PGRS_JMC_Marmore
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Documento confidencial – 043/2014 Brasília, 26/10/2014.
Fone(s): (61) 3263-7492 – 9906-6797 [email protected]
Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos
(PGRS)
JMC MARMOREBEGE LTDA. ME.
Ourolândia BA
Outubro/2014
Documento confidencial – 043/2014 Brasília, 26/10/2014.
Fone(s): (61) 3263-7492 – 9906-6797 [email protected]
1) IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E RESPONSABILIDADE PELA
ELABORAÇÃO
2) INTRODUÇÃO
A JMC Marmorebege ocupa uma área de aproximadamente 5.650 m², sendo 1.934 m² de
área construída. No local encontram-se galpões semi abertos, escritório, refeitório,
banheiros e outras construções, conforme descrito no memorial descritivo. Na data da
vistoria técnica estava sendo construído um novo refeitório com copa, para dar mais
conforto aos trabalhadores.
O PGRS (Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólido) é um programa que busca
minimizar a geração de resíduos na fonte e encontrar alternativas para seu descarte, com
o mínimo de impacto ao meio ambiente. É um programa que identifica os tipos de
resíduos gerados, aponta e descreve as ações necessárias referentes à produção,
manejo e destinação dos resíduos produzidos, contemplando os aspectos referentes à
minimização na geração, segregação, acondicionamento, identificação, coleta,
armazenamento temporário, transporte e tratamento interno, coleta, armazenamento,
transporte e tratamento externo e/ou disposição final.
Razão social: JMC Marmorebege LTDA. Me. CNPJ: 17.758.795/0001-02
Nome fantasia: JMC Marmorebege
Endereço: Fazenda Nova Floresta, Povoado de Caes, Zona Rural,
Ourolândia-Ba
Responsável pela elaboração do PGRS: Ricardo Almeida Castanheira
CREA-DF 10.804/D e CRE-DF 5.127/D
Responsável Legal: Ruteleia de Lima e Silva
CNAE da Atividade: 23.91-5-03
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3) OBJETIVOS
O PGRS é um documento necessário e exigido para a obtenção do licenciamento
ambiental da JMC Mármore, que é baseado nos princípios da não geração e/ou da
minimização da geração de resíduos, que objetiva Identificar a empresa geradora e os
tipos de resíduos produzidos, para minimizar sua geração de resíduos na fonte,
controlar e reduzir riscos ao meio ambiente e assegurar o correto manuseio e disposição
final, em conformidade com a legislação vigente.
4) LEGISLAÇÃO VIGENTE
NORMAS LEGAIS REGULAMENTAÇÃO Lei nº 12.305/10 Decreto
7.404/10 Política nacional de resíduos sólidos
Lei nº 10.431/06 Decreto 11.235/08
Política Estadual de Meio Ambiente e de Proteção à Biodiversidade da Bahia
Lei 7.799/01 Decreto 7.967/01
Legislação Ambiental do Estado da Bahia
NBR 7.500 Transporte de produtos perigosos
NBR 7.501/83 Transporte de cargas perigosas
NBR 7.503/82 Ficha de emergência para transporte de cargas perigosas
NBR 7.504/83 Envelope para transporte de cargas perigosas. Características e dimensões
NBR 8.285/96 Preenchimento da ficha de emergência
NBR 8.286/87 Emprego da simbologia para o transporte rodoviário de produtos perigosos NBR 10.004/87 Resíduos sólidos – Classificação
NBR 10.005/87 Lixiviação de resíduos – Procedimento
NBR 10.006/87 Solubilização de resíduos – Procedimento
NBR 10.007/87 Amostragem de resíduos – Procedimento
NBR 11.174/89 Armazenamento de resíduos classes II (não inertes) e III(inertes)
NBR 12.235/92 Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos
NBR 13.221/94 Transporte de resíduos – Procedimento
NBR 13.463/95 Coleta de resíduos sólidos – Classificação
NR-25 Resíduos industriais CONTRAN nº 404 Classifica a periculosidade das mercadorias a serem transportadas Res. CONAMA Nº 06/88 Dispõe sobre a geração de resíduos nas atividades industriais
Res. CONAMA Nº 275/01 Simbologia dos Resíduos
Res. CONAMA Nº 283/01 Dispõe sobre o tratamento e destinação final dos RSS
Port.MINTER Nº 53/79 Dispõe sobre o destino e tratamento de resíduos
Dec.Federal Nº 96.044/88
Regulamenta o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos
Port .INMETRO No221/91
Aprova o Regulamento Técnico "Inspeção em equipamentos
destinados ao transporte de produtos perigosos a granel não incluídos em outros regulamentos.”
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5) IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS
No local existem tipos comuns de resíduos gerados, que são provenientes do escritório,
do refeitório e dos banheiros, que são basicamente, papéis, plásticos, resto de alimentos
e fezes. Os resíduos do refeitório e escritório passam por um processo de segregação,
que consiste na operação de separação dos resíduos por classe, conforme norma
ABNT NBR- 10.004 e são destinados e/ou acondicionados, de acordo com as NBR-
11.174/89 e NBR-12.235/87. As fezes são acondicionadas em fossa séptica. Outro
resíduo encontrado no local são os pedaços das chapas do mármore, chamado de
“cacos”, que ocorrem devido ao manuseio excessivo e/ou incorreto de algumas chapas,
durante seu transporte e/ou beneficiamento, que são danificadas e quebram em pedaços
não aproveitáveis. Assemelha-se aos resíduos da construção civil.
Mas o principal resíduo deste tipo de atividade é o que ocorre durante o beneficiamento
das chapas de mármore, que é a lama abrasiva. Ao chegar ao local, as chapas passam
por um processo de estucagem, onde as chapas são direcionadas para o preenchimento,
ao qual se utiliza uma resina. Finda essa primeira etapa é feito o levigamento, que é o
alisamento das chapas, criando superfícies planas e paralelas. Após o alisamento é feita
a resinagem, que consiste em direcionar as chapas para o preenchimento das
imperfeições. Após o preenchimento com resina, as chapas passam por um período de
secagem e após secas, são polidas, que é uma ação que tem por objetivo dar brilho ao
mármore. Após todos esses processos, é gerado o principal resíduo desta atividade, que
é a lama abrasiva.
Basicamente são utilizados 4 produtos no beneficiamento realizado pela JMC: resina de
poliéster orto-tereftálica, diluída em monômero de estireno; catalisador, que é um peróxido
orgânico, oxidante e corrosivo; pigmento de dióxido de titânio e; cobalto, diluído em
solventes alifáticos. A maior toxicicidade ocorre devido à presença do estireno, que é um
líquido incolor, com cheiro doce, que evapora facilmente e que pode ser encontrado no ar,
na água e nos solos, logo após sua liberação no ambiente. No ar é rapidamente
degradado, geralmente em um ou dois dias e evapora em solos rasos e em águas
superficiais e, quando permanece no solo ou na água pode ser degradado por bactérias
ou outros microorganismos, não sendo para tanto, acumulado em animais.
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A exposição ao estireno, quando repetida e prolongada, pode causar reações adversas à
saúde, como: náusea, perda de apetite, depressão do Sistema Nervoso Central e
fraqueza generalizada. O estireno é considerado de toxicidade aguda por inalação ou
contato direto e, pela Agência Internacional de pesquisa do Câncer como possível
carcinógeno. Pode ainda causar irritações nas mucosas e nos olhos, assim como
distúrbios gastrointestinais, enquanto que o contato em longo prazo tem como efeitos
crônicos uma variedade de desconfortos, incluindo dores de cabeça, neuropatia fadiga,
fraqueza, depressão e periféricos.
Nos resíduos gerados após o polimento, existe uma a alta concentração de estireno na
massa bruta e no produto lixiviado. Esses produtos que sobram do processo devem ser
tratados adequadamente, porque se forem despejados diretamente em um recurso
hídrico, poderão ocasionar seu assoreamento e/ou turbidez, que podem afetar
diretamente a biota local, além de contaminar o lençol freático, contaminar o solo, poluir a
atmosfera, desfigurar a paisagem e causar danos à saúde. Em virtude disso algumas
medidas devem ser tomadas para evitar que o estireno lixivie e/ou percole para o
ambiente e essas medidas são adotadas pela JMC, que faz um tratamento e destinação
adequado da lama abrasiva.
5.1) RESÍDUOS GERADOS
5.2.1) RESÍDUOS:
Fonte Geradora Principais Resíduos Gerados
Setor Administrativo - Papel reciclável e não reciclável;
- Plásticos diversos;
- Metálicos diversos;
- Resíduos orgânicos.
Beneficiamento do Mármore - Rejeito/lama vindo do polimento;
(Produção) - Resíduos da varrição/limpeza;
- Resíduos poda/corte de vegetação;
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- Resíduos metálicos e plásticos contaminados
com produtos químicos;
- Estopas;
- Lâmpadas;
- EPI’s contaminados;
- Resíduos produção – cacos de chapas, pó de
rocha;
- Resíduos orgânicos;
Pátios em construção - Materiais de construção civil;
- Resíduos metálicos;
- Resíduos da Varrição e limpeza.
5.2.2) CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
Conforme a resolução CONAMA 313/02 e a norma ABNT NBR 10.004/2004, já
mencionadas, os resíduos sólidos são resíduos nos estados sólido e semissólido,
resultantes das atividades industriais, domésticas, hospitalares, comerciais, agrícolas e de
serviços de varrição, aí incluindo os lodos, provenientes do tratamento d’água ou gerados
em equipamentos e instalações de controle da poluição, bem como determinados líquidos
que sejam inviáveis, dado às suas peculiaridades, o seu lançamento em redes públicas
de esgotos ou corpos de água, que exijam para isso soluções técnicas para essa
descarga.
Salienta-se que, os procedimentos inadequados de coleta, segregação, armazenamento,
transporte e disposição final de Resíduos Sólidos, podem acarretar riscos à saúde pública
e ao meio ambiente, aí compreendendo, danos ao solo, ao ar, e as águas superficiais e
subterrâneas. Assim, ao gerador do resíduo compete à responsabilidade pelo seu
gerenciamento desde a sua geração até a sua disposição final, o que inclui as seguintes
etapas:
- Redução e minimização da geração dos resíduos na fonte, adotando medidas de
prevenção da poluição, reciclagem e reuso dos resíduos gerados, e redução de sua
periculosidade;
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- Coleta segregada dos resíduos de acordo com suas características e
periculosidade, obedecendo a classificação determinada pela legislação;
- Acondicionamento e transporte adequados dos resíduos;
- Manutenção de áreas adequadas para depósito e armazenagem de resíduos,
conforme as normas vigentes;
- Tratamento e/ou disposição final dos resíduos na forma exigida pela legislação.
Abaixo, a tabela estabelece a classe dos resíduos que possam via a ser gerados
pela JMC:
Resíduos Gerados Classe
Rejeito de Polimentos IIA
Papel Reciclável e não Reciclável IIA
Metálicos Diversos IIA
Resíduos Orgânicos IIA
Resíduos de Limpeza IIB
Resíduos de Poda/Corte de Vegetação IIB
Plásticos IIA
Estopas I
Lâmpadas I e IIA
EPI’s Contaminados ou Usados I
Pó de Rocha IIA
Cacos de Mármores IIA
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5.2.3) QUADRO DE ANÁLISE
Natureza do
Resíduo
(sólido, líquido,
gasoso,
pastoso)
Descrição do Resíduo
Classe do
Resíduo
(NBR
10.004/2004)
Origem do
Resíduo
Quantid
ade
(L,Kg,T,
Unid)
Destinação
Final/Tratamento
Codificação
(NBR10.004/
2004 e Res.
CONAMA,
313/2002)
Tipo de
Resíduo
Método
adotado Empresa
Sólido* A001
Resíduo de
Restaurante
(restos de
alimentos)
Classe II A -
Não
perigosos/Não
inertes
Refeitório 32,66
kg/mês
Latões de
lixo(seletivo)
Coletado
pela
Prefeitura
Sólido/8 A006
Resíduo de
papel e
papelão
Classe II A -
Não
perigosos/Não
inertes
Escritório 32,66
kg/mês
Latões de
lixo(seletivo)
Coletado
pela
Prefeitura
Sólido/* A007
Resíduos de
plástico
polimerizado
Classe II A -
Não
perigosos/Não
inertes
Refeitório 32,66
kg/mês
Latões de
lixo(seletivo)
Coletado
pela
Prefeitura
Sólido** A011
Resíduos de
minerais
não-
metálicos
(lama)
Classe II A -
Não
perigosos/Não
Inertes
Galpão de
beneficiame
nto
2T/mês
Armazename
nto em Big
Bags
Transporta
do para
olaria
Sólido** A011
Resíduos de
minerais
não-
metálicos
(cacos)
Classe II A -
Não
perigosos/Não
Inertes
Galpão de
beneficiame
nto
200
kg/mês
Armazename
nto no pátio
Utilização
para
pavimenta
ção
* Para o cálculo da quantidade de resíduos de papel, plástico e material orgânico,
considerou-se uma produção de 0,350 Kg de lixo por pessoa por dia. Considerou-se
também a quantidade de 14 pessoas entre funcionários e empreendedores dando um
total aproximado de 98,0 kg/mês variando entre os três tipos mas, não na mesma
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proporção. No quadro acima foram consideradas as mesmas quantidade para todos para
uma melhor compreensão.
** Foi feito um laudo de classificação do resíduo, que segue anexo a este PGRS, cujos
produtos utilizados para o beneficiamento do mármore são os mesmos utilizados pela
JMC e este laudo classificou o resíduo - Pó de mármore com resíduo de estireno da
empresa como RESÍDUO NÃO PERIGOSO: Classe II A – não inerte, conforme a Norma
NBR 10004:2004 e normas de apoio.
6) ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO
Os resíduos do escritório e do refeitório são produzidos em baixa quantidade e são
coletados manualmente por um funcionário da empresa e armazenados em latões de lixo
separados (vide foto abaixo). A coleta do lixo no local é feita semanalmente pelo
município. Já os resíduos produzidos no banheiro, são acondicionados em uma fossa
séptica. Os cacos de mármore gerados são comumente utilizados como pavimentação,
tanto dentro como fora do próprio empreendimento, usados como ornamentação de casas
e calçadas por terceiros e também para fazer aterramentos de construções (vide foto
abaixo).
Foto 1. Latões de lixo específicos.
Foto 2. Cacos usados como pavimentação.
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Já a lama que é gerada após o beneficiamento do mármore, após passar pelos tanques
de decantação e secagem, será transportada até a bacia, que será toda impermeabilizada
com manta asfáltica, para a secagem final da lama, que após isso será acondicionada em
big bags, para posterior transporte para olarias, que irão utilizar o resíduo na fabricação
dos tijolos. Na data da elaboração deste PGRS a empresa que deverá receber esses
resíduos para a produção de tijolos é a “Lagoa do Peixe”, sediada em Jacobina-Ba. O
transporte desse resíduo será de responsabilidade da própria JMC.
Toda a mão de obra necessária a operacionalização do empreendimento é alocada na
própria cidade de Ourolândia estando constituída atualmente por 14 (quatorze)
funcionários.
Cabe destaque que os estucadores e os polidores mantêm um contato direto com os
resíduos. Os primeiros porque são eles que aplicam a resina nas chapas brutas de
mármore e os demais durante o processo de polimento. Apesar de a embalagem da
resina classificar o produto como não tóxico, todos os funcionários utilizam aventais, luvas
e máscaras (estucadores) para evitar o contato direto. Os EPI´s utilizados são: uniformes
adequados, emborrachados; óculos; luvas; máscaras; calçados fechados e abafador de
ruídos.
Este PGRS adota a codificação padrão de cores para os recipientes de acondicionamento
dos resíduos.
- Todos estes recipientes têm tampas que garantem sua vedação;
- São de material compatível ao resíduo nele depositado;
- São estanques;
- Apresentam resistência física a choques;
- São duráveis e compatíveis ao transporte que utilizado para sua remoção, em
termos de forma, volume e peso, a fim de evitar vazamento dos resíduos durante o
transporte.
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Acondicionamento de Resíduos em Tambores ou em Áreas Impermeabilizadas
Quando da utilização de tambores, recomenda-se o revestimento interno com sacos
plásticos. No caso dos resíduos semissólidos, por segurança, devem ser colocados dois
sacos plásticos. O tambor serve apenas para a contenção física do resíduo; a colocação
do saco plástico tem por finalidade evitar o contato com a superfície metálica do tambor,
impedindo qualquer eventual ação química.
Os tambores devem ser preenchidos somente até 95% do seu volume, e após o
enchimento, os sacos devem ser amarrados em sua extremidade. Os tambores devem
estar em bom estado de conservação, e devem ser fechados com tampas metálicas ou
plásticas com cinta metálica.
Da Responsabilidade de Acondicionamento do Resíduo Sólido
O Administrador do PGRS na área geradora dos resíduos e o Administrador do DTR
(Declaração de Transporte de Resíduos) são responsáveis por:
- Solicitar ao gestor do PGRS os recipientes necessários para o correto
acondicionamento das diferentes classes de resíduos;
- Vistoriar os recipientes de acondicionamento de resíduos quanto à ausência de
qualquer produto ou material no seu interior e quanto ao seu estado antes de sua
utilização;
- Certificar-se da procedência do recipiente e de que o mesmo não esteja
contaminado com outros resíduos e;
- Certificar-se de que os resíduos estão corretamente segregados antes de seu
acondicionamento.
Resíduos Classe I – PERIGOSOS
Por sua própria periculosidade, eles são acondicionados em contêineres, big-bags,
bombonas ou tambores metálicos, com tampa que garantam sua completa vedação,
utilizando-se da cor LARANJA para destacá-los.
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Resíduos Classe IIA e Classe IIB – NÃO PERIGOSOS
Estes resíduos são acondicionados em contêineres, big-bags, bombonas ou tambores
metálicos. Os recipientes são resistentes ao que se pretende e possuem tampas, que
garantem sua vedação. A lama proveniente do Polimento é aqui enquadrada, mas em
razão de ser o resíduo principal da indústria e, portanto, o de maior quantidade, será
armazenado e tratado em área distinta e impermeabilizada, devido ao risco de danos que
pode causar ao solo, lençol freático ou ao meio ambiente; para depois ser conduzida a
sua destinação final. Quando recicláveis, os resíduos são armazenados em cores
diferenciadas, como por exemplo, o AZUL para papel e o AMARELO para metais.
6.1) FREQÜÊNCIA DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Resíduos Gerados Freqüência Rejeito do Polimento Diária Papel Reciclável e não Reciclável Diária Metálicos Diversos Diária Resíduos Orgânicos Diária Resíduos de Limpeza Diária Plásticos Diária Estopas Semanal Lâmpadas Não Aplicável EPI’s Contaminados ou Usados Semanal Pó de Rocha Diária Cacos de Mármore Diária
6.2) QUANTIDADE MÉDIA MENSAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS
Resíduos Sólidos Quantidade Rejeito do Polimento 2 ton. Papel Reciclável e não Reciclável 2 quilos Metálicos Diversos 3 quilos Resíduos Orgânicos 2 quilos Resíduos de Limpeza 20 quilos Plásticos 4 quilos Estopas 2 quilos Lâmpadas Não Aplicável EPI’s Contaminados ou Usados 1 quilo Pó de Rocha 10 quilos Cacos de Mármore 200 kg
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7) COLETA INTERNA
O transporte interno dos resíduos sólidos é feito manualmente pelos funcionários do
polimento, que os transportam da fonte geradora para os latões e que, para realizar tal
ação utilizam os EPI´s adequados. As fezes são armazenadas em fossa séptica. Os
cacos das chapas, assim que surgem, são acumulados no pátio da empresa. Já a água
com a resina, vai para os tanques de decantação, passa para os tanques de secagem e
depois segue para bacia impermeabilizada, onde a lama abrasiva secará. Após isso essa
lama será colocada em big-bags que serão levados até os galpões, onde ficarão até
serem transportados para o caminhão.
8) TRATAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL
Qualquer manejo de resíduos em estabelecimentos industriais deve obedecer aos
critérios técnicos que conduzam à minimização do risco à saúde pública e que visem a
não degradação do meio ambiente. O principal resíduo da atividade desenvolvida na
JMC Marmorebege, que é a lama abrasiva proveniente do polimento das chapas de
mármore, deverá ser deslocado para os tanques de decantação, onde ficará até ser
transportado para os tanques de secagem e por fim até a bacia impermeabilizada. Após
secar completamente, a lama seca deverá ser colocada em big-bags e posteriormente
transportada até a empresa “Lagoa do Peixe”, em Jacobina, que dará destinação final aos
resíduos, que será a produção de tijolos.
Para o transporte desse material o empreendedor deverá preencher o formulário que se
encontra anexo a este PGRS e entregar uma cópia deste na Secretaria do Meio Ambiente
de Ourolândia-Ba. Atualmente no local já existem tanques de decantação construídos e
tanques de secagem (vide fotos abaixo). Ao lado deles será construída uma bacia de
secagem, que terá 10 x 5,5m e que será toda impermeabilizada com manta asfáltica, para
evitar quaisquer possibilidades de lixiviação de algum resíduo para o solo. A bacia de
secagem está descrita no memorial descritivo.
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Foto 3. Tanques de decantação existentes no local.
Foto 4. Local aonde serão construídos os tanques de
secagem, ao lado dos tanques de decantação.
8.1) DESTINAÇÃO E TRATAMENTO
Descrição do resíduo
Quantidade
(L,Kg,T,Unid)
Tratamento/Destinação Final
Codificação
(NBR10.004/2004
e Res. CONAMA,
313/2002)
Resíduo Método Empresa
A001
Resíduo de
Restaurante
(restos de
alimentos)
32,66 kg/mês Latões de
lixo(seletivo)
Coletado pela
Prefeitura
A006 Resíduo de papel
e papelão 32,66 kg/mês Latões de
lixo(seletivo)
Coletado pela
Prefeitura
A007
Resíduos de
plástico
polimerizado
32,66 kg/mês Latões de
lixo(seletivo)
Coletado pela
Prefeitura
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A011
Resíduos de
minerais não-
metálicos (lama)
2T/mês Armazenamento
em Big Bags
Transportado
para olaria
A011
Resíduos de
minerais não-
metálicos (cacos)
200 kg/mês Armazenamento
no pátio
Utilização
para
pavimentação
9) PROGRAMA DE REDUÇÃO NA FONTE GERADORA
A JMC Marmorebege possui maquinários novos, cujo nível de eficiência é muito alto,
reduzindo assim, o desgaste desnecessário das chapas, o que aumentaria a quantidade
de resíduos produzidos e os custos do processo. Em virtude disso é recomendável que
sejam feitas manutenções preventivas dos equipamentos, para manter o bom
desempenho e para que não hajam aumentos desnecessários e inesperados de produção
de resíduos.
Para os cacos das chapas, que ocorrem devido à quebra das mesmas, principalmente
durante o manuseio e/ou transporte, um método de redução os resíduos seria promover
treinamentos dos funcionários para lidar com o produto. Outra idéia seria a aquisição de
uma mesa de corte específica para o mármore, que possa viabilizar que a empresa
consiga reaproveitar pedaços quebrados das chapas e fazer produtos como por exemplo,
espacatos e soleiras.
Os papéis e plásticos podem ser reduzidos aumentando-se a conscientização tanto do
empreendedor quanto dos funcionários a respeito das questões ambientais. Como a
empresa já busca a implantação de um sistema de educação ambiental espera-se que
esta meta seja alcançada muito em breve.
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10) RECURSOS HUMANOS
Atualmente a empresa possui em seu quadro de funcionários, as seguintes pessoas:
CARGO/FUNÇÃO QUANTIDADES
POLIDORES 06
ESTUCADORES 02
AUXILIARES GERAIS 06
A indústria trabalha de segunda a sexta-feira em regime de 02 (dois) turnos diários,
sendo o primeiro cumprido das 7 h às 12 h e o segundo de 13 h às 17 h.
11) DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS PARA ADOÇÃO DE PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Os tipos de resíduos gerados não são considerados perigosos, mas deve haver um
cuidado em especial com a lama abrasiva, por se tratar de um resíduo que possui
quantidade considerável de estireno em sua composição. A JMC produz uma baixa
quantidade mensal deste resíduo, cerca de 2 toneladas. Devido a isso estima-se que o
transporte deste material até a olaria em Jacobina, seja feito a cada 7 (sete) meses. Na
empresa os funcionários já utilizam EPI´s, de maneira adequada, para não haver contato
com os resíduos e o tratamentos destes é feito em locais adequados, conforme já descrito
anteriormente neste programa.
Infelizmente o município ainda não conta com um aterro adequado para receber este tipo
de material e nem com olarias suficientes para atender a demanda. Uma alternativa viável
para a boa destinação destes resíduos seria a de a própria empresa adquirir um
maquinário que possa fabricar os tijolos. Alguns empresários da região já vem adotando
essa medida. Já foi cogitada hipótese de utilizar a lama para correção de acidez do solo
em propriedades rurais ou ainda para se fazerem telhados para prédios e residências com
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esse material, mas os estudos ainda são insuficientes para que possa se garantir a
qualidade necessário que garanta sua utilização.
Como a economia de Ourolândia é muito voltada para a extração e beneficiamento do
mármore, o que é atestado pelo grande número de empresas instaladas no local (9
pedreiras, 22 teares, 76 polimentos e outras), seria interessante que, se fosse possível,
que o poder municipal pudesse via a disponibilizar algum local adequado para descarte
dos resíduos produzidos pelos polimentos.
12) EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O principal meio de promover a educação ambiental na JMC Marmorebege é através da
conscientização de seus funcionários, quanto à importância do armazenamento correto
dos resíduos, disposição adequada, manuseio e redução das quantidades produzidas.
Estas informações e diversas outras estão descritas no Programa de Educação
Ambiental, que a JMC possui, cujo informações são repassadas aos funcionários,
periodicamente, que então transmitem este conhecimento para suas famílias e para a
sociedade em geral.
13) PLANO DE CONTINGÊNCIA
O PGRS busca especificar medidas alternativas para o controle e minimização de danos
causados ao meio ambiente e ao patrimônio quando da ocorrência de situações a
normais envolvendo quaisquer das etapas do gerenciamento do resíduo. No plano de
contingência consta: a forma de acionamento (telefone, e-mail, etc.), os recursos
humanos e materiais envolvidos para o controle dos riscos, bem como a definição das
competências, responsabilidades e obrigações das equipes de trabalho,e as providências
a serem adotadas em caso de acidente ou emergência. O plano de continência descreve
as situações possíveis de anormalidade e indica os procedimentos e medidas de controle
para o acondicionamento, tratamento e disposição final dos resíduos nas situações
emergenciais.
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14) PLANO DE MONITORAMENTO
Devido à simplicidade do sistema e a baixa quantidade produzida de resíduos o
monitoramento é feito pelos próprios funcionários e pelos donos da empresa. Assim que
for verificada uma quantidade suficiente de resíduos, para encher um caminhão, será
providenciada a retirada da lama abrasiva. A expectativa é que isto ocorra a cada 7
meses. Na data em que foi realizada a visita técnica para a realização deste programa
(24/10/2014) não havia um quantitativo de lama no local, que estivesse passível de ser
acondicionado e/ou transportado.
15) CRONOGRAMA
A retirada dos resíduos do escritório e do refeitório é feito semanalmente, pelo caminhão
da prefeitura; as fezes são retiradas da fossa séptica a cada seis meses e a lama tem a
previsão de ser retirada a cada sete meses do local, devido ao quantitativo que é
produzido atualmente .
16) ADMINISTRAÇÃO E RESPONSABILIDADE TÉCNICA
O PGRS e o correto gerenciamento dos resíduos, deve ser acompanhado através de
responsável técnico, devidamente registrado no Conselho Profissional, em conformidade
com o inciso IV do §2º, art.138 do Regulamento da Lei nº 7.799/01. O PGRS deve ser
atualizado sempre que ocorram modificações operacionais consideráveis, que resultem
na ocorrência de novos resíduos ou na eliminação destes e deverá apresentar novos
parâmetros de avaliação visando ao seu aperfeiçoamento contínuo.
17) POLÍTICA AMBIENTAL DA EMPRESA
a) Reduzir os impactos ambientais de suas atividades;
b) Melhoria contínua de processos e prevenção da poluição;
c) Comprometimento com o atendimento à legislação e normas ambientais aplicáveis;
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d) Comunicação, aos colaboradores, de todas as ações e atividades desenvolvidas pela
empresa, no que tange ao do ambiente de trabalho e às questões ambientais;
e) Promover e manter, de forma constante, programas educacionais junto aos seus
funcionários, que visem um comportamento adequado com relação ao meio ambiente;
f) Conscientizar seus trabalhadores da importância de prevenir a poluição gerada pela
empresa ao meio ambiente;
g) Reaproveitamento dos resíduos sólidos gerados pela empresa.
18) BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas . NBR 10.004/2004 – Resíduos
Sólidos -Classificação.
Barbosa J. F., ET all., Avaliação da utilização de lama abrasiva gerada no
beneficiamento de mármore e granito para a confecção de telhas de concreto,
Vitória-Es, maio 2013.
Calhau, Michele C. Costa ET all. Níveis de estireno nos resíduos industriais oriundos
da atividade de beneficiamento do mármore bege Bahia, nos municípios de
Jacobina e Ourolândia, COBESA, Julho/2010.
Conselho Nacional do meio Ambiente – Resolução CONAMA nº 307, de 05 de julho de
2002.
Conselho Nacional do Meio Ambiente – Resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de
2001.
Conselho Nacional do Meio Ambiente – Resolução CONAMA nº 313, de 29 de outubro
de 2002.
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CTR - Controle de Transporte de
Resíduos
Periodicidade:
Informações do gerador
Nome ou razão social CPF ou CNPJ
Endereço de retirada Polimento Data
Obs.: Este CTR deve ser entregue na Sec. do Meio Ambiente de Ourolândia-Ba
Tipo de resíduo Peso/volume Unidade
Lama Abrasiva
Pó de rocha
Cacos de mármore
Papel
Plástico
EPI´s contaminados ou usados
Volumosos (incluindo poda)
Outros (especificar)
Informações do transportador
Nome (PF) ou razão social (PJ)
CNPJ/CPF Inscrição municipal
Tipo de veículo Placa
Informações do destinatário
Nome ou razão social CPF ou CNPJ
Endereço de retirada
Assinaturas/carimbos
Gerador Transportador Destinatário
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