Petro Leo

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INSTITUTO EDUCACIONAL DE BELO HORIZONTE – CECON Curso Técnico em Petroquímica O Panorama Nacional do Petróleo: Sul e Sudeste Bruno Alyson Nascimento Camila Alves Brito Glauco Eleutério Pinto Izadora Moura Anjos Luane Pereira Araújo Lima Luiza Maria Lopes Dias Belo Horizonte

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INSTITUTO EDUCACIONAL DE BELO HORIZONTE – CECON

Curso Técnico em Petroquímica

O Panorama Nacional do Petróleo: Sul e Sudeste

Bruno Alyson Nascimento

Camila Alves Brito

Glauco Eleutério Pinto

Izadora Moura Anjos

Luane Pereira Araújo Lima

Luiza Maria Lopes Dias

Belo Horizonte

2014

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INTRODUÇÃO

As recentes e crescentes dificuldades para a garantia do abastecimento de derivados de petróleo no Brasil suscitam a busca de soluções de curto e longo prazo, as quais dependem de investimentos e incentivos visando à ampliação da oferta, à redução da demanda e à otimização da infraestrutura de logística das regiões SUL E SUDESTE. Pois estes cenários que preconizavam expectativas de autossuficiência, e mesmo de exportação de derivados, no horizonte de 2020.

A região Sul pode estar entrando definitivamente no mapa mundial de locais onde há exploração de petróleo. Segundo estudos solicitados pela Petrobras para a UFRGS, a 80 km de Rio Grande, mar a dentro, há um local com qualidade potencial de reservatório similar à Bacia de Campos do Rio de Janeiro, a maior reserva petrolífera brasileira. A região é conhecida como Cone do Rio Grande. É uma grande falha geológica surgida entre 7 e 15 mil anos atrás que fica, em média, a mil metros de profundidade.

A maioria das refinarias localiza-se próxima aos principais pontos produtores de petróleo, das cidades mais industrializadas e dos centros mais populosos. Essa é uma estratégia para reduzir os custos com deslocamento do produtor ao consumidor. No Brasil, por exemplo, há uma grande concentração de refinarias na Região Sudeste, pois essa é a porção mais industrializada, populosa e com os estados que mais produzem petróleo (Rio de Janeiro e Espírito Santo) no país.

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1- Localização das Bacias

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Bacia(s) sedimentar (es) da região sudeste:

Bacia Sedimentar do Espírito Santo: Está localizada ao longo do litoral

centro-norte do estado do Espírito Santo e o litoral do extremo sul do

estado da Bahia.  Apresenta-se mais desenvolvida na porção marinha

adjacente ao estado do Espírito Santo até o sul da Bahia. Na porção

terrestre ocupa uma estreita faixa alongada paralelamente à linha de

costa.

Potencial petrolífero: A bacia do Espírito Santo apresenta

campos petrolíferos de grande importância, com reservas significativas

de gás natural e óleo leve. Em terra, os campos têm volumes mais

modestos em relação à porção marítima da bacia.

Bacia Sedimentar de Campos – Está localizada entre a costa norte do litoral

do Rio de Janeiro e a costa sul do Espírito Santo e possui

aproximadamente 115.800,00 quilômetros quadrados. Seu limite, ao sul,

com a Bacia de Santos ocorre no Alto de Cabo Frio; ao norte, com a Bacia

do Espírito Santo, ocorre no Alto de Vitória.

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Potencial petrolífero: A Bacia de Campos é a maior província petrolífera

do Brasil, responsável por mais de 80% da produção nacional de petróleo,

além de possuir as maiores reservas provadas já identificadas e

classificadas no Brasil.

Bacia Sedimentar de Santos: uma bacia sedimentar localizada

na plataforma continental brasileira. Limita-se a norte com a Bacia de

Campos, através do Alto de Cabo Frio e, a sul, com a Bacia de

Pelotas através do alto de Florianópolis. Estende-se, portanto, desde o

litoral sul do estado do Rio de Janeiro até o norte do estado de Santa

Catarina.

Potencial petrolífero: localizam-se campos petrolíferos em produção e

grandes reservas por serem exploradas. Desde 2007 a Petrobras descobriu

importantes acumulações de petróleo e gás natural em águas profundas e

abaixo de uma espessa camada de sal. Estas descobertas estão em fase

de avaliação exploratória. Foram também descobertas pela Petrobras,

importantes acumulações de óleo leve em águas rasas.

Bacia(s) Sedimentar (es) da região sul:

Bacia do Paraná: A Bacia Geológica do Paraná, ou simplesmente Bacia do

Paraná, ou ainda Bacia Paranaica, é uma ampla bacia sedimentar situada

na porção centro-leste da América do Sul. A sua área de ocorrência

abrange, principalmente, o centro-sul do Brasil, desde o estado do Mato

Grosso até o estado do Rio Grande do Sul, onde perfaz cerca de 80% de

sua distribuição areal. Os principais recursos naturais extraídos na Bacia do

Paraná são: carvão mineral, água subterrânea, folhelho betuminoso e

materiais para construção civil e indústria de transformação. Outros

recursos encontrados na Bacia do Paraná são urânio e gás natural.

Potencial petrolífero: O potencial petrolífero da Bacia do Paraná ainda não

foi totalmente explorado, com uma média de um poço perfurado a cada

10.000 km² da porção brasileira da bacia, principalmente devido à grande

espessura de basaltos, que não só torna a perfuração de poços

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extremamente onerosa quanto prejudica a qualidade dos

levantamentos sísmicos, essenciais para a pesquisa de hidrocarbonetos.

CURIOSIDADE: Cerca de 70% da área das bacias sedimentares brasileiras

estão localizadas no interior do país. Já as que se localizam na região costeira

totalizam cerca de 30%. E, atualmente, nove das bacias sedimentares

brasileiras totaliza cerca de 1 645 330 km² (25,6% da área total), são

produtoras de petróleo.

2- Capacidade (ou volume) de Produção

O Brasil tem 12 refinarias de petróleo com uma capacidade, de

processamento em cerca de 340 mil metros cúbicos por dia, em 2005. As

refinarias estão distribuídas no Brasil de forma concentrada na região sudeste

(cerca de 6 refinarias), com capacidade produtiva de 63%. Sendo que na

região Sul compreende-se a capacidade produtiva com cerca de 20% da

produção total do país.

Atualmente, o estado que tem sido destaque na produção de petróleo e

gás natural no Brasil é o Espírito Santo, este possui uma participação produtiva

de 15% do volume nacional (pela Petrobras). Tornando-se assim a segunda

maior província petrolífera do país. Estima-se que até o final de 2015, o estado

deverá alcançar uma produção de cerca de 500 mil barris por dia. Em 2012

atingiu seu recorde cerca de 360 mil barris de petróleo por dia e capacidade de

entrega de gás de 10 milhões de metros cúbicos por dia. Em 2012 com o

lançamento da produção no pré-sal atingiram a capacidade de 100 barris de

petróleo por dia e 3,5 milhões de metros cúbicos de gás.

Para analisar a capacidade produtiva das Bacias Sedimentares das regiões

sul e sudeste, como: Bacias de Campos, Bacias de Santos, Bacia do Espírito

Santo e Bacia do Paraná, precisa-se simplificar o entendimento. Logo abaixo

estão os detalhes numéricos da capacidade produtiva dessas bacias,

organizadas por regiões e suas respectivas refinarias.

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Região Sudeste:

Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj): capacidade produtiva

de 165 mil barris de petróleo por dia (2016).

Refinaria Capuava (Recap)- São Paulo: capacidade produtiva de processar

8.500 metros cúbicos de petróleo diariamente, aproximadamente 53 mil

barris de petróleo por dia.

Refinaria Duque de Caxias (Reduc)- Rio de Janeiro: capacidade produtiva

de 38 mil metros cúbicos de petróleo por dia.

Refinaria Gabriel Passos (Regap)- Minas Gerais: capacidade produtiva de

24 mil metros cúbicos ou 150 mil barris de petróleo por dia.

Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) – São Paulo: capacidade produtiva

de 178 mil barris de petróleo por dia.

Refinaria de Paulínia (Replan)- São Paulo: capacidade produtiva de 415 mil

barris de petróleo por dia (é a maior refinaria de processamento de petróleo

do Brasil)

Refinaria Henrique Lage (Revap) – São Paulo: capacidade produtiva de 252

mil barris de petróleo por dia.

Região Sul

Refinaria Alberto Pasqualine (Refap)- Rio Grande do Sul: capacidade

produtiva de 32 mil metros cúbicos por dia ou aproximadamente 201 mil

barris de petróleo por dia.

Unidade de Industrialização do Xisto (SIX)- Paraná: capacidade produtiva

de 5.880 toneladas por dia.

Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar)- Paraná: capacidade produtiva

de 33 mil metros cúbicos por dia ou aproximadamente 207 mil barris de

petróleo por dia (ela é a quinta maior refinaria do país).

3- Produção atual

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De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, em dezembro de 2013 a

bacia de Campos produziu 1.615.981 barris de petróleo por dia (bbl/d) e

26.035 milhares de metros cúbicos por dia (Mm³/d) de gás natural

totalizando 1.779.739 barris de óleo por dia (boe/d). A bacia de Santos

produziu 272.374 barris de petróleo por dia e 16.091 metros cúbicos por dia

de gás natural totalizando 373.588 barris de óleo por dia. Já a bacia do

Espírito Santo produziu 35.468 barris de petróleo por dia e 6.861 metros

cúbicos por dia de gás natural totalizando 78.625 barris de óleo por dia.

Distribuição da Produção de Petróleo e Gás Natural por Bacia (dezembro

2013)

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Ainda de acordo com o Boletim da Produção de Petróleo e Gás Natural

(ANP, 2014) o campo de Marlim Sul, na bacia de Campos, foi o de maior

produção de petróleo, com uma produção média de 280,2 Mbbl/d (mil barris

por dia) e o campo de Lula, na bacia de Santos, foi o maior produtor de gás

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natural, com uma produção média de 6,3 MMm³/d (mil barris de óleo

equivalente por dia).

CONCLUSÃO

O Brasil está dentre os 10 maiores produtores de petróleo do mundo,

destacamos como curiosidade: Cerca de 70% da área das bacias sedimentares

brasileiras estão localizadas no interior do país. Já as que se localizam na

região costeira totalizam cerca de 30%. E, atualmente, nove das bacias

sedimentares brasileiras totaliza cerca de 1 645 330 km² (25,6% da área total),

são produtoras de petróleo.

Destacamos a bacia de Santos, bacia Campos, bacia do Paraná que só

vem para comprovar a grande capacidade produtora que nosso país possui. A

Bacia de Campos é a maior província petrolífera do Brasil, responsável por

mais de 80% da produção nacional de petróleo, além de possuir as maiores

reservas provadas já identificadas e classificadas no Brasil. Dito isso

verificamos que no panorama nacional a região sul e sudeste do Brasil tem

uma grande peso no faturamento total do petróleo brasileiro, até porque o

volume da capacidade do processamento do petróleo está em maior

quantidade, comparando à todas as unidades de refinaria do país.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ANP. Boletim da Produção de Petróleo e Gás Natural: dezembro de 2013

Superintendência de Desenvolvimento e Produção – SDP. 1º de fevereiro de

2014. Disponível em: <www.anp.gov.br/?dw=69701>. Acesso em: 01 de

outubro de 2014.

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Disponível em: http://www.sedes.es.gov.br/index.php/setores-produtivos/petroleo-e-gas-natural. Acesso em: 05 de outubro as 9h.

Disponível em: <http://www.petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/principais-operacoes/refinarias/ . Acesso em: 05 de outubro as 10h

Disponível em: http://189.39.124.147:8030/downloads/refino_petroleo.pdf. Acesso em: 05 de outubro as 9:30h.