da normalidade
No caso de no existirem meios de interveno interna, j no existe a temporizao do combate a
incndio, pois os meios de interveno externa so mobilizados de imediato. A existncia de meios de
primeira interveno, permite que os bombeiros, PC ou outras entidades de emergncia, no tenham
que confirmar a ocorrncia de todas as emergncias, nem sejam convocados desnecessariamente. A
principal vantagem prende-se com o facto de existir uma focalizao das entidades em situaes de
real emergncia e economizao de recursos, tempo e dinheiro.
2.4.4.2. Plano de interveno interna
O principal objectivo do Plano de Interveno Interna (PII) ser o de fornecer directivas que
proporcionem controlo do incndio da forma mais expedita e segura possvel. Para que tal acontea,
necessrio que todos os elementos da equipa de segurana conheam perfeitamente este procedimento
e o tenham treinado anteriormente, de modo a que numa situao de real emergncia no haja lugar a
hesitaes ou descontrolos emocionais.
O controlo do incndio, no mbito da interveno interna, efectuado com recurso aos meios de
primeira interveno:
Extintores de incndios portteis
Redes de incndios armadas
Mantas ignfugas
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
13
O PII dever listar o modo de utilizao destes meios. Os procedimentos decorrentes deste tipo de
aces so adoptados at chegada dos bombeiros, sendo ento accionados os meios de segunda
interveno.
2.4.4.3. Prestao de primeiros socorros
O principal objectivo do Plano de Prestao de Primeiros Socorros ser detalhar procedimentos
simples e concretos de modo a proporcionar a assistncia de sinistrados/feridos da forma mais
expedita e segura possvel. De uma forma sistemtica, todos os utentes deveriam, ter formao em
tcnicas bsicas de primeiros socorros. A equipa destinada ao efeito de prestao de primeiros
socorros dever ter formao tcnica adequada ao desempenho dessas funes.
2.4.4.4. Plano de evacuao
A evacuao de um edifcio pode ser efectuada antes ou depois da chegadas das entidades de
interveno externa. O elemento que decide a evacuao do edifcio depender ento da janela
temporal em que a evacuao efectuada. Caso as entidades de interveno externa no tenham
chegado, a evacuao deve ser decidida e ordenada, por norma, pelo RS. Caso j se encontrem nas
imediaes, ser o Chefe dos bombeiros, aps receber informaes sobre a evoluo e estado actual do
incndio, a decidir sobre a evacuao. A evacuao pode ser parcial, envolvendo apenas parte do
edifcio, ou geral. Este aspecto tem um carcter relevante no decorrer da evacuao, visto que uma
evacuao geral poder no s ser desnecessria, mas tambm contraproducente, prejudicando o
desenvolvimento normal das operaes de evacuao.
O plano de evacuao deve contemplar as instrues e os procedimentos, a observar pelo efectivo
total, de modo a garantir a evacuao do edifcio de uma forma ordenada, total ou parcial, dos espaos
considerados em risco pelo RS e abranger os seguintes aspectos:
Identificao das sadas, zonas de refgio e ponto de reunio
Definio dos caminhos de evacuao
Organizao da evacuao
O auxlio a pessoas com capacidades limitadas ou em dificuldade
A confirmao da evacuao total dos espaos
Garantir de que ningum regressa ao edifcio sem autorizao explcita do responsvel
mximo da cadeia de comando responsvel pelas operaes de emergncia (entidade
interna ou externa).
2.4.4.5.Apoio interveno externa
Com a chegada das foras externas o RS informar o evoluir da situao de emergncia e fornecer
plantas ou outros elementos que sejam solicitados. O apoio interveno externa no uma questo
ligada exclusivamente aos elementos pertencentes equipa de segurana interna. Todos os utentes
desempenham um papel vital na reaco do efectivo total do edifcio a uma situao de incndio.
Devero obedecer, de forma inequvoca, s instrues das entidades externas de forma a no
prejudicar as aces de combate ao incndio, salvamento e assistncia mdica.
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
14
2.4.5 PLANTAS DE EMERGNCIA
A norma NP 4386 define Planta de Emergncia como a planta esquemtica do edifcio, que tem por objectivo orientar, informar e instruir os utilizadores dos edifcios e instalaes, para os procedimentos a adoptar numa situao de emergncia, englobando ainda as instrues gerais de segurana e a legenda da simbologia adoptada. (in [1])
As plantas de emergncia so a face mais visvel de todas as disposies de segurana contra incndio
dispostas no PE. Permitem de uma forma esquemtica e muito simples representar:
Identificao do edifcio (ou entidade ou logtipo, se necessrio), piso ou sector;
Localizao do utilizador;
Localizao dos extintores de incndio;
Localizao das bocas-de-incndio armadas;
Localizao dos botes de alarme manual;
Indicao dos caminhos de evacuao normais e alternativos
Indicao do ponto de reunio (se for vivel);
N de telefone de emergncia (interno e/ou externo);
Instrues de segurana, gerais do local, consoante o caso;
Indicao da simbologia em legenda;
Indicao da data de execuo (ms/ano);
Indicao do fabricante, fornecedor ou responsvel pela execuo.
Os locais de afixao num edifcio das plantas de emergncia esto indicados no RGSCIE [1]. A
localizao das plantas de emergncia deve permitir o seu fcil visionamento. As plantas devero estar
situados em pontos importantes do edifcio tais como junto aos acessos principais, locais de risco,
zonas de refgio, vias de circulao, etc.
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
15
3 MEMRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DO PLANO DE EMERGNCIA DO EDIFCIO BURGO
3.1. DESCRIO GERAL
A presente memria diz respeito ao projecto do PE do Edifcio Burgo.. So apresentados os critrios
que foram tidos em conta na concepo do PE. O plano foi elaborado com base em plantas do edifcio
e em observaes decorrentes de visitas ao edifcio. Foi assumido que o projecto do edifcio teve em
conta, para alm das condicionantes de ordem esttica, funcional, trmica, etc., a preocupao de
respeitar as disposies regulamentares no que toca segurana contra incndios em edifcios que esto
fora do mbito desta memria descritiva.
3.2. CARACTERIZAO DA LOCALIZAO DO EDIFCIO
3.2.1. ENQUADRAMENTO GEOGRFICO
Distrito: Porto
Concelho: Porto
Freguesia: Lordelo do Ouro
Morada: Avenida da Boavista, 1837
Cdigo Postal: 4100 -133
A localizao do edifcio pode ser visualizada na figura 4
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
16
Fig.4 Localizao do Edifcio Burgo [9]
3.2.2. CARACTERIZAO DO SOLO
A rea onde se insere o edifcio administrativo possui em termos de unidade pedolgica: Cambissolos
(cf. fig. 5)
Fig.5 Carta dos solos de Portugal Continental [10]
Ed.Burgo
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
17
3.2.3. CARACTERIZAO SSMICA
No que toca sismicidade da regio, a anlise de cartas de previso ssmica publicadas pelo Instituto
do Ambiente [10], permitiu o enquadramento da rea em estudo em funo dos principais parmetros
ssmicos. A intensidade ssmica mxima (1901-1972) da rea onde se insere o edifcio corresponde
classe 6. (cf. fig. 6)
Fig.6 Carta dos solos de Intensidade Ssmica mxima [10]
3.2.4. CARACTERIZAO CLIMTICA
A caracterizao climtica da rea onde est localizado o edifcio foi elaborada recorrendo aos
Normais climatolgicas da regio de Entre Douro e Minho e Beira Litoral (1951-1980); Instituto
Nacional de Meteorologia e Geofsica (INMG); Estao climatolgica Porto / S. Gens (
N4111;00839) [11]
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
18
3.2.4.1. Temperatura / humidade
Condies meteorolgicas tpicas da regio onde o estabelecimento est inserido: (cf. figs. 7; 8)
Fig.7 Valores mdios da temperatura do ar (mdia, mxima e mnima) [11]
Fig.8 Valores mdios da humidade relativa do ar [11]
3.2.4.2. Precipitao
Condies meteorolgicas tpicas da regio onde o estabelecimento est inserido: O clima da regio
classificado como temperado hmido, com estao seca no Vero pouco quente. (cf. fig. 9)
Fig.9 Precipitao total [11]
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
19
3.2.4.3. Vento
Condies meteorolgicas tpicas da regio onde o estabelecimento est inserido: (cf. fig. 10)
Fig.10 Frequncia do vento / velocidade do vento [11]
3.2.5. VIAS DE COMUNICAO
O edifcio encontra-se num quarteiro delimitado pelas seguintes vias: (cf. quadro 2)
Quadro 2 Vias de comunicao do edifcio
Direco Designao
Norte Avenida da Boavista
Oeste - Sul IC23 Via de Cintura Interna
Este - Sul Rua de Joo Grave
3.2.6. AGLOMERADOS POPULACIONAIS
O local onde se insere o edifcio apresenta zonas de ocupao, essencialmente do tipo de urbano
(residencial, comercial e servios). Nas proximidades existe um recinto desportivo de grandes
dimenses: o Estdio do Bessa. (cf. fig. 11)
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
20
Figura 11 Foto por satlite da Avenida da Boavista [12]
3.2.7. ENTIDADES DE EMERGNCIA
O edifcio est localizado numa rea com fcil acesso por parte das entidades de emergncia. As
entidades de emergncia mais prximas so o Batalho de Sapadores Bombeiros, a Casa de Sade da
Boavista e a 17 Esquadra da PSP. (cf. fig. 12)
Figura 12 Localizao das entidades de emergncia [9]
Ed.Burgo
Ed.Burgo
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
21
3.3. DESCRIO DO EDIFCIO
3.3.1. CARACTERSTICAS GERAIS
O Edifcio Burgo constitudo por trs espaos distintos: a Torre (cf. fig. 13) e o Centro Burgo (cf.
fig. 14), que se desenvolvem acima da cota da rua, e por um estacionamento subterrneo partilhado
pelos dois elementos.
A Torre constituda por 19 pisos. O piso trreo composto pela recepo e uma zona de restaurao
com cerca de 315 m2. Os restantes 17 pisos ocupveis so em open-space e o piso no topo do
edifcio est destinado a instalaes tcnicas.
Fig.13 Torre
O Centro Burgo composto por 3 pisos, mais 1 recuado, sendo o piso trreo destinado ao comrcio, e
os restantes destinados a escritrios com 32 fraces que variam em rea.
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
22
Fig.14 Centro Burgo
O estacionamento composto por 2 pisos subterrneos para uso pblico e privado, perfazendo um
total de 261 lugares. A altura total da Torre de cerca de 67 m e a altura total do Centro Burgo de
18,5 m. Em planta, a Torre apresenta uma configurao quadrangular de 27 m de lado. Por sua vez, o
Centro Burgo apresenta, em planta, uma configurao rectangular de 23 m por 59 m entre os pisos 0 e
2 e 16 m x 34 m no piso 3. O estacionamento apresenta, em planta, uma configurao rectangular de
63 m por 68 m.
3.3.2. UTILIZAES-TIPO
De acordo com a classificao presente no artigo 6 do RGSCIE [1], foram identificados as seguintes
UT no edifcio:
Quadro 3 Utilizaes-tipo do Edifcio Burgo
Utilizao Tipo Elemento Pisos
II Estacionamento Estacionamento subterrneo -2 a -1
Torre 1 a 17 III Administrativo
Centro Burgo 1 a 3
VII- Restaurao Torre 0
VIII- Comercial Centro Burgo 0
3.3.3. CATEGORIAS DE RISCO DO EDIFCIO
A classificao das categorias de risco do edifcio foi efectuada recorrendo s disposies
regulamentares do artigo 21 do RGSCIE. (cf. Anexo E)
De acordo com o quadro 4, o estacionamento foi classificado com a 2 categoria de risco.
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
23
Quadro 4 Classificao da categoria de risco (Tipo II Estacionamento)
Utilizao Tipo Altura rea bruta N de pisos da UT
abaixo do plano de referncia
Ao ar livre
II - Estacionamento
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
24
Fig.15 Centro Burgo (sada da loja)
Os factores de risco foram analisados obedecendo s definies do RGSCIE. (cf. Anexo F)
O Efectivo foi estimado de acordo com o artigo 70 do RGSCIE [1], com base nos ndices de ocupao
dos diferentes espaos, medidos em pessoas por metro quadrado. Considerou-se a rea til (cf. Anexo
F) do espao e a sua funo de uso (quadro XXXVII do anexo VII).
Identificaram-se os seguintes espaos no edifcio:
Quadro 8 ndice de pessoas dos espaos do Edifcio Burgo
Espao ndice
(pessoas /m2)
Salas de escritrio 0,2
Salas de reunio sem lugares fixos ou salas de estar 0,5
Restaurao 1
Secretaria 0,2
Lojas 0,5
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
25
A estimativa da rea total e do respectivo efectivo total para os dois elementos (Torre e Centro Burgo)
est apresentada no quadro seguinte:
Quadro 9 Clculo do efectivo do Edifcio Burgo
Elemento Espao
rea til
por piso
(m2)
ndice
(pessoas /m2) Pisos
N total
de pisos
N total
de
efectivo
Salas de escritrio 536 0,2 1-17 17 1823
Salas de reunio sem lugares fixos ou salas de estar
88 0,5 1-18 17 748
Restaurao 297 1 0 1 297
Torre
Secretaria 282 0,2 0 1 57
Salas de escritrio 1068 0,2 1-2 2 428
Salas de escritrio 178 0,2 3 1 36 Centro
Burgo Lojas 1027 0,5 0 1 514
TOTAL 3903
Na Torre teremos a seguinte distribuio de efectivo por utilizao-tipo:
2628
297
2925
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
UT III UTVII Total
N
de
pes
soas
Fig.16 Efectivo da Torre
No Centro Burgo teremos a seguinte distribuio de efectivo por utilizao-tipo:
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
26
464514
978
0
200
400
600
800
1000
1200
UT III UT VIII Total
N
de
pes
soas
Fig.17 Efectivo do Centro Burgo
3.4. ORGANIZAO DA SEGURANA
3.4.1. EQUIPAS DE SEGURANA
3.4.1.1. Nmero de elementos
De acordo com o artigo 219. e, especialmente, o Quadro L (Anexo VII) do RGSCIE referenciado o
nmero mnimo de elementos que dever pertencer ao SSI dependendo da UT e categoria de risco do
edifcio. Apresenta-se no quadro seguinte o n mnimo de elementos do SSI para o edifcio em
questo.
Quadro 10 Nmero de elementos do SSI
Elemento Utilizao-Tipo Categoria de Risco N mnimo de
elementos da equipa
Torre Piso 0 VII Restaurao 1 (sem locais de risco E) Um
Torre Piso 1 a 17 III Administrativo 4 Dez
Estacionamento II Estacionamento 2 Um
Centro Burgo III Administrativo 2 Trs
Centro Burgo VIII Comrcio 1 Um
luz do RGSCIE s exigido um nmero mnimo de trs elementos da equipa de segurana para a
UT III do Centro Burgo. Contudo, devido ao facto de serem duas sadas independentes, decidiu-se
alocar seis elementos para este tipo de UT.
Devido ao facto de ser exigido um PEI, tem que ser implementado um Servio de Segurana contra
Incndio (SSI) chefiado por um DPEI e com o n adequado de colaboradores.
Como neste edifcio existe a 4 categoria de risco de uma UT e esta recebe pblico, o DPEI deve
exercer as funes a tempo inteiro e ter de estar situado um elemento, tambm a tempo inteiro, no
Posto de Segurana, no se aplicando o mesmo aos demais colaboradores, desde que estejam
permanentemente contactveis pelo Posto de Segurana.
O edifcio em questo, devido sua dimenso, ter uma administrao prpria que ser responsvel
por todos os servios integrados do edifcio. O RS, assistido pelo DPEI, dever pertencer a essa
administrao. Desse modo so cumpridas as disposies regulamentares do RGSCIE que exigem que
o RS corresponda ao rgo de gesto mximo (no caso de pessoas colectivas) e que permitem que este
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
27
delegue competncias, de modo a que as funes inerentes chefia do SSI sejam exercidas a tempo
inteiro. [1]
O elemento presente no Posto de Segurana, devido ao facto de estar num local onde est centralizado
o sistema de gesto do edifcio, ir acumular as funes de segurana para a Torre, Estacionamento e
Centro Burgo.
Para o restaurante, estar afecto um elemento que dever fazer parte do pessoal do estabelecimento e
estar sempre presente no horrio de expediente
3.4.1.2. Organizao da equipa
A organizao da equipa de segurana no dever ser um modelo rgido. Apesar de existir um
organigrama (cf. fig. 18), as pessoas que ficaro afectas ao SSI devem primar pela
multidisciplinaridade de responsabilidades (com excepo dos elementos do Posto de Segurana e do
RS e DPEI, que assumem papis de coordenao em todo o processo). As pessoas devero estar aptas
a actuar nas diversas fases: interveno, primeiros socorros e evacuao.
O RS desempenha funes de implementao, controlo e regularizao do SSI. Esto a seu cargo as
operaes de superviso da segurana, sendo delegadas competncias operativas na restante estrutura
hierrquica. As suas responsabilidades esto explcitas no ponto 5 do artigo 5 do RGSCIE. [1]
O DPEI ser responsvel pela atribuio de responsabilidades aquando a ocorrncia do sinistro, aps
observao das condies existentes. Desse modo a flexibilidade demonstrada pela equipa permitir
uma melhor adaptabilidade situao em virtude dos seguintes factores:
Local da ocorrncia do sinistro
N de elementos presentes e/ou respectivos substitutos aquando a ocorrncia do sinistro
Evoluo do sinistro
Fig.18 Organigrama do SSI
DIRECTOR DO PEI
EQUIPA DE MANUTENO
POSTO DE SEGURANA
EQUIPAS DE EVACUAO
EQUIPAS DE PRIMEIROS SOCORROS
EQUIPAS DE 1 INTERVENO
RESPONSVEL PELA SEGURANA
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
28
3.4.2. POSTO DE SEGURANA
O Posto de Segurana ser a recepo que fica situada no piso 0 da Torre. Esta recepo rene as
recomendaes do RGSCIE, que explicitam, no seu artigo 209, que deve existir um Posto de
Segurana que permita centralizar toda a informao de segurana e os meios principais de recepo e difuso de alarmes e de transmisso do alerta, bem como a coordenar os meios operacionais e logsticos em caso de emergncia. [1]
Os sistemas, que se centralizam nesta recepo, abrangem todos os elementos: Torre, Centro Burgo e
Estacionamento.
A recepo em questo fornece:
Deteco automtica de incndios;
Extino automtica de incndios;
Deteco automtica de gases txicos e combustveis;
Deteco automtica de intruso, extruso, sabotagem, agresso, assalto;
Controlo de acessos;
Controlo de rondas;
Circuito fechado de televiso e vdeo;
Comandos de evacuao;
Alarmes tcnicos;
Posicionamento dos elevadores e das escadas ou rampas rolantes;
Sistemas de comunicao interna;
Sistemas de comunicao com o exterior;
Sistemas de comunicao directa com as entidades de emergncia
Integrao de parte ou da totalidade destes sistemas.
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
29
3.5. PONTOS PERIGOSOS E PONTOS NEVRLGICOS
3.5.1. PONTOS PERIGOSOS
De acordo com o artigo 18 e 19 do RGSCIE, identificam-se no edifcio os seguintes locais de risco:
Quadro 11 Listagem de locais de risco e pontos perigosos do Edifcio Burgo
Localizao Risco Identificao
Elemento Piso
Ponto
Perigoso
A Lojas Centro Burgo 1 No
A Escritrios Torre 1 a 17 No
A Escritrios Centro Burgo 1 a 3 No
F Posto de Segurana Torre R/C Sim
B Sala Torre -
Restaurante R/C No
C Cozinha Torre -
Restaurante R/C Sim
C Parque de estacionamento Parque de
estacionamento -1 e -2 No
C rea Tcnica Instalaes
Elctricas e Mecnicas
Parque de
estacionamento -1 e -2 Sim
C rea Tcnica Comunicaes Parque de
estacionamento -1 e -2 No
A identificao e classificao dos locais de risco basearam-se nos seguintes pressupostos:
Assume-se que o grupo de aparelhos instalados na cozinha do restaurante, utilizados para
confeco de alimentos ou sua conservao, tm uma potncia total til superior a 20 kW.
Assume-se que a rea tcnica de instalaes do parque de estacionamento possui
equipamentos elctricos, electromecnicos ou trmicos com potncia total superior a 70 KW.
Na utilizao do tipo administrativa da Torre (do piso 1 ao 17) estimou-se o efectivo local
total em 76 pessoas. Este valor foi obtido seguindo a metodologia do clculo do efectivo total
seguida no ponto 3.3.3. e considerando uma rea de 312 m 2. Foi considerada esta rea
assumindo que a compartimentao corta-fogo tal que divide a planta do piso em dois
compartimentos corta-fogos distintos. (cf. Anexo G)
De acordo com o RGSCIE [1], so identificados como pontos perigosos os locais de risco C agravado,
de risco D e de risco F.
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
30
3.5.2. PONTOS NEVRLGICOS
No edifcio identificam-se os pontos nevrlgicos indicados no quadro seguinte.
Quadro 12 Listagem de pontos nevrlgicos do edifcio
Localizao Identificao
Elemento Piso
Posto de Segurana Torre R/C
Caixas de escadas Torre e
Centro Burgo
Servio de Informtica* Torre 1
Servio de Arquivo* Torre 1
As caixas de escadas foram consideradas pontos nevrlgicos visto serem o nico meio de evacuao
da Torre e do Centro Burgo.
Os pontos assinalados com * foram arbitrados.
3.6. ENTIDADES A CONTACTAR EM SITUAO DE EMERGNCIA
3.6.1. COMUNICAO COM ENTIDADES EM SITUAO DE EMERGNCIA
O edifcio possui um Sistema de Gesto Integrado bastante evoludo. Aquando a ocorrncia de um
incndio, o alarme activado (quer por deteco automtica ou manual) com comunicao directa
com o Posto de Segurana e as entidades, eliminando-se a necessidade de efectuar um telefonema para
reportar a ocorrncia do incndio. O elemento presente no Posto de Segurana, ter uma janela
temporal para poder confirmar se falso alarme e deslig-lo.
3.6.2. RELAO COM AS ENTIDADES EXTERNAS
O PE tem um carcter interno, ou seja, relativo s aces de auto-proteco que os utentes do edifcio
podero levar a cabo at chegada das entidades de emergncia externa (Bombeiros, PSP, PC, etc.).
Aps a chegada dessas mesmas entidades, o controlo de quaisquer operaes de emergncia a realizar,
e das que estejam eventualmente a decorrer, ser da exclusiva responsabilidade dessas mesmas
entidades. Quanto muito, os elementos pertencentes ao SSI, podero disponibilizar-se para assistir as
entidades de emergncia externa.
3.7. PLANOS
3.7.1. PLANO DE ACTUAO
Foram elaborados trs tipos de PA's dependendo do horrio e do tipo de deteco da emergncia:
Deteco e alarme automtico em horrio laboral
Deteco humana e alarme automtico em horrio laboral
Deteco e alarme automtico em horrio ps-laboral
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
31
Os organogramas de todos os planos tm um rumo de aco comum pelo qual todos se regem. A
distino entre o primeiro plano e o segundo prende-se apenas com o tipo de deteco. Existindo uma
deteco humana existe um accionamento manual do alarme. Desse modo existe um interveniente
adicional a considerar: o detector do incndio, que poder intervir imediatamente sobre este. O terceiro
apresenta diferenas mais substanciais em relao aos restantes. Estando num horrio ps-laboral o
efectivo a considerar praticamente inexistente tornando mais fcil o controlo das pessoas. Contudo
existem desvantagens, como o facto da equipa do SSI estar reduzida ao seu mnimo: o elemento do
Posto de Segurana. A comunicao deste elemento estar mais orientada para os servios de
interveno externa, visto que o accionamento das operaes de combate ao fogo por parte destes ser
mais expedito do que a tentar activar a equipa de SSI ou contactar o RS ou o DPEI.
3.7.2. PLANO DE EVACUAO
O plano de evacuao tem por objectivo estabelecer procedimentos e preparar a evacuao rpida e
segura dos utentes em caso de ocorrncia de uma situao perigosa.
Para efeito de aplicao das disposies deste captulo, torna-se necessrio definir os seguintes termos:
Vias de evacuao: Vias de comunicao de um edifcio especialmente concebidas para
encaminhar de maneira rpida e segura os ocupantes para o exterior ou para uma zona
isenta de perigo. Foi assumido que foram cumpridas todas as disposies regulamentares
explcitas no Ttulo V do RGSCIE.
Itinerrio Normal: Percurso a utilizar prioritariamente. Para a evacuao no existe um
caminho alternativo caixa de escadas. Por esse facto a caixa de escadas foi considerado
um ponto nevrlgico.
Ponto de Encontro: Local seguro situado no exterior, para onde devem convergir e
permanecer as pessoas evacuadas.
3.7.3. PLANO DE INTERVENO INTERNA
O PII foi redigido de modo a fornecer informaes explcitas quanto s aces de primeira interveno
a levar a cabo pela estrutura SSI, nomeadamente a equipa de interveno, para controlo do incndio
at chegada das entidades de interveno externa - bombeiros. Contudo, a sua divulgao deve
abranger todos os utentes do edifcio e devem ser elaboradas aces de formao terico-prticas para
dar a conhecer o seu contedo e treinar procedimentos.
3.8. PRESTAO DE PRIMEIROS SOCORROS
O plano de primeiros socorros foi redigido de modo a fornecer informaes explcitas quanto s
aces de interveno a levar a cabo pela estrutura SSI, nomeadamente a equipa de primeiros
socorros, para socorrer at chegada das entidades de interveno externa INEM. Contudo, a sua
divulgao deve abranger todos os utentes do edifcio e devem ser elaboradas aces de formao
terico-prticas para dar a conhecer o seu contedo e treinar procedimentos.
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
32
3.9. PLANTAS DE EMERGNCIA
Foram elaboradas sete plantas de emergncia correspondentes s diferentes tipologias presentes no
edifcio:
Piso -2 do estacionamento
Piso -1 do estacionamento
Piso 0 da Torre
Piso 1 a 17 da Torre
Piso 0 do Centro Burgo
Piso 1 a 2 do Centro Burgo
Piso 3 do Centro Burgo
Foram seguidas as disposies regulamentares presentes na NT VIII.I.02 presente no RGSCIE.
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
33
4 PLANO DE EMERGNCIA DO EDIFCIO BURGO
4.1. CONSIDERAES E OBJECTIVOS
Neste captulo apresentado o PE do edifcio Burgo situado no Porto. Com a elaborao deste plano
pretendeu-se aplicar a um caso em concreto os critrios, definies e consideraes abordados neste
trabalho decorrentes da anlise das disposies normativas do novo RGSCIE. A formatao do PE
reproduz o formato final pretendido e que seria parte integrante do plano de segurana a entregar aos
diferentes intervenientes numa situao real de projecto. Desse modo so apresentados alguns
documentos referentes a disposies administrativas que permitem contextualizar e suportar os
documentos referentes ao PE. Os nomes apresentados na equipa de segurana so fictcios servindo
meramente de exemplo para o efeito deste trabalho.
.
4.2. PLANO DE EMERGNCIA
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
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DISPOSIES ADMINISTRATIVAS Edio A Reviso 0
CAPTULO 4.2.1. LISTA DE PGINAS EM VIGOR Data
JAN 08
Neste documento so indicados os captulos ou sub-captulos existentes no Plano de Segurana e as
pginas correspondentes a cada um deles. tambm indicada a verso do PEI que est em vigor,
conforme se pode ver no quadro seguinte:
Captulo Designao Pginas Verso em
vigor Disposies Administrativas: Promulgao 0
4.2.1. Lista de pginas em vigor 0
4.2.2. Lista das revises e alteraes 0
4.2.3 Lista da distribuio 0
Definies 0
4.2.4. Siglas e abreviaturas 0
Registos de Segurana: Relatrios de vistoria, inspeco e fiscalizao 0
Relatrios de anomalias relacionadas com as instalaes tcnicas
0
Relatrios de anomalias relacionadas com os equipamentos e sistemas de segurana
0
Relao das aces de manuteno efectuadas nas instalaes tcnicas
0
Relao das aces de manuteno efectuadas nos equipamentos e sistemas de segurana
0
Descrio das modificaes, alteraes e trabalhos perigosos efectuados
0
Relatrios de ocorrncias relacionadas com SCIE 0
Cpias dos relatrios de interveno dos bombeiros 0
Relatrios das aces de formao 0
Relatrios dos exerccios de simulao 0
Plano de preveno Identificao da UT 0
Data da entrada em funcionamento da UT 0
Identificao do RS 0
Identificao do(s) delegado(s) de segurana 0
Plantas escala 1/100 ou 1/200 contendo o estudo ou projecto de segurana
0
Acessibilidade de meios de socorro aos espaos da UT 0
Acessibilidade dos mesmos meios rede de gua de SI 0
Eficcia dos meios passivos de resistncia ao fogo 0
Operacionalidade dos meios de evacuao 0
Acessibilidade aos meios de alarme e de interveno 0
Vigilncia dos locais de maior risco e desocupados 0
Conservao dos espaos limpos e arrumados 0
Segurana na utilizao de matrias perigosas 0
Segurana nos trabalhos de manuteno ou alterao das instalaes
0
Elaborado: Igor Oliveira Aprovado:
Data: 28.01.2008 Data:
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
35
DISPOSIES ADMINISTRATIVAS Edio A Reviso 0
CAPTULO 4.2.1. LISTA DE PGINAS EM VIGOR Data
JAN 08
Captulo Designao Pginas Verso em
vigor Procedimentos de explorao das instalaes tcnicas 0
Procedimentos de operao dos equipamentos e sistemas de segurana
0
Programas de manuteno das instalaes tcnicas 0
Programas de manuteno dos equipamentos e sistemas de segurana
0
Plano de Emergncia 4.2.5. Identificao dos riscos e nveis de gravidade 0
4.2.6. Pontos perigosos e pontos nevrlgicos 0
4.2.7. Organizao da segurana em situao de emergncia 0
4.2.8. Entidades a contactar em situao de emergncia 0
4.2.9. Plano de actuao 0
4.2.10. Plano de evacuao 0
4.2.11. Plano de interveno interna 0
4.2.12. Prestao de primeiros socorros 0
4.2.13. Apoio interveno externa 0
4.2.14. Reposio da normalidade 0
4.2.15. Instrues gerais, particulares e especiais 0
4.2.16. Plantas de emergncia 0
Elaborado: Igor Oliveira Aprovado:
Data: 28.01.2008 Data:
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
36
DISPOSIES ADMINISTRATIVAS Edio A Reviso 0
CAPTULO 4.2.2. LISTA DAS REVISES E ALTERAES Data
JAN 08
Sempre que ocorra uma reviso do PEI, esta dever ser devidamente registada e devero ser
introduzidas no documento as alteraes definidas nessa reviso.
O Plano dever indicar a pessoa responsvel pela formalizao das alteraes ou da reviso, a
introduzir em todos os exemplares distribudos e pelo respectivo registo. Para efectuar o registo das
alteraes, dever ser usado o seguinte quadro.
Edio Reviso Data Motivo Pginas Revistas
Pginas Inseridas Observaes
Elaborado: Igor Oliveira Aprovado:
Data: 28.01.2008 Data:
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
37
DISPOSIES ADMINISTRATIVAS Edio A Reviso 0
CAPTULO 4.2.3. LISTA DE DISTRIBUIO Data
JAN 08
Recomenda-se que o PEI seja distribudo internamente para uma melhor informao dos utentes e
dos elementos pertencentes ao SSI.
Para alm da distribuio interna, recomenda-se a entrega de um exemplar aos Bombeiros e em
certos casos, s Foras de Segurana. Se for prevista a necessidade de articulao com um PE
Externo, dever ser entregue um exemplar aos Servios Municipais de Proteco Civil.
Detentor Funo Data de entrega
N do exemplar
Elaborado: Igor Oliveira Aprovado:
Data: 28.01.2008 Data:
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
38
DISPOSIES ADMINISTRATIVAS Edio A Reviso 0
CAPTULO 4.2.4. SIGLAS E ABREVIATURAS Data
JAN 08
CCTV Sistema de video-vigilncia
DP Director do Plano
DPEI Director do Plano de Emergncia Interno
IE Instrues especiais
IG Instrues gerais
INEM Instituto Nacional de Emergncia Mdica
IP Instrues particulares
PA Plano de actuao
PC Proteco Civil
PE Plano de emergncia
PEI Plano de emergncia interno
PII Plano de interveno interna
PP Plano de preveno
PS Posto de segurana
PSP Polcia de Segurana Pblica
RGSCIE Regulamento Geral de Segurana Contra Incndios em Edifcios
RS Responsvel pela segurana
SADI Sistema automtico de deteco de incndios
SADR Sistemas de alarme de intruso
SSI Servio de segurana contra incndio
UT Utilizao-tipo
Elaborado: Igor Oliveira Aprovado:
Data: 28.01.2008 Data:
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
39
PLANO DE EMERGNCIA Edio A Reviso 0
CAPTULO 4.2.5 IDENTIFICAO DOS RISCOS E NVEIS DE
GRAVIDADE Data JAN 08
DESCRIO SUMRIA DO EDIFCIO
DENOMINAO: Edifcio Burgo
UTILIZAES-TIPO DAS INSTALAES:
Administrativas, Restaurao, Comrcio, Estacionamento
CORPOS DO EDIFCIO:
Torre Centro Burgo Estacionamento
EFECTIVO TOTAL: Torre: 2925 Centro Burgo: 978
REA DE IMPLANTAO:
Torre:
624 m2
Centro Burgo:
1212 m2
Estacionamento:
4284 m2
Figura Corte esquemtico do edifcio (1 Estacionamento; 2 Centro Burgo; 3 Torre;)
Elaborado: Igor Oliveira Aprovado:
Data: 28.01.2008 Data:
1
2
3
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
40
PLANO DE EMERGNCIA Edio A Reviso 0
CAPTULO 4.2.5. IDENTIFICAO DOS RISCOS E NVEIS DE
GRAVIDADE Data JAN 08
Figura Parque de estacionamento (piso 2)
Figura Parque de estacionamento (piso 1)
Elaborado: Igor Oliveira Aprovado:
Data: 28.01.2008 Data:
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
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PLANO DE EMERGNCIA Edio A Reviso 0
CAPTULO 4.2.5. IDENTIFICAO DOS RISCOS E NVEIS DE
GRAVIDADE Data JAN 08
Figura Centro Burgo (Piso 0)
Figura Centro Burgo (Piso 1 e 2)
Figura Centro Burgo (Piso 3)
Elaborado: Igor Oliveira Aprovado:
Data: 28.01.2008 Data:
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
42
PLANO DE EMERGNCIA Edio A Reviso 0
CAPTULO 4.2.5. IDENTIFICAO DOS RISCOS E NVEIS DE
GRAVIDADE Data JAN 08
Figura Torre (Piso 0)
Figura Torre (Piso 1 a 17)
Elaborado: Igor Oliveira Aprovado:
Data: 28.01.2008 Data:
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
43
PLANO DE EMERGNCIA Edio A Reviso 0
CAPTULO 4.2.5. IDENTIFICAO DOS RISCOS E NVEIS DE
GRAVIDADE Data JAN 08
Descrevem-se, de seguida, os riscos que podero atingir ou afectar a actividade do edifcio.
Riscos naturais:
Sismo
Descarga atmosfrica/queda de raio
Inundao
Riscos tecnolgicos:
Incndio urbano/exploso (interno)
Incndio/ exploso (externo)
Fuga de gs
Nuvem txica (externo)
Choque de aeronave
Riscos sociais:
Furto/roubo de valores
Vandalismo em instalaes
Ameaa de bomba
Tomada de refns ou sequestro
Greve
Locais de Risco do edifcio
Elemento Piso Local Risco
Torre 1 a 17
Centro Burgo 0 a 3
Antecmaras
Foyers
Gabinetes
Salas de espera
Salas de reunio
A
Torre 0 Restaurante B / C
Torre 0 Posto de Segurana F
Centro Burgo 0 Lojas
Estacionamento -1 a -2 C
Elaborado: Igor Oliveira Aprovado:
Data: 28.01.2008 Data:
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
44
PLANO DE EMERGNCIA Edio A Reviso 0
CAPTULO 4.2.6. PONTOS PERIGOSOS E NEVRLGICOS Data
JAN 08
Pontos perigosos so os locais de risco agravado, quer pela concentrao de materiais combustveis e inflamveis, quer pela acumulao de bens patrimoniais de valor
ELEMENTO PISO LOCAL RISCO
Torre
restaurante
0 Cozinha C
Estacionamento -1 a -2 Instalaes
Tcnicas
C
Pontos nevrlgicos so todos os locais, perigosos ou no, mas que so vitais continuidade da explorao da UT ou imprescindveis em caso de emergncia.
Localizao Identificao
Elemento Piso
Posto de Segurana Torre R/C
Servio de Informtica* Torre 1
Servio de Arquivo* Torre 1
Caixa de escadas Torre e Centro Burgo
* Estes pontos foram arbitrados.
Elaborado: Igor Oliveira Aprovado:
Data: 28.01.2008 Data:
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
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PLANO DE EMERGNCIA Edio A Reviso 0
CAPTULO 4.2.7 ORGANIZAO DA SEGURANA Data
JAN 08
ORGANIGRAMA DO SSI
LOCALIZAO
Centro Burgo
Torre
Restaurante
Elaborado: Igor Oliveira Aprovado:
Data: 28.01.2008 Data:
DIRECTOR DO PE: Manuel Tavares
EQUIPA DE MANUTENO
POSTO DE SEGURANA: Andr Pinho
EQUIPAS DE EVACUAO
EQUIPAS DE PRIMEIROS SOCORROS
EQUIPAS DE 1 INTERVENO
RESPONSVEL PELA SEGURANA Jos Raimundo
Lus Teixeira Hlder Lima
Rui Gomes Gil Faria
Filipe Cartaxo
Snia Matias Isabel Maia
Mnica Castro Hugo Costa
Filipe Cartaxo
Jorge Tbua Maria Abreu
Cludia Silva Mrio Pinheiro
Filipe Cartaxo
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
46
PLANO DE EMERGNCIA Edio A Reviso 0
CAPTULO 4.2.7 ORGANIZAO DA SEGURANA Data
JAN 08
MEMBROS DA ESTRUTURA SSI
CARGO NOME EMPRESA LOCALIZAO
Responsvel Segurana Jos Raimundo Habitat Torre 229 414 541
Substituto Manuel Tavares Habitat Torre 229 414 542
DPEI Manuel Tavares Habitat Torre 229 414 542
Substituto Lus Teixeira Rivimax Torre 229 414 549
Posto de Segurana Andr Pinho Segurex Torre 229 414 540
Substituto(s) (1) Tiago Pereira Segurex Torre 229 414 540
Equipa de Interveno / Evacuao / 1os Socorros
Filipe Cartaxo Spagio's 229 414 547
Substituto Pedro Quintas Spagio's
Restaurante
229 414 547
Lus Teixeira Rivimax 229 414 549 Equipa de Interveno
Hlder Lima SGPA 229 414 550
Jaime Pinto AMB 229 414 551 Substituto(s)
Nuno Pires SGPA 229 414 552
Jorge Tbua CJ Lda. 229 414 553 Equipa de Evacuao
Maria Abreu Schleger 229 414 554
Paulo Flores AMB 229 414 555 Substituto(s)
Lusa Pau Schleger 229 414 556
Snia Matias Rivimax 229 414 557 Equipa de 1os Socorros
Isabel Maia CJ Lda. 229 414 558
Bianca Ramos Arktac 229 414 559 Substituto(s)
Miguel Abrantes Olembi
Torre
229 414 560
Rui Gomes Gamobet 229 414 561 Equipa de Interveno
Gil Faria Hylti 229 414 562
Joaquim Silva Hylti 229 414 563 Substituto(s)
Raul Chantre J.P.L 229 414 564
Cludia Silva Gamobet 229 414 565 Equipa de Evacuao
Mrio Pinheiro Nampor 229 414 566
Rita Costa Nampor 229 414 567 Substituto(s)
Ana Moura PLERQ 229 414 568
Mnica Castro Hylti 229 414 569 Equipa de 1os Socorros
Hugo Costa Nampor 229 414 570
Srgio Pina J.P.L. 229 414 571 Substituto(s)
Sandro Chaves PLERQ
Centro Burgo
229 414 572
Elaborado: Igor Oliveira Aprovado:
Data: 28.01.2008 Data:
Plano de Segurana de um Edifcio ou Estabelecimento
47
PLANO DE EMERGNCIA Edio A Reviso 0
CAPTULO 4.2.8 ENTIDADES A CONTACTAR EM CASO DE
EMERGNCIA Data JAN 08
ENTIDADES
Efectivo Jos Raimundo 229 414 541 Responsvel Segurana Substituto Manuel Tavares 229 414 542
Emergncia
SOS - Nmero Nacional de Socorro 112
Intoxicaes 808 250 143
Bombeiros
Batalho Sapadores Bombeiros (B.S.B.) 225 073 700
Bombeiros Voluntrios do Porto 222 038 387
Bombeiros Voluntrios Portuenses 226 151 800
Proteco Civil
Delegao Distrital do Porto: 226 197 650
Hospitais
Casa de Sade da Boavista 2