PLANEJAMENTO DA FUNCÃO DE UM ESTUDO DE CASO … · mencionada como a de uso mais freqüente: a...

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PLANEJAMENTO DA FUNCÃO DE SISTEMAS DE INFORMACÃO UM ESTUDO DE CASO SERGIO DE MAGALHIES BORDEAUX RêGO TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO DE PõS-GRADUACIO E PESQUISA EM ADMINISTRACiO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, COMO PARTE DOS REQUISITOS À OBTENCÃO DO GRAU DE MESTRE EM CiêNCIAS (M. Se.). APROVADA POR /' PROF. PREe:tOENTE PROF. CESAR GONCALVES NETO 7 PROF. MOACIR SANCOVSCHI PROF. ANT NIO ROBERTO NOGUEIRA RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL FEVEREIRO DE 1992

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PLANEJAMENTO DA FUNCÃO DE

SISTEMAS DE INFORMACÃO

UM ESTUDO DE CASO

SERGIO DE MAGALHIES BORDEAUX RêGO

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO DE PõS-GRADUACIO

E PESQUISA EM ADMINISTRACiO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE

JANEIRO, COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESS~RIOS À OBTENCÃO DO

GRAU DE MESTRE EM CiêNCIAS (M. Se.).

APROVADA POR

/'

PROF. PREe:tOENTE

PROF. CESAR GONCALVES NETO

7 PROF. MOACIR SANCOVSCHI

PROF. ANT NIO ROBERTO NOGUEIRA

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL FEVEREIRO DE 1992

P1Mne.J_mento

Zn"'Ol""'mau:tiCo

4..-92 ..

da FuncSo d_ ml.tema$ o.

Um E.~udo d. e .. _o. COPPEAD/UFA~~

Unl ......... ldad. F_d ....... l dc~

~ 51_tem_m de Xn"'Q"'m_c~O x. COPPEAD/UFR~ XX T(tu~o <s4 ... 1.>.

L

A MEUS PAIS (IN MEMORIAM), À MINHA

ESPOSA VIRGINIA E AOS MEUS FILHOS

ROMULO E ANNA PAULA.

I I I

AGRADECIMENTOS

o trabalho de pesquisa para defesa de tese

representa uma árdua tarefa, principalmente para aqueles que,

em decorrência das exigências do horário de trabalho,

precisam Impor I Imitações ao tempo dlsponlvel para o lazer e

dedicação à famll la, que acaba por sofrer aqueles sacrifícios

que deveriam ser apenas do autor.

Por esta razão, minhas primeiras palavras de

agradecimento são dirigidas à minha esposa e meus fi lhOS,

pelo estImulo que me proporcionaram durante todo o tempo em

que me dediquei a este empreendimento, aceitando com

benevol8ncla os sacrifícios a que foram submetidos.

Aos professores e

especial atenção com que fui

pelo Interesse e empenho

funcionários da COPPEAD, pela

permanentemente distinguido e

que demonstraram, para me

proporcionar o apoio técnico e o tempo necessários e

Indispensáveis à consecução dos nossos objetivos acadêmicos;

a eles manifesto o meu sincero reconhecimento.

Aos professores Donaldo de Souza Dias e Roberto

Nogueira, que dedicaram multas horas de trabalho para ler,

analisar, criticar, comentar, corrigir, enfim, orientar os

rumos da pesquisa que nos propusemos empreender, e dos quais

pude assimilar Inúmeros ensinamentos.

Aos professores Gesar Gonçalves Neto e Moacir

Sancovschl, que me honraram com suas presenças na banca

examinadora, e dos quais 05 alunos da GOPPEAD sempre colheram

ensl namentos va II osos, como tantos outros pOderão

testemunhar.

A prOfessora Heloisa M. G. B. Leite, que com seu

entusiasmo sempre me Incentivou à realização deste trabalhO.

A EMBRATEL, por ter-me concedido o afastamento que

p r o p I c i o u a r e a I I z a ç ã o d o me 5 t r a do.

Aos colegas de trabalho, que contribuíram com

críticas, revisões e multo Incentivo.

Finalmente, não poderia deixar de agradecer a

colaboração dOS companheiros Marcos Antonio Marinho GObbl,

Haroldo Ribeiro de Oliveira e Silva, Tania Rezende, Eda

Felske e Zulelka Hermont Gosta, que tornaram possível a

edição deste trabalho.

v

RESUMO DA TESE APRESENTADA

REQUISITOS NECESSARIOS À

CI~NCIAS (M. Sc.).

À COPPEAD/UFRJ COMO

OBTENCÃO DO GRAU DE

PARTE

MESTRE

PLANEJAMENTO DA FUNCAO DE

SISTEMAS DE INFORMACAO

UM ESTUDO DE CASO

SERGIO DE MAGALHÃES BOROEAUX RêGO

FEVEREIRO/1992

ORIENTADORES: PROF. DONALDO DE SOUZA DIAS

E

PROF. ROBERTO NOGUEIRA

DOS

EM

Este estudo constitui uma monografia cujo objetivo

é estabelecer um mOdelo de referência para avaliação de

metodologlas de Planejamento da Função de Sistemas de

Informação; segue-se a apreciação de uma metodologia de

Planejamento de Função de Sistema em confronto com o modelo

de referência proposto.

Esse modelo foi construrdo com base em conceitos

estabelecidos pelos diversos pesquisadores citados na revisão

de literatura. A seguir, descreveu-se o caso de Planejamento

da Função de Sistemas de Informação ocorrido em

de telecomunicações brasileira, para que os

encontrados fossem comparados com o referencial

I I teratura.

uma empresa

resultados

deduzido da

05 I nstrumentos de col eta de dados uti II zados foram

05 relat6rlos que descreveram a experiência vlvenclada pela

empresa em questão.

o confronto entre o referencial deduzido da

literatura e os resultados encontrados proporcionou Indícios

de que os elementos representados no referencial deduzido são

necessários à consecução de um Planejamento da Função de

Sistemas de Informação.

Com o objetivo de esclarecer a uti I Ização do

referencial proposto selecionamos dentre um conjunto de

metodologlas, Identificadas na literatura, aquela que é

mencionada como a de uso mais freqüente: a metodologia

Buslness Systems Plannlng <BSP) proposta pela IBM em 1975 e

que já foi objeto de estudo tanto no país como no exterior,

e, submetemos a uma avaliação em confronto com o referencial

deduzido da literatura.

v I I

Os estudos conduziram à conclusão de que os

resultados encontrados podem se constituir numa contribuição

para a conceituação ampla e precisa do Planejamento da Função

de Sistemas de Informação, além de proporcionar uma

perspectiva das metodologlas, técnicas e ferramentas

aplicáveis ao exercício deste Planejamento.

-.VTII ~.

ABSTRACT OF THE THESIS PRESENTEO TO COPPEAO/UFRJ AS PART OF

THE REQUIREMENTS FOR THE OBTENTION OF THE MASTER OEGREE IN

SCIENCE (M.Se.>.

PLANNING OF THE INFORMATION

SYSTEMS FUNC~ION

A CASE STUDY

SERGIO DE MAGALHlES BOROEAUX RêGO

FEBRUARY/1992

CHAIRMEN: PROF. OONALOO DE SOUZA DIAS

ANO

PROF. ROBERTO NOGUEIRA

Thls study eonslsts of a monograph, the purpose of

whlch Is to establlsh a model of referenee for the evaluatlon

of methodologles for Plannlng of the Informatlon Systems

Funetlon. Conslderatlons on one speelflc methodOlogy for

Plannlng of the Informatlon Systems Functlon, In comparlson

wlth the proposed referenee model, 15 Ineluded In the study.

Ix

lhe mode lhas been bu II t up based on the concepts

establshed by several researchers mentloned In the Ilterature

revlew. A case on the Plannlng of the Informatlon SY6tem6

Functlon whlch occured In a Brazl I lan lelecomunlcatlons

Company 16 descrlbed and compared to the reference model

Inferred from the Ilterature.

Data collectlon waa based on reports of the

Brazl I lan company descrlblng It's experlence In the plannlng

processo

lhe comparlaon between the reference model Inferred

from the I Iterature and the results obtalned In the cese

atudy has Indlcated that the elements represented In the

model of reference are necessary for the accompllshment of

the Plannlng of the Informatlon Systems Functlon.

For elucldatlng the use of the suggested reference

model, we have selected among a eet of methodologles

Identlfled In the Ilterature, one whlch 15 mentloned as belng

the most commonly used: the Buslness Systems Plannlng <BSP)

methodology, proposed by IBM In 1975 and already studled not

on I y In th la country, but a 150 abroad. In the present study

thls methodology Is compared to tne reference model Inferred

from the II terature.

Our study has led to the concluslon that the

achleved results may contrlbute to

comprehenslve model for the Plannlng

an

of

accurate and

the Informatlon

Systems Functlon ~s wel I supply an overvlew of methodologles,

technlques and tools used In the Plannlng of the Informatlon

Systems Functlon.

x I

FIGURAS

Figura Título Pág.

2.1 Estrutura de Sistema de Planejamento e

Controle ....•......................•........... lO

2.2 Planejamento Estratégico de Sistemas

de Informação ................................. 2.3 PI anej amento de Sistemas de Informação .....••.. 15

2.q Planejamento da Função de Si .......•..•........ 16

2.5 Modelo para Comparar Métodos de

E n g e n h a r I a d a I n f o r ma ç ã o ..•.•.................. 23

2.6 Articulação dos Processos de Planejamento

da Função de SI 27

2.7 Processo de Ava I I ação e Se I eção de Sistemas ... 29

2.8 Escala de Avaliação de Aplicações .............. 35

2.9 Possibilidade de Centralização e

2.10

2.11

Descentra II zação ............................... 36

Manipulação de Dados x linguagens de

Programação

Grau de Estruturação ............•.............

ql

qq

q.l Estrutura de Articulação das Decisões, Dados,

Processos e Funções .........••................ 85

Q.2 Modelo de Arquitetura de Rede ...•.........•... 105

5.1 Modelo de Anthony e o Planejamento da

F u n ç ã o de Si................................... 1 23

5.2 Modelo de Klng (Adaptado) e o Planejamento

da Função de Si ................................. 125

5.3 Estrutura Simplificada do Referencial para

Planejamento da Função de SI ................•.. 126

5.4 Relação Reflexiva do Referencial para

Planejamento da Função de SI ................... 127

5.5 Estrutura do Referencial para Planejamento

da Função de 5 I ................................ 128

5.6 Referencial para Planejamento da Função

de 5 I (LI teratura) ..........•.................. 130

x I I I

QUADROS

Quadro Título Pág.

2.1 Estrutura das Decisões de Planejamento

Corporatl vo .................................... 18

2.2 Estrutura dos Mecanismos de Decisão ............ 19

2.3 Estrutura das Decisões de Planejamento

da Função de Si................................ 21

2.4 Modelo para Comparar Métodos de

Engenharia da Informação - Legenda - 24

2.5 Anál I~e de Problemas •...........•.....•........ 32

2.6 Sistemas de Informação x Estrutura da

Organ I zação .•.....•........................... 38

2.7 Perfil dos Modelos de Gerência de Projetos 46

4.1 Escala para Avaliação de Metodologlas de

Planejamento de Sistemas de Informação 83

5.1 Referencial para Planejamento da Função

de SI (Literatura) ............................. 131

5.2 Referenc I ai Genera II zado para PI anej amento

da Função de Si ........••...................... 134

5.3 Telecomunicações S.A Planejamento da

Função de Si ...................•.............. 137

5.4 BSP: Planejamento da Função de Si ....•..•..•... 142

VOLUME ::u:

CAPITULO 1

1 . 1

1.2

CAPITULO 2

SUMÁRIO

TEXTO

Pág.

I NTRODUI; lO. . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . .. 001

Importância e Justificativa '" ........ 003

Objetivo .............. ~ ............... 005

REVISiO OE LITERATURA .................. 007

2.1 O Conceito de Sistema de Planejamento

2.1.1

2.1. 2

2.1.3

2.1."1

2.1. 5

2. 1 .6

da Função de Sistemas de Informação ... 009

O conceito de Sistema de Planejamento 009

O conceito de Informação 013

O conceito de Sistema de

Informação ............................ 013

O conceito de Sistema de Planejamento

da Função de Sistemas de Informação .. 014

componentes das Estruturas do Sistema

de Planejamento Corporativo .......... 017

Componentes das Estruturas do

Planejamento da Função de SI 020

2.2 O Processo de Planejamento da Função

2.2.1

2.2.2

2.2.3

de Si ................................. 026

seleção e Prlorlzação de Sistemas .... 028

Centra Ilzação x Descentra Ilzação ..... 035

Se I eção de Software .................. 039

xv

2.2.4 Avaliação de Risco ................... 042

2.2.4.1 A Manifestação do Risco •............ 042

2.2.4.2 As Dimensões do Risco ............... 043

2.2.5 A Gerência do Projeto de

Sistemas de Informação ............... 045

CAPITULO 3 PERGUNTA OE PESQUISA E METODOLOGIA 048

3.1 Objetivos do Estudo e Pergunta de

Pesqu Isa ....................•......... 050

3.2 O Método de Pesquisa Utilizado ........ 053

3.3 Seleção da Empresa e da Metodologia

3.4

CAPITULO 4

4.1

4.2

4.3

4.4

4.4.1

4.4.2

4.4.2.1

4.4.2.2

4.5

a ser Confrontada com o Referenc I a I 057

Coleta de Oados ........•.............• 057

DESCR I CIO DO CASO ..................... 059

Antecedentes .............•........•... 061

Definindo o Problema .................. 068

Identificação e Selecão de Metodologia

de Planejamento da Função de Si ....... 080

Definição de Diretrizes .....••........ 096

A I I I RECOR .......................... 096

Decisões Complementares ........•..... 113

Unificação das Propostas para

Arquitetura de Aplicações ........... 114

Outras Dec I sões ..................... 116

Alternativas de Projeto 117

CAPITULO 5

5. 1

5.1 . 1

5.1.2

5.2

5.3

5.4

CAP nULO 8

RESULTADOS ....•.....•.•.•......•...... 119

Modelo de Referência para Planejamento

da Função de Si ....................... 121

Modelo de Referência Derivado

da Revisão de literatura •....•....... 121

Modelo de Referência Generalizado .... 133

Va II dação do Referenc I a I 138

Avaliação da Metodologia BSP em

Confronto com o Referencial Proposto 141

Outros Resultados ..................... 147

CONCLUSõES .....•..•................... 150

BIBLIOGRAFIA ..................................•........ 158

AP@NDICES . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . • • .. 1 83

AP@NDICE I Sistema de Planejamento de Neg6clos -

Sumário Executivo (BSP) .......... 165

AP~NDICE II Cicio de Vida dos Sistemas de

Informação ...•...•.....•........•..... 195

AP@NDICE 111 Classes de Dados/Processos ............ 212

AP@NDICE IV Outras Dec I sões ....•....•............. 214

AP@NDICE V pr I nc I pa I s Resu I tados do Pro J eto ...... 247

xv I I

CAP:i'.TULO :1.

INTRODUCÃO

no desenvolvimento das aplicações da Informática é um fator

de transformação da organização econômica e social e do modo

de vida: convém que a nossa sociedade esteja em condição, ao

mesmo tempo, de o promover e de o controlar para COlocá-lo a

serviço da democracia e do desenvolvimento humano. n

(Valéry Glscard O' Estalgn) [Nora et ai, 1980]

2

1.1 Importância e Justificativa

A crescente dlversld~de de recursos tecnológicos

disponíveis para dar suporte à aquisição, registro (Inclusão,

alteração, exclusão), transporte, armazenagem, processamento,

recuperação e exibição de Informações, tem produzidO efeitos

na produtividade e na competltlvldade das empresas, alterando

significativamente suas condições de desenvolvimento e

sobrevivência.

Automação Industrial, automação de escrlt6rlos,

sistemas de apolo à decisão, automação de transações,

sistemas convencionais, sistemas Inteligentes, processamento

centralizado, processamento descentralizado, software

operac lona I, II nguagens de programação, gerenc I adores de

arquivos, gerenciadores de bancos de dados, circuitos

dedicados e/ou comutados de comunicações de dados, redes

locais, micros, minis, malnframes, etc. Uma Infinidade de

posSlbl1 Idades e recursos a serem selecionados e combinados

para atender, de forma mais eficaz e eficiente, aos objetivos

da empresa.

A opção pela Informática além de conduzir ao

aumento de capacitação, conduz também a Investimentos e

despesas operacionais significativas.

Identificar oportunidades de utlll zação dessa

tecnologia que proporcionem vantagens competitivas, ou que

3

possam se constituir ameaças aos objetivos da empresa,

selecionar as oportunidades de uso que proporcionem o

fortalecimento da presença da empresa no mercado, mobilizar

os recursos que possibilitem a Implementação das utilizações

pretendidas, ou seja, estabelecer os objetivos e as

diretrizes para o uso adequado da Informática se torna

Imperativo para o êxito da empresa moderna.

Inúmeras Iniciativas procuram estabelecer condutas

que auxiliem a formulação do Plano de Utilização de

Tecnol09ia de Informação pelae empresas, [IBM, 1975 ... 198Q),

[Carlson. 1979),

[Holland, 19861.

[Pereira et ai, 1979) , [Martln, 1982) ,

A Importância do Planejamento da Função de Sistema

fo I "destacada pe I a pr Ime I ra vez quando estudos real I zados

nos E.U.A. [McFarlan, 1973) mostraram que empresas que

planejam as atividades de processamento de Informação e

aferem os resultados pelo plano através de controles e

auditoria são mais bem sucedidas que as que nem planificam o

processamento de Informações nem aferem os resultados" [Wysk,

1982) .

Apesar da Importância do Planejamento da Função de

Sistema, "multas dificuldades têm sido enfrentadas para

Implementar as metodol091as de Planejamento da Função de

Sistema propostas por diferentes autores" [Lederer et ai,

1988).

Estas ~Iflcul~a~es têm motlva~o que, ~esde 1982, na

literatura sobre sistemas de Informação ~emonstrou maior

preocupação com a aval lação ~e meto~ologlas de Planejamento

~a função de Sistema" [Wysk, 1982J.

Um resultado

determinação do alcance

metodologlas pesqulsa~as.

Importante dessas

e das limitações

aval I ações é a

das diferentes

1.2 Objetivo

Nossa pesquisa tem como objetivos:

estabelecer um referencial completo para Planejamento da

função de Sistemas de Informação,

verificar a consistência deste referencial com base na

descrição de um caso,

demonstrar a utilidade do referencial através de um

exercício de avaliação da

Plannlng - <BSP)n [IBM,

metodologia "Buslness

198~J (ver Apêndice I).

Systems

Para alcançar

pesqu I sa b I b \I ográf I ca

Informações necessárias

esses objetivos

orientada para

à construção

realizamos

proporcionar

da estrutura

uma

as

do

referencial. Em seguida definimos a pergunta ~e pesquisa e

descrevemos o méto~o adotado na condução da pesqUisa.

5

Continuando, apresentamos a descrição de um caso

que põe em evidência o processo de planejamento da função de

sistema adotado por uma empresa brasileira de

telecomunicações. Finalmente explicitamos a proposta do nosso

referencial, evidenciamos a correspondfincla entre a estrutura

do referencial e a estrutura de procedimentos e

cons I de rada pe I a emp resa foca I I zada no estudo

rea I I zamos a ava I i ação da (BSP) e apresentamos os

e conclusões da pesquisa.

6

resultados

de caso,

resultados

CAP-xTULO 2:

REVIS~O DE LITERATURA

7

nCada pensador nos apresenta a sua própria I d ~ I a ( . . . )

gostariam de mostrar-nos os fatos e nada mais. Mas a sua

Interpretação da evidência empírica cont~m desde o Início uma

afirmação arbitrária - e essa arbitrariedade torna-se cada

vez mais patente à medida que a teoria aumenta e assume um

aspecto mais perfeito e eXlgente n .

(Ernst Casslrer)

8

Esta rev I são de II teratura fo I rea II zada com o

objetivo de Identificar e selecionar conceitos e proposições

que nos permitissem descrever a estrutura completa de Sistema

de Planejamento da Função de Sistemas de Informação. Para

alcançar este Objetivo, é necessário colocar em evidência os

conceitos de Sistema de Planejamento, Informação e Sistema de

Informação. Em Seguida, relacionamos estes conceitos e

enunciamos o modo pelo qual o conceito de Sistema de

Planejamento da Função de Sistemas de Informação será

considerado neste texto. Finalmente, após termos Identificado

as estruturas que constituem a estrutura global de Sistema de

Planejamento da Função de Sistemas de Informação, orientamos

nossos esforços no sentido de Identificar, por analogia com o

que é feito para os Sistemas Corporativos, todos os

elementos, ou pelo menos os mais significativos, que estão

contidos nestas estruturas.

2.1 O conceito de Sistema de Planejamento da Função de

Sletemas de Informação

2.1.1 O conceito de Sistema de Planejamento

Os conceitos de Planejamento e Controle são

indissociáveis, conforme assinalado no trabalho que

estabe I eceu o mode I o para aná I I se dos Sistemas de

Planejamento e Controle [Anthony, 1965J. Deste modo, ao

mencionarmos ftSlstema de Planejamento da Função de Sistemas

de Informação ft , estamos nos referindo ao conjunto de

9

Informações que suporta todas as decisões de planejamento e

controle em uma empresa.

o modelo básico que apropriamos como referência

para Sistemas de Planejamento foi o concebido por Anthony em

1965, ajustado por Eln-Dor e Segev [Eln-Dor et ai, 1978l pela

superposição de uma dimensão associada a técnicas de tomada

de decisão (programáveis e não programáveis) sugerida por

Slmon [Slmon, 1977]. A figura a 2.1 resume a estrutura deste

modelo. Os conceitos enunciados a seguir colaboram para o

entendimento da figura 2.1:

DECISÕIlES NÃO

PRO(;Ritl1itDIIIS

DECISflõES

PRO(;RIII"ADAS

ES TRUTlJRA DE S I S TEnA DE PLitNEJlIIl1ENTO E CONTROLE

PLIIINE.JIIII1ENTO ESTRIIITÊ(; ICO

,J.,. CONTROLE (;ERENClitL

" "

,.. h

-----------.Jt-- ------------'J CONTROLE DE " OPERIIICflõES : "-

'1/ , , OPERACiliES t. ....

;1 r,

PROCESSOS EHTERNÁI1ENTE

ORIENTADOS

CONTAR I LI DADE " FINANCEIRA "

rio;:!. 2.1

10

11 111 N I P U L 111 C

" o D 111

I N F O R 11 A C .. O

Planejamento Estratégico - é o processo de decisão sobre os

objetivos da organização, sobre as mudanças a serem

feitas nesses objetivos e sobre as pol rticas que devem

reger a aquisição, o uso e a disposição de recursos.

Controle Gerenciai - é o processo pelo qual 05 gerentes se

asseguram de que os recursos são obtidos e usados

eficaz e eficientemente na consecução dos objetivos da

organização.

Controle de Operações - é o processo para assegurar que as

tarefas específicas são executadas eficaz e

eficientemente.

Operações - é o processo que assegura a execução correta das

tarefas específicas.

Contabl I Idade Financeira - é o processo de tornar pública a

Informação financeira a respeito da organização.

Manipulação da Informação é o processo de coletar,

manipular e transmitir Informação, qualquer que venha a

ser o seu uso.

É Importante Observar que, para Anthony, a palavra

sistema tem muitos significados,

·Uma unidade complexa formada na maioria das vezes

por diversas partes sujeitas a um plano comum ou servindo a

um prop6slto comum. Há duas Idéias essenciais nessa

definição, (1) as partes Individuais de um sistema são

freqüentemente diversas, e (2) a COleção de partes forma uma

1 1

unidade - ou uma totalidade

sujeitas a um plano comum ou

propósito comum. Uma definição

ou porque as partes são

porque elas servem a um

de um sistema biológico

também é relevante: Uma reunião de partes ou órgãos de

tecidos Iguais ou similares, ou relacionados com a mesma

função, Isto é, o sistema nervoso, o sistema digestivo. Um

sistema de planejamento e controle, então, consiste de

diversas partes que servem a um propósito comum n [Anthony,

1965] .

Também, para Anthony, é Importante distinguir

sistema e processo:

nEm resumo, um sistema facilita um processo; ele é

o melo no qual o processo ocorre. O sistema descreve o que a

estrutura é, enquanto o processo descreve o modo como a

estrutur~ funciona. Nós estamos Interessados em ambos,

estrutura e processo, desde que a estrutura possa ser melhor

entendida em termos de como ela funclona n [Anthony, 1965].

Finalmente Anthony nos alerta para o fato de que o

projeto de sistemas deve ser dlstlngüldo do processo de

decisões com respeito à estrutura da organização e divisão de

responsablll dades.

12

2.1.2 O conceito de Informação

Para Eln Dor: ndados são representações originais e

detalhadas (do estado) de entidades no mundo físico e

Informações são representações do resultado apurado pelo

processo de Identificar as relações existentes entre dados

correspondentes a entidades diferentes ou estados diferentes

da mesma entl dade n . [EI n-Dor et a I, 1978),

Apesar da questão de entender o modo pelo qual as

representações mentais nreproduzemn o

Psiquismo do Indivíduo pensante ser multo

que o sugerido pela definição acima,

mundo exterior no

mais complexa do

conforme podemos

depreender da leitura da IntrOdução à Lógica Dialética [Prado

Junior, 1979), consideraremos a simplificação enunciada acima

suficiente para nossos propÓSitos Imediatos.

2.1.3 O conceito de Sistema de Informação

nSlstema de Informação à administração é um sistema

para a coleta, armazenamento, recuperação e processamento de

Informações que é usado, ou desejado, por um ou mais

administradores no desempenho de seus deveres n [Eln-Dor et

a I, 1978).

Slmon [Slmon, 1977) considera que nadmlnlstração é

um sinônimo virtual de tomada de decisões. O trabalho do

administrador consiste em reconhecer as circunstâncias que

13

requerem decisões, Identificando a ação apropriada e,

finalmente, escolhendo a ação mais eficaz· [Slmon, 1977).

Para Anthony "sistemas de planejamento e controle

são usados para facl I Itar a tomada de decisão" [Anthony,

19651. Somos ai ertados, entretanto, para o fato de que as

decisões são tomadas por pessoas e não por sistemas"

[Anthony, 1965).

2.1.4 O conceito de Sistema de Planejamento da Função de

Sistemas de Informação

Para conceituar Sistema de Planejamento da Função

de Sistemas de Informação, daqui por diante desl9nado por

Planejamento da Função de SI, Iremos relacionar os conceitos

de Sistema de Planejamento, Informação e Sistema de

Informação.

Para Klng [Klng, 1978), o modo pelo qual devemos

estabelecer esta relação está representado na figura 2.2.

E!;.tratE'gi .. Cu F<l"at i ~ ...

• t1i~

. ct,jet i vre. I?

t1E'tCIE-

_ E!;.trat6gi a

Feml?: K ire, 19'1B

PrOCI?5.eD IE- PI in' ja'emo EE.tratf9i ro

IE- 5i E-tE'r<6 IE- I nf[na;~,

, ) ,

EE.tratf9l .. It:e. 5i E-tel'lae· IE- Infrna;~

_ ct.jet I '-I:lS IÊI KI?a IE- Si s.too=

IE- I nforra;;~

. PoI it i [CIE- IÊI KI?a IE- Si E-tE!f'1C6

IE- I nforra;;~

_ ~'JJi tetlTa IÊI I nforra;;~

Um outro modo de estabelecer esta relação é o

sugerido por Lederer CLederer et ai, 19881, que representamos

a seguir,

o E o E [" F O R " ~ C A O

PROCESSO PROOUTI] I FQnto.: Lede N!~, I ~33.

flq-. 2.3

Estes relacionamentos sugeridos por Klng e Lederer,

determinam o reconhecimento de três componentes no sistema de

relações: dois domínios e um operador que relaciona os dois

domínios. A principal diferença entre estas duas

representações de sistemas de relações reside no fato de que

para o domínio Insumo, proposto por Lederer, os elementos que

o constituem são recursos (mão de obra, dinheiro, tempo

etc.), enquanto que para o modelo proposto por Klng o domínio

correspondente a Insumo determina que o recurso a ser

considerado seja exclusivamente Informação, ou seja, o

conjunto de dados (e/ou variáveis) ao qual os gerentes

recorrem durante o processo de decisão.

Observemos que processo de planejamento, no sentido

em que foi proposto por Klng CKlng, 1978J, descreve o modo

pelo qual o administrador decide, ou seja, escolhe uma entre

as diversas alternativas Identificadas

Considerando que além das Informações relativas aos

15

Neg6clos da Empresa (Missão, ObJetivos, Estratégias) o

processo de Planejamento da Função de Sistema precisa

considerar Informações relacionadas com o estado da arte da

tecnologia da Informação, e com o ambiente de modo geral; e

que o processo de planejamento além de oferecer resultados a

nível estratégico, também os produz nos níveiS de controle

gerenciai, controle de operações e operações [Anthonv, 1965)

[Eln-Oor et ai, 1978), e considerando, ainda, a necessidade

de relacionar as Informações do ambiente e dos neg6clos da

empresa com as I nformações que exp II c I tam o produto de

planejamento, podemos generalizar a representação

estabelecida por Klng [Klng, 1978] conforme a figura 2.4.

[n t'~ rm.o::Q.S do

.utlient.! • dos

n.~Q~iQs d.a.

E",~s.a.

"ODO [IE OPERAR A OEC [SAO ~------------------~ \

1----___ ----,,,/ DE PlAftEJA"EftTO "

Font.!s: Kin'1, 1~7a .. l.d.~r. 1983, fi '1 2,4

[n f'. rm.o::Q .. :i :iQb ~

d.~i:iQ.s d. P l.a.neJ,Uf.mt.J d ..

Si st..ems de [n fo rm.o::.a.o

Tomando como referência o modelo de relacionamento

representado acima e os conceitos de Sistema de Planejamento

e Controle, Informação e Sistema de Informação descritos

anteriormente, enunciamos a conceituação de Planejamento da

Função de Sistema que resulta da associação entre êstes

conceitos:

Podemos conceituar o Sistema de Planejamento da

Função de Sistemas de Informação como sendo aquele que a

16

partir das Informações do ambiente e dos negócios da empresa

(Insumo) os manipula (processo) gerando decisão sobre o

direcionamento da Função de Sistemas de Informação (produto).

A seguir, com a final Idade de tornar mais clara a

compreensão da estrutura global do Planejamento da Função de

SI, e, com base na compreensão estabelecida acima, passaremos

a descrever os elementos que participam de cada estrutura de

Informação (domínios: Insumo e produto) e da estrutura dos

operadores que relacionam estes domínios (modelos e/ou

mecanismos e/ou processos para tomada de decisão).

Considerando que tomamos como referência para a

conceituação da estrutura global do Planejamento da Função de

SI a estrutura global do Planejamento Corporativo,

descreveremos Inicialmente os componentes das estruturas

correspondentes ao Planejamento Corporativo, para, a seguir,

por analogia, descrever os componentes das estruturas do

Planejamento da Função de Sistema.

2.1.5 Componentes das Estruturas do Sistema de Planejamento

Corporativo

Para Anthony [Anthony, 1965),

participam da estrutura das decisões

corporativo se organizam

quadro 2.1.

conforme

17

o

os elementos que

de planejamento

representado no

ES TRU'"TURÃI DÃlS PLÃlHE..JllÃlHEHTO

PLAMEJAIfEMTO COMTROLE

ESTRAT€G ICO GEREMCIAL

DECIS6ES DE CORPORÃTIUO

OPERAC6ES OPERAC6ES

COMTROLE DE I I ~:========1F========1~~

• se lec ionat" objet ivos da COt"POt" a~lio

• ot~gan i z:at~ a corpot"a~lio

• es tabe I eceo" po I it icas pat"a:

· pessoal

· finanças

· n~o"ket ingl

· pesquisa • 'Selecionar noYas I iohas de po"odutos

• adqu it" i t" noyas empt-esa'S

• es tabe I ecet" despesas de capital nlio t·ot ine iras

Dec i s8"es pat" a :

• f Ot"h\U I at" orça­mentos

• orglanizar niyeis de assessorantento

• fOt"rilU lat" prãt i­cas de pessoal

• planeja0" cap i ta I de gI ;0"0

• f Ot"nlU I ao" prOglO" a­~s de po"opaglanda

• es tabe I ecet" elenco de proje­tos de pesquisa

• Ot" ientao" me Iho­t" i a de pt"odu to

• orientar reorgla­nizaçlio da planta

• dec id io" sobt"e despesas de capi­ta I rot ine h"as

• f orroo I ar reglr as de dec i sU-o pa."a conto"o le de operaç8'es nted it" • aYa I i ar e apet-t" e i çoat·

performance glerencial

Dec is8"es pat"a:

• conto"o lar sa­lãrios

• i n", I emen tat" as po I it icas

• contro lat" a elfltenslio de credito

• contt"o I ao" a elflecu~3"o da propaglanda

• pt"Oglt"arttao" a produçlio

• con to"O I ar" e-s.'to"lue'S

• n..ed ir. aya I iat" e aperfe içoat" eficiOncia dos trabalhadores

Fonte: Anthon~, 1865" Quadl'"o 2"1

18

Dec i s8"es pat" a :

• aceita~3"o ou o"e je i ",U-o de pedido de c I iente en, deb i to

· reje i tar documento de pagantento COM eOTO de po"eench i nten to

• t"ecusat" ordem de seo"v iço COh' etTo

· providenciar ."ecupet" aç3"o de fa lha ehl equ i par"",n to

A estrutura simplificada dos mecanismos de tomada

de decisão corporativa pode ser elaborada segundo o modelo

representado no quadro 2.2 [SlmOn, 1977].

ESTRUTURA DOS MECAHISMOS DE DEC S~O

J/ns ~E ~EC I )~ES

I' FtO eiRAII flD A:5

D"ci~~es roti-

A ~r gari'; z a~:to desen"olve pro-ces~o~ espE!'C í-f i c o s para I i-dar co. dec i .. lI .. ~.

tai ..

D,,< i~~es dE!' p~líti<a~ novas, .al estruturadas, dE!' poalpib

I'ara I i dar co. e .. ~a~ d,,< i~6e .. ~:Jo u .. ados pro­c e-'5 5.<1 50 C o.un 50

para .. olu~:to dE!' d .. pro" le.a ..

Fon te: SiM r., 1977.

TRAD IC 101UII:5

1, Hillito

~, R~tina de escritõri~ Procedi.e~t~~ Opera­c ionai~ Padr:t~

3, Estrutura Or!!aon izao,,:lo: E j[pE!'Ctat i vas tl. sist".a :5 IIIl.e tas

da

Canais de I~rorna~:to

1lE!'. dE!'rinido~

1, JIII!Ja.e~to, intui~:to

e criati"idadE!'

3, :5"IE!',,:Jo e treina.E!'n­to de el<ecuti"os

Quaclro Z.Z

19

1, I'E!'SqUisa5 dE!' ~PE!'ra,,~es Anãli .. e Mat".ãti<a Mod~ I 05 :5i.llla,,:lo por <o.pu­tador

~, I'roces~a.E!'nto Eletr6-nico de dados

Técni< .. ~ heuri~ticas de solu~:to de probleo.a5 ap I i c alias a:

a, treina ... nto de to."d~­

rE!'5 dE!' decisaE!'5 ~1I.ano5

b, constru~:to dE!' progra­.a~ d .. conput .. dor heu­rísticos

2.1.6 Componentes das Estruturas do Planejamento da Função de

SI

Conforme mencionado anteriormente, estabeleceremos

a analogia entre as estruturas de decisões de planejamento e

de mecanismos de decisão concebidas por Anthony e Slmon,

respectivamente, para o Sistema de Planejamento Corporativo e

estruturas slmll ares que derl varemos da II teratura para o

Planejamento da Função de SI como será enfatizado no

capitulo 5.

A estrutura de decisões de Planejamento da Função

de SI de acordo com as visões de diversos autores, [Bowman et

ai, 19811, [Kugler et ai, 1984J, [Bakos et ai, 1986J e

[Porter et ai, ... J,

quadro 2.3.

pode ser

20

representada conforme o

ESTRUTURA DE DECISõES DE PLANEJAMENTO DA FUNC~O DE 5 I

PLANEJAMENTO

ESTRATE:GICO

AIJAlIAeM DAS ESTRATE<iIAS E 08JET IUOS EItPRESAIIIII 15 · anD i ente dos negõc ios • tend@ncias futuras • novas tecnologias • novas oportun idades • estrutura organiza­

cional • IDEIIT IF ICAÇlIO DAS OPORTU-

H IDADES DE USO DE SISTEIIAS DE IHF~ PARA IHeORPO­RAÇlIO DE UAHJ ACiEHS COIIPE­Til lUAS

I DEIIT IF I CACl(O DOS PR lHe I-M I 5 <iIIIlPOS RE lU IIID ICAHTES E SBJS 08JET I UOS

• AJUSTE DA "I S5lIO DA ÃREII DE SISTEM DE IHFORIIACXO • objetivos

• Sl!1~lIo de oportunida­dI!s

• ãreas em potenc i a I • restriçl!es

• capacidade atual • estratégias

• ""ai i~30 do ..... ientel • novas oprtunidades • negõc i os correntes • novas tecnologias • ap I ic~1lI!s correntes • i magem da na de

Sistemas de Informa­~

• matur idade dos pro­fissionais da ftri!a de Sistemas

• capacidade profis-sional

• AUAlIACM DAS HECESS IDADES DE IHF~ DA EIIPRESA • identific~30 da arquite­

tura global dos sistemas de infOT1llaÇ:30

• identific~ das neces­sidades de inf~ correntes

• necess i dades de inf orna­çI!es pro jetadas

• AJUSTE DE POl iTlCAS. OBJE­T IUOS E ESTRATE<iIAS DA ftIIEA DE S ISTEIIAS DE IHFORI1IIÇM • estrutura organiZai: lonal • foco tecno lõgico • diretrizes para aloc~30

de recursos • proced imentos gerenc iais • estabelecer objetivos de

capacidade • fixar estratégias

CONTROLE

GERENCIAL

CONTROLE DE

OPERAC6ES

• 0R<iAII1 ZAClro DO PUIHO I1ESTRE • DESEHUOlU II1EHTO DE SISTEIIAS DE DESEHUOlUII1EHTO • Controlar o desenvolyi-• Oefini~ do Projeto di! III!Ilto do projeto lõgico

Sistl!lDilS di! Inf~ • Controlar o desl!nYOlvi-• Estabelecer rel~30 de III!flto do projeto apera-

proced@nc i a entre os ci ona I projetos • Controlar o desl!nvoIYi-

• Progr~ do 0esI!nY01- IIII!flto do projeto ffsico y i IDl!flto p lur i anual • Contro I ar a progr~

Pl.JlNEJAKEllTO DA ALOCAÇlIO DE RECURSO • ldentific~ de tend@n-

cia • Plano de Hardware • Plano di! Software • Planejan!llto de capacida-

de • Plano de Rede • Plano de Telec01lllllicac;1!es • • Plano de Fac i lidades • Plano de Pessoal • Plano de TrI! lnaJIII!IIto • Plano Financeiro

di! ap I i c~1!es • Controlar a DocUlll!!tltaç:So

di! S istl!lllaS • Administrar bases de da­

dos • Treinar e dar assis1:@ncia

ao usuãrio • Controlar a ftanut~ de

Sistemas

I""'-AHT ACM • Equ ipiMJlelltos • Software • Aplic~

• PRODIIÇM • Controlar a uti I iz~lIo de

equ i PaIIII!fltos e per i fer i­cos

• PlIIHEJAllEHTO DE SEGUIIAHCIl

AUDITORIA DE SISTEIIAS E DA­DOS

• DOCIIIEHTACM E HORI1AS

• PR06RA!1A DE AC8ES E RESPON­SABILIDADES

Quadro 2.3

21

• Contra lar Te lecDtlUfl ica-~I!es

• Controlar acesso a bancos di! dados

• Controlar Fitotecas • Contro I ar Exped iG:lIo • Contro I ar 5eqü@nc i a de Exec~ de Sistemas

• Prov idenc iar ajustes nos equipiIIIII!rltos

• Bloquear acessos indevidos

• Recusar sol icit~ incorretas

Os mecanismos para tomada de decisões relativas à

utl I Ização da tecnologia da Informação serão focalizados de

modo a evidenciar duas estruturas de extrema relevância: a

estrutura dos mecanismos que dão suporte ao processo de

elaboração conceptual dos sistemas (ou opções de solução) e a

estrutura dos mecanismos de tomada de decisão pr6prlamente

ditos.

Quanto aos mecanismos de tomada de

seleção de alternativas de construção de

decisão para

sistemas de

Informação, a estrutura é Idêntica à considerada para os

mecanismos de decisão corporativa (ver Item 2.1.5).

Quanto à estrutura dos mecanismos que dão suporte

ao processo de elaboração conceptual dos sistemas, uma

Importante contribuição foi oferecida por CHackathorn et ai,

19BBl no artigo ·Um modelo para comparar métodos de

engenharia da Informação·. Nesse trabalho, os mecanismos que

dão suporte ao processo de elaboração conceptual são

classificados segundo um referencial que considera dois

parâmetros básicos: o primeiro parâmetro é a amplitude do

processo de desenvolvimento da arquitetura de sistemas de

Informação coberta pelo método, o segundO parâmetro é a

profundidade com que o método disciplina ou dirige a criação

e a necessidade de avaliação da arquitetura de sistemas de

Informação.

A figura 2.5, extraída do artigo, expllclta a

classificação:

22

... o .. o

l(rODOloi"

o TlCIUCl Z => ... o '" o.

F[lUIIIEIfTA

MODELO PARA COMPARAR MÉTODOS DE ENGENHARIA DA INFORMAÇÃO

m

( [.UI '\

... ( CSF 1'\

I) ,,. • UT

B1AIT

PLElIPUII

.tu'USE ORlAllllZACIOM&l. TR""FORUçlo UTIlATtS"oIlECU'10ADE

PLANEJAMENTO

r-?-i;:;t ....

U"

.. ~

txC[

'--"

PRO~ETO LÓGICO

SO

uso 0·0

.... IRE.

")

CAIE lOOO

TA1IIIFORIU.ç10 LÓ&lCO-f(SICA

PROJETO

" . 1100S

" O",

.."

IIIIPLEIIIEIlTAÇio

IMPLEMENTAÇÃO

AMPLITUDE

Fonte Hacltoltlorn • 1998.

FI Q. 2.5

, IIU'CA - Ul/VO

MODELO PARA COMPARAR MÉTODOS DE ENGENHARIA DA INFORMAÇJO

TíTULO

ACG BIAIT

BSP CAPO

CASE 2000 CSF O-O

- LEGENDA -

NOME

Automatlc Code Generatlon (Blosser, 1975) Buslness Info. Analy. & Integratlon Tech.

(Carlson, 1979) Buslness systems Plannlng (IBM, 1975) Computer-Alded Proces6 Organlzatlon

(Karlml, 1986-87) Case 2000 (Nastec, 1985) Corpo Criticai Success Factors (Rockart, 1982) Data Deslgner (Database Deslgn Inc., 1981)

DATA DICl Data Olctlonarles OSSO Data Structured System Oevelopment

(Warnler, 1981) E-R Entlty-Relatlonshlp Model (Chen, 1976) EXCEL Excelerator (Index Technology Corp., 1986)

EWIM

ISA

ISDOS

M-W PLEXPLAN PSL PSA

RDM SADT

SAST

SD

SOM

SREM

SST STRADIS

TAXIS

Enterprlse-Wlde Info.Management (Benson and Parker, 1985)

Informatlon Systems Archltecture

( I nmo n, 1986) Info.Sys.Deslgn and Optlmlzation

(Telchroew and Hershey, 1977) Methodware (APpleton, 1985) PLEXPLAN (Mclntyre, 1986) Problem Statement Lang. & Analyzer

(Telchroew and Hershey, 1977) Relatlonal Data Model (Codd. 1970) Structured Analysls & Deslgn

Technlque (Ross, 1985) Strateglc Assumptlon Surfaclng &

Testlng (Mason and Mltrol I, 1987) Structured Deslgn (Yourdon and

Constantlne, 1979) System Development Methdology

(AGS Management Systems, 1985) Software Requlrement Eng.

(Metodology (Alford, 1985) Strategy Set Transformatlon (Klng, 1978) Str Anal, Deslgn. & Implementatlon of IS

(Gane, 198"1) TIIXI<: (Mvlnnnulas et ai HIRn)

Fonte: Hackathorn Quadro 2."1

2"1

VENDEDOR

IBM

Nastec

Data Deslgner

Ken Orr & Assoc.

Index Technology

Amer.Mgt. Systems ISDOS, Inc.

D. Appleton

ISOOS, Inc.

AGS Mgt. Systems TRW

McAuto ISI

o primeiro parâmetro organiza os métodos segundo

uma ordem de precedência lógica, ou seja, as saídas ou

resultados alcançados durante uma fase de aplicação de método

podem ser utl I Izados nessa mesma fase ou em uma fase

sUbseqüente; caracteriza, portanto, as etapas do processo de

desenvolvimento de sistemas de Informação.

descrição

Para o segundo parâmetro

proporCionada pOde ser

a forma da

em parte ou

análl se ou

no todo

conceptual (metodologia), procedural (técnica) ou por

processamento eletr6nlco (ferramenta).

Cada um desses métodos, considerados no sentido da

análise organizacional para a Implementação, aborda em uma

seqüênCia progreSSivamente mais detalhada a representação dos

dados e dos processos de maniPUlação de dados, transformando

o tratamento em nível de linguagem formal ou formatada,

normalmente utl Ilzado na fase de planejamento, em tratamento

em linguagem formatada, necessário à Implementação

conforme o sugeridO no livro "Strateglc Plannlng,

Analysls and Oatabase Deslgn" (Glllenson et ai, 19841.

f í s I c a ,

Systems

As etapas do processo

sistemas de Informação sugeridas por

de desenvolvimento de

Hackathorn (Hackathorn

et ai, 1988J devem ser complementadas para oferecer uma visão

completa do cicio de vida dos Sistemas de Informação. Para

Glllenson (Glllenson et ai, 1984J o ciCiO de vida dos

25

Sistemas de Informação compreende as seguintes etapas:

.análise organizaCional, análise de necessidades, análise de

viabilidade, plano de projeto, projeto lógico, projeto

administrativo, projeto físico, projeto de programação,

tre I namento, Imp I ementação e testes,

operação e, manutenção.

revisões e ajustes,

o apêndice I I estabelece o conceito de cada uma das

etapas do cicio de vida dos sistemas de Informação, na visão

de d I versos autores [G I II enson et ai, 19841, [Torres, 19B91 e

[Fellclano, et ai, 19BBl.

Devemos observar que cada etapa do cicio de vida

cor responde a uma categoria de processos e que para cada

categoria de processos podemos recorrer a diferentes métodos

conforme foi mostrado por Hackathorn [Hackathorn, 19BBl

A compreensão da estrutura de processos, e dos

métodos a êles associados, afeta tão profundamente a

compreensão da estrutura dO referencial para Planejamento da

Função de SI que apresentamos, a seguir, uma visão articulada

destes processos e a complementação da conceituação de alguns

deles.

2.2 O Processo de Planejamento da Função de SI.

Apresentamos na figura 2.6 uma visão articulada dos

processos que contribuem para a formulação do Plano de

26

r--

-

Sistemas (Adaptada de (Torres, 1989J

ARTICULAC~O DOS PROCESSOS DE PLANEJAHENTO DÁ FUNC~ODE SI

CÁPÁCITAC~O EH TECNOLOGIÁS DE INFORHÁC~O

J. ÁNÃLISE ORGÁNIZÁCIONAL E DIRETRIZES PÁRA o USO DE

TECNOLOGIAS DE INFORHACÃO

-1 ÁNÃLISE DE NECESSIDÁDES E

DEFINICÃO DA ARQUITETURÁ GLOBAL DOS SISTEHAS DE

INFORHÁC~O

J. PROJETO LóGICO GLOBÁL ANÃLISE DE UIABILIDADE DEFINICÃO DO CONTEHTO

DETERHINÁCÃO DO PROJETO , DIAGRAHÁ DE FLUHO DE DADOS Á SER DESENUOLUIDO HODno DE DADOS

FIHÁCÃO DE OBJETIUOS ,

E HETAS

-1 " J PROJETO DE HARD-'ÁRE , "

CENTRAL I ZACÃO I .. JER"E·US " OESCENTRALIZAC~O • SEGURÁNCÁ E ÁUDITORIÁ DE

Eau I FAMENTO'!:!· SISTEHÁS E PROCESSAHENTO FjECIE'$. OE o I STR I BU I Giõ5iO · NORHÁS PARÁ DOCUHENTA-DE PF;OCE":·SC1'5. C~O

TEL..ECC.t-1LIN I CAc::a:ES · NORHÁS PÁRÁ DESENUOLVI-1 NF'RAE"STRl.ITI...IRA ri HENTO

J. SELECÃO DE LINGUÁGENS E , /"

SOFTHARE OPERACIONAL ,.- , ',j

E DE ÁPOIO J

ÁVÁLIÁCÃO DE RISCO

J. ' . ALTERNATIUAS PARA PROGRAHA DE TRE I NAHENTO

ÁQUISICÃO DE HÁRD-'ÁRE E - ORGÁNIZÁCÃO DÁS EQUIPES SOFTHARE ESTRUTURÁ FUNCIONÁL

J. ÁNÃLISE ECON6HICO-

FINÁNCEIRA DO PROJETO

.l. ELÁBORÁCÃO DO PLÁNO

Fot,t.e: Tot-re-s :a 1888_ DE SISTEHAS

27

Há quase coincidência entre o conjunto de processos

contidos nessa estrutura articulada e o conjunto de processos

subentendidos na estrutura do cicio de vida dos sistemas de

Informação; os processos contidos nessa Interseção coincidem

nominal e conceitualmente. Entretanto, alguns processos

contidos na estrutura articulada, e não Incluídos no conjunto

Interseção, Influenciam tão fortemente a determinação das

diretrizes para utl I Ização da tecnologia de Informação que é

relevante evidenciá-los. Esses processos são os seguintes:

- Seleção e prlorlzação de sistemas

- Centra I I zação x Oescentra I I zação de Sistemas

- Seleção de Software

- Escolha de Software Gerenciador de Banco de Dados (SGBO>

- Avaliação de Risco

- Métodos de Gerenciar Projetos de Sistemas de Informação

A seguir detalhamos cada uma destas etapas.

2.2.1 Seleção e Prlorlzação de Sistemas

o processo de seleção

recorre ao mesmo conjunto de

e prlorlzação

critérios. A

de sistemas

seleção é o

processo de escolha entre alternativas orientadas para o

mesmo obJetivo. A prlorlzação é o processo de estabelecer a

ordem de precedência para o desenvolvimento dos sistemas de

modo a otimizar a utl I Ização dos recursos dedicados aos

Sistemas de Informação.

28

A figura 2.7 (adaptada de Torres, 1989], sintetiza

o processo de avaliação e seleção (ou priorlzação) de

sistemas.

RELACAO DE S(STEMS

POTE"CrArS

RELACAO DE S[STEMS

SELECIOnADOS (ORDE" DE

PR [OR [DAOE ) Fan.: a~I'olS,

PROCESSO DE A~ALrACAO E SELECAO DE SrSTE"AS

figo 2.7

[ l

D["E"SAO ESTRATE6[CA D["E"SAO ECO"OH[CA D["E"SAO OR6A"rZACrO"Al D[nEnSAO FU"C[OnAL D["E"SAO CAPAC[TACAO D["E"SAO DE"A"DA E~ERI

A dimensão estratégica determina o modo pelo qual o

sistema afeta a competltlvldade e sobrevivência da empresa. A

dimensão econômica determina as economias de custos elou os

ganhos financeiros decorrentes da adoção do sistema. A

dimensão organizacional determina o ganho global da empresa

em aspectos como comunicações, capaCitação, integração etc.

A dimensão funcionai determina os ganhos em comunicação,

capaCitação, Integração etc. sobre uma determinada área da

empresa. A dimensão capaCitação determina o nrvel de

atual ização a ser observado com relação às tecnologias de

29

Informação de modo a estabelecer posslbl I Idade de uso dessas

tecnologias se as condições do mercado assim exigirem. A

dimensão demanda externa determina o desenvolvimento ou

modificações de sistemas para satisfazer o Interesse de

agentes externos tais como governo, matriz etc ..

Cada uma dessas dimensões, é afetada por um

conjunto de fatores, tais como os sugeridos abaixo:

fatores que condicionam a dimensão estratégica:

- aumento na competltlvldade da empresa,

- redução da dependência em relação a terceiros,

- aumento da dependência de cl lentes em relação à empresa,

- melhor qual Idade para produtos e serviços,

- melhoria da Imagem Institucional.

fatores que condicionam a dimensão econômica:

- reduções de custos

- aumento de produtividade e eficiência,

- ganhos de tempo,

- ganhos econômicos, em termos de fluxo de caixa.

fatores que condicionam as

organizacional/funcionai:

- Integração entre sistemas,

- melhor comunicação,

- base para capacitação futura,

- aperfeiçoamento profissional,

30

dimensões,

- melhor performance de pessoal,

- o dado como um bem comum.

fatores que condicionam a dimensão capacitação:

- treinamento em novas tecnologias,

- acesso a hardware e software mais potentes.

fatores que condicionam a dimensão demanda externa:

- mudanças na legislação,

- exigências governamentais,

- exigências da matriz.

Um cr I tér I o para ava II ar cada um dos sistemas

propostos pode ser construído atribuindo a cada uma das

dimensões propostas uma nota variando de

Posteriormente estabelece-se pesos para cada

1 a

uma

10.

das

dimensões, de acordo com a Importância que se atribui a cada

uma delas, e, realiza-se a ponderação de todas as notas de

cada sistema, obtendo-se o total de pontos correspondente.

uma outra conduta para a ordenação de

das aplicações é a oferecida pela BSP (IBM, 1975

prioridade

198"1).

Nesse caso a ordenação das primei ras aplicações deve ser

baseada principalmente em uma análise de valor resultante de

entrevistas realizadas com gerentes das diversas áreas da

empresa. Para facilitar essa análise devem ser utilizados os

achados e conclusões decorrentes das entrevistas e as fOlhas

de análise de problemas conforme modelo a seguir (transcrito

31

de BSP - Informatlon systems Plannlng Gulde).

ANÁLISE DE PROBLEMAS

Ent. Causa Resultado Valor Processo Classe SOlução do do de Dados

NQ Problema Problema Afetado Afetada Sugerida

X Imposslbl- Não podemoe Médio: PlaneJa- - Modelo I idade de Identificar acima mento de Flnan-analisar alternatl- de Investi- c e I r o alternati- vas de ní- $1xl06 mento de vas aele- vel ótimo Capital quadas ao de Investl-planeja- mento de mento dos capital negócios

X Oesconhe- Não podemos Multo - Dados de Sistema cer o medir a A I to : custos de Con-custo de contrlbul- aumen- dos pro- tabll 1-nossos ção para o to de dutos dade de Drodutos lucro por lO" do Custos

produto e lucro, eliminar os acima produtos de $10xl06 baixa con-trlbuicSn

Fonte: IBM, 1984

Quadro 2.5

A classificação das fOlhas de análise pela causa do

problema Indica o processo que deve ser suportado pela

aplicação que auxilia a solução do problema.

32

Se a classificação é realizada pelo Processo

Afetado as ap I I cações podem ser re I ac I onadas a todos os

problemas que ela ajuda a resolver e assim aos benefícios

der I vados. Cada ap I I cação é então ava I I ada por um con J unto de

critérios para determinar o seu valor para o negócio.

As tarefas a serem rea I I zadas para aJ ustar as

prioridades são:

Determinar o critério de seleção

Aplicar o critério e relacionar as aplicações

Documentar ou descrever as aplicações recomendadas

Considerar as opções de Implementação

Para a BSP as dimensões a serem consideradas na

determinação das prioridades são:

Benefícios Potenciais

Impactos sobre o negócio

Probabilidade de Sucesso

Demanda

Cada uma dessas dimensões é afetada pelos seguintes

fatores:

Benefícios Potenciais:

Economias de curto prazo

Retorno sobre o Investimento no longo prazo

Vantagens competitivas

Impactos sobre o negócio:

33

Tendências econômicas do negócio

Fatores críticos de sucesso

Número de problemas registrados

Problemas Importantes resolvidos

Probablll dade de Sucesso:

Clima Pol ítlco

Complexidade Técnica e Organizacional

Pré-requisitos

Dimensão da Implementação

Riscos

Recursos Disponíveis

Demanda:

Valor das aplicações existentes

Re I ação com outras ap I I cações

Harmonia política

Número de usuários

Exigências legais

O critério sugerido para avaliação das aplicações é

a atribuição de graus em uma escala variando de 1 a 10 para

cada uma das dimensões mencionadas acima. Uma representação

gráfica desses graus pode

figura 2.8, para ajudar

Implementação.

ser então

a determinar

desenhada, conforme

a sequ~ncla de

F'F:05RAt1AÇÃO DA F'RODU''';ÃO

Bener i c i o";;.

18t"1, 1884.

Demanda L:· ••• :· ......... : •.•• :,: .......... : .......... : •..• :.~ ....... :·· ... :·4 r·.. " ............. \ ....... ' .. J

ligo 2.8

Periodicamente a avaliação deve ser repetida com o

objetivo de verificar eventuais modificações na seqüência de

ordenação das aplicações decorrentes de mudanças ocorridas no

ambiente da empresa.

2.2.2 Centralização l< Descentralização

A questão da centra I Ização e descentra Ilzação, como

ap I I cada ao processamento de dados, tem estado na vanguarda

de multas discussões.

Para alguns autores, a diferença entre ser

centra I Izado ou descentra Ilzado se resume a uma questão de

controle. Devem ser consideradas, fundamentalmente, duas

dimensões de controle, a física e a lógica, que determinam um

espaço no qua I se man I festam quatro poss I b I II dades, conforme

o representado na figura 2.9 (Glllenson et ai, 19841.

35

40

I

POSSIBILIDADES DE

CENTRAL ZAC.O E DE~CENTRALIZAC.O

F r c • I CO

.=> = = ry

CENTRAL IZiIIDO DESCENTRAL IZiIIDO

Contt"o le Centt"a I Contt"o le Indi ... idual

de Todas as Fac i I idades (Tinle-sha."ing)

a b

Contt"o le Centt"a I Contt"o le Indi ... idual

com hal"dHat"e independente conl hal"dHal"e independente

(P."ocessanlen to Dist .... ibuido) (Pt"ocessarilE'n to PI" i ... a t i "'0 )

c d

L6GICO

Para esses autores a questão de centra I I zar ou

descentral Izar é muito complexa para que tOdos os aspectos

sejam racionalmente considerados. Sugerem que a escolha, em

última análise, pode Independer de qualquer preocupação com

rac lona I Idade; nesse caso, o estilo de cada organização

determinará a tendência com relação às soluções extremas, e,

todas as considerações técnicas podem ser Irrelevantes"

A conclusão de Norberto [Torres, 1989J não difere

mu I to da de G I I I e n s o n [G I I I e n s o n e t a I , 1984J; também para

Norberto a decisão da alta administração não é uma decisão

somente técnica; depende da estrutura da empresa e da

fi losofla administrativa, dos sistemas gerenciais e de

controle, de sua conceituação organizacional etc.

Para Lelfer [Lelfer, 1988J, entretanto, existe uma

correlação estreita entre o tipo de estrutura organizacional

e as categorias de Sistemas de Informação com base em

computadores. O quadro 2.6 a seguir, transcrito de Lelfer,

sintetiza a correlação existente entre estas duas dimensões.

37

\Categoria do Siste-\ ma de Informa,30

\ , \

\ \

Estrutura da \ Organ i za,,30 \

Estrutura Simples (pequena, jovem, central izada, pou-ca formal i zação, controle pelo propr i etãr i o)

Burocracia Mecani-zada(velha,grande, central izada, forma-I izada, func ional, burocrãt i ca, padroni zaç30 do trabalho)

Burocr acr i a Profissional (pouca formal izaç3o, padronizaç~o buro-crãt ica de habi I ida-des descentral iza-da.alta especial iza-,,30 de habilidades)

Forma Divisional i-Zada A (velha,grande,divi-são em mãquina bu-rocrãtica de entra-da para mercados, padron iza,3o de sai das, fracamente acoplada á administraç3o)

Forma Divisionali-zada B (grande,divis30 bu-rocrãtica ou org!-nica orientada para necessidades estrei-tamente acopladas ã administrac30 por forte cultura)

Adhocracia (jovem, descentral izada, pouca formal i za-ç~oJPQquQna,coor-denada por ajuste mü'tuo, orglln i ca, alta especial i-za,30 de hab i I idades)

Fonte: Leifer, 1988.

SISTEMA DE INFORMAC~O

X

ESTRUTURA DA ORGANIZAC~O

Suporte Isolado por Computador Pessoal (Siste-ma Alone PC's) Processadores em Comun i ca,30

Supor t e par a os proprietãrios, com final idade I imitadora da capac idade de processamento

Sistemas Centra-lizados (Computa-dor Central com terminais sem intel igência)

Necessidade de controle financei-ro e oper ac i ona I central izado.Roti-nas para proces-samento de dados e/ou de transa.3o

Acesso á capaci-dade de proces-samento central bases de dado .. ou bibl iotecas, time sharing.

Necessidade intra divis6es e caracter ist icas idênt icas á burocrac ia me-canizada.

Quadro 2.6

38

Sistemas Distri-buidos (Computa-dor Central liga-do com terminais intel igentes, comun i ca<;30 mui tos para um)

Processamento local individual para suportar ne-cessidades indi-viduais açopla-das a bases de dados espec i a I i-zadas ou grandes

Processamento das divis6es acoplada ás unidades admi-nistrat ivas do processador cen-trai iZado,pouca comunica,30, in-terdivis3o, ne-cessidade de con-trole pela admi-nistraç30 central

Sistemas Descen-trai izados( I iga-,30 independen-te entre term i-nai s ou proces-sadores, comuni-ca,,30 mui tos para um)

Grande quantida-de de informa.30 part ida, acesso a bases de dados descentral i za-das,capacidade de processamento da informaç3o hor izontal e verticalmente

Definir alta ca-pacidade de pro-cessamento par a Guportar a equ;PQ funcionando,pos-sibi I itar grupos centrais para re-parti,30 e coorde naç30 de prOble-mas espec ificos. Suporta tabelas complexas que conduzem a rela-cionamentos,comu-nicaç6es inter-pessoais rãpidas

Para Lelfer [Lelfer, 1988) o problema da unidade de

aná I I se assoe I ada à centra I I zação (ou descentra I I zação) de

sistemas não está ainda bem estudado. Sugere entretando

do ponto de vista estrutural a unidade de análise

que

seja

definida pelos mecanismos que Influenciam as comunicações

atuais ou potenciais entre 05 membros da organização.

2.2.3 Seleção de Software

A seleção de software deve ser iniciada pela

decisão do tipo de ambiente de processamento de dados que se

pretende estabelecer.

o ambiente de processamento de dados é um espaço de

posslbl I Idades definido por duas dimensões: a tecnologia de

adml n I stração (armazenagem, atua II zação e recuperação) de

dados e a II nguagem de programação.

A tecnologia de administração de dados é

classificada do seguinte modo [Martln, 1983), [furtado et ai,

1979), [Torres, 1989):

- Arquivos - As aplicações fazem uso de arquivos de dados

separados, projetados pelos analistas e

programadores durante a criação da aplicação.

I I - Banco de Dados de Aplicação - As aplicações fazem uso de

gerenciadores cUJo alcance se restringe aos

39

arquivos da aplicação.

I I 1- Banco de Dados Independentes - Os dados são projetados e

armazenados Independentemente da função para

a qual serão utilizados. Os dados para

c I i entes, produto ou pessoa I estão assoe lados

e representados num banco de dados

comparti I hado.

IV - Sistemas de Informação - Banco de dados organizados,

para pesquisa e recuperação rãplda de

Informações, ao Invés de operações de

produção para grande volume.

As linguagens de programação são classificadas do

seguinte modo [Torres, 1989J:

- Linguagem de máquina - tíPica do próprio hardware e

específica para cada equipamento.

II - Assembl y (11 nguagem montadora) el aborada para

facl I Itar a memorização e o trabalho do

programador. Para cada Instrução de mãqulna

existe uma correspondente em assembly.

I I 1- Linguagens de terceira geração - visam facl Iltar ainda

mais a compreensão do sentido da Instrução

(COBO L, FORTR AN, PL -1, C, 8AS I C, etc).

IV - Linguagens não procedurais ou de quarta geração

dispensam o projetista de expll citar todos

os procedimentos necessários à composição de

uma função. Na linguagem de quarta geração a

especificação é feita praticamente no nível

da função desejada. Essas II nguagens

favorecem o aprendizado e a utl I Ização por

usuários sem especialização em processamento

de dados.

Definidas as estruturas das duas dimensões que

afetam o ambiente de processamento de dados, somos conduzidos

ao seguinte espaço de posslbl I idades:

SISTEMAS M D DE INFOR-A E MACIO N I D BANCO DE P A DADOS I N­U D DEPENDENTE L O A S C BANCO DE I DADOS DE O APLICACIO

ARQUIVO

MANIPULACID DE DADOS x LINGUAGENS DE PROGRAMACIO

MÁQUINA ASSEMBLY 30 GERACIO 40 GERACÃO

LINGUAGENS Fonte: Furtado, 1979.

flg.2.10

41

>

A definição do ambiente deve ser complementada com

as seguintes decisões:

seleção de sOftware de apolo, tais como processadores

gráficos, planl lha eletrônicas, processadores de texto,

sistemas de segurança de dados, etc.

seleção de software de teleprocessamento - necessário para

promover a comunicação entre processos ou entre as unidades

de processamento e os periféricos que participam de uma

mesma rede. Determinada a performance de

haja vista as questões relacionadas

todo

com o

o sistema,

nível de

aproveitamento dos canais de comunicação, segurança, etc.

seleção de sistema operacional necessáriO para

administrar o processamento multiusuário, as facl I Idades de

acesso, a segurança de dados, etc. O sistema operacional

deve suportar o ambiente projetado, o software de apoio e o

software de teleprocessamento.

As alternativas selecionadas para exame, deverão

ser submetidas a testes no ambiente operacional mais próximo

àquele que a empresa pretende Implementar (benchmark).

2.2.4 Avaliação de Risco

2.2.4.1 A Manifestação do Risco

Admitindo-se que se tenha estabelecido o elenco de

projetos a ser desenvolvido, e que este seja perfeitamente

adequado às necessidades da empresa, os gerentes devem

aval lar os riscos associados às expectativas geradas pelo

empreendimento.

Risco é a exposição a éonseqüênclas tais como

[McFarlan, 1981J:

falha em obter todos, ou mesmo qualquer, dOs benefícios

pretendidos,

custos de Implementação que superam consideravelmente os

níveis planejados,

tempo de Implementação multo maior que o esperado,

performance técnica dos sistemas resultantes multo abaixo

da esperada,

Incompatlbl I Idade dos sistemas com o hardware e o software

selecionado.

2.2.4.2 As Dimensões do Risco

Pelo menos três dimensões Influenciam o risco de um

projeto [Mc Farlan, 19811:

1 - O tamanho dO projeto: valor global do projeto, número de

departamentos afetados pelo projeto, estimativa de tempo

para desenvolvimento do projeto, número de pessoas

envolvidas no desenvolvimento do projeto.

2 - Experiência com a tecnologia: hardware, sistema

operacional, manipulação de bases de dados, linguagens de

projeto de apll cações.

3 - Estrutura dO projeto: quando os resultados dos projetos

43

estão definidos completamente, desde o momento da

concepção, pela natureza das tarefas, os projetos são

considerados estruturados. Nesse caso, os resultados são

fixos e não sujeitos a mudanças durante o tempo de vida

do projeto. No caso contrário os projetos são

considerados não estruturados.

Definindo dois valores em cada uma destas três

dimensões estabelecemos oito posslbl I idades para os níveis de

risco de um projeto, conforme representado na figura 2.11.

GRAIJ elE

E-=. TR'_'TL'RAC;::;;CI

ESTRUTURADO 14100 ESTRUTURADO

RISCO PEQUEHO E 6 H RISCO PEQUEHO (HUITO AFETADO POR GRAHDE P R T E DESVIO 6EREHCIAL) A R A " I A ~ H M M RISCO HUITO PEQUEHO H C D O I RISCO HUITO (HUITO AFETADO POR PEQUEHO A E

PEQUEMO DESVIO 6EREMCIAL) C D O O H

T E P RISCO HEDIO RISCO "UITO ALTO GRAHDE C P M O R o o L U J O E G C T I O

A A RISCO "ED 10 .... RISCO ALTO PEQUEMO

PEQUEHO

Font.e: ~1C FARLAN. '188'1

li'2l. 2.'11

44

2.2.5 A Gerência do Projeto de Sistemas de Informação

A contribuição de diferentes métodos de administrar

projetos de sistemas de Informação, varia amplamente em

função das características do projeto [McFarlan, 1981).

Quanto às características dos projetos, com relação

ao risco, já descrevemos as oito posslbl I Idades decorrentes

do critério de classificação sugerido por McFarlan.

Quanto aos métodos de gerenciar projetos, são

Identificados quatro tipos principais,

Mecanismos de Integração Externa - Incluem dispositivos de

organização e comunicação que articulam as equipes de

projeto aos usuários nos níveis gerenciai e operacional.

Mecanismos de Integração Interna - asseguram que a equipe

opere como uma unidade Integrada.

Mecanismos de Planejamento Formal - auxl I Iam a estruturar a

seqüência de tarefas e a estimativa de tempo, recursos

financeiros e recursos técnicos que a equipe necessitará

para executar o projeto.

Mecanismos de Controle Formal Aux III am os gerentes a

aval lar o progresso e a Identificar desvios potenciais de

modo a estabelecer ações corretivas.

No quadro 2.7 reproduzimos o quadro Perfi I dos

Métodos de Gerência de Projetos, transcrito do artigo de

McFarlan [McFarlan, 1981).

"5

PERFIL DOS METODOS DE GER~NCIA

DE PROJETOS

INTE6RACKO EXTERNA 11 INTE6RACKO INTERNA

• Sele~ao de usuãrio pa­ra gerente de projeto.

• Sele~30 de proficional experiente de proces­samento de dados para liderar a equipe. Sele~30 de gerente pa-ra conduzir a equipe.

• Cria~30 de Comite de Dire~ao de Usuãrios. Encontros freqüenntes e profundos deste Comi te. Processo de controle de mudan~as gerenciado pelos usuãrios. Distribui~30 freqüente

• Encontros freqüentes

e detalhada das minutas elaboradas pela equipe de projeto para os usuãrios chave.

da equipe. Prepara~ao regUlar e distribui~30 de minu­tas sobre decisões­chave a respeito da eyolu~ao do projeto. Reyisao regular do esta­do tecnico do projeto.

• Renoya~30 dos membros da equipe mantida

Sele~ao de usuãrios pa­ra membros da equipe. Processo formal de a­proya~30 das especifi­ca~ões pelos usuãrios. Relatõrios de progres- • s30 do projeto elabora­dos para o Comite de Dire~30 Corporativa. USUãri05 r~5PonsãYei5 pelo treinamento e im­plant~30 dos sistemas. 6er@ncia dos usuãrios sobre as decisões associadas as datas de a~ões chave.

Fonte: HcFar I an, 1981.

baixa em decorr@ncia de a~ao gerencial. Sele~30 dos membros da equipe de modo que grande percentagem jã tenha mantido rela~ões em projetos anteriores. Part ic ipa~ao dos mem­bros da equipe na for­mula~ao dos objetivos e no estabelecimento das datas de conclus30.

• Assist@ncia tecnica externa.

Rede PERT, caminho critico, etc .. Sele~30 de marcos de fases.

• Padrões. de especi­fica~ao de sistemas.

• Especifica~ao de es­tudos de yiabilidade. Processos de aproya­~ao de projetos. Procedimentos. de auditoria de projetos.

Quadro 2.7

46

CONTROLE FORMAL I • Relatõrios periõdicos

comparando o estado do projeto com o planejamento Disciplinas de con­tr81e de mudan~a.

• Encontros regulares para apresenta~30

dos resultados-mar-COS,

· Anãlise dos desvios do plano.

Neste capítulo 2, fizemos uma revisão dos conceitos

que fundamentam a proposição de Modelo de Referência para

Planejamento da Função de 51 que desenvolveremos no capítulo

5. Gomo será visto no capítulo 5, a estrutura do modelo

proposto deriva diretamente dos conceitos estabelecidos,

Anthony, 51mon, Klng e Lederer; ainda no capítulo 5 a

estrutura do modelo proposto foi detalhada e enriquecida,

principalmente, com as contribuições da Bowman, Kugler,

Bakos, Portar, Hackarthorn, Torres, GI I lenson, Lelfer e

MacFarlan.

47

CAP-xTULO 3

PERGUNTA DE PESQUISA

E METODOLOGIA

48

'Se a história da ciência nos ensina algo, é que só os que

fazem perguntas corretas recebem respostas'

(W.P.D. Wlghtman)

49

3.1 Objetivos do Estudo e Pergunta de Pesquisa.

Apesar da reconhecida ImportânCia da tecnologia da

Informação, multas dificuldades têm sido enfrentadas para

implementar as metodologlas de Planejamento da Função de SI

propostas por diferentes autores.

Uma a n á I I se de t a I h a d a de s s a s d I f I c u I da d e s f o I

apresentada no artigo "lhe Implementatlon of Strateglc

Informatlon Systems Plannlng Methodologles" CLederer et ai,

19883, pUblicado no periódiCO MIS Quarterly!september 1988.

Na pesquisa descrita naquele artigo, após

estabelecer uma "definição completa de Planejamento

Estratégico de Sistemas de Informação", os autores descrevem

as metodologias utl I Izadas com maior freqüência e estabelecem

a relação dos problemas mencionados por diversos autores "dos

mais significativos artigos" que foram analisados com essa

f I na I Idade. A segu I r os prob I emas são organ Izados em três

categorias: recursos, processos e prOdutos. A categoria

recursos remete às questões de tempo, dinheiro, pessoal e

gerênc I a. Processos remete às Ilml tações de análl se

proporcionadas pela metodologia. Produtos trata da

Intellglbllldade e propriedade do Plano Final que resulta da

aplicação da metodologia. Finalmente é medida a Intensidade

com que esses problemas se manifestam nas metodologlas

identificadas na pesquisa, e são Investigadas as possíveiS

causas dos problemas.

50

Uma reflexão a respeito dessa pesquisa sugeriu a

seguinte Indagação:

- pOderíamos desdobrar essa pesquisa em duas outras que

i n v e s ti g a s s em os p r o b I ema s I de n t I f I c a dos c om a a p I I c a ç ã o da

metodologia e os problemas Identificados para a apl icação

da metodologia?

A primeira pesquisa Investigaria a adequação da

metodologia às necessidades de Planejamento. A segunda

Investigaria as dificuldades confrontadas para a aplicação.

No caso da primeira pesquisa, pOderíamos adotar o

ponto de vista de John Oewey [Oewey, 1933J segundo o qual

todo problema começa por uma necessidade sentida ou uma

tensão que prec I samos a II v I ar. Encaminhamo-nos para a

50 I ução quando i nte I ectuall zamos "a d I f I cu I dade ou confusão

que foi sentida (experimentada diretamente), formando um

problema a ser resolvido, uma Interrogação para a qual se

deve buscar uma resposta". Assim, a pesquisa deveria acolher

todo tipo de

sentida/dificuldade/confusão)

resposta

possl blll tando

(necessidade

a coleta,

organização e categorlzação dos dados que fundamentariam

nosso conhecimento a respeito dos problemas. Poderíamos,

entretanto, adotar a definição proposta por Kepner e Tregoe

[Kepner et ai, 1980), segundo a qual "um problema é um desvio

entre o que deveria estar acontecendo e o que realmente

51

ocorre e que é suficientemente Importante para fazer com que

alguém pense que o desvio deveria ser corrigido". Para que

adotássemos esse conceito, deveríamos definir o que deveria

estar acontecendo, ou seja, construir

comparar a metodologia com o referencial

desvios.

No caso da segunda pesquisa,

perguntas deveriam acolher todo tipo de

um referenc I a I,

e Identificar 05

necessariamente, as

resposta pois, não

pOderíamos conceber a prlori um referencial que se ajustasse

a todas as necessidades sentidas/dificuldades/confusões.

Diante das pOSSlbi Ildades

decidimos desenvolver um estudo que

estabelecer a expectativa correta do

enunciadas

contrlbulsse

alcance de

acima,

para

uma

metodologia de Planejamento da Função de SI e para orientar o

uso mais eficaz da mesma. Desse modo, optamos pela primeira

pesquisa e pelo conceito de problema enunciado por Kepner e

Tregoe.

As perguntas de pesquisa que orientarão nosso

estudo, são as seguintes:

Qual é a estrutura do referencial para análise de

metodologlas de Planejamento da Função de Sistema?

• É poss í ve I fornecer I nd í c I os da va I I dade deste referenc I a I?

52

A B5P, "Bus I nesa 5ystems P I ann I ng" [I BM, 1984J, satisfaz

suficientemente as condições necessárias para a elaboração

completa do Planejamento da Função de 51?

3.2 O Método de Pesquisa Utl I Izado.

Para solucionar as questões propostas, adotamos o

seguinte procedimento:

1 - com base na revisão de literatura procuramos Identificar

elementos que nos permitam estabelecer um referencial que

se constituirá no padrão de medida do alcance de uma

metodologia. Assim sendo, se e somente se os elementos

proporcionados por uma metodologia atenderem

completamente às exigências estabelecidas pelo padrão

proposto, teremos condições de afirmar que essa

metodologia satisfaz suficientemente às condições

necessárias para a elaboração do Planejamento da Função

de 5 I;

2 - a seguir descrevemos a conduta adotada para a

do Planejamento da Função de 51 de uma

e I ab,oração

empresa de

te I ecomun I cações bras I I e Ira. Com a desc r I ção desse caso

pretendemos reunir Informações que proporcionem Indícios

da validade do referencial

I I teratura;

3 - finalmente confrontamos a

53

construído com base na

metodologia B5P com o

referencial, a fim de obter o conhecimento do alcance

proporcionado pela mesma.

Estamos alertados para o fato de que o padrão a ser

definido reflete o estado da arte, ou seja, reflete, apenas,

conceitos atualmente aceitos por espec I a I I stas de

administração de empresas e processamento de dados.

Outrossim, não pretendemos apreender no referencial todas as

contribuições disponíveis, mas, apenas, um conjunto de

contribuições que posslbl Ilte a construção da estrutura

mínima de Informações e de procedimentos que relacionam essas

informações com a estrutura das decisões que cor responde à

estrutura de Informações contida no Plano de Sistemas de

Informação. Desse modo, a estrutura do referencial conterá

elementos Identificados, por diversos autores, como

necessários ao Planejamento da função de SI, não se podendo

afirmar que o mesmo venha a satisfazer condições de

suficiência ou possa superar a ImpOSição de novas

necessidades decorrentes de Inovação tecnológica. Apesar

dessas I Imitações o referencial deverá ser

amplo para avaliar a condição de suficiência

outras metodologlas disponíveis.

suficientemente

da BSP e de

Observamos, também, que a comparação a ser

realizada objetiva determinar o alcance da metodologia em

confronto com o referencial, não podendo ser utl I Izado para

comprovar a necessidade da mesma, mas simplesmente, os

I Imites de sua suficiência.

54

A abordagem que descrevemos acima recorre ao método

do i!gMm~n1~ ~~~yl1~~ e ao método do ~ft1M~Q ~~ ~ift~.

Para Slmon ·0 princípio do mi1~~~ ~~~M11~Q para

obter conhecimento é que, se A é verdade e se B é verdade,

então sob as mesmas condições especificadas pOde-se

seguramente dizer que C é verdade. Este é o mais simples

tipo de dedução, naturalmente. As cadelas de argumento podem

ser mais longas, mais complexas e probabl I ístlcas, mas mantêm

o mesmo princípio. Note que eu chamei o método dedutivo um

·método de obter conhecimento· do mesmo modo que eu tenho

falado a cerca de vários métodos empíricos de obter

conhecimento. Num sentido empírlcamente estabelecido 05

fatos são mais presumivelmente ·conheclmento· que o que se

conclui dedutivamente, por Isso, sempre que uma dedução e um

fato emplrlcamente estabelecido col idlrem, a dedução deve ser

questionada. Note que dedução não é a mesma coisa que uma

teoria. Teoria é um corpo entrelaçado de conhecimento

sistemático existente, e é Importante exatamente por que é

uma fonte de premissas para dedução. O ~~1M~Q ~~ ki~Q é o

método a ser escolhido quando você quer obter riqueza de

detalhes acerca de algum assunto. Provavelmente você está

querendo tais detalhes quando você não conhece exatamente o

que você está procurando. O estudo de caso é então apropriado

quando você está tentando encontrar Indícios e Idéias para

pesquisas adicionais. A relação entre a pesquisa empírica e o

pensamento especulativo é complexa. Certamente não pode haver

55

ciência sem pesquisa empírica para servir como uma ponte

entre o pensamento c I entí f I co e a rea I idade, como fonte de

especulação e como teste de hipóteses" (5Imon, 1969J.

Para Blalock "a falha do estudo de caso reside na

Imposslbl I Idade de afirmar que o caso escolhido seja um

exemplo típico da realidade. I lustra apenas como a empresa

escolhida procedeu e quais os resultados obtidos, as fontes

a realidade

decodificação

de Informações disponíveis aos pesquisadores

retratada ao lon90 do estudo dependem de sua

dos dados coletados" [Blalock et ai, 1975J.

e

5imon alertou para o fato de que a diferença entre

os dois métodos (experimentação e estudo de casos) é que as

Idéias produzidas pelo estudo de caso não são testadas e

provadas por ele [5Imon, 1969J.

Em resumo, esta pesquisa foi conduzida de modo a:

a - com base no conhecimento existente (e utl I izando o método

dedutivo) deduzir a estrutura do modelo de referência de

Planejamento da Função de 51,

b - desenvolver um estudo de caso objetivando oferecer a

evidência empírica que proporciona o Indício da validade

do modelo de referência deduzido,

c - utilizar o referencial como padrão para aferição do

56

alcance de metodologlas de Planejamento da Função de SI,

especificamente a metodologia BSP.

3.3 Seleção da Empresa e da Metodologia a ser Confrontada com

o Referencial.

A escolha de uma empresa de telecomunicações, como

unidade de análise para essa pesquisa, fundamentou-se na

Importância que os sistemas de Informação assumem para essas

empresas, seja como Instrumento de autogestão, seja como

elemento alavancador de sua cadela de valores.

A escolha da BSP para objeto de estudo dessa

pesquisa foi estabelecida com base na liderança de uso que

essa metodologia revelou na pesquisa sobre implementação de

metodologlas de sistemas de Informação (lederer et ai, 1988].

3.4 Coleta de Dados

A existência de relatórios detalhados, descrevendo

todo o desenvolvimento do "Plano de Informatização dos

Processos de Gestão" da empresa de telecomunicações

selecionada como unidade de análise para a pesquisa,

facl I Itou a coleta dos dados apresentados neste estudo.

Esses relatórios descrevem as Reuniões de

Coordenação do Processo de Planejamento dos Sistemas de

57

Gestão (RECOR) e são desenvolvidos em três partes: temário da

reunião, conclusões alcançadas na reunião e recomendações

enunciadas pelo plenário da reunião.

TodoS os dados utl I Izados na pesquisa foram obtidos

desses relatórios.

A linguagem utilizada nesses relatórios, à

semelhança da utl Ilzada pelos Comitês Internacionais de

Padronização, se refere ao sujeito das orações na terceira

pessoa. Com Isto fica subentendido que o sujeito é o grupo

de trabalho, neste caso o Grupo de Coordenação ao qual se

Incorporou a Assessoria de Informatização (ambos definidos

durante a descrição do caso).

o texto que faz a conexão das diferentes reuniões

resume as condições que determinaram a realização das mesmas.

Em nenhum momento, durante a descrição dO caso, foi

manifestada a opinião do autor deste estudo.

58

CAP:É.TULO -4

DESCRIÇÃO DO CASO

59

"A ciência, embora principie pela observação do particular,

não se refere essencialmente a ele, mas ao geral. Um fato na

ciência, não é apenas um fato, mas um exemplo."

(Bertrand Russel)

60

4.1 Antecedentes

A Telecomunicações S.A., é uma empresa de economia

ml sta que tem suas atr I bu i çõe.s def I n I das em I e I. Sua ml ssão é

implantar, manter e operar o Sistema Nacional de

Telecomunicações. São operados pela empresa os seguintes

sistemas:

. Rede Básica - constituída pelos circuitos Interestaduais de

ml croondas (terrestres e por satéll te) e pel as

centrais de trânsito de telefonia;

Sistema Nacional de Telex constituído pelos circuitos

telegráficos e pelas centrais de comutação

telegráfiCa;

Sistema de Comunicação de Dados

circuitos dedicados e comutados

dados;

constituído pelos

de comunicação de

Sistema Nacional de Televisão - constituído pelos circuitos

de microondas (terrestres e por satélite) e pelos

centros de televisão.

Suportados pelos sistemas mencionados acima são

explorados comercialmente serviços dedicados (privativos) e

comutados (públicos) de comunicação de voz, texto, Imagens e

dados.

00 ponto de vista organizacional

estruturada do seguinte modo:

61

a empresa está

Uma administração central reunindo as diretorias de

Administração, Economia e Finanças, Desenvolvimento,

Operações Nacionais, Operações Internacionais, Presidência.

Compete à diretoria de Administração coordenar os

assuntos relacionados com a gerência de pessoal, material,

serviços e treinamento.

Compete à diretoria de Economia e Finanças a

gerência financeira, o controle do patrimônio, o faturamento

e a cobrança.

A diretoria de Desenvolvimento coordena os projetos

de Implantação e expansão da rede de serviços.

A diretoria de Operações Nacionais coordena com o

auxíl lo de 2 órgãos centrais a manutenção e operação da rede

de serv I ços e a comere I a I I zação e ass I stilnc I a técn I ca

real izadas por 80 centros de operações (Distritos e

Sub-Olstrltos) subordinados a 5 Regiões de Operações que se

estendem por todo o território nacional.

A diretoria de Operações Internacionais coordena a

manutenção e operação dos centros de comunicação

internacional localizados no Rio de Janel ro e São Paulo e a

comercialização dos serviços Internacionais.

Ao Presidente subordinam-se, diretamente, a

62

Assessoria Jurídica, a Assessoria de Comunicações Sociais, a

Assessoria de Planejamento e Controle e os órgãos de

Processamento de Dados da sede da empresa.

Com cerca de 12 ml I empregados, dos quais 3.500

trabalham na sede (Rio de Janeiro), a empresa conduz um

processo administrativo essencialmente central izado; esta

característica Influenciou fortemente a visão dos projetistas

de sistemas da empresa, como veremos mais detalhadamente

adiante.

Por outro lado, o processo produtivo da empresa

ocorre necessariamente de modo descentralizado. Basicamente o

problema operacional da empresa consiste em Implantar, manter

e operar 05 eqUipamentos que suportam 05 serviços oferecidos,

em todo o território nacional. Por manutenção deve ser

entendido o esforço de assegurar o funcionamento de todos os

eqUipamentos da empresa dentro dos padrões de qual Idade e

conflabl I Idade estabelecidos. Internacionalmente. Por operação

entenda-se o esforço de estabelecer ou alterar conexões entre

eqUipamentos de modo a assegurar a qual Idade do fluxo de

comunicações adequada a cada tipo de serviço. A Implantação

decorre do crescimento da rede (expansões) ou da Inclusão

localizada de eqUipamentos para atender os contratos de

serviços (terminais, modens, concentradores, etc.).

o produto da empresa é a prestação de serviços,

cujo cicio de vida típico pode ser descrito do seguinte modo:

63

comere I a II zação da un I dade de serviço, assinatura de

contrato, reserva das facl I idades para atendimento do

contrato, transferência dos equipamentos para os locais onde

serão utll i zados, I nter ligação dos equ I pamentos à rede de

serviços, testes de qualidade, ativação comercial, início do

faturamento, cobrança, manutenção da qualidade do serviço.

Dependendo do tipo de serviço pode haver desconto por

Interrupção, ou por volume de serviço consumido. O serviço

pode ser bloqueado por falta de pagamento e alguns serviços

podem ser bloqueados por solicitação do cliente. Observamos

que nem sempre é possível realizar o atendimento

Imediatamente devido a não dlsponlbl I Idade de um tipo de

equipamento. A não disponibilidade pode ser local ou total, a

ociosidade de recursos é altamente perniciosa, conclui-se

portanto que a I dentl f i cação e loca II zação do componente

necessário é um aspecto crítico do processo de produção.

Devemos notar também que para os serviços dedicados cada

unidade de serviço corresponde a um atendimento diferenciado,

ou seja, o processo produtivo tem a característica da

produção artesanal (cada unidade produzida recebe tratamento

específico) e não da produção em massa (toda unidade

produzida recebe o mesmo tratamento). Outra característica do

produto, e que afeta o processo produtivo, é que uma unidade

de serviço normalmente uti Ilza recursos geograficamente

distribuídos, demandando portanto esforço de produção (na

implantação, manutenção e operação) de mais de uma unidade de

operação. Finalmente, a prestação de serviços ocorre no

doml c í I i o do c I I ente, o que obr Iga o des I ocamento das equ I pes

84

d e a t e n d i me n to. c o n si d e r a n d o que a r e d e de s e r v I ç o s p ú b I I c o s

(não telefônica) atende a centenas de milhares de usuários e

que o número de unidades de serviços dedicados é também de

centenas de milhares de usuários, podemos avaliar a

complexidade deste processo e a Importância da Informação

como recurso de gestão da rede.

A natureza do negócio e a sofisticação tecnológica

I mpõem a I ntervenção de mão de obra a I tamente espec I a I Izada,

com baixa participação de empregados com formação de nível

primário (5~), e expressiva absorção de profissionais de

nível superior (cerca de 2D~).

Predomina no ambiente da empresa a cultura técnica

especificamente orientada para telecomunicações.

D Ingresso da tecnologia de processamento de dados

reflete a emergência dos sistemas digitais. Duas linhas de

desenvolvimento têm sido consideradas pelas pOI ítlcas da

empresa: a nlnformátlca de processo n orientada para sistemas

que suportam serviços de telecomunicações (Centrais de

Processamento Armazenado, Comutação por Pacotes, Transmissão

Digitai, etc.); e a nlnformátlca de gestão n orientada para o

desenvolvimento de aplicações que dão suporte à gestão

empresarial.

Quanto à nlnformátlca de gestão n, tema que motivou

este estudo, a gene ra I I zação do uso vem se dando de fo rma

65

lenta e gradual, tendo havido uma expansão significativa no

qüinqüênio 1980-1985.

Desde sua fundação em 1965 até o Início dos anos 80

o uso do processamento de dados ficou limitado a aplicações

clássicas tais como: folha de pagamento, faturamento de

serv I ços, controle financeiro, apll cações técnico

científicas. Praticamente Inexistiam sistemas que dessem

suporte ao processo de prestação de serviços. O processamento

de dados, na área de operações, restringia-se à transmissão

de dados para faturamento e análise de comportamento de

Serviço de Telefonia. A partir de 1980 diversas Iniciativas

(treinamento, projeto de Rede Ciranda, automação de

escritório, etc.) promoveram a faml I larldade com as técnicas

de processamento de dadOS e estimularam

loca II zado de ap I i cações para suporte

serviços.

o

da

desenvolvimento

prestação de

e poucos

capacidade

Rapidamente cresceu a demanda por microcomputadores

sistemas, parcialmente

dos minicomputadores

Integrados, esgotaram a

Instalados nos Distritos

(originalmente dedicados à transmissão dos dados de tráfego

de telefonia).

Todo este esforço de desenvolvimento foi rea I I zado

desarticuladamente, de modo a cada sistema satisfazer apenas

às necessidades percebidas pelo próprio autor, expandindo

consideravelmente a dispersão de conceitos, a superpOSição de

66

esforços e a incompatlbl I Idade entre resultados que deveriam

satisfazer ao mesmo obJetivo. Simultaneamente diversas outras

aplicações eram desenvolvidas para automatizar, no âmbito dos

Distritos, a entrada de dados que atende a necessidades

gerenciaiS da sede da empresa.

Diversos relatórios caracterizaram os seguintes

conflitos:

ênfase nos sistemas gerenciais na Sede X ênfase nos

sistemas de apoio à produção nos Distritos;

visão de sistemas Isolados para as diversas áreas da

empresa na Sede X visão de sistemas Integrados nos

Distritos;

os Distritos absorvendo o esforço de entrada de dados para

a Sede X 05 sistemas de apoio à produção dos Distritos

gerando os dados utl I Izados pelos sistemas da Sede;

a conservação do desenvolvimento centralizado pela Sede X a

I n s ti tu I ç ã o do de s e n v o I v I me n t o de s c e n t r a I I z a d o p e los

Distritos;

a concentração de recursos de processamento na Sede X a

distribuição dos recursos de processamento pelos Distritos;

ênfase na solução pelo hardware X ênfase na solução pelo

conceito;

diferentes realidades locais produzindo

sistemas diferentes.

67

propostas de

Também desses relatórios foi possível estabelecer

que a situação descrita propiciou alguma Indisciplina; mas

certamente não era esta a questão central. Faltava uma

definição clara dos objetivos e da estratégia a ser

Implementada, não existia compromisso metodológico. A opção

tecnológica não satisfazia à maioria dos usuários.

Este quadro adverso era, entretanto, altamente

compensado pelo conhecimento técnico e pela determinação de

produzir um bom resultado manifestado pelos profissionais

empenhados na solução do problema.

4.2 Definindo o PrOblema

Conhecendo amplamente o ambiente empresarial

descrito no Item anterior, a Assessoria de Informatização (A.

I.), criada pelo Diretor da Área de Operações Nacionais para

administrar o processo de planejamento dos sistemas operados

pelOS Distritos, Identificou duas alternativas para

estabelecer a unificação de conceitos e a Integração dos

esforços:

1! alternativa - . Identificar entre os sistemas existentes,

aqueles que pudessem servir de base para a

solução definitiva.

Motivação: Alguns sistemas já haViam conquistado

grande número de usuários, podendo ser

considerados altamente promissores como

68

Vantagens:

Desvantagens:

núcleos de desenvolvimento.

aproveitamento do aprendizado acumulado

durante o desenvolvimento do sistema;

menor perturbação Introduzida por migração

de sistemas;

poss I blll dade de ml gração rápida para

outro ambiente de hardware em função da

escolha adequada de I I nguagem de

programação (multas soluções foram

descartadas, pois fizeram uso de linguagem

proprietária).

dificuldade de general Izar a sOlução de

modo a satisfazer as necessidades

demandadas pela diversidade de serviços;

documentação dOS sistemas insatisfatória;

necessidade de Investir em melhoria de

performance;

necessidade de Investir para superar a

resistência de usuários.

2ª alternativa - . Ignorar as soluções existentes,

Motivação:

aproveitando a oportunidade para promover

um esforço de Integração de sistemas.

o relativamente baixo nível de

aproveitamento possível de ser realizado e

a expectativa multo provável da

necessidade de migrar do ambiente de

hardware e software disponível nos

69

Vantagens:

Distritos.

orientar o esforço de desenvolvimento em

bases conceituais bem estabelecidas;

propiciar a oportunidade de convergência

de pontos de vista e de comprometimento

com a solução;

apropriar recursos e ferramentas

proporcionados pelo desenvolvimento

tecnológico e pela experiência acumulada

e/ou desenvolvida pelos profissionais da

empresa.

Desvantagens: e x I 9 I r ma i o r e s f o r ç o de

sistemas;

migração de

Iniciar um empreendimento que seguramente

terá que confrontar a reação de correntes

conservadoras.

Como premissa fundamental fOI estabelecido pela

A. I. que a seleção de uma dentre as duas alternativas deveria

ser realizada por um Grupo de Coordenação (G.C.) que

Incluísse profissionais experientes e representativos do

ponto de vista de cada Região de Operação e dos õrgãos

Centrais de Coordenação da Operação e da Comerciai Ização. A

opção pela decisão coletiva não resultou dO estl lo de

gerência (autoritária/liberai) dos coordenadores do projeto

mas sim da

modelagem

compreensão

de sistemas

por parte dos mesmos,

de Informações é

de que a

alcançada,

tecnicamente, atrevés de um processo de construção conceptual

70

que tem no futuro usuário do sistema o principal artesão.

A fim de não polarizar os participantes do Grupo de

Coordenação, a existência das duas alternativas não foi

mencionada pela A. I.; desse modo, as conclusões se

construi ram a parti r de um processo de auto-avall ção col eti va

orientada para a identificação e superação das Insuficiências

conceituais e técnicas.

Para a I cançar a ava II ação desejada, a A. I •

organizou o seguinte temário para a primeira Reunião do Grupo

de Coordenação (I RECOR):

A - Ava I i ação da Situação Ex I stente:

Sistemas em Produção

Sistemas em Desenvolvimento

Recursos Humanos

Hardware e Software

Organização da Rede

B - Exp II c I tação da Situação Pretend I da:

O proJeto pretendido

A Interface entre áreas

A estrutura das bases de dados

As estratégias para: desenvolvimento de

software, Implantação, Integração dos

sistemas,

recursos

técnicos, cooperação Intra-área, cooperação Interáreas,

cooperação com os usuários.

71

c - Exp I I c I tação dos recursos necessár I os à I mp I ementação das

estratégias pretendidas.

D - Explicitação das ameaças ao desenvolvimento pretendido.

E - Exp I I c I tação das oportun Idades contemp I adas com o

desenvolvimento pretendido.

F - Exp I I c I tação dos pontos fortes e das fraquezas

relacionadas com os objetivos projetados.

G - Avaliação da oportunidade de descentra I I za r o

Desenvolvimento e a Manutenção de Sistemas.

A Assessoria de Informatização não tinha a

expectativa de obter, em uma reunião, as respostas para todas

estas questões. Para a A.I. o principal objetivo da reunião

era estabelecer o confronto dos representantes das Regiões e

dos órgãos Centrais com o problema. Arriscava antecipar a

avaliação que este tipo de abordagem superaria as principais

resistências e as posturas radicalmente entrincheiradas em

uma presumida posição de vanguarda.

Para a A. I. a dificuldade do tema, revelaria a

IncapaCidade coletiva de explicitar uma proposta completa,

Integrada, produtiva, consistente e coerente com os objetivos

da empresa como um todo e com as necessidades de cada local.

A dificuldade do tema conduziria ao esforço de

descentralização de ponto de vista que predispõe ao trabalho

cooperativo.

Todos os participantes poderiam dispor do tempo que

72

julgassem necessário à manifestação de suas propostas.

Os resultados do primeiro encontro confirmaram as

expectativas da Assessoria de informatização.

Apresentamos a seguir as principais conclusões e

recomendações.

Conclusões:

A - Situação Existente

A.1 - Os sistemas desenvolvidos no ambiente dos diferentes

Departamentos e Regiões

inconvenientes:

apresentam

superpOSição entre sistemas, Isto

os seguintes

é , sistemas

desenvolvidos em ambientes diferentes Implementando

total ou parcialmente os mesmos processos;

falta de Integração entre os sistemas, isto é, os

resultados produzidOS por um sistema não posslbl I Itam

o aproveitamento por outros sistemas em ambientes

diferentes ou no mesmo ambiente;

dispersão conceptual, Isto é, os conceitos vêm sendo

estabelecidos segundo a compreensão de cada autor em

função do contexto e das necessidades locais.

A.2 - Os sistemas em desenvolvimento em ambientes diferentes

apresentam as seguintes características:

A.2.1 - No ambiente de micro-computadores, Isto é , no

73

ambiente do usuário final: manutenção das tendências

observadas nos sistemas desenvolvidos (em operação).

A.2.2 - No ambiente de mini-computadores, Isto é, no ambiente

com adml n Istração espec I a Ilzada: man I festação de

tendência de desenvolvimento de sistemas parcialmente

integrados, ou seja, Integrado por função, em alguns

Departamentos e Regiões.

A.3 - Recursos Humanos

Em quantidade e qualidade suficientes para produzi r os

sistemas necessários se forem eliminadas as

superpOSições de esforços e for promOVido o treinamento

para o hardware e software a ser Identificado e

selecionado para o futuro.

A.4 - Hardware e Software

A.4.1 - Hardware

A.4.1.a - Ambiente de micro-computadores

expandido para proporcionar a

Devendo

capacidade

ser

de

processamento necessária à sustentação da agi I Idade

operacional. O crescimento do número de máqUinas

não acarretará em perda ou ociosidade de recursos

no futuro, pois todos os eqUipamentos poderão ser

aproveitados no ambiente futuro.

A.4.1.b - Ambiente de mini-computadores capacidade

totalmente esgotada. Necessidade de renovação na

maioria dos ambientes onde se real iza transmissão

de arquiVOS de telefonia, necessidade de seleção de

74

tecnologia mais adequada aos sistemas de gestão em

todos os ambientes [maior velocidade de

processamento, maior capacidade de memória,

arquitetura mais moderna, software de comunicação

(para teleprocessamento), sistema operacional mais

flexível, etc.J.

A.4.2 - Software

A.4.2.a - Ambiente de micro-computadores Acolheu

praticamente todos os produtos disponíveis no

mercado. Oeste modo, os sistemas desenvolvidos, se

suportam nos mais diferentes produtos, dificultando

sobremodo a comunicação entre

divulgação dos bons rsultados. A

sistemas e a

não padronização

dispersou o conhecimento e desencoraJa a migração

das centenas de pequenos sistemas existentes para

produtos padronizados, pois exigiria a I mobll I z a ç ã o

de recursos consideráveis.

A.4.2.b - Ambiente de mini-computadores - Apresentou-se mais

d I se I p II nado. De um modo gera I predoml nou a

utll i zação do COBOl, o que favorece a di sseml nação

dos sistemas e a migração de ambientes. Entretanto,

alguns sistemas Importantes fizeram

linguagens exclusivas do fabricante, ou

uso

mesmo

de

de

linguagens de alto nível desenvolvidas na empresa,

o que torna praticamente Inviável a migração destes

sistemas para o ambiente de outros fabricantes.

75

A.S - Organização da Rede

A multiplicidade de equipamentos e a utlll zação

altamente diversificada dos recursos

formação de redes. MUltiplicam-se,

não

em

favorecem a

um mesmo

diferentes ambiente, terminais dedicados a

processadores, obrigando os usuários a se ajustarem aos

diversos ambientes de processamento.

I nter II gação entre processadores

terminal de uma máquina emule o

máquina. Nenhuma SOlução que

Algumas vezes a

possibilita que o

terml na I de outra

tire partido de

gerenciadores de rede, tornando a comunicação entre

máqUinaS e sistemas transparente para o usuário. As

diretrizes estabelecidas pelos gerentes de

processamento da empresa, no sentido de estimular a

utilização de redes locais, não empolgaram os gerentes

de processamento das áreas usuárias; pois o custo

destas redes e a Insuficiência de software para estes

produtos consumi ria, de forma Improdutiva, os recursos

necessários à Implantação de uma solução em rede.

B - Situação Pretendida

B.' - O Projeto Pretendido

Nenhum participante do encontro foi capaz de oferecer

uma proposta que satisfizesse às expectativas do grupo.

Dois participantes conseguiram estabelecer proJeções

sugestivas. De um modo geral, a primeira alternativa

estabelecida pela equipe coordenadora, Isto é,

selecionar sistemas que pUdessem ser considerados como

76

núcleos de desenvolvimento, foi cons I derada I nv I áve I,

pois exigiria esforços de adaptação que não

compensariam o comprometimento com concepções

desenvolvidas a partir de visões Isoladas.

B.2 - A interface entre as áreas

Não fOi possível definir uma sOlução adequada. Nenhuma

experiência anterior possibilitou estabelecer

expectativas de Integração entre sistemas das

diferentes áreas funcionais.

B.3 - A estrutura das bases de dados

A empresa acumulou multa experiência em sistemas

suportados por Software Gerenciador de Banco de Dados

(SGBD); entretanto, estes sistemas não tiram partido de

toda a potencialidade de um SGBD. As soluções

alcançadas satisfazem às necessidades. departamentais e

não às necessidades corporativas. Desse modo, os dados

não resultam da articulação entre processos, mas sim de

atividades de entrada de dados que se superpõem ao

registro de Informações necessárias

normais de produção. foi considerado

às atividades

Importante fazer

uso de SGBD nos sistemas de apolo à produção.

B.4 - Estratégias

A não definição de um proJeto Invlabi I izou a definição

de estratégias.

77

c, O, E, F - Recursos, Ameaças, oportunidades, Pontos Fortes

e Fracos - sem definição

G - Descentralização do Desenvolvimento e Manutenção

A dimensão da tarefa e a dispersão geográfica dos

recursos humanos,

desenvolvimento e

determinam

manutenção

P I anel amento centra II zado.

uma conduta

descentra I I zados

de

com

Mais Importante do que as conclusões a respeito dos

temas propostos para debate, foram os produtos da auto

ava I I ação co I eti va. A I ncapac I dade de exp I I c i tar uma so I ução

estimulou a reflexão. Não seria possível sustentar a

dispersão conceptual resultante do empenho de antecipar

resultados de forma localizada. Evidenciou-se a necessidade

de elaborar métodos e Identificar ferramentas disponíveis no

mercado. Emergiu à consciência do grupo a necessidade do

esforço coletivo e o compromisso com a iniciativa de

proporcionar à empresa um Sistema Integrado. Desse

compromisso resultaram as seguintes recomendações:

Recomendações:

1 - Selecionar dentre as aplicações existentes aquelas que

satisfizerem de modo mais adequado as necessidades dos

usuários, em todos os Distritos, de modo a possibilitar a

Interrupção Imediata da superposição de desenvolvimento

de sistemas.

2 - Restringir a atividade de desenvolvimento à conclusão de

78

sistemas não redundantes, que representem significativo

apolo às atividades de produção e para os quais a

necessidade de Investir recursos não supere em duas vezes

o I nvestlmento já real I zado.

3 - Limitar a aplicação da mão-de-obra de desenvolvimento e

manutenção às atividades mencionadas nas recomendações 1

e 2 e à manutenção estritamente corretiva, promovendo a

liberação dos recursos necessários ao empreendimento do

novo projeto.

4 - Rever o Plano Diretor de Informática, de modo a eliminar

superposições.

5 - Propor ;lo OI retorl a da empresa a formal I zação de uma

estrutura orientada para o Planejamento e Controle do

Desenvolvimento de Sistemas.

6 - Elaborar uma Metodologia de Planejamento de Sistemas.

7 - Estabelecer um cicio de reuniões que posslbl I Ite:

avaliar o estado das providências determinadas na

reunião anterior;

promover a correção de rumo;

determinar novas providências.

o cicio de reuniões teve por Objetivo manter todo o

grupo comprometido com os resultados alcançados com o

desenvolvimento das providências, posto que todos os

representantes de Departamento Influenciavam efetivamente

estes resultados. As reuniões propiciavam, aos coordenadores

do processo, as condições favoráveis à sustentação da

motivação Indispensável ao andamento das providências. Para

79

início do ciclo deve ser considerada essa primeira reunião.

É Importante observar que as questões a serem

resolvidas já estavam enunciadas na agenda dessa primeira

reunião, e que a dinâmica de trabalho em grupo foi mantida

durante todo o processo de planejamento e desenvolvimento,

como mecanismo de enriquecimento conceptual e comprometimento

com os resultados.

Como veremos a seguir, os temas propostos na

primeira agenda permaneceram em pauta durante os encontros

posteriores. A cada reunião o conjunto de conhecimentos

crescia, o que capacitou o Grupo de Coordenação a empreender

a construção coletiva dO Planejamento da Função de SI.

4.3 - Identificação e Seleção de Metodologia de Planejamento

da Função de SI

Para solucionar a questão metodológica, proposta na

primeira reunião, foi constituído um grupo

com participação de duas Regiões, dos órgãos

especial (G.E.)

de Coordenação

da Sede e de profissionais do órgão de Processamento de Dados

da empresa. (A redução do número de participantes dos

Distritos atendeu à necessidade de redução de custos).

Este grupo especial Imediatamente procurou

Identificar um método que fosse recomendado pela empresa ou

pela holdlng do sistema. Como não havia nenhum método

BO

padronizado, foi estabelecido como objetivo a formulação de

uma metodologia. Entenda-se como formulação o desenvolvimento

completo do método.

Depois de se ter investido algum tempo na

elaboração de um modelo, o G.E. percebeu que a abordagem

pretendida estava desconsiderando todas as contribuições que

se poderia obter no mercado ou na I iteratura especializada.

Então, o G.E. optou pela realização de uma pesquisa com o

objetivo de Identificar propostas metodológicas que pUdessem

ser aval I adas para utll i zação pel a empresa.

FO ram rea I i zados contatos com universidades,

consultorias e bl bllotecas. Em pouco tempo foi possível

IdentIficar os seguintes métodos de Planejamento de Sistemas:

APX(A) [Pereira et aI, 1979), SADT(B) [Softech Inc, 1976),

ISAC(C) [Lundeberg et ai, 1979), MERISE(D) [Metodata, 1986) e

BSP(E) [I BM, 1984).

Identificados os métodos e obtida a documentação

Iniciou-se o processo de seleção.

Pre II ml narmente o G. E. determl nou o que dever I a ser

esperado como resu I tado de uma proj eção rea I I zada com base em

um método de planejamento de sistemas, tendo sido concluído o

seguinte:

1 - o produto final deve ser um esboço global de todos os

sIstemas utl I Izados pela empresa, sem incluir detalhes de

81

desenvolvimento;

2 - cada sistema deve se apresentar como um subconjunto com

contornos nitidamente definidos;

3 - 05 sistemas devem apresentar alta coesão interna e fraca

coesão externa,

estáve I;

de modo a resultar uma construção

q - os sistemas devem estar orientados para a estrutura

funcionai e não para a estrutura organizacional;

5 - os sistemas devem dar suporte aos objetivos da empresa;

B - os sistemas de planejamento, controle e apolo à decisão

não devem sobrecarregar o sistema produtivo, Isto é, os

dados para planejamento e controle, quando originados

pela área de produção, devem ser normalmente

requisitados pelos processos produtivos;

7 - os sistemas devem se articular através da estrutura de

dados.

Além da expectativa associada aos resultados, o

G.E. considerou importante que o método proporcionasse:

8 - compromisso com uma visão slstêmlca de empresa;

9 - procedimentos completamente definidos;

10 - fac I I i dade de I mp I ementação;

11 - procedimentos suficientemente simples, permitindo ampla

difusão na empresa;

12 - base conceptual a ser expandida na fase de

desenvolvimento;

13 - articulação entre função e processo, processo e dado,

dado e decisão, e, decisão e modelo de decisão.

82

Definidas as expectativas com relação aos métodos,

o G.E. construiu uma tabela para registrar, em uma escala de

1 a 5, a Intensidade pela qual cada expectativa se

manifestava em cada método. Esta tabela foi preenchida pelos

participantes do grupo especial e ofereceu o

resultado (quadrO 4.1):

ESCALA PARA AVALIACÃO DE METOOOLOGIAS DE PLANEJAMENTO DE SISTEMAS OE INFORMACÃO

MÉTODOS

( A ) ( B ) (C) (O) (E)

âPX SAOT I c:; Ar. !MFR I c:; F RC:;P

E 1 3,7 2,5 2,7 3,5 4,2

X 2 4,3 3,2 2,8 3,8 4,3

P 3 3,2 3,0 3,4 3,2 4,1

E 4 3,8 2,3 2,1 3,5 4,4

C 5 2,4 1 ,9 2,1 2,5 4,2

T 6 2,1 2,6 2,5 3,1 3,8

A 7 q R , .8 2.4 ;:> 4 4 q

T 8 2,4 2,2 2,3 1 ,9 4,5

I 9 4, 1 1 ,3 4,2 3, 1 4,7

V 10 4,2 2,0 2,3 2,1 3,9

A 1 1 4,3 2,1 1,7 2,5 4,0

S 12 2,8 1,7 2,0 3,0 4,1

,"" q ;:> , .:3 , .8 ;:> n q <;

TOTAL 44,1 27,9 32,3 36,6 54,0

(os valores representam as médias para cada Item)

Quadro 4.1

83

seguinte

o G.E. evidenciou o seguinte:

as metodologlas SACT e ISAG são ferramentas mais

apropriadas à fase de desenvolvimento de sistemas, por Isto

obtiveram a pontuação mais baixa;

com relação à metodologia SACT não foi

documentação completa;

possível obter

a metodologia MERISE, apesar de ajustada ao objetivo de

planejamento, não se apresentou adequadamente documentada;

a metodologia APX quando comparada com a metodologia BSP,

oferece resultados parciais e fundamentação Incompleta.

Gom base nos resultados mencionados acima,

recomendou a utl I Ização da metodologia 8SP.

o G.E.

Após a seleção da metodologia, antes de anunciar a

escolha, o grupo de coordenação (G.G.) decidiu realizar um

teste, para aval iar os Impactos que ocorreriam no ambiente em

decorrência da Implementação da BSP.

o G.G., então, convocou um grupo de usuários ao

qual foi proposto um exercício objetivando avaliar a

fami II ar I zação com 05 conceitos que fundamentam a

estruturação do BSP. Esses usuários atuavam como gerentes em

diferentes segmentos funcionais da empresa (cabe lembrar que

predomina a cultura técnica mesmo entre os empregados que

exercem atividade gerenciai>. O G.G. solicitou a cada

participante desse grupo de usuários que Identificasse as

84

decisões de natureza estratégica, tática e operacional e

estabelecesse a articulação destas decisões com os dados por

elas consultados, com os processos que originam estes dados e

com as funções que suportam estes processos. Para facl I Itar,

cada participante resolveria a questão apenas para as

decisões que afetassem mais diretamente o contexto de sua

área de atuação, bem como para as decisões para as quais sua

área de atuação contribuísse ou originasse.

Em resumo, seria necessário que cada participantes

organizasse tabelas com um formato padronizado, conforme

representado no modelo a seguir (figura 4.1):

NíVEL

ESTRA-TéGICO

TÁTICO

PRODUCÃO

ESTRUTURA DE ARTICUlACÃO DAS DECISõES,

DADOS, PROCESSOS E FUNCõES

DECISÃO DADOS PROCESSO FUNCÃO

flg. 4.1

Para efeito desse exercício, uma decisão pode ser

uma ordem de execução de tarefa, uma solicitação de recurso,

uma definição de produto, etc. Por outro lado, os dados podem

ser produzidos por processos Internos ou externos à empresa

85

ou à área funcionai de atuação do participante do exercício.

Com esse exercício o G.C. pode aferir o ajuste de

conceitos entre gerentes, a visão da articulação entre

funções e entre processos, e, a percepção de cada

participante com relação à origem dos dados que subsidiam

suas decisões.

A realização desse exercício não ocorreu sem

dificuldade. Houve necessidade de se repetir a tarefa algumas

vezes.

A p r i me i r a dificuldade dizia respeito ao

desencontro de conceitos. Apesar de se entender de forma

adequada o alcance de uma decisão, não havia conhecimento

homogêneo, e para alguns participantes nem mesmo

conhecimento, do tratamento formalizado e sistematizado que

os especialistas propõem para a formulação de pol ítlcas e

estratégia empresarial.

Para superar essa dificuldade o G.C. promoveu um

treinamento tomando-se como referência o livro "pol ítlca e

Estratégia de Empresas" (Bethlem, 1981).

Cone I u í do o tre i namento, a rea I i zação do

evoluiu; a dificuldade deslocou-se do desacordo

destino

exercício

conceptual

dos dados, para a miopia com relação à origem elou

isto é, não se sabia Identificar com clareza em que

86

processos, de qual função, um dado era originado, e nem em

que deCisão, de qual função um dado originado viria a ser

utilizado. Para os dados originados e consumidos por

processos de uma mesma área funcionai esta dificuldade era

atenuada. O grupo de usuários percebeu neste momento a

facilidade com que se multiplicam os processos geradores de

dados (o que compromete a Integridade dos sistemas) e, a

extensão dos Impactos que a alteração da estrutura de um dado

produz na estrutura de decisões (o que compromete a

estabi I I dade dos si stemasl. O grupo de usuários foi

aprimorando a visão da estrutura de processos e da estrutura

de dados. A estrutura de dados passou a ser reconhecida como

um recurso comum, do qual todos dependi am e para a qual todos

contribuíam.

A continuidade do exercício aprimorou a

harmonização de conceitos e aprofundOU o conhecimento da

estrutura de processos e da estrutura de dados.

A Interrupção do exercício ocorreu quando, para o

G.C. a expectativa de Incorporar benefícios não compensava os

custos da mobll ização dos recursos humanos. Entretanto, neste

momento, a empresa Já podia contar com um grupo de pessoas

perfeitamente faml I larlzado com os conceitos e a natureza do

problema a ser enfrentado no processo de Planejamento. Este

grupo de pessoas, deliberadamente, Incluía mais de um

representante de cada Departamento e de duas Regiões, e, Iria

constituir o núcleo de Irradiação destes conhecimentos para

87

dentro de suas áreas de atuação (internai Ização de

conhecimentos), e, posteriormente a equipe coordenadora do

processo de planejamento.

Apesar do avanço alcançado com o exercício e o

treinamento, o contexto geral da empresa, em especial a

dispersão geográfica, sugeria ao G.G. que o avanço fosse

conduzido com cautela. Desse modo, foi realizada uma

simulação do processo de planejamento, apl icando-se a BSP.

Gom a simulação o G.C. pretendia verificar se as pessoas após

o treinamento estariam em condições de operacional Izar a

metodologia. Os resultados da simulação foram animadores, a

aplicação do método estabeleu a macro representação da

arquitetura global dos sistemas requisitados pelos usuários.

O G.G. concluiu que era oportuno divulgar a

metodologia e engajar a estrutura no processo. Essa tarefa

exigiria grande esforço, mas, diante dos resultados

alcançados, Já não representava grande risco técnico.

O G.G. programou, então, a I I REGaR, durante a qual

foram debatidos os segUintes temas:

A - Avaliação das providências relativas às recomendações da

I REGaR;

B - Apresentação da MetOdologia de Planejamento de Sistemas

(MPS) selecionada;

G - Debate sobre a MPS;

ss

D - Apl i cação da MPS ao ambl ente da Área de Operações

Nacionais;

E - Determinação dos fatores que Influenciam o Planejamento

estratégico da informatização dos processos de gestão;

F - Determinação das diretrizes para o desenvolvimento do

ambiente de software;

G - Determinação das diretrizes para o desenvolvimento do

ambiente de hardware.

CONCLUSõES:

A - Providências relacionadas com a I RECOR

Superposição e Interseção de Sistemas - Foi apresentada

e debat I da uma re I ação de todas as ap I I cações

existentes, evidenciando-se a superposição elou

i nterseção entre as mesmas ou com ap II cações em

desenvolvimento. Considerou-se que essa relação se

constituía numa referência Importante para difusão do

conhecimento das aplicações existentes, possibilitando

o aproveitamento dos resultados existentes e a

mlnlmlzação da superposição de esforços.

Foi realizada uma estimativa da capacidade de

processamento necessária para suportar todas as

aplicações existentes em todos os ambientes da Área de

Operações Nacionais. Essa estimativa não considerava

mudança de tecnologia ou do elenco de apl icações; tinha

por objetivo oferecer uma primeira aproximação das

89

necessidades globais de recursos para orientar o modo

de conduzir a aquisição de novos recursos.

B - Apresentação da MPS

A apresentação da MPS foi desenvolvida em três etapas,

a - descrição do procedimento de seleção da MPS.

Apresentação da BSP;

b - apresentação dos resultados alcançados pelo grupo de

u suá r los que r e a I I z o u o e x e r c í c I o d e a p I I c a ç ã o da BS P

e da Matriz de Referência (Processos X Classes de

Dados) ;

c - apresentação de um exercício de desenvolvimento, de

dois sistemas da Matriz de Referência, objetivando

oferecer uma antevlsão do conjunto de métodos a serem

utl I Izados nas fases de planejamento e projeto de

sistemas;

C, O - Conclusões dos debates e expectativas com relação à

aplicação da MPS no ambiente da Área de Operações

Nacionais;

Necessidade do envolvimento de todos os Distritos de

modo a promover o adensamento cultural e a percepção

homogênea dos processos operados pela empresa

Institucional Ização urgente da estrutura do grupo de

coordenação e de comissões de Informatização nas

Divisões de Departamentos da Sede e dos Distritos

das Regiões de Operação;

9D

Promoção de treinamento para desenvolver base

conceptual para o processo de planejamento de

sistemas;

Geração da matriz processos X classes de dados a

partir das contribuições originadas em cada

Departamento e Região;

Identificação dos projetos (aplicações) a serem

desenvolvidos em ambiente de nova tecnologia;

Desenvolvimento de Sistemas realizado de forma

de s c e n t r a I i z a da, c om e I I m i na ç ã o de s u p e r p o s I ç õ e s e

maxlmlzação de resultados para os usuários.

E - Aspectos a serem considerados na formulação da estratégia

para Implementação de sistemas de informação

I. Aspectos condicionados pela opção tecnológica:

centra II zação X descentra I I zação de dados;

ambiente de hardware e software;

administração de dados;

tecnologia da rede de teleprocessamento;

estação de trabalho;

SGBD;

pr I or I dade para as ap II cações que

processo produtivo.

suportam

2. Aspectos condicionados pela cultura da empresa:

o

Conduta para transição do ambiente atual hardware

(micros e minis), software (comprometidos com o

91

fabricante de equipamento ou multo disperso) e

apl i cações para o ambi ente futuro;

Restrições à expansão do quadro de pessoa I,

mão-de-obra distribuída geograficamente, tendência à

descentralização do desenvolvimento, tendência à

adoção da BSP pela empresa;

Resistência à mudança da situação de desenvolvimento

isolado para a situação de desenvolvimento

comprometido com a BSP.

3. Treinamento

Programar o treinamento de modo a satisfazer os

se9ulntes objetivos:

ampl iar a capacitação dos prOfissionais de

processamento de dados;

capacitar usuários para o processo de

desenvolvimento de sistemas;

promover o ajuste de expectativas com relação à

conduta de trabalho e obter o comprometimento da

estrutura gerenciai com base nos méritos exibidos

pela metodologia.

f - Diretrizes para o desenvolvimento do ambiente de software

a. Software de Ap I I cação

o planejamento elaborado com base na BSP deve conduzir

92

a uma estrutura de aplicações que ostente as seguintes

propr I edades:

un I versa II dade do proj eto - I sto é, a estrutura das

ap I I cações deve ser ta I que, apesar da di vers Idade

de serviços, um único projeto conceptual deve

satisfazer a todas as situações (Invariância);

modularidade de projeto de modo a poder se

acomodar à diversidade de ambientes de operação;

distributividade do projeto - isto é, os projetos

deverão ser desenvolvidos em locais diferentes.

Observação:

não converter sistemas atuais para ambiente futuro;

novos desenvolvimentos somente nos projetos decorrentes

da BSP.

b. Linguagens de programação para novos desenvolvimentos:

e I I m I n a r o uso d e I I n 9 u a g e n s p r o p r I e tá r I as;

adotar apenas linguagens consagradas pelo mercado.

G - Diretrizes para o desenvolvimento do ambiente de hardware

a. Ambiente existente:

aquisição ou expansão de equipamentos somente com a

finalidade de acolher aplicações já existentes;

expansão no ambiente de micro I Imitado ao número de

93

estações de trabalno compatível com este

equipamento.

b. Ambiente futuro:

subordinar a progressão da Implantação a um modelo

que discipline a prioridade das aplicações e dos

ambientes operacionais. Essa ordenação se faz

necessária em função das I Imitações de Investimento

e recursos numanos;

rede de teleprocessamento ajustada ao fluxo de

comunicações e não aos Interesses de controle;

compatl blll zar os equl pamentos atual s com a rede

futura;

centra I Ização X descentra Ilzação de bases de dados;

promover comunicação entre equipamentos.

Recomendações:

I. Formal Izar a estrutura de Coordenação do processo de

Informatização;

2. Apl icar treinamento para uti Ilzação da BSP;

3. Aplicar a BSP ao problema da empresa (no âmbito dos

Departamentos e Regiões - visões Isoladas);

4. Unificar propostas resultantes da recomendação 3 em

reunião específica.

Os resultados alcançados nessa reunião ao serem

94

comparados com os resultados da I REGOR revelam significativa

mudança de percepção ocorrida entre usuários e profissionais

esboçadas pelo a ser de processamento de dados. Começavam

G.G. novas concepções para uso de software e hardware,

compatíveiS com a estrutura e as necessidades operacionais

das novas aplicações que emergiam. Tornara-se evidente para o

G.C. a necessidade de congelar

equipamentos da tecnologia então

o Investimento

existente e

para

de se

estabelecer uma conduta para minimizar os

transição do ambiente tecnológico existente para

efeitos da

o ambiente

tecnológico que então se esboçava. Emergiam os conceitos de

administração

questionava-se

de

a

dados e

existência

modelagem

de

de dados,

ferramentas

e ,

que

proporcionassem apolo às atividades de desenvolvimento dos

proJetos lógico e físico.

95

4.4 Definição de Diretrizes

4.4.1 A I I I RECOR

A proximidade da data de conclusão da proposta de

recursos orçamentários que subsidia a

planejamento anual da empresa sugeria

programação da I I I RECOR. Era necessário que

elaboração do

Precipitar a

o planejamento

de recursos fosse realizado para dar suporte aos sistemas

determinados pela aplicação da BSP ao ambiente da empresa.

Embora a necessidade de resolver o desafio proposto

pelo temário da RECOR tivesse motivado o esforço de

pesqu i sa na II teratura espec I a II zada e/ou a consu I ta a

fornecedores de equipamentos e software, para o G.C. era

prudente estabelecer o Plano Diretor de Informática, derivado

da BSP, antes que a capacitação dos profissionais que

participavam do processo de planejamento estivesse plenamente

desenvolvida.

O G.C. decidiu, então, realizar uma reunião que

definisse as condições de contorno da solução pretendida.

Essa antecipação de visão da solução pretendida seria

suficiente para posslbl Iltar a orientação do Investimento

durante o tempo de transição entre o ambiente atual e o

ambiente futuro de forma a minimizar a posslbl I Idade de

programar Investimentos que viessem a se revelar

Incompatíveis com o ambiente que estava sendo projetado para

o futuro. Além do Interesse Imediato, o resultado da reunião

permitiria programar outros encontros, para decisões

específicas a partir de uma visão global já estabaleclda.

'l6

A I I I RECOR desenvolveu os seguintes temas:

A - Matriz Processo X Classes de Oados dos sistemas que

afetam a Área de Operações Nacionais;

B - A arquitetura das aplicações na Área de operações;

C - A conduta para o desenvolvimento das aplicações;

O - A estratégia de software

Linguagens de Programação

SGBO

E - A estratégia de desenvolvimento de rede;

F - A estratégia de desenvolvimento de hardware;

G - A estratégia para a transição de ambientes;

H - A conduta para a Implantação da Administração de Dados;

- A conduta para tratamento dos altos volumes de

transml ssão de dados dos bll hetadores.

Antes da apresentação dos temas da reunião foram

aval iadas as providências solicitadas na reunião anterior,

tendo sido concluído o seguinte:

a estrutura de Coordenação do Processo de Planejamento da

Função de SI fora formalizada pelo Diretor da Área de

Operações Nacionais, evidenciando o comprometimento do

mesmo com a conduta estabeleCida;

o treinamento para aplicação da BSP havia sido realizado;

as visões Isoladas, originadas pela aplicação a BSP, no

âmbito das Regiões e Departamentos, haviam SidO

desenvolvidas.

97

Após essa verificação cada representante das

Regiões e Departamentos no Grupo de Coordenação realizou a

apresentação da proposta que elaborara para oferecer a

solução das questões enunciadas no temário. As apresentações

posslbl I Itavam apartes e os debates contribuíam para aumentar

o conhecimento acumulado pelo grupo.

Conclusões:

- Objetivos Gerais

o planejamento de Informática deve ser orientado para dar

suporte aos objetivos da empresa, bem como esta deve

focal izar o processamento de dados e os dados como bens

comuns;

a gerência da Informação deve ser real izada de forma a

posslbl I Itar a utl I ização do dado onde e quando este for

necessário;

a seleção de

produtividade

tecnologias deve

da atividade de

programação de sistemas;

valorizar o aumento de

desenvolvimento e a

a seleção de tecnologias deve valorizar a posslbl I Idade de

reduzir o custo de manutenção de sistemas;

o usuário deve participar nos processos de planejamento,

desenvolvimento e Implantação de sistemas;

98

deve ser estabelecida a Integração dos sistemas das

diferentes áreas funcionais da empresa;

o processo de treinamento deve ser utlll zado para

disseminar o conhecimento dos métodos e ferramentas

selecionadas para Planejamento e desenVOlvimento de

sistemas de modo a capacitar a mão-de-obra necessária à

sustentação do processo de desenvolvimento.

I I - Objetivo EspecífiCO

o objetivo a ser alcançado pela Informatização dos

processos de gestão na Área de Operações Nacionais é o

desenvo I v I mento e I mp I antação dos 51 stemas exp I I c I tados

pela aplicação da metodologia BSP no ambiente dessa Área.

I I I - Diretrizes Básicas (numeradas na ordem do temário e

apresentadas na ordem do debate)

A, B - Foram apresentadas

classes de dados

visões da matriz

desenvolvidas nas

processos

Regiões

Departamentos, a serem unificadas posteriormente;

D - A estratégia de software.

Considerando:

X

e

a. que os Gerenciadores de Banco de Dados e os produtos a

eles associados contribuem para aumentar a produtividade

99

do desenvolvimento e manutenção de sistemas;

b. que os Gerenciadores de Banco de Dados facl I Itam a

Implantação de um modelo de dados concebido com base em

uma visão Integrada;

c. a necessidade de desenvolver simultaneamente sistemas para

suporte da produção, para manipulação de

controle e para apolo à decisão;

Recomenda-se:

Informações de

a. que, no processo de seleção e aquisição de software de

gerência de banco de dados, sejam considerados,

simultaneamente, os seguintes requisitos:

a.1 que o fabricante/fornecedor seja capaz de oferecer

suporte técnico eficiente, Incluindo treinamento,

manutenção, documentação etc.

a.2 que através do uso conveniente dos meios de

teleprocessamento disponíveis, o dado seja disponível

quando e onde for necessário;

a.3 que o software gerenciador, IncluindO a linguagem de

definição, manipulação e controle de dados, seja o mesmo,

qualquer que seja o hardware (micros, supermicros, minis

e malnframes), de forma a que se possa assegurar a

portabilidade necessária a uma rede construída com

equipamentos de capacidade diversificada;

a.4 que seja permitido o desenvolvimento de aplicações de

100

forma flexível, sem restrições quanto a acessos

pré-estabel eel dos de modo a possi blll tar aos usuár I os

finais quaisquer manipulações sobre 05 dados disponíveis;

a.5 que o gerenciador garanta performance adequada a cada

aplicação, principalmente aquelas destinadas ao suporte

dos processos de produção (on-II ne);

a.6 que a relação custo/benefício, Incorporada aos processos

de desenvolvimento/produção, seja adequada às

necessidades da empresa;

a.7 que o software apresente ferramentas adequadas à

comunicação entre processos, estejam esses no mesmo

ambiente ou em ambientes diferentes,

posslbl I idade de comunicão com a RENPAC, e

fac II idades;

incluindo

outras

a.8 que a escolha do SGBD seja estabelecida através de um

comitê, para Isto especialmente formado, composto por

representantes das diversas áreas Interessadas, sob

coordenação do Departamento de Processamento de Dados. 05

critérios de seleção deverão Incorporar:

a.9 testes com aplicações-piloto representativas do conjunto

de aplicações que suportam os processos produtivos e de

a p o I o à d e c I são, I de n t I f I c a dos p e I a a p I I c a ç ã o da BS P ;

a.10 as demais exigências estabelecidas pelos Itens

101.

anteriormente mencionados.

b. que se considere o uso de linguagens de quarta geração

compatíveis com o SGBD escolhido, para

quais este uso possa refletir ganhos de

ap I i cações nas

produtividade,

dando preferência àquelas

compilada;

que apresentem estrutura

c. que haja padronização no uso das linguagens de tercel ra

geração, mantidas as características de aplicação de cada

I i nguagem, reconhecendo-se

técnico-científicas,

processos;

comerciais e

as

de

ap I i cações

controle de

d. que o software para I nter I i gação dos equ I pamentos em rede

satisfaça ao Modelo de Referência para Interconexão de

Sistemas Abertos (RM-OSI) proposto como padrão

internacional pela ISO (International 5tandard

Organ I zati on);

e. que se considere a utl I Ização de software multiusuário

para microcomputadores;

f. que s e c o n s i d e r e a u t I I i z a ç ã o de s o f twa r e p a r a r e d e I o c a I

compatível com o padrão 051-150.

E - Estratégia para desenvolvimento de rede

Considerando:

102

a. que os recursos atuais

finalidades distintas:

são disputados para três

transmissão e tratamento dos dados de bllhetadores (grandes

volumes - batch);

processamento de sistemas de apolo

características locais (on-Ilne);

à produção com

processamento de sistemas de Informações gerenciais de

Interesse geral (batch e on-Ilne);

b. que 05 recursos atuais são agrupados em diversas redes com

consideráveis restrições de Interconexão e acesso;

c. que a conf i ab I11 dade dos equ I pamentos

desgastes operacionais;

tem motivado

d. que o crescente volume do tráfego de transmissão de fitas

sugere a aquisição de equipamentos e software que

posslbl I Item maior velocidade de transmissão;

e. que a unificação das

possl blll tará a redução

diversas redes

do Investimento

provavelmente

e dos custos

operacionais (operação, manutenção e Insumos);

Recomenda-se:

l.03

a. que a diversidade de recursos em uso atualmente seja

reorganizada de modo a se estabelecer uma rede única capaz

de suportar a transmissão e tratamento dos dados de

bllhetadores, o processamento dos sistemas Integrados de

apoio à produção, o processamento de sistemas de

Informações gerenciais de Interesse geral, o que Inclui a

automação de escritório e os sistemas de apolo à decisão;

b. que o projeto da rede, tirando partido da tecnologia

dlsponfvel, seja orientado para alcançar, a médio prazo, a

seguinte estrutura (figura 4.2):

104

----- _._----~~.

MODELO OE ARQUITETURA OE REDE

TE R" I N A I S LOCAIS E DISTANTES

L OCA L 2

REN PAC

PAO l Oc A l. 4

j

LOCAL N LOCAL 3

F lO. 4.2

, O •

c. que os requisitos básicos para a construção da rede sejam:

requisitos técnicos:

elevado grau de serviço;

qualidade;

conflabllldade;

desempenho compatível com as apl icações;

proteção contra violação;

requisitos estruturais:

acesslbl I Idade plena dos terminais às CPU's;

acess i b I I Idade plena das CPU de um mesmo loca I pa ra

as unidades de disco;

crescimento modular das unidades de disco;

crescimento modular de CPU;

posslbl I Idade de conexão com a CPU da sede;

Incorporação de dispositivos de transmissão de

dados a alta velocidade;

d. que o número de miCrocomputadores (PC> Incorporados à rede

corresponda ao número de posições de gerência, como base

para o processo de automação de escritórios e para 05

sistemas de apolo à decisão;

e. que o número de nós da rede seja determinado após a

rea I I zação da aná I I se de trade-off entre os custos de

processamento (hardware, software, Infraestrutura e

manutenção> e os custos de telecomunicações.

106

Obs: Durante a realização dessa análise de

trade-off devem ser Investigados os efeitos da superposição

de diversas redes, principalmente se ocorrerem benefícios

econômicos caso se construa uma rede exclusiva para a

transmissão de dados dos bllhetadores.

F - A estratégia de desenvolvimento de hardware

Gons I derando:

a. a necessidade de restabelecer a conflabl I Idade da rede de

transmissão de dados dos bll hetadores;

b. a necessidade de expandir a capacidade de processamento

dos equipamentos que dão suporte aos

automatizam os processos de gestão;

sistemas que

c. a necessidade de explorar de forma mais eficiente a

capacidade dos microprocessadores que suportam aplicações

Isoladas;

d. a arquitetura das aplicações Identificadas pela BSP e as

di retrlzes para software e para rede explicitadas nessa

reunião;

Recomenda-se:

a. Ambiente da Rede de Transmissão de Dados dos Bllhetadores:

107

restringir a ampliação de capacidade de processamento na

tecnologia atual se a ampl iação for determinada por

processos de gestão;

se ocorrer aumento de

necess i dade de transmi ti r

fOlgas de capacidade

capacidade determinada

dados de bll hetadores,

de processamento, que

manifestarem em decorrência da diferença entre

tecnicamente necessário, deverão

pela

as

se

o

ser acréscimo

utilizadas

ambientes;

com ap I i cações existentes em outros

só serão admitidos recursos complementares (terminais)

para apll cações exl stentes em outros ambi entes, e no

caso de haver

processamento.

b. Ambiente Micro - PC:

di spon I blll dade de capacidade de

I imitar a ampliação do número de equipamentos ao número

de posições de gerência Identificadas pelo projeto do

novo ambiente;

o I Imite estabelecido acima só poderá ser ultrapassado

quando ocorrer a oportunidade de fazer uso de aplicações

já desenvolvidas;

a necessidade de micros de 8 bits, utilizados para

processamento de textos, deverá ser satisfeita pela

aquisição de terminais não Inteligentes acoplados ao PC.

1013

c. Amb I ente do Equ I pamento Centra I:

r e s t r I n g I r o c r e s c I me n t o do n ú me r o

fabricante específico, haja vista a

de terminais

Possibilidade

do

de

estabelecer o acessso através do equipamento selecionado

para os nós da rede:

quando for Inadiável o acréscimo de um terminal, deverá

ser privilegiado o acesso através de um

acoplado a um micro PC disponível.

d. Geral:

terminal

que sei a rea II zado o processo de I dentl f i cação e se I eção

de equipamentos para orientar a realização dos

Investimentos que assegurem a Implementação das

diretrizes para o software e para a rede:

que os Investimentos sejam realizados progressivamente

de modo a garantir a transmissão de dados dos

bll hetadores e a Implantação das ap II cações

identificadas pela BSP, com o mínimo de ociosidade de

recursos de hardware, software e telecomunicações.

C. Conduta para o desenvo I v Imento das ap II cações

Considerando:

que as ap II cações ex I stentes estão comprometi das com v I sões

específicas, de um particular usuário, sem apresentar

potencial para integração com outras aplicações:

109

que as ap I I cações ex Istentes, com poucas exceções, foram

desenvolvidas com I inguagens que não possibilitam a

transposl ção ou conversão das ap I I cações

equ I pamentos (I I nguagens· propr I etár I as ou

para uso específico na empresa);

para outros

desenvolvidas

que a arquitetura de aplicações, os processos e classes de

dados Identificados pela BSP constituem excelente

referência para o desenvolvimento de sistemas Integrados;

a necessidade de liberar anal istas e programadores para

desenvolvimento de sistemas Integrados.

Recomenda-se:

a. restr I ng I r o esforço de desenvo I v I mento de ap I I cações, nos

moldes das práticas anteriores ao processo da BSP, aos

sistemas em fase de conclusão;

b. atribuir a equipes específicas a responsabilidade pelo

desenvolvimento de cada um dos módulos componentes da

arquitetura de sistemas Identificada pela BSP;

c. adotar, durante a fase de proJeto lógico, métodos

adequados ao desenvolvimento de Diagramas de Fluxo de

Dados e do Modelo de Dados dos Sistemas IntegradOS;

d. adotar como mecanismo de Integração a reunião sistemática

H0

entre os coordenadores das equipes de desenvolvimento de

modo a assegurar a Integração dos conceitos, dos processos

e do modelo de dados;

e. assegurar que um único projeto conceituai

diversidade dos serviços da empresa;

satisfaça a

f. que o desdobramento dos processos em outros de menor

n í ve I, seJ a rea II zado ao ponto em que se assegure que a

recomblnação desses processos elementares possa ser

real izada de modo a satisfazer à diversidade dos ambientes

operacionais.

H - A conduta para implantação de Administração de Dados

Considerando:

a. a determl nação de desenvol ver um ambi ente de apll cações

integradas;

b. a determinação de fazer uso de SGBD;

c. a necessidade de manter a Integridade do modelo de dados

dessas ap I i cações;

Recomenda-se:

a. Instituir uma estrutura para Administração de Dados,

iH

subordinada ao órgão Central de Processamento de Dados;

b. estabelecer, via treinamento, a unificação de conceitos

sobre modelagem de dados;

c. estabe I ecer, via treinamento, a unificação

conhecimentos sobre administração de dados;

d. estabe I ecer, via treinamento, a unificação

conhecimentos sobre gerência de bancos de dados.

G, I - TranSição de ambientes e conduta para tratamento

altos volumes de transmissão dos dados

bll hetadores

Incluídas nos outros ítens.

As diretrizes estabelecidas através

recomendações enunciadas nessa I I I REGOR determinam

de

de

dos

dos

das

as

condições de contorno dos objetivos e estratégias que

constituem as decisões estratégicas do Planejamento da função

de SI. A partir dessas diretrizes o processo de planejamento

evoluiu para o aprimoramento da arquitetura dos sistemas de

Informação e para a Identificação e seleção dos componentes

de software e hardware que poss I blll tar I am constru I r as

alternativas de solução a serem apreciadas pela Diretoria.

A dinâmica de trabalho continuou sendo a decisão

coletiva; a composição das equipes, entretanto, foi alterada

de modo a privilegiar a participação (e a Influência sobre a

decisão) de especial istas relacionados com o componente

t é c n I c o s u bme t I d o à a vai I a ç ã o .

Para acelerar o processo decisório, as reuniões

passaram a ser realizadas em paralelo. Ao grupo de

coordenação ficou reservado o papel de Integrar todos os

resu I tados.

4.4.2 Decisões Complementares

Ainda durante a

seguintes atividades:

I I I RECOR foram programadas as

Especificação dos requisitos técnicos para SGBD, elaboração

de procedimentos de aval iação para SGBD, sei eção do SGBD a

ser utlll zado pe I a empresa - atl v I dade a ser rea II zada por

um grupo de especialistas sob coordenação do Departamento

de Processamento de Dados da Sede.

unificação das propostas para Arquitetura de Aplicações,

resu I tantes da ap I i cação da BSP no amb I ente das Regi ões e

Departamentos da Sede - atividade a ser realizada por um

grupo de gerentes usuários (usuários) e gerentes técnicos

(ana I I stas) representantes das v I sões das

Departamentos.

Regiões e

Treinamento orientado para Administração de Dados, Banco de

Dados e Modelagem de Dados, atividade a ser conduzida por

especialistas dO Departamento de Processamento de Dados da

Sede e a ser assistida por usuários e analistas que

constituirão as equipes de desenvolvimento dos sistemas

identificados pela BSP.

Designação das equipes e Início do ciclo de desenvolvimento

- atividade a ser realizada por equipes constituídas por um

gerente usuário, um gerente técnico (analista), analistas e

usuários com experiência no sistema atribuído à equipe.

Elaboração das alternativas de projeto final a ser

rea I i zada pe lo grupo de coordenação,

espec I a listas e/ou fabricante de

assistido

equipamentos.

por

As

alternativas de proJeto final estão descritas no Item Q.5.

Os resultados dessas atividades foram apresentados

e avaliados pelo G.G. nas IV, V e VI REGOR, e, estão

descritos a seguir.

Q.Q.2.1 - Unificação das Propostas para

Ap I I cações

Arquitetura de

A un i f i cação das propostas fo i rea I I zada em uma

REGOR com a participação de representantes (gerentes

usuários) de todos os Departamentos da Sede e das Regiões da

~rea de Operações.

o processo de unificação foi realizado a partir da

experiência adquirida nos exercícios de treinamento para

aplicação da BSP, nas reuniões para apresentação da BSP e no

treinamento e exercícios realizados no ambiente de cada

Departamento/Região. O exercício promoveu o amadurecimento

dos profissionais envolvidos com a atividade possibl I Itando a

explicitação da matriz Processos X Classes de Dados

apresentada no Apêndice I I I.

Essa matriz define a macro-arquitetura dos sistemas

de Informação e determina o objetivo da Informatização dos

processos de gestão.

Além da matriz acumUlou-se multa Informação com

relação aos processos e aos dados operados nas atividades da

empresa; essas Informações constltulram um acervo Importante

para utl I Ização durante a etapa de desenvolvimento.

A única alteração produzida nessa matriz, ainda

antes do Início da etapa de desenvolvimento, foi a Introdução

de um módulo relacionado com a administração de serviços de

apolo.

o fato de não ter havido nenhuma alteração na

estrutura do resultado explicitado na matriz, durante todo o

processo de desenvolvimento, contribuiu para aumentar a

confiança do G.C. na metodologia.

1.15

Outros resultados Importantes foram:

o enriquecimento do conhecimento dos usuários a respeito

dos objetivos e estratégias empresariais;

a identificação de oportunidades de uso de sistemas de

Informação como Instrumento de exacerbação de vantagens

competitivas;

a Identificação dos principais grupos reivindicantes e seus

objetivos;

o comprometimento dOS participantes com 05

Identificados pela metodologia;

objetivos

a atribuição de responsabl I Idade de desenvolvimento dos

sistemas Identificados às Regiões e Departamentos;

~.~.2.2 Outras Decisões

As decisões relacionadas com a seleção de SGBD,

treinamento orientado para administração de dados, banco de

dados e modelagem de dados; e, com a organização das equipes

e diretrizes para elaboração do projeto lógico,

descritas no Apêndice IV.

1i6

estão

4.5 Alternativas de Projeto

Estabelecidos os objetivos e as diretrizes para o

projeto, foi Iniciado o proJeto lógico. O desenvolvimento do

projeto lógico permitiu estabelecer a expectativa do volume

de transações a ser suportado pela rede de computadores.

Nesse caso, adotou-se um método para real Izar a proJeção da

capacidade de equipamentos, que considerou,

resultados medidos nos sistemas em operação.

como base, os

A estrutura do proJeto de alternativas,

pelo G.C., obedeceu ao seguinte esquema:

1 - Modelo Geral dos Sistemas;

definida

2 - Postos de Trabalho por Ambiente

Terminais;

Quantificação de

3 - Quadro de relação entre quantidade de terminais e

quantidade de transações em processamento simultâneo;

4 - Determinação do nível ótimo de descentral ização da rede;

5 - Quantificação das alternativas tecnológicas;

6 - Comparação dos custos de desenvolvimento ambiente SGBD X

ambiente convencionai;

117

7 - Expectativas de Ganhos e Custos;

8 - Determinação de Prioridades;

9 - Análise de Risco do ProJeto;

10 - Composição das Equipes;

11 - Resumo das decisões e providências necessárias.

Descrevemos no Apêndice V os principais resultados

alcançados pelo projeto.

118

CAPÍTULO 5

RESULTADOS

119

"Não podemos mais dizer que o mundo é de um Jeito ou de

outro. Podemos apenas dizer que nossa eKperlêncla até o

momento é melhor representada por um mundo dêste tipo, e que

não sabemos o padrão que melhor representará o mundo de

amanhã, mas temos certeza de que ele coordenará uma eKtensão

maior de conhecimento do que o atual."

(Herbert Dingle)

120

Neste capítulo, com base nos conceitos

Identificados na revisão de I iteratura Iremos desenvolver um

Modelo de Referência para Planejamento da Função de SI. Em

seguida, o modelo de referência derivado da revisão de

literatura será generalizado para poder ser utilizado como

referencial de análise de qualquer estrutura de Planejamento

d a F u n ç ã o de SI. Da n d o p r o s s e 9 u I me n t o à a n á I I se de

resultados, o modelo de referência foi submetido a um

processo de va I I dação obj eti vando estabe I ecer Indícios da

universalidade do referencial. Concluindo, procedemos a uma

ava I i ação da metodo I og i a BSP e desenvolvemos algumas

considerações a respeito do alcance do referencial.

5.1 Modelo de Referência para Planejamento da Função de SI

5.1.1 Modelo de Referência Derivado da Revisão de literatura

Conforme o mencionado no Capítulo 3, nossa revisão

de literatura foi orientada para proporcionar os argumentos

necessários à dedução de um referencial que se constituísse

como padrão de medida do alcance de uma metodologia de

Planejamento da Função de SI.

Nossa argumentação se baseia no seguinte 51 1091smo:

a. o modelo de Anthony [Anthony, 1965),

Eln-Dor e Segev, atende às necessidades

modificado por

do Planejamento

Corporativo, logo é um modelo adequado para descrever o

121

modelo de operar as decisões que orientam a utl I ização

mais eficaz dos recursos da empresa:

b. os dados e as estruturas que transformam os dados em

Informações são recursos da empresa:

c. logo o modelo de Anthony é adequado para orientar o

Planejamento da Função de Sistemas de Informação.

Esta conclusão nos conduz ao modelo representado na

figura 5.1.

122

o MODELO DE ANTHONY E O PLANEJAMENTO

DA FUNC,",O

r---------------------------------------I 1 1

PLAHEJAllENTO -

ESTRIlTEG ICO

\ I

CONTROlE

<iEREHCIAL

\ I

\ CONTROlE ---j, DE

0PERAÇllES

\ I

\

----i OPERAÇ8ES ,

CONT AS I LlDADE

F IIIAHCE 11M

5

I

5

I T

\ E

M

A I

5 \

D

I E

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I

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R

M I

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ç

P,

O

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

·1 1 I

\ " 1

,J : 1 1 1 1 1

5 15TEMA DE PLANEJAMENTO

E CONTROLE CORPORAT I VO

Fonte: Ar,thony, 1965.

figo 5.1

123

DE SI

r---------------------------------------1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

1

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

5 O B R

PLAHEJAI1EHTO E - - 5

ESTRIlTEGICO I M 5 A T N E I M P

CO/ITROlE A U --i - 5 L

GERENCIAL A O ç E ;a;

O I

\ CONTROlE N D

/ DE ~ F E OPERAÇUES O

R I M N A F ç O

, ;a; R 0PERAÇllES I-- O M

I A ç ;e; O

PLANEJAMENTO DA

FUNç;a;O DE SI

A observação desse modelo nos conduz ao seguinte:

a estrutura do Planejamento da Função de SI é Idêntica à

estrutura do Sistema de Planejamento Corporativo,

se o Planejamento da Função de SI se ajustar perfeitamente

às pol ítlcas, objetivos e metas do Planejamento

Corporativo, então os resultados obtidos no processo de

Planejamento da Função de SI apolam perfeitamente o Sistema

de Planejamento Corporativo,

assim como ao Sistema de Planejamento Corporativo

associa-se uma dimensão correspondente a técnicas de tomada

de decisão, ao Planejamento da Função de SI associa-se uma

dimensão correspondente a metodologias e técnicas de apoio

à decisão relativas à utl I Ização da tecnologia da

Informação,

a estrutura de Manipulação da Informação do Planejamento da

Função de SI opera processos e dados específlcamente

relacionados com a tecnologia de tratamento de Informações.

Em resumo. se o Planejamento da Função de SI se

ajusta perfeitamente aos objetivos da Corporação, e se

recorrermos à representação dO sistema de relações proposto

por King (King, 1978), generalizada como o estabelecido no

item 2.1.4, podemos desenhar os dois sistemas conforme o

proposto na figura 5.2.

124

o MODELO DE KING (ADAPTADO)

E O PLANEJAMENTO DA FUNC~O DE SI

5 11 O A B H R nODELOS PARA I E \ P ELABORAR E SELE-U S L I CIOHAR ALTERNATI A 5 C TUAS DE SISTEI1AS 11 E O 11 DE IHFOR"ACIIO

A

//l D S A

D I E / N / F I / O H / R F 1'1 O A R C 11 11 A O C

iI O

PLANEJAMENTO

DA FUNÇ;2\O DE S I

Fonte: King, 1978.

S I

D S E T C E I 1'1 11 5 A A õ H 5 E I S P D

U E S L I A I 5 C N T 11 F E O O 1'1 R A D 11 5 A A

C D I iI E N O

F I O C H R O F 11 R O A P R C O " 11 R A O A C T 11 I O U

O 5

I

I / 110D@lOS

I I DE TO"ADA

I DE DECI5i10

D E C

DE5ICõES\ I

HilO \}\ ~ PROGRI1AI'IDAS E

5 DECI5õES

C ORPORATIU05 PROGRAI1ADAS C O R P

I

1/ I

I

/ I

I I

I I

l/ 2 T I U A 5

/

PLANEJAMENTO

CORPORATIVO

Fig. 5.2

125

Observemos que os espaços das Informações e das

decisões são domínios cujos elementos se relacionam através

de mecanismos selecionados para a Implementação da tomada de

decisão (seja para formulação de sistemas, seja para a

decisão propriamente dita).

Para obter a configuração global do modelo de

referência que propuzemos deduzi r, Introduzi remos na relação

descrita acima uma dimensão associada às categorias de

decisão propostas por Anthony. Da associação destes conceitos

resulta a estrutura representada na figura 5.3.

ESTRUTURA SIMPLIFICADA 00 REFERENCIAL PARA PLANEJAMENTO DA FUNCAO DE SI

Planejamento Estratégico

Controle Gerenciai

Controle de Operações

Operações

INSUMO PROCESSO PRODUTO

flg. 5.3

Para aumentar a precisão do modelo que estamos

propondo, devemos Introduzir um mecanismo de recorrência

entre as diferentes categorias de decisão, conforme o

sugerido pelo modelo de Anthony. Desse modo, o modelo de

referência que estamos propondo exprime uma relação reflexiva

configurada conforme o representado na figura 5.4.

126

/ /

\ \

RELAC~O REFLEXIUA DO REFERENCIAL PARA

PLANEJAMENTO DA FUNC~O DE SI

, J\ , / \ \

/ \ S / \ " O

11 B IIODELOS / H R

\ / I E

1/ / PARA P U S L I A 5

ELABORAR C T li E O 11

E SELECIONAR / A \ / D S , I A

ALTERNAT lUAS D I E H

DE SISTEMAS F I O H R F

\ DE \

\ IHFORMAClIO

11 O 11 R C " \ li A

\ O ç \ li

\ / O , I

S I S T E

li 11 11 11 H S I P D U E L 11 I ç H li F O O

R D 11 A A

ç I li N O F O C R O 11 R A P C O li R O A

T I U O S

D E

,~------""" C / DECISõES\ I

/ NilO \ \ 6 / IIOD~LOS \ J\ S

/ DE TOMADA PROGRAIIADAS \ E

/

DE DECISKO DECISõES

CORPORATIVOS PROGRAIIADAS

/ /

/ /

/

/ /

/ /

/

;'

5

C O R

ll/ i T I U 11 5

Fonte: Kin9 1878 e Anthony 1865

f i9. 5.4

121

Assim sendo, a configuração global do modelo de

referência é representada pela estrutura descrita na figura

5.5.

ESTRUTURA DO REFERENCIAL PARA PLANEJAMENTO DA FUNClO DE SI

Planejamento Informações Estratégico do Ambiente e ( 1 )

III n " N P. a fi r. i n s

Controle Gerenciai ( 1 ) (2 )

Controle de

Operações ( 1 ) (2 ) ( 3 )

Operações ( 1 ) (2) (3 ) ('I )

INSUMO PROCESSO PRODUTO

flg. 5.5

Os elementos pertencentes a cada subconjunto dessa

estrutura serão representados de forma resumida, isto é,

mencionaremos apenas o nome da classe a que pertence e o

elemento; a menção específica de métodos ou técnicas ocorre

excepcionalmente, quando os mesmos são citados freqüentemente

na literatura.

Os elementos representados no modela de referência

foram identificados nos textos utl I Izados durante a revisão

de II teratura.

128

A figura 5.6 e o quadro 5.1,

exp I I c i tam nossa proposta de mode lo de

a seguir, que

referência para

Planejamento da Função de SI, são dois modos de representar

as mesmas relações entre informações, processos e categorias

de decisão de planejamento. A primeira figura representa

estas relações na forma

(I nsumo - processo

conforme mencionamos

de um espaço de duas

produto x categorias de

anteriormente. A segunda

dimensões

decisão),

figura

representa estas relações na forma de um espaço de duas

dimensões (processo x Insumo = produto = classe de dado), no

qual se representa a Informação (ões) que utilizada (s) por

um processo (esta Informação utlll zada é si nall zada por U)

cr I a uma nova Informação (esta Informação cr I ada é s I na II zada

por C); esta segunda representação será designada por: matriz

processos x classes de dados.

129

O O -~ 'li f-q [( f-\11 UI

O f-Z UI r ~ l UI Z q J ~

J ~ -l) Z UI f( UI ~

UI J O [( f-Z 0 O

tn UI UI J I) OU ~

~ O ~ l) O

\11 IUI lUll ~U 00

[(

REFERENCIAL PARA PLANE~AMENTO DA FUNÇí"líO DE SI

(LITERATURA) INSUI10 PROCESSO PRODUTO

· Mis~ Metodologias para elabora.;:lo de · Aval ia.;:lo das estra-· Pol iticas 1>01 itica e estrategia empresarial tegias e.oI;iietivos · Ut:etr:- i Ze$ ~~icQI9 Bethlem !gor Ansoff) ~Wclals · fe IVOS · s rategla con-pet i Iva (Michàel · I deht i I ca.;:lo dos pr i n-· Me as Poder) cipais grupos reivindi-

(da empresa) · Método prÕp!" io cantes e seus objet i vos

Anãl ise da cadeia de valores · I dent i f i ca.;:lo das ~ter e Mi I lar) apor tlB1 i dades de uso

I ise dos fatores cr it icos de sistemas de i nforll\al;:lo sucesso (Rockart) par a i ncorpor a.;:lo de Método prÕp!"io vantagens compet i t i vas

QJ · Anãl ise dos fatores cr it icos de Aval i a.;llo das neces-sucesso (Rockart) s i dades e i nf orll\al;:lo

+ Or~iZa.;:lo e · Anãl ise do c ic lo de vida de pro- da elfl'(m:

dutos e rectrsos . Arquite tra global me odos vigentes · Métodos de previ~ dos sistemas de na empresa · Têcnicas de O & M i n f orll\al;llo

· Método prõpr i o

· Metodologia para elabora.;llo de · Ajuste da mis~ [TI [2] ~I itica e estratégia emesaria' da ãrea de sistemas · êcnicas de previSllo recursos, i n f orll\al;llo

beneficios, custos, prazos)

[TI [2] ~ · Anã I ise financeira

Anã I ise de riscos (McFar lan) · ~uste de pai iticas, Anãl ise de pr ior idades (Norberto jetivos, dire-

+ I n f orll\al;Õe5 sobre: Torres) tr I zes e metas da hardware, so ftl.lat"e , Método prõpr i o ãrea de sistemas te I ecDmlB1 i Ca.;Õe5 de i n f orll\al;:lo

~ Método de aval i a.;:lo de projetos · Plano mestre de

+ (McFarlan) ~Ivimento · I ano de ai oca.;:lo de

· Métodos de gerª"" i a de projetos CtrSOS I n f orll\al;Õe5 sobre ~arlan) · Pessoal

· hmark · Treinanento · Har~e · T~tes de Capaçidade · Softl.lat"e · Sof ware · Mé odos de projl1Ç::lo de trãfego ~e · Te lecDmlB1 i ca.;13es · Têcnicas de projeto de rede · Capar;: i ta.;:lo do · Têcnicas de programa.;:lo de CtrSOS : Te I ecomun i Ca.;Õe5

pessoal · Anãl ise financeira -· Infraestruttra

· Têcnicas de~ojeto de segurança ~ P I ano de segurança de instala.;

· Métodos segurança fisica de arqs. fisica e làgica + Restri~Õe5 de Acesso · Métodos segurança làgica de arqs.

0 · Métodos de aud i tagem Plano de auditagem

· Têcnicas de documenta.;llo cQ!fPati- P I ano de documenta-[I] 0 veis com os metodos selec ionados ~:lo e normas · Software de apoio (CASE)

~ 0 0 · Métodos de gerênc i a de · Programa de a.;13es e

reojetos resPonsab i I idades · êcn i ca de or~amenta.;llo _ Or~amento

Se I e,::lo de:

~ QJ Têcnlcas de modelagem de proces-

· Plano de desenvolvi-sos e da:los · Métodos de gerênc ia de projetos mento de sistemas · Têcnicas de O & M

m [TI ~ Têcnicas de projeto de arquivo

· T êcn i cas de progr ama;::lo · Softl.lat"e de apoiO

0 0 ~ QD · Têcnicas de programa;::lo da pr~llo · ~~_:lo da pro-

+ Documenta.;::lo 5 i s temas Têcnicas de O & M

Treinamento dos aperadores · Providenciar ajustes

em equ i pama:>tos

m ~ · Recusar so I i c i ta.;13es incorretas

· Bloquear ocessos nllo autor i zados ... etc

flg. 5.6

130

f{)

~

=f>

f{)

~

=f>

=f>

f{)

~ ~

~

=f>

REFERENCIRL PRRR PLRNEJR"ENTO DR FUNÇÃO DE SI (LITERRTURR)

CLASSES DE DADOS

PROCESSOS

_ Metodologia plelaboraç~o de politica e estrate­gia empresarial (~iricOla Bethlen, Igor ~nsoff)

_ Estrategia compeli iva (Nichael Porter) · Metodo próprio · ~nãlise da cadeia de valores (Porter e Millar) · Análise fatores criticos de sucesso (RocKart) · Metodo próprio

'~ ::l ~ z " ~ o z ~

g: i~

I ... ~

~~ ~f ~;

~ . . ...

c

U

I; :g r~ ~ ;;1 ~

~ g il!il! ~

II li ,I; :111 '11 il! ~

.~ i i~ 'I~ ~;~

! Ili ' !~I ,i i ~ . - . . .

c

· ~nªlise fatores criticos de sucesso (RocKart) · Analise do ciclo de vida de produtos e recursos U · Metodos de previs~o; . Têcnicas de O ~ M

c · Metodo próprio

· Metodol09ia para elabora.~o de politica e es\rategia empresarial

· Tecnicas de previs~o (recursos, beneficios, custos, prazos)

· Anãlise Financeira · Anãlise de riscos (McFarlan) · Anãlise de prioridades (Horberto Torres) · Método próprio · Melodo de aval ia.~o de projetos (McFarlan)

· Método de ger~ncia de projetos (McFarlan) · eenchmarK · Testes de capacidade · Metodos de projeç~o d. trafego · Tecnicas de projeto d. rede · Tecnicas de programaç~o de cursos · Anãlise financeira

1fi~~~r:de projeto d. segurança de instalaçÕes d. segurança fisica de arquivos · de segurança lógica de arquivos

· Metodos de audi\agel

· Metodos de ger~ncia d. projetos · Tecnica de orçamentaç~o

· Tecnicas de modelagem de processos e dados · Melodos de ger~ncia d. projetos · Tecnicas de O ~ M; . Tecnicas projeto arquivo · Tecnicas programaç~o; . Software de apoio

· T~cnicas de progra.aç~o da produç~o · Tecnlcas de O ~ M

· Treinamento dos operadores

~) U U C

:{> U UUC

UIC

U

lU

Quadro 5.1

131

'" ... o u

"

I ! u

Z e ... " ~fi ~ ~u ~ ... ~~

~ ~ =1..,

iil! .. ~I~ I'"

li o ~ ~

i:i cii oz

.~ Iil! I~ "'-:::~~ :::

r' ! :~ I~ . ;;: ~

: = U

u- Classe de dados e insuM do ru.o"u C- Classe de dados e produto do

C

U.

U

U

U

C

'U IC

lu IC

lu lu lu C

lu lu lU U C

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lU

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U

U

U

mmOLE GERERCIIL

comou DE OPEBaç8ES

11

'u lu U U C lU 11

U ui C lU'

U

Na coluna produto da primei ra representação (classe

de dados na segunda representação) reproduzimos os mesmos

elementos que constituem a estrutura de decisões para

sistemas de informação mencionada no Item 2.1.6 da revisão de

literatura.

Na coluna processo (comum às duas representações)

reproduzimos os métodos elou técnicas elou mecanismos elou

modelos de apolo à tomada de decisão, mencionados nos Itens

2.1.6 e 2.2 da revisão de literatura.

A coluna insumo da primeira representação Inclui a

realimentação dos resultados registrados na coluna produto

acrescida de Informações sobre o ambiente e os negócios da

empresa que, também, foram Incluídas na dimensão classe de

dados da segunda representação.

Os instrumentos específicoS mencionados no

referencial foram transcritos das citações incluídas na

revisão de literatura, e servem, apenas, para II ustrar os

recursos descritos na I iteratura ou em documentos editados

por fornecedores de produtos para planejamento e

desenvolvimento de sistemas.

e Importante observar que durante todo o processo

de planejamento, a Identificação e seleção das Informações,

processos e produtos de planejamento a serem considerados no

desenVOlvimento das atividades de planejamento, refletem o

132

estilo conjunto dos gerentes, pois os mesmos utilizarão a

cada passo o(s) Instrumento(s) que estabeleça(m) o melhor

ajuste da sua decisão (expectativa e risco)

Para simplificar a anál ise dos resultados e o

desenvolvimento das conclusões faremos uso, apenas, da matriz

processos x classes de dados, motivo pelo qual

mais mensão à primeira forma de representação.

5. 1 .2 Mo d e I o d e R e f e r ê n c I a G e n e r a I I z a d o

não faremos

A fim de posslbi I Itar o uso do modelo de referência

de Planejamento da Função de 51, derivado da I iteratura, como

referencial para análise de qualquer estrutura de Informação,

processo e produto, desenvolvida por fornecedores de Sistemas

ou por agentes de Planejamento da Função de 51 para

Implementação durante a elaboração de um Plano de Uti I Ização

da Tecnologia da Informação, é Indispensável transformar o

modelo de referência derivado da I iteratura em um modelo de

referênc I a genera II zado.

Nossa proposta de referenc I a I genera I i zado I nc I u I rã

três novas colunas, associadas aos processos, de modo a

permitir a Identificação do tipo de instrumento ut I I i zado

durante a elaboração de um Plano, conforme o

classificação proposto por Karlml (Hackathorn et

métodologla (M), técnica (T) e ferramenta (F).

critério de

al,1988):

O quadro 5.2 representa o Modelo de Referencial

Generalizado para Planejamento da Função de 51.

133

REFERENCIAL 6ENERALIZADO PARA PLANEdA"ENTO DA FUNC~O DE SI

CATHOm DO

IRSmnmO

CLASSE DE DADOS

· Ana I i sar = LEGENDA = C U estratégia

empresarial

· Analisar oportuni­dades para siste­las de inforla~~o

· Analisar neces­sidades a nivel de empresa

· Elaborar estraté­gia para sistemas de informa~~o

· Definir pro jetos

· Alocar recursos

· Projetar seguran~a

· Projetar audl \agem

· Projetar documenta~~o

· Planejar a~lles

· Or~ar

· Organizar ~rojetos lõgico e flsico

U

U

C

C

u u rc u u lu C

u C

U

U

U- Classe de dados é insumo do processo C- Classe de dados é produto do processo n- Metodologia T- Técnica f- Ferralenta

A PLAHEJanmO 'I ESTRATÉGICO

u

U

C U

u IC • COHTR~LE " 6E8EI lU

U .C U

U U C

U lU lu lu Ic COMTROLE DE OpmCSES

U lu lu lu lu Ic ,

u lu lu lu lu lu Ic \f

lU

· Protlraltar proau~~o lU lu lu C U OPERaçm

· Treinar operadores

Quadro 5.2

134

iU Ui C U'

Um referencial assim constituído não oferecerá

qualquer Indicação da precisão dos produtos resultantes da

Implementação de qualquer Sistema de Planejamento da Função

de SI; entretanto oferece um roteiro completo para orientar a

Identificação dos Instrumentos uti I izados para suporte de

cada processo, a categoria dos Instrumentos, os resultados

proporcionados pelos mesmos, e, se os processos (a serem)

implementados durante a elaboração do Planejamento da Função

de SI reproduzem, completamente, os procedimentos e

resultados Identificados no Modelo de Referência

Generalizado.

Observamos, ainda, que:

a. um Instumento específico pode contribuir para mais de uma

categoria de processo e/ou para produzir mais de uma

categoria de resultado; estas contribuições deverão ser

evidenciadas associando-se o instrumento específico às

diferentes categorias de processo e de resultado para as

quais tiver contribuídO;

b. um processo pode recorrer a Instrumento(s) que

corresponda(m) a uma ou mais das categorias propostas por

Karlml (Hackathorn et ai, 1988), este fato deverá ser

assinalado nessas diferentes categorias.

135

5.2 validação do Referencial

Para validação do referencial, recorremos a empresa

de Telecomunicações S.A., pois a mesma se constitui em uma

unidade de anál ise cuja complexidade determina a utilização

de um amplo espectro de Instrumentos de planejamento.

A operaclonallzação da validação foi

seguinte modo:

rea I I zada do

1 - Identificação, com base na descrição do caso, dos

resultados específiCOS alcançados durante o processo de

planejamento empreendido na Telecomunicações S.A.;

2 - identificação, com base na descrição do caso, dos

instrumentos específiCOS utl I Izados para dar suporte aos

processos de planejamento e desenvolvimento considerados

pela Telecomunicações S.A.;

3 - associação dos resultados específiCOS alcançados e dos

Instrumentos específiCOS utilizados, respectivamente, as

categorias de classes de dados e de processos propostas

n o mo d e I o d e r e f e r ê n c I a g e n e r a I I z a do;

4 - representação gráfica das associações identificadas no

processo desenvolvido pela empresa, na forma da matriz

processos x classes de dados, conforme quadro 5.3.

136

TELECOHUMICAÇ6ES S.R. PLRMEdRHEMTO DR FUMe.O DE SI

CATEGORIA DO

IMSTRUnEMTO

PROCESSOS

CLASSES

DE

DADOS

.Seleç~o instrumento de I ... ~Ianel·amento ,~ •

.Anal isar estrategia empresarial

. BSP [8M.1984l lI!iii

.Politica e estrategia de empresa [Bethlem,1981l I_li,,,,.

.Treinamento 1--

.Analisar oportuni­dades para siste­.as de informaç~o

lIE-_-lIE

.[ B thlem,1981l .Elaborar estrate- ~ .. !T~eic ,p~evls'o(Recursost gia para sistemas !CIO~çustos,prazos} de informaç~o Ise Ilnancelra

ise risco (variação

:~~!~W· c i os ,cus tos lprazos) idades \método )

.Oefinir projetos . [ "cFarlan, 198n

.Alocar recursos

. [ NcF ar I an, 1981l (pessoa I )

.BenchmarK

.Teste capacidade

.Previs~o trãfego(mét.prõ­

.Projeto de rede prio)

.PrQg~a.aç~o trejnalento

.Anallse financeira

.Projetar .Avaliação riscos relac.cl segurança segurança fisica e lógica

.Identificar controles PI .Projetar auditagem mini.inar probabilidades

de danos e perdas

.Pro jetar documentação

.Planejar ações

.Orçar

.Especificar descrição sis temas processos e dados .Seleç~o software de apoio

.Técs. gerencia de projeto

.Sele.~o tecnicas de:eode­.Organizar projetos lagem de dados/processos, lógico e fisico projeto de arq., progra­

oa,ão e software de apoio . [ ncF ar I an, 198n 6er~nc i a projeto

.1 ",'0.0' produção .Técnicas de O &" Treinar" ,g, T •• i

lIElI

lIElI

lu

Quadro 5.3

131

U Ic

U lu Ic U uu iu Ic U U uuule

U uuuuUIC

U U U U

,

comULE GERENCIAL

lu

c "lu UII C lU

Os elementos assinalados com x-x-x não foram

representados pois a empresa, conforme mencionado na

descrição do caso, determina, em suas pol ítlcas, tratamento

específico para a "Informática de processo". No processo de

planejamento da "Informática de processos" são consideradas

as oportunidades de desenvolvimento que convêm à estratégia

da empresa e, portanto, os elementos assinalados com x-x-x

Observando a matriz processos x classes de dados

que representa a estrutura de Planejamento da Função de SI

considerado pela Telecomunicações S.A. devemos evidenciar o

seguinte:

a. alguns procedimentos são associados a mais de uma

categoria de processo, Isto decorre do fato destes

instrumentos Incorporarem diversos sUbprocessos orientados

para mais de uma categoria de decisão (é o caso da BSP que

comentaremos adiante);

b. os resultados, prodUZidOS pelo esforço de Planejamento da

Função de SI empreendido pela Telecomunicações S.A., são

perfeitamente compatíveiS com os prOdutos descritos nas

colunas correspondentes às classes de dados da matriz;

c. os processos considerados pela Telecomunicações S.A.,

durante o desenvolvimento do seu Planejamento da Função de

SI, foram selecionados com base em reuniões de trabalho

durante as quais eram ampl lados os conhecimentos e o

138

comprometimento dos representantes (coordenadores) dos

diversos Departamentos (equipes) com participação no

projeto a ser desenvolvido;

d. a leitura do caso permite concluir que parcela

significativa do eSforço de Planejamento fo I or I entada

para a seleção de processos (métodos, técnicas e

ferramentas).

e. a recorrência a procedimentos sugeridos pela BSP se

I imitou à conduta desenvolvida para determinar as

estratégias, os objetivos empresariais e a arquitetura

global dos sistemas de Informação.

f. a Telecomunicações S.A. durante o processo de Planejamento

não considerou a técnica de determinação de prioridades

suger I da pe I a BSP (ênfase na aná I i se do probl ema assoc lado

a um processo e nos benefícios, impactos, probabilidade de

sucesso e demanda relaclondos com esse processo). Para a

Telecomunicações S.A. os processos foram considerados como

um todo Integrado, pois as dificuldades Identificadas

decorriam da falta de articulação entre sistemas. Para

estabelecer sua estratégia recorreu a técnicas de previsão

(recursos, benefícios, custos e prazos),

financeira, de análise de risco para,

de

em

estabelecer as prioridades e as diretrizes a

observadas durante o desenvolvimento dos sistemas.

139

análise

seguida,

serem

g. da anál ise do modo pelo qual a Telecomunicações S.A.

orientou a decisão a respeito da questão relacionada com a

centra I I zação (ou descentra I i zação) da rede, resu I ta que,

nesse caso, prevalesceram todos os princípios de

engenharia, de redes de comunicação e de tráfego, que

determinam a solução ótima a parti r da especificação da

topologia da rede (em termos de concentração geográfica de

usuários), dos volumes de transações, da urgência das

i n f o r ma ç õ e s, d a ma t r I z de t r á f e 9 o, d a a c e s si b I I i da de, da

qual I dade do si stema, da conf I ablll dade, da segurança, e,

possibilitam prever os custos dos equipamentos, operação,

Infraestrutura, software, energia, comunicações etc. O

trade-off descrito no Item ~.5.~ da descrição do caso foi

determinante no sentido de orientar a decisão da empresa.

Este resultado contribui para fortalecer a hipótese

estabelecida por Lelfer (Lelfer, 1988) segundo a qual, a

determinação do nível ótimo de descentralização, "do ponto de

vista estrutural, se baseia em uma unidade de análise

definida pelos mecanismos que Influenciam as comunicações

atuais ou potenciais entre os membros da organização".

(Lelfer, 1988).

finalmente devemos evidenciar que a transposição

dos resultados (classes de dados) e dos processos utl I Izados

pela Telecomunicações S.A. para o mOdelo de referência

generalizado (matriz processos x classes de dados) ocorreu de

modo Inteiramente consistente, o que proporciona Indícios de

1~O

que os elementos representados no modelo de referência são

necessários para a realização de um Planejamento da Função de

SI completo.

5.3 Avaliação da Metodologia BSP em

Referenc I a I Proposto

Confronto com

Para solucionar nossa terceira pergunta

o

de

pesquisa, reproduzimos as quatro etapas percorridas no

processo de validação do referencial, substituindo os

Insumos, processos e produtos Identificados na descrição do

caso da Telecomunicações S.A. pelos Insumos, processos e

produtos sugeridos pela BSP. A quadro 5.q é a representação

gráfica da projeção da BSP sobre o modelo de referência

genera I i zado.

1 q 1

BSP: PLAHEJA"EHTO DA FUHC_O DE SI

\ \ v>'" '" _w " " \ \ ,,~ " ~

-'" u w \ \ " " " ~

"u ~

\ \ CLASSES "'- " w V>

w" " " w

\ \ "'''' " ~ '" ~ o. - ~ w

\ \ DE ~" " N '" W _

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\ \ w u w w

~'" " " ~ '" \ \ DADOS ~ w

e~ '" V> '" " \ \ " " .li " ~o. ~ ~ " \ \ w= ~ w V> V>

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\ , .... V> '" '" , " w "

o. o.

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\ \ " V> V> ~ " " .. , " V> o. w " wU \ CATEGORIA DO \ ,,- " "

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\ IMSTBUHEMTO \ ~'" V> .. ,~ -" " "o. V> o V>'" ~~ o

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\ \ v>0v> w _w '" ",,, o " " ~'" \ \ " '" w , IHI ;: V> õ! ... '" \ " O" o

Q~!!! " lo! o.'" " \ \ '" u

ou .. o :; w~ V> " PROCESSOS \ \ ",-o " "V> o N

u~ U " " ;; \ \ ,,-V> ~ "' ",V> 0-

-~= " ~ " ... \ \ ... "'w ... "''' V> W " "wv> " ='" "'., ..

"" " .,,, -" '"

CATEGORIA ESPECifICO n T F ,,_w

" ",o. ~o o

. . ..

= LEGEMDA = U- Classe de dados ê insumo do processo

.Anal i sar .ESP lfIiIOIf C C- Classe de dados é produto do processo U estratégia n- Metodologia empresarial .TREIHAnEHTO T- Técnica

F- Ferramenta

.Anal isar .BSPasugere o uso opcional RE (~ PLAMEdAHEMTO

necessidades a anãlise dos fatores U C ESTRATE6ItO U nível elpresa criticos de sucesso)

.~

.Elaborar es- .BSP ~sugere critério para tratégia pa- eterminaç30 de prio-ra sisteoas ridades co. base em lIElIE de informa- benefícios, impactos, ç~o probabilidade de su-

cesso e demanda) U C

(~ COITRn\E GE EMC AL

U

COMTROLE DE I OPEBA'8ES ,

(,

;::/õPER9ÇSES

D Quadro 5.4

142

Para compreender a transposição da metodologia BSP

sobre a matriz processos x classes de dados, é Importante

ana II sar o conj unto de proced Imentos suger i dos pe I a

metodologia BSP.

Dentre estes procedimentos

seguintes:

Estabelecer condições para o estudo

conquistar o envolvimento dos gerentes,

ambiente o cronograma de trabalho .

destacam-se os

que compreende:

preparar equipes,

. Anal isar Objetivos e Ambiente da Corporação.

Identificar os Processos Corporativos, Isto é,

logicamente relacionados de decisões e

os grupos

atividades

demandados pela administração dos recursos da corporação

a Identificação dos processos é suportada pela análise do

ciclo de vida dos recursos.

Identificar as Classes de Dados, Isto é, as categorias de

Informação a respeito de uma entidade - a Identificação das

c i asses de dados é rea li zada pe I a i nvestlgação das

Informações consideradas pelos processos identificados.

Definir Arquitetura de Informação - a definição é realizada

pela articulação entre processos e classes de dadas,

originando uma matriz processos x classes de dados.

1"13

Identificar Sistemas em Uso.

Entrevistar Gerentes tem por objetivo

resultados, Identificar problemas e

associadas com sistemas de Informação

potenciais.

· Definir achados e conClusões.

vali dar os

oportunidades

e benefícios

Dete rmi nar pr i or Idades - a determl nação é rea I i za com base

em benefícios potenciais, Impactos sobre os negócios,

probabi I Idade de sucesso e demanda associados a cada

sistema.

· Organizar Recursos de Gerência de Informação.

· Sintetizar Recomendações e Resultados.

Conhecendo-se os procedimentos Indicados pela

metodo I og I a BSP podemos ava I i ar como a BSP se comporta em

confronto com o referencial:

A - A BSP I ncu I proced I mentos para:

a. a vai I a r am b I e n te, o b j e t I vos e e s t r a t é 9 I as d a c o r p o r a ç ã o e

produz os resultados correspondentes;

144

b. estabelecer arquitetura global de sistemas de Informação

(Identificar Processos Corporativos, Identificar Classes

de Dados, Definir Arquitetura de Informações);

c. determinar prioridades (Entrevistar Gerentes,

Prioridades).

B - A BSP não I nc I u I proced Imentos para:

a. prospecção tecnológica;

b. analisar oportunidades para sistemas de informação;

Definir

c. estabelecer a missão, as diretrizes e as metas para

sistemas de Informação;

d. desenvolver Controle Gerenciai, Controle de Operações e

Treinamento de Operadores.

As principais Insuficiências da BSP estão

relacionadas com a descrição dos procedimentos (excetuando-se

os procedimentos associados à determinação da arquitetura

global de Sistemas), assim sendo, a metodologia não descreve

com clareza a conduta para Identificação de problemas e as

técnicas uti I Izadas para previsão de recursos, benefícios,

custos e prazos. Não determina a recorrência à prospecção

tecnológica, à anál ise flnancel ra ou à análise de risco. Não

menciona qualquer procedimento que suporte a formulação de

145

Controle Gerencial, Controle de Operações ou Treinamento de

Operadores.

Além das observações acima, cabe evidenciar que a

metodologia BSP pressupõe que o ambiente empresarial esteja

conceitualmente preparado para Implementação de um método de

Planejamento da Função de SI, desde que não sugere que seja

realizado treinamento com o objetivo de atualizar (ou

estabelecer) a base conceituai

Sistemas de Planejamento.

para o desenvolvimento de

O resultado da projeção da metodologia BSP sobre o

Referencial de Planejamento da Função de SI nos

concluir que a BSP satisfaz, ainda assim

insuficiente, às condições necessárias apenas

autoriza a

de forma

para o

Planejamento Estratégico de Sistemas de Informação.

Este resultado é compatível com aquele enunciado no

Relatório Técnico nQ 56 da COPPEAO (WYSk,1982) segundo o qual

a BSP é um método de Planejamento da Função de SI com alcance

circunscrito ao nível do planejamento estratégico.

Este resultado também é compatível com o resultado

explicitado em ·Um modelo para comparar métodos de engenharia

de Informação· (Hackathorn et ai, 1988), segundo o qual a BSP

é um Instrumento orientado para a análise organizacional e

para a determinação de necessidades a nível de empresa, o que

coincide com os objetivos de um planejamento estratégico.

146

As Insuficiências identificadas na metodologia BSP

não i ndUz Irão grandes desvios de resultado se os

procedimentos sugeridos pela metodologia forem complementados

por outros Instrumentos sugeridos neste texto, ou

Identificados através de pesquisa de literatura.

Observamos que o texto da BSP admite recorrência a

outras metodologlas, visto que sugere o uso opcional do

método Fatores Críticos de Sucesso (Rockart, 1982).

5.4 Outros Resultados

É importante rea II zar uma comparação entre o método

de ava II ação adotado para se I ec I onar a

Planejamento da Função de SI utl I ,zado pela

metodologia de

Telecomunicações

S.A. (ver Item 4.3) e o método proporcionado pelo modelo de

referência para Planejamento da Função de SI.

No p r I me I r o c a s o, a a vai I a ç ã o f o I procedida pela

construção de uma escala associada a diversos atributos

desejados pelos agentes de planejamento. A seguir, com base

em critérios preponderantemente subJetivos, os agentes de

planejamento atrlbulram um grau a cada atributo. Finalmente

comparou-se a soma total dos graus atribuídos a cada método,

recaindo a escolha no método que acumulou o maior número de

pontos. Este procedlmanto teve como Inconveniente a

recorrência excessiva a valores subjetivos, pois, tanto os

atributos associados aos resultados esperados (Classes de

147

Dados) quanto aqueles associados aos procedimentos

operacionais que dão suporte à obtenção de resultados não se

encontravam adequadamente conceituados o que não

proporcionava aos agentes do planejamento uma visão objetiva

desses atributos. Para superar esta dificuldade a empresa

realizou diversas reuniões de coordenação, durante as quais

foram desenvolvidos e exercitados os mecanismos de decisão

que complementaram os instrumentos oferecidos pela

metodologia BSP.

No caso do modelo de referência recorremos a uma

visão objetiva e completa de toda a estrutura do Sistema de

Planejamento da função de SI, o que oferece ao planejador a

oportunidade de pesquisar, eficiente e eficazmente, o

conjunto completo de Informações, correspondentes às classes

de dados a serem produzidas, e de procedimentos operacionais,

que suportem a obtenção destas classes de dados,

perfeitamente ajustado ao seu estl lo cognitivo. Neste caso a

decisão a respeito dO modo pelo qual deverá ser conduzido o

processo de seleção dos componentes da estrutura de

Planejamento da função de SI continuará afetada pelo estl lo

conjuntivo dos agentes (ou condutores) deste processo,

entretanto, a conceituação objetiva dos resultados a serem

alcançados e dos Instrumentos a serem utl I Izados durante a

real ização do Planejamento da Função de SI não será multo

afetada por conSiderações subjetivas desses agentes.

o modelo de referência, apesar de não oferecer uma

aval iação quantificada, permite determinar a estrutura mínima

de uma estrutura de Planejamento da função de SI, motivo pelo

qual os administradores de Sistemas de Informação devem

manter atualizadas as Informações relativas aos mecanismos

que dão suporte ao processo

mecanismos de tomada de

de elaboração

decisão, e , às

conceitual,

Informações

a05

que

caracterizam o estado da arte relacionado com a conceituação

da estrutura de classes de dados do modelo de referência do

Planejamento da Função de SI.

149

CAP~TULO 6

CONCLus6ES

150

"A mente disciplinada se de I I C I a com o que é

problemático, e trata-o com carinho, até que se encontre

solução que se torne aceita após estudada".

(John Dewey)

151

A motivação básica de nossa

percepção da necessidade de

pergunta de pesquisa

foi a se

expectativa correta do alcance de uma

Planejamento de Função de SI.

estabelecer

metodologia

a

de

Os resultados que construímos a partir da Revisão

de Literatura proporcionaram uma visão objetiva, à luz dos

conceitos de Sistema de Planejamento

por Anthony CAnthony, 1965), dos

e Controle enunciados

insumos, processos e

produtos que intervêm no Planejamento de Função de SI. Para

os que se dedicam à pesquisa sobre Sistemas de Informação,

estes resultados correspondem a uma estrutura de relações

construída com o objetivo de estabelecer

Indivíduos uma representação mental do

exterior que cor responde a um Referencial

no psiquismo dos

objeto do mundo

para Planejamento

de Função de SI, ou seja, cor responde ao conceito de Sistemas

de Planejamento de Função de SI.

Este conceito, desde que aceito pelos pesquisadores

de Sistemas de Informação, nos remeterá sempre à

representação mental do modelo de referência que denominamos

Referencial para Planejamento de Função de SI.

A aceitação deste modelo de referência possibi Ilta

determinar, com precisão, que características devem ser

ostentadas por um método de Planejamento de Função de SI que

esteja sendo submetido à Investigação.

152

Com a ut II Ização deste mode I o, não confund I remos a

ef i các I a de um método com o custo de sua ap I I cação. Não

confundiremos a eficácia de um método com as habilidades de

quem o ut i I Iza. Não confund I remos a ef i các i a de um método com

a conveniência de o mesmo ser utl Ilzado.

Resumidamente, podemos destacar os seguintes

resultados obtidos na vai Idação do modelo de referência e da

ava I i ação da metodo I og i a BSP:

a. a estrutura de decisões Identificada no estudo de caso se

ajusta à estrutura de decisões contida no referencial

proposto;

b. a estrutura e a articulação dos processos Identificados no

estudo de caso cor respondem à estrutura e à articulação de

processos contidos no referencial proposto;

c. é possível caracterizar diferenças entre processos

específicoS identificados no estudo de caso e processos

específicos contidos no referencial proposto; deve ser

observado que os procedimentos específicos apesar de

diferentes na espéCie são Idênticos na categoria e, que as

diferenças específicas atendem a diferenças de estl lo

cognitivo ou a preferências dos agentes de planejamento;

d. a estrutura Insumo-processo-produto, sugerida por Klng em

153

1978 e por lederer em 1988, foi reduzida para uma

estrutura processos x classe de dados porque toda decisão,

a partir do momento em que é gerada, passa a ser Insumo

para outras decisões (produtos do planejamento da função

5 I ) ;

e. a estrutura do referencial proposto (processos x classes

de dados) corresponde à estrutura sugerida pela

metodologia BSP;

f. a metodologia BSP restringe seu escopo ao conjunto de

processos e decisões orientados para o planejamento

estratégico deixando de incluir procedimentos para,

prospecção tecnológica, análise de oportunidades para

sistemas de Informação, determinação da missão, diretrizes

e metas da função de sistemas de Informação, e, para o

Controle Gerencial; Controle de Operações e o Treinamento

de Operadores.

Para os administradores de empresa e profissionais

da Área de Sistemas de Informação, 05 resultados desta

pesquisa oferecem uma perspectiva ampla das metodologlas,

técnicas e ferramentas

Planejamento de função de

apl icávels

SI. Além de

Instrumentos disponíveis no mercado,

ao exercício de

mencionar diversos

nosso estudo

referência aos resultados de pesquisas rea I Izadas

faz

por

diversos autores objetivandO determinar o alcance e as

I imitações de diferentes Instrumentos de planejamento.

15"1

Dentre as I Imitações da pesquisa devemos destacar o

fato de que em apenas uma empresa obtivemos os elementos que

ut i I i zamos como i nd í c los da va II dade dos resu I tados do mode lo

de referência proposto. Seria conveniente Investigar o

comportamento do Referencial para Planejamento de Função de

SI proposto neste trabalho em confronto com os procedimentos

de Planejamento exercitados em outras empresas.

Como sugestão de pesquisas futuras, destacamos a

oferta de subsídios para a Identificação dos fatores que

determinam a probabl I Idade de êxito do empreendimento de um

esforço da Planejamento de Função de SI em uma empresa.

Para os administradores de empresa e profissionais

da área de Sistemas de Informação seria importante conhecer:

as aptidões de uma equipe capacitada ao exercício do

Planejamento de Função de SI;

o perfi I cultural das empresas capacitadas a empreender

com êxito, um esforço de Planejamento de Função de SI.

A Investi gação destes temas pode fazer emergi r o

conjunto de resultados necessários para a determinação da

orientação do esforço de desenVOlvimento humano (Individuai,

empresarial) indispensável ao exercício produtivo das

atividades de Planejamento de Função de SI.

155

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(Relatório Técnico, 56).

162

1.6:3

11'~h P 1Ft" N D ]r: c: 11::::: Jr:

164

SISTEMA DE PLANEJAMENTO

DE NEGóCIOS

SUM~RIO EXECUTIVO

165

Sistema de Planejamento de Negócio

Segunda EdiÇão (Julho de 1981)

Requisições de cópias de publicações IBM devem ser feitas a

seu representante IBM ou ao escritório local da IBM que serve

sua local idade.

Comentários relativos ao conteúdo desta publicação devem ser

endereçados para: IBM Corporation, Technlcal Publications

Oept. 824, 1133 Westchester Avenue, White Plalns, New York

10604. I BM pode usar ou di str I bu I r qua I quer das informações

que você forneça, da forma que acreditar apropriada sem

Incorrer em qualquer obrigação. Você pode,

continuar a usar a Informação que forneça.

Direitos reservados por

Corporatlon

Internatlonal

1978,1981

1.66

Buslness

certamente,

Machlnes

Até recentemente, a abordagem típica para o proJeto

de ap I I cações de processamento de dados tem s I do rea I izar-se

cada uma delas por si mesma.

Com cada uma delas rea I I zando ef i cazmente sua

finalidade específica, não tem sido dedicada suficiente

reflexão ao valor potencial que reside no compartilhamento de

I nformações através das fronte I res da ap I i cação ou no

fornecimento das mesmas informações para a Gerência com a

f i na I i dade de um contro I e me I norado. O resultado

freqüentemente tem sido a redundância de dados, uso

execesslvo de recursos de processamento de dados e retorno

insuficiente do Investimento em processamento de dados, pois,

certas necessidades, quanto a Informações dos negócios, têm

sido atendidas incompletamente.

Hoje, contudo, mais e mais executivos de negócios

estão admitindo que dados são um recurso tal qual dinheiro,

materiais, faci I idades e pessoal. Eles estão vendo mais e

mais claramente a necessidade de um Plano de Sistemas de

Informação (1/5) que torne este recurso disponível não apenas

para uma determinada área funcionai mas para toda a

organização. Eles vêem, sob um tal plano, como uma área

funcionai pode beneficiar-se de outra, e como a gerênCia

executiva pode se beneficiar de todas elas ganhando um ponto

de vista abrangendo toda a organização, que pode ser um ativo

na tomada de decisões funcionais cruzadas e no tocar mais

eficaz do negÓCio.

167

Sistema de Planejamento de Negócios (BSP) é uma

abordagem estruturada desenvolvida pela IBM para assessorar

um negócio no estabelecimento de um plano de I/S que

satisfaça suas necessidades de curto e longo prazo quanto a

Informações. Pode ser Igualmente bem aplicado tanto ao setor

públ ico como privado, uma vez que seus

projeto de sistemas de Informação são

requisitos

similares

negócio é usado através deste sumário executivo;

quanto a

(o termo

indica o

modo de tocar uma organização Indiferentemente de seu tamanho

ou finalidades e se pública ou privada).

A BSP se baseia na convicção de que o

qualquer sistema de Informação abrangendo todo

depende de:

sucesso de

o negócio,

Obter o compromisso e o envolVimento dos executivos;

Estabelecer objetivos de I/S que apolem aqueles do negÓCiO;

Entender o negócio do ponto de vista da gerênCia geral;

Adotar uma abordagem do alto para baixo para estudar o

negócio (isto é, trabalhar do global para o nível de

detalhamento) e uma abordagem de baixo para cima na

implementação;

Criar um plano que seja evolucionário, Isto é, um que

construa a partir dos sistemas existentes modularmente até

uma arquitetura Integrada;

Colocar no lugar as Informações quanto a funções de

administração requeridas para adequadamente administrar os

recursos quanto a sistemas de informação.

J 68

o primei ro objetivo da BSP é fornecer um plano que

apole tanto as necessidades de informação de curto e longo

prazo do negócio e que seja Integrado com o plano do negócio.

Além disso a BSP visa prover:

Estabelecimento

Gerência;

imparcial de prioridades de 1/5 pela

Desenvolvimento de sistemas de longa duração baseados em

processos de negócios usualmente não afetados por mudanças

organizacionais;

Um modo de administrar os recuros de processamento de dados

de modo a apoiar os objetivos do negócio mais

eficientemente e efetivamente;

Aumento da confiança de que serão produzidos

sistemas de Informação com alto retorno;

Importantes

Melhoria de relacionamento entre o departamento de sistemas

de informação e os usuários, através de sistemas que

atendam aos requisitos e prioridades dos usuários;

Aumento da consciência de que dados são recursos que devem

ser planejados e controlados de modo a serem usados

efetivamente por todos.

Benefícios Potenciais

A apl icação da metodologia BSP tem ajudado muitos

cl ientes da IBM a formular seus própriOS planos de sistemas

de Informação e seus própriOS mecanismos de controle, e a

169

melhorar o uso que fazem dos recursos de

informação e dados.

processamento de

Oferece à gerência executiva diversos benefícios

potenclas:

Uma ava I i ação da ef I các I a dos sistemas de informação

vigentes;

Uma abordagem lógica definida para auxl I lar na solução de

problemas de controle da gerência a partir de uma

perspectl va do negócio;

Uma aval iação das futuras necessidades de sistemas de

Informação baseadas em impactos e prioridades

com o negócio;

Uma abordagem planejada que pode permitir

relacionadas

um retorno

antecipado do investimento em sistemas de Informação;

Sistemas de informação que são relativamente independentes

da estrutura da organização;

Confiança de que existe uma orientação para os sistemas de

informação bem como uma atuação adequada da gerência com

vistas a Implementar os sistemas propostos.

Uma vez que a BSP é bem sucedida a ponto de

satisfazer as necessidades de uma organização quanto a

sistemas de Informação, baseados em computador,

significativamente melhorados, segue-se que o estudo da BSP

deve ser dedicado aos objetivos básicos de tais sistemas.

1.70

Apolo a metas e objetivos do negócio

Este obj etl vo dos I/S exp I i ca a abordagem "do a I to

para ba i xo" da BSP para a aná I i se de negóc I os bem como sua

ênfase tanto em entrevistas com executivos como no

estabelecimento de prioridades de sistema. A BSP pode ser

pensada na verdade (de fato), como um modo de traduzi r a

estratégia de negócios numa estratégia de I/S (veja figura 1)

King, W.R. "Strateglc Plannlng for MIS"

MIS Ouarterly, March 1978

Estratégia BSP Estratégia

do Negócio I/S

Missão, Objetivos I/S

Estratégl a I/S

> Metas e Políticas I/S

Processo de Objetivos

Planejamento Arquitetura

Estratégias da Informação

Flg.1 - Tradução da estratégia do negócio para estratégia de IIS.

Orientada para as necessidades de todos os níveis de Gerência

A ênfase primária no 1/5 deveria ser fornecer

medidas das condições vigentes reais para a tomada de

decisões da Gerência. A maioria das decisões do negócio podem

ser associadas ou com 21ªU~1ªm~n!Q (estabelecimento de várias

m i s s õ e s, o b j e t i vos, p o I í t i c as) o u c o m l<Qu!.r..Q.lª ( 9 u i a rum a

atividade em direção a um objetivo). É geralmente aceito que

cada nível de gerência é envolvido com três distintos tipos

de planejamento e controle:

flªu~lªm~n!Q ~~!Lª!iglkQ preocupado com o estabelecimento

de objetivos, decisão sobre recursos para atlngí-Ios e

e s t a b e I e c I me n t o de P o I í t I c a s p a r a 9 o ver n a r a a qui s I ç ã o, uso

e dispOSiÇão dos recursos.

~Qn!LQ1ª g~L~nklªl, preocupado em garantir aos gerentes que

os recursos estão sendo obtidos e usados adequadamente para

atingir os objetivos.

~QnlLQ1~ QQªL2klQUftl preocupado em realizar tarefas

específicas eficazmente e eficientemente.

A figura 2 mostra algumas características destas

áreas. Esta estrutura apl ica-se a qualquer Indústria, função

ou nível de gerência.

l.72

CARACTER [S1' ECA I [IA

DEC[SAO

PlA~E,IA"E~TI]

ESTRATE6 [CI]

CORTROlE

6ERE~C[Al

I:O~TRtllE

OPERAC [1]~Al

r-------~----------+_----------_+-------------

Se f"l!nlJ i.l

E n'1 ,] I 'I i ,h

Se r~n.: i.l 6e f-.ll

Se r~nl= i.l FllfI~ j 110.11 Se r~nl= j.1 FIJ.n,: i I]n.1l

6~ r~n!J i.l Ilp~ f'·llJ i Iln.ll

Se r-enl: j.1 F 1Jj1 ': i Iln.!1

Se r~nl: i.l I]p-e r··ll~ i Im.ll

HSJ f-i ilJnt...e .j.J l'ln'J'] P r'·UI] Anl] - .1 - Anl] Di.1 - ·i - [I i.l

T €G'!PiJ I: I -- I ~ .:LJ1ll:.i:' Ml\ln:j.il Sen.:uu.1

6 "·UL de

E:.i t. rij,in f'·3..

6e r~nl: i.l tie

Ael:I!rM.:iI]S

!'lal] e:it.r'u1:Jll"'.ld,] e ~.li:.i e:.i+~r·ut.Jlr·.3.d1] I ~ I t.-~nt..e e:.it.r'llt.Jlf'.ldl]

i r-r~'J111.1r, '~,ld.:l.. I~ i d i 1:0, '.lr"1'.aB"lent..e r~FI-et.i ti '~I]

P r11b I e 111 di re r~nt~ r~peti 1:. i 'lI]

FI f,€lje fi n i f', OJ.i +.J] fi] fnu n·ll] .rotAI: i p.i- i nt~ rl1.lI'~nt~

e:dJ! rflll ·11]:'; neq,]- Ih.:; I 'Jr·.3J1ljew.nt~

~i'l:.1 int~rfIl]

p/]1 i ti I~·U e:.ipec i - r"~I~U.r~.ill:i

fi I~.!S p.ir·.i IJ~l

r~r!lj.r-..iO:i

Em conexão com Isto, o recurso gerência representa

um Importante veículo para a definição do l/S. Cada recurso,

incluindo o produto, é gerenciado através de decisões tomadas

pelos três tipos de planejamento e controle. A Gerência de

Recursos tem a característica desejada de passar através das

fronteiras organizacionais - verticalmente através das linhas

de gerência e horizontalmente através das linhas funcionais.

Assim, uma estrutura baseada em recursos, bem como um

planejamento e controle, pode ser estabelecida e uma

arquitetura de 1/5 pode ser aplicada dentro desta estrutura.

Promover Consistência de Dados

Problemas na área de consistência de dados surgem

na maioria das organizações devido a variações na iQLmª

Qªilnl~~Q e QQQL!ynlQªQª dos dados. A iQLmª pode se

constitui r de dados brutos, não tratados, arquivo de dados

mecanizados, relatórios de processamento de dados detalhados

ou sumarizados, documentos de negócios ou conhecimento na

cabeça de alguém. A Q~ilnlkªQ de qualquer Item determinado de

dados pode ter tantas variações quanto usuários. A

QQQL!QD1QªQª dos dados também varia com a maneira pela qual é

capturado, processado, fornecido e usado.

Todas estas variações são parte e parcela do

clássico desenvolvimento, uma a uma,

processamento de dados.

das ap I I cações de

Para modificar a situação é necessário adotar uma

abordagem diferente para gerência de dados, uma abordagem

baseada em dados como sendo um L~kQL~Q. O recurso deve ser

gerenciada de modo a estar potencialmente disponível e ser

174

comparti I hado pela tota I Idade

consistente. A função gerência

do

de

negócio

dados

numa base

Incluiria a

formulação de pol íticas e procedimentos para uma

consistente, fornecimento, implementação técnica,

segurança.

definição

uso e

Ser capaz de sobreviver a mudanças

Os sistemas de processamento de dados e ap I I cações

que existem para servir às necessidades de uma entidade

organizacional específica ou para produzir relatórios para um

Gerente particular correm o risco de se tornarem obsoletos a

qualquer Instante. Isto pode ser caro. A mUdança' Inevitãvel

em qualquer empresa dinâmica, mas seu custoso Impacto nos

sistemas pode ser minimizado através de um sistema de

Informação que possa antecipar e viver através de mudanças

organizacionais e de gerência.

Por esta razão, os sistemas de informação devem ser

construídos para apoiar os elementos não translentes dos

negócios - elementos que são bãslcos e que não mudarão

apreciavelmente a menos que a essência do negócio mude. A BSP

refere-se a estes elementos como processos do negócio e

define este termo como grupos de decisões e atividades

logicamente relacionadas necessárias para gerenciar os

recursos do negócio. Um conjunto lógiCO destes processos pode

ser definido para qualquer tipo de negócio e sofrerã mudanças

mínimas enquanto o produto ou a área de serviço permanecer

j.7~j

basicamente a mesma.

Definir os processos de negócios das organizações é

uma das mais Importantes partes da metodologia BSP e o método

para fazê-lo está diretamente ligado a basear a estrutura do

1/5 em recursos, planejamento e controle. Com isto em mente é

conveniente identificar processos de negócios de uma

organização em associação com cada um de seus

determinados.

recursos

Cada recurso de um negócio pode ser pensado como

tendo um ·ciclo e vida" composto de vários estágios. (Um

ciclo de vida de um produto, por exemplo, tem quatro

estágios: solicitação; aquisição; transporte e ai ienação). Os

processos de negócios podem ser Identificados para descrever

as mais Importantes atividades real izadas e decisões tomadas

para o negócio no curso de gerenciar o recurso através de seu

cicio de vida.

Esta abordagem resulta em identificar processos que

abrangem o planejamento estratégiCO, o controle gerenciai e o

controle operacional. Por exemplo, a decisão de se dedicar à

uma particular área de produto seria planejamento

estratégico; o planejamento e as decisões de controle

relativas a volumes de produtos ou gastos com propaganda

seria controle gerenciai e as decisões nas áreas de controle

da engenharia, eficiência de fabricação, etc., seria controle

operacional. Usando esta abordagem para todos os recursos é

1.76

possível definir todos os processos de negócio que se

rea I i zam dentro de qua I quer segmento organ I zac lona I.

Implementar Estratégia por Subsistema dentro da Arquitetura

Tota I de Informação

Para evitar problema de Inconsistência de dados,

projeto de sistemas não Integrados, custosas manutenções de

sistemas, dificuldade de atribuir prioridade, etc. , a

fi losofia BSP (veja figura 3), acentua: (1) planejamento de

I/S do topo para baixo para identificar objetivos de I/S de

longo alcance; (2) implementação de sistemas de baixo para

cima durante um período de tempo, consistente com as

prioridades de negócios da organização, fundos disponíveis e

outras considerações de curto prazo.

t)b .ie-t i '.lOS tt:e· ~~cice.

Fr cc E'!ó.~<:€. ti::€. ló;.gi'c i (€.

... " ...---""-------,

l A!=oCti c· ao F'r[c~.­SE<tF.r,tt::. riP C'Cdt:e.

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177

Fr cc E'!ó<:€. tt:,.,. ~i(€.

. ' ./

....r·, .-/

./ ..

~. i s ~ E?lfes a.1Eo I nfCf"u-a:~J

A metodologia B5P está em harmonia com esta

f i I osof I a, ) á que envo I ve quatro grandes at I v Idades (vaj a

figura 4):

DEF [~[R OS DEF [M [R O:,

ilB.JEr [VI]:; (11] PRIlCE:;:;O:,

ME60G[0 [11] ~E60G [OS

DEF I~ [R A'-., DEFIMIR li

GUISSES [IE [lADOS AAI11J ITETIJRA DA

("FOR"ilCAI]

rl~. 01- RIJ,] "l.3-'r~11 ,e P l.iI1~.j·l.rent,] 6e '·.il p.u-·i li:,.

ºQ~Ym~nlâL Q§ Q~1~11~Q§ QQ n~gQ~lQ de modo a obter o acordo

dos executivos sob os quais o negócio é chefiado, de modo

que a estratégia de 1/5 possa estar fortemente suportada;

prioritárias de longo prazo para suportar os 1/5 do

negócio.

a produzir uma definição de todos os dados a serem

gerenciados como recurso através da unidade do negócio;

inter-relações dentro de um grupo de áreas de 1/5 e para

mostrar os dados associados que devem ser gerenciados. É

através desta Informação de arquitetura que os modelos

i7B

individuais podem ser Identificados, prlorizados e

construídos como previsto pelo plano de l/S.

Não apenas a metodologia consiste em atividades

muito mais detalhadas do que o indicado acima, mas também é

flexível. Isto é, os passos e técnicas podem ser adaptados a

situações específicas. Em qualquer caso a metodologia é

direcionada para satisfazer os objetivos dos I/S e estes

objetivos devem ser considerados como inalteráveis.

Perspectiva na abordagem Estudo BSP

Uma Importante articulação existe entre

identificação dos requisitos gerais

fases para a implantação dos I/S

requisitos são identificados para

do negócio e as

(veja figura 5).

uma unidade total

a

seis

Os

de

negócio e então separados em projetos que são empreendidos e

implementados ao longo do tempo. Em adição aos projetos de

sistemas de informação há também um conjunto contínuo de

projetos cobrindo a arquitetura da informação e a gerênCia

dos sistemas de informação (ISM).

No passado e em multas negócios hoje, os projetos

são definidos para atender uma área funcionai do negócio sem

levar em conta os requisitos totais da unidade de negócio. A

BSP pOde fornecer orientação para todo o negócio antes que

sejam empreendidos projetos e , portanto, evitando

fracionamento dos dados e Inconsistência de sistemas.

179

~:E IIJ I S IT[rj

GUlE:A IS

[Ul

VI

1II1III IllIl (I [VI

I) I

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L-__ p_r_~._~_W_; __ d_~ __ G~ __ ~_[_i. __ d_~ __ R_~:_W_~_l __ ~ ____ ln_r_o~ __ ~_~_l ____________ J - Opf in içr~~. cf.J~. F~~J j.; i ter;

11 - PPl .~t,]~. E:d.I3r'fttri

III - Prol ."t'l'. l"t~r"D

I ~I - ~.!:~w[d ~Ij ~nt[1 cil1 Pro!O'"ama li - T~5JE' r:!.l 5 j-;~IJ.J

I) I - In;t.1 <P;1io:J ~ M""ut~~J[,

Principais Atividades do Estudo BSP

Pode se dizer que enquanto um estudo BSP consiste

de treze atividades principais (veja figura 6), duas destas -

obtenção do compromisso dos executivos e preparação para o

estudo - são realmente preliminares ao estudo propriamente

1.80

dito. As várias atividades podem progredir até diferentes

graus, mas nenhuma pode ser omitida.

[t.lJ:-r~. dt. r:oo.:fU!I i 5Sh

l fl"i1'~d\fII:. I~

t. EE.1.J.mi:,

,1"

[~OE<;I' dt, !S1JJdi:,

1 Dc.f i fi i i;lit. dro!-fTlQo!;m. 11:, ~iD

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FKr ..... ~. f·I .... , .. ~,

J. F:EoI.lJ:, !I:~.

F:Eo<"I~.

FI6. t - FluoD do Es1.J.mi:, da E~i'.

181.

Obtenção do compromisso dos executivos

Um estudo BSP não deve começar a menos que um

executivo de primeiro escalão o patrocine e, certos outros

executivos se comprometam a estarem envolvidos com o mesmo. O

estudo deve refletir o ponto de vista dêles sobre o negócio e

o sucesso do estudo depende dos mesmos fornecerem à equipe um

entendimento do negócio e os requisitos de informação. A

ma i o r i a das contr i bu i ções v Irá d I reta ou I nd I retamente destes

executivos.

É neste estágio prellmi nar que um acordo deve ser

atingido quanto À abordagem e objetivos do estudo e no que se

espera que ele forneça, uma vez que a aprovação das

recomendações feitas no fim do estudo comprometerão a

companhia durante vários anos com uma certa direção no uso de

seus recursos de processamento de dados.

Imediatamente depois de ser obtido o compromisso

dos executivos, deve ser selecionado um I Ider para a equipe

de estudo. Este Indivíduo deve ser um executivo que

trabalhará em tempo Integral no estudo de (tipicamente) 6 a B

semanas e dirigirá as atividades da equipe ( de novo

tipicamente) de 4 a 7 semanas. O I Ider também cuidará que o

contato da equipe com outros executivos seja feito no nível

adequado e que as contribuições destes executivos seja

Interpretada corretamente. O executivo patrocinador deve

enviar uma carta para todos os executivos participantes,

estabelecendo o tom e manifestando compromisso com o estudo.

Preparação para o estudo

A preparação para o estudo envolve treinamento e

orientação própria para os executivos participantes, membros

da equipe de estudo de modo a que se obtenha a melhor

contribuição possível dos executivos e seja feito o melhor

uso possível da equipe.

Decide-se quais as pessoas a serem entrevistadas o

mais cedo possível para permiti r que se orientem e programem

a entrevista. Também neste estágio a Informação deve ser

reunida na companhia e no apolo ao processamento de dados.

sala de

Deve ser permitido à equipe uso exclusivo

controle apropriadamente localizada, onde

de uma

possam

trabalhar Juntos, colocar mapas nas paredes e conduzir

entrevistas.

NO fim deste estágio, a equipe deve ter produzido

um I ivro de controle do estudo contendo:

Um plano de trabalho do estudo;

Um programa de entrevistas;

Um programa de revisões com o executivo patrocinador, em

certos pontos de verificação;

183

Um esboço para o relatório final do estudo;

Dados sobre 05 negócios e sistemas de informação

anallzados, mapeados e prontos para o começo do estudo.

Quando a preparação do estudo estiver completa,

tudo o que tiver sido executado durante aquela fase deve ser

revisto pelo executivo patrocinador.

Começo do Estudo

Aqu I é onde rea I mente começa o verdade I ro estudo

BSP e os membros da equipe começam a participar em tempo

Integral. O começo do estudo consiste em três apresentações:

o executivo patrocinador reitera 05 obJetivos,

esperados e perspectiva do estudo;

resultados

O I íder da equipe examina 05 fatos sobre o negócio que

foram reunidos para verificar se cada membro da equipe está

profundamente faml II ar I zado com e I es. E I e também trata de

certos assuntos que não poderiam ser documentados

po I í t i cas, assuntos sens í ve 15, mudanças p I aneJ adas ou em

progresso. Finalmente ele cobre o processo de decisão, como

a organização funciona, pessoas chaves, problemas

principais, a opinião do usuário de suporte do

processamente de dados e a Imagem do departamento de

processamento de dados;

O diretor dos sistemas de Informação, ou um de seus

gerentes, tambén apresenta opinião sobre o processamento de

HI4

dados. Em adição, esta pessoa cobre o status do projeto e o

controle do projeto, história dos principais projetos de

processamento começados nos últimos dois anos, principais

atividades em andamento, mudanças planejadas e problemas

principais.

Definição dos processos do negócio

Nenhuma outra atividade do 'estudo BSP é mais

importante que a definição precisa dos processos do negócio.

Estes processos formam a base para as entrevistas dos

executivos, arquitetura da informação, análise de problemas,

identificação de classes de dados e várias atividades a serem

acompanhadas. Por causa disto, todos na equipe devem ter uma

compreensão precisa dos mesmos. Onde tal compreensão ainda

não existe, pode ser obtida ao longo da ajuda na

identificação dos processos e da descrição dos mesmos por

escrito.

No fim deste passo a equipe não terá somente

prOduzidO uma lista de todos os processos e

escrita de cada um, mas também terá assinalado

são chaves para o sucesso do negócio.

Definição das classes de dados

uma descrição

aqueles que

É neste ponto que 05 dados são agrupados em

categorias logicamente relacionadas isto é, classes de

185

dados - de modo a auxi I iar o negócio a desenvolver bases de

dados ao longo de um período de tempo com mínima redundância

e de tal modo que sistemas possam ser adicionados sem uma

grande revisão nas bases de dados. Uma vez Identificadas, as

classes de dados são relacionadas com (1) processos do

negóc i o de modo a def i n i r a arqu i tetura da Informação; e, (2)

os arquivos existentes, para auxi I lar o proJeto de um plano

de migração.

Aná I I se dos Sistemas de Apo I o V I gentes

Esta atividade é dirigida para mostrar como o

processamento de dados está apoiando o negócio de modo que

possam ser feitas recomendações para ações futuras. Com

vistas a detetar redundânc I as, auxiliar a clarificar

responsabl I idades e aprofundar o entendimento já obtido dos

processos do negócio, a equipe analisa quatro elementos:

organizações existentes no momento, processos do negócio,

sistemas de informação (apl icações) e arquivos de dados. Para

faci I Itar a anál ise, a equipe desenvolve matrizes usando

combinações destes elementos (veja figura 7). Através das

várias anál ises feitas, a equipe prepara-se para discussões

com executivos e obtém auxíl lo na determinação de

para o apolo à Informação.

1St.>

requisitos

Ff~XE59)

\ ....

'.,

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... '<,

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\ " "

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lAÇ~) '<,

" ,

C:E-f1'EoI c€t~c I A

CoE 1,9l:fE,

I bl::.t':EI'~_:1 '" c€ CoE

1e:.:f'll:)~::1 A CoE

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Z J li -, -' r.; lO '1 :1 li [

IJ L C' 'I 0'1 o [ I) 'I B.. ,) 1- li } o I[ li 'I [ IJ [ J C"l IJ 'I L

'I I~ I: o ,) 1'1 L L I- ~I [ L ç,

.. :.: ............ , ........ .

I8:?

Determinação da Perspectiva do Executivo

Esta atividade é uma parte Integral da abordagem de

cima para baixo. Sua finalidade é validar o trabalho feito

pela equipe e obter relacionamento com os executivos e

envolvimento dos mesmos. As entrevistas com

fornecem o entendimento do negócio necessário

planejamento dos sistemas de Informação.

o principal resultado consiste de

executl vos

para o

notas das

entrevistas, de uma atualização dos mapas da sala de controle

e de um novo ou melhorado relacionamento entre o executivo e

a equipe de estudo BSP.

Definição dos Achados e Gonclusões

Esta atividade envolve a análise dos problemas que

foram fornecidos como entrada durante a coleta de fatos,

expandida pela equipe e somada à entrevista com o executivo.

Este estágio também envolve relacionar estes problemas com os

processos dos negócios e desenvolver processos e

que preparam o palco para recomendações.

Inclusões

Em adição, o estabelecimento do problema I nc I u I

dividi r problemas, naqueles que têm relação com o apolo aos

sistemas de Informação e aqueles que não têm. Aqueles que não

têm são dei Ineados e entregues ao executivo patrocinador para

18B

seguí-Ios; aqueles que têm são examinados mais a fundo no

estudO BSP e nas atividades de acompanhamento.

Definição da Arquitetura de Informação

Esta atividade representa um Importante movimento

no sentido de um exame do presente para uma síntese do

futuro. É aquI que esboçamos os futuros sistemas de

informação e seus dados associados.

Sistemas pOdem ser consideradas como sendo as

porções automatizadas de processos. As bases de dados são as

partes computadorizadas do estoque total de dados dos

negócios. A arquitetura de informação (veja figura 8) traz

ordem e estrutura aos sistemas e dados que criam e usam. Uma

vez que esteja estruturada permite o desenvolvimento,

passo-a-passo, migrar das aplicações de hoje para os sistemas

de informação do futuro.

Uma vez que esta tarefa envo I ve tira r uma

he I I ográf I ca para o fututo,

equipe.

merece a atenção de toda a

1. B9

... 1 I J l ... •• I) ..

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Determinação das Prioridades da Arquitetura

Uma vez que uma arquitetura total de informação não

pode ser projetada e implementada de uma única vez, a equipe

deve estabelecer prioridades para o projeto dos sistemas de

bases de dados. Decidindo quais das bases de dados devem ser

projetadas em primeiro lugar, a equipe estabelece quais

subsistemas serão definidos durante o andamento dos projetos.

Para estabelecer prioridades, a equipe elabora uma

I ista de projetos originados dos subsistemas da arquitetura

de informação, então estabelece um conjunto de critérios e

1. 90

aval ia os projetos em consideração com referência aos mesmos.

Revisão da Gerência de Recursos de Informação (IRM)

A final Idade do IRM é estabelecer um ambiente

controlado no qual a arquitetura de Informação possa ser

projetada, implementada e operada eficientemente e

eficazmente. As funções dos sistemas de informação são

examinadas durante o estudo BSP para detetar (1) quaisquer

mudanças que poderiam ser feitas imediatamente para assegurar

sucesso no acompanhamento dos projetos; (2) mudanças que são

necessárias para gerenciar e Implementar adequadamente a

arquitetura de Informação dos projetos de alta prioridade; e,

(3) atividades importantes que se tornarão projetos no

acompanhamento do estudo BSP. A realização Integral deste

passo é vital para um bem sucedido apolo dO negócio pela

função processamento de dados.

Elaboração de Recomendações e Plano de Ação

o plano de ação é feito para auxl I iar a tomada de

decisões considerando 05 projetos de acompanhamento

recomendados, cada um dos quais terá sido definido como um

resultado de atividades nas áreas de prioridades de

arquitetura e recomendações IRM. O plano de ação une estas

duas áreas para identificar recursos específicoS,

programações e interações de projetos.

191

o plano de ação também Identifica os passos que

devem ser tomados antes de começar cada uma das atividades de

acompanhamento. Estes passos devem ser examinados e

dimensionados antes que as datas de Início possam ser

estabelecidas para o andamento dos projetos, de modo que a

gerência possa dar a orientação necessária para

Imediatamente para estas atividades preparatórias.

Relato dos Resultados

Os resultados finais de estudos BSP

apresentados à gerência executiva em duas formas:

mover

são

um

relatório escrito e uma apresentação. A final Idade de cada

uma é obter o compromisso da gerência executiva com a

implementação e recomendações do estudo.

O relatório fornece a base para a apresentação aos

executivos e a distribuição dos resultados finais às pessoas

designadas pelo patrocinador. Depois da apresentação aos

executivos, que é normalmente feita pelo chefe da equipe,

todos os outros materiais relevantes que não façam parte do

relatório devem ser Indexados e arquivados para se ter pronta

disponlbi I Idade nos proJetos de acompanhamento.

Sumário

o plano que resulta de um estudo BSP não deve ser

considerado Imutável: ele simplesmente representa a melhor

192

concepção num determinado ponto no tempo. O verdadeiro valor

da abordagem BSP é que ela oferece aos cl ientes a

oportunidade de (1) criar um ambiente e um plano I n i c i a I de

ação que pode permitir a um negócio reagir a futuras mudanças

nas prioridades e na direção sem radicais di laceramentos no

proJeto do sistema; e, (2) definir uma função sistema de

informação para continuar o processo de planejamento.

O sucesso do investimento em qualquer sistema de

Informação futuro pode ser predito com base na habl I idade da

organização em elaborar um abrangente plano de longa duração

baseado em seus próprios e singulares requisitos. O Sistema

de Planejamento de Negócios da IBM é um método efetivo para

elaborar tal plano - um que pode fornecer Informações na

forma que for requerida e é bastante flexível

modificação.

para acomodar

Para informações adicionais sobre Sistemas de

Planejamento de Negócios e sua aplicação aos requisitos de

sistemas de informação de sua organização, contate seu

representante "Processamento de Dados IBM".

193

194

CICLO DE VIDA DOS

SISTEMAS DE INFORMAÇZO

195

Análise organizacional - Esta etapa objetiva determinar as

condições empresariais e o ambiente em que a empresa opera,

descrevendo-se as principais funções e atividades que

realiza. Determina-se a partir da metodologia definida e

aplicada no Planejamento Estratégico Empresarial, as

suas POlíticas, Objetivos, Metas e Desafios da Organização,

prioridades e os fatores críticos para o seu sucesso. São

determinados os Sistemas de Informação Atuais.

Procura-se compreender 05 problemas gerenciais,

anal i sando-se as projeções de crescimento da empresa,

antevendo-se possíveis mudanças nos processos decisórios que

podem afetar ou ser afetados por seus sistemas de

Informações.

São determinadas as perspectivas da alta gerência

em termos de recursos e sistemas de informações e detetada a

posição da empresa quanto às questões estratégicas envolvendo

o uso da automação de Informações.

As informações tratadas compreendem: organogramas,

dados econôml co f i nance I ros, pub I i cações da empresa, aná I I ses

de mercado, modelos empresariais, documentação dos sistemas

atuais, questionários de entrevistas, descrições de funções e

atividades, mapeamento de funções por unidade e local e,

análise dos principais Indicadores e medidas de desempenho.

Os resultados esperados compreendem: coleta de

196

dados a respeito da empresa, descrição das principais funções

e atividades associadas às unidades organizacionais e

localizações físicas, principais Indicadores e medidas de

desempenho, relação dos Sistemas de Informação atuais,

perspectivas gerenciais sobre as condições atuais e futuras

da empresa, Pol ítlcas, Objetivos, Metas e Desafios, fatores

críticos de sucesso, necessidades de informação da alta

gerência, perspectivas sobre recursos de informática,

determinação do uso estratégico da Informática pela empresa.

Anã I I se de Necessl dades - Esta etapa é o momento em que uma

primeira aproximação de alguns detalhes exigidos pelo usuário

final é especificado. Determina-se as informações necessárias

desafios, funções e para dar suporte aos obJetivos, metas,

fatores e estabelece-se a arquitetura global dos sistemas

associando-se os principais processos com classes de dados.

São identificados parâmetros para fixação de prioridades para

o desenvolvimento de sistemas.

As informações tratadas compreendem relação dos

principais processos desenvolvidos em cada área funcional,

relação dos dados uti I Izados e criados pelos processos,

relação dos Indicadores e medidas de desempenho e dos dados

uti I izados ou criados para ou pela elaboração desses

Indicadores e medidas de desempenho, relação das propostas de

uso da tecnologia de Informação para alcançar vantagens

competitivas. Os resultados esperados compreendem:

da arquitetura global dos Sistemas de Informação,

1 97

definição

definição

das necessidades de automação de processos, definição do modo

de uti I i zar a tecno I og i a de I nformação para Incorporação de

vantagens competitivas pela empresa (seja por adicionar valor

aos produtos ou serviços da empresa, seja por oferecer

faci I Idade de relacionamento com o mercado).

Análise de Viabilidade Nesta etapa, Já definidos a

arquitetura global dos sistemas e o elenco de proJetos para

automação de processos e de projetos para utl Ilzação da

tecnologia de informação para Incorporação de vantagens

competitivas, e com base na capacitação do recurso humano,

nas tecnologias disponíveis, na estimativa do volume de

procedimentos e dados a serem manipulados, na capacidade dos

equipamentos disponíveis, na potenc i a I i da de do software

disponível, na topologia da demanda, na tecnologia para o

projeto de rede, na expectativa de ganhos e na expectativa de

desembolso, (hardware, software, rede, mão de obra,

comunicações, infra-estrutura e manutenção) é feita a

avaliação de tempo de desenvolvimento, custo global de

implantação, expectativa de benefícios e performance, e

me I hor I a das re I ações com os c II entes, também são ava I i adas

as incertezas (variações em torno das expectativas) de modo a

estabelecer o nível de risco do empreendimento.

As Informações tratadas, compreendem: arquitetura

global dos sistemas, elenco de proJetos, topologia da

demanda, volumes de processos e dados manipulados em cada

ambiente, tecnologias disponíveis (hardware, software, rede,

198

comunicações), expectativa de ganhos, expectativa de custos

(tecnologia, infra-estrutura, mão-de-obra) e capacitação da

mão-de-obra.

Os resu I tados esperados, compreendem: Ava II ação do

tempo de desenvolvimento, estimativa do custo global de

implantação, dos benefícios, da performance, da melhoria de

re I ação com 05 c I i entes, assoc i ando-se a essas est I mat I vas as

Incertezas, de modo a estabelecer o

empreendimento.

nível de risco do

O estudo deve oferecer a comparação entre as

diversas alternativas disponíveis e compatíveis

complexidade do projeto.

com a

forma I i zação do PI ano - Nesta etapa, com base nas di retr I zes

estabelecidas pela alta gerência, após ava I i ação das

alternativas oferecidas pela análise de viabilidade, é

elaborado o Plano.

As

alternativas,

Informações tratadas compreendem uma das

de dentre as oferecidas pela

viabilidade, selecionada pela alta gerência,

alterações, as diretrizes para alocação de

análise

com ou sem

recursos, as

diretrizes para desenvolvimento da capacidade, as diretrizes

para elaboração da estrutura organizacional,

para transição de ambiente.

as diretrizes

Os resultados esperados compreendem: Definição

199

detalhada da estrutura do Projeto, Definição da prioridade

entre os Sistemas, Programação do Desenvolvimento Plurianual,

Definição da Estrutura de Gestão do Projeto (Gerente Usuário,

Gerente Anal ista, Gerente de Banco de Dados, Administração de

Dados, Estrutura órgãos de Processamento de Dados), Plano de

Hardware (Equipamentos e Periféricos), Plano de Software

(Linguagens de Software Operacional e de Apoio), Plano da

Rede (Topo I og I a, Centra Ilzação X Descentra II zação,

Arquitetura da Rede, Descentralização do Processamento),

Plano de Telecomunicações, Plano de facl I Idades, Plano de

Pessoal, Plano de Treinamento, Plano de Segurança, Auditoria,

Documentação e Normas, Programa de Ações e Responsabl I idades,

Plano financeiro.

Projeto Lógico Nessa fase, é de suma ImportânCia a

participação intensiva e o comprometimento dos usuários

envolvidOS com a função anal isada, de forma a estabelecer o

modelo de dados e o modelo de processo detalhados, reais,

completos, e de plena conflabllidade, a partir das

necess i dades i dent I f I cadas na fase de P I anej amento (Aná I I se

Organizacional e Análise de Necessidades). As classes de

dados são refinadas em atributos e os processos gerenCiais

são decompostos em atividades, gerando visões de contexto dos

Submodelos de Oados e dos Diagramas de fluxo de Dados. Os

Submodelos de Dados deverão ser completamente normal izados e

os Diagramas de fluxo de Dados serão desdobrados até um nível

elementar resultando os correspondentes Diagramas de Ação em

português estruturado. (Uma alternativa é optar-se pelo

200

Diagrama de Navegação de Dados, que operará sobre o Modelo de

Dados). 05 Diagramas de Fluxo de Dados migrarão para

Diagramas de Estrutura dos quais derivarão os programas.

As informações tratadas compreendem: todos os

procedimentos relacionados com a obtenção, armazenagem,

atualização, transferência, Inclusão/exclusão de Informações

necessárias à execução das atividades de produção e gestão

empresarial, bem como o conhecimento detalhado dessas

informações e dos mecanismos de operação dessas informações.

Os resultados esperados compreendem: Definição

detalhada dos Diagramas de Contexto, definição detalhada dos

Diagramas de Fluxo de Dados, definição detalhada do Modelo de

Dados, definição detalhada do Dicionário de Dados, definição

detalhada dos Diagramas de Ação.

ProJeto Administrativo Nessa fase é estabelecida a

sistemática de produção (operação) das apl icações, Isto é,

define-se detalhadamente a forma de registrar os dados que

originam as transações da empresa; os dados podem ser

registrados via terminal ou em documentos especfficos. Se

forem registrados via terminal, deve ser descrita a forma de

estabelecer o controle administrativo dessa inclusão,

alteração ou exclusão de dados; a forma de caracterizar a

autorização dos reponsávels pela transação; o mecanismo e os

destinos para "dlstrl bulção das cópias" que se fizerem

necessárias;

responsável

o modo de transfer I r a informação para o

pela execução das atividades associadas à

201

transação e o modo de confirmar a transferência da

informação, etc; se forem registrados via formulário, deve

ser descrito o lay-out do formulário, o número de vias, a

distribuição das cópias, o responsável pela digitação dos

dados, o modo de transfer i r e conf i rmar a transferênc i a da

I n f o r ma ç ã o p a r a o r e s p o n s á v e I p e I a e x e c u ç ã o das a t i v I da d e s

associadas à transação, etc; ou seja, são definidos todos os

procedimentos que posslbl I Itam operar e controlar o fluxo de

informações que suporta a execução de uma transação desde o

início até a conclusão dessa transação, explicitando as

etapas a se rem rea I i zadas manua I mente e aque I as a serem

automatizadas.

e/ou

As informações tratadas

equipamentos de entrada de

compreendem: formulários

dadOS; relatórios e/ou

dispositivos para exibição de informações de saída; origem e

destino das comunicações e o número de vias; tramitação da

i n f o r ma ç ã o; a u t e n t I c a ç ã o das o r d e n s, s o I I c I ta ç õ e s e p e d I dos;

articulação dos procedimentos manuais e automáticos; recepção

e expedição de formulários e relatórios, etc.

Os resultados esperados, compreendem: lay-out de

formulários, descrição de arquiVOS, determinação do tempo de

manutenção das Informações em arquivos ou fltotecas,

espec I f i cação de re I atór los,

programação da produção, etc.

processogramas, slstemogramas,

Projeto físico - Esgotadas todas as fi Itragens e refinamentos

202

necessários à elaboração dos

administrativo, passa-se a executar

projetos

o proj eto

lógico

físico

e

dos

sistemas, com a uti I ização das ferramentas disponíveis, desde

geradores de códigos até I inguagens de quarta geração

compatíveis com os equipamentos de processamento de dados da

empresa; se houver necessidade rea I i za-se, também,

refinamento do projeto de hardware, rede,

na seleção do software (operacional e

telecomunicações

de apoio, SGBD

um

e

e

linguagens de programação), de modo a assegurar que esses

recursos sejam os mais adequados à construção da estrutura

física que suportará os sistemas.

Não serão apresentados detalhes desse n í ve I de

representação, porque o mesmo já se refere à implementação de

sistemas específicos, fugindo do objetivo desse trabalho.

Nosso propósito é apenas de posicionar esse nível de

representação numa visão geral da especificação de sistemas.

As Informações tratadas compreendem: o projeto

lógico, o projeto administrativo, as características do

hardware, rede e telecomunições, as características do SGBO e

das linguagens de programação.

Os resultados esperados compreendem, Projeto físico

dos depósitos de dados que se constitui da determinação dos

dados elementares que compõem um depósito de dados,

especificando-se a forma de organização de tais dados (ordem

de acesso, forma de agrupamento, dispositivo físico de

203

armazenamento, etc). HierarqUização de sistemas que se

dos constitui na representação da estrutura operacional

sistemas através de um esquema semelhante a um organograma,

em que as I inhas de Igação representam formas de acesso a

determinado módulo. Processogramas que se constituem na

representação dos recursos técnicos envolvidos na execução de

cada módulo ou unidade de tratamento do sistema (conjunto de

processos agrupados sob uma mesma rotina de processamentos).

Rotinas e Programas correspondentes aos processogramas,

observando-se que a rotina ou rotinas

processogramas devem ser convertidas em

derivadas

programas

doS

de

computador, na linguagem adotada pela empresa. Podem ser

utilizados, ainda, lay-outs de relatórios e telas.

Projeto de Programação - Essa etapa estabelece a distribuição

das atividades de programação pelas equipes de programação

existentes na empresa. Em função do volume de atividades a

ser desenvolvido pode haver necessidade de realizar

contratação de mão-de-obra extra para agi I Izar a conclusão

dos sistemas.

As informações tratadas compreendem, Submodelos de

Dados, Diagramas de Dados, Diagramas de Fluxo de Dados,

Diagramas de Estrutura Modular, Projeto FíSico dos Depósitos

de Dados, Processogramas, Rotinas derivadas dos

Processogramas, lay-out de relatórios e telas.

05 resultados esperados compreendem, Programas de

Computador na linguagem adotada pela empresa.

Implementação e Testes Essa etapa se preocupa com a

integração das novas aplicações ao dia a dia de nossas

organizações. Dependendo do ambiente empresarial esta

transição (do ambiente antigo para o n o v o ) pode ser

extremamente complexa.

Para empresas com pouco investimento em automação

de processos de gestão, a fase de Implementação se limita a

comparar o novo mOdelo com os antigos procedimentos. Quando

houver certeza de que é possível executar os processos ao

menos tão bem quanto antes podemos começar a substituir os

antigos procedimentos pelos novos com algum grau de

confiança. Ocorrerão problemas, e, programas e procedimentos

deverão ser modificados. Normalmente, ava I i ações serão

rea II zadas pe I os usuár I os e ana II stas para dec I d I r o que deve

ser feito dentre as alternativas que se

preservar a integridade do proJeto

apresentarem. Para

e os objetivos

estabelecidos é essencial estabelecer mecanismos de controle.

Uma metodologia bem entendida e

a I nda o I nstrumento chave para

obJeti vos dos novos 51 stemas.

uniformemente

sustentar o

aplicada, é

controle dos

Para empresas com algum investimento em automação

de processos de gestão, a fase de Implementação, além dos

cuidados mencionados acima, deve se preocupar

perturbações que a Introdução de novos

com eventuais

sistemas

acarretar para os sistemas antigos que continuarão

pode

em

205

operação. É natural que uma concepção totalmente nova não

esteja Integrada com sistemas antigos que ainda deverão ser

substituídos. Essa falta de Integração desorganiza a

estrutura de dados que subsidia os processos dos sistemas

antigos, que continuarão operando, obrigando os usuários

desses sistemas a esforços adicionais para aproveitar os

dados originados e para preparar os dados destinados

respectivamente nos e aos novos sistemas. A necessidade desse

trabalho adicional estimulará a reação dos usuários

prejudicados e tende a desestabi I izar o comprometimento dos

usuários com os objetivos do projeto. É necessário portanto

que, d u r a n t e a e I a b o r a ç ã o do P I a n o O I r e t o r d e I n f o r má t i c a ,

quando da definição da ordem em que os proJetos deverão ser

desenvo I v i dos (def i n i ção de pr I or Idades), seJ am

os reflexos que a Implantação dos sistemas,

cons i derados

na ordem

pretendida, acarretará no desenvolvimento das atividades do

dia-a-dla. Uma estratégia que reconci I ia estas dificuldades é

selecionar aplicações para todas as funções, fortemente

articuladas, de modo a estabelecer benefícios para todos os

usuários e reduzir os esforços adicionais, além de

distribuí-los por um maior número de usuários.

Revisões e Ajustes São rea II zados durante a fase de

Implementação e testes. São modificações no projeto ou em

programas, de modo a estabelecer uma relação mais amigável

entre o sistema e o ambiente ou eventualmente corrigir erros

detetados durante a Implantação.

206

Operação - Nessa fase o sistema é colocado à dispOSiÇão dos

usuários para produzi r os seus efeitos. É

manuais de usuário e de produção descrevam

Importante

as rotinas

que

de

relacionamento de usuários e operadores com os sitemas e

equipamentos.

Manutenção - A partir do momento em que o sistema se torna

parte das operações da empresa nos Ingressamos na etapa de

manutenção. A manutenção de software e o modo de abordá-Ia é

o mais difíci I de todos os problemas a serem enfrentados. A

cada ano o estoque de aplicações úteis cresce e com Isto

cresce o esforço de manutenção a ser real izado. A crença de

que a necessidade de aumentar o esforço de manutenção decorre

da dlspl icêncla ou incompetência dos programadores foi

superada pela conclusão de diversas pesquisas. Para empresas

que adotam procedimentos clássicos de desenvolvimento de

sistemas a relação entre o tempo de desenvolvimento e o tempo

de manutenção se situa entre 70% / 30% e ~O% / 60%; para

empresas que adotam procedimentos que incluem as técnicas

modernas de planejamento de sistemas a mesma relação se situa

entre 95% / 5% e 80% / 20%.

A manutenção de software contém três componentes.

Há erros genuínos que devem ser determinados, há mudanças que

ocorrem na empresa em decorrência de transformações no

ambiente, e finalmente mudanças determinadas pela lei.

As relações entre os tempos de desenvolvimento e

207

manutenção no ambiente clássico e no ambiente das técnicas

modernas de planejamento permite conclui r que a maioria dos

problemas detetados decorre das ambigüidades ou entendimento

equivocado que são gerados nas etapas de definição dos

requerimentos e planejamento estratégico. Essa

permi te I nfer I r que as três componentes de

estariam sob um controle muito melhor se uma

constatação

manutenção

forte e bem

entendida metodologia tivesse sido utl I Izada desde a fase de

planejamento. Se uma estrutura de programas está sob

controle, a inserção de diferentes funções pode ser feita de

modo controlado. Se uma metodologia de controle tiver sido

utilizada, a etapa de análise de necessidades pode ser

aval i ada de trás para frente de modo a examl nar o Impacto que

os entendimentos equivocados poderão acarretar. Uma conclusão

é I nev i táve I: uma abordagem di sc i P I I nada, qua I quer abordagem

disciplinada, é essencial. Os gerentes devem ajudar a

selecionar a abordagem que se ajusta melhor com as propostas

existentes para planejamento estratégiCO e

necessidades.

análise de

Treinamento - A atividade de Treinamento deve ser orientada

para os usuários e os profissionais de processamento de

dados. O tre i namento deve ser rea II zado de forma contí nua de

modo a estabelecer ou complementar a capaCitação das equipes

comprometidas com o projeto. Os conhecimentos demandados para

a real ização de cada etapa devem ser exercitados antes da

realização da etapa. A gerênCia do projeto deve articular a

programação de treinamento com o programa de execução das

208

diversas etapas de modo a assegurar a capacitação necessária

à manutenção do fluxo contínuo das atividades. A importância

da sustentação dO nível de competência sugere que seja

treinado um número de usuários maior ( cerca de 25% ) do que

o pressumlvelmente necessário para a elaboração do projeto;

essa precaução se faz necessária porque as maiores perdas em

participação ocorrem exatamente no ambiente dos usuários.

As Informações tratadas compreendem: livros,

apost i I as, rev I stas espec I a I i zadas, documentação produzida

por fornecedores de equipamentos e software.

Os resultados esperados compreendem: Elaboração de

um Programa de Treinamento orientado para os seguintes

conhecimentos:

Pol ítica e Estratégia de Empresas

Metodologias de Planejamento de Sistemas

Metodologias de Planejamento de Sistemas de Informação

Metodologias de Modelagem de Dados

Metodologlas de Diagramação de Fluxo de Dados

Técnicas de Projeto Estruturado

Hardware, Rede e Telecomunicações

Sistema Operacional, Software de ApOio e Linguagens de

Programação

Sistema Gerenciador de Banco de Dados

Gerência de Banco de Dados

Administração de Dados

209

Ferramentas de CASE

Operação de Sistemas

O programa deve estabelecer o cronograma de

elaboração do material didático, a previsão de salas,

auditórios e equipamentos, a re I ação dos participantes

(instrutores e alunos) por curso, a cooperação de

fornecedores de equipamentos e software.

A figura a seguir oferece uma visão simplificada do

produto alcançado nas principais etapas de elaboração da

arquitetura global dos sistemas e do

ap I i cações.

210

desenvolvimento das

ANÁLISE ORGAHIZACIONAL

PROJETO LÓOICO

PROJETO AOMINISTRATlVO

PROJlTO rlSICO

p,

PRINCIPAIS ETAPAS DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

PROCESSOS DADOS

'-. :~ LO

L'

.., i=]L-{1 ... •

I: : o., f=~~

~, I' , ' ...

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.~. -ATlylDADE

. -c -

U!UARIO

PROCESSO

.' PROIRA."

§ ROTl • ..., [11 PIIO;UIIU

211

USUARIO

o

ORa O PROCESSAIIIEIITO

Ô Q Q PRODUTO FíSICO DOS ARQUIVOS

I I I

1- DICIONÁRIO OE DADOS

!. OICIOIIMIO M PROJETO

I~I

-+-+-++-+-+-1--+-1-+-+-+-+-+-+--+-+-+-+--1 APnO I c E I I I I-++++-i

iU O 1°

lo 10

O • 212

8

10 O

lI'~p IEND][ elE J[ v

OUTRAS DECISBES

214

Neste apêndice são descritas as condutas

decisões relacionadas com a seleção

que

de

orientaram

SGBO; com

as

o

treinamento orientado para a administração de dados, banco de

dados e modelagem de dados; e, com a Organização das equipes

e diretrizes para a elaboração do proJeto lógico, nesta

ordem.

215

I Seleção de SGBD

Como foi mencionado anteriormente, a empresa

acumulara muita experiência em sistemas suportados por SGBD.

Essa experiência tinha se desenvolvido com o uso de um

produto que denominaremos SGBDA, Implantado no equipamento

da sede, que denominaremos TECNOLOGIA A, para suportar

sistemas de Interesse, fundamentalmente, da Administração

Centra I. O G. C. cons i derava mu i to prováve I a ut II i zação pe los

Distritos de equipamentos da TECNOLOGIA B, formando uma rede

cuja finalidade principal seria a de suportar a automação de

processos de produção. Considerava-se Importante que o SGBD

Implantado nessa nova rede oferecesse as condições mais

adequadas de produtividade e desempenho. Com base nessa

motivação foi elaborado pelo órgão de Procesamento de Dados

da sede da empresa o procedimento para a aval iação de SGBD

utl I izado para selecionar o produto que foi

empresa.

adquirido pela

É Importante notar que a questão não se resumiria a

uma simples eSCOlha entre dois produtos. A experiência de 8

anos com o SGBDA representava um Investimento multo alto;

portanto, a adoção de um novo SGBD, com ou sem substitUição

do SGBDA, só deveria ocorrer se fossem Identificados, no novo

produto, características de desempenho e produtividade que se

traduzissem em benefícios perfeitamente quantificáveis.

:':?:í.ó

foram considerados os seguintes aspectos:

1. Um único "Banco de Dados Lógico" resulta nos seguintes

benefícios para uma rede de Informática de gestão:

uma única linguagem de programação e de acesso aos dados

para todos os centros de processamento de dados da rede

de Informática de gestão e para todos os usuários não

especialistas;

uma mesma estrutura de armazenamento de dados em

qualquer ponto da rede;

uma mesma metodologia de proJeto e

arquivos;

"desenho"

distribuição física dos dados pelos vários centros;

garantia de "back-uP" por toda a rede;

de

mesmo padrão e cultura de suporte e administração de

Banco de Dados por toda a rede;

ganhos em escala com o custo de manutenção do sistema

gerenciador de banco de dados.

2. I nvest I mento rea I i zado no SGBDA:

2i7

. 6.525.835 registros implantados;

6.822 módulos programados na

associada;

linguagem de 4ª geração

235 ana listas e programadores faml I i ar I zados com o

produto;

400 usuár I os f I na I s não espec I a I I stas tre I nados na

linguagem de consulta;

sistema de acesso ao banco de dados, programado pela

empresa, para dar suporte a usuários sem nenhum

treinamento em BD;

. sistemas desenvolvidos para:

projeto, armazenamento e manipulação de tabelas;

dicionário de dados a nível conceituai

dicionário de dados a n í ve I lógiCO;

controle de uti I i zação;

contro I e de área;

gerência de bibliotecas;

n í ve I de utilização diário (média) de 3.972.666

transações;

. dlsponibll idade, Integridade e segurança no ambiente de

satisfação geral com o produto;

satisfação geral com os serviços de suporte;

performance;

suporte do vendedor;

operação.

percentual de usuários ativamente InteressadOS em

substituir o SGBD, quantificando os que o faziam por

motivo de insatisfação com a performance;

ava I i ação do me rcado financeiro com re I ação ao

desempenho da empresa fornecedora.

Fontes de Consulta:

. Artigo assinado por Ralph JenKs, da Control Corporatlon

Computerworld, maio, 1985 - "Dle-hard COBOl: programmers

try Natura I and II Ke I t"

Setzer, Waldemar - "Banco de DadOs - Conceitos, Modelos,

Gerenciadores, ProJeto lógico e Projeto Físico"

Editora Blucher, 1986

Inbucon Informatlon Technology "4th Generatlon

languages and Advanced Software Development Aids", 1985

banco de dados não ocorrem atrasos ou erros

ocasionados pelos produtos nos sistemas mesmo para

aqueles submetidos a manutenções frequentes;

número de terminais que utllzam o banco de dados: 270;

equipe de administração de banco de dados

permanentemente atua I I zada.

3. Consulta a ava I I ações rea I I zadas por revistas

espec i a I i zadas com re I ação a:

produtividade dos analistas de dados envolvidos com o

projeto de novas bases de dados (produtividade medida em

termos de comparação do volume de mão-de-obra necessário

para alcançar o mesmo volume de produção na mesma

unidade de tempo);

produtividade da I inguagem de programação de qª geração

associada ao SGBO medida em termos de comparação com

linguagens do tipo CaBal;

satisfação dos usuários, medida por uma pesquisa que

analisou 21 produtos distribuídos em 792 instalações

oferecendo os seguintes resultados:

escala de pontos variando de 10 a 9 (superior), 8 a 6

(muito bom), 5 a 3 (aceitável) e 2 a 1 (inadequado)

atribuídos para as seguintes características:

21?

Datamation, dezembro 1984,

partir da página 85

"PeSqUisa de Software" a

· "Financiai World" - agosto 1985

· "Washington Post" - 6 de maio de 1985

Conclusões do Processo de Seleção

Considerando:

1. que a aquisição de mais de um SGBD implicaria em:

· pagamento do produto e taxa de manutenção de dois SGBD;

equipes de suporte para os dois ambientes (acréscimo de

2/3 no valor da mão-de-obra existente);

ampliação de recursos de máquina na sede (memória,

disco) para suportar os dois ambientes de Banco de

Dados;

ampliação dos recursos humanos para operação e gerência

dos dois ambientes.

2. que a substituição do SGBD existente, a I ém das

repercussões mencionadas acima, acarretaria em:

· quebra da integração do Banco de Dados;

acréscimo de 50~ dos recursos de mão-de-obra de

desenvolvimento e manutenção;

conversão dos sistemas implantados.

3. a conveniência em manter:

mesma I inguagem de programação e acesso, permitindo

produtividade e hOmogeinlzação das tarefas dos

programadores e dos usuários finais;

mesma estrutura de armazenamento dos dados, permitindo a

qualquer sistema desenvolvido em um ambiente, ser

processado no outro;

descentra I i zação do banco de dados pe I a rede, permi t Indo

economia de transmissão.

"I. que os resultados do benchmark possibilitaram afirmar que:

os SGBO ana I Isados, apesar de apresentarem estilos

diferentes, pertencem mesma "geração de

produtividade";

que os produtos ana Ilsados tendem a apresentar

performance equivalente,

r) 'I"} (: •• ': •• 1:' ••

Recomenda-se:

Que seja adquirido o SGBDA existente no ambiente de

tecnologia A para o ambiente de tecnologia B.

Concluído o processo de seleção do SGBD, foi rea I I zado um

teste no equipamento de Tecnologia B para avaliar a sua

capacidade de processamento quando submetido a diversas

condições de uti I ização. O G.C. pretendia determinar o

limite de solicitações por processos simultâneos, no

ambiente do SGBDA, sem que houvesse degradação do tempo de

resposta. Essa Informação era necessária para que o projeto

de rede pudesse ser real izado de modo a assegurar o nível

de qua I i dade e di spon i b III dade adequado à operação dos

serviços da empresa.

I I Treinamento orientado para Administração de Dados, Banco

de Dados e Modelagem de Dados

A rea I i zação desse tre i namento fo I precedida pela

leitura do livro "Banco de

Gerenciadores, Projeto Lógico

1986), do qual Já haviam feito

Dados, Conceitos, Modelos,

e Projeto Físico' [Setzer,

uso os profissionais que

participaram do processo de seleção de SGBD.

A ênfase do treinamento foi orientada para o

processo de modelagem de dados, especificamente para a

proposta de modelagem conceitual de dados apresentada no

XVIII Congresso Nacional de Informática (Rêgo, 1984J. O G.C.

considerava que a técnica de elaboração de Diagramas de Fluxo

de Dados já era perfeitamente dominada pelos profissionais da

empresa.

A dinâmica do treinamento seguiu os padrões

tradicionais: exposição teórica e realização de exercícios.

Foram treinados profissionais de processamento de

dados e usuários dedicados a todos os módulos e Identificados

pela BSP.

O objetivo era estabelecer uma base comum de

conhecimentos que possi bllltasse a formação de grupos

homogêneos, constituídos por analistas de sistemas e

usuários, que se dedicariam ao projeto lógico dos sistemas

correspondentes a cada módulo identificado pela BSP.

Para reforçar a representatividade (e o

comprometimento), cada grupo teria um gerente usuário

(usuário especial izado da Região ou Departamento responsável

pelo desenvolvimento do sistema), um coordenador técnico

(analista de si stema da Região ou Departamento responsável

pelo desenvolvimento do sistema), e, pelo menos um usuário de

cada Região e Departamento (quando afetados pelO sistema).

processo

Admitiu-se, também, que haveriam

de treinamento, decorrentes da

perdas, após o

dificuldade de

assimilação, pelos não profissionais de processamento de

dados, das habl I Idades necessárias à elaboração de um projeto

lógico de sistema. Para fazer face a essa Incerteza, o G.C.

programou o treinamento do dobro do número de profissionais

Inicialmente estimado.

do pessoal

atribuídas

Durante a fase de proJeto ocorreu uma perda de

treinado. As causas dessas perdas podem

aos seguintes fatores: maior afinidade

envolvimento com outras atividades, dificuldade

ass iml I ação das hab I I idades, res i stênc i a às mudanças,

45'10

ser

ou

de

falta

de confiança no empreendimento. De um modo geral a

resistência às mudanças se manifestou entre profissionaiS de

processamento de dados não fami I iarlzados com a modelagem de

dados.

Observe-se que não houve um processo de seleção da

técnica a ser uti I Izada. O G.C. adotou os métodos praticados

pela empresa, para os quais já se havia desenvolvido sól ida

experiência, e algumas ferramentas compatíveis com o SGBDA.

O treinamento orientado para a Administração de

Dados e Administração de Banco de Dados foi oferecido apenas

para os espec i a I i stas das Regiões e Departamentos

especificamente dedicados às funções de Administração de

Dados e de Banco de Dados.

I I I Organização das equipes e diretrizes para a elaboração do

projeto lógico

Concluído o treinamento e definida a arquitetura

dos sistemas, foi possível Iniciar o projeto lógico.

Para o G.C. a dimensão da tarefa, a diversidade de

serviços e ambientes, a diversidade de volume de transações

por ambiente, a necessidade

áreas na mesma loca I I dade ou

de

em

comunicação

loca I idades

entre d I versas

necessidade de manter sob controle o conj unto

diferentes,

(imenso)

a

de

faci I idades associadas a um também multo grande conjunto de

unidades de serviço, exigiam o esforço articulado de um

grande número de especialistas (usuários). Por outro I ad o,

devido à natureza da atividade

conceitual) o G.C. considerou que a

um

(processo de construção

elaboração do projeto

deveria ser rea I i zada por número reduzido de

profissionais, o que favoreceria a comunicação entre as

pessoas e conseqüentemente a determinação e a

do modelo concebido.

representação

Para o G.C. a primeira condição (ou exigência) está

relacionada à necessidade de se projetar sistemas que atendam

aos requisitos dos usuários (eficácia), a segunda condição

está relacionada com a necessidade de se alcançar os

resultados no menor tempo e com o menor custo (eficiência).

A dinâmica estabelecida pelo G.C. para superar a

contradição foi a seguinte:

constituiÇão dos grupos de desenvolvimento com

participação, em cada grupo, de pelo menos um usuário de

cada Região e Departamento. A coordenação de cada grupo de

desenvolvimento foi atribuída a um gerente usuário

auxl I lado por

técnico);

um analista de sistemas (coordenador

para cada módulo Identificado pela BSP foi constituído um

grupo ao qual se atribuiu a responsablll dade do

desenvolvimento do prOjeto lógico (Diagrama de Fluxo de

Dados, Modelagem dos Dados, Diclonarização dos Processos,

Dados e Atr i butos);

todos os participantes dos grupos receberam os resultados

obti dos com a apll cação da BSP, receberam o treinamento

sobre modelagem de dados e foram orientados com relação à

dinâmica do trabalho;

cada grupo deve se reun i r Isoladamente objetivando

estabelecer o modelo do sistema de sua responsabi I idade e

as interfaces com os outros sistemas;

periodicamente deve ser rea I I zada uma reun i ão dos

coordenadores (gerente usuário e coordenador técnico) de

todos os grupos, objetivando universalizar a visão do

modelo global e estabelecer a solução mais adequada das

227

interfaces;

as reuniões de grupos e de coordenadores devem ser

supervisionadas por um profissional com experiência em

modelagem de dados e diagramação de processos.

Nesse ponto lembramos que, no Início do processo,

haviam sido Identificadas duas alternativas para orientar o

processo de planejamento: a primeira considerava os sistemas

existentes como base para a solução definitiva, enquanto a

segunda desconsiderava o desenvolvimento sobre essa base. A

decisão do G.C. elegeu a 2ª alternativa porque era

considerado oportuno estabelecer

fundamentadas.

bases conceituais bem

A construção de bases conceituais bem fundamentadas

era considerada pelo G.C. como questão central do proj eto

lógico. A Informatização não deveria ser

dos processos operados no dia a dia

I Imitada à automação

da empresa. Se r i a

necessário portanto real Izar um exercício de crítica dos

conceitos já estabelecidos. Esse exercício era considerado

pelo G.C. muito di fiei I, pais

(profissionais de processamento de

são poucas

dados ou

as pessoas

usuários) que

conseguem perceber com clareza a distinção entre a rea I idade

concreta e a representação mental que se faz da real i dade, e,

que essa representação mental pode ser alterada a fim de

assimi lar os diferentes aspectos da Natureza em relações que

sejam eficaz e eficientemente úteis à condução da ação

empresarial.

A fim de explicitar o que deveria ser entendido

como base conceituai bem fundamentada, foram

por especial istas de processamento de dados,

I dentl f i cadas,

em uma RECOR

promovida pelo G.C., as propriedades que os sistemas a serem

projetados deveriam ostentar e a conduta de projeto a ser

observada durante o processo de modelagem, para assegurar o

resultado pretendido.

Propriedades do sistema (modelo lógico):

Integraç~o - caracteristlca dos sistemas nos quais cada uma

de suas partes componentes se completam ou complementam,

sem haver superposição.

Estabi I idade - característica dos sistemas cujo

equl I íbrlo é pouco afetado por perturbações.

estado de

Eficácia - característica dos sistemas que produzem o

efeito desejado.

Eficiência - característica dos sistemas nos quais o ato de

produzir ocorre de forma adequada e/ou vantajosa e/ou

lucrativa.

Invariância característl ca

grandezas (conceitos) que se

dos

mantêm

sistemas que possuem

constantes quando o

sistema se transforma (quando muda o ambiente ou o

serviço).

A eficácia é uma propriedade relacionada com a

capac I dade de di scern i r a or I entação para os obj etl vos

corretos.

A integração e a eficiência se relacionam com a

capacidade de conceber e operar estruturas de mOdo otimizado

do ponto de vista lógico e econômico.

A estabi I idade se relaciona com a capacidade de

conceber estruturas invulneráveis a perturbações.

A eficácia e a Invariância não confl itam entre si e

nem com nenhuma outra propriedade. Integração e eficiência

cooperam entre si. Eficiência não confl ita com establ I idade.

Entretanto integração e estabi I idade são propriedades

conflitantes, Isto é, um modelo que tenha sido concebido de

um modo tal que cada uma das partes estabelecesse multas

vinculações com as outras (acoplamento forte entre as partes

Integradas) será fortemente perturbado se ocorrerem

alterações em qualquer uma das partes.

Para superar o conf I I to Indentiflcado entre as

propriedades e assegurar a eficácia do processo de modelagem

(produzir um projeto lógico com as propriedades desejadas)

foi delineada, pelo plenário da REGOR, a seguinte conduta de

~)30

proJeto:

- manter a arqu I tetura a I cançada pe I a apl I cação da BSP

como um objetivo permanente;

2 - considerar que o sistema é um recorte da rea I Idade

constituído por partes que são

9 loba I ;

recortes dêste recorte

3 - estabelecer distinção entre processos que manipulam

(i nc I uem, exc I uem, atua Ii zam, lêem) obj etos, a f im de

registrar as ocorrências do processo produtivo e as

ocorrências que Interessam às decisões gerenciais, e

processos que dão suporte às decisões e ao controle

empresarial. Esses processos devem operar completamente

desacop lados, de modo a não comprometer a estabi I idade

global do sistema;

4 - considerar que processos e objetos são recortes

elementares, cuja conceituação deve ser apropriada

sempre que se revelar úti I para a construção de um

modelo com as propriedades desejadas;

5 - a articulação entre os recortes que constituem as partes

do sistema global devem ser estabelecidas de modo a

produzir um acoplamento fraco;

6 - o acoplamento entre os elementos que constituem cada uma

das partes do sistema gl oba I pode ser rea I i zado de modo

a estabelecer uma forte coesão;

7 - a articulação entre os recortes deve ser realizada pelos

objetos situados na fronteira entre os recortes.

objetos deverão ser rigidamente controlados

Esses

para

assegurar a eficiência do processo de modelagem e a

estabilidade do modelo, mesmo se vier a ocorrer alguma

redundânc I a;

8 - consl derar

serviço;

cada processo primitivo

9 - considerar cada processo complexo

encadeamento de processos primitivos;

10 - cada serviço deve ser controlado

(como sendO)

(como sendo)

para fins

estatística de uso e melhoria do Sistema;

11 - o processo de aprimoramento do modelo conceituai

um

um

de

deve

ser Interrompido quando não houver expectativa de ganho

de produtividade que

empreendido;

remunere o esforço a

12 - observar que a integração ocorre na estrutura

ser

de

objetos, particularmente através daqueles objetos que

são comuns a várias funções, isto é, o processo complexo

é específico de uma função, mas, cada processo primitivo

~.~32

apreende uma mudança de estado de um determinado aspecto

da rea I idade, aspecto que pode se const I tu I r em atr I buto

de diferentes objetos. Desse modo, não deve existir mais

de um processo primitivo para a mesma finalidade,

devendo-se, entretanto, fazer uso desse processo

primitivo único para construir processos complexos e os

objetos através dos quais se estabelece a comunicação

entre funções. A dependência do processo primitivo a uma

determinada função será decidida pelo critério de

precedência.

Os diagramas a seguir representam os resultados

parciais alcançados em dois momentos do processo

e I aba ração do projeto I ó g i c o . No primei ro momento

de

foi

apreendida a visão global do sistema; no segundo momento foi

apreendida a visão de um recorte dessa visão global. Em todos

os momentos o modelo reflete perfeitamente a arquitetura

global gerada pela BSP.

Para o G.C. a preocupação em identificar

propriedades do sistema e condutas de projeto, resultou da

compreensão de que o processo de modelagem é eminentemente um

processo de criação, de construção conceitual; a partir desse

entendimento, os princípios e condutas auxl I iam o processo de

determinação dos resultados a serem alcançados. Esses

princípiOS e condutas emergiram durante a elaboração do

projeto, resultantes das Indagações sugeridas pelas

dificuldades encontradas.

Para o G.G. as técnicas de normalização são

ap I i cáve i s a estruturas conceptua I s já estabelecidas e

auxl I iam o processo de depuração dessas estruturas. O

processo de modelagem, por outro lado, é um processo de

criação através do qual o analista pretende explicitar a

realidade, constituindo-se, portanto, em um processo de

elaboração que tira partido da capacidade criativa dos

ana I Istas da rea I Idade, que têm, como únicos elementos de

orientação coletiva, o conhecimento comum da realidade, dos

objetivos a serem alcançados, das prioridades entre sistemas

e das condutas de projeto a serem consideradas.

234

VISAO GLOBAL

iiiIiiiMiiiiI&Iili&IiU4li Mi!DMIJiiIi5i IRNIMMi!priiQi§j8ign.

SOLlCnACAO ORDEM FACILIDADES CLIENTE SERVI CO E>:ECUCAO -

fACI~IDA~ES EOT A RE UNE AR CPS

CLI ENTE RECLAH PEDIDO US E:LO~UEIO OE

DES :LOQUEIO FACILIDADE SOL -E:LOQUE I O DESE:LOQ-DESL

SOL-SERVI CO

Cf'S SOL-BLOQUEIO DESE:LO~-DESL

PA6A EFETUA A ITEM-US-REAl-PROHTA US-f"EH[lEHTE

F' - 3 f' - 2 F' - 4 REClAKAC lTEH-US-REAl-APRAZ U5-F"ROVI50RJA

CF'S FATURAR ITEK-US-(OKER ATENDER I ADKINISTR

E I'~O"H FACILIDAD ,-.----i COBRAR USUARIO MEDIDA UNIDADES UTI l IZAC .. V5 REC lAKA[IA jV5-I'ROVI50RIA SERVICO ! SER!,.' I (OS • ITEK-V5-R:j F

USU V5-RECLAKA~A • • APRAZA[IA A

It~A(IIK I C

usu ITEH-US-COKERC-PRONTA ITEH-US-REAl-PROHT I I --- &:iii\IlItil!WIlllOl1lDll I L

MEDIDAS CLI ENTES UNIDADES Us-tROVISORIA-APRAZADA I I

- SERVICOS I [o

OE-8LOQUEIO-[IEStlOQ r-- - - - -- _. _.J A I [o

OE-REC LAKACAO I E I I I I

lTEH-US-(OKERCIAl-PROHTA I I FACILIDADES

US-F"ROV I SOR 1 A-Af"RAI I

I I I I FAC lL FAC IL

CLI ENTE ftNHMiliNUriMiUlli I TRAH5- CO.VT

UNIDADES I

rOL-SERVICO-CO"C LVIDA I SERVICOS I I I f' - 5 I

F' - 1 I MEDIR I UTILIZAC

SOLICmC VENDER I

SERVICO SERVI CO US-f"EH(lEHTE I I

~L-5ERVlCO I MEti 1 HE[II

I I IRAW' (OliUT

Of.;DEHS I EXECVC.O I

OE I MEDIDAS

• , I I s.OL-cmnATO I I I

I I

'E[lIDO-DESATIVACAO P - 6 I F' - 6 I

I I

CLI ENTE "[DIDO-CAMCElAHEHTO MANTER I OE AVAL IM~ I

SERVI CO L._~~ __ 4 __ 4_M* (IESEHf"EHH ~~c,ic'~~ PEDIDO-AlTERA(AO OE CONCLUIDA OF"EF;IAC IOH SISTEKA _.

DFD ô. f'r-oôucao Int.egr·acao 82/82/88 (INTPROD)

-

235

I I I CaI'!ERCI~llz~c~a I

I I I I

I I

I I

I USU~RIO I

I I

I I

I I

I

I

I

I

OR~EM p~'~ SOLIClT~C~O I SERVICO I

• r-' I I I

I I F~C ILI D~DES I ~EDICOES I--~-------- ------------ I'!ANUTENC~O I I

I I I I

D:-~ I

I I r-K I UHI~~DE DE ~;-+ ORDEM DE rACILIDADE f'OHTO I SERVICO

l..[~[U"O.J KEDIC~O

I I I I I I I I I I

I

I

J ITEM DE US

~!L I l'OF'OlO61CO I

Cf'S I

I D ACESSORIO MEDID~ I I rACILID~DE I I I ITEM DE UHl ~ADE

L ____________________ H • __

I DE SERVI O ~ I I

I I I ~ I ITEM DE US ACESSORIO I NAO TOf'OlOSICO HAO F~CILID~DE I

I I L ___________

········--·-1 I

A I I

r'" I I

I I

ITEM rATUR~HEHTO ~

ITEK rATUR~KENTO I I

f O M~DIDA POR US POR I TEM DE US I I FATU 'AHEHTO

I ATENDI~ENTO USUARIO I

I I

A I I I I I I

I I I I

FATURAi'lENTO ITEM I I

r~TUR~MEHTO I I I I I

DO da Produc.o

Int.es,"c.o a2/a2/88 (INTEGRAl

,..."

_.-C SOLlC!TACAO ~ SOL, CA~CELAME~TO

CANCELAMENTO DE ALTERACAO

C --SOl. CANC[LAME~TO

DE ATlVACAO

C SOLlCITACAO -O

ATlVACAO

C C SOl! C !TACA0 kECLAMACAO u--

ALTERACAO

SOLl C !TACA0 ~~-{I> C SOLlC!TACAO ~O SOLlCITACAO f' OROEH SOl! C ITACAO ~-o f'kOf'OSTA/PkOJETO SERYICO BLOQUEIO BLOQUEIO --

- C SOLlC!TACAO f' ORDE~ SOl! C !TACA0 ---o ~

CONTATO DESBLOQUEIO DESE:LOQUEIO

C ~OLICITACAO f' ORDEM O ~ DESAT I VACAO DESATlVACAO

F' SOLlC!TACAO CONCLUI DA

[:~IEm p ~ USUARIO f' USUARIO USUARIO 1*--0

FATURAKE~TO I NADI MF'lEHTE --

DO da Producao

Co"erc i ai i zaCao

02(~2(a8 (Ca~ERC)

237

c I US I~ f' US o

f'ROVISORIA Af'RAZADA

~[~~;m I~ f' US O

CARTEIRA

COlO=

US

I· f' US

I O

ATIVADA RECLAMADA UNIDADE DE

SERVI CO

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f'RONTO COMERCIAL

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TOf'OL06ICO L061CO

C2 ITEM DE US f' ITEM DE US

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At.endi .. ent.o ao Usuar i o

1it2/1it2l88 (ATEr!DUSUl

238

I ~~~~

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Manut.encao a2/a2/BS (~A~UT)

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r - - - - - - - , I Cl OE L. - •••••• - - - •••••• - •••• Oi I

DESVIO L ~ _ _ _ _ _ _ J

239

T1F'O D . HICILIDADE

m'o D ACESSORIO

UNIDADE MEDIDA

..

MEDIDA ANALISE-TRAFEGO

MEDIDA FATURAMENTO

MEDIDA AVALIACAO-

DO da Producao

Facil idade e Medica0 02/02/83 (FACIL~ED)

DESEMPENHO

FACILIDADE EOT

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FACILIDADE

ACESSORIO FACILIDADE

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FACILIDADE "7 f'OWTO

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248

FACILIDADE

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DETALHE ATENDI~ENTO USUARIO 85-p(·ocessament.o da (·ecl-se-r'v. ver-sao: 64/61/96 ar-qui vo: at.ud/"36 f'ag: 61/63

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use-r-ee I amada

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84 I

ELEMEHTOS TOPOL061COS

I A

USCS

r-ee 1

r'ee I-feet.- imp r'oe-sem-d i ag 62 I r'ecl-r'eir,c anal isar' r-eclam.

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RECLAKACOES

r-ee 1- i ~ i e-aloe r-ta

DI A6HOSTlCOSI SERVI CO

r-.,.-'·'---

VASAS

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di ag/r'ee I-nao-eor,e I us i vo di agr,os t. i ear' r'ee I amaeao

ot.-teste-diag

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DI A6HOSTI COSI

RECLAMACAO

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ger-ar' ot-r'ec I

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243

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RECLAMACAO

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245

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f'ROC 6RTl A EXf'DA

;:.'46

PRINCIPAIS RESULTADOS

DO PRO..JIET"O

247

Neste Apêndice descrevemos os principais resultados

alcançados pelo proJeto real izado pela Telecomunicações S.A.,

de acordo com o enunciado no capítulo 4 item 4.5.

I Modelo Geral dos Sistemas

o modelo geral dos sistemas foi desenvo I V I do a

partir das aplicações identificadas pela BSP, e, resultou no

conjunto constituído pelos seguintes módulos:

Planejamento Estratégico

Planejamento Tático

Come rc i a I I zação

Atendimento ao Usuário

Fac i I idades

Manutenção

Medições

Faturamento e Cobrança

Material

Recursos Humanos

Serviços de Apolo

Informática

Econôml co F I nance I ro

I I Postos de Trabalho por Amblente-

Terminais

Ouantlflcação de

o segundo passo na elaboração da proJeto foi a

realização da projeção do número de postas de trabalho a ser

implantada em cada unidade operacional.

Projetou-se o pretendido número a parti r do

conhecimento da situação então existente, tendo-se o cuidado

de estabelecer parâmetros referentes tanto à diversidade de

porte das tarefas realizadas (em face à desigualdade dos

volumes de transação operados por diferentes unidades

operacionais dedicadas às mesmas funções), quanto às

diferenças do grau de uti I ização que se dá aos terminais (uso

de CPU), de acordo com as áreas de atuação em que são

necessários.

Assim, coerentemente com o modelo geral dos

sistemas, adotou-se uma classificação do conj unto de

atividades desenvolvidas em cada área operacional, com as

seguintes categorias e sub categorias (figura 1):

CLASSIFICAGÃO DAS ATIVIDADES POR ÁREA DE OPERAÇÃO

L ÁREAS SUBDIVISIíO DE SUBÁREAS ÁREAS

._.-_ ..

Administração Material ( MAr) (AOM) Serviços de Apoio ( S . A . )

Recursos Humanos (R.H.) Econômlco-Financeiro ( E . F . )

Comere I a II zação Comerciai (COM) (COM) Implantação ( I MPLl

Faturamentol Cobrança (F/C) Centro de Serviços e Informações (CS I ) Planejamento

'--. de Sl~ (ES I )

(cont)

,-------------I ÁREAS SUBDIVISílO DE

ÁREAS SUBÁREAS

---------------------t-----------t--------------------j

Técnica Telex

Dados

Transmissão (TX)

Laboratório (LAB) Di 5 tr I b • G e r a I (DG ) Infraestrutura(INF) Te I efon I a(TLf)

Oficina Centrais Multlplex Transdata/ RENPAC Oficina Modems Multlplex Rádio Centro de TV

(OFC) (CEN) (MUX)

(TRD/REN) (OFC.MOD)

(MUX) (RD) (CTV)

l--------t---Reclamação de Chamadas Central

(REC.CHA) (CEN)

Processamento

de Dados (PD)

i

Desenvo I v I menta e Manutenção Apolo Produção

(DES.MAN) (APO) (PRO)

~-----------~--------------~---------------------4 Gerência

L..... ______________ -----'

Superintendente Gerência Informática Gerência

(SUP)

( G I )

Engenharia (GE) Gerência Administração (GA) Gerência Comercialização (GC) Gerência Segurança Industrial (GSI)

_________ ._-'-__ uO..l! .,;;5ut.,JrLLI ,UJt 0-..0.11 e r a ç õ e s _ (n n P )

f I 9 1

Consistentemente, no contexto do critério adotado,

estabeleceram-se quatro níveis para a classificação dos

portes em que se distinguem as unidades operacionais,

adotando-se os parâmetros de 1 a ~,numa escala de sentido

ascendente.

Finalmente, atr I bu í ram-se med i das diferenciadas

para indicar os distintos graus de utl I Ização de terminais

(uso de CPU) em cada uma das áreas consideradas, adotando-se,

adicionalmente, diferenciá-Ias em relação aos respect i vos

n í ve i s atr I bu í dos aos portes das un idades operac i ona i s.

De tUdo resultou a tabela a seguir (figura 2), onde

se lê a quantidade de terminais Idealmente definida para cada

posto de trabalho, discriminadamente em função do porte das

atividades, da área, da subdivisão da área, da subárea,

segundo os fatores de utl I ização dos terminais.

A apl icação dessa tabela às situações concretas

resulta na indicação efetiva da quantidade de terminais a ser

alocada em cada caso conforme representado na figura 3.

As quantidades de terminais eventualmente sofreram

pequenas a Iterações determl nadas pe I a situação da loca I I zação

física dos órgãos de operação, tais como distribuição do

mesmo órgão em andares ou prédios diferentes, o que determina

o aumento do número de terminais.

Para o G.C. a SOlução ideal seria a construção de

uma matriz que registrasse o volume de transações por função,

Incluindo indicação do trânsito de Informações entre órgãos.

Entretanto, essa solução demandaria esforço de toda a

estrutura (e os custos conseqüentes) e não aumentaria

significativamente a precisão do resultado alcançado.

DISTRIBUlt~O DE TER~INAIS POR POSTO DE TRABALHO

I ;;;:; ~ 1 c",,,,, PC'F:TE e'E ATII.'I L'Ae'E

4 ~,

" 1 -' , M A T 'I- 3 " I: , 1 1 I A c' ri -'- 1'1_

E. F_ I 1 " F: _ H_ :.;: , ------

r' I) 11 2: 1

I M P L 1[1 2: 2: 1

C C· M F " r' 2: 1

r' ~, I 9 1\ 2: 1

P " I 1 1 D [1--

t----' -- -I) F' r' 2: 2: 1 ,

I

T'ELD: r' E N 2: 1 T _. 1 1

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C me, ,..- REi~ 2: 1 C'AC'J)~. 1 1 rl

I)FC .111)D 1 1 I ---

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I n: F: c' 1 2: " 1

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F:EC _ CHA 1 1 i r L F f-- 1 1 I r' E rl 1 1 _.

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P. C' _ A P C' C': 1

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- ,--i F~lrl)F: e'E L UTI LI LAtM

€i E F: _ E: - c; _2 - 'I

\ FtJ.IÇ(lES \ , ÃREA \ ATENDIDA \

SUP DOPA-POL01 DOPA-POL02 DOPA-POL03 DOPA-POL04 OOPA-POL05 DOPA-POL06 DOPA-POL07 OOPA-POL08 DOPA-POLOS DOP8 DOPe

DOPO DOPE DOPF DOPG

DOPH DOPI

OOPJ fX)P\(

!)OPL OOPN

OOPN-POL01 OOPN-POL02 DOPO DOPP DOPQ DOPR

DOPS DOPT DOPU DOPV DOPW

OOPX OOPY DOPZ DOP$

REG 11\0

QUANTIFICAÇ~O DE TERMINAIS

POR REGI~O DE OPERAÇõES

REGI~O A

TOTAL TOTAL ArXi cct1 TEG OPD GER LOCAL ÃREA

2 2 2 1 7 14 9 24 20 20 10 83 136

10 10 2 2 4 4 2 2

1 4 2 1 8 2 2 1 1 1 1

1 4 1 1 7 2 2

3 7 7 1 2 20 32 1 1 1 1

1 4 3 1 1 10

3 7 8 1 2 21 29 1 2 4 1 8

3 4 "1 1 2 17 25 1 3 3 1 8

3 4 "1 2 2 18 26 1 2 4 1 8

5 9 13 9 3 39 6S 4 4

1 3 3 1 8 1 2 3 1 7 1 2 3 1 "1 1 2 1 4

5 9 13 3 3 33 59 2 2

1 4 3 1 9 1 2 3 1 "1 1 3 3 1 8

3 4 8 3 2 20 45 1 3 4 1 9 1 2 4 1 8 1 2 4 1 8

52 114 164 42 49 421 421

Fig. 3

GlAI..I DE UT I L I ZAO\O

SIREHOTO GIREMOTO

119,8 138,4

1,7 18,4

14,7 16,1

10,2 10,6

9,6 1,0

40,6 43,8

31,2 32,7

17,5 18,2

261,3 289,2

I I I Relação terminais e processos simultâneos

Estabelecida a quantidade de terminais alocados em

cada local idade, com base no fator de uti II zação, foi

real izada uma estimativa do número máximo de processos de

natureza diferente com ocorrência simultânea, nos momentos de

mai ar movimento, em cada local idade.

Os resultados dessa estimativa foram registrados em

tabelas, conforme o modelo abaixo (figura 4):

ESTIMATIVA DE TERMINAIS E DE PROCESSOS

COM OCORRÊNCIA SIMULT~NEA POR LOCALIDADE

LOCALIDADES TERMINAIS PRDCES SOS COM CPU

S P O 80 60

-

R J O 75 57

--- -

R C E 35 25

8 S A 33 25 -----

8 L M 28 21 .-

P A E 30 18

f i g. 4

05 resultados obtidos pelo método uti I Izado para

estimar o número de processos simultâneos, foi comparada com

os valores medidos e registrados pela controle de produção

dos órgãos de processamento de dados, de modo a

vai Idação dos resultados proJetados.

promover a

Os resultados obtidos nessa fase do ProJeto de

Alternativas foram comparados com as conclusões da "Medida de

Desempenho do Equipamento de Tecnologia B", de modo a

possibilitar a determinação da configuração da CPU a ser

i mp I antada em cada loca I i dade que v I esse a ser identificada

como um dos nós (com CPU) da rede de teleprocessamento a ser

construída.

Observação: A determinação do número simultâneo de

processos foi precedida pelo estabelecimento das diretrizes

para macro-operaclonallzação do Sistema.

Macro operacionallzação deve ser entendida, nesse

contexto, como a articulação dos sistemas produtivos com os

sistemas gerenciais, re levando considerar, quanto aos

sistemas produtivos, que neles, a agilidade das informações

deve suportar a agi I Idade dOS processos, enquanto que nos

sistemas gerenciais a velocidade dos processos admite que não

haja comprometimento estrito, entre a ocorrência dos fatos e

seu Imediato conhecimento a nível de ação gerenciai.

A situação acima descrita sugere que os sistemas

produtivos sejam desenvolvidos para ambientes on-Ilne,

enquanto que os gerenciais sejam produzidOS no ambiente de

processamento mais próximo do nível gerenciai a ser

considerado, a partir de uma transferência programada de

dados.

Com relação aos sistemas produtivos, cabe

evidenciar que a maior parte das transações se dá em ambiente

fechado, havendo, eventualmente, comunicação remota. Esta

situação sugere que a acesslbl I Idade entre locais dl.ferentes

seja restrita apenas às comunicações remotas, enquanto,

as comunicações locais, haja acessibilidade plena.

para

Apenas o sistema de controle de facl I idades aparece

com características que determinam acessibl I Idade plena a

todos os ambientes.

I V Determl nação do n í ve I ótimo de descentra Ilzação da rede

Estimados o número de terminais por local idade e o

número de processos simultâneos por localidade (com e sem

comunicação entre local idades) já era possível determinar o

nível ótimo de descentralização da rede para as tecnologias

A, B ou para uma combinação entre elas.

AS premissas consideradas no proJeto da rede foram

descritas no item ~.~.1, letra E da Conclusão

I I I, do volume I.

I I I da RECOR

Com base nessas premissas e na estimativa de

capacidade determinada conforme o descrito anteriormente, foi

rea I I zada a aná I I se de trade-off entre os custos crescentes,

em função do número de nós (com CPU), de hardware, software,

pessoal e manutenção e os custos infra-estrutura,

decrescentes das inhas de comunicação. Foram considerados os

custos relativos às aquisições, modificações e despesas

operacionais.

Rea I i zado o proJ eto para diferentes n í ve i s de

descentra I i zação, com os preços e tarifas vigentes em

setembro de 1987, foram determinados os resultados

representados na figura 5.

9 CZ$10

Centralizado X Descentralizado Custos Totais Por Numero de Localidades

4.-------------------------------------,

3

otal 6 Anos

2 ----

+ 1

+

o , 6 4 21 8 31

Fig.5

Todos os resultados foram calculados pelo método do

valor presente, considerado um horizonte de 5 anos e custo de

capital de 12,5% ao ano.

A partir de 31 localidades, a elevação dos custos

de hardware, software, operação e Infra-estrutura começaram a

superar em multo a queda dos custos de comunicação, motivo

pelo qual não foi ampliado o número de localidades.

V Quantificação das alternativas tecnológicas

o G.C. considerando que os custos da rede se

revelaram relativamente constantes com o número de pontos de

descentra I i zação var i ando de 6 a 28 local idades, e ,

considerando que do ponto de vista da segurança,

confiabi I idade, e desenvolvimento cultural, (o maior número

de loca I i dades cor responde à situação ma I s adequada) adotou

como so I ução uma rede com 28 nós (loca II dades com un i dades de

processamento de dados). Para essa configuração foram

desenvolvidas cinco alternativas de solução, conforme as

tabelas abaixo (figura 6):

QUANTIFICACÃO DE ALTERNATIVAS TECNOLóGICAS

ALTERNATIVAS HARDWARE -

A TECNOLOGIA B - EQUIPAMENTO NACIONAL

B TECNOLOGIA B - EQUIPAMENTO NACIONAL F IMPnRTD.nn

C TECNOLOGIA A E T F r.N n I nr, I A ~JiA..C-LQJIl.A.L

----------,_._--------AL TERNAT I VAS S G B O

S G B O - B

I I S G B O - A

-------------~--------------

_._._------ -.,--

COMPOSiÇÃO DE CUSTO CUSTO ALTERNATIVAS OTN ( 10 *3 ) CR$ ( 10 *6 )

_ .. __ ._-- -A. I 7.930 3.172

A. I I 8.640 3.456

f---- -B. I 6.020 2.408

--B. I I 6.530 2.612

.

C. I I 6.120 2.448 --- -

f I g. 6

VI Custos de Desenvolvimento: ambiente SGBO X amb I ente

convencionai

Para aná I i se dos custos comparativos foram

considerados 05 seguintes componentes:

dimensão da equipe: 80 anal istas e programadores;

salário médio + encargos: CZ$ 100.000,00;

velocidade de desenvolvimento no ambiente de SGBO três

vezes maior que no ambiente convencionai.

Para esses valores, e, com base em resultados

alcançados em desenvolvimentos anteriores, foram real izadas

as seguintes estimativas (figura 7),

CUSTOS DE DESENVOLVIMENTO,

AMBIENTE CONVENCIONAL X SGBO

PRAZOS (ANOS) CUSTO CZ$ 10*6

A OTIMISTA 2 192 M S ----B ~ G LNOR~AL 3 288

'--1 T PESSIMISTA 384 E O - --- ---------

C O

A N M V OTIMISTA 6 576 B E ----I N E C ~_ NORMAL 9* 864 N I T O E N PESSIMISTA 12* 1152

L __ ~-,-__ . _____ --l _____ -'-_. ____ _

(*)Esses prazos Indicam que a alternativa de solução é inviável.

f i g. 7

VI I Expectativas de Ganhos e Custos

As expectativas de ganho, decorrentes da Implantação

do projeto, foram postas nos termos que se seguem.

o G.C. considerou significativos os seguintes fatores:

- perspectivas de ganho por aumento de receita:

por completude do faturamento;

por atendimento à demanda reprimida;

- perspectiva de redução de perdas financeiras;

- perspectiva de economia do fator mão-de-obra;

- crescimento da capacitação técnica do quadro de empregados;

- crescimento da Imagem institucional.

Foram quantificados os ganhos decorrentes das

perspect i vas de aumento de receita, de redução das perdas

f i nance I ras e de economl a do fator mão-de-obra.

A quantificação desses ganhos foi realizada pela

técnica do valor presente, considerados o horizonte de cinco

anos e o custo de capital de 12,5% ao ano.

Nessas condições foi determinado, para a expectativa

global de ganho, o valor de CZ$ 6 X 10 * 9. Esse valor foi

considerado uma estimativa pessimista.

As tabelas a seguir resumem as expectativas de ganhos

e custos (figura 8).

EXPECTATIVAS DE GANHOS E CUSTOS

G A N H O S

[ I CZ L_

COMPLETUDE DEMANDA ECONOMIA FATURAMENTO REPRIMIDA MAO-OE-OBRA

I $ 1: 80 2.500 3.420 -

CUS T O

A - INVESTIMENTO: HARDWARE E SOFTWARE

---r-

A N O I A N O

CZ$ 1: 868 1.020

8 - MÃO-DE-OBRA

f -

A N O I A N O - -

l_ CZ$ 1: 96 96 -----~-

-

CZ$ 1:

C - DESLOCAMENTOS

A N O I A N O -.

7,4 7,4 ,

1 US$ = CZ$ 51.282,00 1 OTN = CZ$ 400,00

* = CZ$ 10 * 6

flg 8

~)64

I I A N O I I I

724

I

I I I A N O I I I

48

-

I I A N O I I I

7,4

TOT AL

6.0 DO

-TOTA L

2.612

TO TAL

24 O

TOTAL

22,2

VI I Determinação de Prioridades

Para o G.C. era necessário evidenciar a complexidade

da tarefa global para que fosse estabelecida a conduta que

mais se ajustasse às necessidades da empresa.

A conduta adotada para a determinação de prioridades

foi preced i da por uma revisão cuidadosa dos objetivos

pretendidos.

Descrevemos abaixo os resultados dessa revisão:

1 - O projeto deve atender às necessidades dos seguintes

sistemas:

- Planejamento (e Controle);

- Sistema de Produção (Comercialização, Atendimento ao

Usuário, Facilidades, Manutenção, Medição, Faturamento);

- Sistemas de Administração de Recursos (Recursos Humanos,

Material, SerViços de APOlO, Serviços de Processamento

de Dados);

Sistema de Economia e Finanças.

2 - Os Sistemas devem atender às necessidades de todos os

serviços (Dados, Texto, Voz, Imagem; Fixos, Móveis;

Terestres, Satélite, etc.).

3 - As estruturas dos sistemas para todos os serviços devem se

comportar de modo Invariante.

4 - Os sistemas devem constituir um todo Intregrado,

perfeitamente articulado pelos

fronteira de cada um deles.

5 - As diversas categorias de

objetos situados na

processos deverão ser

desenvolvidas de forma completamente Independente, de modo

a assegurar a máxima establ I Idade dos sistemas. Desse

modo, os processos dos Sistemas de Apoio à Decisão e

Planejamento (e Controle) devem ser desenvolvidos para

operar a estrutura de dados gerada pelos Sistemas de

Produção (Administração da Produção), Administração de

Recursos e Economia e Finanças.

Para o G.C. esse conjunto de objetivos sugeria que o

desenvolvimento deveria privilegiar a função de produção,

articulada com a administração de recursos (pessoal, material,

serv i ços e recursos f I nance i ros).

Desse modo, cada serviço deveria ser considerado

como se fosse um produto em uma linha de montagem. Assim, a

partir do pedido (Comerciai Ização ou Atendimento ao UsuáriO),

são reunidos os recursos (Facl I idade e/ou Material e/ou

Serviços de ApOiO), para suprir às necessidades da fabricação

ou recuperação (Ativação e/ou Manutenção) e, após determinação

dos recursos consumidos no produto (Medições) é realizado o

Faturamento e a CObrança; em paralelo, são realizadas as

operações financeiras e a contabilização.

Essa í n t I ma articulação entre os processos de

administração da produção deverá ser apreendida no modelo a

ser desenvolvido, cuidando-se para que haja unificação de

conceitos e que o modelo seja adequado a todos os serviços.

o G.C. considerou que os processos diretamente

orientados para a produção e os processos diretamente

orientados para a administração de recursos, constituíam dois

conjuntos de processos que manifestam forte coesão

coesão externa um pouco menos forte.

interna e

00 exposto acima, o G.C. concluiu que o critério de

determinação de prioridades adotado para o projeto deveria

prlvi legiar aspectos estruturais.

A estrutura global deveria reconhecer:

Três categorias de Processos: Apolo à Oecisão,

(e Controle) e Produção (execução);

( e

Planejamento

Controle), Quatro categorias de Sistemas: Planejamento

Administração da produção, Administração

Economia e finanças;

de Recursos e

Quatro (mais importantes)

Texto, Voz e Imagem.

categorias de serviços:

Além dessas premissas, o G.C. admitiu que:

Dados,

os processos de Planejamento (e Controle), e Apolo à Decisão

operam sobre a base de dados construída pelos processos de

Administração da Produção,

Economia e finanças;

Administração de Recursos e

os processos orientados para a produção se relacionam de

forma indivlslvel;

os processos orientados para administração de recursos se

relacionam de forma indlvislvel (com forte coesão a parti r

dos processos de administração financeira).

Esse conjunto de condicionamentos estruturais, Impôs

a precedência entre processos, ou seja, os processos de

produção deveriam anteceder o desenvolvimento de qualquer

outro processo, e 05 processos de Planejamento (e Controle)

deveriam ser desenvolvidos antes dos processos de Apolo à

Decisão. O Sistema de Administração da PrOdução deveria ser

desenvolvido com altlsslma coesão interna, o que também deverá

ocorrer entre os Sistemas de Administração de Recursos e

Economia e Finanças. Finalmente, como o Sistema de Produção

seria aquele capaz de determinar a utl I ização de recursos,

esse deveria ter a precedência sobre os demais.

Estabelecidas as unidades e a precedência

estrutural, a questão da prioridade se I Imitou à ordenação da

precedência entre os serviços da empresa.

Para determinar essa precedência foram utl I Izados

critérios que recorreram às dimensões pai Itica,

econômica e cultural (capaCitação técnica).

estratégiCa,

A análise de prioridades decorre do estudo de

expectativas de ganho descrito em VI I. Na real Idade a

expectativa de ganhO foi realizada para cada serviço oferecido

26E3

pela empresa.

Das análises de precedência estrutural e

expectativas de ganhos resultaram os seguintes quadros (figura

g ) : PRIORIDADES DE SISTEMA E SERVICO

j

SISTEMAS ORDEM DE PRIORIDADE - . PARA IMPLANTACílO _.

____ .I1A.lE...B.1AL Q* -T É COMERCIALIZACílO 1 C f-- --N

P I ATEND. USUÁRIO 1 R C r-- -- -O O D FACILIDADES 1 U C ç O Ã M MANUTENCÃO 1 O E --

R C MEDICÃO 1 I __ o

- . A L FATURAMENTO 1

.. .. -A D ECO - FIN 2 M ------- - '--

P R REC. HUMANOS 2 O R r-.. D E U C SERVo GERAIS 2 ç U . -Ã R O S I NFORMÁT I CA 2

O -----EJ..1l.1lI E J IH1 E t,U Q ::l

* Esse sistema fo I se I ec i onado para a rea I i zação de um projeto pl loto objetivando exercitar as ferramentas e os padrões de projeto.

;;.?69

PRECEDÊNCIA DE SERVIGOS -~-~

ERVIGO PRIORIDADE

ADOS O

EXTO 1

--

v OZ 2

--1--. --ou TROS 3

F I g. 9

A conduta adotada para o projeto determinou que o

desenvolvimento tivesse início pela construção do modelo que

a te n d e s s e a to dos os s e r v i ç o S (s i 5 t ema i n v a r I a n te). A se 9 u I r

seriam real izados os ajustes para cada serviço e para os

diferentes níveis de porte de atividade de cada ambiente.

A adoção dessa conduta foi possível porque os

sistemas então existentes, apesar das inadequações,

continuariam suportanto a operação da empresa.

IX Análise de Risco do Projeto

A análise de risco foi rea I i zada objetivando

aval iar as duas posslbi Ildades identificadas:

desvios no tempo de execucão

desvios do objetivo

~.)70

As estimativas de desvios no tempo, conforme foi

demonstrado no Item V I , não acarretaria diferença

significativa com relação às despesas de mão-de-obra. O risco

de perda do Investimento decorrente de ociosidade dos

recursos adquiridos (equipamentos e despesas de

telecomunicações) seria perfeitamente admi n Istráve I, visto

que a aquisição dos recursos, pela característica modular do

projeto da rede, podia ser programada para ser realizada

apenas quando as apl icações estivessem disponíveis para serem

Implantadas. Assim sendo, atrasos no desenvolvimento do

projeto seriam compensados por adiamentos

aquisição de recursos.

no cronograma de

Partindo do pressuposto de que o atraso máximo

seria de um ano, a perda mais significativa se verificaria

com relação à redução dos benefícios (cerca de dez por cento

do benefício esperado) motivo pelo qual os objetivos de prazo

deveriam ser rigidamente controlados.

Com relação aos desvios do obJetivo, foi

considerado que a complexidade da tarefa e a dimensão do

esforço seriam plenamente compensados pela capacidade

empreendedora do grupo, plenamente demonstrada em proJetos

anteriores. Por outro lado, a não realização do projeto

significaria trocar a Incerteza de alguma perda de benefício,

pela certeza de uma perda total. Como os benefícios estimados

superavam 05 custos numa proporção de 2 para e ,

considerando-se que a estimativa dos benefícios era tida como

pessimista e a estimativa de custos era considerada correta,

o G.C. concluiu que a probabl I idade de perda decorrente da

rea I i zação do proj eto era mu i to pequena.

X Composição das EquipeS

Para empreender o desenvolvimento do Sistema e a

Instalação do ambiente de hardware e software, no qual os

sistemas deveriam operar, e , para que as duas cOisas

foram

pelas

ocorressem e se desenvolvessem ao mesmo tempo,

organizadas as equipes que se responsabi i zar I am

diferentes atividades específicas do projeto (deixamos de

mencionar as equipes de produção, suporte e manutenção, pois

essas estão mais comprometidas com as questões re I ac I onadas

às Instalações físicas), conforme as diretrizes que

mencionamos no Item 4.4 do volume I.

Essas equipes foram as seguintes:

X.l Equipe de Desenvolvimento de Sistemas - constituída por

um Coordenador Técnico, um Gerente Usuário,

usuários representantes das diferentes

Departamentos.

ana I i stas

Regiões

e

e

X.2 Comitê de Administração de Dados constituído por

profissionais, selecionados entre usuários e

espec i a I i stas em processamento de dados, dedicados à

tarefa de sustentar a integração conceituai e lógica das

estruturas de dados estabelecidas pelo projeto. A

Coordenação desse Comitê é exercida por representantes do

órgão Central de Processamento de Dados. Os membros desse

Comitê são representantes dos órgãos de Processamento de

Dados das Regiões e Departamentos (em cada Região ou

Departamento uma pequena equipe de duas a três pessoas se

dedica a essa tarefa).

Foram considerados relevantes, entre outros

aspectos, os seguintes:

a abrangência da atuação da Administração de Dados deve ser

sobre todos os dados Identificados conceitualmente:

a necess i dade da compat i b i I i dade das estrutu ras de dados de

diferentes locais:

a necessidade de um controle mais efetivo quanto aos

aspectos de segurança.

X.3 Comitê de Administração de Banco de Dados const I tu í do

por profissionais de procesamento de dados,

representantes das equipes de Administração de Banco de

Dados das Regiões, Departamentos e do órgão Central de

Processamento de Dados, cabendo ao representante dessa

última equipe a coordenação do Comitê.

Foram consideradas necessidades

seguintes tarefas:

imediatas, as

alocar fisicamente os componentes do Banco de Dados (BD);

parametrizar os softwares do ambiente de BD;

reorganizar o BD;

determinar a necessidade de gravação de LOG;

determinar periodicidade / retenção de back-up;

recuperar o BD;

controlar o cumprimento de padrões;

instalar / manter os softwares do ambiente de BD;

divulgar recomendações técnicas para o uso do BD.

A dinâmica estabelecida para o trabalho considerava

a participação intensa dos usuários, a promoção de encontros

freqüentes e profundos dos Comitês, a Gerência do Projeto

pelos Usuários, a aprovação formal das especificações

estabelecidas e a realização sistemática de treinamento para

Incorporação dos conhecimentos necessários.

XI Resumo das Decisões e Providências Necessárias

As alternativas de solução foram apreciadas pela

gerência competente, tendo sido decidido o seguinte:

1. Quanto às alternativas de configuração da rede:

Fo i conf i rmada a 50 I ução descentra I i zada;

2. Quanto ao ambiente de software:

Fo i conf i rmada a ut I I I zação do SGBDA;

3. Quanto à configuração hardware/software:

Foi selecionada a alternativa B.II;

Z.'74

"l. Quanto à distribuição do investimento no tempo:

Foi recomendada a distribuição do Investimento em, no

mínimo, três anos e, no máximo, cinco anos, de modo a

atender às localidades de mesmo porte de atividade, no

mesmo Intervalo de tempo;

5. Quanto às prioridades:

Fo I conf i rmado o esquema de pr I or I dades proposto;

6. Recursos Humanos:

Foram autorizados os recursos para que as equipes pudessem

desenvolver os sistemas e, fOi autorizada a organização

dos Comitês;

7. Providências:

Foram autorizadas as seguintes providências:

a - Instalação de ambiente de hardware e software com

capacidade compatível com

desenvolvimento;

b - Treinamento orientado para:

I inguagens de programação;

SGBDA;

Administração de Dados;

Gerência de Banco de Dados.

c - Real ização de reuniões de

as necessidades de

va I I dação ob] eti vando

divulgar o projeto e ampliar o comprometimento com os

resultados projetados.