Página Aberta 9 - Biblioteca Virtual

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Arigo PÁGINA ABERTA Boletim Informativo da Divisão de Biblioteca Departamento de Relações Públicas e Atividades Culturais AL na 56ª Feira do Livro de Porto Alegre N.9 – Outubro/Dezembro 2010 A 56ª Feira do Livro de Porto Alegre, que ocorre no período de 29 de outubro a 15 de novembro de 2010, tem novamente a participação da Assembleia Legislativa. Em sua 10ª participação na Feira, a Assembleia Legislativa divulga trabalhos da área parlamentar e administrativa do Poder Legislativo, com lançamentos e distribuição de obras publicadas institucionalmente nos gabinetes dos deputados, das comissões técnicas, entre outros setores. Nesta edição, a Assembleia Legislativa tem um estande de 12 metros quadrados na Praça da Alfândega, em frente ao Memorial do RS, na Av. Sete de Setembro. Nas edições anteriores, o estande estava instalado na Rua da Praia, mas seu local foi alterado devido a obras na Praça, realizadas pelo Projeto Monumenta (programa de recupera- ção do patrimônio histórico do Ministério da Cultura). Entre as atividades programa- das, estão o lançamento da publicação “Juventude Rural”, do gabinete do deputado Heitor Schuch (dia 9, às 18h) e a entrega dos livros doados no Projeto “O Livro sobe ao Palco” às escolas da rede pública municipal e estadual (dia 8, às 16h30), além do lançamento da obra “Prêmio Lila Ripoll de Poesia: vencedores 2010”, também no dia 8, às 18h30. O público que visitar o estande poderá conferir serviços e produtos da Assembleia Legislativa, como a Biblioteca Virtual, espaço que permite acesso a pesquisas, documen- tos e imagens que retratam a história do Parlamento gaúcho. A meta é superar os números alcançados em 2009, em que mais de 6 mil pessoas visitaram o espaço, com distribuição de mais de 60 mil publicações institucionais. Nesta edição, soma-se, no atendimento do estande, a equipe da Escola do Legislativo. O primeiro Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais (BPMs), realizado pela Fundação Getúlio Vargas, entre o período de setembro a novembro de 2009, apresenta o perfil das instituições em todo o país. A pesquisa, divulgada pelo Ministério da Cultura, tem como principal objetivo auxiliar na melho- ria e valorização das bibliotecas públicas, no âmbito municipal, estadual e federal. No total, foram pesquisados 5.565 municípios brasileiros, sendo que em 4.905 as pesquisas foram realizadas no local para verificar a existência e condições de funcionamento das BPMs. O restante dos municípios, identificados sem bibliotecas entre 2007 e 2008, pelo Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, foram pesquisados por meio de contato telefônico, até janeiro deste ano. De acordo com o Censo Nacional, o número de municípios brasileiros que possuíam ao menos uma biblioteca aberta corresponde a 79%. Em 13% dos casos, as bibliote- cas estão em fase de implantação ou reabertura e, nos 8%, restantes, as instituições estão extintas, fechadas ou nunca existiram. O Ministério da Cultura, por intermédio da Fundação Biblioteca Nacional, com recursos do Programa Mais Cultura, em pareceria com as prefeituras municipais, trabalhará a favor da implantação ou reinstalação dessas bibliotecas. As BPMs receberão kits com acervo de dois mil livros, mobiliário, equipa- mentos e telecentros comunitários do Ministério das Comunicações. (Continua na página 2) Estande da Assembleia Legislativa ocupa novo espaço na Feira do Livro. Censo visa melhorias nas bibliotecas públicas Marcelo Bertani/Agência ALRS

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Arigo

PÁGINA ABERTABoletim Informativo da Divisão de Biblioteca Departamento de Relações Públicas e Atividades Culturais

AL na 56ª Feira do Livro de Porto Alegre

N.9 – Outubro/Dezembro 2010

A 56ª Feira do Livro de Porto Alegre, que ocorre no período de 29 de outubro a 15 de novembro de 2010, tem novamente a participação da Assembleia Legislativa. Em sua 10ª participação na Feira, a Assembleia Legislativa divulga trabalhos da área parlamentar e administrativa do Poder Legislativo, com lançamentos e distribuição de obras publicadas institucionalmente nos gabinetes dos deputados, das comissões técnicas, entre outros setores.

Nesta edição, a Assembleia Legislativa tem um estande de 12 metros quadrados na Praça da Alfândega, em frente ao Memorial do RS, na Av. Sete de Setembro. Nas edições anteriores, o estande estava instalado na Rua da Praia, mas seu local foi alterado devido a obras na Praça, realizadas pelo Projeto Monumenta (programa de recupera-ção do patrimônio histórico do Ministério da Cultura).

Entre as atividades programa-das, estão o lançamento da publicação “Juventude Rural”, do gabinete do deputado Heitor Schuch (dia 9, às 18h) e a entrega dos livros doados no Projeto “O Livro sobe ao Palco” às escolas da rede pública municipal e estadual (dia 8, às 16h30), além do lançamento da obra “Prêmio Lila Ripoll de Poesia: vencedores 2010”, também no dia 8, às 18h30.

O público que visitar o estande poderá conferir serviços e produtos da Assembleia Legislativa, como a Biblioteca Virtual, espaço que permite acesso a pesquisas, documen-tos e imagens que retratam a história do Parlamento gaúcho. A meta é superar os números alcançados em 2009, em que mais de 6 mil pessoas visitaram o espaço, com distribuição de mais de 60 mil publicações institucionais. Nesta edição, soma-se, no atendimento do estande, a equipe da Escola do Legislativo.

O primeiro Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais (BPMs), realizado pela Fundação Getúlio Vargas, entre o período de setembro a novembro de 2009, apresenta o perfil das instituições em todo o país. A pesquisa, divulgada pelo Ministério da Cultura, tem como principal objetivo auxiliar na melho-ria e valorização das bibliotecas públicas, no âmbito municipal, estadual e federal. No total, foram pesquisados 5.565 municípios brasileiros, sendo que em 4.905 as pesquisas foram realizadas no local para verificar a existência e condições de funcionamento das BPMs. O restante dos municípios, identificados sem bibliotecas entre 2007 e 2008, pelo Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, foram pesquisados por meio de contato telefônico, até janeiro deste ano.

De acordo com o Censo Nacional, o número de municípios brasileiros que possuíam ao menos uma biblioteca aberta corresponde a 79%. Em 13% dos casos, as bibliote-cas estão em fase de implantação ou reabertura e, nos 8%, restantes, as instituições estão extintas, fechadas ou nunca existiram. O Ministério da Cultura, por intermédio da Fundação Biblioteca Nacional, com recursos do Programa Mais Cultura, em pareceria com as prefeituras municipais, trabalhará a favor da implantação ou reinstalação dessas bibliotecas. As BPMs receberão kits com acervo de dois mil livros, mobiliário, equipa-mentos e telecentros comunitários do Ministério das Comunicações.

(Continua na página 2)

Estande da Assembleia Legislativa ocupa novo espaço na Feira do Livro.

Censo visa melhorias nas bibliotecas públicas

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ALRS

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Expediente

O Nordeste, por possuir o índice mais baixo de municípios com bibliotecas abertas, apenas 62%, é a região do Brasil que receberá mais kits do Governo Federal. Já o Sudeste apresenta o maior índice (92%).

O levantamento indica um total de 2,67 bibliotecas por 100 mil habitantes no Brasil, considerando as que estão em funcionamento. A Região Sul destaca-se por possuir o maior número de bibliotecas por habitantes (4,06), seguida do Centro-Oeste (2,93), Nordeste (2,23), Sudeste (2,12) e Norte (2,01).

O estado de Tocantins tem o melhor índice (7,7). Com um número significativamente menor, segue Santa Catarina (4,5), Minas Gerais (4,1) e Rio Grande do Sul (4,0). Os piores índices estão no Amazonas (0,70), Distrito Federal (0,76) e Rio de Janeiro (0,86).

Segundo o levantamento, 84% das BPMs são dirigidas por mulheres. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte, o número chega a 90%. A maioria possui nível superior (57%).

Programação cultural

Para o público que prestigia programações culturais, é importan-te ressaltar que a maioria das biblio-tecas (56%) oferece essa atividade. São disponibilizadas para o público oficinas e rodas de leitura, além da Hora do Conto (a mais frequente dentre as atividades).

Nordeste lidera consulta local

Por meio do Censo, consta-tou-se que a média de visitas às bibliotecas chega a 1,9 vezes por semana. O público que mais fre-quenta esses estabelecimentos encontra-se na Região Nordeste do país (2,6 vezes por semana), enquan-to as menores médias são das Regiões Sul e Sudeste (1,6 por semana). Roraima destaca-se por possuir uma população que visita as bibliotecas 4,1 vezes por semana. Já o Acre, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Sergipe estão em último lugar, com uma visita por semana. O público frequentador das bibliotecas municipais, em sua maioria, utiliza os estabelecimentos para realizar pesquisas escolares (65%).

Acessibilidade restrita Apenas 9% das BPMs

oferecem serviços para deficientes visuais. Esse número cai para 6%, quando os serviços especializados englobam as pessoas portadoras de necessidades especiais.

Maior informatização no Sul

A pesquisa revelou que 45% das bibliotecas do país têm computa-dores com acesso à Internet. O Sul concentra o maior percentual (65%), enquanto o Norte tem o menor (20%). No entanto, em apenas 29% das BPMs do país, os usuários têm acesso direto à Internet. Mais uma vez o Sul lidera este item (45%), enquanto o Norte tem a menor

quantidade (15%).

Sistema Estadual apóia ações no Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, o responsável por desenvolver as atividades de planejamento, coorde-nação, supervisão e apoio às biblio-tecas públicas é o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Rio Grande do Sul (SEBP-RS), criado em 24 de dezembro de 1981, pelo decreto nº 30.497. De acordo com dados atualizados até setembro de 2010 pelo SEBP-RS, existem 512 bibliotecas públicas municipais e estaduais em atividade no Rio Grande do Sul, enquanto três estão em formação, quatro paralisadas e apenas um município não possui biblioteca municipal. Os municípios que apresentam o maior número de bibliotecas são Porto Alegre (11) e Rio Grande (5).

52ª Legislatura (2007-2011) - Mesa Diretora/2010Dep. Giovani Cherini, Presidente; Dep. Marquinho Lang, 1º Vice-Presidente;

Dep. Nelson Härter, 2º Vice-Presidente; Dep. Pedro Westphalen, 1º Secretário; Dep. Luis Augusto Lara, 2º Secretário; Dep. Paulo Brum, 3º Secretário; Dep. Adão Villaverde, 4º Secretário.Superintendente-Geral: Hermes Teixeira da Rosa; Superintendente de Comunicação Social: Carlos Henrique Esquivel Bastos; Diretor do DRPAC: Luiz Carlos Barbosa da Silva; Coordenadora da Divisão de Biblioteca: Sônia D. S. Brambilla.

PÁGINA ABERTAE-mail: [email protected]

Site: www.al.rs.gov.br/biblioteca Fone: (51)3210-2983

Jornalista responsável: Luiz Carlos Barbosa da Silva – MTB 5667.

Projeto: Júlia Wiener; Estagiária: Luciana Penna Rey.

Os artigos assinados refletem a opinião de seus autores.

Região Sul tem mais bibliotecas por 100 mil habitantes

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Biblioteca Pública do Estado é sede do Sistema.

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Perfil

Paixão Côrtes

C o n s u l t e a s publicações de Paixão Côrtes na Biblioteca da AL/RS, como “Bailon-go: livre de marca e sinal”, “Picoteios e Saracoteios do Folk Pampeano”, “Fandan-gueios Orelhanos”, “Danças Biriva do Tropeirismo Gaúcho”.

J o ã o Carlos D'Ávila Paixão Côrtes foi o escolhido para ser patrono da 56º Feira do Livro de Porto A l e g r e . O gaúcho é um p e r s o n a g e m d e c i s i v o n o m o v i m e n t o tradicionalista do Rio Grande d o S u l p o r recuperar traços importantes da c u l t u r a d o Estado. Junto com Barbosa Lessa, foi atrás das raízes de seu povo, cruzando a Argentina, Uruguai, Paraguai e Peru. Nascido em Santana do Livramento (fronteira do Brasil com Uruguai), no dia 12 de julho de 1927, Paixão Côrtes é folclorista, compositor, radialista e pesquisador. O tradicionalista ergueu, em 1948, o CTG 35 e, em 1953, fundou o primeiro conjunto folclórico “Tro-peiros da Tradição”. Também foi modelo do monumento Laçador construído, em 1958, pelo escultor pelotense Antônio Caringi. A estátua de bronze está instalada atualmente na rótula de entrada de Porto Alegre (em frente ao aeroporto Salgado Filho) e é considerada o principal símbolo da capital.

Em seus livros, Paixão

Côr t e s busca r e s g a t a r a s tradições folcló-ricas e apresentar as características do gaúcho. No entanto, também r e s s a l t a q u e sempre é possí-vel e interessante aprender diver-s a s c u l t u r a s . “Você tem que saber quem você é, mas também o que você pode aprender com os outros. A com-preensão huma-na leva à paz

universal”, filosofa. Ele publicou diversos livros que hoje são conside-rados clássicos da cultura gaúcha, como “Manual de Danças Gaúchas” (1956), “Danças e Andanças da Tradição Gaúcha” (1975), “Folclore Gaúcho: Festas, Bailes, Música e Regionalidade Rural”, entre outros.

Apaixonado pelo tradiciona-lismo, Côrtes realiza um amplo trabalho de divulgação da cultura gaúcha em palestras nas escolas, piquetes e CTGs, onde distribui gratuitamente seus livros. O comu-nicador também faz viagens pelo interior para pesquisar novos valores, onde lidera um processo de desenvolvimento da cultura regio-nal. Atualmente, desenvolve pesqui-sa sobre danças gaúchas para uma nova publicação.

Destaque

A cada momento, surgem alternativas criativas para estimular a leitura. Nesta edição, o boletim informativo Página Aberta apresen-ta algumas ações nesse sentido adotadas no país.

Maratona Literária em Porto Alegre

A Maratona Literária é organizada pela Coordenação do Livro e Literatura da Secretária Municipal da Cultura de Porto Alegre e tem por objetivo a forma-ção de novos leitores. O evento, pioneiro no Brasil, já foi finalista do prêmio Fato Literário em 2009. Mais informações: http://maratonaliteraria.blogspot.com

Multimídia em São Paulo

A Biblioteca de São Paulo foi concebida para apresentar a leitura como uma atividade prazero-sa. Entre as medidas adotadas estão: a organização de eventos culturais, a integração de mídias, oferta de jogos eletrônicos e Internet, além da literatura. Apoiada na tecnologia, a biblioteca dispõe de catálogo online, computadores, rede sem fio e terminal de autoatendimento. Mais informações: www.bibliotecadesaopaulo.org.br

Borracharia de Minas Gerais abriga biblioteca

Desde criança, Marcos Túlio Damascena planejava criar uma biblioteca comunitária na borracha-ria de seu pai, na cidade de Sabará, em Minas Gerais. O plano foi concretizado anos depois, com a criação da Borrachalioteca, que começou com apenas 70 livros e hoje tem quase dez mil obras. Reconhecida em todo o país e premiada duas vezes pelo governo federal, foi transformada em Instituto Cultural Aníbal Machado, que atualmente conta com mais três unidades no município. Mais informações: www.borrachalioteca.blogspot.com

Você sabia...

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Incentivo à leitura

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Com a palavra

Por uma cidade leitoraFrancisco Gregório Filho*

Criada no início de 2010, a Secretaria Pró-Leitura, do município de Nova Friburgo, no estado do Rio de Janeiro, impõe-se como desafio formar uma cidade leitora. Precisa e quer contribuir para ampliar e desen-volver uma sociedade mais criativa, sustentável e participativa, promo-vendo a leitura em suas múltiplas linguagens e transversalidade com outras áreas, como: meio ambiente, saúde, educação, turismo, empreen-dedorismo, como fonte de saber e prazer.

Desenvolver a leitura

Com a parceria da Cátedra UNESCO de Leitura – PUC-Rio e o apoio do Ministério da Cultura, a Secretaria propõe-se a desenvolver um modelo próprio de plano munici-pal de leitura, reunindo iniciativas existentes e por existir, sustentado pelo poder público e pela sociedade civil, mas principalmente, construído pelos habitantes e instituições públi-cas e privadas da cidade.

Pensar uma Secretaria voltada para a leitura numa cidade como Nova Friburgo, incrustada nas montanhas das serras do estado, segunda maior área urbana da região, importante pólo turístico e gastronô-mico, com uma população de 200 mil habitantes, formada por descendentes

de suíços, alemães, austríacos, italianos, espanhóis, libaneses, japoneses, portugueses, entre tantos, requer que se tenha como foco essa diversidade. Essa mistura que faz dali um lugar privilegiado, onde as muitas culturas convivem e tornam a cidade singular.

Que lugar reúne ao mesmo tempo uma queijaria escola e um jardim de esculturas feitas na terra e no limo a céu aberto, como o Jardim do Nêgo? Um lugar que é urbano, considerado destacado na indústria de moda íntima no estado e mesmo no país, e ao mesmo tempo favorece a prática de esportes radicais, como canoagem, montanhismo, rapel e trekking? Uma mistura de saberes e fazeres que faz de Nova Friburgo um lugar diferente e que, portanto, precisa que suas práticas e vivências sejam respeitadas em suas diferenças e ao mesmo tempo, apropriadas pelas políticas públicas para qualquer área.

Assim, entendemos que não se parte do zero na construção de uma política para a leitura e formação de leitores. Ao contrário, as experiências anteriores, as práticas em curso, o convívio com as demais áreas, como a cultura ou o meio ambiente, precisam ser levadas em conta e estimuladas. Ao mesmo tempo é preciso reconhe-cer as limitações das instâncias públicas e convocar a sociedade a engajar-se no movimento em prol de um programa que seja agregador das diferenças, potencializador do já existente, mas que favoreça as condições para o florescimento de novas práticas e novas abordagens nesse campo tão mágico e instigante que é o ato de ler.

A cidade é um convite à leitura. Ler as suas casas, suas ruas e praças, as montanhas que a transfor-mam num vale quando vista do alto. Ao gestor público cabe criar os meios e novas práticas que sirvam de exemplo e referência, e que tenham como pressuposto que a leitura é instrumento essencial para o exercí-

cio pleno da cidadania. Ainda em fase inicial de

implantação, com apenas alguns meses de funcionamento, a Secretaria deu início a ações diretas como: oficinas de contação de histórias e círculos de leitura, que são mobiliza-doras da sociedade e um convite àqueles que queiram juntar-se à Secretaria nessa empreitada.

Socializar acervos

A Secretaria tem como metas em desenvolvimento as seguintes ações: ampliar e socializar os acervos existentes; investir na capacitação de mediadores; incentivar o desenvolvi-mento da cadeia produtiva do livro e de outros suportes para leitura; promover o registro e documentação das experiências de promoção de leitores e empenhar esforços na difusão da leitura nas mídias e veícu-los de circulação do conhecimento.

Há no país experiências bem sucedidas no campo da leitura, que certamente vão balizar e orientar-nos no sentido da busca do caminho próprio de uma política de leitura na cidade de Nova Friburgo como: as Casas de Leitura implantadas no Acre; o Programa de Leitura de Vitória da Conquista, na Bahia; a Jornada de Leitura de Passo Fundo e tantas outras.

Promover a colaboração

Isso nos dá a certeza de não estarmos sozinhos nessa empreitada e contamos, esperamos e precisamos de toda a colaboração e ajuda para tecer uma teia de promoção de leitura capaz de tornar nosso país um país leitor.

* O escritor e narrador Francisco Gregório Filho exerce o cargo de secretário da Secretaria Pró-Leitura, de Nova Friburgo (RJ). É a primeira Secretaria Municipal do Brasil com foco especial na promoção do livro, leitura, biblioteca e conhecimento. Foi também secretário de Cultura do Acre e coordenador do Programa Nacional de Incentivo à Leitura, da Fundação Biblioteca Nacional e Ministério da Cultura.

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O secretário à sombra de uma jabuticabeira, onde são promovidos encontros literários

semanais.