Plano de Aula Contrato Social

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ALEXANDRE NIGRE DA SILVA A ÉTICA COMO BASE DA CIDADANIA. SESI – Serviço Social da Indústria Plano de aula de Filosofia Matéria: Ética Filosófica 1

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Plano de aula sobre etica

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ALEXANDRE NIGRE DA SILVA

A ÉTICA COMO BASE DA CIDADANIA.

SESI – Serviço Social da IndústriaPlano de aula de FilosofiaMatéria: Ética Filosófica

Suzano

23 de outubro de 20151

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APRESENTAÇÃO

O presente Plano de Aula trás uma proposta pedagógica focada nos principais conceitos da Ética Aristotélica, com idéias principalmente desenvolvidas para que seja efetivada uma aprendizagem sobre cidadania.

Duração: Duas aulas de 50 min.

Publico alvo: Alunos de segundo ano do Ensino Médio.

Objetivos:

1. Permitir a compreensão do conceito básico de ética Aristotélica;

2. Dar conhecimento sobre a Ética Filosófica como

Conteúdos

Desenvolvimento

Bibliografia

PLANO DE AULA2

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Nome: A Matrix dos Sentidos.

Tema: A Dúvida Metódica de Descartes.

Série/Público Alvo: Alunos do 2º ano do Curso de Licenciatura de Filosofia.

Duração: Duas aulas de cinqüenta minutos cada.

Metodologia: O desenvolvimento desta proposta dar-se-á pela exposição do tema proposto, com o apoio de alguns recursos didático-pedagógicos, tais como o data show, após isso será dada explicação do tema pelo professor, apoiado pela bibliografia pertinente, ao fim será proposto um exercício reflexivo aos alunos.

Conteúdo:

-Exposição do vídeo proposto fazendo asserções sobre o impacto cultural do filme nele tratado;

-Exposição biográfica sobre René Descartes e o período Histórico em que ele viveu;

- Promover e mediar o debate entre os alunos acerca da importância da dúvida Metódica de Descartes e os principais conceitos Racionalistas.

Objetivos específicos: Fornecer aos alunos uma série de explicações sobre o período em que Descartes viveu, focando-se objetivamente nos principais problemas filosóficos da época, bem como familiarizá-los com os principais conceitos do Racionalismo do filosofo Francês, mostrando a importância que este tem para a área da Epistemologia.

Procedimento:

1. Montar o equipamento multimídia e expor para a turma o vídeo referência que consta no anexo deste plano de aula;

2. Tecer explicações sobre a contextualização histórica do período de vida do Filósofo e sobre a Dúvida Metódica de Descartes;

3. Promover o debate entre os alunos com base no texto de apoio, onde os mesmos exponham suas considerações sobre os conceitos do filósofo;

4. Aplicar a Avaliação.

Recurso / Material de apoio:3

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1. Vídeo retirado da Internet e Texto de apoio retirado do Livro Dicionário Descartes. Ambos, presentes nas referências biográficas deste plano;

2. Arranjo físico da sala de aula, Lousa e giz;

3. Data show e suporte multimídia.

Avaliação: Ao fim da aula, após debate, o professor deverá pedir aos alunos que façam uma representação gráfica simples, ao estilo de fluxograma, dos passos a serem adotados no procedimento proposto por Descartes na sua Dúvida Metódica. O professor deverá dar noções simples esquematização, tendo em mente que o que deve ser avaliado não é a representação gráfica em si, mas se os alunos têm claro como se procede a Dúvida Metódica, quais os passos que ela opera no interior da reflexão racional, segundo Descartes. Caso o professor não conheça uma base gráfica adequada onde possa ensinar e exigir isso dos alunos, ele pode opcionalmente se referenciar pelo programa CmapTools, um freeware disponível para download e que pode ser usado pelo professor como referencia de como representar graficamente idéias. Em último caso, o professor pode substituis a representação gráfica pela explanação textual seqüenciada.

CONCLUSÃO4

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Apesar da dificuldade inerente ao tema, dado o nível de abstração requerida, a polêmica também inerente a este tema, aplicação correta da atividade irá suscitar nos alunos um crescente apreço pelo debate acerca da idealização de conceitos, a definição de postulados e o debate aberto de idéias. Devem ser claramente explicados o impacto que o Racionalismo causou ao estudo da Epistemologia frente a sua época e a força que seus argumentos contra os argumentos do Empirismo.

Se todo o plano for efetivado com o rigor metodológico que exige, os alunos terão claro diante de si a importância dos conceitos de Descartes e estarão aptos para aplicar a Dúvida Metódica como parte de seu arsenal mental em seu caminho filosófico, na guerra contra o senso comum.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ARRUDA ARANHA, Maria L. e PIRES MARTINS, Maria Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, 1986.

CMAPTOOLS, Freeware. Programa para criação de mapas conceituais.Disponível em: < http://www.baixaki.com.br/download/cmaptools.htm>. Último acesso em: 01/06/2011 às 23h35min.

COTTINGHAM, John. Dicionário Descartes; Trad. Helena Martins. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1995

DESCARTES, René. O Discurso do Método- Meditações. Trad. Roberto Leal Ferreira. 2º Edição. São Paulo: Martin Claret, 2008.

DUCLÓIS, Miguel. As meditações cartesianas e o nascimento da subjetividade moderna. Disponível em: <http://www.consciencia.org/descartes_meditacoes.shtml>. Último acesso em 01/06/2011 às 22h51min.

MARCONDES, Danilo. Iniciação a História da Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

LAW, Stephen. Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Trad. BORGES, Maria Luiza X. de

A.. 2º Edição. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2009.

ROSE, Ricardo Ernesto. Empirismo e Racionalismo- Consciência org. Disponível em:<http://www.consciencia.org/empirismo-e-racionalismo>. Ultimo acesso em: 30/05/2011 às 21h28min.

WACHOWSKI, Andy e Larry. Cena do Filme Matrix. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=Kowrcja_1lg>. Último acesso em 30 de maio de 2011 às 22h49min.

ANEXO UM.6

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A Dúvida Metódica- Texto de Apoio retirado da obra Dicionário Descartes de John Cottingham.

O método cartesiano da dúvida é o rótulo amiúde aplicado ao procedimento pelo qual Descartes tenta remover do caminho, com a finalidade de estabelecer uma base metodológica confiável para sua nova ciência, as pedras que constituem os preconceitos e opiniões preconcebidas. "Percebi que era necessário, uma vez em minha vida, destruir tudo e começar novamente desde os fundamentos, se quisesse estabelecer nas ciências algo de firme e constante" (Primeira Meditação, AT VII: CSM I 12). Embora Descartes fosse, por vezes, maldosamente acusado de cético (cf. AT VII 547: CSM II 387), deixou bem claro, desde a primeira apresentação pública de sua metafísica, que seu objetivo ao levantar dúvidas sistemáticas era eliminar a dúvida e encontrar algo seguro e indubitável: "uma vez que eu queria dedicar-me somente à busca da verdade, julguei necessário fazer o oposto e rejeitar, como absolutamente falso, tudo aquilo que me despertasse a menor dúvida, para verificar se me restaria qualquer coisa para acreditar que fosse, de fato, totalmente indubitável" (Discurso, Parte IV, AT VI 31: CSM I 126-7). A dúvida, em suma, é um meio para um fim, não um fim em si. E, no final das Meditações, é admirável que o meditador seja capaz de descartar, com alívio, suas dúvidas anteriores, que, então, passa a considerar "risíveis" e "exageradas" (latim, Hyperbolicae, AT VII 89: CSM II 61).

E preciso que tais manobras sejam em parte entendidas tendo-se como pano de fundo os debates céticos do final do século XVI e início do século XVII. Em 1562, aproximadamente trinta anos antes do nascimento de Descartes, Henri Etienne (Stephanus) publicara uma tradução francesa de um dos grandes clássicos da filosofia grega, Esboços do pirronismo, de Sextus Empiricus (c. AD 190). Esta obra, cujo título é dedicado ao fundador do ceticismo antigo, Pirro de Elis, apresentava uma série de argumentos concebidos para mostrar que a suspensão do juízo era a única conduta racional diante da evidência contraditória e cambiante de que dispõem as nossas crenças. Sextus, em seus Esboços, esquematizara dez "modalidades" de ceticismo - padrões de argumentação concebidos para induzir à suspensão da crença, chamando a atenção para a variedade de conflitos evidenciais que mostram que aquilo que parece ser verdade de um ponto de vista, ou no contexto de um conjunto particular de circunstâncias, poderia muito bem parecer o contrário em condições diferentes, ou de um ponto de vista distinto.

O subseqüente desenvolvimento do ramo da filosofia hoje conhecido como "episte-mologia" tendeu a ver a teoria do conhecimento como um eterno campo de batalha entre céticos e anticéticos, com estes últimos tentando estabelecer verdades básicas, tais como a existência do mundo externo, diante das dúvidas extremas ou "hiperbólicas", do tipo das levantadas nas Meditações. As motivações filosóficas de Descartes certamente eram de outra ordem. No Resumo das Meditações, ele escreve que a grande vantagem dos argumentos que fornecera não era o fato de que "eles provam o que estabelecem, isto é, que realmente ha um mundo e que os seres humanos têm corpos, e assim por diante -pois ninguém de juízo jamais duvidou seriamente dessas coisas -, mas sim que, ao considerar tais argumentos, percebemos que não são tão sólidos ou transparentes quanto os argumentos que nos levam ao conhecimento de nossas próprias mentes e de Deus, de modo que os últimos sejam os mais certos e evidentes entre todos os objetos de conhecimento possíveis para o intelecto humano" (AT VII 16: CSM II 11). Um dos objetos do exercício de suspensão das crenças prévias era "conduzir a mente para longe dos sentidos", e em direção às verdades acessíveis à luz da razão que Descartes acreditava ser inata em cada alma (cf. INATISMO e INTUIÇÃO).

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