pH e Acidez Titulável
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
pH e acidez titulável
FEIRA DE SANTANA - BA
MAIO DE 2012
Relatório de atividade experimental para avaliação parcial da disciplina Análise Físico Química, ministrada
pelo prof. Dr. Luiz Severo.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
pH e acidez titulável
Enne Carolinne Amorim
Igina Carvalho da Silva
Kleyse Mirelle Vieira
Malaine Ferreira Magalhães
FEIRA DE SANTANA - BA
MAIO DE 2012
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Sumário
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................4
2 .OBJETIVO.............................................................................................................................6
3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS.......................................................................................7
3.1 - Material..........................................................................................................................7
3.2 - Equipamentos:..............................................................................................................7
3.3 – Substâncias..................................................................................................................7
3.4 – Alimentos utilizados para análise..............................................................................7
4 . MÉTODOS............................................................................................................................9
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES......................................................................................10
5.1 Resultados.....................................................................................................................10
5.2 Discussões.....................................................................................................................11
6. CONCLUSÃO......................................................................................................................13
7. REFERÊNCIAS...................................................................................................................14
![Page 4: pH e Acidez Titulável](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082319/557201e84979599169a29791/html5/thumbnails/4.jpg)
1. INTRODUÇÃOOs ácidos orgânicos presentes em alimentos influenciam o sabor, odor,
cor, estabilidade e a manutenção de qualidade (CECCHI, 2003). A
determinação de acidez pode fornecer um dado valioso na apreciação do
estado de conservação de um produto alimentício. Um processo de
decomposição, seja por hidrólise, oxidação ou fermentação, altera quase
sempre a concentração dos íons de hidrogênio. Os métodos de determinação
da acidez podem ser os que avaliam a acidez titulável ou fornecem a
concentração de íons de hidrogênio livres, por meio do pH (INSTITUTO
ADOLFO LUTZ, 1985).
De acordo com CECCHI (2003) A acidez total titulável é a quantidade de
ácido de uma amostra que reage com uma base de concentração conhecida. O
procedimento é feito com a titulação de uma alíquota de amostra com uma
base de normalidade conhecida utilizando fenolftaleína como indicador do
ponto de viragem. A base de cálculos é realizada através da expressão:
N° de mols do ácido = N° de mols da base
Mbase. Vbase = mácidoMM ácido
E segundo HARRIS (2008), principalmente em casos que não é possivel
visualizar o ponto final do procedimento, pois os indicadores muitas vezes não
são possíveis de ter sua alteração de cor detectável já que a amostra é colorida
utiliza-se da potenciometria ou titulação potenciométrica, que é um método de
análise química quantitativa com o objetivo de obter informações sobre a
composição de uma solução, através da medição das diferenças de potencial
da célula galvânica (reação química espontânea que gera eletricidade) (Harris,
2008). Isso se dá graças a um eletrodo indicador conectado ao potenciômetro
(aparelho medidor de diferença de potencial) que vai medindo a voltagem na
medida em que é adicionado o titulante. Este sistema requer o uso deeletrodo,
que é utilizado para medições de pH. O sinal medido é dado pelo valor do pH,
pois à medida em que este varia, a diferença de potencial elétrico também
varia e este é fornecido pelo pHmetro (O qual é o potenciometro utilizado). Na
medida em que o titulante é adicionado, um valor de pH é fornecido pelo
pHmetro.
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Já a análise da concentração de íons de hidrogênio livres, por meio do
pH é feita diretamente, através de um pHmetro ou usando o papel tornassol. O
pHmetro consiste em um eletrodo que é acoplado a um potenciômetro –
aparelho que mede a diferença de potencial. Em resumo, o pHmetro permite
converter o valor de potencial do eletrodo em unidades de pH. Ao ser
submerso na amostra, o eletrodo gera milivolts que são convertidos para uma
escala de pH. O papel tornassol é um papel indicador embebido com uma
tintura orgânica que muda de cor na presença de ácidos e de bases. A
diferença entre os dois é que o pHmetro determina o pH de forma quantitativa,
indicando a leitura do valor exato do pH do analito, enquanto o papel tornassol
apenas indica a natureza do meio através de uma faixa de pH entre 1 e 14
( escala < 7 meio ácido, = 7 meio neutro e > 7, meio alcalino).
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2 .OBJETIVO
Objetivo Geral
Determinação do pH e acidez titulável.
Objetivo Específico
Determinar o pH do amido de milho e da farinha de mandioca e
determinar a acidez titulável em refrigerante sabor cola e cerveja.
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3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
3.1 - Material
- Pipetas graduadas (10 mL)
- Béquer (100 mL)
- Espátula
- Erlenmeyer ( 250 mL )
- Bureta
- Bastão de vidro
- Proveta
- Placa de aquecimento
3.2 - Equipamentos:
- pHmetro DM-20 (Digimed)
- Balança Analítica
3.3 – Substâncias
- NaOH – 0,1 N
- Fenolftaleína
3.4 – Alimentos utilizados para análise
- Amido
Marca: Maizena
Lote nº GG
Data de validade: 01/10/11
Peso: 500g
- Farinha de Mandioca
Marca: Bahiana
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Lote: 000-03
Data de Fabricação: 08/03/10
Data de Validade: 09/10 (180 dias)
Peso: 1 Kg
- Cerveja
Marca: Bohemia (Pilsen)
Lote: Jp15:14
Volume: 350 mL
23/08/10 (Não havia identificação se seria data de validade ou fabricação)
- Refrigerante
Marca: Coca-cola
Lote: 5 00;55P 23/03/11
Data de Validade: 23/09/11
Volume: 350 mL
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4 . MÉTODOS
1ª Etapa – pH em farinha de mandioca e amido de milho
Foram preparadas duas amostras de 10g cada (farinha de mandioca e
amido de milho) em frascos erlenmeyer de 250 mL, preenchendo com um
volume de 100 mL de água recém-fervida. Agitou-se até formar uma
suspensão uniforme, logo após continuou-se com agitação ocasionalmente
durante 30 minutos. Após a agitação os erlemeyers foram postos em repouso
por 10 minutos, o líquido sobrenadante foi transferido para um béquer seco e,
por fim, o pH foi medido com o auxílio do pHmetro.
2ª Etapa – Acidez titulável em refrigerante e cerveja
Foram preparadas amostras de refrigerante e cerveja em frascos
erlenmeyer de 125 mL, cada frasco contendo 10 mL da amostra e 40 mL de
água recém-fervida, havendo assim uma diluição de 5x para que a cor da
amostra se tornasse clara o suficiente, sendo possível visualizar o ponto de
viragem. Logo após agitou-se bastante a solução com ligeiro aquecimento para
eliminar ao CO2 contido no meio, Foram adicionadas 5 gotas de fenolftaleína
em cada solução preparada e titulou-se com uma solução de NaOH 0,1 N
padronizada até ser atingida uma coloração levemente rósea (ponto de
viragem).
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1 Resultados
1ª Etapa
Medidas de pH da farinha de mandioca e amido de milho (pHmetro)
Amido de milho = 5,38
Farinha de mandioca = 5,01
2ª Etapa
Cálculo da acidez titulável (para o refrigerante e a cerveja)
% de ácido = (V x N x f x PE / Vamostra) x (100 / 1000)
V = volume de NaOH gasto na titulação
N = normalidade da solução de NaOH = 0.1 N
f = fator da solução de NaOH padronizada = 0,965295
PE = peso equivalente do ácido
Cálculo da acidez titulável do refrigerante
Principal ácido constituinte: Ácido Fosfórico (H3PO4)
Volume da amostra: 10 mL = 0,0100 L
Volume gasto na titulação: 1,34 mL = 0,00134 L
Massa Molecular do H3PO4 = 98 g/mol
Número de H ionizáveis no H3PO4 = 3
Peso equivalente = MM/n° de H ionizáveis = 98 / 3 = 32.6667
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% de ácido = (V x N x f x PE / Vamostra) x (100 / 1000)
% de ácido = (0,00134 x 0,1 x 0,965295 x 32,6667 / 0,0100) x (100 / 1000)
% de ácido = 0,042%
Cálculo da acidez titulável da cerveja
Principal ácido constituinte: Ácido Ferúlico ( C10H10O4)
Volume da amostra: 10 mL = 0,0100 L
Volume gasto na titulação: 1, mL = 0,001 L
Massa Molecular do ( C10H10O4) = 290 g/mol
Número de H ionizáveis no ( C10H10O4) = 10
Peso equivalente = MM/n° de H ionizáveis = 290/10 = 29
% de ácido = (V x N x f x PE / Vamostra) x (100 / 1000)
% de ácido = ( 0,001 x 0,1 x 0,965295 x 29 / 0,0100 ) x (100/1000)
% de ácido = 0, 023 %
5.2 Discussões
1ª Etapa
Na análise do PH do amido de milho e farinha de mandioca foram
encontrados pH de 5,38 e 5,01; respectivamente. Sendo que a equipe não fez
a análise do pH do amido de milho pois não havia mais água destilada recém
fervida, sendo o resultado originado por outra equipe. Analisando os valores
encontrados, esses indicam um pH ligeiramente ácido. Não havendo
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informação encontrada na legislação sobre os valores de pH, SOUZA (2008)
diz que ao fazer análises da variabilidade físico-química da farinha de
mandioca foram encontrados valores de pH entre 4,53 a 4,95. Os valores estão
próximos ao encontrado neste experimento, se encaixando como adequados
ao tipo de alimento. Como o amido é um homopolissacarídeo naturalmente
neutro, o valor encontrado para a farinha de mandioca indica que este alimento
é considerado levemente ácido.
2ª Etapa
A partir da titulação do refrigerante sabor cola, obteve-se uma acidez de
0,042%. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
na Portaria 544 de 16 de novembro de 1998, artigo II, o teor mínimo de acidez
em refrigerantes de sabor cola é de 0,065, não constando o valor máximo.
Pode – se, então observar que o valor encontrado com a cidez titulável
encontra-se abaixo do teor mínimo permitido. Sendo assim, o refrigerante
estaria em desacordo com a legislação vigente, porém, o valor encontrado não
pode ser tomado como totalmente confiável, já que a titulação foi realizada
apenas uma vez e não em triplicata, como deveria, isso se deu pela falta de
água recém-fervida no laboratório onde o experimento foi realizado.
A falta de repetibilidade da titulação também foi observada na amostra
da cerveja pelo mesmo motivo já citado acima. A partir da titulação desta foi
obtido um valor de 0,023% de acidez. Já que na legislação brasileira não existe
nenhuma menção para uma acidez máxima ou pH permitidos para cervejas, o
resultado não pôde ser enquadrado como adequado à legislação vigente.
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6. CONCLUSÃO
Os dados não puderam ser obtidos com precisão devido à escassez de
alguns materiais no laboratório. Mas, o propósito do experimento em aprender
a analisar a acidez titulável e o valor do pH nesses alimentos por ambos os
métodos foi alcançado e é de suma importância, visando à segurança
alimentar, já que os níveis de acidez podem indicar não só a qualidade
sensorial do alimento como também a suscetibilidade deste à contaminação
por microorganismos variados. Foi observado então que estes procedimentos
eficazes para a análise físico-química do alimento.
![Page 14: pH e Acidez Titulável](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022082319/557201e84979599169a29791/html5/thumbnails/14.jpg)
7. REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria nº 544,
de 16 de novembro de 1998. Regulamentos Técnicos para Fixação dos
Padrões de Identidade e Qualidade, para refresco, refrigerante, preparado ou
concentrado líquido para refresco ou refrigerante, preparado sólido para
refresco, xarope e chá pronto para o consumo. Diário Oficial [da República
Federativa do Brasil], Brasília, 17 nov. 1998.
CECCHI, Heloisa M. (2003). Fundamentos teóricos e práticos em análise de
alimentos. 2ª edição revista – Campinas, SP – Editora da Unicamp.
HARRIS, Daniel C. (2008). Análise Química Quantitativa. 7ª edição – Rio de
Janeiro – Editora LTC.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. v. 1:
Métodos químicos e físicos para análise de alimentos, 3. ed. São Paulo:
IMESP, 1985. p. 25-26.
SOUZA, J. M. L; et al. Variabilidade físico-química da farinha de mandioca.
Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 28(4): 907-912, out.-dez. 2008. Disponível
em: <http://www.scielo.br/pdf/cta/v28n4/a22v28n4.pdf> Acesso em: 08/05/12