Planejamento estratégico industria charque

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Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT Curso de Graduação em Engenharia de Produção Agroindustrial Planejamento Estratégico – 2011.01 – Prof. M.Sc. Ronaldo Santos ANALISE DE CENÁRIO E DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E IMPLEMENTAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS ATRAVÉS DE FERRAMENTAS DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO EM UMA CHARQUEARIA NA REGIÃO MÉDIO NORTE DO ESTADO DE MATO GROSSO Adeilton Gomes Silva Lima¹ Alan Pilonetto Alves² Douglas Almeda Coelho³ RESUMO Este presente trabalho visa mostrar que as pequenas empresas também precisam analisar o cenário do mercado em qual fazem parte o seu posicionamento neste, e a partir daí elaborar estratégias que lhe ofereçam vantagens e explorem seus pontos fortes ao mesmo tempo em que busquem minimizar seus pontos fracos e as ameaças do mercado, mostrando como o engenheiro de produção possui ferramentas necessárias tanto para elaborar o planejamento bem como implementar as estratégias, a empresa analisada é uma produtora de charque (carne desidratada por processo de salga e secagem ao sol) seu produto se difere dos demais devido a forma tradicional como é produzido porém a empresa sendo nova no mercado enfrenta certas das fraquezas comuns a esses tipos de empresa e ameaças do mercado, para solução foram utilizadas ferramentas difundidas no ramo do planejamento estratégico como a matriz SWOT e as 5 forças de Poter e da engenharia de produção como o 1- Acadêmico do curso de Engenharia de Produção Agroindustrial da Unemat campi Barra do Bugres. e-mail: [email protected] 2- Acadêmico do curso de Engenharia de Produção Agroindustrial da Unemat campi Barra do Bugres. e-mail: [email protected] 3- Acadêmico do curso de Engenharia de Produção Agroindustrial da Unemat campi Barra do Bugres. e-mail: [email protected]

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Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMATCurso de Graduação em Engenharia de Produção AgroindustrialPlanejamento Estratégico – 2011.01 – Prof. M.Sc. Ronaldo Santos

ANALISE DE CENÁRIO E DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E IMPLEMENTAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS ATRAVÉS DE FERRAMENTAS DE ENGENHARIA DE

PRODUÇÃO EM UMA CHARQUEARIA NA REGIÃO MÉDIO NORTE DO ESTADO DE MATO GROSSO

Adeilton Gomes Silva Lima¹

Alan Pilonetto Alves²

Douglas Almeda Coelho³

RESUMO

Este presente trabalho visa mostrar que as pequenas empresas também precisam analisar o cenário do mercado em qual fazem parte o seu posicionamento neste, e a partir daí elaborar estratégias que lhe ofereçam vantagens e explorem seus pontos fortes ao mesmo tempo em que busquem minimizar seus pontos fracos e as ameaças do mercado, mostrando como o engenheiro de produção possui ferramentas necessárias tanto para elaborar o planejamento bem como implementar as estratégias, a empresa analisada é uma produtora de charque (carne desidratada por processo de salga e secagem ao sol) seu produto se difere dos demais devido a forma tradicional como é produzido porém a empresa sendo nova no mercado enfrenta certas das fraquezas comuns a esses tipos de empresa e ameaças do mercado, para solução foram utilizadas ferramentas difundidas no ramo do planejamento estratégico como a matriz SWOT e as 5 forças de Poter e da engenharia de produção como o planejamento e controle de produção e capacidades as administrativas nas quais o engenheiro de produção é dotado, o capacitando tanto para elaboração quanto implementação das estratégias definidas, e foi verificado que através destas pode-se dirigir as ações da empresa para alcançar os objetivos a curto, médio e longo prazo.

Palavras chave: Planejamento estratégico, matriz SWOT, charque.

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1. INTRODUÇÃO

A evolução dos mercados (setores industriais) e em conseqüência disto da concorrência nestes tem acarretado situações em que cada vez mais as empresas precisam se organizar e definir seus objetivos e estratégias, para que possam atingir os resultados esperados, procurando estabelecer estratégias que ofereçam vantagens competitivas com os pontos fortes da empresa e também, para se contornar as situações que comprometeriam o sucesso dos negócios, ou seja, as ameaças e as fraquezas da empresa, para tanto, torna-se necessário o desenvolvimento de um Planejamento Estratégico (campos, 2007), visto isso uma empresa que recém abre seu negócio tem a tarefa de se posicionar no mercado de modo que defina os objetivos e metas a serem alcançados para que em um horizonte de tempo definido ela possa alcançar e consolidar sua fatia do mercado, porém segundo SILVA ET AL (2011) as empresas pequenas não tem a cultura de implementar o planejamento estratégico sendo assim gerindo a empresa com um misto de tino comercial, sorte, oportunismo e pragmatismo para que as coisas aconteçam, outro fator critico é há falta de pessoal nessas empresas com capacitação para executar tal planejamento, neste estudo de caso ocorreu a execução de um planejamento estratégico na empresa Alexandro Bringhenti.ML, nome fantasia Comitiva do charque que se viu necessário para que ela possa atingir os resultados esperados por seus donos, então as estratégias apresentadas serão elaboradas e aplicadas segunda ferramentas da engenharia de produção visto que a empresa é uma mini industria.

A Engenharia de Produção se dedica ao projeto e gerência de sistemas que envolvem pessoas, materiais, equipamentos e o ambiente, abepro (2004). Ao executar a analise de cenário da empresa acima referida através da matriz SWOT (sigla em inglês para: pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades.) criada pelos professores Kenneth Andrews e Roland Christensen da Harvard business school com o objetivo de ser um modelo de analise da posição competitiva de uma empresa no mercado, ocorreu à verificação de que os problemas poderiam ser solucionados através da aplicação de ferramentas de engenharia de produção, e de conhecimentos em técnicas administrativas (como missão, visão e etc.) que o engenheiro de produção também se dispõe a aplicar.

2. ANALISE DE CENÁRIO

A matriz SWOT tem sido utilizada tanto em pequenas como em grandes empresas devido a sua simplicidade, porém eficiente na analise da situação de mercado externa e interna da organização e cruzar esses dados de modo a permitir aos administradores elaborarem as melhores estratégias para diminuir os pontos fracos, transformar as ameaças em oportunidades e também fortalecer ainda mais os pontos fortes Alves ET AL. (2007), foi elaborada a matriz SWOT para analisar o mercado de carnes secas e desidratadas no estado de Mato Grosso, a fim de observar quais são as ameaças e oportunidades deste mercado, e quais as fraquezas e forças da companhia estudada com

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relação as suas concorrentes. Foram levadas em consideração também as cinco forças de mercado de Michael Porter:

Porter aponta 5 factores, a que chama “as 5 forças competitivas”:A rivalidade entre empresas concorrentes, o poder negocial dos fornecedores, o poder negocial dos clientes, ameaça de entrada de novos concorrentes e a ameaça do aparecimento de produtos ou serviços substitutos. Este modelo apresenta um notável dinamismo na caracterização de uma indústria. (BICHO E BAPTISTA, 2006.)

Veja na figura a seguir uma representação gráfica dessas forças.

Fig.1: Modelo gráfico das cinco forças de mercado. Fonte: (Bicho e baptista, 2006).

3. Analise do posicionamento no mercado segundo as cinco forças e montagem da matriz SWOT

Foi empregada uma pesquisa de mercado e entrevista com os donos da empresa para analisar quais são os concorrentes e como a firma estaria posicionada no cenário

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estadual, com uma analise segundo a representação das cinco forças (figura acima), se pode concluir que a empresa encontra-se num mercado concentrado por que possui poucas empresas concorrentes, onde ela é nova com o funcionamento a partir de ... e de pequeno porte pois a média de seu processamento mensal é de ..... quantidade muito inferior ao abate do frigorífico da perdigão em Mirassol d’oeste que é de 2000 cabeça/dia (CDL MIRASSOL, 2007) unidade que possui como um de seus subprodutos o Jacked beef que segundo (Shimokomaki et al, 1987) citado por (sic, 2011) cujo processamento se assemelha ao do charque, porém com adição de nitrito e prensas que retiram água da carne e sempre comercializado e embalado a vácuo, a empresa também pode enfrentar barreiras por parte das grandes já situadas em Mato Grosso com relação à economia de escala, imagem da marca e outros, porém foi verificado que ela fornece um produto novo para o mercado estadual visto que as que se situam no mercado produzem o jacked beef, com dados colhidos de amostras em supermercados de barra do bugres e tangara da serra e também de uma lista de concorrentes citados em entrevista com o dono da empresa ( material em anexo) na qual foram constatadas as seguintes marcas: 7 de Setembro, Conquista, Sier, Marma e Perdigão. Portanto os produtos destas não se caracterizam verdadeiro charque que é preparado de modo similar ao da carne seca o diferencial está na maior quantidade de sal e de exposição ao sol ao qual o charque é submetido, o que lhe garante uma maior durabilidade (SIC, 2011) processo que é adotado pela “Comitiva do charque”, logo ela é a empresa que possui um produto substituto e diferenciado com o apelo para a tradição no método de produção e com a diferenciação de ser vendido picado. O poder de barganha dos fornecedores também é forte visto que são frigoríficos e o volume do mercado seca é muito pequeno comparado as exportações mato-grossenses de carne in natura que computaram 45,27 mil toneladas só no primeiro trimestre do ano de 2011 (g1, 2010) e também ao fato de que ha uma integração vertical a jusante em empresas como perdigão (faz jacked beef da própria matéria prima que produz.), com essa analise das cinco forças então foi verificada a posição da empresa no mercado para se montar a matriz SWOT, veja na fig. 2.

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FIG. 2: Matriz SWOT

4. POSSÍVEIS ESTRATÉGIAS.

Baseado na analise feita pela matriz SWOT montamos as possíveis estratégias baseadas em ferramentas e capacidades do engenheiro de produção para minimizar as ameaças e fraquezas e converte-las em vantagem competitivas bem como fortalecer ainda mais os pontos fortes e fazer uso das oportunidades do mercado elas foram também classificadas em curto (1 a 6 meses) , médio (6 meses á um ano) e longo prazo (pós um ano), elas estão dispostas a seguir:

1º Criar Missão e visão da empresa. (curto prazo)

2º Melhorar o merchandising na exposição nas redes varejistas. (Médio prazo)

3º Cortar custos fornecendo para distribuidoras para rotas menores ao invés de transporte próprio. (médio prazo)

4º Fazer o planejamento e controle da compra de matéria prima. (curto prazo)

5º Investimento em tecnologia para secagem de charque mesmo em clima não propício e para produção de um produto secundário para suprir sazonalidade. (longo prazo)

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Forças Fraquezas Produto diferenciado Atendimento direto ao cliente

Merchandising Tradição da marca Instalação Industrial ( dificuldade

na secagem do charque ao sol em dias não propícios.)

Economia de escala Tempo de mercado, falta de

missão, visão e valor da empresa.

Distribuir diretamente pras grandes redes atacadistas.

Oportunidades de inserir outros produtos, devido ao contato direto com as grandes redes varejistas.

Outras empresas começarem a produzir o legitimo charque e/ou também picado.

As empresas com custos menores reduzirem o preço do produto.

Sazonalidade do produto.

Oportunidades Ameaças

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4. 1 MISSÃO E VISÃO DA EMPRESA

A primeira estratégia buscou criar a missão e visão da empresa eliminando esta fraqueza e ao mesmo tempo contribuir para a valorização da imagem da mesma para diminuir os impactos da ameaça da entrada de outra empresa com o mesmo produto, pois a empresa já estaria mais consolidada no mercado estadual

Segundo costa (2008) A maioria da empresas nacionais, principalmente micro e pequenas, não possuem qualquer estabelecimento de metas e objetivos. Alem de não programar tais objetivos e metas, muitas não compreendem sua importância para a organização, por isso estabelecer tal missão e visão da empresa é de suma importância para que ela possa continuar crescendo e se firmar no estado, missão representa a razão de existência de uma organização. Para isso a missão deve abranger o propósito básico da organização e a transmitir seus valores a funcionários, clientes, fornecedores e a sociedade. (PORTO, 2008) citado por (COSTA, 2008), para SENGE (1990) citado por Porto (2008) Visão é um destino específico, uma imagem de um futuro desejado. Baseado nesses conceitos a missão e visão da empresa foram formuladas da seguinte forma:

Missão: “Levar aos clientes o verdadeiro charque pantaneiro com o melhor sabor e qualidade mantendo a tradição em sua confecção.”

Visão: “Ser a líder de mercado no Estado de Mato Grosso e difundir o sabor e a cultura do charque pantaneiro para todo o estado e novos migrantes que aqui venham residir.”

4.2 MELHORAR O MERCHANDISING NA EXPOSIÇÃO NAS REDES VAREJISTAS

Esta estratégia tem por objetivo, construir uma tradição com a marca bem como “abocanhar” parte das vendas com decisão tomadas no pondo de venda BACK (2011) e Também LUIZ E BRAGA (2006) dizem que alguns institutos de Pesquisa como o POPAI (Point Of Purchase Advertising International) já comprovaram que 85% das decisões de um produto ao outro, são tomadas na hora da compra, dentro do estabelecimento, segundo a pesquisa realizada nos mercados para este presente trabalho, 60% dos entrevistados dizem que tem habito de comprar o jacked beef da marca perdigão enquanto outros 16% dizem comprar a marca 7 e setembro, enquanto a marca comitiva do charque aparece com apenas 8%, então o merchandising no ponto de venda se torna uma ferramenta poderosa para a empresa aumentar sua fatia de mercado, como O Merchandising pode ser compreendido como qualquer técnica, ação ou material promocional usado no ponto-de-venda que proporcione informação e melhor visibilidade a produtos, marcas ou serviços, com o propósito de motivar e influenciar as decisões de compra dos consumidores (BLESSA, 2003, p.18 apud SOUZA ET AL, 2006), optou-se por criar uma gôndola personalizada para distribuir aos clientes.

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She (2011) destaca que as cores mechem com diferentes o subconciente humano, elas se dividem entre “quentes” e “frias”, as cores quentes são as que chamam mais atenção do ser humano e que tem forte poder de penetração por este motivo as cores da gôndola serão quentes com base no vermelho que segundo BRUNODESING (2010) É um estimulante de apetite em centenas de anos foi considerada a cor primária que se refere a sobrevivência básica: alimentação, vestuário, abrigo. Mostra uma imagem forte ao contrário de fadiga. Como no estudo de caso apresando por BACK (2011) da empresa rei do mate, ela utiliza o merchandising reforçando as vantagens de seu produto, por isso na gôndola do charque contém as diferenças do mesmo para os demais de modo a enfatizar a idéia de tradição e qualidade a qual esta citada em sua visão, veja na figura a seguir a gôndola, o custo desta foi previsto em torno de 40 reais a unidade, segundo uma pesquisa feita pela empresa a possíveis fornecedores destas.

4.3 CORTAR CUSTOS FORNECENDO PARA DISTRIBUIDORAS PARA ROTAS MENORES AO INVÉS DE TRANSPORTE PRÓPRIO.

A terceira estratégia teve como objetivo diminuir os custos da empresa para uma eventual queda nos preços por uma possível líder. Para dalacorte (2008) Terceirização da logística de distribuição é o processo de gestão pelo qual se repassam as atividades de distribuição para empresas especializadas, ainda segundo o mesmo autor a um dos principais fatores que levam a tomada de decisão de terceirizar a distribuição logística é fazer com que a empresa fique concentra apenas nas tarefas que estejam ligadas a atividade fim da empresa e para BARROS (2009) a redução de custos é principal motivo para terceirizar ela cita a pesquisa panorama terceirização logistica no brasil (2009) realizada pelo instituto ILOS que 81% das empresas entrevistadas responderam que o custo foi o principal motivo ainda para NAZÁRIO (IN: FLEURY ET AL., 2000:126) citado por RIBEIRO e FERREIRA (2002) O transporte representa o elemento mais importante do custo logístico na maioria das empresas e tem papel fundamental na prestação do Serviço ao Cliente. Do ponto de vista de custos, em função disso chegou-se a conclusão que terceirizar as rotas de entrega para pequenas cidades, seria de vital importância para diminuir os gastos com combustível, hospedagem e desgaste do veiculo da empresa, ao mesmo tempo em que entregar as grandes redes atacadistas e varejistas e estabelecer um contato direto com as mesmas se tornar vantajoso visto que segundo TUPY E SOUZA (2006) o surgimento cada vez maior de pequenos varejista torna muito trabalhoso o contato das indústrias com estes e isso tem impulsionado o crescimento do setor atacadista no Brasil pois eles atendem a este mercado e quanto ao atendimento as grandes redes varejistas deve-se ao grande volume de compra por parte destes por mês então decidiu por um canal direto a este tipo de cliente.possibilitando a empresa num futuro desenvolver ações de colaboração com as redes varejistas que VIEIRA ET ALL (2009) diz se tornar cada vez mais importante na economia moderna e dinâmica dos dias de hoje.

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4.4 Fazer o planejamento e controle da compra de matéria prima.

A quarta estratégia buscou diminuir as fraquezas da empresa quanto a conhecimento de mercado e suas sazonalidades.

A sazonalidade pode ser definida como o conjunto dos movimentos ou flutuações com período igual ou inferior a um ano, sistemáticos, mas não necessariamente regulares, que ocorrem numa série temporal. A sazonalidade é o resultado de causas naturais, econômicas, sociais e institucionais. (Wallis & Thomas,1971 apud Queiroz e cavalheiro, 2003.)

Para Lopes e Michel (2007) Planejamento e Controle de Produção é a atividade de decidir sobre o melhor emprego dos recursos de produção, assegurando, assim, a execução do que foi previsto, neste âmbito os cálculos da sazonalidade do mercado se tornam importante para empresa pois ocorreram erros na compra excessiva de matéria prima por parte da empresa ¹, NIGEL SLACK ET AL, (2002) mostra os métodos quantitativos como métodos matemáticos (estatísticos) usados para prever a demanda futura de um produto, neste caso foi baseado na demanda passada adicionando os cálculos de sazonalidade e tendência, para que a empresa possa controlar suas compras de insumo, Confira os resultados dos cálculos realizados em Excel a seguir:

Tabela 1: calculo de previsão da demanda por media exponencial móvel.

Mês Demanda coPrevisão Calculo méfórmula: Mt=Mt-1 + alfa(Dt-1 - Mt-1) Julho 850 ----- onde: Mt= previsão para o periodoAgosto 950 850 Mt-1= previsão para o periodo anteriorSetembro 1100 860 860 Alfa coeficiente de ponderaçãoOutubro 1200 884 884 Dt-1 demanda do periodo anteriorNovembro 900 915.6 915.6 coeficiente escolhido :dezembro 600 914.04 914.04 0.1janeiro 620 882.636 882.636fevereiro 1000 856.3724 856.3724

Por falta de dados o coeficiente de sazonalidade para os períodos calculados através da média central não foram aplicados, considerando a sazonalidade de forma mais simples que segundo Nigel Slack ET AL,(2002) é assumir o ultimo dado da demanda do período sazonal como previsão para aquele período quando o ciclo se repetir com o passar dos meses e surgimento de mais dados e comprovação do ciclo sazonal naquele período será empregado o sistema de cálculos do coeficiente citado no início do parágrafo também encontrado em com essas demandas para cada mês verifica-se uma sazonalidade no fim e no inicio do ano para o produto com recuperação de vendas a seguir, porém isso ocasionou grande na diferença entre a previsão e a demanda, o que ocasionou a formulação hipóteses para tal possível ciclo sazonal a mais forte delas foi formulada através do questionário aplicado em anexo em que 79,7% das pessoas que os responderam consumiam menos charque no fim e inicio de ano, devido aos períodos de

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festas priorizarem por outros tipos de pratos mais tradicionais para a época ou considerados mais “nobres” pelos pesquisados.

4.5 Quinta estratégia.

Mesmo com o planejamento e controle da compra para não exceder a quantidade

de matéria prima necessária para o período, ainda existem alguns fatores que contribuem

para queda de receita da empresa, um é o fato de que comprar menos matéria prima

reduz os prejuízos mais como a empresa produz apenas um produto e não uma família de

produtos sua lucratividade no período fica prejudica devido a queda nas vendas, por isso

a elaboração de um produto que possa fazer parte do ramo alimentício da empresa sem

que descaracterize seu ramo de atuação que suprisse essa queda de demanda ou tivesse

um pico de demanda na época da queda da venda do charque, algumas propostas foram

sugeridas como lingüiça, salame dentro outros porém suas analises mais profundas não

foram desempenhadas neste artigo. Outro fator que contribui para queda das vendas é o

ambiente não estar sempre propicio para secagem do charque devido a umidade do ar

estar alta por exemplo em F.A. VILLELA & W.R. da SILVA(1992), estuda-se o processo

de secagem de grãos no qual nos da base para afirmação de que um ar úmido acarreta

que na maior pressão de vapor do ar do que a do charque umidificando o mesmo, sendo

assim é necessário montar um sistema para que se possa secar o produto mesmo em

dias não idéias, para tal encontrou se uma tecnologia de casa vegetal, patenteada por

Nilson Suzuki, veja a seguir:

Processo de produção de charque (carne seca) em ambiente controlado e casa de vegetação utilizada no processo de produção de “charque", o qual possibilita a obtenção de charque em ambiente controlado, partindo do princípio de reprodução de um "dia ótimo para produção de charque" dentro de um ambiente com maior controle contra contrações, ou seja, com maior higiene; o processo de secagem baseia-se na transferência de umidade da carne (ci) para o ar, sendo que a eficiência dessa transferência está diretamente ligada à umidade relativa do ar (o ar seco retira a umidade da carne, aumentando a umidade relativa do ar); quando o ar está muito úmido é conveniente descartá-lo através da abertura da janela; para tanto, o processo inclui uma casa de vegetação (1) através da qual podem ser reproduzidas as condições ideais de um "dia ótimo para produção de charque", independentemente das condições metereológicas. A casa de vegetação (1) possui janelas superiores automáticas (2), exaustores (3), trocadores de calor (4), desumidificador de ar (5) e quadro de comando elétrico (6); dita casa de vegetação (1) tem por finalidade proteger a carne da chuva, poeira, aves (fezes) e insetos, sendo composta por uma estrutura metálica (7) com cobertura em filme plástico (8), sendo este filme plástico translúcido permitindo o aproveitamento da luz solar para aumentar a temperatura ambiente, favorecendo a secagem e melhorando a higiene; as laterais (9) da casa de vegetação (1) são fechadas com

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o mesmo filme plástico, além de serem instaladas portas de correr (10) para a movimentação dos carinhos de carne (c2), sendo que, sob a estrutura, são construídos varais de aço inox (11). (patentesonline, 2002).

Tal investimento seria uma estratégia de longo prazo, devido ao custo estimado de

25 mil reais, em consulta feita pela a própria empresa, assim esta estratégia visa diminuir

a desvantagem com relação à instalação industrial que a “Comitiva do Charque” possui à

dotando de tecnologia capaz de produção constante mesmo no período chuvoso sem

descaracterizar o produto.

5. Conclusão.

Com isso concluímos que para uma empresa ter sucesso no atual mercado

competitivo do Brasil por menor que ela seja é necessário que ela promova análise do

cenário verifique sua posição no mercado, faça um planejamento estratégico e formule

estratégias para reduzir ou eliminar os pontos fracos e as ameaças transformando estas

em novas oportunidades bem como usar como vantagem os seus pontos fortes e olhar

para as oportunidades oferecidas pelo mercado, assim elaborando estratégias que visam

alcançar tais objetivos definidos pela empresa em certo horizonte de tempo, assim a

engenharia de produção possui ferramentas e capacidades que contribuem e tornam

possíveis a implementação destas estratégias.

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Anexos

Anexo 1.

Modelo do Questionario de Pesquisa de Imagem do Charque

Pequisa realizada em Barra do Bugres e em Tangara da Serra nos dias 28de Mai. de 2011 2 04 de junho de 2011.

1) Você consome charque?

( ) sim ( ) Não resulado: 64,3% sim, 35, não

2) Se sim qual sua marca preferida?

Resultado: 60 % perdigão, 16% sete de setembro, Comitiva do charque 8%, outros 16%

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3) Você leva em concideração a exposição do produto?

Resultado: sim 73,8%, não 26,2%

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4) Ja deixou de comprar charque devido sua aparencia estar ruim e mal exposto?

Resultado: 68% sim, 32% não

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5) Que época do ano voce consome menos charque?

Resultado: Fim de ano 79,7% 21,3% durante outros periodos

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6) Porque isso acontesse?

Resultado: Devido as festas dos fim de ano 79,7%, outros motivos 21,3%

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Anexo 2.

Fotos da empresa

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Anexo 3.

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