Planejamento

18
PLANEJAMENTO Condicionantes físicas Topografia- O terreno situa-se no Bairro Saraiva, uma região central e consolidada, a topografia do terreno caracteriza-se por ser bastante plana. Com o levantamento topográfico conclui-se que a adaptação do projeto no terreno não necessitará de grandes investimentos. IMAGEM 2: CORTE NO TERRENO. IMAGEM 1: LOCALIZAÇÃO DO TERRENO. DIMENSÕES: 45 X49m.

Transcript of Planejamento

Page 1: Planejamento

PLANEJAMENTOCondicionantes físicasTopografia- O terreno situa-se no Bairro Saraiva, uma região central e consolidada, a topografia do terreno caracteriza-se por ser bastante plana. Com o levantamento topográfico conclui-se que a adaptação do projeto no terreno não necessitará de grandes investimentos.

IMAGEM 2: CORTE NO TERRENO.

IMAGEM 1: LOCALIZAÇÃO DO TERRENO. DIMENSÕES: 45 X49m.

Page 2: Planejamento

Insolação- As fachadas norte e oeste são as que mais recebem luz solar, portanto, são as que mais precisam ser protegidas. O ideal é que janelas e aberturas fiquem viradas para o sul, onde recebem menos luz direta.

Na simulação observa-se que na parte da manhã o sol ainda está baixo e JÁ incide nas fachadas norte e leste, mas ainda não é um sol muito forte.

IMAGEM 4: SIMULAÇÃO DE INSOLAÇÃO FEITA NO SKETCHUP PARA O MÊS DE MAIO ÀS 9 HORAS DA MANHÃ. A SETA INDICA A DIREÇÃO DO NORTE.

IMAGEM 3: CURVAS DE NÍVEL.

Page 3: Planejamento

No período da tarde, a partir do meio-dia, o sol já começa a incidir nas fachadas oeste e norte, estas são as fachadas mais críticas e que precisam de mais proteção, pois é nesse horário que o sol está mais quente.

Nota-se que a fachada sul não recebe luz direta, nem no mês de maio que está mais frio, nem em novembro que já é um sol mais forte, portanto deve-se dar prioridade para essa fachada para se colocar aberturas, como janelas.

IMAGEM 5: SIMULAÇÃO DE INSOLAÇÃO FEITA NO SKETCHUP PARA O MÊS DE MAIO ÀS 17 HORAS DA TARDE. A SETA INDICA A DIREÇÃO DO NORTE.

IMAGEM 6: SIMULAÇÃO DE INSOLAÇÃO FEITA NO SKETCHUP PARA O MÊS DE NOVEMBRO ÀS 9 HORAS DA MANHÃ. A SETA INDICA A DIREÇÃO DO NORTE.

Page 4: Planejamento

Na análise feita para o mês de novembro mostra que às 17 horas da tarde o sol já começa a incidir na fachada sul, mas o sol já está mais baixo, no período mais crítico foram as fachadas oeste e principalmente a norte que mais receberam insolação.

No mês de janeiro, que é considero um sol muito forte, ao meio dia fica praticamente a pino, ou seja, em seu ponto mais elevado, praticamente não causa sombra pois incide na edificação praticamente na vertical. Então nesse momento em Uberlândia, devido à sua latitude, temos uma insolação na fachada sul e leste. Mas isso não chega a ser um grande problema nessa

IMAGEM 7: SIMULAÇÃO DE INSOLAÇÃO FEITA NO SKETCHUP PARA O MÊS DE NOVEMBRO ÀS 17 HORAS DA TARDE. A SETA INDICA A DIREÇÃO DO NORTE.

IMAGEM 8: SIMULAÇÃO DE INSOLAÇÃO FEITA NO SKETCHUP PARA O MÊS DE JANEIRO AO MEIO DIA. A SETA INDICA A DIREÇÃO DO NORTE.

Page 5: Planejamento

fachada pois um simples beiral pode fazer a proteção dessa fachada nos meses em que o sol pode incidir diretamente sobre ela.

Conclui-se que as fachadas oeste e norte devem ser as mais protegidas, virar a edificação na orientação norte/ sul pode ser uma boa solução para que não tenha uma grande fachada virada para o norte, que é a mais severa. Nessas fachadas existem vários tipos de proteção como muxarabis, janelas com treliças ou fachadas com cobogós, já tradicionalmente utilizados na arquitetura brasileira. Já a proteção nas fachadas leste e sul pode ser mais simples, usando-se um beiral, portanto são as melhores fachadas para se colocar aberturas e vidros.

Ventilação- Os ventos predominantes em Uberlândia são nordeste, o que reforça ainda mais o uso de cobogós ou treliças nas fachadas, já que estes permitem uma ventilação constante ao mesmo tempo que protegem do sol.

Também é interessante que se tenha aberturas nessa direção para arejar melhor as habitações, desde que, protegidas da insolação.

Gabarito- Essa região de Uberlândia caracteriza-se por habitações e comércios térreos, tendo alguns conjuntos de habitação verticalizados, de 3 a 4 pavimentos, sendo caracterizada, portanto como uma região e gabarito baixo. Nessa região também se observam muitos vazios urbanos.

IMAGEM 7: VENTILAÇÃO.

Page 6: Planejamento

Nas imagens da rua observa-se que a ocupação no entorno do terreno caracteriza-se principalmente por residências e alguns pontos de comércio e igrejas.

IMAGEM 8: GABARITO.

IMAGEM 9: VISTA DA RUA OLÉGARIO MACIEL. ENTORNO CARACTERIZADO POR RESIDÊNCIAS TÉRREAS.

Page 7: Planejamento
Page 8: Planejamento

IMAGEM 11: LUGARES PRÓXIMOS AO TERRENO.

IMAGEM 10: VISTA DA RUA OLEGÁRIO MACIEL.

Page 9: Planejamento

Entorno- O uso na região é basicamente residencial e comercial. Possui uma creche há 3 quarteirões, fica há alguns quarteirões da UNIUBE, na Rondon, e da UFU na João Naves. Na região também possui algumas igrejas, escritórios e serviços.

Acesso- O terreno localiza-se na esquina de uma via coletora, a Rua Olégario

Maciel, com uma local, a Rua Tapúios, portanto tem um acesso bem fácil por essas vias. A localização do terreno na cidade também o torna de fácil

acesso já que está em uma região central, próximo a duas importantes vias

IMAGEM 12: ACESSOS.

Page 10: Planejamento

arteriais, a Av. Rondon Pacheco e a Av. João Naves de Ávila.

Além disso, pelo fato de estar em uma região central, possui várias linhas de ônibus que passam próximas ao terreno. Várias regiões da cidade podem ser acessadas a pé, de bicicleta ou de ônibus.

Normas- As normas municipais exigem recuos do projeto com relação ao perímetro do terreno, sendo que, segundo a norma, esse valor varia de acordo com a verticalização do edifício que será inserido no terreno. Quanto mais alto maior deve ser o recuo de acordo com as normas. Isso também pode variar de acordo com a zona onde está inserido o terreno.

A zona do terreno, por estar na Olégario Maciel, é considerada como zona de via coletora (SVC).

“SETOR DE VIAS COLETORAS: compreendem áreas e lotes lindeiros às vias coletoras, adequadas à implantação de atividades que sirvam de apoio à população de um bairro.”

FONTE: http://www.uberlandia.mg.gov.br/uploads/cms_b_arquivos/1836.pdf

Page 11: Planejamento

Acessibilidade- Acessibilidade atualmente é normatizada pela Lei n° 10.098 e NBR 9050, que determinam parâmetros e definições de acessibilidade à maior quantidade possível de pessoas. Estas regulamentações devem ser aplicadas pelos profissionais envolvidos na construção do espaço urbano, de forma a garantir a acessibilidade irrestrita, sem impedimentos de barreiras e

desníveis, garantindo ao usuário o direito de ir e vir estabelecido pela Constituição Federal Brasileira.

IMAGEM 13: NORMAS.

IMAGEM 14: SINALIZAÇÕES MAIS COMUNS DE ACESSIBILIDADE.

Page 12: Planejamento

A principal contribuição da NBR 9050 é a normatização das regras a serem adotadas de forma universal por todos os profissionais envolvidos na construção e alteração do meio urbano, sendo referência em projetos de pequeno, médio e grande porte. Dentre as definições que a norma estabelece estão: área de manobra, área de aproximação, medidas para alcance manual e visual, comunicação e sinalização, tamanho de letras e distâncias, bem como contrastes de cores, pisos táteis de alerta e de orientação, declividade das rampas, áreas de transferência para bacia sanitária, boxe e banheira, localização de barras de apoio, dentre outros.

Bombeiro- As normas de bombeiro visam prevenir contra incêndios e garantir a saída segura da edificação em caso de pânico. Essas normas visam estabelecer critérios mínimos necessários para o dimensionamento das “Saídas de Emergência em Edificações”, visando a que sua população possa abandoná-las, em caso de incêndio ou pânico, completamente protegida em sua integridade física e permitir o acesso de guarnições de bombeiros para o combate ao fogo ou retirada de pessoas. Também a adequação das exigências de proteção contra incêndio e pânico, atendendo a NBR 9077/93 da Associação Brasileira de Normas Técnicas quanto aos requisitos mínimos necessários para o dimensionamento das saídas de emergência nas edificações, padronizar critérios para análise de projetos de Prevenção Contra Incêndio e pânico em Minas Gerais.

Condicionantes econômicas e materiaisO Light Steel Framing é um sistema construtivo estruturado em perfis de aço galvanizado formado a frio, projetados para suportar às cargas da edificação e trabalhar em conjunto com outros sub-sistemas industrializados, de forma a garantir os requisitos de funcionamento da edificação. É um sistema construtivo aberto, que permite a utilização de diversos materiais. Sendo flexível, não apresenta grandes restrições aos projetos, racionalizado e otimizando a utilização dos recursos e o gerenciamento das perdas. É customizável permitindo total controle dos gastos já na fase de projeto, além de ser durável e reciclável. Apresenta ótima resistência à incêndio, pois é revestido por placas de gesso acartonado, material com elevada resistência ao fogo.

Page 13: Planejamento

As placas OSB ou placas cimentícias contraventam a estrutura de paredes, coberturas, mezaninos, lajes secas, plataforma de pisos e forros. As placas são leves, simples e rápidas de serem montadas.

Os custos desse tipo de construção, assim como em alvenaria, dependem de uma série de fatores. O tempo de construção da obra, por outro lado, sempre será menor que na alvenaria convencional. A mão de obra especializada nesse tipo de técnica construtiva apesar de mais cara,no custo final acaba ficando menor que na de alvenaria por conta do menor tempo de execução do serviço.

De maneira geral o preço final, em uma construção convencional como referência, gira em torno de R$ 1.900,00 por metro quadrado incluindo acabamento.

Condicionantes sócio culturaisA habitação de interesse social destina-se às pessoas de baixa renda que não tem onde morar, ou vivem em situação precária.

IMAGEM 15: OBRA RESIDENCIAL SENDO FEITA COM O SISTEMA ESTRUTURAL LIGHT STEEL FRAMING.

Page 14: Planejamento

A localização do terreno é muito privilegiada na cidade, pois está em um bairro bastante consolidado e um conjunto de habitação com pontos de comércio trará maior dinâmica para a região, contribuindo para a diversidade do bairro. Espaços complementares a moradia compõem uma rede de possibilidades de usos e atividades como o lazer, a recreação, a leitura e o estudo.

Na avaliação pós ocupação do condomínio Embaúbas, nota-se claramente uma grande ausência de locais coletivos e individuais, locais ao ar livre para se plantar uma horta, maior apropriação de alguns espaços.

Outra grande reclamação fica por conta do acabamento dos apartamentos, sempre tem algum problema no piso, infiltração, etc. Falta de estacionamentos cobertos o que leva, depois, cada um ter que fazer sua própria cobertura. Além disso não se tem muitas atividades culturais no bairro onde foi feita a A.P.O. o que pode ser um problema menor no bairro Saraiva.

Condicionantes conceituaisReferência projetual: Habitação Social Salgueiros / AVA Architects

Do arquiteto. “O projeto desta parte da cidade teve seu início no reconhecimento da permanência da estrutura urbana circundante. ”

Esse projeto possui algumas particularidades interessantes e que devem ser observadas ao implantar o conjunto habitacional proposto. Esse edifício de referência se adapta ao preencher o espaço urbano vazio, buscando uma unidade urbana composta por fragmentos novos e antigos, produtos de diferentes momentos. A implantação do edifício o coloca nos limites do lote, adaptando o edifício à rua e afirmando o reconhecimento de importantes aspectos da realidade urbana.

Page 15: Planejamento

As condicionantes do lote se mostraram um grande desafio na implantação do lote, assim como buscar uma solução para a circulação vertical.

No projeto buscou-se também a integração das fachadas com o entorno, criando algo ao mesmo tempo agradável e que se distinguisse na paisagem urbana sem agredi-la.

Ficha técnica:

Arquitetos: AVA ArchitectsLocalização: Rua Cervantes, 4440-452 Porto, PortugalArquitetos Do Projeto: Carlos Jorge Coelho Veloso, Gil Miguel Monte Gonçalves, Hélder Manuel Reis CoelhoEquipe De Projeto: Rui Filipe Coelho Veloso

IMAGEM 16: HABITAÇÃO SOCIAL SALGUEIROS/ AVA ARCHITECTS. FOTO: JOÃO FERRAND.

IMAGEM 17: HABITAÇÃO SOCIAL SALGUEIROS/ AVA ARCHITECTS. FOTO: JOÃO FERRAND.

Page 16: Planejamento

Engenharia: HídriaCliente: GOP- EM da Câmara Municipal do PortoÁrea: 5848.27 m²Ano Do Projeto: 2007Fotografias: João Ferrand

Deve-se levar em conta sempre condicionantes locais como topografia, clima, gabarito do entorno e questões culturais da região na elaboração do projeto, nesse projeto de habitação no Bairro Saraiva por ser uma região já bastante consolidada, principalmente por residências e uma região de gabarito relativamente baixo, essas questões devem ser observadas e levadas em consideração na elaboração do projeto.