PGD Barth Shoes

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Retratos de uma história

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Resultado do meu PGD, Projeto de Graduação em Design. Livro comemorativo dos 20 anos da Barth Shoes, marca de calçados femininos voltada para o público surfwear.

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Design do livro: Mariana Ruschel

Ilustrações: Mariana Ruschel

Autores do texto: Marcelo Chagas e Rodrigo Barth

Revisão: Andréa Ruschel

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Marcelo Chagase Rodrigo Barth

2010

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Meninas charmosas e de atitude, que são informadas sobre temas como moda, comportamento e sustentabilidade, interessadas em tecnologia, surf e design (e amam Barth Shoes) nem imaginam o longo caminho que a empresa trilhou até chegar aos dias de hoje. Fornecedores e lojistasque contribuíram para isso, também não. É por esse motivo que aqui resgataremos pontos marcantes da história da Barth. Eles foram divididos em quatro grandes momentos que representaram mudanças significativas para a empresa. São eles: 1991,1998, 2003 e 2008.

20 ANOS

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A Barth Calçados Ltda. é uma fábrica de calçados artesanais. Hoje está localizada em Novo Hamburgo (RS), o maior pólo calçadista da América Latina, e tem capacidade para produção de 500 pares/dia, e em torno de 50 funcionários. Mas nem sempre essa foi a situação...

Nesses 20 anos, a Barth passou por quatro fases que podem ser facilmente percebidas: mudança de endereço, posicionamento, números da produção, e a própria marca. Entretanto, o que nunca mudou foi sua característica artesanal, um dos seus grandes diferencias.

Hoje, os calçados que levam a assinatura Barth Shoes estão disponíveis nas principais lojas surfwear do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Além de, claro, estar sempre presente nos pés das fiéis consumidoras, que seguem as útlimas tendências: elegantes e delicadas até mesmo na beira da praia.

Para chegar até aqui, a Barth não esqueceu seus norteadores estratégicos. Visão, missão e valores não existem apenas no papel. Estão presentes nas atitudes da empresa e poderão ser conferidos a seguir.

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MISSÃOA Barth Shoes pretende ser referência em moda surfwear a nível nacional.

VISÃO

Desenvolver, produzir e comercializar produtos

diferenciados do segmento surfwear, superando

expectativas do consumidor e valorizando a marca.

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VALORES

Ética Transparência

Respeito Responsabilidade sócioambiental

Crescimento de colaboradores Crescimento sustentável

Compromisso com o desenvolvimento do surf

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Primeiros passos19

Ida para Novo Hamburgo

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ÍND

ICE

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33Mergulho no surfwear

45Planejando o futuro

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Pode-se dizer que a idéia Barth começou em 1988, quando Rodrigo Barth aprendeu a fazer calçados. Seu pai era dono de uma sapataria em Porto Alegre (RS), e após fazer alguns pares de botas para seus amigos, começou uma pequena produção local.

Nessa mesma época, Marcelo Chagas trabalhava com seu pai, representante comercial de algumas fábricas da região do Vale dos Sinos. A Barth foi a primeira fábrica conquistada por ele para ser representante, sem a ajuda do pai.

A produção de Rodrigo o fascinou porque, a partir dela, Marcelo pôde conquistar bons compradores. Além disso, ainda tinha a liberdade de alterar livremente os modelos que existiam, para personalizá-los de acordo com o cliente.

Em 1991, Rodrigo e Marcelo se tornaram sócios e fundaram a Calçados Barth Ltda.

Então, é assim que a nossa história começa...

Ao lado, a primeira sede da fábrica e os sócios.

PRIMEIROS PASSOSO início em Porto Alegre

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Uma vez firmada a sociedade, continuaram na busca por novos clientes e patrimônios. Marcelo vendeu seu carro (na época, seu único patrimônio) e instalaram a fábrica em uma casa de sua família em Porto Alegre. Fabricar na capital era um desafio, pois não havia mão-de-obra especializada e fornecedores de materiais para produção, somente existia em Novo Hamburgo.

A marca acabou ganhando destaque em boutiques que, na época, eram grandes formadoras de opinião, como Druska e Boutikão, por causa de seus projetos inovadores. Também ganharam divulgação sem custo para empresa, quando jornais e revistas usavam calçados Barth para compor looks no caderno de moda e tendência.

A característica marcante dos calçados Barth desde o princípio foi a ousadia para criar modelos diferenciados, com aparência arrojada. Por causa da falta de dinheiro para maiores investimentos, desde o início, exploraram a mistura de materiais diferentes em um mesmo salto ou cabedal.Ainda bem! Porque essa acabou por se tornar uma das principais características que permearam a aparência da marca ao longo de toda sua trajetória.

Nessa época, trabalhavam com oito funcionários e produziam apenas dois modelos de calçados ao ano: um para o verão e outro para o inverno.

Ao lado, momentos da produção na primeira fábrica.

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Primeira vez d

a

Barth na Revista ZH.

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Modelo feminino

para o verão.

A Barth também produzia calçados

masculinos.

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Em 1998, tornou-se inviável continuar a produção em Porto Alegre: aumentou o número de clientes e o número de modelos fabricados. Foi então que a fábrica foi transferida para um local mais amplo em Novo Hamburgo (RS), o maior pólo calçadista da América Latina.

Nessa época, mudaram a marca, com intenção de transmitir mais sofisticação. Haviam conquistado novas boutiques de importância no mercado do Rio Grande do Sul.

Em 1999 começaram a produzir para terceiros. As marcas para as quais produziam eram voltadas para o público jovem surfwear, como Mormaii e Cravo&Canela. Essa forma de produção ocupava até 90% da capacidade da fábrica.

Nesse período, aprenderam muito sobre desenvolvimento e produção de calçados, e que a qualidade é fundamental. Guardam como herança da época o hábito de revisar e calçar pares aleatórios, ações que garantem a qualidade.

IDA PARANOVO HAMBURGOProduzindo para terceiros

Ao lado, calçados desse período.

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Alguns calçados

marca própria.

Produção da nova fábrica.

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Destaque pela ousadia do salto

de madeira vazado.

Entrada da primeira

fábrica em NH.

Bota central:

Cravo e Canela,

produzida pela Barth.

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Em 2003, os sócios sentiram necessidade de investir mais na marca própria. Junto a isso, perceberam a carência do mercado surfwear, em ter uma marca feminina de calçados. As marcas que existiam eram focadas para o público masculino, com apenas alguns modelos para mulheres.

Superando os desafios iniciais, a Barth cresceu neste mercado, aumentou a produção e começou a fabricar somente a marca própria. Se antes, eram oito funcionários, nessa época já somavam cinquenta.

Houve um aumento significativo no número de modelos para cada estação.

Para essa aposta, o símbolo da marca foi modificado. Aos poucos, conquistaram lojas específicas para esse público e caíram no gosto das jovens adolescentes, até chegar ao ponto em que ter um calçado da marca Barth Shoes garantia status a quem usasse, tornando-se um objeto de desejo, de necessidade.

MERGULHO NO SURFWEARMudança de posicionamento

Ao lado, fachada da nova fábrica.

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Os calçados dessa época, traziam materiais diferentes os que o mercado apresentava. Os saltos (sempre plataforma ou anabela) chamavam a atenção das meninas: podiam ser de madeira (desde essa época, de reflorestamento) com formas de flor e borboleta, por exemplo. Esse modelo específico, inclusive, acabou por se tornar um grande sucesso, estando nos pés de todas as gurias, independentemente de sua classe social e possibilidades de investimento.

Os saltos de E.V.A. também conquistaram o público feminino, já que eram variadas possibilidades de cores e de listras disponíveis. Eles completavam o visual de qualquer situação: da escola às festas. Esse modelo ainda hoje é produzido.

Trocaram a equipe comercial e, para impulsionar as vendas, contavam com auxílio de alguns materiais de comunicação. As caixas para os calçados eram personalizadas com estampas que usavam a flor do símbolo da marca como tema.Além disso, promoviam ações para divulgar a marca junto às meninas que formavam o público-alvo. A promoção “Onde está o baú?” foi um grande sucesso e movimentou as gurias gaúchas que desejavam o prêmio: uma viagem para Itacaré (BA).

Outra ação, “Sorvete da Barth”: promotoras uniformizadas iam até as lojas e praias com um carrinho de sorvete personalizado com sabores de cores referentes aos calçados que se chamavam Sorvete.

Ao lado, a estilista Daniella Pinheiro.

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A Barth apoia

Thiara Mandelli,

e ela apoia a Barth.

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Para dar entrevistas,

atriz Giselle Policarpo

usa calçados Barth.

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E a produção

virou surfwear...

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45Salto

s bem

traba

lhado

s.Equipe de vendas

da época.

Linha de montagem.

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Operários da fábrica

em 2005.

Prontos para serem

embalados!

Almoxarifado:

vazio depois de

tanto sucesso!

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Tamanco da linha

Verão 2003.

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Hoje, a Barth conta com representantes nos seguintes estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.

Planeja aumentar sua atuação no mercado brasileiro atingindo outros estados que ainda não contam com representantes. Para conquistar esse mercado, pretende vender calçados de coleções anteriores pelo seu site. Não venderá as atuais, que estão nas lojas, porque o objetivo não é competir com os estabelecimentos em que os calçados da marca

são vendidos (nos quais ganha bastante destaque), mas reduzir as sobras de produção e atingir outros locais do Brasil.

Hoje, à cada coleção são produzidos cem modelos diferentes, variando saltos e cabedais. A capacidade da fábrica também aumentou: é possível produzir 500 pares de calçados por dia, mantendo a característica artesanal e os cuidados com os detalhes e acabamento.

PLANEJANDO O FUTURODe olho nas bodas de ouro

Ao lado, rasteirinha e materiais da linha Verão 2011.

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Para dar conta de toda a produção, o grupo de funcionários conta hoje com 65 pessoas da região do Vale dos Sinos (muitos vão trabalhar de bicicleta!), e ainda com ateliers de costureiras terceirizados, e de montadores de saltos.

A preocupação com a preservação do meio ambiente, a Barth não esquece. Todos os produtos são feitos com madeira reflorestada, e os funcionários recebem incentivos por economizar energia e materiais e descartar corretamente os restos deles.Valoriza o fato de ser brasileira, trabalhando apenas com maquinaria, materiais e mão de obra nacional.

O investimento em comunicação é constante, apesar de não ser a principal aplicação das finanças. Cada coleção tem um catálogo e outras peças, como: materiais para ponto-de-venda e site, com uma mesma identidade gráfica e conceito.

Sendo criada surfistas, e tendo seu posicionamento atual voltado para o surfwear, a Barth Shoes apoia uma atleta.A escolhida é Thiara Mandelli,longboard profissional, de 25 anos, que ocupa atualmente a quinta colocação no ranking nacional e a vice-liderança no Circuito Paranaense de Surf.

Novos modelos e produtos estão sendo pensados para complementar o leque de produtos Barth, que já conta com bolsas e carteiras desde 2008. Ao que parece, a estilista terá muito trabalho pela frente!

Com tanta coisa boa vindo por aí, a Barth vai precisar se mudar para um espaço ainda maior.

Ao lado, calçados Barth atuais.

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Sala de estilismo

da Barth.

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Os preferidos das

linhas Inverno 2010

e Verão 2011.

Três das ações

já realizadas.

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Diretor comercial: Marcelo Chagas

Diretor administrativo: Rodrigo Barth

Departamento Comercial: Simone Mendes de Paula

A Barth Calçados LTDA foi fundada no dia 20 de maio de 1991, por Marcelo Chagas e Rodrigo Barth.

A primeira fábrica estava localizada na Rua São Luis, nº 290, em Porto Alegre.

A segunda fábrica estava localizada na Rua General Schroeder, nº 15, em Novo Hamburgo.

Atualmente, funciona na Rua do Cedro, 369. No bairro Ideal, também em Novo Hamburgo.

Livro publicado em novembro de 2010.

As fotografias utilizadas nesse livro são do acervo da empresa.

Este livro foi composto na fonte Frutiger LT Std, em corpo 10pt/12pt,

e impresso em papel couché fosco 170g/m², com acabamento em Prolan em todas as páginas.

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