Piaget e Vigotski Nas Organizações

download Piaget e Vigotski Nas Organizações

of 17

Transcript of Piaget e Vigotski Nas Organizações

  • 7/24/2019 Piaget e Vigotski Nas Organizaes

    1/17

    EPISTEMOLOGIA DO CONHECIMENTO: ESTADO DA ARTE DOCONHECIMENTO ORGANIZACIONAL

    Patricia de S FreireFernando Spanhol

    RESUMO

    Este estudo objetiva construir o estado da arte sobre o termo conhecimentopara apoiaras discusses sobre conhecimento organizacional Para tal foi realizada uma

    pesquisa qualitativa mediante reviso sistemtica da literatura promovendo umamplo levantamento bibliogrfico e documental. s resultados alcan!ados poresta pesquisa apresenta a origem e evolu!o dos significados do termo" # descreve

    o seu processo de constru!o na mente humana" a epistemologia disciplinar"alcan!a o posicionamento do conhecimento enquanto ativo organizacional e#finalmente entende o novo conceito conhecimento como um dos elementosintang$veis do capital intelectual.

    Palavras-Chave% &onhecimento rganizacional" rganiza!es 'ntensivas em&onhecimento" (tivos 'ntang$veis" &apital 'ntelectual.

    1. INTRODUO

    )o estagio atual de desenvolvimento da sociedade chamada ou denominadasociedade do conhecimento cada vez mais as empresas esto sendo reconhecidas porvalores que as distingue no mais por quantidade e velocidade de produ!o. Para a novaeconomia# o conhecimento * o verdadeiro fator de produ!o# principalmente +sempresas que t,m nele a sua mat*ria prima primordial# como a rea de tecnologia einforma!o. conhecimento humano * a mat*ria prima dos produtos oferecidos aosclientes.

    -esta forma# para se manterem e se desenvolverem no mercado global asempresas t,m precisado romper com os paradigmas da rela!o capitaltrabalho#incorporando conhecimento aos seus produtos e# assim# agregando valor distintivo +ssuas marcas /-(0E)P12 et al# 3445" ))(6( e 2(6E7S8'# 3449" -(0E)P12

    e P17S(6# 344:" 0) 61;8# '&8'>3" S2E?(12# =>>="P1@S2# 1(7@ e 1A8(1-2# =>>=" )(--(' e &(B(-# =>>C" ))(6(#2D(A(# 8'1(2(# =>>:.

    # -rucer /344G afirmava que a riquezaorganizacional no mais se alocava no capital nem no trabalho. valor distintivoorganizacional estava associado + HprodutividadeH e Hinova!oH# sendo ambasalcan!adas por meio de aplica!es do conhecimento ao trabalho. &orroborando# Sabbag/=>>9# p.I5 afirma que na Sociedade do conhecimento o desempenho da organiza!oest intrinsecamente relacionado a um novo fator J conhecimento que capacita aorganiza!o para o adequado enfrentamento do novo conteKto.

    (ssim# este artigo tem como objetivo promover um entendimento descritivo de

    cr$ticas refleKivas sobre as teorias que buscam eKplicar o que * conhecimento e#conhecimento organizacional.

  • 7/24/2019 Piaget e Vigotski Nas Organizaes

    2/17

    &om esta inten!o# este artigo se desenvolver principalmente a partir doarcabou!o teLrico de basa interdisciplinar da ;esto do &onhecimento. &omplementase a fundamenta!o teLrica pela defini!o epistemolLgica da Engenharia e ;esto doconhecimento /P(&8E& et al# =>3> e de AeMer e SugiMama /=>>9 para entender asabordagens de personaliza!o /processo e de codifica!o /produto como

    complementares# tratando da utiliza!o e dos meios de transfer,ncia do conhecimentoentre pessoas# pessoas e sistemas# ou sistema e pessoas.. CONHECIMENTO E O PROCESSO DE CONSTRUO

    ( constru!o do conhecimento opera utilizando a lLgica que# a partir docomando dos paradigmas individuais e do grupo# seleciona no meio dados significativose rejeita dados no significativos para o sujeito# seguindo etapas simples como% Separa#distingue ou disjunta" 7ne# associa e identifica" 8ierarquiza" &entraliza em fun!o deum nNcleo de no!es chaves. processo de constru!o do conhecimento# ento# ordenaos fenOmenos eliminando o incerto e a desordem# visando clarificar os elementos dosaber a ser constru$do# processo que o cega por no comportar o todo# eKcluindo a

    compleKidade das incertezas# contradi!es e das inter rela!es dos fenOmenos /Aorin.=>>C. Pg 3G).

    Aas essa afirmativa no conquista unanimidade entre os pesquisadores. Nnicoconsenso encontrado na literatura acad,mica sobre o conceito conhecimento * que#diferentemente do capital# ele aumenta quando compartilhado /&')-'1# 3445. Aas#sobre as defini!es do termo# no h consenso. (lgumas pesquisas apontam para oconhecimento como um resultado a ser criado e adquirido. utras estudam oconhecimento como um processo de constru!o e cria!o /(postolou e Aentzas# =>>G.

    Esse estudo assume a defini!o de que o conhecimento * tanto o processo comoo resultado da rela!o que se estabelece entre o indiv$duo que conhece e o objeto a serconhecido ou j conhecido. Para fundamentar essa interpreta!o do termo fezse

    necessrio mapear e promover um dilogo subjetivo entre os diferentes paradigmaseKistentes. -a Ltica da teologia# filosofia# passando pela pedagogia e a psicologia at*chegar ao paradigma que baseia o entendimento da engenharia e gesto doconhecimento /P(&8E& et al# =>3> percorreuse um longo caminho.

    ( partir de uma reviso sistemtica da literatura# onde se buscou responder aquesto se havia um entendimento Nnico sobre o termo# foram descortinados conceitosrelacionados ao per$odo histLrico# conteKtual e# principalmente da base teLricadisciplinar de cada autor.

    1esumidamente# poderseia apontar que eKistem cinco Lticas principais de serelacionar com o mundo e compreend,lo% pela f*# razo# senso comum# gosto pessoalou pela observa!o da eKperi,ncia

    Aantendo o entendimento de que# conhecimento * a rela!o que se estabeleceentre o indiv$duo que conhece e o objeto a ser conhecido ou j conhecido# as diversasepistemologias encontradas apenas retratam diferentes entendimentos de como essarela!o se processa na viv,ncia individual# de grupos e organizacional# culminando naapresenta!o da evolu!o temporal das defini!es do termo conhecimentoQ.

    !. Or"#e$ e ev%l&'(% )% *%+*e",% *%+he*"$e+,%)a origem das discusses sobre o conceito de conhecimento# encontrase a

    Filosofia. s filLsofos estabeleceram as diferen!as entre conhecimento sens$vel eintelectual# apar,ncia e ess,ncia# opinio /cren!a e saber. (l*m de estabeleceram regras

    da lLgica para se chegar + verdade. )a ;r*cia (ntiga# hoje chamada de defini!o2radicional ou tripartidaQ desenvolvida por SLcrates a apresentada por Plato

  • 7/24/2019 Piaget e Vigotski Nas Organizaes

    3/17

    /aparecem em dilogos em o 2eeteto# o A,non# a 1epNblica e o 2imeu% conhecimento * uma opinio verdadeira justificada.

    Para Plato /I=: ac o conhecimento humano integral pode ser dividido em duasdimenses%% o conhecimento sens$vel e o intelectual. primeiro * individual#manipulvel# mutvel e relativo ao conteKto e ao entendimento. Esse * a opinio

    verdadeira particular. segundo# o conhecimento intelectual# * absoluto e universal#sendo racional e imutvel.-essa origem ficam as duas grandes vertentes paradigmticas% Plato /I=: ac

    que afirma ser o conhecimento baseado na opinio e (ristLteles /G:I que aponta ser oconhecimento baseado na eKperi,ncia /&haui# =>>=.

    )a 'dade A*dia elaborase a viso teocentrista# onde pela forte presen!a da'greja &atLlica# -eus passa ser considerado como o centro do conhecimento. Surgem osPatr$sticos# representados por Santo (gostinho /GCI# que favorecem a concilia!o do

    pensamento cristo ao pensamento de Plato /I=: ac. s Escolsticos que somam aopensamento cristo a filosofia de (ristLteles /G:I# for!ando a rela!o entre f* e razo.Seu eKpoente * So 2oms de (quino /3==C. ( terceira escola da 'dade A*dia * a que

    marca o fim dessa era# )ominalismo# por separar a Filosofia da teologia.Para melhor entender# destacase que na idade medieval e m*dia# havia uma

    severa ruptura entre escravos /eKperi,ncia e trabalho K homens livres /intelectual eociosidade. (ssim * plaus$vel entender o porqu, na origem# conhecimento era umtermo estritamente relacionado + contempla!o e a razo# muito longe da eKperi,ncia eda a!o. )a idade Aoderna o surgimento dos burgueses# trabalhadores que conseguiramcomprar sua liberdade# formata uma nova rela!o com o trabalho. ( eKperi,ncia passa aser valorizada como caminho para a liberdade e crescimento. ( a!o passa a ser aceitacomo conhecimento.

    &om a ruptura com a viso teocentrista# chegando + 'dade Aoderna# tamb*m seliberta os pensadores para cunhar a viso antropocentrista que coloca o homem como ocentro do conhecimento. (pontamse quatro escolas% 1acionalismo /cartesianismo como discurso do A*todo de 1en* -escartes /3C4535C> que elaborou a frase Penso logoeKistoQ" Empirismo de I. 'luminismo% ( razo.

    Fase de grande desenvolvimento comercial# surgem as fabricas e a rela!ocapital trabalho se eKpande# tendo o valor do saber intelectual equiparado ao sabereKperiencial. saber fazer que antes era relacionado aos escravos# passa a ser toimportante quanto ao saber que sabe. Surge nessa *poca as maquinas de impresso. (

    palavra passa a ser imprensa. conhecimento cient$fico toma forma pelo m*todo/-escartes e pela t*cnica /;alileu. Surgem as ci,ncias da natureza. conhecimentocient$fico valoriza tanto a rela!o indiv$duoobjeto pela eKperi,ncia como pelaobserva!o. &rescem as fbricas e as presses por aumento de produ!o j come!am a

    pressionar a rela!o capital trabalho. tratamento por meio de salrio mensura a mode obra humana. )ovas tecnologias surgem como a mquina a vapor no sec. R0'''#ampliando as eKig,ncias de quantidade de produ!o. (s rela!es com os trabalhadoresentram em colapso. )o sec. R'R com o deslocamento do setor primrio para osecundrio ressurge a diferen!a entre o conhecimento eKperiencial K conhecimentodeclarativo. )o mais sendo o escravo da idade m*dia# mas o trabalhador das fbricasem condi!es subumanas de trabalho. 0olta + valoriza!o do conhecimento eKplicitado

    em palavras acima do conhecimento impl$cito em a!es /SA'28# 344>" A(1R# =>>9.

  • 7/24/2019 Piaget e Vigotski Nas Organizaes

    4/17

    Por*m# no sec. RR# com o crescimento dos servi!os# a partir da importnciadada ao setor tercirio# configurase a sociedade pLs industrial. (s tecnologias deinforma!o e comunica!o /2'& passam a basear o crescimento dos outros setores aoserem usadas com maior intensidade nos processos operacionais. &omo condutor nomundo atual# as 2'& t,m se desenvolvido ordinariamente. Em apenas C> anos podese

    apontar o surgimento do computador e dos microcomputadores chegando aos sat*litesorbitais. &om essas inova!es tecnolLgicas# as 2'& tiveram um avan!o significativopassando a ser um dos fatores principais para o crescimento acelerado das organiza!es.E as 2' elas mesmas# se constitu$ram em um novo e importante mercado globalJ omercado de tecnologia e sistemas de informa!o e comunica!o.

    Essa mudan!a na sociedade levou a uma nova mudan!a de Ltica sobre o termoconhecimento gerando um grande impacto na economia e na sociedade como um todo/&astells# 3444. &om novos modelos de negLcios baseados nas 2' definiuse umanova Sociedade que eKige diferentes aprendizagens organizacionais impondo novosconhecimentos ao trabalhador# novas habilidades cognitivas# e# com mais compet,nciada gesto efetiva de seu conhecimento /F'(B8 e P)&8'1BB'# =>>C. s

    profissionais capacitados passaram a ser tratados como um dos ativos organizacionais#pois seus saberes e compet,ncias agregam valor distintivo aos bens e servi!os ofertadosao mercado tornando a empresa mais competitiva.

    &hamada de )ova Economia# Economia -igital# Economia em 1ede# Economiado &onhecimento# )ova Sociedade# Sociedade da 'nforma!o ou Sociedade do&onhecimento# entre outros esse novo modelo definido a partir do avan!o das 2'independente do nome# impem uma nova rela!o do indiv$duo com o objeto. u seja#impem novos entendimentos do que * conhecimento. 7m entendimentointerdisciplinar que leva para al*m da velocidade da luz# alterando rela!es sociais econhecimentosQ /SP()8B# =>>9# p. =C.

    . EPISTEMOLOGIA DO CONHECIMENTO&om essas diferentes maneiras de olhar a rela!o capital trabalho# identificamse

    duas correntes epistemolLgicas da teoria de aprendizagem% empirista e apriorista. saprioristas defendem que o conhecimento * criado pela bagagem cultural geneticamentearmazenada no indiv$duo. )esta corrente descansam os cognitivistas ortodoKos. afirma que# Hatualmente# a maioria dos cientistas

    cognitivas * proveniente das fileiras de disciplinas espec$ficas em especial# da

    http://penta.ufrgs.br/~luis/EscolasDaPsicologia.htmlhttp://penta.ufrgs.br/~luis/EscolasDaPsicologia.html
  • 7/24/2019 Piaget e Vigotski Nas Organizaes

    5/17

    filosofia# da psicologia# da intelig,ncia artificial# da lingU$stica# da antropologia e daneuroci,nciaH.

    0rias outras correntes teLricas basearamse nesta teoria de Piaget e# respeitandosuas peculiaridades podem ser quase que classificadas dentro de um paradigmaintitulado interacionista. (ssim# mesmo sabendose que no eKiste consenso sobre a

    eKist,ncia de um Nnico processo que leve + constru!o do conhecimento# a visointeracionista prevalece na rea da administra!o e engenharia do conhecimento comona educa!o e na psicologia social. Para um entendimento epistemolLgico trazse um

    breve passeio pelos paradigmas interacionistas cognitivista# coneKionista# behaviorista econstrutivista.

    )o resumo que segue agrupamse as teorias pedagLgicas# psicolLgicas eepistemolLgicas para eKplicar a viso interacionista do processo de constru!oconhecimento individual# social e por fim organizacional.

    . PARADIGMA DA CONSTRUO DO CONHECIMENTO&om base na psicologia# o paradigma cognitivista se refere aos processos

    centrais do indiv$duo sendo reconhecido como uma constru!o mental e individual emrela!o ao objeto eKterno a ele. ( escola &ognitivistas de 8erbert Simon /3435 J =>>3#

    )oam &homsM /34:> e Aarvin AinsM /349C evidenciam que a identifica!o# acole!o e a dissemina!o de informa!o so as principais atividades dedesenvolvimento de conhecimento.

    Para essa comunidade cient$fica# o conhecimento * inicialmente eprincipalmente constru$do na mente humana# e no obrigatoriamente se relaciona com aa!o. u seja# para os cognitivistas# * conhecimento os processos de constru!esmentais J razo independente de mudan!as comportamentais imediatos J a!o/(rgMris E SchVn# 349:" 8edberg# 34:3" Fiol E BMles# 34:C" 8uber# 3443" &heng E 0an-e 0en# 3445" BeroM E 1amanantsoa# 3449" Presill E 2orres# 3444.

    Para a psicologia cognitiva e social cogniose refere a tudo que * processadona mente# ou seja# tudo que * mental. s psicLlogos contemporneos t,m agregado +cognio novos processos e produtos que evocam a mente humana mesmoclassificandoos em classe simples# como os movimentos motores organizados# a

    percep!o# imagens mentais# a memLria e o processo de aprendizagem# al*m de todasas variedades de cogni!o social /que * a cogni!o voltada para o mundo dos objetoshumanos e os usos sociocomunicativos da linguagem em oposi!o aos sLciocognitivosQ /FB(0EBB" A'BBE1" A'BBE1# 3444# p.3>.

    BeroM e 1amanantsoa /3449 apontam a contribui!o dos cognitivistas aoentendimento do que seria conhecimento pela dimenso dos estados mentais# e

    destacam sua diferen!a aos behavioristas que analisam o conhecimento pela influ,nciado ambiente em sua constru!o. ( abordagem behaviorista tem como seu representanteSinner /349I. Essa viso de mundo se baseia no conhecimento como resultado de um

    processo mental individual em resposta ao est$mulo do ambiente. conhecimento seriaa resposta passiva adaptativa e eKperimental da mente humana aos est$mulos doambiente a sua volta.

    Para os construtivistas /Piaget# 344:" 0MgotsM# =>>9 o conhecimento *relacionado + eKperi,ncia. ( lLgica construtivista afirma que o ser humano * um sistemaaberto que# ao interagir com o meio a sua volta estabelece uma rela!o de mNtuainterfer,ncia. indiv$duo atua no meio transformandoo para atendimento de suasnecessidades e por sua vez# o meio interfere no desenvolvimento humano# moldandoo.

    )esse processo o indiv$duo acaba por transformar a si mesmo# pois quando o homem

  • 7/24/2019 Piaget e Vigotski Nas Organizaes

    6/17

    modifica o ambiente atrav*s do seu prLprio comportamento# essa mesma modifica!ovai influenciar seu comportamento futuroQ /B71'( 34::# p. 345.

    Parecendo somar os olhares anteriores# a Ltica pela qual os construtivistasentendem o conhecimento * a de que o conhecimento * uma a!o gerada a partir deinterrela!es em num conteKto espec$fico. Para os construtivistas# o indiv$duo reage ao

    est$mulo do ambiente conforme a cren!a dos behavioristas# mas determinam que# estasrea!es so determinadas no pelo meio# mas por conhecimentos anteriormenteconstru$dos pelo indiv$duo conforme os cognitivistas acreditam. Aas essa sele!oQ derea!es poss$veis * processada pelo modelo mental constru$do em intera!o com o meioe no * impl$cita + mente humana como os cognitivistas acreditam. Freire et al /=>>:aapresentam uma figura que retrata esse caminho construtivista de constru!o doconhecimento.

    Figura 3% 0iso construtivista do conhecimento com base na dinmica do SerFonte% Freire et al /=>>:b p.C

    Para Piaget /344: o conhecimento * resultante de adapta!o biolLgica gerada apartir de um desequil$brio do organismo projetando uma necessidade que precisa sersuperada. Esta necessidade projeta o organismo a interagir com o meio para satisfazersua necessidade de equilibra!o. )este modelo o conhecimento * criado pelo processode (ssimila!o(comoda!o# ou seja# Piaget /344: entende o desenvolvimentocognitivo a partir de duas etapas de um Nnico processo de adapta!o /busca deequil$brio do indiv$duo ao meio. Em contato como o meio o indiv$duo interpreta e

    constrLi os fenOmenos a partir de seus modelos mentais constru$dos previamente/(ssimila!o. E# por retroalimenta!o# em contato com novos fenOmenos# oconhecimento eKistente acaba por sofrer acomoda!o

    ( viso construtivista de Piaget pode ser definida como interacionista e# comoela podese apontar outras teorias que ampliam a percep!o dos processos e do produtoconhecimentopela compleKa interrela!o entre os vrios aspectos da cogni!o notecido do funcionamento cognitivo efetivo em tempo realQ /Flavell" Ailler" Ailler#3444# p.3>. So os principais representantes da abordagem interacionista al*m do

    prLprio

  • 7/24/2019 Piaget e Vigotski Nas Organizaes

    7/17

  • 7/24/2019 Piaget e Vigotski Nas Organizaes

    8/17

    de Piaget# mas interativo. X produtor e receptor porque forma conhecimentos e seconstitui a partir de rela!es intra e interpessoais. conhecimento para 0igotsM /=>>9* resultado de um processo construido pelo indiv$duo atrav*s da busca de informa!esdentro do prLprio meio conceitos e significa!es. 7m processo nolinear deconstru!o do conhecimento humano.

    0MgotsM /=>>9 entende que o novo conhecimento necessrio para que oindiv$duo seja capaz de tomar decises diferentes /no n$vel de desenvolvimentopotencial J vir a ser do que est habitualmente acostumado a tomar /dentro do n$vel dedesenvolvimento real J ser precisaria haver a orienta!o de outros respeitando amaturidade social# emocional e cognitiva do indiv$duo. Para 0MgotsM /349: o n$velde desenvolvimento real caracteriza o desenvolvimento mental retrospectivamente#enquanto a zona de desenvolvimento proKimal caracteriza o desenvolvimento mental

    prospectivamenteQ /349:# p. :9.EKiste ainda a escola coneKionista. Esta escola utiliza as simula!es da atividade

    neuronal para compreender a cogni!o humana. 1epresentada por Yande e @ruce 6ogut/=>>G e Aaturana e 0arela /=>>9 essa escola tenta olhar o processo de constru!o do

    conhecimento tanto atrav*s da intera!o do homem com o meio social como ao que sepassa no interior da sua mente. &orroborando com a interacionista apontam a relevnciado ambiente para a aprendizagem. u seja# o conhecimento est nas coneKes e devesedar ,nfase + autoorganiza!o de fluKo disperso de informa!o. Esta escola defende quea simula!o neuronal se assemelha a cogni!o humana em dois aspectos% /3 oconhecimento * adquirido pela rede atrav*s de um processo de aprendizagem" /= asfor!as de coneKo interneuronial# conhecidas como pesos sinpticos# so utilizadas paraarmazenar conhecimento.Q /PE1S&8# =>>I# p.=

    utra importante escola * a (utopoi*tica. (s ideias que baseiam a abordagembiolLgica autopo*tica foram desenvolvidas pelos biLlogos Aaturana e 0arela /=>>9#p.33 onde a vida humana * um processo de constru!o do conhecimento em intera!ocom a prLpria viv,ncia humana no mundo. Portanto podese dizer que constru$mos omundo e# ao mesmo tempo# somos constru$dos por ele. &omo em todo esse processoentram sempre as outras pessoas e os demais seres vivos# tal constru!o *necessariamente compartilhadaQ. )esta abordagem biolLgica no h separa!o entre osocial# o humano e as ra$zes biolLgicas# sendo o processo um todo integrado e sefundamenta da mesma forma em todos os seus mbitosQ /A(271()(" 0(1EB(#=>>9# p. GG. conhecimento * interativo e auto retro construido em processo constantede adapta!o. ( linha (utopo*tica# representada por Aaturana e 0arela /=>>9 # )onaae 2aeuchi /3449 e 0enzin# 6rogh e 1oos /344:# quebrou paradigmas positivistasimpondo que a maior responsabilidade est na interpreta!o e no nos processos de

    coletar informa!o.-o entendimento de que os indiv$duos podem agir sem ser capaz de eKplicar eeles podem eKplicar sem serem capazes de eKecutlas /-ic Z ?ehner# =>>= PolanMi/3455 conclui a eKist,ncia da dimenso silenciosa do conhecimento humano% oconhecimento tcito# &onhecimento que no consegue ser articulado a ponto de sereKplicitado. autor faz a diferen!a entre o eKpl$cito e o tcito# de acordo com asdiferen!as das palavras em alemo VnnenQ e ?issenQ# o sendo capaz de fazer algo eo saber# respectivamente. &orroborando# Spender /=>>3 diferencia entre conhecimentoimpl$cito /produzido pela a!o e eKplicito /conhecimento produzido pelacomunica!o.

    Para )onaa# 2oMama e 8irata /=>>: o conhecimento corresponde a quatro

    caracter$sticas bsicas. conhecimento * subjetivo e est*tico# * construido a partir deum processo relacional e criado por meio da prtica.

  • 7/24/2019 Piaget e Vigotski Nas Organizaes

    9/17

    (ssim# seja pela F*# pela 1azo# pelo Senso &omum# pelo ;osto Pessoal ou pelaobserva!o da eKperi,ncia# o conhecimento * o processo ou o resultado da rela!o entresujeito e objeto. entendimento de como esta rela!o * elaborada depende daepistemologia assumida por cada autor que podem ser# entre vrias outras#interacionista.

    .1. C%+he*"$e+,% %r#a+"/a*"%+al0 ,rs )"$e+s2es )e a+3l"seEKistem tr,s dimenses de anlise para o conhecimento organizacional# uma que

    o v, como processo# outra que o v, como produto e a terceira que abordao comoprocesso e produto. ( dimenso da engenharia e gesto do conhecimento /E;& ondeeste estudo encontra a sua seguran!a epistemolLgica elabora um entendimento levandoem conta os processos de constru!o do conhecimento organizacional e os resultadosdestes processos# que sejam o valor que ele agrega aos bens e servi!os da organiza!o/Pacheco et al# =>3>.

    ( abordagem que gerencia o conhecimento como processo# que pode serchamada de abordagem de personaliza!o# se concentra nos processos sociais de

    comunica!o e por isso foca a rela!o entre as pessoas# dando aten!o ao caminhopercorrido para a comunica!o do conhecimento de pessoa para pessoa. (s prticas#m*todos# t*cnicas e tecnologias de ;& que se baseiam nessa abordagem visam

    promover e facilitar o compartilhamento do conhecimento e no o seu armazenamento.)a abordagem que entende o conhecimento como produto# pela engenharia

    chamada de abordagem de codifica!o# gerenciase os resultados do processo decomunica!o do conhecimento J os conhecimentos eKpl$citados e registrados emdocumentos. (ssim as tecnologias so necessrias para a cria!o# armazenamento#recupera!o e reutiliza!o do conhecimento organizacional. Essa abordagem *fundamental para a constru!o e disponibiliza!o da memLria organizacional /AeMer eSugiMama# =>>9" (postolou e Aentzas" =>>G.

    ( ;esto do &onhecimento percebe o conhecimento por estas duas dimenses#como processo e como produto# apoiando suas prticas# m*todos# t*cnicas e estrat*giasde gesto organizacional ampliando sua a!o para todo o fluKo dos processosorganizacionais# que inclui% compartilhamento# cria!o# codifica!o# dissemina!o#armazenamento# recupera!o e reutiliza!o do conhecimento /Pacheco et al# =>3>.

    AeMer e SugiMama /=>>9 esclarecem que eKistem conhecimentos tcitosindividuais que a organiza!o no conseguir adquirir para eKplicitar# como previa

    )onaa e 2aeuchi. /=>>C. processo de cria!o do conhecimento organizacionalgerado a partir do modelo SE&' de )onaa e 2aeuchi /=>>C tem condi!o de acessaros conhecimentos individuais impl$citos# por*m no tcitos.

    AeMer e SugiMama /=>>9 apontam que o conhecimento tcito individual temum baiKo n$vel de capacidade de codifica!o# sendo ento no eKplicitvel. Esteconhecimento * aquele que o indiv$duo nem sabe que sabe# mas o faz agir e reagir adiferentes situa!es em sua rotina diria. conhecimento impl$cito individual * aqueleque o indiv$duo sabe que sabe# mas no precisou eKplicitar at* o momento que *

    perguntado sobre ele conhecimento impl$cito tem um n$vel m*dio de capacidade decodifica!o# mas * eKplicitvel por meio da gesto do conhecimento.

    Schindler /=>>= foi al*m e apontou que o conhecimento eKpl$cito * oconhecimento declarativo# que pode ser como o nome j diz declarado# descrito#codificado para transformarse em conhecimento organizacional. Por ser baseado namemLria declarativa# conseguese pontuar a histLria no tempo /memLria episLdica ou

    em fatos atemporais /memLria semntica.

  • 7/24/2019 Piaget e Vigotski Nas Organizaes

    10/17

    como a capacidade de dirigir e andar de bicicleta. &hamando de conhecimentosilencioso# Schindler /=>>= qualifica o conhecimento tcito como encarnado e# oindiv$duo no consegue eKplicitlo por no saber que o det*m. So os chamados

    priming que deu origem ao dito popular a primeira impresso * a que ficaQ e# amemLria condicional associativa e no associativa.

    4. Or#a+"/a'2es I+,e+s"vas e$ C%+he*"$e+,%)a Sociedade do &onhecimento algumas empresas utilizam o conhecimento

    como fator de inova!o# gerador de mudan!as incrementais ou radicais. utrasempresas t,m o conhecimento como mat*ria primaQ geradora de bens e servi!os. Essasso chamadas de rganiza!es 'ntensivas em &onhecimentos /' pois oconhecimento * o seu principal fator de vantagem competitiva.

    -iversos autores /(lvesson# 344G" Starbuc# 344G" &ollins# 344G" -avenport Et(l# 3445" )onaa E 2aeushi# 3449" )onaa E 6onno# 344:" -avenport E Prusa#344:" @off# =>>>" -oWbor# =>>3" 0on 6rogh# 'chijo E )onaa# =>>3" SteWart# =>>="Probst# 1aub E 1omhardt# =>>=" )addai E &alado# =>>C" )onaa# 2oMama# 8irata#

    =>>: se preocuparam em definir as caracter$sticas de uma rganiza!o baseada noconhecimento# ou rganiza!o 'ntensiva em &onhecimento.

    Para )adai e &alado /=>>C as '& so aquelas empresas que utilizamfortemente ativos intang$veis para a produ!o e venda de bens ou servi!os# que por suavez tamb*m podem ser resultantes de um processo que envolve trabalhadores doconhecimento para produziloQ caso das empresas de consultorias e de tecnologia dainforma!o. s autores definem seis fatores para analisar se a empresa * ou no uma'&. So eles% tipo de atividade" papel do conhecimento na cria!o de valor"depend,ncia da atividade intelectual dos funcionrios altamente qualificados" tipo de

    produto ou servi!o oferecido" mercado de atua!o" prticas de gesto do conhecimento.)as palavras de )adai e &alado /=>>C as '& podem ser definidas a partir daintensidade do conhecimento em seus produtos# processos# pessoas# atividades# clientese mercados de atua!o e prticas de gesto do conhecimento. &omo eKplicam estesautores uma organiza!o pode ser considerada '& quando um ou todos os fatores estosendo vivenciados pela empresa.

    )onaa# 2oMama e 8irata /=>>:# p. =9 determinam que uma empresa possa sercaracterizada como uma empresa intensiva em conhecimento quando ela interagedinamicamente com o meio ambiente interno e eKterno. s autores criaram um modeloque classifica sete componentes bsicos para uma empresa ser considerada '& .-estacamse a j falada integra!o com o meio ambiente vendoo como um ecossistemagerador de conhecimento# somado as caracter$sticas culturais da organiza!o e prticas

    de cria!o do conhecimento ao processo SE&' /))(6( E 2(6E7&8'# =>>C" aviso de conhecimento e de condu!o dos objetivos estrat*gicos de cria!o doconhecimento# o que d sentido e energia para o processo SE&'" o ambienteorganizacional espa!o temporal chamado @( /))(6( e 6))# =>>9 que

    propicia a cria!o do conhecimento pelo processo SE&'" os ativos do conhecimentocomo entradas e sa$das do processo SE&'.

    [uando os autores falam em viso do conhecimento esto se referindo aoconhecimento a ser criado para al*m dos produtos# os recursos# a estruturaorganizacional e os mercados eKistentes. ( viso do conhecimento baseada na viso emisso da empresa determina como a empresa evolui# em longo prazo. &ada empresatem sua prLpria viso de futuro e# principalmente desenha o seu modelo de como chegar

    l. ( cadeia de valor da empresa para se chegar ao seu futuro pretendido * Nnica e#

  • 7/24/2019 Piaget e Vigotski Nas Organizaes

    11/17

    Nnicos so os conhecimentos individuais# de grupos e organizacional que t,m que sergerenciados para agregarem valor distintivo aos seus bens e servi!os.

    Esta viso do conhecimento# para )onaa# 2oMama e 8irata /=>>:# p.=4 d adire!o firme e foco sobre o conhecimento a ser criado fora dos produtos eKistentes# osrecursos# estrutura organizacional# e os mercados. Portanto# a viso determina como a

    empresa evolui# em longo prazoQ.Pelo eKposto# um eKemplo de '& seriam as empresas de 2'# podem serclassificadas como '& por atenderem em sua totalidade as caracter$sticas apontadas

    pelos autores selecionados. Estas empresas registram intensas atividades intelectuaispara produzirem" seu mercado * intensivo em conhecimento" seus funcionrios bemcomo seus fornecedores principais so qualificados intelectualmente" seu negLcio 2' se

    baseia em conhecimento" o conhecimento est embutido em seus produtos e servi!os#seus clientes tamb*m so '& por utilizarem seus produtos e servi!os. -e onde se podeconcluir que# as empresas de 2' t,m no conhecimento um recurso estrat*gico ao

    processar a transforma!o de conhecimentos sens$veis# individuais e mutveis em ativosdo conhecimento e por isso podem ser classificadas como '&.

    s ativos de conhecimento so assim chamados por agregarem valor ao negLciocorporativo e serem Nnicos# dif$ceis de adquirir# de desenvolver e at* mesmo de copiar"al*m disto# alguns podem ser at* protegidos legalmenteQ. /PE1EY" F(A\# =>>5# p. :I.-iferentemente dos ativos tang$veis# como destaca Schnorrenberger /=>>I# os ativosintang$veis no perdem valor com o uso# pelo contrrio# aumentam de valor.

    )a verdade# como afirma Silveira /=>>># p.G9 as novas organiza!es de aprendizagemesto focando suas estrat*gias + identifica!o# captura e alavancagem de seus ativos deconhecimentoQ.

    7ma das principais refer,ncias neste assunto * o livro de )onaa# 2oMama e6onno /=>>3 que se propem a oferecer um caminho para a gesto dos ativos doconhecimento organizacional. s autores destacam os ativos do conhecimentoeKperiencial /&onhecimento tcito compartilhado atrav*s de eKperi,ncias comuns"conceitual /&onhecimento EKpl$cito articulado atrav*s de imagens# s$mbolos elinguagem" sist,micos /&onhecimento eKpl$cito sistematizado e documentado"rotineiros /&onhecimento tcito em rotina e incorporado em a!es e prticas.

    Para (rnosti et al /=>>G ao se incorporar conhecimentos +s atividadesprodutivas seu valor * potencializado. Por ser um tipo de ativo intang$vel os ativos doconhecimento no so mensurveis. Por*m# por meio de ferramentas de gesto doconhecimento espec$ficas devese identificar e analisar o n$vel do impacto doconhecimento em rela!o ao negLcio no que tange aos custos# lucros# esfor!o# estrat*giae competitividade.

    Pesquisadores t,m se preocupado em estudar o impacto dos ativos intang$veis nagera!o de valor para a organiza!o. 1itta e Einsslin /=>3> representativos deste grupo#v,m estudando a interrela!o entre os ativos intang$veis e a gera!o de valor eapresentaram a relevncia estrat*gica dos ativos intang$veis para a gera!o de valororganizacional.

    ( gesto do conhecimento /;& tem como objetivo a gesto dos ativosintang$veis buscando otimizlos de maneira a criar# adquirir e agregar valor +organiza!o. ( ;& identifica cada um dos ativos e gerenciao independente e emcorrela!o no fluKo organizacional# enriquecendoo.

    Em 34:> 8iroMui 'tami publica o estudo intitulado HAobilizing 'nvisible(ssetsH que desperta a aten!o sobre o valor dos Hativos invis$veisH na corpora!o.

    )esta d*cada de :> a preocupa!o era puramente econOmica sobre como mensurar estes

  • 7/24/2019 Piaget e Vigotski Nas Organizaes

    12/17

    intang$veis. So representantes desta *poca os economistas Penrose /34C4# 1umelt/3494# 5e$er6el,/34:I# e o economista da 7& @ereleM -avid 2eece /344:.

    Entre 34:5 e 34:4# fortalecendo este paradigma# 6arl SveibM publica tr,s livrosque elaboram a primeira proposta de como gerenciar os ativos intang$veis. livro 2he6noW8oW &ompanM /S0E'@D# 34:5 disserta sobre o gerenciamento de ativos

    intang$veis. livro 2he )eW (nnual 1eport /S0E'@D# 34:: cunha o termo &apital de&onhecimento. )o livro 2he 'nvisible @alance Sheet /S0E'@D# 34:4 o autor formataum caminho de tratar# mensurar e gerenciar os ativos invis$veis na organiza!o.

    Para o autor o patrimOnio vis$vel * o que abrange os ativos tang$veis menos ospass$veis vis$veis e# os ativos invis$veisT intang$veis so compostos pela estruturaeKterna# a estrutura interna e a compet,ncia pessoal. E dessa forma devem sergerenciados de maneira a ampliar os relacionamentos eKternos a estrutura interna e odesenvolvimento dos funcionrios.

    [uanto + terminologia# at* a d*cada de :> tratavase o tema pelo termo Ativontangveis. Parece que# foi >3 classificouos distinguindo quatro paradigmasmetodolLgicos /!irect ntellectual "apital #ethods /-'&" #ar$et "apitali%ation

    #ethods "#'( )eturn on Assets #ethods &)*A'e +coread #ethods &+"''(

    Em consenso# vrios autores /SteWart# 3449" 6aplan e )orton# 3449" )onaa e2aeuchi# 3449# =>>C" SveibM# 344:" Edvinsson e Aalone# 344:" (ntunes# =>>>" (P[=>>>" Paiva# =>>>" Pacheco# =>>3" (ntunes e Aartins# =>>="" Savi et al# =>>G" Santos eSchmidt# =>>G" 0asconcelos e (ndrade# =>>I" Senge# =>>C t,m afirmado que osconceitos de Sociedade do &onhecimento e &apital 'ntelectual eKigem a defini!o deum novo modelo de gesto organizacional. Aodelo de gesto que desenvolva umaempresa com cultura para o compartilhamento e a aprendizagem organizacional.Precisase gerenciar com compet,ncia e de forma inovadora o capital estrutural#

    relacional e humano da empresa# avaliando os ativos intang$veis e seu impacto no valorda empresa.Para o mercado# a aten!o foi requisitada para o tema quando a 1evista Fortune

    publicou em 344I o artigo intitulado * ativo mais valioso da sua empresa capitalintelectual &+./A), 0112'3 )esse momento# os dois termos /ativos intang$veis ecapital intelectual foram relacionados ao retratar a importncia da gesto do capitalintelectual como um ativo intang$vel pelas organiza!es competitivas.

    Em 3445 @aruch Bev /BE0# =>>3 cria o &entro de Pesquisa de 'ntang$veis na)eW Dor 7niversitM. )o ano de 3449# quatro eventos marcam a consolida!o daimportncia das questes relacionadas ao &'. lan!amento de tr,s publica!es nomesmo ano apontando o &' como a nova riqueza das organiza!es coloca o termo em

    destaque /S0E'@D# 3449" E-0')SS) Z A(B)E# 3449" S2E?(12# 3449. &omo termo e conceito aceito novas discusses come!am a surgiu. Em 3449# durante a

  • 7/24/2019 Piaget e Vigotski Nas Organizaes

    13/17

    &onfer,ncia na 8oover 'nstitution destacamse as questes relacionadas ao comomensurar o &'. -estas discusses# o foco passa a ser os ativos intang$veis mensurveis.Em 344: Sullivan publica HProfiting from 'ntellectual &apitalH. Fechando esse ciclo#levando o termo a ser utilizado pelos gestores organizacionais# em 3444 a &-Edetermina o tema &apital 'ntelectual para seu simpLsio internacional realizado em

    (msterdam.Entre os anos de 344> e =>>> empresas e consultores come!aram a eKperimentaras diferentes maneiras de identificar# mensurar# registrar e disseminar os ativosintang$veis relacionados ao capital intelectual da empresa. Entra uma nova fase com ostermos bem definidos. s ativos intang$veis em uma dimenso mais ampla abordam asestruturas eKternas# internas e as compet,ncias dos profissionais envolvidos.

    (o se falar em &apital 'ntelectual determinase que so ativos intang$veis queagregam valor + organiza!o quando e# somente se# gerenciados o capital relacional/estrutura eKterna# o capital estrutural /estrutura interna e o capital humano/compet,ncias. 'ndo al*m# ao elaborar o conceito de capital intelectual buscouseevidenciar e potencializar a for!a dos ativos intang$veis# aprofundando o seu significado

    e sua mensura!o. (ssim# os termos esto intrinsecamente relacionados podendoinclusive ser representativos dos mesmos significados.

    0ale apontar nesta discusso que# segundo -avies e ?addington /3444# seriamuito vaga a diferen!a entre as defini!es dos termos ativos intang$veis e capitalintelectual. >> afirma que autores /(P 349>" '(S 344:" @ooth#344: t,m se referido aos intang$veis comogood4ille# o &apital 'ntelectual como partedeste good4ill. Por*m# esta * uma viso da contabilidade tradicional que no estcapacitada a identificar# analisar# contabilizar nos relatLrios de demonstra!o financeiraos novos ativos intang$veis# tais como% compet,ncias de pessoal# relacionamento comclientes# modelos e sistemas de computador. Facilmente se percebe que# estes novosativos intang$veis ainda tero que percorrer uma longa estrada de estudos# pesquisasemp$ricas para vencer as questes relacionadas# pois mesmo intang$veis tradicionais/valor da marca# patentes e goodWill so relatados nas demonstra!es financeirasapenas quando eles encontram rigorosos crit*rios de reconhecimento /'F( 344:"'(S# 344:.

    &omo anteriormente citados# em 344: a Federa!o 'nternacional de&ontabilidade /'F( 344: classificou os ativos intang$veis como capital humano#relacional e estrutural.7. CONSIDERA8ES 9INAISA;s a anlise de forma descritiva e visual# da origem e evolu!o dos significados do

    termo... (pLs a descri!o do processo de constru!o do conhecimento na mente

    humana... (pLs a vio epistemolLgica de diferentes disciplinas... (pLs oposicionamento do conhecimento enquanto ativo organizacional e# finalmente#apLs entender o novo conceito conhecimento como um dos elementos intang$veisdo capital intelectual# alcan!ouse o objetivo deste estudo de construir o estado daarte sobre o termo conhecimento para apoiar as discusses em torno do conceitoconhecimento organizacional Para tal foi realizada uma pesquisa qualitativamediante reviso sistemtica da literatura promovendo um amplo levantamento

    bibliogrfico e documental&omo os valores competitivos da Sociedade do &onhecimento so baseados em

    conhecimentos e prticas organizacionais inovadoras /E)SSB')" &(10(B8# =>>9onde a literatura acad,mica conclui ser estrat*gica a gesto dos ativos intang$veis por

    serem eles os elementos geradores e mantenedores de vantagens competitivas /PE1EY"F(A\# =>>5. &oncluise que# o conhecimento construido na mente humana pode e

  • 7/24/2019 Piaget e Vigotski Nas Organizaes

    14/17

    deve ser gerenciado plea organiza!o onde este indiv$duo trabalha para que agregue realvalor + organiza!o e seus produtos.

    Aas transformar a rela!o da empresa com a tang$bilidade da mo de obra parauma rela!o com o valor intang$vel dos ativos do conhecimento no * uma tarefasimples. &omo visto# os estudos relacionados aos ativos intang$veis so recentes#

    datando da dec. de :>. E# mesmo tendo sido tratado pela rea da contabilidade estes sLpassaram a receber aten!o das empresas quando o termo &apital 'ntelectual foicunhado e apontado como riqueza para o negLcio.

    Pelo resultado da pesquisa bibliogrfica# podese afirmar que os ativos doconhecimento que compem o capital intelectual agregam valor +s organiza!es#independente de dimenses temporais# conceituais# epistemolLgicas. &oncluise queganhos substanciais# dom$nio de mercado# marca diferenciada e destacado desempenho

    podem ser alcan!ados a partir da gesto do capital intelectual e seus ativos doconhecimento. &onhecimentos criados na mente humana e gerenciados pelaorganiza!o.

    Seguindo os subs$dios teLricos propostos por AeMer e SugiMama /=>>9 que

    afirmam ser complementares as dimenses do conhecimento personaliza!o/compartilhamento e codifica!o /armazenamento ] ajudaro a abordar oconhecimento organizacional como processo e como produto. (o perceber oconhecimento enquanto produto# a empresa poder mapelo e identificlo com mais

    preciso e agilidade. &omplementariamente# ao perceber o conhecimento enquantoprocesso# ser permitido + empresa gerencilo de maneira a diminuir os riscos da suatransfer,ncia e integra!o entre pessoas# entre sistemas ou entre pessoas e sistemas.

    RE9ER35# 344G.

    (PS2B7# -imitris" AE)2Y(S# ;regoris. EKperiences from noWledge managementimplementations in companies of the softWare sector. @usiness Process Aanagement >G

    @FF# B.8. Processo cognitivo de trabalho de conhecimento. 2ese /-outorado em (dministra!o J-epartamento de (dministra!o da 7niversidade do 1io ;rande do Sul. Porto (legre# =>>>.

    &(@1'2(# 1osrio. capital intelectual% a nova riqueza das organiza!es. 1evista -igital do 'nstitutode Forma!o @ancria. European -istance Education )etWor. >I. -ispon$vel em%^http%TTWWW.ifb.ptTpublicacoesTinfo]C9Tartigo>G]C9.htm_. (cesso em% 3= jun. =>>I.

    &(S2EBBS# A. 3444. ( sociedade em rede. San Pablo% Paz e 2erra. v.3. 539p.

    &8(7'# A. 'ntrodu!o da histLria da Filosofia# 0ol3% dos presocrticos a (ristLteles. So Paulo%&ompanhia das Betras# =>>=.

    &BB')S# 1. ?. 'mpact of information technologM on the process and performance of noWledgeWorers. Ainnesota# 7niversitM of Ainnesota# 344G.

    -(0E)P12# 2. 8." 3. -ispon$vel em% http%TTdoWbor.org_. (cesso em% =3T>:T=>33.

    -17&6E1# Peter F. Sociedade PLscapitalista. So Paulo% Pioneira# 344G

  • 7/24/2019 Piaget e Vigotski Nas Organizaes

    15/17

    E)SSB')# S. 1." &72')8# '. ;." 1E')(# -." 10E1# S." 1'2(# &.. ;rau de intangibilidade eretorno sobre investimentos% um estudo entre as 5> maiores empresas do $ndice @ovespa. &i,ncias Sociaisem Perspectiva /'mpresso# v. :# p. 3>3433:# =>>4.

    F'(B8# P. (. F." P)&8'1BB'# .. ;esto estrtegica do conhecimento como parte empresarial.1evista Fae# FlorianLpolis# v. :# n. 3# p.3=93G:# 3 jun. =>>C.

    FB(0EBB# 3.

    B71'(# (.1. c*rebro humano e a atividade consciente. 'n% 0';2S6''# B.S" B71'(# (.1."

    BE)2'E0 # (.). /org Binguagem# -esenvolvimento e (prendizagem. So Paulo% cone. Editora da7niversidade de So Paulo# 34::. P. 343 ==I

    A(1R# 6. &apital% ( &ritique a Political EconomM. 0ol '''. Part ''. 2he Process of &apitalist Productionas a ?hole. )eW Dor% &osimo 'nc# =>>9

    A'BBE1# P." FB(0EBB# >3

    ))(6(# '" 2D(A( 1." 8'1(2(# 2.. Aanaging FloW% ( Process 2heorM of the 6noWledge@asedFirm. )eW Dor % Palgrave AacAillan# =>>:

    ))(6(# 'ujiro. ( empresa criadora de conhecimento. 'n% S2(16ED# 6. /org. &omo as rganiza!es(prendem. So Paulo% Futura# 3449.

    ))(6(# 'ujiro" 2(6E7&8'# 8irotaa. &ria!o de conhecimento na empresa% como as empresasjaponesas geram a dinmica da inova!o. 5. ed. 1io de >3.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Computer_Visionhttp://en.wikipedia.org/wiki/Computer_Visionhttp://en.wikipedia.org/wiki/Computer_Visionhttp://en.wikipedia.org/wiki/Computer_Vision
  • 7/24/2019 Piaget e Vigotski Nas Organizaes

    16/17

    P(&8E 1. " F1E'1E# P. S. " 2S2(# [email protected].. EKperi,ncia multi e interdisciplinar do Programa dePLs;radua!o em Engenharia e ;esto do &onhecimento da 7FS&. 'n% (rlindo Philippi

    SPE)-E1# =.

    S2E?(12# 2homas (. &apital intelectual% a nova vantagem competitiva das empresas. 9. ed. 1io.=>33.

    SP()8B# Fernando 3.

    http://lattes.cnpq.br/9455035806392096http://www.sveiby.com/portals/0/articles/MeasureIntangibleAssets.htmlhttp://lattes.cnpq.br/9455035806392096http://www.sveiby.com/portals/0/articles/MeasureIntangibleAssets.html
  • 7/24/2019 Piaget e Vigotski Nas Organizaes

    17/17

    0D;2S6D# B.S. Aind in SocietM J 2he development of 8igher psMchological processes. &ambridgeA(% 8arvard 7niversitM Press# 349: