Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

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Pesquisa Mundial de Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil Saúde no Brasil CEENSP – Rio de CEENSP – Rio de Janeiro Janeiro 29 de março de 2006 29 de março de 2006 Coordenação: Célia Landmann Szwarcwald Francisco Viacava [email protected]

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Coordenação: Célia Landmann Szwarcwald Francisco Viacava. Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006. [email protected]. Histórico da pesquisa: World Health Survey Realização da Pesquisa Mundial de Saúde (PMS) no Brasil - PowerPoint PPT Presentation

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Pesquisa Mundial de Saúde Pesquisa Mundial de Saúde no Brasilno Brasil

CEENSP – Rio de JaneiroCEENSP – Rio de Janeiro29 de março de 200629 de março de 2006

Coordenação: Célia Landmann Szwarcwald Francisco Viacava

[email protected]

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Histórico da pesquisa: World Health Survey

Realização da Pesquisa Mundial de Saúde (PMS) no

Brasil

Metodologia: amostragem, trabalho de campo,

questionário e análise de dados

Publicação: suplemento especial dos Cadernos de

Saúde pública

Resultados da PMS

Desdobramentos

Apresentação

Page 3: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

O Relatório da Organização da Saúde (OMS) do ano de

2000 teve o objetivo de propor uma metodologia para a

avaliação de desempenho dos sistemas de saúde dos países

membros.

Embora com objetivos louváveis de avaliação da resposta

do sistema de saúde e de monitoramento das desigualdades

no financiamento e no estado de saúde, a metodologia

utilizada foi problemática e sujeita às mais diferentes críticas

dos países membros.

Histórico – Relatório da OMS, 2000

Page 4: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

A metodologia utilizada, combinou, matematicamente, em

um índice único, indicadores de aspectos distintos em uma

medida única de desempenho, desprovida de significado

conceitual.

O índice foi utilizado para classificar os países membros de

acordo com o seu desempenho.

Os países foram classificados em uma tabela, onde o Brasil

ficou na 125a posição.

Histórico - Relatório da OMS, 2000

Page 5: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Na ocasião da publicação do Relatório de 2000, o governo

brasileiro levantou sérias questões a cerca da validade da

metodologia utilizada para a obtenção da classificação dos

países membros.

As principais críticas referiram-se não só à metodologia

utilizada mas também à falta de utilidade do exercício como

um instrumento para subsidiar a definição das políticas de

saúde.

Compreendeu-se que a classificação dos países era feita a

partir de um indicador único, conceitualmente vago e

empiricamente incorreto.

Histórico – Críticas à metodologia proposta

Page 6: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

A utilização de metodologias de avaliação cientificamente

questionáveis e a ausência de dados para a construção dos

indicadores impuseram à comunidade científica internacional

uma ampla revisão metodológica dos procedimentos

empregados.

Vários artigos científicos, elaborados por pesquisadores de

diferentes países, foram dedicados a apontar falhas

metodológicas e conceituais na metodologia de avaliação

proposta pela OMS.

Histórico – Críticas à metodologia proposta

Page 7: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Em 2001, em fase de reformulação, a OMS propôs a

aplicação de inquérito populacional dirigido a suprir

informações para a avaliação de desempenho dos sistemas de

saúde dos países membros.

O inquérito foi denominado de “World Health Survey”, e ,

no Brasil, de “Pesquisa Mundial de Saúde” (PMS).

Trata-se de um inquérito populacional para coletar

informações sobre o estado de saúde da população, avaliação

de programas de saúde bem como sobre a qualidade da

resposta dos serviços de saúde, sob a ótica do usuário.

World Health Survey

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Como parte desta iniciativa, o governo brasileiro firmou

acordo com a OMS para a realização da PMS no Brasil, cuja

responsabilidade de execução coube à Fundação Oswaldo

Cruz, sob nossa coordenação.

O questionário originalmente proposto pela OMS foi

inteiramente revisto e modificado, desenvolvendo-se as

adaptações necessárias às particularidades do nosso sistema

de saúde.

Pesquisa Mundial de Saúde

Page 9: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, em dezembro de 2002. A pesquisa foi realizada no Brasil de janeiro a setembro de 2003. Após o processo de codificação e digitação, a análise dos dados teve início em maio de 2004.A pesquisa teve os seguintes financiamentos:

US$ 185000.00 – OMS para realização da pesquisa no BrasilR$ 74000,00 – CNPq para o processo de entrada e análise dos dadosR$ 99000,00 – DECIT para análise dos dados, organização de seminários e publicação do suplemento.

Pesquisa Mundial de Saúde

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Módulos pesquisados:

Condições socioeconômicas

Auto-Avaliação do estado de saúde

Fatores de risco (fumo, álcool, atividade física, nutrição, fatores ambientais);

Alguns problemas de saúde (situações crônicas - diagnóstico e tratamento; situações agudas - assistência);

Cobertura de programas de saúde como assistência pré-natal e saúde materno-infantil;

Avaliação da resposta do sistema de saúde do ponto de vista do usuário;

Gastos relativos das famílias em saúde

Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil

Page 11: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

O tamanho de amostra foi estabelecido em 5000 indivíduos adultos (18

anos e mais de idade).

A amostragem foi em múltiplos estágios, selecionando-se 250 setores

censitários no território nacional e 20 domicílios em cada setor. Em cada

domicílio, foi identificado um morador para responder às perguntas

relativas às características do domicílio. Apenas um indivíduo do

domicílio, selecionado com eqüiprobabilidade entre todos os moradores

adultos, respondeu ao questionário individual.

Pesquisa Mundial de Saúde - Amostragem

Page 12: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

A Pesquisa Mundial da Saúde foi aplicada no Brasil subdividida em

10 pesquisas regionais, que foram coordenadas por pesquisadores

experientes na área de Saúde Pública, os Coordenadores Locais.

Para cada pesquisa regional, foi formada equipe por 4 entrevistadores

e um supervisor, selecionada e treinada pelo Coordenador Local. Cada

pesquisa regional abrangeu de 300 a 500 entrevistas domiciliares, ou seja

de 15 a 25 setores censitários, em distintas áreas geográficas do País.

Pesquisa Mundial de Saúde – Trabalho de Campo

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Coordenação Geral Célia Landmann Szwarcwald

Francisco ViacavaAmostragem Maurício de Leite Vasconcellos

Coordenadores Locais1. Região Norte

2. Estado do MA

3. Estados de SE e BA

4. Estados do PI e CE

5. Estados de RN, PB, PE e AL

6. Estado de MG

7. Estados do RJ e ES

8. Estado de São Paulo

9. Região Sul

10. Região Centro-Oeste

Rita Bacuri e Silvana Granado Gama

Maria do Carmo Leal e Cleide Pestana

Maria do Carmo Leal e Marcia de Costa Mazzei

Paulo Germano de Frias

Wayner Vieira de Souza

Sonia Lansky

Mariza Theme, Silvana Granado Gama e Paulo Borges

Luis Otávio Azevedo e Manoel C. S. de A. Ribeiro

Karin Regina Luhm, Simone dos Santos e Paulo Borges

Marcelo Felga de Carvalho e Maria Goretti Fonseca

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Page 15: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Foram utilizadas ponderações levando-se em consideração o desenho

da amostragem.

Foram analisados os seguintes módulos: estado de saúde, fatores de

risco, morbidade auto-referida, cobertura de programas de saúde, e grau

de satisfação com os serviços de saúde do ponto de vista do usuário.

As análises foram realizadas por faixa etária, sexo e condição sócio-

econômica.

Análise dos dados

Page 16: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Analisada por três variáveis

Grau de Escolaridade

Número de bens

Medido pelo número de bens no domicílio: televisão, geladeira,

aparelho de som, micro-ondas, telefone, telefone celular, máquina de

lavar roupa, máquina de lavar louça, micro-computador, e número

de carros.

Índice com ponderações complementares à proporção de posse de

cada bem.

Situação de trabalho (trabalhador não manual; trabalhador manual;

desempregado; aposentado; doente ou incapacitado; estudante; dona de

casa)

Condição Socioeconômica

Page 17: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Os primeiros resultados foram apresentados no RADIS e

na Revista de Manguinhos, 2004.

Foram feitas várias palestras em congressos nacionais e

internacionais.

Lançamento do suplemento dos Cadernos de Saúde

Pública, que reúne os principais resultados obtidos na

análise dos dados da PMS brasileira.

Resultados - Publicações

Page 18: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Relato da experiência de campo

Três artigos com procedimentos metodológicos inovadores

Descrição do processo de seleção dos domicílios por

esquema de amostragem inversa

A construção da esperança de vida saudável, medida

que combina indicadores de mortalidade e morbidade em

índice único

A metodologia de vinhetas, estórias hipotéticas que

descrevem problemas de terceiros, que foi testada quanto

à sua possível utilização para calibração da escala ordinal

da auto-avaliação do estado de saúde por nível

socioeconômico.

Artigos do Suplemento

Page 19: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Dois artigos abordaram a percepção da própria saúde nos

seus vários domínios:

Mostraram acentuadas desigualdades socioeconômicas

bem como a influência da conjuntura social adversa

sobre a saúde do cidadão brasileiro.

Em relação aos comportamentos saudáveis:

Foi estudado o consumo de frutas e hortaliças na

totalidade da população brasileira

Entre as mulheres, caracterizou-se o perfil sócio-

demográfico daquelas que têm cuidados adequados com a

sua saúde.

Artigos do Suplemento

Page 20: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Quatro artigos relacionados à assistência de saúde:

A cobertura de diagnóstico e tratamento de seis

doenças crônicas

As características da utilização de medicamentos na

população brasileira;

A cobertura de plano de saúde privado em associação

com a utilização de serviços;

O grau de satisfação com a assistência prestada sob a

ótica do usuário.

Artigos do Suplemento

Page 21: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Alguns ResultadosAlguns Resultados

Evidências de desigualdades Evidências de desigualdades socioeconômicas em saúdesocioeconômicas em saúde

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Medido por:

Em geral, como o sr. avalia sua saúde? (Escala de 1 a 5, 1=muito boa e 5=muito ruim)

Auto-Avaliação do Estado de Saúde

Page 23: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Auto-Avaliação da Saúde

muito ruimruimmoderadoboamuito boa

Per

cent

ual (

%)

50

40

30

20

10

0

15%

39% 38%

7%2%

Page 24: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Auto-avaliação do estado de saúde por número de bens no domicílio

me

ro d

e b

en

s

0-3

4-7

8+

1009080706050403020100

muito ruim

ruim

moderado

boa

muito boa

9% 33% 44% 14%

15% 39% 38% 8%

23% 49% 25%

3%

Page 25: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Percentual com auto-avaliação boa/muito boa

Sexo Faixa Etária

Grau de Escolaridade

Total Fundamental incompleto

Fundamental completo e

ensino médio incompleto

Ensino médio completo

Feminino

18-29 51,5 64,0 75,9 64,7

30-44 39,6 54,4 73,2 52,5

45-59 25,2 39,7 51,8 32,2

60+ 22,2 33,3 36,7 24,1

Total 33,9 55,1 69,4 47,5

Masculino

18-29 65,8 78,4 83,0 75,2

30-44 57,8 65,3 76,8 64,9

45-59 45,3 61,5 68,5 53,1

60+ 27,9 45,8 45,1 31,4

Total 49,4 69,8 75,3 60,2

Total

18-29 58,5 71,1 78,9 69,6

30-44 47,8 59,4 74,8 58,1

45-59 33,5 50,5 60,1 41,3

60+ 24,9 39,6 42,0 27,7

Total 41,0 62,2 72,1 53,3

Percentual de indivíduos com auto-avaliação da saúde boa ou muito boa segundo faixa etária, sexo e grau de escolaridade. Brasil, 2003

Page 26: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Modelo I

VariávelSexo Feminino Sexo Masculino

Exp (b) IC95% Exp (b) IC95%

Idade 0,969** 0,96-0,98 0,968** 0,96-0,97

Grau de Escolaridade

Fundamental incompleto 0,304** 0,24-0,38 0,410** 0,31-0,54

Ensino médio incompleto 0,532** 0,40-0,71 0,691** 0,49-0,97

Ensino médio completo 1,000 - 1,000 -

Modelo II

VariávelSexo Feminino Sexo Masculino

Exp (b) IC95% Exp (b) IC95%

Idade 0,964** 0,96-0,97 0,965** 0,96-0,97

Grau de Escolaridade

Fundamental incompleto 0,458** 0,37-0,57 0,584** 0,42-0,81

Ensino médio incompleto 0,655** 0,49-0,87 0,830** 0,58-1,18

Ensino médio completo 1,000 - 1,000 -

Indicador de bens 1,372** 1,26-1,49 1,248** 1,11-1,40

Determinantes sócio-demográficos da auto-avaliação de saúde boa ou muito boa. Brasil, 2003

* Valor de p < 5% ; ** Valor de p < 1%

Page 27: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Modelo III

VariávelSexo Feminino Sexo Masculino

Exp (b) IC95% Exp (b) IC95%

Idade 0,968** 0,96-0,98 0,968** 0,96-0,98

Grau de Escolaridade

Fundamental incompleto 0,476** 0,37-0,61 0,710 0,50-1,01

Ensino médio incompleto 0,657** 0,49-0,88 0,985 0,68-1,44

Ensino médio completo 1,000 - 1,000 -

Indicador de bens 1,346** 1,23-1,47 1,177** 1,04-1,33

Trabalho

Trabalhador não manual 1,000 - 1,000 -

Trabalhador manual 0,884 0,63-1,24 0,547** 0,39-0,76

Dona de casa 0,862 0,66-1,13 - -

Desempregado 0,946 0,66-1,36 0,586* 0,39-0,89

Aposentado / Incapacitado 0,701 0,46-1,07 0,452** 0,30-0,68

Determinantes sócio-demográficos da auto-avaliação de saúde boa ou muito boa. Brasil, 2003

* Valor de p < 5% ; ** Valor de p < 1%

Page 28: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Percentual (%) de indivíduos com auto-avaliação do estado de saúde “ruim” ou “muito ruim” segundo a presença de problemas de saúde

nenhum destesasmadepressãodiabetesartriteesquizofreniaangina

Pe

rce

ntu

al (

%)

30

25

20

15

10

5

0

27 26

24 24

1614

5

Page 29: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Proporção (%) percepção em grau grave de problemas relacionados ao estado de ânimo por faixa etária e sexo

SexoFaixa Etária

Tristeza ou Depressão

Preocupação ou Ansiedade

Estado de ânimo

F 18-29 12,7 20,9 23,7

30-44 17,8 27,4 30,7

45-59 24,6 35,7 38,1

60+ 28,1 35,0 38,2

Total 19,3 28,5 31,4

M 18-29 6,4 11,9 13,7

30-44 8,8 18,1 19,4

45-59 10,6 18,6 21,0

60+ 12,1 20,2 22,1

Total 9,0 16,6 18,4

Page 30: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Percentual (%) de homens com grau grave de problemas relativos ao estado de ânimo por situação de emprego e faixa etária

Faixa Etária Situação de Emprego Percentual (%)

18-34 Empregado

Desempregado

Aposentado/Incapacitado

Total

13,1

23,7

16,7

15,3

35-49 Empregado

Desempregado

Aposentado/Incapacitado

Total

15,2

38,4

45,4

19,9

50+ Empregado

Desempregado

Aposentado/Incapacitado

Total

18,0

35,3

24,7

21,4

Page 31: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Resultados da Regressão Logística

Variáveis IndependentesF M

Exp (b)Valor de p

Exp(b)Valor de p

18-29 anos30-44 anos45-59 anos

0,6510,8891,026

0,017NSNS

0,4800,7760,981

0,007NSNS

Tem doença de longa duração 2,249 0,000 4,004 0,000

Lesão corporal 1,966 0,000 2,030 0,000

Indicador de bens 0,953 NS 0,839 0,026

Ensino fundamental incompletoEnsino médio incompleto

2,2211,754

0,0000,002

1,1281,429

NSNS

Casado 0,863 NS 0,606 0,006

Desempregado 1,484 0,023 2,129 0,000

Resposta - Percepção em grau grave de tristeza ou depressão

Page 32: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Resultados da Regressão Logística

Variáveis IndependentesF M

Exp (b)Valor de p

Exp (b)Valor de p

18-29 anos30-44 anos45-59 anos

0,7410,9941,184

NSNSNS

0,5320,9420,957

0,007NSNS

Tem doença de longa duração 1,923 0,000 3,084 0,000

Lesão corporal 1,727 0,000 1,929 0,000

Indicador de bens 0,935 NS 0,928 0,026

Ensino fundamental incompletoEnsino médio incompleto

1,6101,407

0,0000,024

1,1031,227

NSNS

Casado 1,011 NS 0,889 NS

Desempregado 1,357 0,026 2,602 0,000

Variável Resposta - Percepção em grau grave de preocupação ou ansiedade

Page 33: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Cobertura de programas I. Saúde bucal Durante os últimos 12 meses, o sr(a) teve algum

problema com sua boca e / ou dentes? Durante os últimos 12 meses, o sr(a) recebeu alguma

assistência ou tratamento para este problema? Perda de todos os dentes naturais

II. Exames preventivos de câncer de colo de útero e mama

Exame ginecológico periódico em mulheres 18-69 anos

Mamografia mulheres de 40-69 anos

Page 34: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Percentual (%) de indivíduos que perderam todos os dentes naturais segundo faixa etária, sexo e número de bens

Sexo Faixa etária 0-3 bens 4-7 bens 8+ bens Total

F

18-34

35-49

50+

T

3,2

14,6

55,9

21,3

2,0

10,8

46,8

18,0

0,7

4,3

18,9

6,9

2,3

10,5

45,1

17,2

M

18-34

35-49

50+

T

3,2

6,7

33,3

12,9

2,4

5,6

33,4

12,3

-

1,8

11,7

4,5

2,3

5,2

29,5

11,2

T

18-34

35-49

50+

T

3,2

11,0

45,6

17,5

2,2

8,5

40,7

15,4

0,4

3,3

15,6

5,9

2,3

8,2

37,8

14,4

Page 35: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Distribuição (%) dos indivíduos por ocorrência de problema bucal no último ano e recebimento de assistência por número de bens

me

ro d

e b

en

s

0-3

4-7

8+

Percentual

1009080706050403020100

Problema bucal

Teve e não tratou

Teve e tratou

Não teve

66,9 17,7 15,4

64,8 25,1 10,1

60,0 35,4 4,6

Page 36: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Variáveis Categorias

Preventivo para câncer de colo de

úteroMamografia1

% р* % p*

Tamanho do município< 50 mil50 até 400 mil400 mil +

56,867,572,3

0,00034,244,162,3

0,000

Faixa etária (anos)

18-2930-3940-4950-69

53,177,175,662,2

0,000

--

45,548,6

-

NS

Teve ou não filhos entre mulheres de 18-29 anos

Já teve filhosNão teve filhos

64,540,8 0,000 -

---

Grau de escolaridade Fundamental incompletoFundamental completo +

60,770,9 0,000 36,6

70,3 0,000

Cor da pele BrancaOutra

67,363,5 0,026 54,3

39,5 0,000

Situação conjugalCasada / CompanheiroNão vive com o companheiro

72,454,9 0,000 49,2

43,9 0,080

Tem trabalho remunerado SimNão

70,762,0 0,000 53,2

43,6 0,002

Número de bens domicílio0-34-78+

53,467,181,1

0,00021,649,275,2

0,000

Plano de Saúde SimNão

82,159,6 0,000 72,3

36,7 0,000

Proporção (%) de mulheres que fizeram exame preventivo para câncer de colo de útero e mamografia há menos de três anos segundo as características sócio-demográficas. Brasil, 2003

* Valor do nível descritivo de significância do teste de homogeneidade de proporções;1 Somente para mulheres entre 40 e 69 anos de idade.

Page 37: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Avaliação da última assistência de saúde pelo usuário I. Atendimento Ambulatorial (último ano)

Satisfação com as habilidades do profissional de saúde; equipamentos; e disponibilidade de medicamentos

Escala (adequado ou inadequado)

No seu último atendimento, como o sr(a) avalia o XXX? Tempo de deslocamento Tempo de espera Tratamento respeitoso Intimidade respeitada Clareza nas explicações dadas pelos profissionais de saúde Tempo para fazer perguntas Possibilidade de obter informações Participação na tomada de decisões Falar em privacidade com profissionais de saúde Sigilo das informações pessoais Liberdade de escolha do profissional de saúde Limpeza das instalações Espaço disponível das salas de espera e de exames

Escala (1=muito bom a 5=muito ruim)

Page 38: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Avaliação da última assistência de saúde pelo usuário I. Atendimento Ambulatorial (último ano)

Índice de avaliação do atendimento ambulatorialAtribuiu-se um ponto para cada resposta “muito boa” ou “boa” relativa à avaliação de cada um dos aspectos do atendimento.Utilizou-se escala variando de 1 a 100.

Sentimento de Discriminação- O sr (a) achou que os profissionais de saúde lhe trataram pior do que às outras pessoas por algum destes motivos? • Sexo

• Idade

• Falta de dinheiro

• Classe social

• Cor

• Tipo de doença

• Nacionalidade

Page 39: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Distribuição dos indivíduos de acordo com ter conseguido assistência na última vez que precisou

Conseguiu assistência

nãosim

Pe

rce

ntu

al (

%)

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

97,3

2,7

Page 40: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Distribuição(%) dos indivíduos de acordo com a quantidade de medicamentos prescritos que conseguiu obter na última vez que precisou de assistência

Número de medicamentos prescritos

Muito poucos/nenhumGrande parteTodos

Pe

rce

ntu

al (

%)

100

80

60

40

20

0

86,9

5,4 7,7

Page 41: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Distribuição(%) dos usuários segundo a forma de pagamento do atendimento ambulatorial no último ano

Forma de pagamento

Não pagou/SUSAtravés do planoDireto/sem reembolso

Pe

rce

ntu

al

70

60

50

40

30

20

10

0

19,021,3

59,7

Page 42: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Percentual (%) de indivíduos com avaliação “muito ruim” ou “ruim” segundo aspectos relativos à assistência ambulatorial

1.Tempo de espera

2.Liberdade de escolha do profissional de saúde

3.Participação na tomada de decisões sobre o tratamento

4.Possibilidade de obter informações sobre outros tipos de tratamento

5.Espaço disponível das salas de espera e dos exames

6.Tempo gasto de deslocamento

7.Tempo para fazer perguntas

8.Clareza nas explicações

9.Limpeza das instalações do serviço

10.Privacidade com os profissionais de saúde

11.Tratamento respeitoso

12.Sigilo sobre as informações pessoais

13.Intimidade respeitada

13121110987654321

Perc

entu

al

30

25

20

15

10

5

0

Page 43: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Percentual (%) de satisfação segundo tipo de assistência, forma de pagamento e aspectos relacionados à avaliação do atendimento. Brasil, 2003

Atendimento Ambulatorial

Aspecto

Forma de PagamentoTotal

N =2388Não SUSN= 961

SUSN= 1427

Tempo de deslocamentoTempo de espera até ser atendidoRespeito no tratamentoRespeito à intimidadeClareza das explicaçõesTempo para fazer perguntasInformações sobre tratamentos alternativosParticipação nas decisões sobre a condutaPrivacidade com os profissionais de saúdeSigilo das informações pessoaisLiberdade de escolha do profissional de saúdeLimpeza das instalaçõesEspaço das salas de espera e dos examesHabilidades do profissional de saúde satisfatóriasEquipamentos adequados Disponibilidade de medicamentos adequada

78,273,496,697,193,590,285,885,294,396,787,797,688,096,796,688,2

68,845,486,093,980,165,960,159,883,389,149,079,263,990,387,775,9

72,656,790,295,285,575,770,470,087,792,264,686,673,692,991,380,8

Page 44: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Índice médio de avaliação do atendimento ambulatorial segundo

forma de pagamento do atendimento

71,6

88,6

Forma de pagamento

Não pagou/SUSAtravés do planoDireto/sem reembolso

Índ

ice

de

ava

liaçã

o d

o a

ten

dim

en

to

90

85

80

75

70

65

60

88 89

70

77

Page 45: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Percentual (%) de indivíduos que sofreram algum tipo de discriminação segundo o tipo de assistência e forma de pagamento. Brasil, 2003

AspectoForma de pagamento

TotalNão SUS SUS

Discriminação por sexo

Discriminação por idade

Discriminação por falta de dinheiro

Discriminação por classe social

Discriminação por cor

Discriminação por tipo de doença

Discriminação por nacionalidade

1,4

1,5

5,2

5,2

1,0

1,3

0,0

1,4

2,0

11,1

9,5

1,4

2,0

0,3

1,4

1,8

8,7

7,8

1,2

1,7

0,2

Page 46: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Foram encontradas acentuadas desigualdades socioeconômicas no desempenho do sistema de saúde, que se refletem nas suas várias dimensões: estado de saúde; cobertura de programas; utilização dos serviços de saúde.

Para qualquer uma das variáveis representativas da condição social, o gradiente da saúde é sempre desfavorável aos de pior nível socioeconômico.

O gradiente mais acentuado foi encontrado para saúde oral. Embora reflexo da negligência a esta área no passado, as desigualdades na assistência bucal persistem.

O desemprego tem afetado o estado de ânimo do brasileiro.

Apesar das desigualdades na utilização dos serviços de saúde, 97% da população brasileira conseguiu assistência quando precisou, e 86% conseguiu obter os medicamentos prescritos. As maiores queixas foram o tempo de espera para o atendimento e a falta de liberdade de escolha do profissional de saúde.

A discriminação pela pobreza foi o motivo mais freqüentemente citado.

Os resultados mostram que os princípios que regem o SUS conseguem modificar as dramáticas iniqüidades socioeconômicas da população brasileira, mas só parcialmente.

Sumário dos Resultados

Page 47: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

Os resultados da PMS brasileira trouxeram informações relevantes para o aprimoramento da metodologia de avaliação do desempenho dos sistemas de saúde, contribuindo ao debate internacional iniciado em 2000.

As investigações aprofundadas de cada aspecto indicaram a manutenção de uma abordagem multidimensional, não só para possibilitar uma avaliação mais adequada à complexidade do objeto mas, sobretudo, para subsidiar decisões que atendam às reais necessidades da população.

Conclusões

Page 48: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

No ano de 2005, o questionário da PMS foi adaptado para

avaliação da atenção básica em saúde.

Alguns módulos do instrumento original da PMS foram

mais detalhados, visando o aprofundamento de certas

questões, como o desempenho do Programa de Saúde da

Família.

Como parte dos estudos de linha de base do projeto

PROESF, o inquérito foi realizado em quatro municípios do

Estado do Rio de Janeiro e em 10 municípios com mais de

100000 habitantes das regiões Norte e Nordeste.

Desdobramentos

Page 49: Pesquisa Mundial de Saúde no Brasil CEENSP – Rio de Janeiro 29 de março de 2006

A pesquisa foi realizada também nos municípios do Rio de Janeiro e Recife, como parte de um projeto financiado pelo CNPq, para aprofundar o conhecimento sobre:

O desempenho da atenção básica em saúde em metrópoles brasileiras, onde há um grande desequilíbrio na distribuição da renda e grande parte da sua população se concentra em favelas.

As desigualdades de acesso e utilização dos serviços de saúde e outros serviços coletivos necessários ao bem-estar social.

A influência da concentração residencial de pobreza sobre a auto-avaliação da saúde e outras medidas de morbidade referida.

Desdobramentos