Plano de curso para capacitação do auxiliar de farmácia

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PLANO DE CURSO DE AUXILIAR DE FARMÁCIA Produto do programa de curso do Mestrado em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente Centro Universitário Anhanguera de Niterói - UNIAN Eixo tecnológico: Educação em Saúde Por mais qualidade na dispensação de medicamentos em Farmácia Comunitária Fernando Amaral de Calais Niterói - 2013

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Plano de Curso Para formação e capacitação do auxiliar de farmácia. Elaborado como produto final de conclusão de um curso de Mestrado em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente da UNIAN no ano de 2013. Pretende-se com este produto fornecer uma ferramenta atualizada e ao mesmo tempo ajustável para o farmacêutico que tenha interesse em desenvolver a atividade formadora de auxiliares de farmácia amparados pela legislação farmacêutica e sanitária que possam atuar no contexto da farmácia comunitária numa postura lucrativa e ética ao mesmo tempo. Sempre na preocupação com o uso seguro e racional de medicamentos, promovendo saúde e qualidade de vida.

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PLANO DE CURSO DE

AUXILIAR DE FARMÁCIA

Produto do programa de curso do Mestrado

em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente

Centro Universitário Anhanguera de Niterói - UNIAN

Eixo tecnológico:

Educação em Saúde

Por mais qualidade

na dispensação de medicamentos em

Farmácia Comunitária

Fernando Amaral de Calais

Niterói - 2013

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PLANO DE CURSO DE

AUXILIAR DE FARMÁCIA

Formação, Capacitação e Habilitação para Auxiliar de Farmácia.

Carga Horária: 100 horas/aula

Classificado como curso Livre de formação profissional pela LDB

Modalidade de curso não formal

Sobre o Autor:

Fernando Amaral de Calais é Farmacêutico Generalista com Pós-Graduação lato sensu em Farmacoterapêutica e Atenção Farmacêutica pela Faculdade Redentor, Pós-Graduação em Tecnologias do Ensino a Distância pela UNICID. Mestre em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente pela UNIAN. Atua como Diretor Técnico em Farmácia Comunitária na cidade de Muriaé – MG, onde atua também como Presidente da Associação dos Farmacêuticos e Bioquímicos e, Supervisor de Campo de Estágio em Dispensação para acadêmicos de Farmácia da Faculdade de Minas - FAMINAS.

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SUMÁRIO Pag

.

Apresentação e Justificativa 5

Introdução

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UNIDADE I

Disciplina: Introdução, ambientação e projeto

profissional.

9

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UNIDADE II

Boas Práticas Farmacêuticas voltadas à dispensação de

medicamentos

Disciplina: Deontologia e Legislação Farmacêutica.

Disciplina: Aspectos técnicos e legais na dispensação

de medicamentos.

Disciplina: Dispensação em Farmácia Hospitalar.

Disciplina: Dispensação de Medicamento Fitoterápico.

Disciplina: Dispensação em Homeopatia.

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10

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UNIDADE III

Introdução à ciência dos medicamentos

Disciplina: Noções de Farmacologia.

14

14

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UNIDADE IV

Prevenção de doenças e promoção em saúde

Disciplina: Biossegurança.

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15

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Disciplina: Microbiologia Geral

Disciplina: Aplicação de medicamentos injetáveis

Disciplina: Primeiros Socorros

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UNIDADE V

Dispensação orientada no contexto da Assistência

Farmacêutica

Disciplina: Sinais Vitais

Disciplina: Dispensação em distúrbios Maiores

Disciplina: dispensação em distúrbios Menores

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18

18

19

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Critérios de Avaliação

Instalações e equipamentos

Orientações metodológicas

Orientações finais

20

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Anexo 1: Lista GITE - Grupos e Indicações Terapêuticas Anexo 2: Fluxograma de dispensação do Conselho Federal de Farmácia

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Apresentação e Justificativa

Conforme a lei nº. 9394/96, o Decreto nº. 5.154/04 e a

Deliberação CEE 14/97 (Indicação CEE 14/97) citam que os

cursos chamados ‘livres’ não necessitam de prévia

autorização para funcionamento nem de posterior

reconhecimento do Conselho de Educação competente.

Curso Livre é a modalidade de educação não-formal de

duração variável, destinada a proporcionar ao trabalhador

conhecimentos que lhe permitam reprofissionalizar-se,

qualificar-se e atualizar-se para o trabalho. Não há exigência

de escolaridade anterior.

As escolas que oferecem estes tipos de cursos têm

direito de emitir certificado ao aluno em conformidade com a lei

nº 9394/96 e Decreto nº 2.208/97. Cooperativas e profissionais

autônomos também podem ministrar tais cursos e emitir

certificado. Não há um limite determinado para a carga horária,

podendo variar entre algumas horas ou vários meses de

duração.

A Constituição Federal em seu artigo 205, “caput”, prevê

que a educação é direito de todos e será incentivada pela

sociedade. Tal prática é defendida também pelo artigo 206/CF

que prevê que o ensino será ministrado com base em alguns

princípios e em seu inciso II: “a liberdade de aprender, ensinar,

pesquisar e divulgar pensamentos, a arte e o saber”.

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A Resolução da Diretoria Colegiada da Agência

Nacional de Vigilância Sanitária de nº 44 de 2009, na Seção III,

trata da capacitação de funcionários de farmácias e drogarias,

e propõe:

“Segundo a RDC 44/2009, todos os funcionários devem

ser capacitados quanto ao cumprimento da legislação sanitária

vigente e aplicável às farmácias e drogarias, bem como na

elaboração dos Procedimentos Operacionais Padronizados

(POPs) de cada estabelecimento.

Todo o pessoal, inclusive de limpeza e manutenção,

deve receber treinamento inicial e continuado com relação à

importância do autocuidado, incluídas instruções de higiene

pessoal e de ambiente, saúde, conduta e elementos básicos

em microbiologia, relevantes para a qualidade dos produtos e

serviços oferecidos aos usuários.

Deve ser fornecido treinamento inicial e contínuo quanto

ao uso e descarte de EPIs, de acordo com o Plano de

Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS,

conforme legislação específica.

Nos treinamentos, os funcionários devem ser instruídos

sobre procedimentos a serem adotados em caso de acidente e

episódios envolvendo riscos à saúde dos funcionários ou dos

usuários das farmácias e drogarias.

Devem ser mantidos registros de cursos e treinamentos

dos funcionários contendo, no mínimo, as seguintes

informações:

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I - descrição das atividades de capacitação realizadas;

II - data da realização e carga horária;

III - conteúdo ministrado;

IV - trabalhadores treinados e suas respectivas assinaturas;

V - identificação e assinatura do profissional, equipe ou

empresa que executou o curso ou treinamento; e

VI - resultado da avaliação.”

Baseado no exposto surgiu a necessidade da

construção de um curso visando mais qualificação para uma

dispensação eficiente e segura que contribua na promoção do

uso racional de medicamentos.

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Introdução

O Auxiliar de Farmácia é o profissional de saúde que

atua nas farmácias e drogarias comerciais; nas farmácias

hospitalares e de unidades Básicas de saúde; nas

distribuidoras de medicamentos, insumos e correlatos; nos

setores de dispensação e manipulação de formas

farmacêuticas básicas e; em atividades auxiliares

desenvolvidas sob supervisão e orientação do Farmacêutico.

Para atender às demandas do processo produtivo, o Auxiliar

de Farmácia deverá constituir as seguintes competências:

– Reconhecer-se como profissional da saúde, respaldando o

planejamento de sua ação na perspectiva do ser humano

integral e considerando os condicionantes e determinantes do

processo de saúde e de doença, a qualidade no atendimento,

a preservação do meio ambiente e o compromisso social com

a população.

– Dispensar medicamentos, correlatos e cosméticos,

considerando conceitos de farmacologia, de assistência

farmacêutica e da legislação específica, assim como

habilidade no atendimento ao público/equipe multidisciplinar e

respeito aos princípios da ética e da qualidade.

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– Controlar estoques de insumos, medicamentos, cosméticos

e correlatos, considerando a armazenagem racional dos

produtos, assim como os conceitos, os princípios e a visão

estratégica dos processos de estocagem, as habilidades de

planejamento e o respeito à legislação vigente.

– Promover a higienização de ambientes farmacêuticos e

correlacionados, através da identificação de produtos

apropriados para desinfecção e assepsia, mobilizando

conhecimentos sobre microrganismos, habilidade na aplicação

de técnicas específicas e princípios de segurança e prevenção

de acidentes de trabalho, atendendo à legislação pertinente.

– Informar e orientar o cliente e a comunidade em relação a

hábitos e medidas geradoras de melhores condições de vida,

visando à aquisição da autonomia na manutenção da própria

saúde.

– Auxiliar nos processos de manipulação das formas

farmacêuticas básicas (líquidos, sólidos e semissólidos),

aplicando conceitos e princípios de farmacotécnica e

atendendo à legislação específica.

Fonte: http://www.sp.senac.br/downloads/TecnicoFarmacia_PC139_2010-2.pdf

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UNIDADE I

Disciplina 1: Introdução, ambientação e projeto profissional.

EMENTA:

- Formação do Auxiliar de Farmácia: linhas gerais

- Excelência no Atendimento ao Cliente

- Boas práticas no atendimento em farmácia

- Ambiente de trabalho: layout, organização, limpeza,

armazenamento e controle da data de validade.

Nesta unidade o aluno desenvolve competências relacionadas

com a comercialização de produtos farmacêuticos, cosméticos

e correlatos, em uma perspectiva que privilegia a obtenção de

lucro sem ferir os princípios que regem as ações em saúde.

Bibliografia básica:

Atendimento ao cliente e o pós venda. Manual do empresário. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/momento/quero-melhorar-minha-empresa/utilize-as-ferramentas/atendimento-ao-cliente

Programa de Educação Continuada CFF. Ano 2011. Disponível em: http://www.cff.org.br/

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Programa de Educação Continuada Torrent no pdv. Disponível em:http://www.torrentnopdv.com.br/Login.aspx?url=http://www.torrentnopdv.com.br/default.aspx

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UNIDADE II

Boas Práticas Farmacêuticas voltadas à dispensação de

medicamentos

Disciplina 2: Deontologia e Legislação Farmacêutica.

EMENTA:

- Estudo dos princípios éticos aplicados à área e o

conhecimento da legislação vigente e a sua aplicabilidade na

farmácia comunitária.

- Conhecimento da legislação normativa vigente no que tange

a comercialização, prescrição, informação e dispensação de

medicamentos, bem como introduzir a legislação do sistema

de saúde e da vigilância sanitária, além de abordar os

aspectos éticos da profissão farmacêutica.

Bibliografia básica disciplina 2:

Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o

controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos,

insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências.

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Disciplina 3: Aspectos técnicos e legais na dispensação de medicamentos.

EMENTA:

Conhecimento da regulamentação e postura ética na

dispensação de medicamentos de referência, Similares,

Genéricos, MIP’s e Tarjados.

Avaliar aspectos técnicos de receituário.

Dispensação de medicamentos por notificação de receita Azul,

Amarela, Notificação de receita em duas vias, laudo médico

para comércio de medicamentos constantes na Portaria 344 e

Antimicrobianos com registro no SNGPC.

Bibliografia básica:

Portaria n.º 344, de 12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.

RESOLUÇÃO N.º 357 de 27/04/2001 do Conselho Federal de Farmácia. Aprova o regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia.

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RDC Nº 44, DE 17 DE AGOSTO DE 2009. ANVISA. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências.

RDC Nº 20, DE 5 DE MAIO DE 2011. ANVISA. Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição isoladas ou em associação.

Disciplina 4: Dispensação em Farmácia Hospitalar.

EMENTA:

Estrutura e funcionamento da farmácia hospitalar:

Localização, área, recursos humanos, materiais e

equipamentos, inter-relação com outros setores e classificação

dos hospitais. Sistemas de distribuição de medicamentos:

Coletivo, dose individualizada, misto e dose unitária. Controle

de estoque: Método ABC.

Bibliografia básica disciplina 4:

Biblioteca Virtual Sociedade Brasileira de Farmácia hospitalar. Disponível em: http://www.sbrafh.org.br/site/index/library/sc/7

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Disciplina 5: Dispensação em Homeopatia.

EMENTA:

Histórico. Fundamentos e filosofia (lei dos semelhantes,

dinamização, etc.). Pilares da homeopatia. Escolas

homeopáticas. Processo de cura homeopática. Origem dos

medicamentos homeopáticos. Tintura-mãe. Método

Hahnemaniano de preparo das potências homeopáticas

centesimal e decimal.

Bibliografia básica:

FONTES, O. L. Farmácia homeopática: teoria e prática. 3

ed. São Paulo: Manole, 2009.

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Disciplina 6: Dispensação de Medicamento Fitoterápico.

EMENTA:

Histórico. Plantas medicinais. Métodos de extração e preparo.

Armazenamento. Conservação. Dispensação do fitoterápico

industrializado.

Bibliografia básica:

Formulário de fitoterápicos farmacopéia brasileira 2011. Disponívelem:http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/conteudo/Formulario_de_Fitoterapicos_da_Farmacopeia_Brasileira.pdf

Site: http://www.fitoterapia.com.br/portal/

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Disciplina 7: Dispensação em Farmácia de Manipulação.

EMENTA:

Infra-estrutura mínima, laboratórios, noções de funcionamento,

vidrarias e equipamentos necessários, atendimento ao público.

Avaliar prescrição de fórmulas de medicamentos e cosméticos,

mobilizando conhecimentos, habilidades e valores

relacionados com a farmacotécnica, a biossegurança, a

garantia e controle da qualidade, atendendo à legislação

específica.

Bibliografia básica:

FERREIRA, Anderson de Oliveira. Guia Prático de Farmácia Magistral. 3 ed. São Paulo: Pharmabooks, 2008.

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UNIDADE III

Introdução à ciência dos medicamentos

Disciplina 8: Noções de Farmacologia.

EMENTA:

Introdução à Farmacologia: conceitos, automedicação.

Farmacocinética: Absorção, distribuição, biotransformação e

excreção dos fármacos.

Farmacodinâmica: Mecanismos de ação dos fármacos.

Noções farmacológicas dos medicamentos que atuam nos

sistemas orgânicos. Interações medicamentosas.

Grandes Grupos de Medicamentos: Anexo 1: Lista GITE (para

medicamentos isentos de prescrição); Formas farmacêuticas e

vias de administração.

Bibliografia básica:

OLSON, James. Farmacologia Clínica Fácil. Revinter, 2001 ISBN: 9788573092890

KOROLKOVAS, Andrejus. Dicionário Terapêutico Guanabara. Ed. 19a. 720p. Guanabara Koogan, 2013.

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UNIDADE IV

Prevenção de doenças e promoção em saúde

Disciplina 9: Biossegurança.

EMENTA:

Classes de risco; Avaliação de riscos; O processo

saúde/doença no ambiente de trabalho. Riscos físicos,

biológicos, químicos, ergonômicos e de acidentes em

laboratórios de ensino, pesquisa e da área de saúde.

Equipamentos de proteção individual e coletiva. Prevenção e

combate a princípios de incêndios. Manuseio, tratamento e

descarte de resíduos perfurocortantes e químicos. Principais

doenças relacionadas às atividades do auxiliar em Farmácia.

Noções de higiene, técnica de limpeza do ambiente, preparo

dentro de critérios técnico-científicos.

Bibliografia básica:

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Manual de biossegurança. Disponível em: http://www.cro-rj.org.br/biosseguranca/Manual%20Biosseguranca%20praticas%20corretas.pdf

Site: Biossegurança.com. Disponível em: http://www.biosseguranca.com/home.htm

Disciplina 10: Microbiologia Geral.

EMENTA:

História da descoberta dos antibióticos. Classificação

geral dos microrganismos: algas, protozoários, bactérias,

fungos, vírus e prions. Características gerais das células

bacterianas. Comparação entre células procarióticas e

eucarióticas.

Bibliografia básica disciplina 10:

TORTORA, Gerard J., et al. Microbiologia. Artmed, 8ª ed. São

Paulo, 2005.

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Disciplina 11: Aplicação de Medicamentos Injetáveis.

EMENTA:

Legislação aplicada aos injetáveis, infraestrutura da sala

de injetáveis, segregação de perfurocortantes, Procedimento

Operacional Padronizado: preenchimento livro de registros e

talão de serviços farmacêuticos (RDC 44/2009 – ANVISA).

Técnica atualizada para aplicação de medicamentos via

Intramuscular; Intradérmica; Subcutânea e Endovenosa.

Medicamentos mais aplicados em farmácia e locais de

aplicação. Riscos e benefícios dos injetáveis.

Bibliografia básica:

RESOLUÇÃO N.º 357 de 27/04/2001 do Conselho Federal de Farmácia. Aprova o regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia.

RDC Nº 44, DE 17 DE AGOSTO DE 2009. ANVISA. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências.

BD – Mão Boa. Disponível em: http://www.bd.com/brasil/periodicos/mao_boa/Mao_boa_ed_24.pdf

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Disciplina 12: Primeiros Socorros.

EMENTA:

Atendimento das emergências mais frequentes, tanto na

área de atuação profissional, como na vida diária. O

conhecimento dos primeiros socorros no atendimento dos

acidentes (traumáticos ou não), acionamento do sistema

publico de resgate e inicio imediato das manobras

preconizadas por protocolos internacionais de salvamento, que

devem ser aplicadas em todas as situações que representem

ameaça a vida.

Bibliografia básica:

Manual de primeiros socorros: Lute pela vida seja um socorrista. Disponível em: http://www.unifenas.br/extensao/cartilha/AcaoUnivida.pdf

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UNIDADE V

Dispensação orientada no contexto da Assistência

Farmacêutica

Fazer com que o auxiliar de farmácia possa reconhecer-se

como profissional da Saúde que interage em um sistema

complexo com diversos atores, respaldando sua ação na

perspectiva do ser humano integral, considerando a qualidade

no atendimento e o compromisso social com a população e

adotando postura profissional condizente com os princípios

que regem as atividades de Saúde e Farmácia, respeitando os

limites legais de atuação e autoridade técnica do farmacêutico.

Disciplina 13: Sinais vitais.

EMENTA:

Devem ser abordados os temas em aulas teóricas seguidas de

práticas em: Técnicas de verificação da Pressão Arterial,

verificação do pulso braquial, Temperatura e frequência

respiratória.

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Bibliografia básica disciplina 13:

Enfermagem e saúde. Disponível em: http://www.enfermagemesaude.com.br/guiaenfermagem/4296/a-importancia-dos-sinais-vitais

III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S000427301999000400004&script=sci_arttext

Disciplina 14: Dispensação em distúrbios Maiores.

EMENTA:

Noções de fisiopatologia da Hipertensão, Diabetes, Dengue e

Asma, etc.

Atendimento e orientação ao utente portador de doenças

crônicas. Dispensação de medicamentos, considerando

conceitos de farmacologia, respeitando os limites da legislação

específica para prescritores, auxiliares e farmacêuticos, com

orientações pautadas no princípio da ética e da qualidade.

Organograma de dispensação (Anexo 2).

Bibliografia básica:

MARQUES, Luciene A. M. Atenção Farmacêutica em

Distúrbios Maiores. 2ªed. Medfarma. São Paulo, 2009.

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Disciplina 15: Dispensação em distúrbios Menores.

EMENTA:

Noções de fisiopatologia dos distúrbios menores: gripe,

resfriado, rinite, tosse, dor, diarreia, azia, má-digestão

(presentes na lista GITE – Anexo 1).

Informar e orientar o cliente e a comunidade quanto a hábitos

e medidas geradoras de melhores condições de vida, visando

à conquista de autonomia na manutenção da própria saúde.

Orientar para o autocuidado e automedicação responsável

com participação do farmacêutico responsável técnico.

Organograma de dispensação.

Bibliografia básica:

MARQUES, Luciene A. M. Atenção Farmacêutica em

Distúrbios Menores. 2ªed Medfarma. São Paulo, 2008.

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Critérios de Avaliação

A avaliação deve ocorrer de forma contínua, o aluno será

avaliado de forma qualitativa por sua conduta e contribuição

em sala de aula, e o desenvolvimento do aluno observado

durante a realização das atividades propostas, individualmente

e/ou em grupo – tais como pesquisas, relatórios de atividades,

apresentação de trabalho, simulação de situações de trabalho,

provas práticas, interação com os colegas, atividades lúdicas,

e outras.

O resultado do processo de avaliação será expresso em

menções:

• Ótimo: nível de aproveitamento alto para desempenhar as

competências exigidas pelo perfil do profissional auxiliar de

farmácia.

• Bom: nível de aproveitamento suficiente para desempenhar

as competências exigidas pelo perfil do auxiliar de farmácia.

• Insuficiente: ainda não capaz de desempenhar, no mínimo,

as competências exigidas pelo perfil do auxiliar de farmácia.

Além das menções considera-se a frequência mínima de 75%

do total de horas de efetivo trabalho educacional.

Será considerado reprovado, aquele que obtiver menos de

75% da carga horária e menção insuficiente.

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Instalações e equipamentos

Sala de aula adequadamente mobiliada com cadeiras

móveis para a composição de diferentes arranjos que

privilegiem a diversidade de atividades, adequados para 30

alunos.

O ambiente disponibilizará:

Computador com acesso à Internet; Projetor de slides;

Retroprojetor; Televisão; Vídeo/DVD; quadro e pincel;

extintores de incêndio; duas prateleiras de aço para exposição

de caixas de medicamentos vazias; sanitários; pia com água

corrente; sabonete líquido; papel toalha; lixeiras com pedal;

aparelhos de pressão arterial; glicosímetro; termômetros;

seringas de insulina; seringas de 3mL; água para injetáveis;

algodão; álcool 70º; caixa para coleta de perfurocortantes.

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Orientações metodológicas

A proposta pedagógica para um curso de capacitação

profissional pauta-se nos princípios da aprendizagem com

autonomia e do desenvolvimento de competências

profissionais, entendidas como a “capacidade de mobilizar,

articular e colocar em ação valores, conhecimentos e

habilidades necessários para o desempenho eficiente e eficaz

de atividades requeridas pela natureza do trabalho”.1

Para atingir o aprendizado neste princípio considera-se

primordial articular teoria e prática na formação e capacitação

profissional valorizando experiências e pressupostos trazidos

pelos atores envolvidos no processo ensino-aprendizagem

através de significados facilitadores do entendimento da

complexidade crescente relacionada com a farmácia

colocando o aluno perante situações similares àquelas

encontradas nas condições reais de trabalho com

problemáticas que possibilitem o exercício ético da profissão.

1 Definição de competência profissional presente nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação Profissional de Nível Técnico. Resolução CNE/CEB n º 04/99.

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Orientações Finais

O Curso oferecido tem uma carga horária de 100

horas. Portanto, é imprescindível que os horários de entrada e

saída sejam obedecidos, a fim de garantir o cumprimento da

Carga Horária vendida aos alunos;

Os encontros podem ser divididos em dois encontros

semanais de 2:30 horas cada, perfazendo um total de 20

semanas, podendo ser programado em um semestre letivo;

No caso de término do conteúdo a ser ministrado,

antes do horário previsto, o professor deve preencher o tempo

com atividades que sejam de interesse dos alunos como:

Experiências pessoais relativas ao tema;

Discussão sobre temas atuais que tenham ligação com

a aula em questão;

Seminários de discussão;

Orientações gerais sobre a cidade e região (hospitais,

postos de saúde, vigilância sanitária, etc)

Ou eventualmente dar uma introdução sobre a próxima

aula, ressaltando alguns aspectos preliminares ao próximo

assunto;

Nas aulas de caráter mais prático, dinamizar o trabalho

de toda a classe. Divida a sala em grupos e especifique bem

as atividades a serem feitas, para que todos possam trabalhar

ao mesmo tempo. Em caso de utilizar materiais (Aparelhos de

Glicose, Aparelhos de P.A., Termômetros, Seringas e

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Manipulação) crie um rodízio do material, alternando as

atividades;

JAMAIS fique lendo a apostila ou projeção em tela

durante a aula. Esse tipo de comportamento sugere ao aluno

que ele poderia ter comprado a apostila em vez de fazer o

curso. Faça apenas referências ao material didático sem ater-

se à sua leitura;

Antes do dia programado para ministrar suas aulas,

verifique se todo o material necessário está disponível. Pensar

e planejar alternativas ao plano de aula.

Nas aulas práticas, caso esteja trabalhando com mais

de 25 alunos é recomendável a divisão da sala em 2 turmas (A

e B) para que o aproveitamento das aulas seja melhor. Em

caso de exceções, verifique se o material disponível, bancadas

e o espaço da sala são adequados para um número maior de

alunos;

O cumprimento do plano de curso é fundamental para

garantia do padrão de formação do profissional auxiliar de

farmácia preconizada pela ANVISA, Conselho Federal de

Farmácia e almejado pela sociedade brasileira.

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Anexo 1: Lista GITE

A Lista de Grupos e Indicações Terapêuticas orienta os distúrbios

menores que podem ser tratados com MIP’s, entretanto, é

importante que o usuário do medicamento seja devidamente

orientado pelo dispensador de medicamentos seja farmacêutico ou

auxiliar de dispensação. Por este motivo apresentamos esta lista

neste plano de curso para que você professor possa se orientar em

suas aulas de dispensação, pois, existe um enorme número de

medicamentos de venda livre para tratar estes distúrbios menores,

mas, que durante a dispensação é fundamental seguir um bom

programa com perguntas e orientações para uma farmacoterapia

segura e eficaz.

Grupos

Terapêuticos

Indicações Terapêuticas: Observações

Antiacneicos tópicos e

adstringentes

Acne, acne vulgar, rosácea, espinhas Restrição: Retinóides

Antiácidos,

Antieméticos,

Eupépticos, Enzimas

digestivas

Acidez estomacal. azia, desconforto

estomacal, dor de estômago, dispepsia,

enjôo, náusea, vômito, epigastralgia, má

digestão, queimação, pirose, esofagite

péptica, distensão abdominal, cinetose,

hérnia de hiato

Restrições:Metocloprami

da, Bromoprida,

Mebeverina Inibidor da

Bomba de Protons

Antibacterianos

tópicos

Infecções bacterianas da pele Permitidos: bacitracina e

neomicina

Antidiarreicos Diarréia, disenteria Restrições:Loperamida

infantil, Opiáceos

Antiespasmódicos Cólica, cólica menstrual, dismenoréia,

desconforto prémenstrual, cólica

biliar/renal/intestinal

Restrição: Mebeverina

Anti-histamínicos Alergia, coceira, prurido, coriza, rinite

alérgica, urticária, picada de inseto,

ardência, ardor, conjuntivite alérgica,

prurido senil, prurido nasal, prurido ocular

Restrições: Adrenérgicos,

Corticóides (exceto

hidrocortisona de uso

tópico)

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alérgico, febre do feno, dermatite atópica,

eczemas

Anti-seborréicos Caspa, dermatite seborreica, seborréia,

oleosidade

Anti-sépticos orais,

Anti-sépticos buco-

faríngeos

Aftas, dor de garganta, profilaxia das

cáries

Anti-sépticos nasais,

fluidificantes nasais,

umectantes nasais

Anti-sépticos nasais, fluidificantes nasais,

umectantes nasais

Anti-sépticos oculares Anti-sépticos oculares Restrições: Adrenérgicos

(exceto nafazolina com

concentração < 0,1%),

Corticóides

Anti-sépticos da pele

e mucosas

Assaduras, dermatite de fraldas, dermatite

de contato, dermatite amoniacal, intertrigo

mamário/ perianal/ interdigital/ axilar,

odores dos pés e axilas

Anti-sépticos urinários Disúria, dor/ardor/ desconforto para urinar

Anti-sépticos vaginais

tópicos

Higiene íntima, desodorizante

Aminoácidos,

Vitaminas, Minerais

suplemento vitamínico e/ou mineral como

auxiliar nas anemias carenciais, em dietas

restritivas e inadequadas, /tratamento

auxiliar na desmineralização óssea pré e pós

menopausal, antioxidantes, prevenção de

cegueira noturna /xeroftalmia, etc.

Antiinflamatórios Lombalgia, mialgia, torcicolo, dor articular,

artralgia, Inflamação da garganta, dor

muscular, dor na perna, dor varicosa,

contusão, hematomas, entorses,

tendinites, cotovelo de tenista, lumbago,

dor pós-traumática, dor ciática, bursite,

distensões, flebites superficiais,

inflamações varicosas, quadros dolorosos

Permitidos:Naproxeno,

ibuprofeno, cetoprofeno.

Tópicos não esteroidais

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da coluna vertebral, lesões leves da prát.

Esportiva

Antiflebites Dor nas pernas, dor varicosa, sintomas de

varizes, dores das pernas relacionadas a

varizes, dores após escleroterapia venosa

Antifiséticos,

Antiflatulentos,

Carminativos

Eructação, flatulência, empachamento,

estufamento, aerofagia pós-operatória,

gases, meteorismo

Antifúngicos,

Antimicóticos

Micoses de pele, frieira, micoses de unha, pano branco, infecções fúngicas das

unhas, onicomicoses, dermatomicoses,

pitiríase versicolor, tínea das mãos, tínea dos pés, pé de atleta, tínea do corpo,

micose de praia, tínea da virilha, candidíase cutânea, monilíase cutânea,

dermatite seborreica, dermatomicoses

superficiais, vulvovaginites, dermatite perianal, balanopostite, candidíase vaginal,

candidíase oral.

Permitidos: Tópicos

Anti-hemorroidários Sintomas de hemorroidas Permitidos: Tópicos

Antiparasitários orais,

Anti-helmínticos

Verminoses Permitidos: Mebendazol,

Levamizol.

Antiparasitários

tópicos, Escabicidas,

Ectoparasiticidas

Piolhos, sarna, escabiose, carrapatos,

pediculose, lêndea

Antitabágicos Alívio dos sintomas decorrente do

abandono do hábito de fumar, alívio dos

sintomas da síndrome de abstinência

Restrição: Bupropiona

Analgésicos,

Antitérmicos,

Antipiréticos

Dor, dor de dente, dor de cabeça, dor

abdominal e pélvica, enxaqueca, sintomas da gripe, sintomas do resfriados, febre,

cefaléia, dores reumáticas, nevralgias,

lombalgia, mialgia, torcicolo, dor articular, artralgia, inflamação da garganta, dor

muscular, contusão, hematomas, entorses, tendinites, cotovelo de tenista, lumbago,

dor póstraumática, dor ciática, bursite,

distensões

Permitidos: analgésicos

(exceto narcóticos)

Ceratolíticos Descamação, esfoliação da pele, calos,

verrugas, verruga plantar, verruga vulgar

Cicatrizantes Feridas, escaras, fissuras de pele e

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mucosas, rachaduras

Colagogos,

Coleréticos

Distúrbios digestivos, distúrbios hepáticos

Descongestionantes

nasais tópicos

Congestão nasal, obstrução nasal, nariz

entupido

Restrições:

vasoconstritores

Descongestionantes

nasais sistêmicos

Congestão nasal, obstrução nasal, nariz

entupido

Permitido: fenilefrina

Emolientes e

lubrificantes cutâneos

e de mucosas

Hidratante, dermatoses hiperqueratóticas, dermatoses secas, pele seca e áspera,

ictiose vulgar, hiperqueratose palmar e

plantar, ressecamento da pele, substituto artificial da saliva, saliva artificial para

tratamento da xerostomia

Emolientes, lubrificantes e

adstringentes

oculares

Secura nos olhos, falta de lacrimejamento,

irritação ocular

Expectorantes, balsâmicos,

mucolíticos. Sedativos da tosse

Tosse, tosse seca, tosse produtiva, tosse

irritativa, tosse com catarro,

mucofluidificante

Laxantes, Catárticos Prisão de ventre, obstipação intestinal,

constipação intestinal, intestino preso

Rehidratante oral Hidratação oral, reidratação oral

Relaxantes

musculares

Torcicolo, contratura muscular, dor

muscular, lumbago, entorses

Rubefacientes Vermelhidão, rubor

Tônicos orais Estimulante do apetite, astenia

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Anexo 2: Fluxograma de dispensação

Fonte: Farmácia Comunitária: Atividades do Farmacêutico na

Farmácia Comunitária. Manual III, Comfar, CFF, Brasília, 2009.

O fluxograma acima é de fácil entendimento onde

conforme a resposta à cada pergunta “SIM” ou “NÃO”, o

farmacêutico passa adiante em perguntas e orientações até

chegar à decisão final de dispensar o medicamento ou enviar o

utente de volta ao médico prescritor.

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O fluxograma é muito útil na elaboração de um bom

POP Procedimento Operacional Padronizado para o serviço de

dispensação em farmácia comunitária.

Perguntas que colaboram na qualidade da dispensação

O farmacêutico dispensador de medicamentos, quando

atende uma solicitação de um usuário, mediante apresentação

de receita ou não, sempre pensa num primeiro momento nos

aspectos técnicos apreendidos na academia; aspectos que

devem ser repassados de forma apropriada ao nível escolar

dos auxiliares, para que estes possam identificar quando o

usuário necessita de orientação mais aprofundada na

condução da farmacoterapia, onde encerra seu nível de

atuação e configura o momento de convocar a presença do

farmacêutico.

Para quem é o medicamento?

Na intenção de saber se a solicitação do medicamento é para

o próprio comprador, se ele é o cuidador de quem vai tomá-lo

ou, ainda, na possibilidade do tratamento ser destinado a

grupos de risco como idosos, crianças, gestantes, obesos,

alcoolistas ou portador de doenças crônicas, que necessitam

de orientações diferenciadas e cuidados especiais;

É a primeira vez que vai usar este medicamento ou é

continuidade de tratamento?

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Existe um grupo de orientações relevantes atreladas a

esta pergunta: quanto ao modo de usar, modo de preparo do

medicamento; quanto ao motivo do uso, o que fazer quanto às

possíveis reações adversas, ao efeito esperado se ele

consegue identificar sua eficácia, quanto ao tempo de

tratamento, os cuidados durante o uso e a guarda do

medicamento que podem ser facilmente identificadas

necessidades específicas de orientação;

Existe outro problema de saúde?

Esta pergunta é igualmente importante para a adequação

do tratamento novo associado com outros medicamentos em

uso pelo paciente, prescritos por outros médicos ou que seja

uso concomitante de MIP’s, na prevenção de interações

medicamentosas indesejadas que põe em risco a saúde do

utente;

A pessoa que vai usar este medicamento já manifestou alergia

a algum medicamento no passado?

Essa pergunta é interessantíssima na prevenção de

acidentes farmacoterapêuticos, aproveita-se neste momento

para orientar quanto a possíveis reações adversas, como

sonolência que coloca em riscos motoristas e operadores de

máquinas, influência da alimentação e melhor horário de

tomada do medicamento.

Cada uma destas situações ou outras que surgirem no

momento da dispensação deve ser isoladamente avaliada pelo

auxiliar e comunicada ao farmacêutico, que pode optar por

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dispensar ou não os medicamentos solicitados sem ou com

prescrição médica. O atendente capacitado saberá filtrar estas

informações e encaminhar ao farmacêutico os casos mais

complexos para prevenção de riscos inerentes à

farmacoterapia.

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