PIM III
-
Upload
luciana-carvalho -
Category
Documents
-
view
9 -
download
1
description
Transcript of PIM III
-
UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP INTERATIVA
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR
LUCIANA CARVALHO
GESTO FINANCEIRA E ADMINISTRATIVA EM COOPERATIVAS:
Futuro financeiro das Cooperativas de Crdito
SUZANO
2013
-
UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP INTERATIVA
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR
LUCIANA CARVALHO
GESTO FINANCEIRA E ADMINISTRATIVA EM COOPERATIVAS:
Futuro financeiro das Cooperativas de Crdito
Nome: Luciana Carvalho
RA: 1309489
Curso: Gesto Financeira
2 Semestre
SUZANO
2013
-
RESUMO
Este projeto desenvolve o modelo e prtica cooperativista no mercado financeiro do
pas, desde sua criao, ramo e rea de atuao, at seus processos internos,
esclarecendo a sua estrutura administrativa e seu funcionamento. Ao longo do
projeto, que envolveu colaboradores, dirigentes, e principalmente os gestores da
Cooperativa modelo, sero abordados os principais fatores que envolvem
diretamente os resultados da Cooperativa, bem como algumas solues estratgicas
para melhorar o desempenho, liquidar processos prejudiciais da prpria Instituio, e
abordar conceitos sobre como funcionam os processos de gesto financeira,
parmetros contbeis, e estatstica aplicada para captao de novos clientes. Esta
pesquisa no s resume a rotina administrativa para gerenciamento de uma
Cooperativa de Crdito, como tambm compara seus processos aos de outras
Instituies Financeiras concorrentes, e equipara resultados para entender melhor
os impactos que estas, interferem diretamente no mercado financeiro do nosso pas.
Este trabalho faz com que o entendimento sobre como alguns fundamentos da
gesto financeira e os conceitos de contabilidade e estatstica aplicada, pode fazer
grande diferena no momento de planejar o modelo de gesto a ser seguido ao
longo do exerccio de uma Cooperativa de Crdito. Deciso, esta, fundamental para
o bom funcionamento e resultados saudveis para a continuidade dos processos
para este ramo.
-
SUMARIO
1 INTRODUO................................................................................................04
2 AS COOPERATIVAS DE CRDITO NO SISTEMA FINANCEIRO................05
3 DEFINIES SOBRE A COOPCRED............................................................06
3.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL .....................................................07
4 CRITRIOS DE CONTABILIZAO.............................................................11 5 ESTATSTICA APLICADA PARA CAPTAO DE NOVOS CLIENTES.....17
6 CONSIDERAES FINAIS...........................................................................21
REFERNCIAS..............................................................................................23
-
4
1. INTRODUO
O desenvolvimento deste projeto se deu com a escolha da Coopcred, como
modelo para estudos e anlise dos contedos vistos neste bimestre.
A Cooperativa escolhida desenvolve programas de poupana, de uso
adequado do crdito e de prestao de servios, praticando todas as operaes
ativas, passivas e acessrias prprias de uma Cooperativa de crdito. Alm disso,
proporciona atravs da mutualidade, assistncia financeira aos associados em suas
atividades especficas, buscando apoiar e aprimorar a produo, a produtividade e a
qualidade de vida, bem assim a comercializao e industrializao dos bens
produzidos, e tambm a formao educacional de seus associados, no sentido de
fomentar o cooperativismo.
Como toda Cooperativa de Crdito, esta, considerada instituio financeira,
est sujeita legislao pertinente ao setor. Assim sendo, auditada pelo Banco
Central do Brasil, e pratica, nos termos dos normativos vigentes, as seguintes
operaes dentre outras: captao de recursos, concesso de crditos, prestao
de garantias, prestao de servios, formalizao de convnios com outras
instituies financeiras e aplicao de recursos no mercado financeiro, inclusive
depsitos a prazo com ou sem emisso de certificado, visando preservar o poder de
compra da moeda e remunerar os recursos.
O objetivo deste projeto conhecer mais sobre a gesto financeira de uma
Cooperativa de Crdito, estabelecendo entendendo como funciona sua
administrao, avaliando pontos fortes e fracos, e solucionando condies adversas
ao seu propsito, verificando assim, o bom funcionamento dos trabalhos, e se a
Cooperativa tem uma boa gesto para continuidade dos negcios.
Para essa avaliao, foram colhidas informaes sobre como se do as
decises da administrao financeira, procedimentos administrativos, parmetros
contbeis, e entender a estatstica aplicada para captao de novos clientes, para
assim, avaliar o desempenho, identificar falhas, e apresentar solues, que sero
apresentadas a seguir, no decorrer deste projeto.
-
5
2. AS COOPERATIVAS DE CRDITO NO SISTEMA FINANCEIRO
Inicialmente, para entender como funciona uma Cooperativa de Crdito, preciso
entender a classificao delas dentro do Sistema Financeiro Nacional.
O Sistema Financeiro Nacional um conjunto de instrumentos e instituies que
possibilita a transferncia de recursos e cria condies para gerar liquidez no
mercado.
Uma Cooperativa de Crdito entra no Sistema Financeiro Nacional como uma
Instituio Financeira, que intermedia entre aqueles que possuem recursos
financeiros disponveis, e aqueles que necessitam desses mesmos recursos. Para
isso, esta, realiza atividades financeiras especficas para viabilizar esse processo de
transferncia, utilizando suas principais atividades, que so caracterizadas pelas
capacidades de redimensionar ofertas e demandas de recursos, administrar os
riscos, criar controle de liquidez, transformar ativos fixos em ativos lquidos, e
modificar prazos das operaes.
De forma funcional, o Sistema Financeiro agrupa-se de acordo com as seguintes
funes:
Arrendamento Mercantil;
Intermediao de ttulos e valores mobilirios;
Seguro, previdncia e capitalizao;
Crdito habitacional;
Crdito ao consumidor;
Crdito de mdio e longo prazo;
Crdito de curto prazo;
Importante enfatizar que para o modelo utilizado neste projeto, a Cooperativa de
Crdito se caracteriza e se destaca dentro do crdito de curto prazo, alm de ser
uma Instituio financeira captadora de depsitos vista.
A Coopcred uma Instituio Financeira (Lei 4.595) regulamentada e autorizada a
operar pelo Banco Central do Brasil (entidade autrquica vinculada ao Ministrio da
Fazenda, que normatiza, autoriza, fiscaliza e intervm).
-
6
3. DEFINIES SOBRE A COOPCRED
De acordo com o Art. 1 do Estatuto da Coopcred, essa cooperativa
instituda como uma sociedade cooperativa que se reger pelo estatuto em vigncia,
pela legislao em vigor, em especial pela Lei n 4.595 de 31 de dezembro de 1.964
e pela Lei n 5.764 de 16 de dezembro de 1.971, pelas instrues e normas
baixadas pelo Conselho Monetrio Nacional, Banco Central do Brasil, Conselho
Nacional de Cooperativismo e outros rgos de controle e fiscalizao.
uma Cooperativa de Crdito que dentro de sua rea de ao tem por
objetivo a prestao de assistncia financeira aos fornecedores de cana e
agropecuaristas em suas atividades especficas, mediante cobrana de taxas
mdicas.
Por ser considerada uma Instituio Financeira, a Coopcred entra no ramo de
crdito bancrio, at a presente data, com 1.700 pontos de atendimento, e possui as
instituies financeiras, e bancos, como suas principais concorrentes.
Os produtos da Coopcred so voltados para solues financeiras,
principalmente modalidade de crdito rural, at incentivo poupana e aplicaes,
para os seus associados.
De acordo com os estudos desenvolvidos na matria de Fundamentos da
Gesto Financeira, podemos classificar a Coopcred, como uma Cooperativa que
utiliza um modelo de gesto com diretrizes voltadas para Governana Cooperativa, a
qual busca contribuir para a prtica dos princpios cooperativistas, expresso no
apenas de voluntariedade, mas tambm de profissionalismo e de organizao das
pessoas envolvidas. Este modelo de gesto, apresentado pelo gerente geral da
Cooperativa, se alinha com a Lei Complementar n 130, de 17 de abril de 2009, que
ratificou e fortaleceu as diretrizes para a boa prtica, principalmente no que tange
separao de funes estratgicas e executivas.
-
7
3.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Conforme Organograma fixado na sequencia abaixo, esto apresentadas as
atribuies das reas da Coopcred, para demonstrar a estrutura hierrquica e
organizacional da Cooperativa de Crdito modelo e suas respectivas atribuies e
responsabilidades:
Para o bom entendimento do Organograma apresentado, e para entendermos
melhor todo o conceito do contedo abordado neste captulo, ser apresentada na
sequencia, as atribuies do administrador financeiro, na Coopcred, que influenciam
diretamente na tomada de decises, envolvendo a viso estratgica, objetivos e
-
8
metas da Instituio, alm do controle de capital de giro (Inclusive para a
concretizao do objetivo da Cooperativa, esta, que poder, tambm, utilizar de
recursos obtidos atravs de instituies financeiras autorizadas pelo Banco Central
do Brasil), e deciso de investimento. Porm, o que ser apresentado na sequencia
deste pargrafo, a parte do organograma voltado para o que foi estudado neste
bimestre (atribuies do administrador, e da contabilidade), de forma resumida:
Atribuies da rea Administrativa / Financeira (administrador financeiro)
Supervisionar e assegurar o bom funcionamento das reas sob sua
responsabilidade;
Manter os recursos materiais e de infra-estrutura necessrios
operacionalizao, gesto e acompanhamento dos negcios da Cooperativa;
Gerir as contas da Cooperativa, garantindo segurana e a maior reteno de
custos possvel;
Controlar o uso e estoque de materiais e utenslios utilizados pela
Cooperativa;
Efetuar cotao de preos para aquisio de servios diversos;
Comprar materiais e equipamentos de Escritrio;
Comprar e contratar servios em geral;
Suprir a Cooperativa com os materiais necessrios ao bom andamento dos
trabalhos;
Suportar as solicitaes da Diretoria Executiva e demais reas;
Providenciar atualizao e registro do Estatuto Social;
Manter todos os equipamentos eltricos e eletrnicos em perfeitas condies
de funcionamento e uso, recorrendo para isto, quando necessrio, s Empresas de
manuteno;
Manter arquivo ativo e inativo;
Orientar a destruio fsica da documentao, no tempo prprio, de acordo
com o processo estabelecido;
Servir de interface entre as Empresas terceirizadas de prestao de servios,
tais como, TI Tecnologia da Informao e Telecomunicaes, Recursos Humanos
e Contabilidade;
Elaborar oramento e monitorar a execuo oramentria;
-
9
Emitir Relatrios gerenciais, para o posicionamento dos nveis superiores,
sobre as atividades da Cooperativa;
Garantir a veracidade e a integridade das informaes, atravs da anlise de
Relatrios;
Planejar, desenvolver e recomendar novos mtodos de trabalho rea de
Controles Internos / Riscos / PLD-FT, visando racionalizao de tarefas e
minimizao de custos;
Monitorar a previso de Gastos Previstos X Realizados, conferindo
lanamentos de despesas;
Gerenciar os recursos financeiros envolvidos nas operaes, de forma a
garantir as estratgias negociadas;
Elaborar o Fluxo de Caixa e fornecer Diretoria Executiva as respectivas
informaes;
Captar e aplicar os recursos financeiros;
Controlar e autorizar o pagamento de fornecedores e prestadores de servios;
Controlar e autorizar o pagamento de todos os compromissos da Cooperativa;
Identificar e monitorar os riscos existentes em seus processos;
Garantir o fluxo e o processo de remessa / recepo das informaes para
contabilizao, das diversas reas.
Atribuies da Contabilidade (terceirizada)
Escriturar contabilmente as operaes de qualquer natureza;
Apurar e contabilizar as obrigaes fiscais, tributrias, trabalhistas e
previdencirias;
Atestar a correta apurao dos tributos nas operaes fiscais praticadas,
contemplando a verificao dos aspectos legais em conformidade com a legislao
vigente;
Arquivar e manter toda a documentao envolvida com as operaes;
Elaborar e analisar as demonstraes financeiras, Balancete e Balano;
Disponibilizar, aos rgos fiscalizadores, dados e Relatrios estabelecidos em
normativos;
-
10
Elaborar e disponibilizar as declaraes legais, informaes tempestivas e
outros documentos correlatos;
Atender as demais exigncias previstas em atos normativos, bem como
eventuais fiscalizaes.
Pode-se observar que as prticas de gesto da Coopcred, so voltadas,
principalmente, para as prticas administrativas de gesto estratgica. Para que a
Cooperativa cumpra seus objetivos, ela deve praticar taxas mdicas, e para isso, a
Cooperativa deve fazer estudos constantes das taxas aplicadas no mercado
bancrio de seus concorrentes, para sempre atrair novos associados, mantendo a
taxa mais baixa do mercado.
Para manter o bom relacionamento com os cooperados, e captar novos
clientes, de suma importncia avaliar constantemente as necessidades de seus
cooperados, para desenvolver novos produtos. Apesar da possibilidade de
crescimento da Cooperativa, vir, principalmente, da elaborao de um planejamento
financeiro voltado para captao de novos recursos e clientes, este item no
suficiente para um resultado saudvel. muito importante que a gesto da
cooperativa tenha um rgido controle financeiro envolvendo a administrao de
ativos, passivo, controle de fluxo de caixa, e controle de planejamento,
independentemente se sejam de curto, mdio, ou longo prazo, alm de o
administrador ter profundo conhecimento dos processos, recursos, e reas aplicadas
dentro da Instituio Financeira, neste caso, a Cooperativa Modelo Coopcred.
Para este caso, vale lembrar que a Cooperativa modelo para este projeto
possui controle de planejamento tanto para curto, mdio e longo prazo, pois os
produtos oferecidos atendem de forma livre e abrangente, os interesses de seus
associados. Sendo assim, o portflio de produtos varia para diferentes nveis,
segmentos, e padres das diferentes classificaes e ncleos de cooperados. Alm
disso, a importncia em controlar efetivamente a movimentao do fluxo de caixa
fundamental para que os resultados sejam satisfatrios, e para isso, os dados
contabilizados devem estar corretos para eficcia na anlise dos balanos.
-
11
4. CRITRIOS DE CONTABILIZAO
Dando continuidade ao contedo apresentado at o momento, na matria de
Fundamentos da Gesto Financeira aprendemos como administrar, planejar,
organizar, fazer comparao de mercado, e elaborar relatrios gerenciais para
analise de resultados de uma empresa. Para este projeto, o modelo utilizado foi uma
Instituio Financeira, neste caso, a Cooperativa de Crdito Coopcred.
Fato que qualquer deciso ou atos geridos pelos gestores geram controles e
impactos diretamente na contabilidade da Cooperativa, afetando os resultados de
maneira positiva ou negativa dependendo do que foi efetivado.
Para entender melhor os critrios de contabilizao da Cooperativa, foi
apresentado o Balano Patrimonial dos 2 ltimos exerccios, e para ajudar a
compreender os resultados, a Cooperativa apresentou os demonstrativos dos
resultados dos dois ltimos exerccios, conforme transcries abaixo:
-
12
DEMONSTRAO DO RESULTADO 2011
RECEITAS 1 SEMESTRE 2 SEMESTRE EXERCCIO
Rendas de Emprstimos 215.665,57 193.698,17 409.363,74
Rendas de ttulos descontados 41,07 - 41,07
Rendas de Financiamento 26.684,62 21.677,92 48.362,54
Recuperao de Cred. Bx. Prejuizo 20.291,58 40.767,38 61.058,96
Reverso de prov. Dev. Duvidosos 7.815,14 2.993,79 10.808,93
Recuperao de despesas 4.893,02 3.257,54 8.150,56
Outras rendas 148,14 3.372,55 3.520,69
TOTAL DAS RECEITAS 275.539,14 265.767,35 541.306,49
DESPESAS
Despesas Dep. A Prazo 6.708,79 6.323,11 13.031,90
Despesas de aluguis 33.471,21 36.452,23 69.923,44
Despesas de Comunicaes 3.025,22 1.019,84 4.045,06
Despesas Honor[arios Diretoria 87.100,00 94.500,00 181.600,00
Despesas c/material escrit. 1.341,89 1.819,49 3.161,38
Despesas de INSS 17.240,00 19.740,01 36.980,01
Despesas c/proc. Dados 10.205,80 11.943,80 22.149,60
Despesas de promoo e divulgao 236,40 1.134,01 1.370,41
Despesas c/ Publicaes - - -
Despesas de seguros 1.555,82 1.460,79 3.016,61
Despesas Bancrias 1.541,30 1.240,72 2.782,02
Despesas c/ Assessoria 57.895,60 48.679,54 106.575,14
Despesas c/ Serv. Tec.espec. 21.080,41 22.666,71 43.747,12
Despesas c/ transportes 2.514,77 2.527,00 5.041,77
Despesas tributrias - 102,02 102,02
Despesas administrativas 4.079,27 2.894,47 6.973,74
Despesas de amortizao 4.444,74 4.636,14 9.080,88
Despesas c/ depreciao 2.230,83 2.713,11 4.943,94
Despesas prov. Dev. Duvidosos 15.993,89 3.442,92 19.436,81
Despesas c/Contr. Sindical - - -
Despesas remun. Capital - - -
Despesas diversas - - -
TOTAL 270.665,94 263.295,91 533.961,85
RESULTADO (REC.-DESP.) 4.873,20 2.471,44 7.344,64
Reverso de reservas - - -
(-) 5% Distribuido p/ FATES............... - - (367,23)
(-) 10% Distribuido p/Reserva Legal...... - - (734,46)
Pgto. Sobras assoc. desligados - - -
RESULTADO 4.873,20 2.471,44 6.242,95
Reverso de Reservas - - -
RESULTADO ACUMULADO 4.873,20 2.471,44 6.242,95
-
13
DEMONSTRAO DO RESULTADO 2012
RECEITAS 1 SEMESTRE 2 SEMESTRE EXERCCIO
Rendas de Emprstimos 206.599,91 179.767,91 386.367,82
Rendas de ttulos descontados 270,00 570,00 840,00
Rendas de Financiamento 30.805,62 27.691,25 58.496,87
Recuperao de Cred. Bx. Prejuizo 26.121,50 27.001,94 53.123,44
Reverso de prov. Dev. Duvidosos 1.520,37 - 1.520,37
Recuperao de despesas 1.570,86 1.239,53 2.810,39
Outras rendas 8,74 353,52 362,26
TOTAL DAS RECEITAS 266.897,00 236.624,15 503.521,15
DESPESAS
Despesas Dep. A Prazo 7.492,80 3.234,14 10.726,94
Despesas de aluguis 37.136,44 36.506,67 73.643,11
Despesas de Comunicaes 1.088,04 562,84 1.650,88
Despesas Honorarios Diretoria 96.000,00 73.200,00 169.200,00
Despesas c/material escrit. 1.545,85 377,56 1.923,41
Despesas de INSS 19.016,00 15.920,00 34.936,00
Despesas c/proc. Dados 9.392,04 13.582,17 22.974,21
Despesas de promoo e divulgao - - -
Despesas c/ Publicaes 3.116,00 - 3.116,00
Despesas de seguros 1.396,20 1.884,38 3.280,58
Despesas Bancrias 817,87 939,36 1.757,23
Despesas c/ Assessoria 51.111,27 59.445,89 110.557,16
Despesas c/ Serv. Tec.espec. 25.278,09 25.060,09 50.338,18
Despesas c/ transportes 360,80 187,00 547,80
Despesas tributrias 65,00 258,66 323,66
Despesas administrativas 2.864,70 2.501,59 5.366,29
Despesas de amortizao 4.636,14 4.636,14 9.272,28
Despesas c/ depreciao 2.072,52 2.044,06 4.116,58
Despesas prov. Dev. Duvidosos 7.603,84 58.515,87 66.119,71
Contribuio cooperativista 1.490,14 - 1.490,14
Despesas remun. Capital - - -
Despesas diversas - 13,65 13,65
TOTAL 272.483,74 298.870,07 571.353,81
- - -
- - -
RESULTADO (REC.-DESP.) (5.586,74) (62.245,92) (67.832,66)
Rateio projeto de expanso (10.795,91) (6.804,06) (17.599,97)
(-) 5% Distribuido p/ FATES............... - - -
(-) 10% Distribuido p/Reserva Legal...... - - -
Pgto. Sobras assoc. desligados - - -
RESULTADO (16.382,65) (69.049,98) (85.432,63)
Reverso de Reservas - - -
RESULTADO ACUMULADO (16.382,65) (69.049,98) (85.432,63)
-
14
Os relatrios utilizados para anlise de resultados, nessa Cooperativa modelo,
so:
Razo Analtico: relatrio onde todas as contas contbeis que tiveram
movimento, so demonstradas, uma por uma, com os valores que compem
a mesma.
Balancete Analtico: Relatrio que mostra composio, conta por conta.
Mostra desde saldo anterior, dbito, crdito, at saldo atual.
Balancete Mensal: Relatrio sinttico. Mostra somente saldo final. No possui
detalhes.
Balano: Relatrio que mostra a apurao de resultado. desse relatrio que
se calcula saldo de distribuio para Fates e Reserva legal. Trabalha com
sobras e perdas, e zera os grupos 7 (referente a receita) e 8 (referente a
despesa).
As demonstraes contbeis dessa Cooperativa so elaboradas de acordo
com as prticas contbeis adotadas no Brasil, considerando as Normas Brasileiras
de Contabilidade, especificamente aquelas aplicveis s entidades cooperativas, a
Lei do cooperativismo n 5.764/71, normas e instrues do Banco Central do Brasil e
apresentadas conforme o Plano Contbil das Instituies do Sistema Financeiro
Nacional COSIF, tendo sido aprovadas pela administrao.
De acordo com o contador da Cooperativa modelo, na elaborao das
demonstraes contbeis necessrio utilizar estimativas para contabilizar certos
ativos, passivos, e outras transaes. As demonstraes contbeis da cooperativa
incluem, portanto, estimativas referentes seleo das vidas uteis do ativo
imobilizado, proviso para perdas nas operaes de crdito, proviso para
contingencias e outras similares. Os resultados reais podem apresentar variaes
em relao s estimativas.
Inicialmente, para entender como funciona o balano e demonstrativos na
prtica da analise de resultados, importante esclarecer o que compe o balano da
cooperativa.
O ativo circulante, no circulante, e permanente, trata-se de bens e direitos.
Nesse segmento, o balano aponta no ativo circulante, as disponibilidades da
-
15
Cooperativa, que neste caso o saldo bancrio. Comparando os resultados dos
exerccios de 2011 e 2012, nota-se a diminuio entre saldo bancrio, alm do valor
total do ativo circulante. O balano indica que a Cooperativa no aplica em ativo
imobilizado. Possui bens intangveis no permanente, como por exemplo, compra de
software.
O passivo circulante, no circulante, e o Patrimnio Liquido, dizem respeito
aos deveres da Cooperativa, neste caso, para com prestadores de servios,
fornecedores, obrigaes sociais e estatutrias (exemplo: fates), obrigaes fiscais e
previdencirias (exemplo: Recolhimento de Impostos sobre Notas Fiscais e
Recolhimento de IOF), diversas (exemplo: despesas a pagar no ms seguinte,
tambm conhecida como proviso), depsitos a prazo (para o modelo escolhido,
chamamos como investimento de RDC Recibo de Depsito Cooperativo) e o
Patrimnio Liquido, que trata do Capital Social (uma vez que uma cooperativa no
possui dono, j que uma associao de pessoas com interesses em comum e que
praticam a ajuda mutua, tornam-se todos scios cooperados, cuja contribuio
feita pela integralizao de capital).
Comparando os valores acumulados dos exerccios de 2011 e 2012, verifica-
se que o valor do passivo diminuiu de um ano para o outro, porm, as perdas
acumuladas somaram um valor considervel de prejuzo. Para entender melhor o
motivo de 2011 ter fechado com resultado positivo e 2012 com um resultado
negativo, basta analisarmos os demonstrativos de resultados apresentados neste
projeto.
O entendimento deste questionamento vai alm dos conceitos contbeis.
Para uma cooperativa de Crdito, existem leis que devem ser aplicadas, e uma
delas diz respeito proviso de risco da carteira de crdito, para controlar o risco de
liquidez, que no caso, estava bem apertado para esta Cooperativa. O fato que
existe uma classificao de risco para cada cooperado, e o grande impacto dos
resultados de 2012 deu-se pela alta inadimplncia, que com os juros de mora e
multas aplicadas em cima dos montantes de cada operao de crdito, fez com que
a proviso de risco para liquidez, aumentasse substancialmente. Comparando em
nmeros, 2011 teve um saldo de proviso de R$ 19.436,81 e em 2012 o saldo
somou R$ 66.119,71.
-
16
Este foi o principal fator que impactou os resultados, alm do fato de as
rendas de emprstimo terem diminudo (de R$409.363,74 em 2011, para R$
386.367,82 em 2012).
Com esses dados, prioritrio o controle e atitudes imediatas para viabilizar a
melhoria dos resultados desta Cooperativa, direcionando, cuidadosamente, as
estratgias para controle e recuperao de inadimplncia, e captao de novos
clientes, ou fidelizar os atuais.
-
17
5. ESTATSTICA APLICADA PARA CAPTAO DE NOVOS CLIENTES
Assim como Fundamentos da Gesto Financeira e Contabilidade, utilizar
mtodos estatsticos para tomadas de decises, so fundamentais.
A Estatstica aplicada, coleta e apresenta dados para aplicao estatstica em
gesto.
Para a Coopcred, veremos na sequencia, a primeira anlise de clculos,
conforme grfico.
De acordo com a Resoluo 3859/2010, as Cooperativas de Crdito
brasileiras podem ser constitudas com o objetivo de atender os seguintes pblicos:
Cooperativas de crdito mtuo de empregados: constitudas por empregados,
servidores e pessoas fsicas prestadoras de servio em carter no eventual, de
uma ou mais pessoas jurdicas, pblicas ou privadas, definidas no estatuto, cujas
atividades sejam afins, complementares ou correlatas, ou pertencentes a um mesmo
conglomerado econmico;
Cooperativas de crdito mtuo de profissionais liberais: constitudas por
pessoas que desenvolvam alguma profisso regulamentada, como advogados,
mdicos, contadores e etc.; ou que atuem em atividade especializada, como
pedreiros, eletricistas, padeiros etc.;
Cooperativas de crdito rural: constitudas por pessoas que desenvolvam
atividades agrcolas, pecurias, extrativas ou de captura e transformao do
pescado, desde que inseridas na rea de atuao da cooperativa;
Cooperativas de crdito mtuo de empreendedores: constitudas por
pequenos e microempresrios que se dediquem a atividades de natureza industrial,
comercial ou de prestao de servios, com receita bruta anual enquadrada nos
limites de, no mnimo, R$ 244.000,00 e, no mximo, R$ 1.200.000,00.
Cooperativas de crdito de livre admisso de associados: cujo quadro social
constitudo e delimitado em funo de rea geogrfica.
Com esses dados, podemos visualizar o grfico a seguir e estudar a
porcentagem que a Cooperativa de Crdito Rural, tem em comparao com os
outros ramos de Cooperativas de Crdito:
-
18
O contedo do captulo
dificuldade de captao
para captao de novos
planejamento estratgic
dados pertinentes aos in
os trs prximos grficos
modelo, referenciando
associados:
11%
34%
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
At 1 sal. mn. 1 a 2 sal.
ulo anterior (Critrios de Contabilizao
o de recursos e clientes. Este capitulo (
s clientes) sugere que a estatstica aplica
ico para captao de novos recursos. P
interesses e possibilidades da Coopcred
os, que demonstram o pblico alvo da Coo
trs pontos de corte, fortes, para
20%
6%
29%
Cooperativas no Brasil
Crdito mtuo d
Crdito mtuo d
liberais
Crdito rural
Crdito mtuo d
empreendedore
Crdito de livre
Renda
1 a 2 sal. mn. 2 a 5 sal. mn. 5 a 10 sal. mn. Acima de
o) aponta a grande
(Estatstica Aplicada
icada colabore com o
. Por isso, coletando
ed, podemos verificar
ooperativa de Crdito
adeso de novos
mtuo de empregados
mtuo de profissionais
mtuo de
ndedores
de livre admisso
cima de 10 sal. mn.
-
19
Com esses quatro grficos, a anlise pode seguir os seguintes raciocnios:
que a porcentagem de uma cooperativa de credito rural, no mercado financeiro, tem
29% de representatividade do setor (gestor acompanha a concorrncia dentro do
seu prprio segmento, assim, pode planejar se destacar entre essa porcentagem de
cooperativas representantes). No que diz respeito mdia salarial, o ideal mitigar
as liberaes de crdito usando o contexto de volume alto de concesses de
crditos com operaes de baixos valores (para renda baixa e mdia), e poucos
Pecuria
36%
Cana-de-acar
31%
Milho
12%
Soja
10%
Laranja
5%
Caf
3%
Outros
3%
Cooperados em potencial
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
Faixa etria
18 a 25 anos 26 a 35 anos 36 a 45 anos 46 a 60 anos Acima de 60 anos
-
20
operaes de crdito de altos valores (para alta renda), evitando assim, grandes
riscos. Para todos os grficos, foram coletados dados e colocados no rol para
desenvolver a mdia dos valores para gerar maior entendimento. A Cooperativa
tambm pode usar a estatstica aplicada utilizando faixas etrias interessantes para
criar contato, e cooperados em potencial divididos por setores ou ramos do meio
rural. Sendo assim, com a estatstica aplicada, o administrador financeiro pode
desenvolver o planejamento estratgico, e at metas, para captar novos clientes,
melhorando assim, os resultados da Cooperativa, e favorecendo o desempenho das
reas competentes, e gerando desenvolvimento para todos os colaboradores
envolvidos, e beneficiando os associados, e assim, conseguindo destaque no meio
de seus concorrentes, e desenvolvendo timos resultados.
-
21
6. CONSIDERAES FINAIS
Fazendo a anlise de todos os processos envolvendo as reas
administrativas, financeira, e contbil da Coopcred, aps reunir todas as informaes
necessrias, podemos concluir que apesar da gesto ser muito bem administrada,
existem pontos que devem ser melhorados.
Vale ressaltar que um administrador financeiro que no tenha um nvel de
conhecimento e especializao bons, pode prejudicar, e muito, as anlises dos
relatrios contbeis, podendo at prever, equivocadamente, os resultados, e
ocasionar uma deciso errada para o planejamento estratgico da Cooperativa,
podendo causar prejuzos e no levar os processos de forma propcia sade
financeira da Cooperativa. Apesar do administrador desta Cooperativa modelo do
projeto, conhecer bem os processos e entender como analisar corretamente os
relatrios analticos gerenciais e contbeis, percebe-se que o mesmo no soube
tomar as devidas providencias para evitar os prejuzos para o resultado da
Coopcred. Saber analisar os relatrios gerenciais to importante quanto saber
tomar decises. Um gestor deve ter esse equilbrio, para saber o que est errado, e
efetuar a correo tempestiva, alm de planejar e remanejar em momentos
estratgicos.
Como j citado, os maiores motivos que impactaram os resultados da
Cooperativa modelo entre 2011 e 2012 foram as deficincias nos controles
administrativos voltados aos cooperados inadimplentes, o que gerou uma proviso
de risco muito alta, e a falta de renda de emprstimo, geralmente ocasionada pela
falta de captao de novos recursos e clientes.
Aprofundando mais as pesquisas em relao atuao das Cooperativas no
Sistema Financeiro, podemos concluir que as Cooperativas esto com grande
dificuldade de captao por ainda no terem uma estimativa forte de
reconhecimento no mercado, e s vezes pecam por isso. As Cooperativas se
preocupam tanto com campanha de captao que falham na anlise do crdito e
riscos, gerando inadimplncia e risco de liquidez despreparado, para assumir tal
falha, causando assim, em muitos casos, o prejuzo e at encerramento de suas
atividades, por falta de recursos prprios e equilbrio na boa gesto de melhorias de
resultado. Em relao utilizao da estatstica aplicada para captao de novos
-
22
clientes, a Cooperativa modelo est efetivamente em conformidade com os
processos e objetivos da prpria Instituio, assim como a rea contbil.
Concluindo de acordo com a associao e entendimento das matrias de
Fundamentos da Gesto Financeira, Contabilidade, e Estatstica Aplicada, para um
futuro gestor ou administrador financeiro, importante enfatizar que a gesto
administrativa e financeira de uma Cooperativa de Crdito um circulo vicioso, onde
a m administrao e controle de fluxo de caixa pode levar a srias deficincias na
contabilizao dos valores de ativo, passivo, e Patrimnio Lquido, e com isso,
transformar a anlise dos relatrios contbeis, em um verdadeiro inimigo para a
sustentabilidade, planejamento, e resultado saudvel da Cooperativa, prejudicando
assim, a continuidade dos negcios. O equilbrio entre todos esses contedos,
fundamental para a gesto positiva e futuro de uma Cooperativa de Crdito.
-
23
7. REFERNCIAS
Bibliografia:
- CRUZIO, H.O. Como Organizar e Administrar uma Cooperativa. 1. edio. So
Paulo: FGV, 2002.
- PINHO, DIVA BENEVIDES. O Cooperativismo no Brasil. 1. Edio. So Paulo:
Saraiva, 2004.