Planejar ou refazer

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PLANEJAR:

-Pensar

-Pesquisar

-Buscar

-Discutir

-Perguntar

-Aceitar

-Fazer simulações

-Discriminar

-Detalhar

-Avaliar

-Estruturar

-Organizar

-Definir

-Antecipar

-Coletar

-Otimizar

-Facilitar

-Listar

-Programar

-Aperfeiçoar

Prejuízo anunciado Esqueceu ou “queimou etapa”?

Você pode imaginar o quanto economizaria na execução de num projeto se dedicasse uma parcela do tempo anterior à execução ao planejamento?

É comum no cenário internacional ser dito que as empresas brasileiras são muito boas na execução, mas péssimas no ato de planejar.

O tempo gasto em retrabalhos e na execução

de tarefas que não estavam previstas no projeto original chega às vezes a zerar o lucro projetado.

O que dizer da Análise Orçamentária? Como orçar um projeto corretamente se ele não está detalhado?

Temos então os famosos “aditivos” contratuais que visam cobrir as falhas de planejamento, as etapas omissas e algumas das vezes para desvios de verbas públicas que retornam em forma de

propinas devido a um “BDI” exageradamente alto.

As obras públicas principalmente sofrem do mal crônico da falta de planejamento. A injunção aos cofres públicos é um custo irreal e na maioria das vezes superfaturado. O superfaturamento às vezes é feito devido ao fato de que o projeto é

licitado ainda como rascunho ou apenas com uma planta baixa, ficando todo o resto do planejamento por conta e risco do vencedor do certame licitatório. Esta dúvida acerca do valor real do projeto serve muito bem aos administradores desonestos que se utilizam deste subterfugio para poder conseguir as propinas que são oriundas justamente desta incerteza orçamentária

O ato de Planejar evita as tarefas de desfazer

e refazer

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que pende em geral a favor das empresas licitantes.

Por que Planejar?

Poderíamos simplificadamente afirmar que todas as etapas anteriores à Execução comporiam a fase de Planejamento.

Quantas ações representadas por verbos na página inicial devem ser levadas a cabo para concluirmos a fase de Planejamento de um Projeto ou de uma Obra?

Se o Planejamento é tão importante, por que nós brasileiros não investimos um pouco do tempo para ele?

O ato de planejar exige conhecimento. O ato de planejar exige conhecimento específico e conhecimento genérico.

Não é possível planejar aquilo que você não conhece e o que você não domina. Assim fica complicado para a Administração Pública em geral levar para um processo licitatório um Projeto Completo, com

todas as fases de construção, com todos os materiais necessários quantificados e especificados e com todas as “facilities” englobadas.

Se uma obra de engenharia é licitada tendo por base apenas uma planta baixa e um memorial técnico descritivo deficiente, ela tem 100% de chance de vir a ser uma obra superfaturada e com qualidade duvidosa. É provável que não atenda plenamente a sua finalidade e que venha a exigir reparações e retrabalhos em curto espaço de tempo.

O Gerenciamento de um projeto abrange a Integração, Escopo, Tempo, Custos, Qualidade, Recursos humanos, Comunicações, Riscos e Aquisições.

O Escopo, Tempo, Custos e Qualidade são determinantes para que um projeto seja entregue conforme o combinado. Objeto, prazo e custo respeitados e com a qualidade contratada, ou seja: o que, quando, quanto e como. Recursos Humanos e Aquisições abrangem os insumos a serem utilizados na execução do projeto. Comunicações e Riscos

servem para manter as expectativas e as incertezas sob controle, assim como o projeto no rumo certo. A Integração é a coordenação de todos estes aspectos.

Um projeto consiste em pessoas e máquinas que utilizam tempo, materiais e dinheiro realizando trabalho coordenado para atingir determinado objetivo.

O gerenciamento de projetos engloba cinco grupos de processos: Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento e Controle e Encerramento.

O Planejamento é então uma etapa do Gerenciamento de Projetos e uma etapa importante, pois é praticamente impossível realizar com eficiência as etapas seguintes. A Execução, Monitoramento e Controle e Encerramento são fases subsequentes que dificilmente terão sucesso com um Planejamento inexistente ou falho.

GERENCIAMENTO

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Porque planejar?

-Planejar para não retrabalhar.

-Planejar para não errar.

-Planejar para poder concluir

-Planejar para economizar.

O START-UP DAS IDÉIAS

Um Projeto, antes de ir para a “prancheta”, deve ser irrigado com ideias e informações diversificadas vindas das mais variadas fontes possíveis, perpassando as fases de Iniciação e Planejamento. Os dados devem ser constantemente avaliados durante a de Execução pelas fases de Monitoramento e Controle para que seja possível fazer as devidas correções de rota.

A Precificação prévia do Projeto deve ser realizada com cuidado e esmero, pois depende dela a existência ou não de pedidos de “Termos Aditivos” por enganos orçamentários.

Outro fator que ilumina as boas ideias é um cronograma balanceado das medições e pagamentos. A existência e o fiel cumprimento do cronograma físico-financeiro evitarão atrasos e aumento nos custos do Projeto.

Que tal um upgrade associando ao

Gerenciamento do Projeto um Sistema de Controle de Qualidade? Quanto é gasto com desperdício de tempo e material? Quanto material é jogado fora ainda aproveitável? Quanto material é perdido por falta de treinamento do profissional que foi utilizá-lo?

Existem ferramentas que podem ser perfeitamente aplicadas a qualquer projeto, melhorando a produtividade e diminuindo custos (ISO 9000, 5S, JIT, SME, etc).

Uma maneira fácil de medir o desperdício durante a execução de um projeto de construção civil é cubar as caçambas de entulho que são retiradas da obra, se possível com uma avaliação qualitativa do que está sendo jogado fora.

A aplicação do conceito JIT (Just in Time) também auxilia no fluxo financeiro e evita desperdícios tendo em vista que determinados materiais se deterioram com o tempo ou podem ser danificados pelo tráfego de pessoas e máquinas no canteiro de obras, sendo conveniente que permaneçam o menor

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tempo possível à espera de sua utilização.

PORQUE MANTER A DESORDEM?

É uma pergunta interessante para ser alvo de uma pesquisa intensa e séria.

Ela tem a ver com a Política de Gastos Públicos dos Governos, com os Sistemas de Controle de Gestão Pública (Tribunais de Conta) e com as Máfias que agem nos círculos de Poder para manipular os processos licitatórios. As máfias sempre interessadas em manter a situação como está pois conseguem manipular os processos e dificultar a ação dos agentes de controle interno e externo. Alguns Agentes Públicos não se interessam em melhorar e tornar mais transparente os processos licitatórios pois, na medida em que os projetos são precificados, detalhados, cronometrados e lançados inclusive com níveis mínimos de qualidade aceitável (NMQA) fica mais difícil conseguir propinas e vantagens indevidas.

Nossa esperança é que a situação vá mudando na medida em que a população tome consciência do seu poder e participe mais ativamente do controle social das atividades governamentais, pois, no fundo, o Governo deve refletir a vontade da População e não ser o seu CARRASCO.