plano de restauração ambiental do fundo de vale do córrego tucanos
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL
DE LONDRINA - BR-L1094
PLANO DE
RESTAURAÇÃO
AMBIENTAL DO
FUNDO DE VALE
DO CÓRREGO
TUCANOS
Aproximadamente 1505m
lineares de fundo de vale,
delimitados entre as ruas
José Garcia Domingues,
Jardim São Paulo e Almeida
Garret, Jardim Igapó, região
Sul de Londrina.
“Plantar uma árvore é celebrar a vida”...
“...é um gesto de partilha” (anônimo)
Londrina, junho de 2012
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ÍNDICE
1. Introdução 3
2. Caracterização da área 7
3. Diagnóstico ambiental 14
4. Objetivos gerais 28
5. Plano de restauração ambiental – metodologia 30
6. Relação de espécies arbóreas nativas para a restauração da mata ciliar, APP e AFV 50
7. Técnicas de plantio 63
8. Descrição dos custos totais por etapa de
execução do plano de restauração ambiental 69
9. Metodologia a ser aplicada para os serviços de manutenção periódica deste fundo de vale 70
10. Bibliografia consultada 71
Anexo I - Descrição operacional e orçamentária para a
restauração ambiental do fundo de vale do córrego Tucanos
74
Anexo II - Cronograma de execução físico-financeiro 80
Anexo III - Academia ao ar livre – orçamento 85
Anexo IV - Parque infantil – orçamento 86
Anexo V - Tabela SINAPI - composição do custo de confecção e instalação de lixeiras em latão reciclado,
fixadas em palanques de eucalipto imunizado
87
Anexo VI - Custo de manufatura de placas de identificação de mudas em chapa de aço galvanizado e suporte em tubo de aço galvanizado de 1"
88
Anexo VII - Composição de custos para a edificação de
uma passarela para pedestres, em eucalipto imunizado (tipo pinguela), sobre o córrego tucanos
89
Anexo VIII - Composição de mão-de-obra de jardinagem (capina, roçagem, adubação, plantio de mudas e tratos culturais)
90
Anexo IX - Cerca de eucalipto imunizado em arame liso –
composição de custos 91
Anexo X - Composição de mão-de-obra para a edificação
de cercado no fundo de vale do córrego tucanos 92
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PLANO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL DO FUNDO DE VALE
DO CÓRREGO TUCANOS
1. INTRODUÇÃO
As florestas ciliares urbanas, apesar de serem consideradas áreas de
preservação permanente, protegidas pelo Código Florestal Brasileiro (Lei nº
7.771 de 15 de novembro de 1965), em geral sofrem intensa pressão antrópica.
Com o processo de colonização de Londrina, áreas ao longo dos
córregos e ribeirões foram severamente modificadas, devido a retirada de
recursos naturais (madeira de lei), abertura para a formação de pastagens e
áreas agrícolas, agravado pela dinâmica da expansão urbana.
Como resultado, apenas pequenos fragmentos permaneceram ao longo
das margens dos corpos hídricos, caracterizados como fundos de vale,
formando um mosaico de ambiente urbano e de remanescentes florestais,
interligados por estreitas faixas de Floresta Ciliar.
Como conseqüência desta ocupação cada vez maior das florestas
ciliares, os remanescentes florestais estão se tornando cada vez mais isolados,
sendo necessária a elaboração de planos e estratégias para a conservação da
biodiversidade.
Os modelos de corredores ecológicos podem ser ferramentas que
venham a interligar os elementos da paisagem urbana, tais como parques,
reservas ecológicas e remanescente florestais, aos elementos da paisagem
rural de Londrina, favorecendo o desenvolvimento da fauna e a conseqüente
dispersão de sementes via ornitocórica / zoocórica.
“Um ecossistema torna-se degradado quando perde sua capacidade de
recuperação natural após distúrbios, ou seja, perde sua resiliência” (Martins,
2001), neste contexto, a restauração ambiental dos fundos de vale de Londrina
é de extrema importância ao restabelecimento das condições de equilíbrio,
sustentabilidade e integração dos corredores ecológicos junto à bacia
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hidrográfica do rio Tibagi, aproximando-os dos sistemas naturais outrora
existentes e promovendo a sua contínua reprodução.
O Município de Londrina possui uma rica rede pluvial, formada por nove
bacias hidrográficas (sub-bacias). Destas, cinco encontram-se em área urbana,
alimentadas por cerca de oitenta e quatro córregos. Há ainda outros cursos
hídricos que deságuam diretamente no Rio Tibagi. Em cada corpo hídrico na
região urbana de Londrina, há um fundo de vale, onde a totalidade ou parte de
sua área pode ser caracterizada como Área de Preservação Permanente
(APP).
Figura 1. Bacias hidrográficas existentes na área urbana do Município de
Londrina (Ribeirões Cafezal, Cambé, Limoeiro, Lindóia e o rio Jacutinga).
Ao Sul, a localização do fundo de vale do córrego Tucanos
Fonte: Programa “Rio da minha rua”de Londrina (PML / SEMA).
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Figura 2. Fundo de vale do córrego Tucanos - ampliação da Figura 1.
Fonte: Programa “Rio da minha rua”de Londrina (PML / SEMA).
Figura 3. Localização do fundo de vale do córrego Tucanos.
Fonte: IPPUL – Maio/2012.
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O córrego Tucanos pertence à bacia hidrográfica do ribeirão Cambé, a
qual possui aproximadamente 27,2km de extensão. O ribeirão Cambé, têm sua
primeira nascente no trevo entre Londrina e Cambé (PR 445 x BR 369, UTM:
476117,43 x 7424818,33), e percorre a área urbana de Londrina de Oeste à
Leste, desaguando no Ribeirão Três Bocas (UTM: 494264,90 x 7415451,17), e
este, após percorrer cerca de 9,2km, deságua no rio Tibagi.
Este córrego nasce em área urbana, no fundo de vale do Jardim Burle
Marx, junto à PR-445, em frente ao Instituto Agronômico do Paraná, região Sul
de Londrina (UTM: 483523,31 x 7417333,89; altitude média: 555m),
percorrendo os Jardins Esperança, São Paulo, São Vicente, Vilas Boas,
Jurumenha e Igapó, pela margem direita e os Jardins, Itatiaia I e II, Tucanos e
Mediterrâneo, pela margem esquerda. Percorre desde a nascente até a sua
foz no ribeirão Cambé, Jardim Igapó, cerca de 2300m (UTM: 484520,69 x
7418881,55; altitude média: 524m), a aproximadamente 150m da barragem do
Lago Igapó I.
Figura 4. Ilustração da microbacia hidrográfica do córrego Tucanos, com
bairros, ruas e logradouros.
Fonte: Google Earth, 12/04/2009.
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A sua restauração ambiental é de extrema importância à preservação da
flora e da fauna, à conservação do solo e da água, à integração do corredor
ecológico da bacia do ribeirão Cambé e ao domínio social de suas áreas de
fundos de vale.
2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
O fundo de vale do córrego Tucanos apresenta vários segmentos em
elevado estado de degradação, com amplas áreas alagadas, decorrente dos
processos erosivos. Nos primeiros 100 metros a partir da nascente, a
declividade ao longo do córrego é extremamente alta, formando sulcos
profundos, expondo grandes matacões de rochas basálticas tipo bola, além das
raízes das árvores ciliares, levando ao tombamento de muitas.
Observa-se também a contaminação de suas águas por
microoganismos, despejos de esgotos clandestinos e de efluentes químicos de
postos de combustíveis, drenados via galerias pluviais ou diretamente no
córrego. Nas margens do córrego, observa-se o despejo de resíduos da
construção civil e domiciliares e as ocupações irregulares, suprimindo a flora e
a fauna. Tais agressões se intensificaram a partir de 1980, com a expansão
imobiliária do entorno.
Imagens aéreas deste fundo de vale, datadas de 1980, demonstram que
o córrego já possuiu um volume de água bem maior, apresentando maior
profundidade e atingindo até 4,0 m de largura em alguns trechos. A mata ciliar
apresentava maior área e biodiversidade, mas já se encontrava fragmentada
em pequenos bosques e vegetação irregular estreita ao longo do córrego.
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FIGURA 5. Foto aérea do fundo de vale do córrego Tucanos, de 1980.
Fonte: Acervo do Instituto Brasileiro do Café – IBC.
A primeira grande agressão ao córrego Tucanos foi evidenciada no início
da década de setenta (1973), com a edificação do Instituto Agronômico do
Paraná (IAPAR), onde foram aterradas as primeiras nascentes, tanto pela
terraplanagem na área interna da Instituição como na implantação da Rodovia
PR-445.
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Posteriormente, a instalação de uma madeireira defronte ao Instituto
aterrou uma importante nascente à direita do Córrego, bem como uma extensa
área do Vale ao lado da Rodovia, para uso na secagem de madeiras. No início
da década de noventa, a madeireira utilizou-se de carcaças de baterias
automotivas para construir diques de contenção no processo de aterramento.
Segundo a constatação “in loco”, foram utilizadas milhares de carcaças, as
quais provavelmente, continham resíduos do elemento chumbo. Há mais de
uma década, a madeireira interrompeu as atividades de aterramento do Vale,
sendo que no ano de 2010, iniciou o plantio de mudas nativas nas áreas de
declive do fundo de vale e na base dos taludes.
Foto 1. Fundo de vale do córrego Tucanos, Jardim Burle Marx. A
comunidade local realizou atividades educacionais para reduzir o
descarte irregular de lixo e entulho.
Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.
Paralelamente a estes acontecimentos, o fundo de vale foi ocupado por
moradias irregulares na maior extensão da margem direita do córrego, sendo
que algumas delas foram construídas dentro da Área de Preservação
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Permanente (APP). Na margem esquerda do Córrego, foram edificados muros,
alambrados e piscinas em áreas de clube e Associações.
A edificação das moradias nas áreas ocupadas, bem como a
terraplanagem realizada ao redor destas, favoreceram a erosão hídrica e o
afloramento de vários “olhos d‟água” que alimentam o córrego. Estes
afloramentos foram represados em pequenos tanques para o consumo pelas
famílias em todas as suas necessidades. No entanto, cerca de 10 famílias
utilizavam água tratada oriunda da rede pública.
A ocupação do Vale por moradias irregulares contribuiu negativamente
na conservação do solo e da água e na preservação das espécies vegetais e
animais nativas, mesmo quando as moradias não estavam dentro da área de
preservação. Isto se deve ao fato dos moradores realizarem o plantio de
alimentos para a subsistência no entorno da moradia e fazerem a “supressão
da vegetação arbustiva” da área, temendo os animais peçonhentos.
Nas avaliações de campo, Verificou-se que no fundo de vale adjacente
à rua Turquia, a atividade de reciclagem de lixo, exerceu intenso impacto
sobre a flora remanescente e o banco de sementes (mulching), impedindo a
regeneração natural, além da poluição ambiental resultante do descarte
aleatório e queima de resíduos não-recicláveis.
As moradias que ocupavam o fundo de vale, encontravam-se distribuídas
irregularmente ao longo da margem direita do córrego Tucanos. Na porção
adjacente às ruas Turquia e Bélgica, estavam presentes a maior parte das
moradias. Como resultado de um trabalho desenvolvido pela Companhia de
Habitação de Londrina – COHAB-LD (2011-2012), foram realocadas 30 (trinta)
famílias deste fundo de vale, pelo programa “Minha Casa Minha Vida”, não
restando neste processo, nenhuma família remanescente.
2.1. TIPOLOGIA VEGETAL
A vegetação arbórea nativa, presente neste fundo de vale,
remanescentes da floresta latifoliada semidecídua e pluvial Atlântica,
caracteriza-se predominantemente por espécies pioneiras, destacando-se:
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fumo bravo (Solanum mauritianum), aroeira-pimenteira (Schinus
terebinthifolius Raddi), açoita-cavalo (Luehea divaricata Mart.) e pau pólvora
ou grandiúva (Trema micrantha).
Há ainda, neste fundo de vale, intensa proliferação de espécies
invasoras, destacando-se: amarelinho (Tecoma stans), santa Bárbara (Mélia
azedarach), mamoeiro (Ricinus communis L.), leucena (Leucaena
leucocephala) e ameixa amarela (Eriobothrya japonica). As áreas de
várzeas apresentam cobertura vegetal pouco diversificada, com o predomínio
de Taboas (Tipha angustifólia).
Nos locais mais ensolarados ou nos fragmentos florestais onde o dossel
é aberto, o solo apresenta-se coberto por gramíneas diversas, tais como
Colonião (Panicum maximum), Capim estrela (Cynodon nlemfuensis) e
grama Seda (Cynodon dactylon L.) mato-grosso ou batatais (Paspalum
notatum). No entanto, a presença de eqüinos neste fundo de vale não foi
evidenciada.
Foto 2. Fundo de vale do Jardim Burle Marx. Vegetação arbórea em
regeneração. Muitas espécies pioneiras, como fumo bravo (Solanum
mauritianum) e alta infestação de amarelinho (Tecoma stans).
Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.
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Foto 3. Cobertura vegetal nas áreas abertas, com o predomínio de
gramíneas.
Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.
2.2. CARACTERIZAÇÃO EDAFOCLIMÁTICA
Este fundo de vale caracteriza-se por apresentar tipos de solos em
caráter de transição entre Nitossolo vermelho eutroférrico (NVef) e Neossolos
litólicos eutróficos (RLe). Os solos litólicos ocorrem junto à calha do córrego e
nas margens deste, onde se verifica a presença de blocos e matacões de
basalto em alteração na superfície, sendo que a rocha fresca encontra-se
aflorante ou próxima à superfície do terreno (SiBCS, EMBRAPA, 2005).
Quanto aos aspectos climáticos, o Município de Londrina apresenta a
temperatura média anual de 21,1°C e precipitação pluviométrica média de
1610mm. Segundo a classificação climática de Köppen, Londrina apresenta o
tipo climático “Cfa”, caracterizado como subtropical, com temperatura média no
mês mais frio inferior a 18°C (mesotérmico) e temperatura média no mês mais
quente acima de 22°C, com verões quentes, geadas pouco frequentes e
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3
tendência de concentração das chuvas nos meses de verão, contudo sem
estação seca definida (Cartas climáticas do Paraná - IAPAR, 2000).
2.3. CARACTERIZAÇÃO HIDROLÓGICA
Ao longo da calha do córrego Tucanos, verificou-se várias áreas com
alagamentos sazonais, caracterizadas como áreas de várzeas, resultantes da
deposição hídrica de solo, oriundos das interferências antrópicas no entorno e
principalmente, nas áreas do entorno da nascente (PR 445, Jardim Burle
Marx). O fundo de vale deste córrego, apresenta uma rica rede hidrológica,
formada por cerca de 32 nascentes.
Nas áreas de fundo de vale, desde a nascente até a foz deste córrego,
verificou-se a existência de 32 (trinta e duas) nascentes ou “olhos d‟água”,
pontuados pelo “Sistema Universal Transverse Mercator “(UTM) e descritos na
Tabela abaixo.
Tabela 1. Localização das nascentes pontuadas na margem direita do
córrego Tucanos.
Nº Localidade UTM
X (E) Y (S) 1 Madeireira Curupay (Rogger Candotti), próximo à nascente 0483711 7417396 2 Chácara de Ademar Francisco Carneiro & outros (horticultura) 0483765 7417383 3 Chácara de Edmundo e Madalena Carneiro Carlos 0483783 7417370
4 Área pública do fundo de vale do Jardim Esperança
0484122 7417471 5 0484153 7417462 6 Área pública do fundo de vale do Jardim Esperança 0484171 7417499
7 Área pública do fundo de vale do Jardim Esperança 0484233 7417564 8 Chácara de Joaquim Salles (Jardim esperança) 0484279 7417606 9 Área pública do fundo de vale do Jardim São Paulo 0484528 7417969
10 Área pública do fundo de vale do Jardim São Paulo 0484061 7417464 11 Área pública do fundo de vale do Jardim São Paulo 0484554 7418048 12 Área pública do fundo de vale do Jardim São Paulo 0484354 7417827
13 Área pública do fundo de vale do Jardim São Paulo 0484306 7417663 14 Área pública do fundo de vale do Jardim São Paulo 0484623 7418169 15
Área pública do fundo de vale do Jardim Vilas Boas 0484635 7418192
16 0484619 7418178 17 Área pública do fundo de vale do Jardim Vilas Boas 0484656 7418259 18
Área pública do fundo de vale do Jardim Vilas Boas 0484670 7418326
19 190484666 7418340 20 Área pública do fundo de vale do Jardim Vilas Boas 0484669 7418410 21 Área pública do fundo de vale do Jardim Vilas Boas 0484655 7418299
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22 Área pública do fundo de vale do Jardim Igapó 0484666 7418459 23 Área pública do fundo de vale do Jardim Igapó 0484660 7418476 24 Área pública do fundo de vale do Jardim Igapó 0484649 7418570 Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.
Tabela 2. Localização das nascentes pontuadas na margem esquerda
do córrego Tucanos.
Nº Localidade UTM
X (E) Y (S)
25 Área pública do fundo de vale do Jardim Burle Marx (Nascente do Córrego Tucanos)
0483573 7417392
26 Área pública do fundo de vale do Jardim Burle Marx 0483676 7417416
27
GREPOM - Grêmio Recreativo e Esportivo dos Policiais Militares
484359 7417966 28 484365 7418013 29 484372 7418020
30 484374 7418033 31 484377 7418038
32
Fundo de vale do Jardim Mediterrâneo (área particular),
próximo à várzea, a 200m do ribeirão Cambé, Foz do córrego Tucanos
0484449 7418617
Encontradas e pontuadas 32 nascentes e afloramentos nas duas margens do córrego Tucanos Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.
3. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
A vegetação nativa do fundo de vale do córrego Tucanos apresenta
vários fragmentos arbóreos resultantes da regeneração natural e das ações
ambientais com a comunidade do entorno. A área adjacente ao Jardim Burle
Marx é um exemplo de que a organização comunitária pode mudar a realidade
ambiental de um fundo de vale. Foram realizados plantios de mudas arbóreas
nativas em sistema de mutirão comunitário no ano de 2006.
O resultado deste trabalho pode ser observado no fechamento do dossel
e no desenvolvimento de espécies secundárias e climáceas. A deposição de
entulhos e lixos domésticos também diminuíram e as gramíneas ocupam hoje
espaços reduzidos. Está mata, por abrigar a nascente do córrego, apresenta
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importante papel na contenção do solo, especialmente nas áreas de declive
acentuado, junto ao corpo hídrico.
Foto 4. Restauração ambiental no fundo de vale do córrego Tucanos,
Jardim Burle Marx, iniciado no ano de 2005.
Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.
Este trabalho de plantio de mudas pela comunidade inibiu a
possibilidade de ocupação irregular desta área. Na área do aterro junto à
nascente, também ocorreu o adensamento arbóreo, embora com predomínio
de Leucenas (Leucaena leucocephala).
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Tabela 3. Levantamento das áreas de preservação e da situação da
flora.
ÁREA LOCALIZAÇÃO ÁREA (m²) SITUAÇÃO ATUAL
1 Rua Kozen Igue – Jardim
Itatiaia (soma) 26.800,91
Vegetação em estágio de
regeneração
2 Tucano I 36.400,06 Várzea
3 Rua Samuel Wainer – Jardim
Mediterrâneo 11.392,69 Aterro, árvores isoladas
4 Rua Dr. Carlos da Costa
Branco – Jd. Nikko (soma) 17.048,45 Várzea e aterro
5 Rua José Gonçalves da Silva,
Jardim Esperança 18.737,51
Ausência de vegetação e
aterro
6 Condomínio Vale dos
Tucanos 9.966,94
Vegetação em estágio de
regeneração, campo de
futebol e aterro
7 Jardim São Paulo 9.209,59 Ocupações, chácaras
8 Rua Chipre – Jardim São
Vicente 16.780,28
Ausência de vegetação e
aterro
9 Rua Bélgica – Jardim Vilas
Boas 20.411,73 Ocupações, chácaras
10 Rua Bélgica – Jardim Igapó 19.637,95 Ocupações, chácaras
11 Rua Bélgica, em frente à
Cooperativa Cativa 9.154,38
Várzea, foz do Córrego
Tucanos
TOTAL 195.540,49m²
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FIGURA 6. Ilustração das áreas estudadas.
„
Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012, SEMA/2005.
Visando determinar a qualidade da água, tanto do leito do córrego
quanto das dezenas de nascentes pontuadas, muitas delas usadas para
consumo pelas famílias que ocupam este fundo de vale, outras, usadas na
irrigação de hortaliças, foram realizadas análises para parâmetros químicos e
microbiológicos no ano de 2005.
As análises para parâmetros químicos foram realizadas no ano de 2005,
objetivando determinar as concentrações de metais pesados na água e no lodo
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do córrego Tucanos, especialmente o elemento Chumbo. Paralelamente foram
averiguadas as quantidades de microorganismos presentes na água do córrego
e nas nascentes usadas para consumo da família ocupante do fundo de vale.
Em abril de 2012, foram realizadas novas análises da água para parâmetros
microbiológicos, para um diagnóstico comparativo com o ano de 2005.
3.1. DETERMINAÇÃO DE METAIS PESADOS
A determinação das quantidades de chumbo presentes na água do
córrego Tucanos foi realizado pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP. O
Laboratório de Solos e Tecido Vegetal – ASO, do Instituto Agronômico do
Paraná – IAPAR, determinou as quantidades de metais pesados presentes no
lodo retirado do fundo do córrego, próximo à nascente (PR 445). Os resultados
analíticos evidenciaram a precipitação do chumbo na forma não-tóxica,
direcionando ações no sentido de restringir a movimentação do solo na área do
aterro próximo à nascente, impedindo que este metal seja exposto novamente
à superfície, contaminando o solo, a água, a fauna e a população do entorno.
Foto 5. Coleta de lodo no leito do córrego Tucanos, para análise de
metais pesados, realizado em 16/12/2005.
Fonte: SEMA - Pesquisa ‘in loco’ - dezembro/2005.
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Foto 6. Determinação da cor e textura do lodo. O mesmo não
apresentava odor desagradável.
Fonte: SEMA - Pesquisa ‘in loco’ - dezembro/2005.
Foto 7. Em alguns locais, o lodo amarelado apresentava-se na
superfície da água.
Fonte: SEMA - Pesquisa ‘in loco’ - dezembro/2005.
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Foto 8. Foto registrada no mês de abril de 2012, evidencia que o lodo
amarelo observado no ano de 2005, não está mais presente na água.
Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.
TABELA 4. Resultados da determinação de chumbo na água do leito
do córrego Tucanos.
Instituto Ambiental do Paraná – IAP - Laboratório de Absorção Atômica
Determinação de chumbo na água do córrego Tucanos
Local de coleta: Água coletada no leito do Córrego Tucanos, próximo à
nascente
Ficha de coleta N° 6.829 - Número de amostras: 01
Data da coleta: 12 de abril de 2005 às 10 horas da manhã
Condições Pluviométricas: Longo período sem chuvas, superior a 30 dias
Elemento Relatório de Ensaios da amostra Nº 359/05
Chumbo Ph Unidades 6,80
Pb mg/L < 0,04
Valores máximos permitidos
(RES. CONAMA 357/2005) mg/L 0,01
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TABELA 5. Resultados da determinação de metais pesados presente
no lodo do córrego Tucanos, próximo à sua nascente.
Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR - Laboratório de Solos e Tecido
Vegetal – ASO
Local de coleta: Lodo coletado no leito do Córrego Tucanos, próximo à
nascente
Data da coleta: 16/12/2005 - Número de amostras: 10
Condições Pluviométricas: Ocorrência de chuvas no período de 48 horas EXTRATOR: H2O
Nº. Lab. Nº. amostra
Pb Zn Cd Fe Al
mg/kg
13 01 0,08 0 0 1 0
14 02 0 0 0 40 93
15 03 0,09 0 0 11 17
16 04 0 0 0 37 93
17 05 0,02 0 0 165 307
18 06 0 0 0 29 93
19 07 0,09 0 0 19 17
20 08 0 0 0,02 90 93
21 09 0 0 0,01 5 0
22 10 0 0 0 270 670
EXTRATOR: HCL 1 N
Nº. Lab. Nº. amostra
Pb Zn Cd Fe Al
mg/kg
13 01 264 22 0,15 4700 4800
14 02 73 58 0,66 8100 3900
15 03 71 71 0,55 8900 4100
16 04 222 33 1,08 11900 4100
17 05 33 70 8,82 23200 4500
18 06 22 187 0,66 8400 4900
19 07 25 90 0,94 10800 4000
20 08 15 55 1,07 11500 3700
21 09 39 144 10,66 24700 3800
22 10 45 95 7,04 21400 4900
EXTRATOR: Na2 EDTA 0,1 M
Nº. Lab. Nº. amostra
Pb Zn Cd Fe Al
mg/kg
13 1 297 9 0 300 1400
14 2 56 26 0,11 1200 800
15 3 40 24 0,11 2000 650
16 4 111 11 0,15 2700 770
17 5 11 30 2,02 10400 1000
18 6 8 108 0,18 2100 900
19 7 13 45 0,99 5700 800
20 8 7 20 0,55 4800 600
21 9 11 68 1,79 9300 750
22 10 18 47 2,18 9500 1300 Valores máximos
(CONAMA 357/2005) 0,01 0,18 0,001 0,3 0,1
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Quantidades significativas de chumbo podem ser desprendidas por
fundições de chumbo, incluindo a reciclagem de baterias automotivas, podendo
liberar grandes quantidades deste elemento no ar, nas formas de óxido e
dióxido de chumbo, iodeto de chumbo, entre outras. Como o chumbo e seus
sais possuem densidade elevada, os gases industriais com os quais são
desprendidos só os transportam por alguns poucos quilômetros, sendo que
rapidamente ocorre a sedimentação destes compostos. O solo é considerado
um dos depósitos principais deste elemento, pois ao alcançá-lo, este
contaminante pode ali permanecer indefinidamente.
O chumbo no solo pode estar sob diversas formas: relativamente
insolúvel (sulfato, carbonato ou óxido), solúvel, adsorvido, adsorvido e
coprecipitado como sesquióxido, adsorvido em matérias orgânicas coloidais ou
complexado no solo (IPCS, 1995).
O valor de tolerância para chumbo em água doce é de 0,01mg/litro
(RESOLUÇÃO CONAMA Nº 357/2005).
A intoxicação por chumbo em humanos está associada com esterilidade,
aborto, mortalidade neonatal, reações neurotóxicas, deficiências motoras, entre
outras (Junberg et al., 1997).
Há relatos relativos à intoxicação de pessoas e animais na região do
entorno do fundo de vale do córrego Tucanos, ocorridos na década de 90,
notadamente quando o processo de aterramento da área adjacente à nascente
estava ocorrendo.
Para a interpretação dos resultados analíticos referente às
concentrações de metais pesados no lodo e na água, especialmente o chumbo,
devemos levar em conta a sua biodisponibilidade: o metal pode estar presente
no ambiente, porém, pode não estar disponível para contaminar os
organismos.
O lodo que cobria todo o fundo do córrego, no ano de 2005, por ocasião
da coleta, apresentava coloração amarelada, semelhante a cor do precipitado
de Iodeto de chumbo sólido. Cor semelhante é verificada com deposição de
ferro. Os resultado analíticos verificados na Tabela 5, comprovam a deposição
destes elementos no lodo, bem como evidenciam a presença de cádmio e
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alumínio em quantidades acima dos limites máximos determinados pela
Resolução CONAMA Nº 357/2005, para água doce, Classe 1. O córrego
Tucanos se enquadra na Classe 1 desta Resolução, pois há horticultores que
utilizam suas águas na irrigação de folhosas, inclusive no cultivo de morango.
Embora não tenham sido realizadas novas análises da água e do lodo
deste córrego, verificou-se em vistoria “in loco”, realizada no mês de abril do
corrente ano, que não há formação de lodo amarelado , estando a água límpida
e inodora.
As análises para determinação de Chumbo no lodo e na água do leito do
Córrego Tucanos apontam que as formas de Chumbo presentes estejam
provavelmente na forma precipitada e consequentemente não-tóxica.
Possivelmente a precipitação do Chumbo esteja relacionada ao tempo de
exposição deste no meio ambiente. As quantidades verificadas nas análises,
de acordo com a RESOLUÇÃO CONAMA – 357 / 2005, não apresentam risco
à saúde humana e aos animais.
3.2. ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
A determinação da qualidade microbiológica da água, realizada pelo
Laboratório de Microbiologia do Instituto Ambiental do Paraná – IAP, nos anos
de 2005 e 2012, evidenciaram que as águas do leito do córrego Tucanos e das
32 nascentes pontuadas, que afloram ao longo do fundo de vale, apresentam
altos índices de Coliformes totais e Escherichia coli.
Os locais de coletas de água são ilustrados na Figura 7, sendo que os
pontos 5, 7, 4, 8 e 10, em bandeira branca, representam a coleta em nascentes
e os pontos 1, 6, 3, 9 e 2, representam a coleta no leito do córrego.
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Figura 7. Demarcação dos pontos de coleta de água das nascentes e do
leito do córrego Tucanos, para análise de parâmetros microbiológicos.
Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012 (Google Earth - 12/04/2009).
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5
Figura 8. Descrição dos Bairros do entorno do fundo de vale e demarcação
dos pontos de coleta de água das nascentes e do leito do córrego Tucanos.
Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012 (Google Earth - 12/04/2009).
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6
Foto 9. Coleta de água do córrego Tucanos e de suas principais nascentes,
para análise microbiológica, realizadas nos meses de abril e maio de 2012.
Márcio Vizetti - Químico amostrador do Instituto Ambiental do Paraná – IAP; Priscila M.
Cardoso, estagiária do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina – IPPUL.
Os resultados analíticos são apresentados nas Tabelas 6 e 7.
TABELA 6. Resultados dos parâmetros microbiológicos das águas do
leito do córrego Tucanos e das nascentes adjacentes (ano de 2005).
IAP – Instituto Ambiental do Paraná - Laboratório de Microbiologia Procedência: Fundo de Vale do Córrego Tucanos Condições Pluviométricas:
Longo período sem chuvas, superior a 30 dias Data de coleta
Ensaio Amostra UTM Parâmetro (NMP/100ml)
X Y Coliformes totais
Escherichia coli
12/04/2005 354/05 1 483676 7417416 16.000 480
12/04/2005 355/05 2 484233 7417564 500 7
12/04/2005 356/05 3 484623 7418169 16.000 30
12/04/2005 357/05 4 484655 7418299 16.000 350
12/04/2005 358/05 5 484649 7418570 ≥ 16.000 500
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7
Condições Pluviométricas: Após precipitação pluviométrica de 50mm em 24
horas (chuva lenta).
Data de coleta
Ensaio Amostra UTM Parâmetro (NMP/100ml)
X Y Coliformes totais
Escherichia coli
29/04/2005 423/05 1 483676 7417416 ≥ 16.000 17
29/04/2005 424/05 2 484233 7417564 ≥ 16.000 2
29/04/2005 425/05 3 484623 7418169 ≥ 16.000 240
29/04/2005 426/05 4 484655 7418299 ≥ 16.000 21
29/04/2005 427/05 5 484649 7418570 ≥ 16.000 350
TABELA 7. Resultados dos parâmetros microbiológicos das águas do leito do
córrego Tucanos e das nascentes adjacentes (ano de 2012).
IAP – Instituto Ambiental do Paraná - Laboratório de Microbiologia
Procedência: Fundo de Vale do Córrego Tucanos
Condições Pluviométricas: Sem chuvas nas últimas 48 horas
Data de
coleta
Ficha de
coleta
Ponto UTM Parâmetro
(NMP/100ml)
X Y Coliformes totais
Escherichia coli
25/04/2012 64.258 1 483676 7417416 < 1,8 < 1,8
25/04/2012 64.262 5 484122 7417471 > 16.000 12
07/05/2012 64.409 7 484233 7417564 16.000 4,5
07/05/2012 64.410 6 484061 7417464 >16.000 47
25/04/2012 64.260 3 484354 7417827 >16.000 920
25/04/2012 64.261 4 484306 7417663 >16.000 94
07/05/2012 64.408 8 484623 7418169 20 <1,8
07/05/2012 64.407 9 484619 7418178 >16.000 9.200
07/05/2012 64.406 10 484655 7418299 16.000 2
25/04/2012 64.259 2 484649 7418570 >16.000 1.600
Os resultados analíticos apontam que as águas das nascentes (minas) e
as águas do leito do córrego, de acordo com a RESOLUÇÃO CONAMA nº
357/2005, complementada e alterada pela Resolução CONAMA nº 430/2011,
não apresentam condições microbiológicas para consumo humano e para uso
na irrigação de hortaliças.
Apontam também que a nascente do córrego apresentou significativa
melhora neste período. Possivelmente em função dos plantios de árvores
nativas, realizado nos anos de 2006 e 2007 com a comunidade do entorno e o
isolamento da área.
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8
Quanto às nascentes ao longo do fundo de vale, somente a nascente
demarcada como ponto 8 (início da rua Turquia, Jardim São Paulo), apresenta
baixos níveis de coliformes.
4. OBJETIVOS GERAIS
O fundo de vale do córrego Tucanos, a ser contemplado no presente
Plano de Restauração Ambiental, apresenta cerca de 1530m de extensão
(incluindo 127m de extensão do ribeirão Cambé, antes da foz do córrego
Tucanos), delimitado entre a rua José Garcia Domingues, Jardim São Paulo
(UTM: 484206,22 X 7417621,74, altitude: 538m) e a rua Almeida Garret, Jardim
Igapó, ribeirão Cambé (484472,64 X 7418979,02, altitude: 524m). Apresenta
124.494,74m² de área total a ser restaurada.
Tem por objetivos a restauração ambiental e paisagística das áreas de
preservação permanente (APP) e áreas de fundo de vale (AFV) do córrego
Tucanos, incluso no “Programa de Desenvolvimento Urbano Sustentável de
Londrina - BR-L1094”, o qual contempla a retirada de entulhos e demais
resíduos oriundos das edificações demolidas, readequação do solo e
restauração da camada fértil, restauração da mata ciliar e Áreas de
Preservação Permanente, confecção de gramados, espaços para lazer e
recreação, além de arboretos, destinados à atividades contemplativas,
educação ambiental, estudo, pesquisa e experimentação, desenvolvimento da
biodiversidade arbórea e adaptação edafoclimática das espécies. Objetiva
também o desenvolvimento de ações educativas junto à comunidade do
entorno, que promovam o conhecimento e o sentimento de preservação
ambiental deste fundo de vale, de modo a restaurar a sua resiliência, ou seja,
a sua capacidade de recuperação natural após as degradações ambientais
sofridas.
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9
Tabela 8. Detalhamento das áreas de fundo de vale do córrego Tucanos
a serem restauradas.
Zona Especial de Fundo de Vale m²
Área de Fundo de Vale (AFV) 19853,43
Área do entorno do fundo de vale (arborização e formação de gramado)
Área 1: 697,10m de extensão e gramado com 5,0m de largura 3485,50
Área 2: 901,71m de extensão e gramado com 10,0m de largura 9017,10
Áreas para implantação dos Arboretos (bosques de arborização)
Bosque de árvores brasileiras 4804,12
Bosque de árvores do mundo 1945,06
Área de Praça com Academia e Parque Infantil 601,65
Área de gramado para as transposições e projetos viários 5781,27
Área de Preservação Permanente (APP)
Mata ciliar, incluindo áreas sujeitas à alagamento sazonal e APP
de nascentes
104.641,31
Área Total do Fundo de Vale a ser restaurada (APP + AFV ) 124.494,74
Este Plano de Restauração Ambiental está em conformidade com o
Código Florestal- Lei nº 4.771 de 15 de setembro de 1965, com o Decreto
Estadual nº 397 de 03 de março de 1999, que institui o SISLEG – Sistema de
manutenção, recuperação e proteção da reserva florestal legal e áreas de
preservação permanente no Estado do Paraná e a Resolução CONAMA 303,
de 20 de março de 2002, que dispõe sobre parâmetros, definições e limites de
Áreas de Preservação Permanente.
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0
5. PLANO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL - METODOLOGIA
A restauração ambiental de áreas degradadas, principalmente as que
circundam os corpos d‟água, além das funções normais de mitigar os impactos
ambientais, promovidos pela ocupação desordenada (proteção dos corpos
d'água, purificação do ar, melhoria micro-climática, redução da velocidade dos
ventos, equilíbrio do balanço hídrico, controle de pragas e agentes vetores de
doenças, restabelecer e enriquecer a fauna local e regional, contenção de
ruídos, etc.), é também uma ação mitigadora no sentido de promover a
estabilidade do solo, protegendo as áreas de risco.
Além disso, esta ação tem também uma importante função social, uma
vez que não pode se tornar área de risco para a comunidade, proporcionando
locais de esconderijos de difícil acesso para os promotores da segurança, e
áreas suscetíveis a novas invasões.
Ao mesmo tempo, faz-se necessário criar vínculo da área com a
população do entorno, para que esta se aproprie do espaço, e dele faça uso
como área de lazer, contemplação da diversidade natural e educação
ambiental, passando a defendê-lo e a zelar pelo mesmo.
O presente Plano contempla a restauração de 124.494,74m² de área do
fundo de vale do córrego Tucanos, divididos em 8 (oito) etapas, onde as
atividades de Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade, deverão
preceder cada ação, de modo a informar, despertar e motivar a comunidade a
encontrar soluções para os problemas ambientais locais, desenvolvendo em
todos o sentimento de solidariedade e responsabilidade para com o meio
ambiente.
Os trabalhos a serem desenvolvidos, terão como eixo principal a
Educação Ambiental. Em todas as etapas, a preservação das espécies
arbóreas nativas existentes, mesmo àquelas que se encontram em tamanho
arbustivo, será preconizada. Para isso, os operários que realizarão as diversas
tarefas no fundo de vale, deverão ser devidamente orientados por técnicos da
Secretaria Municipal do Ambiente. As mudas de espécies arbóreas nativas,
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1
deverão ser estaqueadas previamente antes de qualquer ação nas áreas de
fundo de vale, seja manual ou mecânica.
5.1. Etapa 1: Contempla a retirada de entulhos resultantes da demolição das
moradias irregulares desocupadas, limpeza da área e cobertura do solo
com terra.
Nesta Etapa, será utilizado escavadeira hidráulica sobre esteira para
demolir, amontoar e carregar sobre os caminhões basculantes, os entulhos e
resíduos diversos oriundos da demolição e limpeza. Os caminhões basculantes
deverão levar todos os materiais coletados para um local de descarte
licenciado. Após os serviços motorizados, deverá ser realizado uma limpeza
manual do fundo de vale, com a retirada de lixos diversos, existentes junto à
margem do córrego Tucanos e no leito deste (poluição difusa).Estando o solo
do fundo de vale, totalmente limpo, deverá ser iniciada a restauração da
camada fértil, com a deposição e espalhamento de terra de barranco, isenta de
pedras e pragas (sementes, estolões ou rizomas de ervas daninhas,etc.).
Nesta fase, os serviços deverão ser executados com escavadeira hidráulica
sobre pneus, cobrindo o solo das áreas onde ocorreram a retirada de entulhos,
com uma camada de terra fértil de cerca de 10cm de espessura, realizando a
terraplanagem em toda a área do fundo de vale, deixando o mesmo em boas
condições para a realização dos plantios de mudas de árvores e a confecção
de gramado.
5.2. Etapa 2: Contempla a restauração da mata ciliar e Áreas de
Preservação Permanente (APP).
Nesta Etapa, será realizado o plantio de mudas arbóreas nativas em
toda a Área de Preservação Permanente (APP) e mata ciliar, no espaçamento
de 3,0m entre linhas de plantio e 3,0m entre mudas na linha, sendo que as
linhas deverão ser intercalares entre si. As mudas deverão ter entre 0,40 a
0,50m de altura, produzidas pelo sistema de tubetes. Deverá ser realizado o
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2
plantio diferenciado de espécies nativas pioneiras, correspondendo a 50% do
número total de mudas, uma vez que a regeneração natural da área é
dificultada pela erosão hídrica, pela reduzida dispersão natural e via
zoocórica/ornitocórica de sementes, bem como pela forte pressão antrópica do
entorno.
O plantio de maior quantidade de espécies pioneiras terá como
finalidade a rápida cobertura do solo, inibindo o desenvolvimento gramíneas e
outras espécies invasoras, permitindo assim o desenvolvimento de outras
espécies das fases iniciais e intermediárias da sucessão, as quais apresentam
geralmente dispersão zoocórica/ornitocórica.
O modelo a ser implantado consistirá de uma linha de espécies pioneiras
alternada com uma linha de espécies não-pioneiras, correspondente a
Secundárias Iniciais (SI), Secundárias Tardias (ST) e Climáceas (C).
A calagem (aplicação de calcário), deverá anteceder o plantio o máximo
de dias possíveis, com a aplicação em cobertura de 200g de calcário
dolomítico ou magnesiano ao redor da cova, em um raio de 0,25cm. A
aplicação deverá ser realizada anualmente.
A aplicação de adubo químico, na fórmula de 04-14-08 + 0,3% de Zn, na
quantidade de 150g por cova. A aplicação deverá ser feita 30 dias após o
plantio, em um raio de 0,25m ao redor da muda. A muda deverá ser irrigada
logo após o plantio, não havendo previsão de chuva no período subseqüente.
Toda a muda deverá ser estaqueada com ripão de madeira e coroada,
formando uma bacia de contenção da água pluvial e proteção contra ervas
daninhas. A limpeza das covas deverá ocorrer regularmente a cada 2 meses,
conforme cronograma, com reposição de mudas suprimidas, caso ocorrerem.
5.3. Etapa 3: Contempla a restauração da área do entorno do fundo de vale,
com arborização do entorno e confecção de gramado.
Nesta Etapa, também deverão ser instalados bancos de concreto,
lixeiras e placas informativas no entorno do fundo de vale, promovendo a
integração e a conscientização ambiental de toda a comunidade.
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3
As mudas de árvores para a restauração do entorno, deverão apresentar
altura igual ou superior a 2,50m, a partir do colo da muda até a última
bifurcação. O plantio na arborização do entorno deverá ser locado a 3,0m do
meio-fio para a área 1 e 6,0m do meio-fio para a área 2 (previsão de diretriz
viária), totalizando 169 mudas, já excluídas as 23 mudas do entorno que se
enquadram na relação de espécies dos bosques de árvores brasileiras e do
mundo.
A faixa de gramado será de 5,0m de largura para a área 1 e 10,0m para
a área 2, a partir do meio-fio. A espécie a ser plantada será a grama Batatais
ou Mato-grosso (Paspalum notatum), em placas. O plantio de grama deverá
ocorrer antes do plantio das mudas de árvores, formando uma cobertura do
solo que minimiza o ressecamento e conseqüentemente, a necessidade de
rega.
O plantio das mudas arbóreas deverá ser precedido de calagem
(aplicação de calcário), na quantidade de 400g por cova, misturada ao solo ou
em cobertura. Em pós-plantio, será aplicado ao redor da muda (raio de 0,50m).
A adubação química (fórmula 04-14-08 + 0,3% Zn), deverá ser aplicada
ao solo na quantidade de 300g/cova, em cobertura, ao redor da muda, em raio
de 0,50m. Deverá ser contemplado um período de 15 a 30 dias entre o plantio
e a adubação química, visando o desenvolvimento radicular inicial para melhor
assimilação da adubação.
Deverão ser instalados 32 bancos de concreto, com 0,45m de largura e
1,5m de comprimento, espaçados a cada 50m entre si, locados em espaços
eqüidistantes entre as mudas de árvores plantadas na linha do entorno.
As lixeiras, ao número de 32 unidades (kit), deverão ser instaladas ao
lado de cada banco de concreto. Serão confeccionadas a partir da reciclagem
de latões de óleo automotivo, com volume de 20 litros. Terão a parte inferior
perfurada, evitando o acúmulo de água e receberão 2 demãos de pintura de
aparência com zarcão e esmalte sintético. Serão fixadas em palanques de
eucalipto imunizado, com altura de 1,20m a partir do solo e cerca de 0,11m de
diâmetro. A parte do palanque a ser fixado no solo (enterrado), terá
aproximadamente 0,80m de comprimento. A fixação das lixeiras ao palanque
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4
será realizada com parafuso passante de 15cm de comprimento por 1cm de
espessura. Para cada palanque, serão fixadas duas lixeiras, conforme
ilustração da Figura 13, sendo uma na cor verde, para reciclados e outra na cor
marrom, para resíduos orgânicos.
5.4. Etapa 4: Contempla a implantação do bosque de árvores brasileiras e
do bosque de árvores do mundo.
Atualmente, questões relacionadas à educação ambiental tem ganhado
destaque dentro das escolas, empresas, universidades, repartições públicas,
etc., visando desenvolver conhecimento, habilidades e ações sustentáveis.
Algumas das ações estão direcionadas à criação, preservação e manutenção
de áreas verdes, que podem ser: fundos de vale, unidades de conservação e
bosques.
Os bosques podem ser caracterizados como um conjunto de árvores
dispostas de forma espaçada em determinada área, podendo contemplar locais
de lazer e outras atividades que possibilite à comunidade do entorno uma
maior integração com o meio natural.
Considerando esses aspectos, o presente Plano apresenta a
implantação de bosques temáticos onde serão plantadas e cultivadas espécies
arbóreas nativas brasileiras e espécies arbóreas exóticas, podendo estas ser
frutíferas, floríferas, melíferas, entre outras, que contribuirão para o equilíbrio
da biodiversidade local, pois essas espécies propiciam a atração de algumas
aves e insetos polinizadores. Outra característica a ser considerada são as
espécies forrageiras adaptáveis a áreas sombreadas.
A implantação do bosque também proporcionará uma estrutura
educativa, pois será composto por dois bosques, dividindo- os em “Bosque de
Árvores Brasileiras” e “Bosque de Árvores do Mundo”, onde suas espécies
serão identificadas através de placas informativas, contendo o nome popular, o
nome científico, a família a qual pertence e a região ou país de origem,
servindo de apoio em atividades escolares de caráter ambiental, buscando
integrar a teoria à prática. Também serão definidas trilhas de reconhecimento
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5
que levarão ao interior do bosque, possibilitando maior contato dos visitantes
com as espécies e o ambiente como um todo. Em âmbito contemplativo, o
bosque resultará no embelezamento estético da paisagem, proporcionando o
bem-estar.
Portanto, a implantação dos bosques terá como eixo principal, ressaltar
a importância da preservação dos meios naturais, fazendo com que a
comunidade reconheça que é preciso amenizar os impactos que afligem a
natureza, garantindo assim, que as futuras gerações tenham o direito de
acesso à natureza.
A formação dos bosques contemplará o plantio, calagem, adubação e
colocação da placa de identificação da espécie. Contemplará ainda o plantio de
plantas forrageiras para a cobertura e proteção do solo e embelezamento
paisagístico.
As mudas de árvores para o plantio nos bosques, deverão apresentar
altura igual ou superior a 2,0m, a partir do colo da muda até a última
bifurcação. O espaçamento entre mudas será de 10,0m, com linhas
intercalares. Para o bosque de árvores brasileiras, com área de 4804,12m²,
serão plantadas 57 mudas, cujas espécies estão relacionadas na Tabela 13.
Para o bosque de árvores do mundo, com área de 1945,06m², serão plantadas
28 mudas, cujas espécies estão relacionadas na Tabela 14.
Está previsto uma taxa de 20% de reposição de mudas suprimidas,
totalizando 102 mudas (57 + 28 + 20%).
O plantio das mudas arbóreas deverá ser precedido de calagem
(aplicação de calcário), na quantidade de 400g por cova, misturada ao solo ou
em cobertura. Se aplicado em pós-plantio, deverá ser espalhado ao redor da
muda, em raio de 0,50m.
A adubação química (fórmula 04-14-08 + 0,3% Zn), deverá ser aplicada
ao solo na quantidade de 300g/cova, em cobertura, ao redor da muda, em raio
de 0,50m. Deverá ser contemplado um período de 15 a 30 dias entre o plantio
e a adubação química, visando o desenvolvimento radicular inicial para melhor
assimilação da adubação.
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6
Deverá ser realizado o coroamento ao redor da muda, em raio de 50cm,
cavando murundus de terra ao redor da muda, formando uma bacia de
infiltração da água da chuva.
Todas as mudas deverão ser estaqueadas com ripão de madeira (5,0 x
2,5 x 200cm). Deverão ser realizados os tratos culturais, periodicamente a cada
2 meses, com limpeza ao redor da muda, reposição de estacas e amarrio de
hastes.
Após o plantio das mudas arbóreas, deverá ser realizado o plantio de
espécies forrageiras em toda a área pertencente aos bosques, totalizando
6749,18m². O plantio das espécies forrageiras deverá contemplar a
composição dos desenhos ilustrados na Figura 10 e no Quadro 1 deste Plano.
5.5. Etapa 5: Contempla a implantação do Parque infantil colorido, em
eucalipto roliço imunizado.
Com a finalidade de integrar as comunidades do entorno do fundo de
vale do córrego Tucanos, especialmente as crianças, sensibilizando-os para as
questões ambientais, em momentos de recreação e lazer, será edificado um
parque infantil na divisa entre os bosques de arborização, conforme desenho
paisagístico (prancha).
O parque infantil será composto pelas seguintes partes:
01 torre de 1,35 x 1,35 metros com cobertura de fibra de vidro;
01 torre de 94 x 94 centímetros sem cobertura;
02 escorregadores retos em fibra de vidro de 2,50 metros de
comprimento x 42 centímetros de largura;
01 ponte pênsil de 3,00 metros de comprimento x 80 centímetros de
largura, com cordas para proteção;
01 rampa de cordas com 2,00 metros de comprimento x 1,18 metros de
largura;
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01 escada em ferro galvanizado de 2,00 metros de comprimento x 0,72
metros de largura, com degraus em madeira;
1 conjunto trapézio para ginástica, correntes de 50 centímetros de
comprimento x 42 centímetros de largura;
1 conjunto de argolas para ginástica, correntes de 50 centímetros de
comprimento x 42 centímetros de largura e proteções do parque;
1 balanço de 02 lugares, com assentos de tábua em itaúba, 45
centímetros de comprimento x 25 centímetros de largura e correntes de
1,52 metros de comprimento;
1 descida de bombeiro com cano de 1”1/4 e 2,70 metros de
comprimento;
1 conjunto de barras olímpicas, com 1,00 metro cada barra, com 03
diferenciais de altura: 190 metros, 1,70 metros e 95 centímetros;
Área total do brinquedo= 12,0 x 9,0 metros.
5.6. Etapa 6: Contempla a implantação de uma “Academia ao ar livre”.
Tendo por finalidade estimular a prática de atividades físicas entre a
população do entorno, especialmente os idosos, e ao mesmo tempo promover
a integração entre práticas saudáveis e preservação ambiental, criando
espaços para a convivência com a natureza, está contemplado neste Plano de
restauração ambiental a implantação de uma “Academia ao ar livre” neste
fundo de vale.
A academia deverá ser edificada na divisa entre os bosques de
arborização, conforme desenho paisagístico (prancha), ao lado do parque
infantil, tendo à montante o bosque de árvores do mundo e à jusante o bosque
de árvores brasileiras. Este espaço foi definido, objetivando estimular os
freqüentadores a conhecer a diversidade de espécies arbóreas, fortalecendo a
ligação afetiva e o compromisso para com o meio ambiente.
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8
A academia ao ar livre deverá conter os seguintes aparelhos e
acessórios:
1 Multi – exercitador com 6 funções: conjugado em uma mesma base;
1 Alongador com 3 alturas: conjugado em uma mesma base;
1 Simulador de Remada;
1 Simulador de Cavalgada: equipamento em módulo duplo, conjugado
em uma mesma base;
1 Esqui: equipamento em módulo duplo conjugado em uma mesma
base;
1 Simulador de Caminhada: equipamento em módulo duplo, conjugado
em uma mesma base;
1 Pressão de Pernas: equipamento em módulo duplo, conjugado em
uma mesma base;
1 Surf: equipamento em módulo duplo, conjugado em uma mesma
base;
1 Rotação Dupla Diagonal: equipamento em módulo duplo, conjugado
em uma mesma base;
1 Rotação Vertical: equipamento em módulo duplo, conjugado em uma
mesma base;
1 Placa: descrição dos equipamentos;
3 Bancos;
2 Lixeiras Telada.
5.7. Etapa 7: Contempla a edificação de uma passarela para pedestres, em
eucalipto imunizado (tipo pinguela), sobre o córrego Tucanos.
Verificou-se a existência uma passarela rudimentar (pinguela), na
transposição do córrego Tucanos, entre a rua Turquia (confluência com a rua
Névio Soriani Júnior, Jardim São Paulo) e a rua João Gilberto Santos, Parque
residencial Tucano 3.
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9
Esta passarela, construída em madeira, encontra-se em péssimas
condições de uso. No entanto, é muito utilizada pela população do entorno e
transeuntes, para transpor o córrego Tucanos.
Diante desta constatação, e em razão da beleza natural neste local, será
contemplado a edificação de uma passarela, em eucalipto roliço imunizado,
com apoio nas laterais (corrimão). Esta passarela deverá também, ser um
atrativo a este fundo de vale, nas atividades de educação ambiental,
recreativas, contemplativas e de lazer.
A passarela terá 5,0m de comprimento e 1,10m de largura. O corrimão
de apoio e proteção, terá 1,10m de altura.
Foto 10. Passarela (pinguela) existente atualmente, em más condições.
Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - abril/2012.
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5.8. Etapa 8: Contempla o fechamento temporário da área a ser restaurada,
edificando uma cerca de eucalipto imunizado, em toda a área do entorno
do fundo de vale.
A implantação de uma cerca junto à faixa de caminhada, delimitando o
fundo de vale, tem por objetivo garantir a eficácia operacional deste Plano de
Restauração, protegendo as mudas arbóreas a serem plantadas, da
supressão por vandalismo e animais domésticos. Objetiva também impedir o
descarte de resíduos da construção civil e lixos diversos, que podem
comprometer a regeneração deste fundo de vale.
O cercamento da área, no entanto, será provisório, impedindo a
circulação de carroças e veículos automotores, mas não impedindo a entrada
de pessoas, apresentando diversos “portais de acesso”. Quando as mudas
atingirem o porte arbóreo, com cerca aproximadamente 3,5m de altura, a cerca
poderá ser totalmente retirada e o fundo de vale ser entregue para o domínio
social.
As atividades de Educação Ambiental a serem trabalhadas durante os
primeiros 12 meses de implantação deste Plano, deverão de tal forma
sensibilizar a população do entorno, tornando-as ativistas empenhados pelas
causas ambientais e na luta pela preservação ambiental deste fundo de vale.
Desta forma, espera-se que as diversas agressões ambientais sofridas
por este fundo de vale, não venham mais a ocorrer no futuro, tendo os
moradores do entorno, seus principais defensores.
As cercas serão edificadas com 8 linhas de arame liso galvanizado
(bitola de 2,40 X 3,00mm), fixados em palanques de eucalipto imunizado,
espaçados a cada 5m, com diâmetro de 8 a 12 cm, sendo que os dormentes
(mourões mestres), terão de 17 a 20cm de diâmetro e serão locados a cada
50m. A altura da cerca será de 1,50m acima do nível do solo. A cada 100m
deverá ser edificado um portal de acesso, com largura de 1m, de modo a
impedir que carroças e veículo automotivos entrem no fundo de vale.
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1
5.9. Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade
Nos trabalhos de restauração ambiental deste fundo de vale, as
atividades de educação ambiental com a comunidade do entorno, deverão
anteceder e orientar todas as intervenções constantes neste Plano, estando
fundamentadas em três princípios: sensibilização, informação e ação
transformadora. A educação ambiental terá como objetivo principal o fazer agir
para se tentar melhorar o ambiente através da conscientização.
A relação entre meio ambiente e educação apresenta um papel
desafiador, demandando a emergência de novos saberes para
apreender processos sociais cada vez mais complexos e riscos
ambientais que se intensificam (Carvalho, 2004).
Neste sentido, os fundos de vale de Londrina, se apresentam como um
campo diferenciado aos educadores ambientais, os quais encontrarão em cada
um deles, particularidades históricas, sócio-econômicas e ambientais, que
exigirão novas metodologias de abordagem, nova transversalidade de saberes,
um novo modo de pensar, pesquisar e elaborar conhecimento, que possibilite
integrarteoria e prática.
No presente Plano, será aplicado o que preconiza o “Tratado de
Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade
Global” (Fórum Global paralelo – Rio-92), em todas as atividades ambientais
com a comunidade, integrando as diferentes organizações sociais (associações
de moradores, escolas, igrejas, organizações não-governamentais, entidades
de classe, entre outros), em prol dos mesmos objetivos: integrar, sensibilizar,
conhecer e preservar este fundo de vale. Para atingir estes objetivos, durante
os primeiros 12 meses do projeto, será contemplado neste Plano, a
contratação de “Monitores Ambientais”, os quais se caracterizam como
estudantes dos cursos de Biologia, Agronomia, Geografia, Engenharia
Ambiental, Sociologia e demais áreas afins. Estes monitores deverão fazer uso
de recursos audiovisuais, oficinas, recreações, reuniões, palestras, impressos,
entre outros, conforme cronograma de trabalho e conteúdo pedagógico a ser
elaborado pela Secretaria Municipal do Ambiente - SEMA, Gerência de
Educação Ambiental.
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5.10. Descrição ilustrada da proposta de restauração ambiental do fundo de
vale do córrego Tucanos, metodologia de plantio de mudas arbóreas
nativas, confecção de gramado, implantação de bancos e lixeiras,
formação dos bosques de arborização, plantio de forrações e
cercamento da área.
Figura 9. Descrição ilustrada do Plano de restauração ambiental do
fundo de vale do córrego Tucanos.
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Figura 10. Descrição ilustrada dos bosques de arborização e do modelo
de cobertura do solo com plantas forrageiras.
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Figura 11. Ilustração do modelo de restauração ambiental do fundo de
vale do córrego Tucanos, proposta neste Plano.
ÁREA 1
Córrego
Tucanos
Mata ciliar
Arborização do
entorno
Rua
3m
Plantio: 3 X 3m
Gramado: 5m
de largura
Meio-fio
ÁREA 2
Córrego
Tucanos
Mata ciliar
Arborização do
entorno
Rua
3m
Plantio: 3 X 3m
Gramado:
10m de largura
Meio-fio
Fonte: IPPUL – Proposta de restauração.
Figura 12. Ilustração do banco de concreto a ser locado junto à
arborização do entorno do fundo de vale.
Fonte: IPPUL – Composição de acordo com a Tabela SINAPI.
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Figura 13. Ilustração das lixeiras duplas de latões reciclados, a serem
locadas junto à arborização do entorno do fundo de vale.
Fonte: IPPUL – Composição (Tabela SINAPI e reciclagem de latões).
Fotos 11 e 12. Plantio de grama em placas no entorno do fundo de
vale, em faixas com largura de 5,0m (área 1) e 10,0m (área 2), de forma
contínua.
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Fonte: Engº Agrônomo Paulo R. Guilherme (acervo): Plantio de grama em placa.
Figura 14. Modelo de placa de identificação das espécies arbóreas, a
ser implantado no bosque de árvores brasileiras.
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Figura 15. Modelo de placa de identificação das espécies arbóreas, a
ser implantado no bosque de árvores do mundo.
Foto 13. Ilustração do modelo de Academia ao ar livre, a ser implantada
no espaço entre os bosques de árvores brasileiras e do mundo.
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Foto 14. Ilustração do modelo de Parque Infantil a ser implantado no
espaço entre os bosques de árvores brasileiras e do mundo.
Figuras 16, 17 e 18. Ilustração da passarela para pedestres, em
eucalipto imunizado, a ser edificada sobre o córrego Tucanos.
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Figura 19. Ilustração do modelo de cerca em arame liso, para
fechamento do entorno do fundo de vale.
Fonte: IPPUL – Composição de acordo com a Tabela SINAPI.
6. RELAÇÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS NATIVAS PARA A
RESTAURAÇÃO DA MATA CILIAR, APP E AFV
As espécies nativas a serem utilizadas na recomposição da mata ciliar
serão as que ocorrem naturalmente na Bacia do Rio Tibagi, da qual faz parte a
microbacia do córrego Tucanos e que foram determinadas através de
levantamentos fitossociológicos desenvolvidos ao longo da bacia, pela
Universidade Estadual de Londrina - UEL em convênio com o Consórcio
Intermunicipal para Proteção Ambiental do Rio Tibagi - COPATI.
Foram incluídas na lista aquelas espécies que aparecem em destaque na
maioria dos estudos fitossociológicos em matas ciliares, e as que a
experimentação científica tem comprovado sua capacidade para restaurar
estas áreas.
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1
As mudas serão distribuídas no campo de forma que as espécies pioneiras
forneçam em pouco tempo sombreamento para as espécies secundárias,
iniciais e tardias, e climáceas, utilizando-se adensamento com espaçamento de
3,00 metros entre os indivíduos arbóreos.
O plantio poderá, preferencialmente, ser executado pela comunidade como
atividade de apropriação do espaço e/ou por empresa contratada, com o
acompanhamento e fiscalização da própria comunidade, Município e órgãos
ambientais locais competentes. Independente de quem for executar o plantio,
todas as mudas e insumos deverão ser adquiridos pela empresa contratada,
observando-se o projeto específico, os orçamentos e este Plano.
A Taxa de reposição de mudas nativas será de 10%, para os casos de
indivíduos que não se desenvolvam ou sejam danificados, durante o período de
manutenção.
A modelagem da distribuição das espécies florestais nativas está em
função do estágio sucessional, adaptado do modelo proposto por KAGEYAMA
et al (1990). As espécies nativas em porte arbóreo para o plantio no entorno do
fundo de vale, junto à faixa de gramado, foram selecionadas conforme os
critérios divulgados pela SBAU – Sociedade Brasileira de Arborização Urbana,
ELEKTRO – Guia de Arborização Urbana e as recomendações técnicas da
Secretaria Municipal do Ambiente (SEMA) - Prefeitura Municipal de Londrina.
Nas tabelas 9, 10 e 11 são apresentadas as espécies nativas indicadas
para a recuperação de matas ciliares, com os respectivos nomes vulgares, o
grupo ecológico a que pertencem e a tolerância à umidade do solo. Grupo
Ecológico (G.E.): P = pioneira; Si = secundária inicial; ST= secundária tardia;
Climáceas= C ou cliímax; T= tardia. Quanto a indicação: A = áreas
encharcadas permanentemente; B = áreas com inundação temporária; C =
áreas bem drenadas, não alagáveis.
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Tabela 9. Espécies de ocorrência regional do Bioma Mata Atlântica,
indicadas para o plantio no Fundo de Vale do córrego Tucanos.
RELAÇÃO DAS ESPÉCIES
Nome comum Nome Científico G. E. Indicação
Açoita-cavalo-miúdo Luehea divaricata P (Si) B, C
Alecrim-de-campinas Holocalyx balansae T clímax C
Amora-branca Maclura tinctoria P (Si) B, C
Angico-branco Anadenanthera colubrina Si C
Aroeira-pimenteira Schinus terebinthifolius P A, B
Café-de-bugre Cordia ecalyculata P (Si) B, C
Canelinha Nectandra megapotamica Si C
Canjarana Cabralea canjerana Si B, C
Catiguá Trichilia clausseni Si C
Cebolão Phytolacca dióica P B, C
Coerana Cestrum intermedium P B, C
Crindiúva Trema micrantha P C
Farinha-seca Albizia polycephala P(Si) C
Feijão-cru Lonchocarpus guilleminianus P(Si) B, C
Figueira branca Ficus insípida P(Si) A, B
Fumo-bravo Solanum sp P B, C
Guassatunga ou
baga-de-pomba
Casearia sylvestris P C
Gurucaia Parapiptadenia rigida P, I, T B, C
Ingá-do-brejo, ingá-
doce
Ingá affinis P(Si) A, B
Jangadeiro Heliocarpus americanus P(Si) C
Jatobá Hymenaea courbaril Si B, C
Louro-branco Bastardiopsis densiflora P, I, T Ch
Mamoninho Esenbeckia febrífuga Ci B, C
Mutambo Guazuma ulmifolia Si C
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Paineira Chorisia speciosa P(Si) B, C
Pau-jacaré Piptadenia gonoacantha P(Si) C
Peroba rosa Aspidosperma polyneuron Si C
Pessegueiro-bravo Prunus myrtifolia Si A, B
Tamanqueira Aegyphilla sellowiana P C
Tápia Alchornea sp P A, B
Timburi, tamboril Enterolobium
contorstisiliquum
P(Si) B, C
Unha-de-vaca Bauhinia forficata P(Si) B, C
Tabela 10. Espécies frutíferas nativas (para plantio na bordadura da mata
ciliar, visando a alimentação da fauna e apreciação pela população do
entorno).
Nome comum Nome Científico G. E. Indicação
Araçá-vermelho Psidium cattleianum Si B, C
Araticum-amarelo Rollinia sylvatica P(Si) B, C
Gabiroba Campomanesia xanthocarpa Si B, C
Genipapo Genipa americana ST A, B
Grumixama Eugenia brasiliensis Si A, B, C
Ingá-feijão Inga marginata P(Si) A, B
Ingá-mirim Inga laurina P(Si) A, B
Jaracatiá Jaracatia spinosa P C
Palmeira Jerivá Syagrus romanzoffiana Clímax
P (Si)
B, C
Palmito jussara Euterpe edulis Si B
Pitanga Eugenia uniflora Clímax C
Uvaia Eugenia pyriformis Clímax A, B
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Tabela 11. Espécies indicadas para solo úmido ou sujeito à inundação
(para as margens e áreas de várzeas do córrego Tucanos).
Nome comum Nome Científico G. E. Indicação
Branquilho, branquinho,
branquio
Sebastiania
commersoniana
P A, B
Branquinho, Leiteiro-
folha-fina, Tajuvinha
Sebastiania brasiliensis P A, B
Embaúba-branca Cecropia pachystachya P A, B
Guanandi Calophyllum brasiliensis Si A, B
Leiteiro Peschiera fuchsiaefolia P A, B
Maria-mole Dendropanax cuneatus P A, B
Mulungu-do-litoral Erythrina speciosa P A, B
Pau-de-leite Sapium glandulatum P A, B
Pau-de-viola, tucaneiro Citharexy lummyrianthum Si A, B
Salgueiro (Salseiro) Salix humboldtiana P A, B
Sananduva (Corticeira) Erythrina cristagalli P A, B
Urucurana, Sangra-
d`água
Croton urucurana P A, B
Tabela 12. Espécies arbóreas nativas do Brasil, indicadas para a
arborização do entorno do fundo de vale (faixa de gramado).
RELAÇÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS NATIVAS DO BRASIL
Nome comum Nome científico G. E. Indicação
Ipê roxo Handroanthus avellanedae P(Si) C
Alecrim-de-campinas Holocalix glaziovii ST C
Paineira branca Chorisia glaziovii
Angico-branco Parapiptadenia rígida P, I, T B, C
Angico-vermelho Parapiptadenea macrocarpa P, I, T B, C
Aroeira salsa Schinus mole P B, C
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Cabreúva-vermelha Myroxylon peruiferum Ci B, C
Canafistula-de-
besouro
Senna spectabilis var.
excelsa
P C
Canelinha Nectandra megapotamica ST C
Canjarana Cabralea canjerana P, T,
Cs, Ci
B, C
Cássia-grande Cassia grandis P, I B, C
Cássia-róseo-amarela Cássia fistula X Cássia
javanica
Si C
Chal-chal, Vacum,
lixeira
Allophylus edulis P C
Dedaleiro, Pacari Lafoensia paçari Si B, C
Falso-barbatimão Cássia leptophylla Si B, C
Guabiju Myrcianthes pungens P(Si) C
Ipê amarelo, ipê
tabaco
Tabebuia crysotricha P(Si) C
Ipê branco Tabebuia róseo-alba P, T B, C
Ipê rosa Tabebuia Impetiginosa P, T, CI B, C
Jacarandá-da-bahia Dalbergia nigra P(Si) A, B
Jacarandá-paulista Jacarandá mimosaefolia P(Si) A, B
Jatobá Hymenea courbaril Clímax B, C
Manacá-da-serra Tibuchina Mutabilis P C
Oiti Licania tomentosa ST B, C
Paineira rosa Chorisia speciosa P, T B, C
Pau-brasil Caesalpinia echinata Lam. Tolerante
(ST)
B, C
Pau-ferro Caesalpinia leiostachya Si C
Quaresmeira Tibouchina granulosa P C
Sabão-de-soldado Sapindus saponaria L. Si B, C
Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides P(Si) B, C
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Figura 19. Modelo sugerido para a distribuição das espécies florestais
nativas em função do estágio sucessional, aliado ao espaçamento
utilizado.
☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼
∆ □ ∆ ■ ∆ □
☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼
● ∆ ● ∆ ● ∆
☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼
∆ ■ ∆ □ ∆ ■
☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼
● ∆ ● ∆ ● ∆
☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼
∆ □ ∆ ■ ∆ □
☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼
● ∆ ● ∆ ● ∆
☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼
Estágio de sucessão Espaçamento (m) População % do total/ha
☼ Pioneira 3 x 3 5813 50
∆ Secundária inicial 6 x 6 2907 25
● Secundária Tardia 1 6 x 6 1453 12,5
□ Secundária Tardia 2 12 x 12 727 6,25
■ Clímax 12 x 12 727 6,25
Total de mudas 11627 100
Fonte: Adaptado de KAGEYAMA et al, 1990.
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Tabela 13. Relação das espécies arbóreas selecionadas para o plantio
no bosque de árvores brasileiras.
Nº Nome comum Nome científico Origem Quant.
1 Angico branco Anadenanthera colubrina Brasil 1
2 Angico vermelho Piptadenia rigida Brasil 1
3 Araribá Centrolobium
tomentosum Brasil 1
4 Bacupari, Bacupari do achado
Garcinia sp Brasil 1
5 Bracatinga ou Candiúba
Mimosa scabrella Brasil 1
6 Cambucá Plinia edulis Brasil 1
7 Canafístula de besouro
Cassia ferruginea Brasil 1
8 Canela branca, canelinha
Ocotea spixiana Brasil 1
9 Capixingui, Velame Croton floribundus Brasil 1
10 Caroba branca Sparattosperma leucanthum
Brasil 1
11 Carvalho brasileiro Roupala brasiliensis Brasil 1
12 Cassia rosa Cassia grandis Brasil 1
13 Copaíba, Óleo
copaiba, Pau d'oleo Copaifera langsdorfii Brasil 1
14 Corticeira ou Eritrina Erythrina falcata Brasil 1
15 Dedaleiro Lafoensia pacari Brasil 1
16 Fedegoso Senna macranthera Brasil 1
17 Figueira branca,
figueira-brava Ficus guaranitica Brasil 1
18 Garapa, Grapiá, Grápia
Apuleia leiocarpa Brasil 1
19 Guabiroba grande Campomanesia aff. hirsuta
Brasil 1
20 Guajuvira Patagonula americana Brasil 1
21 Guanandi Calophyllum brasiliense Brasil 1
22 Guatambu Aspidosperma
parviflorum Brasil 1
23 Ipê amarelo do
cerrado
Handroanthus
chrysotrichus Brasil 1
24 Ipê roxo Tabebuia avellanedae Brasil 1
25 Ipê roxo, Ipê roxo de
bola
Handroanthus
avellanedae Brasil 1
26 Ipê-amarelo-da-serra Tabebuia alba Brasil 1
27 Ipê-branco Tabebuia roseo-alba Brasil 1
28 Ipê-rosa Tabebuia pentaphylla Brasil 1
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29 Jacarandá branco Dalbergia brasiliensis Brasil 1
30 Jacarandá de Minas Jacaranda cuspidifolia Brasil 1
31 Jaracatiá Jacaratia spinosa Brasil 1
32 Jatobá Hymenaea courbaril Brasil 1
33 Jenipapo Genipa americana Brasil 1
34 Jequitibá rei, Jequitibá branco
Cariniana legalis Brasil 1
35 Jequitibá rosa Cariniana estrellensis Brasil 1
36 Lofantera-da-amazônia
Lophantera lactescens Brasil 1
37 Louro-pardo Cordia trichotoma Brasil 1
38 Mamica de porca, tembetari
Zanthoxylum rhoifolium Brasil 1
39 Marinheiro ou Pau macuco
Licania kunthiana Brasil 1
40 Mulungu Erythrina verna Brasil 1
41 Murici, murici-da-mata Byrsonima sericea Brasil 1
42 Oiti coró Couepia rufa Brasil 1
43 Olho de cabra Ormosia arborea Brasil 1
44 Paineira branca Ceiba glaziovii Brasil 1
45 Paineira rosa Ceiba speciosa Brasil 1
46 Pau Brasil Caesalpinia echinata Brasil 1
47 Pau pereira Platycyamus regnelii Brasil 1
48 Peroba do campo, Ipê peroba, Ipê baiano,
peroba amarela
Paratecoma peroba Brasil 1
49 Peroba rosa Aspidosperma
polyneuron Brasil 1
50 Pindaiba Xylopia brasiliensis Brasil 1
51 Pinheiro do Paraná Araucaria angustifolia Brasil 1
52 Sapucaia, Cumbuca de macaco
Lecythis pisonis Brasil 1
53 Sete cascas, Algarobo,
Arvore da chuva. Samanea inopinata Brasil 1
54 Sucupira branca Pterodon emarginatus Brasil 1
55 Tamboril, Timbauva, Orelha de onça,
Orelha de negro.
Enterolobium
contortisiliquum Brasil 1
56 Alecrim de campinas Holocalyx balansae Brasil 1
57 Sabão de soldado Sapindus saponaria Brasil 1
TOTAL 57
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9
Tabela 14. Relação das espécies arbóreas selecionadas para o plantio
no bosque de árvores exóticas (bosque do mundo).
Nº Nome comum Nome científico Origem Quant.
1 Acácia-negra Acacia mearnsi Austrália 1
2 Acer ou bordo Acer saccharum Canadá 1
3 Álamo mediterrâneo,
choupo Populus alba
Europa
mediterrânea 1
4 Árvore-da-china Koelreuteria bipinnata
China 1
5 cássia-fístula, cássia-imperial, chuva-de-ouro
Cassia fistula Sudeste da
Ásia 1
6 Cerejeira-de-okinawa,
cerejeira-do-japão
Prunus
campanulata Japão 2
7 Cerejeira (Sakurá) Prunus serrulata Japão 1
8 Champá, magnólia-
amarela Michelia champaca
Sudeste Asiático e Ásia
Meridional
1
9 Chapéu-de-napoleão Thevetia thevetioides
1
10 Coreutéria, quereutéria, árvore-da-
china
Koelreuteria paniculata
China, Coréia e Japão
1
11
Espatódea,
bisnagueira, tulipeira-do-gabão
Spathodea
campanulata África central 1
12 Guacararaíba, loureiro, loureiro-de-
apolo, louro
Laurus nobilis Mediterrâneo 1
13 Jacarandá-mimoso Jacaranda
mimosifolia
Argentina e
Bolívia 1
14 Liquidâmbar americano
Liquidambar styraciflua
América do
Norte até Honduras
1
15 Liquidâmbar grego Liquidambar orientalis
Ásia menor 1
16 Magnólia, magnólia-
branca
Magnolia
grandiflora
Carolina do Sul
(EUA) 1
17
Melaleuca, cajupúti,
árvore-da-Bíblia, sete-capotes
Melaleuca
leucadendron Austrália 1
18 Paineira-vermelha, paineira-vermelha-da-
índia
Bombax malabaricum
Índia, Ásia e Austrália
1
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0
19 Pinheiro-de-alepo Pinus halepensis Mediterrâneo 1
20 Pinheiro-do-brejo Taxodium
distichum EUA 1
21 Plátano Platanus
occidentalis
América do
Norte 1
22 Resedá gigante Lagerstroemia
speciosa
Índia até
Austrália 1
23 Roda-de-fogo, árvore-de-fogo, árvore-do-rotary
Stenocarpus sinuatus
Austrália 1
24 Sabugueiro Sambucus nigra Europa e Norte
da África 1
25 Salgueiro, chorão Salix babylonica Leste da Ásia
(China) 1
26 Sapoti Manilkara zapota América
Central 1
27 Teca Tectona grandis Índia e Malásia 1
TOTAL 28
QUADRO 1. Ilustração das espécies forrageiras a serem utilizadas para
a cobertura e proteção do solo nos bosques de árvores brasileiras e do
mundo.
Piléia (Pilea Cadierei).
Lambari – roxo (Tradescantia zebrina).
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1
Trapoeraba (Tradescantia pallida).
Grama amendoim (Arachis repens).
Rabo-de-gato (Acalypha reptans).
Maranta-pena-de-pavão (Maranta leuconeura kerchoveana).
Palmeira-da-sombra, Curculigo (Curculigo capitulata).
Clorofito (Chlorophytum comosum).
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2
Periquito (Alternanthera dentata). Gota de orvalho (Evolvulus
pusillus).
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3
7. TÉCNICAS DE PLANTIO
Foto 15. Para o plantio de mudas nativas, a área deverá estar
totalmente limpa, sem entulhos e sem lixo. A limpeza mecanizada
deverá contemplar ações manuais que privilegiem a vegetação nativa
existente, inclusive a regeneração natural (capina e coroamento de
mudas nativas existentes).
Fonte: Engº Agrônomo Paulo R. Guilherme (acervo): Limpeza de mudas.
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4
Fotos 16 e 17. Preparo da cova para plantio de mudas em tubetes
plásticos. Retirar o torrão e plantar a muda em cova de 15cm de
diâmetro por 20cm de profundidade.
Fonte: Engº Agrônomo Paulo R. Guilherme (acervo): Plantio de mudas nativas.
Foto 18. Estaqueamento de mudas. Deverá ser realizado em todas as
mudas, sendo que a cada replantio, as estacas extraviadas deverão ser
substituídas.
Fonte: Engº Agrônomo Paulo R. Guilherme (acervo): Estaqueamento de mudas.
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5
Foto 19. Adubação de cobertura. Deve-se espalhar o adubo ao redor da
muda em raio de 0,25m.
Fonte: Engº Agrônomo Paulo R. Guilherme (acervo): adubação e calagem.
Figura 20. Ilustração do plantio de mudas finalizado, com
estaqueamento, formação da coroa ou bacia de infiltração e a limpeza
ao redor da muda.
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6
Figura 21. Ilustração do padrão de muda arbórea para plantio no
entorno do fundo de vale,adjacente à faixa de gramado.
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7
7.1. Descrição das técnicas de plantio e manutenção de mudas nativas
nas Áreas de Preservação Permanente – APP
Preparo da área
A limpeza da área a ser recomposta restringir-se-á a roçadas para o controle das
ervas daninhas, evitando-se assim o revolvimento do solo e conseqüente erosão.
Coveamento
Para o plantio de mudas pelo sistema de tubetes, as covas deverão apresentar
15cm de diâmetro por 20cm de profundidade, com alinhamento alternado,
espaçadas entre si de acordo com o modelo de distribuição das espécies (Fig. 19).
Correção do solo
200g de Calcário dolomítico ou magnesiano por cova, espalhando ao redor da
muda num raio de 0,25m, antes ou durante o plantio.
Adubação inicial
A fertilização mineral será realizada na cova por ocasião do plantio, utilizando-se
150g de N:P:K (04:14:08) + 0,3% de Zn por cova, em cobertura, espalhando ao
redor da muda num raio de 0,25m.
Adubação de manutenção
No segundo ano após o plantio, aplicar 150g N:P:K (04:14:08) + 0,3% de Zn por
cova, em cobertura, espalhando ao redor da muda num raio de 0,25m.
Plantio e replantio
As mudas nativas em tubetes plásticos, deverão ter no mínimo 40cm de altura,
devendo ser tutoradas com bambu ou ripão de madeira e amarradas com
barbante. Deverá ser realizado o monitoramento periódico da área para que os
indivíduos que não sobreviverem possam ser imediatamente substituídos.
Condução das mudas
A condução das mudas será feita mediante o coroamento e roçadas periódicas até
o fechamento das copas.
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8
7.2. Descrição das técnicas de plantio e manutenção de mudas nativas
em porte arbóreo, para a arborização do entorno do fundo de vale
Preparo da área
A limpeza da área do entorno deverá ser realizada com capina ampla ao redor do
local estaqueado para a abertura da cova.
Coveamento
Para o plantio de mudas arbóreas, as covas deverão apresentar 0,40m de
diâmetro por 0,40m de profundidade, alocadas a 3,0m do meio-fio na área 1 e
6,0m na área 2 (de acordo com a diretriz viária para intervenção futura - IPPUL).
Correção do solo
400g de Calcário dolomítico ou magnesiano por cova, espalhando ao redor da
muda num raio de 0,50m, de preferência antes do plantio.
Adubação inicial
A fertilização mineral será realizada na cova (incorporado ao solo) ou em
cobertura, espalhando ao redor da muda num raio de 0,50m. Utilizar 300g de
N:P:K (04:14:08) + 0,3% de Zn por cova.
Adubação de manutenção
No segundo ano após o plantio, aplicar 300g N:P:K (04:14:08) + 0,3% de Zn por
cova, em cobertura, espalhando ao redor da muda num raio de 0,50m, no início da
primavera.
Plantio e replantio
As mudas arbóreas deverão ter no mínimo 2,50m de altura, devendo ser tutoradas
com bambu ou ripão de madeira e amarradas com barbante. Deverá ser previsto
uma reposição de até 20% das mudas suprimidas por motivos diversos, tais como:
vandalismo, doenças e pragas, estresse hídrico, animais, etc..
Condução das mudas
A condução das mudas será feita mediante o coroamento e capinas periódicas até
que as mesmas apresentem porte arbóreo superior a 3,5m de altura ou CAP
(circunferência à altura do peito) de 0,20m.
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9
8. DESCRIÇÃO DOS CUSTOS TOTAIS POR ETAPA DE
EXECUÇÃO DO PLANO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL
FASE
(mês)
DESCRIÇÃO DAS ETAPAS
(CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO) Valor (R$)
1
1. Preparo do solo e restauração da camada fértil:
Retirada de entulhos resultantes da demolição das
moradias irregulares, cujas famílias tenham sido
realocadas, limpeza da área e cobertura do solo com
terra (restauração da camada fértil).
4.313,84
2
2. Restauração da mata ciliar e Áreas de Preservação
Permanente (APP). Despesas com insumos, mão-de-
obra e serviços operacionais manuais e mecanizados.
73.158,09
3
3. Restauração da área do entorno do fundo de vale
(arborização e confecção de gramado em faixa de 5,0m
(área 1) e 10,0m (área 2) de largura, com espaçamento
de 10,0m entre mudas).
136.684,92
4. Implantação dos bosques de árvores brasileiras e de
árvores do mundo e plantio de forrações. 9.170,24
5. Implantação do parque infantil, academia ao ar livre,
passarela para pedestres e cercamento temporário das
áreas.
42.596,46
1 a 12 6. Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade. 8.536,60
5 a 24
Tratos culturais e capinas a cada 2 meses, a partir do 5º
mês (serviço a ser executado pelo quadro próprio de
funcionários da Prefeitura Municipal de Londrina ou
terceirizado).
0,00
Custo total da restauração ambiental do fundo de vale do
córrego Tucanos + (BDI – Benefícios e Despesas Indiretas: 20%) 329.352,17
Custo total por m² 2,65
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0
9. METODOLOGIA A SER APLICADA PARA OS SERVIÇOS
DE MANUTENÇÃO PERIÓDICA DESTE FUNDO DE VALE
Após a conclusão do Plano de Restauração Ambiental, previsto para ser
executado em 3 (três) meses, conforme cronograma de execução, os serviços
operacionais de manutenção do fundo de vale, deverão ser realizados
periodicamente pelos próximos 21 (vinte e um) meses, pela Prefeitura
Municipal de Londrina, através do quadro próprio de funcionários ou por
serviços terceirizados.
Todas as operações previstas de manutenção deste fundo de vale
deverão ser supervisionadas por um técnico da Secretaria Municipal do
Ambiente – SEMA, sendo que o acompanhamento deverá ser presencial,
visando orientar e fiscalizar os trabalhos, tendo inclusive a competência de
notificar e lavrar autos, quando for o caso.
A equipe de trabalho designada para os serviços de manutenção deste
fundo de vale, nas áreas contempladas no presente plano, seja mão-de-obra
do quadro próprio da Prefeitura Municipal de Londrina ou terceirizada, deverá
participar de um treinamento técnico, a ser oferecido pela Secretaria Municipal
do Ambiente (SEMA), com carga horária de 20 horas, onde deverão ser
abordadas as seguintes temáticas:
Legislação: Princípios e Penalidades;
Identificação e manutenção de espécies arbóreas nativas em fundos de
vale (mata ciliar, APP e zona especial de fundo de vale);
Identificação e erradicação de espécies arbóreas invasoras;
Controle de ervas daninhas;
Metodologia para a retirada de entulhos e lixos diversos em fundos de
vale, inclusive a limpeza de nascentes e afloramentos;
Técnicas de Segurança e saúde no trabalho.
Nota: Sempre que houver a contratação ou convocação de novos funcionários
para a realização de serviços de manutenção neste fundo de vale, estes
deverão obrigatoriamente, participar de um novo curso de treinamento, com a
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1
mesma carga horária e conteúdo programático, sem o qual, não estarão aptos
para executarem tais serviços.
Os serviços de manutenção periódica (bimestral), que se encontram
detalhados no cronograma de execução deste Plano de Restauração
Ambiental, é de inteira competência da Prefeitura Municipal de Londrina, e
deverão ser rigorosamente executados, garantindo a plena realização das
metas deste Plano.
10. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CARVALHO, I. Educação ambiental crítica: nomes e endereçamentos da
educação. In: MMA/ Secretaria Executiva/ Diretoria de Educação
Ambiental (Org.). Identidades da educação ambiental brasileira. Brasília:
MMA, 2004.
CAVIGLIONE, João Henrique ; KIIHL, Laura Regina Bernardes ; CARAMORI,
Paulo Henrique ; OLIVEIRA, Dalziza. Cartas climáticas do Paraná.
Londrina : IAPAR, 2000. CD.
EMBRAPA, Centro Nacional de Pesquisa de Solo (Rio de Janeiro, RJ).
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Rio de Janeiro, 2005.
IPCS - International Programme on Chemical Safety. Environmental Health
Criteria 165 for Inorganic Lead, 1995.
JACOBI, PEDRO ROBERTO. Educação Ambiental: o desafio da
construção de um pensamento crítico, complexo e reflexivo.
Universidade de São Paulo. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, nº 2,
p. 233-250, maio/ago. 2005.
Pág
ina7
2
JACOBI, PEDRO ROBERTO. Educação Ambiental, Cidadania e
Sustentabilidade. Universidade de São Paulo – USP. Cadernos de
Pesquisa, nº 118, março/ 2003.
JUBERG, D. R.; KLEIMAN, C. F. & KWON, S. C. Position paper of the
American council on science and health: lead and humam health.
Ecotoxicol. Environ. Safety, 38: 162-180; 1997.
KAGEYAMA P. Y & GANDARA, F. B. Recuperação de Áreas Ciliares.
In:Matas Ciliares: Conservação e Recuperação. Ricardo Ribeiro
Rodrigues e Hermógenes de Freitas Leitão Filho. São Paulo, Edusp:
Fapesp, pp. 249-269. 2000.
KAGEYAMA P. Y.; BIELLA, L. C. & PALERMO, Jr. A. “Plantações Mistas
com Espécies Nativas com Fins de Proteção a Reservatórios”. In: 6º
Congresso Florestal Brasileiro, Campos do Jordão. Anais. São Paulo,
Sociedade Brasileira de Silvicultura, v. 1, pp. 109-113. 1990.
MARTINS, SEBASTIÃO VENÂNCIO. Recuperação de matas ciliares. Editora
Aprenda Fácil. Viçosa - MG, 2001.
MRTVI, PAULO ROBERTO – O Uso do Solo na Microbacia do Ribeirão
Jacutinga – Região Norte do Município de Londrina – TCC – Londrina
– 1992.
QUEIROGA, J. L. DE & BALLAROTTI, L. Levantamento Florístico e Projeto
de Recuperação e Preservação da Mata Ciliar do Ribeirão Cafezal.
Lote 77 – Gleba Cafezal – pp. 19-20, 2001.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 357 DE 17 DE MARÇO DE 2005. Publicada no
DOU nº 053, de 18/03/2005, págs. 58-63.
Pág
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3
ROCHA, C. F.; BERGALLO, H. G.; VAN SLLUYS, M.; ALVES, M. A. S.;
JENKINS, C. Corredores Ecológicos e Conservação da
Biodiversidade: um estudo de caso na Mata Atlântica. In: Biologia da
Conservação: essências. São Carlos: RiMA. 582p. p 317 – 342, 2006.
RODRIGUES, R. R. & LEITÃO FILHO, H. F. Matas Ciliares: Conservação e
Recuperação. Edusp: Fapesp. São Paulo, 320p. 2000.
Equipe Técnica do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de
Londrina – IPPUL:
Denise Maria Ziober – Arquiteta Urbanista, Diretora de Planejamento Urbano;
Elisabeth Aparecida Alves – Geógrafa, Gerente de Pesquisa;
Paulo Roberto Guilherme - Engenheiro Agrônomo - SEMA/IPPUL;
Flávia Navarro dos Santos – Estagiária de Geografia (UEL);
Larissa Rocha Gonçalves - Estagiária de Arquitetura e Urbanismo (UNIFIL);
Priscila Machado Cardoso - Estagiária de Geografia (UEL);
Valter Vinícius Vetore Alves – Estagiário de Geografia (UEL).
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4
ANEXO I
DESCRIÇÃO OPERACIONAL E ORÇAMENTÁRIA PARA A RESTAURAÇÃO
AMBIENTAL DO FUNDO DE VALE DO CÓRREGO TUCANOS
1. PREPARO DO SOLO E RESTAURAÇÃO DA CAMADA FÉRTIL (retirada
de entulhos, lixos e descartes diversos, resultantes da demolição das moradias irregulares desocupadas, limpeza da área e cobertura do solo com terra) Quantificação de entulhos, lixos e descartes diversos
Unid. Quant. Observações
Área total das edificações demolidas m² 651 Estimado 2 dia de
trabalho com 4
caminhões
basculante
(capacidade de
5,0m³ reais) e uso
de 1 escavadeira
de esteira.
Volume de entulho estimado por m² de construção
m³ 0,38
Quantidade estimada de entulhos, lixos e descartes diversos depositados na margem e no
leito do córrego Tucanos (poluição difusa)
m³ 10,00
Quantidade total de entulhos, lixos e descartes
diversos estimado m³ 257,38
Capacidade de transporte por viagem de
caçamba (caminhão 'toco') m³ 5,00
Quantidade de viagens em caminhões caçamba
(caminhão toco de 5m³) necessários para o transporte dos entulhos e resíduos domiciliares diversos
nº de viagens
10
Quantificação de hora/máquina com serviços
de escavadeira (amontoar entulhos e resíduos diversos e transportá-los para os caminhões caçamba)
¹h/m 7,00 Custo unit.
(R$)
Custo total (R$)
Código SINAPI
Retirada manual de entulhos, lixos e descartes diversos, localizados na margem e no leito do córrego
Tucanos (poluição difusa). O transporte destes materiais encontra-se contemplado no Código SINAPI
nº 1133
²h/d 5 84,42 422,10
10800 Serviços de escavadeira hidráulica sobre esteira, 146 a 169HP (inclui manutenção/operação), em hora/máquina
169,45 1186,15
1133
Destinação final dos entulhos e resíduos domiciliares diversos (valor do frete por viagem de caminhão caçamba e do descarte dos resíduos em local licenciado (Caminhão
basculante, capacidade de 5,0m³, inclui manutenção/operação)
107,47 1074,70
Cobertura do solo com terra para adequação topográfica e plantio - Serviço mecanizado
Unid. Quant.
Custo unit. (R$)
(m³/km)
Custo
total (R$)
Espessura da camada de terra a ser espalhada sobre o solo
mm 100
Quantidade de terra necessária para cobertura do solo
m³ 65,10
Distância média entre o ponto de coleta de terra e o fundo de vale
km 15
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5
74011/001
Custo para o transporte de terra em
caminhão basculante com capacidade de 6m³ (5m³ reais)
nº de viagens
13,02 1,03 1005,80
2726
Serviços de terraplanagem com escavadeira hidráulica sobre pneus, 105HP, Capac. 0,7m³ (inclui
manutenção/operação)
h/m 6,51 96,02 625,09
Custo total para a retirada de entulhos, limpeza da área e cobertura
do solo com terra 4313,84
2. RESTAURAÇÃO DA MATA CILIAR E ÁREAS DE PRESERVAÇÃO
PERMANENTE (APP) (quantificação de insumos, mão-de-obra e serviços
operacionais manuais e mecanizados)
Dimensionamento das áreas Unid. Medida Observações
Área total do fundo de vale do córrego Tucanos, a ser restaurada
m² 124494,74 Área total do fundo de
vale do córrego
Tucanos a ser
restaurada, a partir da
intersecção das ruas
José Garcia
Domingues e Turquia
(Jardim São Paulo) até
a rua Almeida Garrett
Jardim Igapó,
barragem do lago
Igapó): 124.494,74m²;
Elevação do terreno:
538 a 523m;
Comprimento da pista
de passeio (entorno) na
área 1: 697,10m;
na área 2: 901,71m
Área de gramado do
entorno a ser
implantado:
Área 1: 3485,50m²
(697,10 X 5,0m);
Área 2: 9017,10m²
(901,71 X 10,0m)
O entorno deverá ser
arborizado com mudas
apresentando altura
mínima de 2,5m.
ÁREA 1 - Extensão do entorno do fundo de vale a ser arborizado
m 697,10
Largura do entorno do fundo de vale sob o dossel da arborização para caminhada e lazer, onde será confecçionado o gramado a partir do
meio-fio
m 5,00
Área do entorno do fundo de vale (sob a arborização urbana, espaço para caminhada)
m² 3485,50
ÁREA 2 - Extensão do entorno do fundo de vale a ser arborizado
m 901,71
Largura do entorno do fundo de vale sob o dossel da arborização para caminhada e lazer, onde será confecçionado o gramado a partir do
meio-fio
m 10,00
Área do entorno do fundo de vale (sob a arborização urbana, espaço para caminhada)
m² 9017,10
Espaçamento entre mudas na arborização do entorno para as duas áreas
m 10,00
Bosque de árvores brasileiras m² 4804,12
Bosque de árvores do mundo m² 1945,06
Espaçamento entre mudas a ser adotado nos
bosques m 10,00
Área de Praça com Academia e Parque Infantil m² 601,65
Área de gramado para as transposições e projetos viários
m² 5781,27
Área de Preservação Permanente (APP) a ser restaurada no fundo de vale, inclusive a área de alagamento sazonal (várzea)
m² 104641,31
Espaçamento entre linhas de plantio (m) m 3,00
Espaçamento entre mudas na linha (m): m 3,00
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6
Espécies arbóreas nativas (bioma local Mata
Atlântica)
Vide Tabelas 9, 10 e
11
Código SINAPI
Quantificação de insumos (mudas, adubos, calcários)
Unid. Quant. Custo unit. (R$)
Custo total (R$)
349
Quantidade de mudas necessárias para o plantio nas áreas de preservação
permanente - APP (mudas nativas produzidas em tubetes plásticos, altura de 40 a 50cm)
muda 11627 0,95 11045,47
25963 Calcário dolomítico ou magnesiano (200g/cova, PRNT=100 %)
kg 2325,36 0,05 116,27
3123
Fertilizante NPK - fórmula 4: 14:
8 + 0,3% Zn (150g/cova, em cobertura, ao redor da muda (raio de 0,50m)
kg 1744,02 0,96 1674,26
Custo total dos insumos 12836,00
Quantificação da mão-de-obra e serviços motorizados -
restauração e manutenção da mata ciliar e APP por 2 meses (2º e 3º mês deste Plano de Restauração Ambiental)
³Valor / diária de 8 h. (R$)
Valor total (R$)
Composição Preparo da área: roçagem baixa de plantas invasoras
h/d 50 84,42 4203,94
Composição Coveamento (covas com 20cm de profundidade e 15cm de diâmetro)
h/d 58 84,42 4907,68
Composição Aplicação de calcário e adubo químico
h/d 15 84,42 1226,92
Composição Plantio de mudas h/d 39 84,42 3271,78
Composição Tratos culturais com 2 capinas (2º e 3º mês)
h/d 124 84,42 10509,85
Composição Quantidade total de diárias (com aproximação de casas
decimais)
h/d 286 84,42 24120,17
Caminhão pipa 6000 litros toco, 16 CV - 7,5T,
tanque de aço e motobomba de 3,5CV - Irrigação motorizada (2 irrigações semanais, no 2º e 3º mês), com molhamento de 1500m² por
hora/máquina
Unid. Quant. Custo unit. (R$)
Custo total
(R$)
5761 Custo de Horário Produtivo
Diurno (CHP) (caminhão-pipa) h/m 322 92,07 29640,83
5748
Mão-de-obra diurna na
operação, com 1 operador e 1 auxiliar (4 horas/dia)
hora/ oper.
644 10,19 6561,10
Custo total para serviços de irrigação 36201,92
Custo total dos insumos, mão-de-obra e serviços operacionais para restauração da mata ciliar e APP
73158,09
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7
3. RESTAURAÇÃO DA ÁREA DO ENTORNO DO FUNDO DE VALE
(arborização do entorno no espaçamento de 10,0m entre mudas; confecção de gramado em faixa de 5,0m de largura (área 1) e 10,0m (área 2); implantação de
bancos e lixeiras. O plantio das árvores para a arborização do entorno contemplará a formação de uma linha
externa, a 3,0m do meio-fio e com espaçamento de 10,0m entre mudas, totalizando de 160 mudas. Está contemplado neste plano o acréscimo de 20% sobre o total de mudas para a arborização do entorno, visando a reposição de mudas suprimidas (depredação, estresse
hídrico, etc.), nos meses posteriores ao plantio (32 mudas para reposição).
Código SINAPI
Quant. de materiais e insumos
(bancos, lixeiras, mudas, adubos, calcários)
Unid. Quant. Custo unit. (R$)
Custo total (R$)
74228/001
Banco de concreto aparente, com largura de 45cm e 10cm espessura, sobre dois apoios
(1,5m de comprimento, sendo 1 banco a cada 50m)
m 32 122,48 3919,36
Composição
Lixeiras duplas em latão reciclado de 20L. (1 lixeira a cada 50m, confec. e instalação). Código
SINAPI n° 21138 + composição
kit 32 42,36 1355,52
359
Quant. de mudas arbóreas
necessárias para a arborização do entorno (altura superior a 2,50m a partir do colo da muda
até a última bifurcação e espaçamento de 10,0 x 10,0m)
muda 169 27,00 4563,00
25963 Calcário dolomítico ou magnesiano (400g/cova, PRNT=100 %)
kg 68 0,05 3,38
3123
Adubo químico, fórmula 04-14-08 + 0,3% Zn (300g/cova, em
cobertura, ao redor da muda, em raio de 0,50m)
kg 51 0,96 48,67
74236/001
Quantidade de mudas de grama em placas, da espécie Batatais ou Mato-grosso (Paspalum
notatum) em rolo, para confecção do gramado do entorno. Inclui preparo de solo e
plantio
m² 18886 6,37 120300,76
Custo total dos insumos 130190,69
Mão-de-obra necessária para a implantação e manutenção inicial (operações manuais e mecanizadas, plantios de grama, de árvores e tratos culturais)
Valor / diária de 8 h.
(R$)
Valor total (R$)
73967/3
Plantio de mudas de árvores no entorno do fundo de vale
(somente mão-de-obra e transporte de terra preta: turfa)
muda 169 23,74 4012,06
74236/001
Plantio de grama em placas no entorno (largura: 5,0m para área 1 e 10,0m para área 2),
contemplado na tabela anterior, onde se encontra incluído o preparo do solo e plantio
m² 18886 0,00 0,00
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8
5761 e 5748
Irrigação motorizada (2 irrigações semanais, no 2º e 3º
mês, com caminhão pipa): contemplada no ítem 2 (restauração da mata ciliar e APP)
0,00 0,00
Composição Preparo da área: roçagem baixa de plantas invasoras
h/d 8 84,42 703,65
Composição Coveamento (covas com 40cm de profundidade e 40cm de diâmetro)
h/d 17 84,42 1426,70
Composição Aplicação de calcário e adubo químico
h/d 4,17 84,42 351,82
Composição
Tratos culturais com 2 capinas (2º e 3º mês): contemplado no ítem 2 (restauração da mata ciliar e
APP)
0,00 0,00
Custo total da mão-de-obra 6494,23
Custo total para a restauração da área do entorno 136684,92
4. IMPLANTAÇÃO DO BOSQUE DE ÁRVORES BRASILEIRAS E DO BOSQUE DE ÁRVORES DO MUNDO
Código SINAPI
Quantidade de mudas, insumos, material de apoio e mão-de-obra
Unid. Quant. Custo unit. (R$)
Custo total (R$)
359 Bosque 1: Bosque de árvores
brasileiras (com 20% de reposição) muda 68 27,00 1836,00
359 Bosque 2: Bosque de árvores do
mundo (com 20% de reposição) muda 34 27,00 918,00
Composição Coveamento (covas com 40cm de profundidade e 40cm de diâmetro)
h/d 10 84,42 861,08
73967/3
Plantio de mudas de árvores nos
bosques de árvores brasileiras e do mundo (somente mão-de-obra e transporte de terra preta: turfa)
muda 102 23,74 2421,48
Composição Plantio de plantas forrageiras (aquisição gratuita de mudas)
h/d 6,75 84,42 569,77
25963 Calcário dolomítico ou magnesiano (400g/cova, PRNT=100 %)
kg 40,80 0,05 2,04
3123
Adubo químico, fórmula 04-14-08 + 0,3% Zn (300g/cova, em cobertura,
ao redor da muda, em raio de 0,50m)
kg 30,60 0,96 29,38
21010 + 11047 +
composição
Placas de identificação de mudas, em chapa de aço galvanizado (Placa: 0,40 x 0,30m, paisagem);
suporte em 2 tubos de aço galvanizados de 1" x 1,0m, 0,60m de altura acima do solo.
kit 85 29,79 2532,49
Composição Tratos culturais com 2 capinas (2º e 3º mês): contemplado no ítem 2 (rest. da mata ciliar e APP)
0,00 0,00
5761 e 5748
Irrigação motorizada (2 irrigações semanais, no 2º e 3º
mês, com caminhão pipa): contemplada no ítem 2 (restauração da mata ciliar e APP)
0,00 0,00
Custo total para a implantação dos bosques 9170,24
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ina7
9
5. IMPLANTAÇÃO DO PARQUE INFANTIL, ACADEMIA AO AR LIVRE, PASSARELA SOBRE O CÓRREGO TUCANOS E CERCAMENTO
TEMPORÁRIO DAS ÁREAS
Código SINAPI
Atrativos lúdicos, recreativos, Bem-estar e atividades físicas (o detalhamento dos custos não constantes na Tabela SINAPI estão descritos nos Anexos III e IV)
Unid. Quant. Custo unit.
(R$)
Custo total (R$)
Parque infantil em madeira de eucalipto tratado e ferragens
galvanizadas (modelo Krenke P-78 ou equivalente)
kit 1,00 9020,00 9020,00
Academia ao ar livre (equipamentos e acessórios)
kit 1,00 19016,0
0 19016,00
6042
Concreto não estrutural, preparo c/ betoneira consumo de cimento=210kg/m³, para lastros,
contrapisos, calçadas, etc... (m³ de concreto colocado, espessura de 50mm)
m³ 4,75 229,82 1091,65
Composição
Edificação de uma passarela para pedestres, em eucalipto
imunizado, sobre o córrego Tucanos
m 5,00 585,06 2925,30
Composição Cerca de eucalipto tratado (imunizado) e arame liso galvanizado (2,40 x 3,00mm)
metro
linear 1158,81 9,10 10543,51
Custo total para a implantação dos equipamentos acima e o cercamento de todas as áreas contempladas neste Plano de
Restauração Ambiental
42596,46
6. EDUCAÇÃO AMBIENTAL, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE
Monitores ambientais (20 horas semanais por
educador, em 12 meses) Educ. 1 500,00 6000,00
Material de consumo (cartilhas, panfletos,
faixas, cartazes, oficinas, etc.) ³Popul. 12683 0,20 2536,60
Custo Total 8536,60
Custo total da restauração ambiental do fundo de vale do córrego Tucanos
274460,14
BDI – Benefícios e Despesas Indiretas Índice: 20% 329352,17
Custo médio por m² de área a ser restaurada 2,65
¹h/m= hora/máquina;
²h/d: homem/dia - Tabela SINAPI / SINDUSCON-Norte Pr – Composição da
mão-de-obra de jardinagem (Meio-Oficial) - Ref. Janeiro de 2012.
³População do entorno: IBGE - Censo 2010.
Pág
ina8
0
ANEXO II
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL DE LONDRINA
BR-L1094
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO FÍSICO-FINANCEIRO
PROJETO: PLANO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL DO FUNDO DE
VALE DO CÓRREGO TUCANOS
DATA: VALOR DO PROJETO (R$): 329.352,17
PRAZO DE EXECUÇÃO: 3 MESES
ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: 12 meses a partir do início deste
Plano
1º MÊS: PREPARO DO SOLO E RESTAURAÇÃO DA CAMADA FÉRTIL
MÊS Código
SINAPI ETAPAS / DESCRIÇÃO
FÍSICO/ FINANCEIRO
Físico % Financ. (R$)
1
¹h/d
Retirada manual de entulhos, lixos e descartes
diversos, localizados na margem e no leito do
córrego Marabá (poluição difusa). O transporte
destes materiais encontra-se contemplado no
Código SINAPI nº 1133
0,154 422,10
10800
Serviços de escavadeira hidráulica sobre
esteira, 146 a 169HP (inclui
manutenção/operação), em hora/máquina
0,432 1186,15
1133
Destinação final dos entulhos e resíduos
domiciliares diversos (valor do frete por viagem
de caminhão caçamba e do descarte dos
resíduos em local licenciado; caminhão
basculante, capacidade de 5,0m³; inclui
manutenção/operação)
0,392 1074,70
74011/001 Custo para o transporte de terra em caminhão
basculante com capacidade de 6m³ (5m³ reais) 0,366 1005,80
2726
Serviços de terraplanagem com escavadeira
hidráulica sobre pneus, 105HP, Capac. 0,7m³
(inclui manutenção/operação)
0,228 625,09
Monitores ambientais (20 horas semanais por
educador) 0,182 500,00
Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38
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ina8
1
2º MÊS: RESTAURAÇÃO DA MATA CILIAR E ÁREAS DE PRESERVAÇÃO
PERMANENTE (APP)
2
349
Aquisição de mudas nativas (mudas nativas
produzidas em tubetes plásticos, altura de 40
a 50cm)
4,024 11045,47
25963 Calcário dolomítico / magnesiano (200g/cova,
PRNT=100 %) 0,042 116,27
3123 Fertilizante NPK - fórmula 4: 14: 8 + 0,3% Zn
(150g/cova) 0,610 1674,26
Preparo da área: roçagem baixa de plantas
invasoras 1,532 4203,94
Coveamento (covas com 20cm de
profundidade e 15cm de diâmetro) 1,788 4907,68
Aplicação de calcário e adubo químico 0,447 1226,92
Plantio de mudas nativas nas áreas de
preservação permanente e mata ciliar (mão-
de-obra)
1,192 3271,78
5761 e 5748 Irrigação motorizada (2 irrigações semanais,
no 2º e 3º mês, com caminhão pipa) 6,595 18100,96
Monitores ambientais (20 horas semanais por
educador) 0,182 500,00
Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38
Tratos culturais com 2 capinas (2º e 3º mês) 1,915 5254,92
3º MÊS: RESTAURAÇÃO DA ÁREA DO ENTORNO DO FUNDO DE VALE,
IMPLANTAÇÃO DOS BOSQUES DE ÁRVORES BRASILEIRAS E ÁRVORES
DO MUNDO, PARQUE INFANTIL, ACADEMIA AO AR LIVRE, PASSARELA
PARA PEDESTRES E CERCAMENTO TEMPORÁRIO
3
74228/001
Banco de concreto aparente, com largura de
45cm e 10cm espessura, sobre dois apoios
(1,5m de comprimento, sendo 1 banco a cada
20m)
1,428 3919,36
Composição
Lixeiras duplas em latão reciclado de 20L. (1
lixeira a cada 50m, confec. e instalação).
Código SINAPI n° 21138 + composição
0,494 1355,52
Pág
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2
359
Aquisição de mudas nativas arbóreas (altura
superior a 2,50m, a partir do colo da muda até
a última bifurcação
1,663 4563,00
25963 Calcário dolomítico ou magnesiano
(400g/cova, PRNT=100%) 0,001 3,38
3123 Adubo químico, fórmula 04-14-08 + 0,3% Zn
(300g/cova) 0,018 48,67
74236/001
Aquisição de mudas de grama em placas, da
espécie Mato-grosso (Paspalum notatum).
Inclui preparo de solo e plantio
43,832 120300,76
73967/3
Plantio de mudas de árvores no entorno do
fundo de vale (somente mão-de-obra e
transporte de terra preta: turfa)
1,462 4012,06
Preparo da área: roçagem baixa de plantas
invasoras 0,256 703,65
Coveamento (covas com 40cm de
profundidade e 40cm de diâmetro) 0,520 1426,70
Aplicação de calcário e adubo químico 0,128 351,82
359 Bosque 1: árvores brasileiras - aquisição de
mudas 0,669 1836,00
359 Bosque 2: árvores do mundo - aquisição de
mudas 0,334 918,00
Composição Coveamento (covas com 40cm de
profundidade e 40cm de diâmetro) 0,314 861,08
73967/3
Plantio de mudas de árvores nos bosques de
árvores brasileiras e do mundo (somente mão-
de-obra e transporte de terra preta: turfa)
0,882 2421,48
Composição Plantio de plantas forrageiras (aquisição
gratuita de mudas) 0,208 569,77
25963 Calcário dolomítico ou magnesiano
(400g/cova, PRNT=100 %) 0,001 2,04
3123 Adubo químico, fórmula 04-14-08 + 0,3% Zn
(300g/cova) 0,011 29,38
5761 e 5748 Irrigação motorizada (2 irrigações semanais,
no 2º e 3º mês, com caminhão pipa) 6,595 18100,96
21010 +
11047 +
Aquisição de Placas de identificação de
mudas, em chapa de aço galvanizado (Placa: 0,923 2532,49
Pág
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3
composição 0,40 x 0,30m, paisagem); suporte em 2 tubos
de aço galvanizados de 1" x 1,0m
Parque infantil em madeira de eucalipto
tratado e ferragens galvanizadas (modelo
Krenke P-78 ou equivalente)
3,286 9020,00
Academia ao ar livre (equipamentos e
acessórios) 6,929 19016,00
6042
Concreto não estrutural, preparo c/ betoneira
consumo de cimento=210kg/m³, para lastros,
contrapisos, calçadas, etc... (m³ de concreto
colocado, espessura de 50mm)
0,398 1091,65
Composição
Passarela para pedestres, em eucalipto
imunizado, sobre o córrego Tucanos, com
1,10m de largura por 5,0m de extensão
1,066 2925,30
Composição
Cerca de eucalipto tratado (imunizado) e
arame liso galvanizado (2,40 x 3,00mm)
(materiais e mão-de-obra)
3,842 10543,51
Monitores ambientais (20 horas semanais por
educador) 0,182 500,00
Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38
Tratos culturais com 2 capinas (3º mês) 1,915 5254,92
ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E MANUTENÇÃO DO FUNDO
DE VALE
4
Monitores ambientais (20 horas semanais por
educador) 0,182 500,00
Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38
5
Monitores ambientais (20 horas semanais por
educador) 0,182 500,00
Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38
6
Monitores ambientais (20 horas semanais por
educador) 0,182 500,00
Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38
7
Monitores ambientais (20 horas semanais por
educador) 0,182 500,00
Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38
Pág
ina8
4
8
Monitores ambientais (20 horas semanais por
educador) 0,182 500,00
Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38
9
Monitores ambientais (20 horas semanais por
educador) 0,182 500,00
Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38
10
Monitores ambientais (20 horas semanais por
educador) 0,182 500,00
Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38
11
Monitores ambientais (20 horas semanais por
educador) 0,182 500,00
Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38
12
Monitores ambientais (20 horas semanais por
educador) 0,182 500,00
Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 0,077 211,38
5º ao 24º mês
Tratos culturais e capinas a cada 2 meses, a
partir do 5º mês (serviço a ser executado pelo
quadro próprio de funcionários da Prefeitura
Municipal de Londrina ou terceirizado)
0,000 0,00
SUB-TOTAL 100,00 274460,14
BDI – BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS (índice de 20%) 54892,03
TOTAL 329352,17 ¹h/d=homem/dia - Tabela SINAPI / SINDUSCON-Norte Pr – Composição da mão-de-obra de jardinagem (Meio-Oficial) - Ref. Janeiro de 2012.
Carimbo e assinatura do Engenheiro responsável técnico pela elaboração do cronograma
CREA:
Observações:
Carimbo e assinatura do Prefeito
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5
ANEXO III
ACADEMIA AO AR LIVRE – ORÇAMENTO
A academia ao Ar Livre será composta pelas seguintes partes e
acessórios:
ÍTEM DISCRIMINAÇÃO QUANT. PREÇO
UNIT. (R$) PREÇO
TOTAL (R$)
1 Multi – exercitador com 6 funções: conjugado em uma
mesma base. 1 2.900,00 2.900,00
2
Alongador com 3 alturas:
conjugado em uma mesma base.
1 1.120,00 1.120,00
3 Simulador de Remada 1 1.205,00 1.205,00
4
Simulador de Cavalgada:
equipamento em módulo duplo conjugado em uma mesma base.
1 2.199,00 2.199,00
5 Esqui: equipamento em
módulo duplo conjugado em
uma mesma base.
1 2.260,00 2.260,00
6
Simulador de Caminhada:
equipamento em módulo duplo conjugado em uma mesma
base.
1 2.100,00 2.100,00
7
Pressão de Pernas:
equipamento em módulo duplo, conjugado em uma
mesma base.
1 1.449,00 1.449,00
8
Surf: equipamento em módulo
duplo, conjugado em uma mesma base.
1 1.255,00 1.255,00
9
Rotação Dupla Diagonal:
equipamento em módulo duplo, conjugado em uma
mesma base.
1 1.040,00 1.040,00
10
Rotação Vertical:
equipamento em módulo duplo, conjugado em uma
mesma base.
1 760,00 760,00
11 Placa: descrição dos
equipamentos. 1 760,00 760,00
12 Banco 3 490,00 1.470,00
13 Lixeira Telada 2 249,00 498,00
TOTAL R$: 19.016,00
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6
ANEXO IV
PARQUE INFANTIL - ORÇAMENTO
O Parque Infantil será composto pelas seguintes partes e acessórios:
Quant. Descrição dos brinquedos e acessórios
01 Torre de 1,35 x 1,35 metros com cobertura de fibra de vidro;
01 Torre de 94 x 94 centímetros sem cobertura;
02 Escorregadores retos em fibra de vidro de 2,50 metros de
comprimento x 42 centímetros de largura;
01 Ponte pênsil de 3,00 metros de comprimento x 80 centímetros de
largura, com cordas para proteção;
01 Rampa de cordas com 2,00 metros de comprimento x 1,18 metros de
largura;
01 Escada em ferro galvanizado de 2,00 metros de comprimento x 0,72
metros de largura, com degraus em madeira;
01 Conjunto trapézio para ginástica, correntes de 50 centímetros de
comprimento x 42 centímetros de largura;
01 Conjunto de argolas para ginástica, correntes de 50 centímetros de
comprimento x 42 centímetros de largura e proteções do parque;
01 Balanço de 02 lugares, com assentos de tábua em itaúba, 45
centímetros de comprimento x 25 centímetros de largura e correntes
de 1,52 metros de comprimento;
01 Descida de bombeiro com cano de 1”1/4 e 2,70 metros de
comprimento;
01 Conjunto de barras olímpicas, com 1,00 metro cada barra, com 03
diferenciais de altura: 190 metros, 1,70 metros e 95 centímetros.
Área total do brinquedo: 12,0 x 9,0 metros.
VALOR TOTAL (R$): 9020,00
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7
ANEXO V
TABELA SINAPI - COMPOSIÇÃO DO CUSTO DE CONFECÇÃO E INSTALAÇÃO DE LIXEIRAS EM LATÃO RECICLADO, FIXADAS EM PALANQUES DE EUCALIPTO IMUNIZADO
KIT COM 1 PALANQUE DE EUCALIPTO IMUNIZADO COM 1,20M DE ALTURA E 2 LATÕES DE 20 LITROS, SENDO 1 NA COR VERDE PARA RECICLADOS E 1 NA COR MARROM PARA RESÍDUOS ORGÂNICOS
DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS E MÃO-DE-OBRA
Unid. Quant. Valor
unit. (R$) Valor
total (R$)
Latões reciclados de 20 litros (óleo para
motores) latão 2,00 5,00 10,00
Eucalipto tratado com diâmetro de 11cm x 150cm de comprimento (SINAPI CÓD. 00021138)
peça 2,00 2,68 5,36
Parafusos (com porca e aruela) kit 2,00 2,50 5,00
Lixa para ferro nº folha 1,00 1,45 1,45
Zarcão (proteção anticorrosiva e
antioxidante) litro 0,50 4,00 2,00
Tinta (esmalte sintético) litro 0,50 12,00 6,00
Solvente aguarraz litro 0,50 4,00 2,00
Mão-de-obra hora 1,00 10,55 10,55
Custo total para confecção e fixação do kit lixeira 42,36
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8
ANEXO VI
CUSTO DE MANUFATURA DE PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO DE MUDAS EM CHAPA DE AÇO GALVANIZADO E SUPORTE EM TUBO DE AÇO GALVANIZADO DE 1"
Placas com 0,30m de largura x 0,25m de altura, fixadas (rebite) em suporte de tubo de aço galvanizado, com 0,60m de altura do nível do solo e 1,0m total.
SINAPI DISCRIMINAÇÃO UNIDADE QUANTIDADE CUSTO
UNITÁRIO
(R$)
CUSTO TOTAL
(R$)
21010
Tubo aço galvanizado
com costura NBR 5580 Classe leve DN 25MM ( 1" ) E = 2,65MM -
2,11KG/M
m 85,00 14,22 1208,70
11047
Chapa galvanizada
plana 19GSG 1,158MM 9,307KG/M2 (12 placas/m²)
m² 7,08 4,20 29,75
0 Pintura (lixa-ferro, aguarraz, zarcão e
esmalte sintético)
peça 85,00 2,00 170,00
0 Recorte e colagem de
adesivos (letreiros) peça 85,00 8,00 680,00
Composição Mão-de-obra (confecção
e colocação das placas) Diária 4,00 111,01 444,04
CUSTO TOTAL 2532,49
CUSTO POR PLACA DE IDENTIFICAÇÃO 29,79
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9
ANEXO VII
COMPOSIÇÃO DE CUSTOS PARA A EDIFICAÇÃO DE UMA PASSARELA PARA PEDESTRES, EM EUCALIPTO IMUNIZADO (TIPO PINGUELA), SOBRE O CÓRREGO TUCANOS
Extensão linear da passarela 5,00m
Para a construção dos cantos
serão utilizados mourões de
2,50m de altura, conforme
especificado abaixo. Eles
deverão ser colocados em
buracos com 1,00m de
profundidade, com folga de
aproximadamente 10cm nas
laterais, facilitando o serviço
de compactação. A passagem
dos arames pelos palanques
será através de perfurações
centrais, conforme
espaçamento entre as linhas
de arame.
Largura da passarela 1,10m
diâmetro do eucalipto imunizado 0,10m
comprimento do eucalipto imunizado
2,20m
Quantidade de eucalipto de 10cm
de diâmetros x 2,20 (m) 25 peças
Altura do corrimão 1,10m
Diâmetro do eucalipto do corrimão 0,10m
Espaçamento entre eucaliptos do corrimão
0,10m
Quantidade de eucalipto de 8 a 12cm de diâmetro (m) x 2,20 (corrimão)
50
Eucalipto de sustentação da
passarela (duplo), comprimento 5,00m
Diâmetro do eucalipto de
sustentação 0,20m
Quantidade de eucalipto de 0,20m
de diâmetro x 2,50m de comprimento, sendo 4 lados +
travessa dupla de 5m
20 peças
Produtividade diária - metros
lineares de passarela tipo pinguela edificada ao dia por 1 (um)
homem
1
Descrição de materiais e mão-de-obra
Unid. Quant. Valor
unit. (R$) Valor
total (R$)
Palanques de eucalipto imunizado
de 10cm de diâmetro x 2,20m peça 25 11,67 291,75
Mourões de eucalipto imunizado de 10cm de diâmetro x 2,20m
corrimão (dupla de dormentes em cada lado da ponte)
peça 50,00 11,67 583,50
Mourões de eucalipto imunizado de 10cm de diâmetro x 5,0m,
horizontal corrimão (parte superior
peça 5,00 11,67 58,35
Pág
ina9
0
com 5m)
Mourões de eucalipto imunizado de 20cm de diâmetro x 5,0m
travessa dupla (+ dupla de dormentes em cada lado da ponte, com 2,5m)
peça 20,00 52,00 1040,00
Parafuso de barra roscada, com porcas e arruelas, 1,2 x 25cm
peça 90 3,85 346,50
Parafuso de barra roscada, com porcas e arruelas, 1,8 x 40cm
peça 4,00 12,50 50,00
Mão-de-obra em metros de passarela edificada por hora de
trabalho (m/h) (compos. SINAPI / SINDUSCON-Norte Pr)
hora 40,00 13,88 555,20
Custo total 2925,30
Custo por metro linear para implantação da passarela sobre o córrego Tucanos
585,06
ANEXO VIII
COMPOSIÇÃO DE MÃO-DE-OBRA DE JARDINAGEM (CAPINA, ROÇAGEM,
ADUBAÇÃO, PLANTIO DE MUDAS E TRATOS CULTURAIS)
TABELA SINAPI / SINDUSCON – COMPOSIÇÃO DA MÃO-DE-OBRA DE JARDINAGEM
SINDUSCON NORTE PR - Sindicato da Indústria da Construção Civil: De acordo com a Cláusula 5ª (Piso salarial / classificação profissional) e o Parágrafo 8º (Classificação
Profissional), da Convenção Coletiva (CCT Federação / CCT Sintracom) de 2011-2012, os serviços de jardinagem (plantio de grama e árvores, limpeza e manutenção de áreas verdes), sob orientação e supervisão técnica do Órgão ambiental municipal, se enquadram na
categoria “Meio-Oficial”, recebendo uma remuneração de R$: 3,42/hora, em uma jornada de trabalho de 44 horas semanais. Recebe também um vale-compras, para aquisição de gêneros alimentícios, no valor de R$ 318,00 (trezentos e dezoito reais).
SINAPI - Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - Encargos sociais sobre preços da mão-de-obra horista e
mensalista (UF: Paraná, Vigência a partir de 03/2011): 155,71%.
Discriminação das despesas Unid. Quant. Valor
unit. (R$) Valor
total (R$)
Remuneração de mão-de-obra em
serviços de jardinagem hora 1,00 3,42 3,42
Pág
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1
Carga horária semanal hora 44,00 3,42 150,48
Carga horária mensal hora 176,00 3,42 601,92
Encargos sociais sobre preços da
mão-de-obra horista % 155,71
937,25
Vale-compras para aquisição de
gêneros alimentícios (mensal) kit 1 318,00 318,00
Vale-compras para aquisição de gêneros alimentícios (hora)
kit 176,00 318,00 1,81
Custo total da mão-de-obra mensal
1857,17
Custo total da mão-de-obra por
hora hora 1
10,55
Custo total da mão-de-obra por
dia (jornada de 8,0 horas) hora 8 10,55 84,42
ANEXO IX
CERCA DE EUCALIPTO IMUNIZADO EM ARAME LISO –
COMPOSIÇÃO DE CUSTOS
Custo de implantação de cerca com palanques de eucalipto imunizado e arame liso (2,40 x 3,00mm)
Extensão linear da cerca (m) 1158,81
Para a construção dos
cantos serão utilizados
mourões de 2,50m de altura,
conforme especificado
abaixo.
Eles deverão ser colocados
em buracos com 1,00m de
profundidade, com folga de
aproximadamente 10cm nas
laterais, facilitando o serviço
de compactação.
A passagem dos arames pelos palanques será através
de perfurações centrais,
conforme espaçamento entre
as linhas de arame.
Quantidade de linhas de arame (vertical)
8
Altura da cerca (m) 1,50
Enterramento do palanque no solo (m)
0,70
Espaçamento entre linhas de arame (m)
0,16
Espaçamento entre palanques (postes)
5
Espaçamento entre mourões dormentes (m)
50
Espaçamento entre esticadores tipo catraca (m)
100
Altura do primeiro fio de arame, próximo ao solo (m)
0,17
Espaçamento entre arames a partir do primeiro fio (m)
0,16
Produtividade diária - metros lineares de cerca edificada ao dia por 1 (um) homem
50
Pág
ina9
2
Descrição de materiais e mão-de-obra
Unid. Quant. Valor
unit. (R$)
Valor total
(R$)
Palanques de eucalipto imunizado de 8 a 12cm de diâmetro x 2,20m (5,0m entre postes)
peça 255,94 11,67 2985,95
Mourões de eucalipto imunizado de 17 a 20cm de diâmetro x 2,50m (dormentes, a cada 50,0m)
peça 24,18 80,00 1934,10
Arame liso galvanizado, 2,40 x 3,00mm (rolo de 1000m)
m 9270,48 0,30 2753,33
Catraca de cerca (esticador simples) peça 92,70 3,20 296,66
Grampo de cerca kg 0,00 8,00 0,00
Esticador de arame para dormentes peça 0 99,00 0,00
Mão-de-obra em metros de cerca edificada por hora de trabalho (m/h) (compos. SINAPI / SINDUSCON-Norte Pr)
hora 185,41 13,88 2573,49
Custo total 10543,51
Custo de cerca por metro linear 9,10
ANEXO X
COMPOSIÇÃO DE MÃO-DE-OBRA PARA A EDIFICAÇÃO DE CERCADO
NO FUNDO DE VALE DO CÓRREGO TUCANOS
TABELA SINAPI / SINDUSCON – Composição da mão-de-obra “Oficial”
SINDUSCON NORTE PR - Sindicato da Indústria da Construção Civil: De acordo com a
Cláusula 5ª (Piso salarial / classificação profissional) e o Parágrafo 8º (Classificação Profissional), da Convenção Coletiva (CCT Federação / CCT Sintracom) de 2011-2012, os serviços especializados, sob a coordenação dos próprios profissionais contratados, se
enquadram na categoria “Oficial”, recebendo uma remuneração de R$: 4,72/hora, em uma jornada de trabalho de 44 horas semanais. Recebe também um vale-compras, para aquisição de gêneros alimentícios, no valor de R$ 318,00 (trezentos e dezoito reais).
SINAPI - Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - Encargos sociais sobre preços da mão-de-obra horista e
mensalista (UF: Paraná, Vigência a partir de 03/2011): 155,71%.
DISCRIMINAÇÃO DAS
DESPESAS Unid. Quant.
Valor
unit. (R$)
Valor
total (R$)
Remuneração de mão-de-obra em
serviços de jardinagem hora 1,00 4,72 4,72
Pág
ina9
3
Carga horária semanal hora 44,00 4,72 207,68
Carga horária mensal hora 176,00 4,72 830,72
Encargos sociais sobre preços da
mão-de-obra horista % 155,71
1293,51
Vale-compras para aquisição de
gêneros alimentícios (mensal) kit 1 318,00 318,00
Vale-compras para aquisição de
gêneros alimentícios (hora) hora 176,00 318,00 1,81
Custo total da mão-de-obra mensal
2442,23
Custo total da mão-de-obra por
hora hora 1
13,88
Custo total da mão-de-obra por
dia (jornada de 8,0 horas) hora 8 13,88 111,01