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1 PESQUISA EDUCACIONAL II Professoras conteudistas/pesquisadoras: ELIANA P. DE MENEZES, MICHELE QUINHONHES PEREIRA Acadêmica: RAQUEL SANTOS DA SILVA Carga Horária: 30h Resumo Durante o transcorrer desta disciplina, objetivamos que você adquira os conhecimentos necessários para a construção do seu Trabalho de Conclusão de Curso – TCC –, que será desenvolvido na forma de um artigo monográfico. Para tanto, buscamos promover espaços de discussão e de reflexão nos quais você se sinta apto(a) a relacionar os conhecimentos teóricos que estão sendo construídos durante este curso com a realização de sua investigação, adquirindo assim a prática discursiva necessária à realização de seu artigo monográfico. Objetivamos ainda a promoção de um diálogo a respeito do seu processo de investigação e das etapas que o compõem, na busca, portanto, do aperfeiçoamento de sua pesquisa. Palavras-chave: Pesquisa, diálogo, reflexão, prática discursiva, trabalho de conclusão de curso. PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com

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PESQUISA EDUCACIONAL II Professoras conteudistas/pesquisadoras: ELIANA P. DE MENEZES, MICHELE

QUINHONHES PEREIRA

Acadêmica: RAQUEL SANTOS DA SILVA

Carga Horária: 30h

Resumo

Durante o transcorrer desta disciplina, objetivamos que você adquira os

conhecimentos necessários para a construção do seu Trabalho de Conclusão de

Curso – TCC –, que será desenvolvido na forma de um artigo monográfico. Para

tanto, buscamos promover espaços de discussão e de reflexão nos quais você se

sinta apto(a) a relacionar os conhecimentos teóricos que estão sendo construídos

durante este curso com a realização de sua investigação, adquirindo assim a prática

discursiva necessária à realização de seu artigo monográfico. Objetivamos ainda a

promoção de um diálogo a respeito do seu processo de investigação e das etapas que

o compõem, na busca, portanto, do aperfeiçoamento de sua pesquisa.

Palavras-chave:

Pesquisa, diálogo, reflexão, prática discursiva, trabalho de conclusão de curso.

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Unidade A – DEMARCAÇÃO CONSTRUTIVA DE UM ARTIGO MONOGRÁFICO

O Trabalho de Conclusão de Curso é um trabalho de síntese, que articula o

conhecimento teórico construído pelo aluno com a sua aplicação na pesquisa

científica dentro de sua área de formação. Como tal, o TCC possui um caráter

diferente dos demais trabalhos realizados pelos alunos nas disciplinas desenvolvidas

ao longo do curso. É nesse sentido que o TCC deve ser constituído a partir de uma

pesquisa científica estruturada em torno de um objeto de estudo construído e

delimitado sobre um problema relativo, neste caso, à Educação Especial. Assim,

objetivamos com esta unidade que você compreenda como deverá estar constituído o

TCC que será apresentado ao final do Curso de Especialização a Distância em

Educação Especial.

A.1 – Demarcação construtiva de um artigo monográfico

O Trabalho de Conclusão de Curso – TCC – consiste em um momento de

sistematização dos conhecimentos que você construiu durante a realização de um

curso. Trata-se de uma experiência de pesquisa acadêmico-científica fundamental

para a sua formação como especialista na área da Educação Especial, uma vez que

irá proporcionar-lhe a oportunidade de investigar e compreender, por meio de um

método, os fenômenos que constituem as práticas educacionais.

Como trabalho que se submete aos padrões da produção científica, o TCC deve

respeitar seus parâmetros. Assim, ele envolve três etapas:

- a formulação do projeto;

- a execução do projeto na forma de uma investigação;

- a apresentação de seus resultados.

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A formulação do projeto

A etapa da formulação do projeto da pesquisa já foi anteriormente discutida na

disciplina Pesquisa Educacional I1. Nesse momento, consideramos importante

ressaltar que não existe uma norma rígida para a formatação e a estruturação de um

projeto de pesquisa, devendo este ser direcionado pelo professor orientador do TCC

de acordo com as normas da instituição na qual o curso está sendo desenvolvido.

Figura 1: O quê? Por quê? Para quê???

Ainda assim, existem algumas orientações que merecem ser observadas no

momento do planejamento da pesquisa. Lembre-se de que o projeto consiste em uma

proposta teórica prévia formulada a respeito do assunto que você deseja investigar,

devendo prever todas as etapas da pesquisa. Para isso, deverá responder às

questões: “O quê?”, “Por quê?”, “Para quê?”, “O que já foi escrito sobre o tema?”,

“Onde?”, “Como?”, “Com quê?” e “Quanto tempo?”.

1 (ASSUNTO) - Pesquisa Educacional I: retome esse conteúdo na disciplina de Pesquisa Educacional I. Para mais informações, consulte ainda as obras Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, de A. C. Gil (São Paulo: Atlas, 1999), e As três metodologias: acadêmica, da ciência e da pesquisa,de E. TEIXEIRA (Petrópolis: Vozes, 2005).

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A execução do projeto na forma de investigação

Figura 2: O investigador em ação!

A etapa da execução do projeto corresponde à realização da investigação

propriamente dita. Durante esse momento, é imprescindível que você utilize os

conhecimentos científicos construídos na sua área de conhecimento e realize as

atividades de pesquisa respeitando os critérios mínimos de cientificidade. Para isso,

você deverá utilizar o método científico, elencando a abordagem e as técnicas de

pesquisa que respondem ao seu objeto de estudo e a sua área de conhecimento2.

A apresentação de seus resultados

2 (ASSUNTO): retome o conteúdo da disciplina Pesquisa Educacional I. Para mais informações, consulte ainda a obra Pesquisa Social: teoria, método e criatividade, organizada por M.C.S. Minayo (19. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001).

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Figura 3: Escrever: é preciso começar!

É chegada a hora de escrever! Nessa etapa, o pesquisador assume um novo

papel, o de autor/escritor. Por meio do exercício da escrita, o autor/escritor precisará

buscar o caminho no qual, de forma clara e objetiva, apresentará a sua pesquisa e irá

fazer-se compreender pelos seus possíveis leitores. Afinal, todo processo de

investigação que possui caráter científico deve apresentar à comunidade científica os

resultados e conclusões que foram alcançados, ou seja, a contestação ou a

confirmação das hipóteses que foram a priori levantadas. Nesse sentido, Marques

(2003, p. 91) lembra que:

(...) não se faz ciência sem escrever: essa forma de se comunicar com a

comunidade científica. A comunicação oral, em congressos etc., tem

duração momentânea e de curto alcance, além de que sempre se faz com

o apoio de texto escrito, sem o qual não seria possível discipliná-la e

conferi-la.

O gênero do trabalho produzido para a realização dessa explanação é

delimitado pelo caráter do curso em que a pesquisa está sendo desenvolvida, como

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no nosso caso, ou pelo próprio autor/investigador, quando a pesquisa é de cunho

particular. Para a conclusão do curso de especialização que está sendo agora

desenvolvido, o TCC terá a estruturação de um artigo monográfico.

Um artigo monográfico consiste em um texto técnico-científico em que o

autor/pesquisador apresenta os objetivos da pesquisa que foi realizada; a relevância e

a aplicabilidade do estudo; os passos metodológicos por meio dos quais desenvolveu

o trabalho; o detalhamento dos dados coletados; os resultados alcançados e,

finalmente, a interpretação desses resultados.

Ressaltamos que, para a realização dessa última etapa, será preciso que o autor

fundamente-se em referências teóricas consistentes e pertinentes a sua área de

estudo, sendo capaz de discutir os dados coletados, relacionando-os com seus

objetivos, identificando assim o que foi conquistado e quais as conclusões

provenientes da pesquisa. É preciso destacar ainda que, ao final do artigo, o autor

deverá indicar o elenco de autores utilizados para o embasamento teórico de seu

estudo.

Durante o desenvolvimento da pesquisa, as discussões entre o aluno e o seu

orientador é que norteiam metodologicamente o trabalho. Portanto, a estruturação do

seu trabalho, os autores que irão compor a fundamentação teórica, o número de

páginas que irão constituí-lo, entre outros aspectos, serão a posteriori determinados.

Atividade da Unidade A:

Após a conclusão da unidade, pesquise trabalhos desenvolvidos na área da

Educação Especial. A partir dos textos encontrados, identifique as temáticas que são

atualmente discutidas, fazendo uma listagem delas e disponibilizando-a em seguida

no diário de bordo, conforme as orientações do professor. Você verá na próxima

unidade que, com esse processo, estamos dando início a sua pesquisa.

Você poderá localizar as pesquisas referidas acima nos seguintes endereços:

- http://www.ufsm.br/gpesp/projetos/default.htm

- http://www.ufrgs.br/faced/pesquisa/nepie/

- http://www.saci.org.br/

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Além disso, você poderá também realizar buscas em sites específicos para esse

fim:

- www.google.com.br

- www.cade.com.br

- www.altavista.com.br

Referências da Unidade A: AYALA, E. J. Z. Temas sobre Ciência e Pesquisa: seleção de algumas unidades

textuais básicas. In: Revista Educação Especial/Universidade Federal de Santa

Maria. Centro de Educação/Departamento de Educação Especial/Laboratório de

Pesquisa e Documentação – LAPEDOC. Vol. 1 (2004) – Nº 23 (2004) – Santa Maria.

GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 1999.

MARQUES, M. O. Escrever é preciso: o princípio da pesquisa. Ijuí: Editora da Unijuí,

2003.

MINAYO, M.C.S. (Org). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 19. ed.

Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

TEIXEIRA, E. As três metodologias: acadêmica, da ciência e da pesquisa.

Petrópolis: Vozes, 2005.

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Unidade B – ORIENTAÇÕES INDIVIDUAIS NO DESENVOLVIMENTO DAS PRODUÇÕES CIENTÍFICAS Toda e qualquer atividade de pesquisa tem como ponto de partida a

identificação de um tema, ou seja, do que se quer pesquisar. No entanto, tal ato

pressupõe uma pesquisa prévia, que se realiza por meio da leitura; não só da leitura

de publicações pertinentes à área estudada, mas também da “leitura” das situações

cotidianas que constituem as vivências acadêmicas e profissionais do pesquisador,

em meio às quais ele provavelmente irá identificar a sua situação problema. Assim,

com esta unidade, convidamos você a compreender o que é preciso para que uma

pesquisa tenha início e, a partir disso, começar a desenvolver a sua produção

científica.

B.1 – Orientações individuais no desenvolvimento das produções científicas

Figura 4: O que eu estou buscando?

“Ir à procura de algo diferente, guiado pelo desejo de encontrar o novo, o

inusitado, o sequer por nós suspeito, o original porque descoberta nossa, isso é

pesquisar” (MARQUES, 2003, p. 92).

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Assim Mario Osório Marques introduz as suas reflexões acerca da complexa

tarefa de descobrir o que se quer pesquisar. O que eu estou buscando afinal? O que

eu quero encontrar? Qual é o assunto que atualmente me provoca inquietações, que

me desperta o desejo de saber mais? Essas são algumas perguntas que o sujeito

deverá se fazer no momento de constituir o tema e as hipóteses de sua pesquisa,

porque é exatamente a partir do estabelecimento desses aspectos que o processo

investigativo tem início. Conforme nos lembra Salomon (2004, p. 273), a determinação

do assunto que será tratado representa a primeira fase no processo de realização de

uma pesquisa. Nesse sentido, o autor esclarece que escolher um assunto significa:

a) preferir de acordo com as próprias inclinações e possibilidades uma

questão em meio a tantas que surgem no âmbito de cada objeto científico;

b) descobrir um problema relevante que mereça ser investigado

cientificamente e tenha condições de ser formulado e delimitado

tecnicamente em função da pesquisa (SALOMON, 2004, p. 273).

“Preferir de acordo com as próprias inclinações e possibilidades” significa

constituir um tema de pesquisa que nos seja significativo (enquanto pesquisadores);

para tanto, devemos conseguir identificá-lo em nossas experiências acadêmicas e/ou

profissionais. Isso porque, quando partimos de uma situação real, temos maior

probabilidade de, ao final da investigação, visualizar a aplicabilidade dos seus

resultados. Para tanto, o pesquisador deve olhar para dentro de sua prática, de suas

vivências, identificando nelas aquilo que está falho, aquele saber insuficiente, aquele

problema nunca compreendido.

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Figura 5: Identificando a produção existente na área em que desejo pesquisar.

O tema da pesquisa nada mais é do que o seu objeto de estudo, um assunto a

ser pesquisado. Uma vez descoberto, devemos procurar identificar se ele já foi

explorado; qual a produção científica existente relacionada a este objeto; quais as

publicações3 já disponíveis acerca do assunto em questão. A importância dessas

ações está evidenciada nas palavras de Lakatos (apud RECHE, 2001, p. 92), ao

afirmar que:

Certamente o investigador teria muitos ganhos ao situar-se explicitamente

sinalizando as relações de sua investigação com os resultados

anteriormente encontrados e publicados por outros pesquisadores. (...) é

necessário que o pesquisador considere e evidencie também o resgate

histórico dos achados das pesquisas anteriormente desenvolvidas, quando

definir e apresentar seu objeto de estudo no contexto de um projeto de

pesquisa.

3 (ASSUNTO) - Publicações: Você poderá encontrar uma relação de publicações no endereço: http://www.marilia.unesp.br/atividades/pesquisas/escr_pesq/qualeduc.htm. Acesse-o, identifique as publicações que achar interessantes e pesquise os temas em Educação Especial que já foram ou estão sendo discutidos.

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Assim, fazer uma pesquisa prévia4, ou seja, sair em busca de produções já

existentes sobre o assunto que desejamos investigar, possibilita-nos encontrar, nos

achados das pesquisas já concluídas, novas possibilidades de investigações. As

elucidações presentes em tais estudos podem despertar em outros pesquisadores

novas reflexões e questionamentos acerca do tema em questão.

Nesse momento, é preciso ressaltar que, se identificarmos que nosso tema já foi

exaustivamente explorado e que, por isso, encontra-se claramente estabelecido,

devemos buscar um novo objeto de estudo. Nas palavras de Marques, “não se busca

o que já se tem, nem se descobre o que já se sabia” (2003, p. 94). A esse respeito,

ressaltamos ainda que todo o desenvolvimento do trabalho vai depender do assunto a

ser investigado, por isso devemos dispor de tempo suficiente para que as idéias sejam

amadurecidas e estabelecidas com seriedade.

Após todos os esforços para a identificação do que se pretende pesquisar e da

análise de sua relevância social e científica, apresenta-se então a necessidade de

delimitação do tema escolhido. Delimitar o seu tema significa determinar

objetivamente qual será a perspectiva pela qual você irá enfocá-lo. Conforme

Salomon (2004, p. 286), a maneira mais eficaz de se fazer tal delimitação é converter

o seu tema em tópico e, em seguida, formulá-lo como um problema de pesquisa. Para

facilitar a sua compreensão, citaremos o exemplo que o autor utiliza:

ü Tema: “A participação da comunidade na implantação de políticas de mudanças”. ü Tema Convertido em Tópico: “Formas mais eficazes de participação de uma

comunidade”.

ü Problema: “Na história da comunidade X, quais formas de participação têm sido

utilizadas?”

Como vimos, quando elaboramos nosso problema de pesquisa, não devemos

afirmar ou negar algo. Em forma de questionamento, ele irá nortear todo o processo

investigativo, sendo respondido somente ao final da pesquisa.

4 (ASSUNTO) - Pesquisa Prévia: Acesse os sites das bibliotecas de algumas universidades; neles você poderá encontrar as monografias, dissertações e teses que foram produzidas nessas instituições. Como exemplo, citamos o endereço do site da biblioteca da UFSM: http://bibweb.si.ufsm.br/

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Conforme Monteiro Filho (2006), é importante que analisemos também quais as

finalidades da problematização. Assim, o autor afirma que tal processo, quando

adequadamente feito, pode apresentar os seguintes resultados:

ü guiar o pesquisador durante o primeiro momento da elaboração da sua

investigação, uma vez que uma das maiores dificuldades apresentadas pelos

alunos nesta fase do trabalho é identificar por onde ele deve começar a

“caminhar” e, nesse sentido, a delimitação da problematização mostra o

caminho a ser percorrido;

ü impedir que o pesquisador despenda tempo em aspectos que são

desnecessários para a sua investigação, tanto na parte teórica quando na

prática, uma vez que estabelece os fatores que são realmente úteis,

necessários, relevantes e pertinentes à pesquisa, excluindo-se assim aquilo

que não interessa ser analisado na pesquisa em questão.

A problematização nasce então como uma fase essencial na elaboração do

TCC. Mas em que ela consiste?

Ainda segundo Monteiro Filho (2006), problematizar significa identificar as

perguntas que ao final do trabalho serão respondidas e que demonstrarão a utilidade

e a pertinência do trabalho. A partir da elaboração do problema (ou da

problematização), o pesquisador deve pensar em seus objetivos, tendo em mente

quais as ações que o estudo deverá propor para responder ou não ao seu problema

de pesquisa.

Na maioria das vezes, o problema pode ser desdobrado em outros

questionamentos que, no decorrer da pesquisa, devem ser confirmados ou refutados.

Surge, então, o conceito de hipótese.

Conforme Marques (2003, p. 95), “enunciar uma hipótese é, portanto, ter uma

proposta de encaminhamento do tema”. Ou seja, as hipóteses correspondem a uma

possibilidade de resposta ao problema da pesquisa. Sendo assim, uma das hipóteses

a priori levantadas deverá necessariamente, após a análise dos dados que emergiram

na coleta, ser verdadeira. Logicamente, se ao final do estudo nenhuma das hipóteses

for comprovada, o pesquisador deverá continuar a sua análise até que a resposta

para a sua problematização seja encontrada.

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O que se espera é que o investigador, após esse processo de problematização,

tenha condições de dar continuidade ao seu trabalho, tendo em mente o que quer

pesquisar, aonde quer chegar e quais os caminhos que deverá trilhar para encontrar

as suas respostas.

Mas como dar continuidade a sua pesquisa a partir de agora? Até aqui você

selecionou o seu tema, identificou a sua relevância e delimitou a perspectiva na qual

será abordado. Agora, retome os conteúdos discutidos na disciplina Pesquisa

Educacional I para traçar as diretrizes metodológicas que orientarão a sua pesquisa.

Figura 6: Retomando as discussões anteriores

Como já afirmamos anteriormente, para a realização da investigação é

imprescindível a elaboração de um planejamento prévio de todos os passos que irão

constituir o percurso científico da pesquisa. As orientações para a organização de tal

planejamento (projeto de pesquisa) já foram discutidas e, por esse motivo, não iremos

aqui novamente abordar tais aspectos. Interessa-nos agora trabalhar os passos que

devem ser percorridos quando da conclusão da aplicação prática de tal planejamento.

Ressaltamos novamente que o seu TCC será apresentado na forma de um

artigo monográfico, que será resultante da elaboração da análise descritiva do

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assunto que foi por você investigado. Então, depois da identificação do objeto de sua

pesquisa, da elaboração do projeto para a realização desta última e de sua aplicação

prática, quando você já estiver com seus dados coletados, chegará o momento de

você apresentar à comunidade científica as contribuições trazidas pelo seu trabalho.

Como fazer isso? Por meio de seu artigo. Assim, na próxima unidade, trabalharemos

aspectos referentes à elaboração desse texto, discutindo principalmente a relação

necessária entre dados coletados e suporte teórico.

Atividade da Unidade B: Vamos agora elaborar o seu projeto. Para isso, retome o conteúdo de Pesquisa

Educacional I. Seu professor irá orientá-lo nesta atividade. Portanto, participe do

fórum para que as dúvidas iniciais sejam discutidas. Maiores informações estarão

disponíveis na agenda da disciplina.

Referências da Unidade B: AZEVEDO, I.B. O prazer da produção científica: descubra como é fácil e agradável

elaborar trabalhos acadêmicos. São Paulo: Prazer de Ler, 2000.

MARQUES, M. O. Escrever é preciso: o princípio da pesquisa. Ijuí: Editora da Unijuí,

2003.

MINAYO, M.C.S. (Org). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 19. ed.

Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

MONTEIRO FILHO, R. W. B. A problematização de questões e a estruturação de

uma Tese: noção de problema e de hipótese. Disponível em

www.fadisp.com.br/artig10.htm. Acesso em: 05 mar. 2006.

MONTEIRO FILHO. A problematização de questões e a estruturação de uma Tese – noção de problema e de hipótese. Disponível em

www.fadisp.com.br/artig10.htm. Acesso em: 05 mar. 2006.

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RECHE, C. C. Aplicabilidade dos resultados de pesquisa em sala de aula. In:

NAUJORKS, M. I.; SOBRINHO, F. P. N. (Orgs.). Pesquisa em Educação Especial: o

desafio da qualificação. Bauru, SP: EDUSC, 2001.

SALOMON, D. Vieira. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes,

2004.

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Unidade C – LEVANTAMENTO COLETIVO SOBRE AS CONDIÇÕES ALCANÇADAS NA EXPOSIÇÃO DOS CONHECIMENTOS PRÉVIOS RELACIONADOS À TEMÁTICA LANÇADA

Esperamos que, com os aspectos que são trabalhados nesta unidade, você

tenha condições de compreender como se constrói o embasamento teórico de um

estudo. Para tanto, você necessitará buscar aquilo que já foi previamente lido, pois

são as suas leituras prévias relacionadas à temática escolhida que irão dar-lhe a base

para a construção que aqui objetivamos. Terminada então a parte prática da

investigação, inicia-se o momento de analisar os dados que foram coletados durante a

pesquisa, na busca da compreensão do fenômeno que se está estudando. Assim,

vamos voltar-nos agora à construção teórica do artigo, na qual deverá constar a

articulação entre as argumentações do autor da pesquisa e as dos autores

“convidados” para a sua fundamentação teórica.

C.1 - Levantamento coletivo sobre as condições alcançadas na exposição dos conhecimentos prévios relacionados à temática lançada.

“Conhecerem os homens mais e melhor a si mesmos e a seus mundos significa

ouvirem uns aos outros e argumentarem sobre temas que privilegiem. Isso é

pesquisar” (MARQUES, 2003, p. 107).

Não construímos conhecimento do nada, não o inventamos simplesmente. A

incessante busca pela compreensão dos fenômenos que compõem nossa sociedade

é que nos obriga a conhecer cada vez mais, o que, por sua vez, remete-nos ao

progresso, à ciência. Constituímo-nos como seres humanos por meio dessas

aprendizagens, e o mundo constitui-se como mundo devido às nossas descobertas.

Aprendemos uns com os outros, absorvemos aquilo que nos é significativo de uma

vivência. Assim, esses conhecimentos devem ser transmitidos, comunicados, a fim de

que possamos nos desenvolver mais. Conforme ressalta Marques (2003, p. 108):

“qualquer proposição necessita ser posta em discussão numa busca cooperativa de

acordos sobre a verdade”.

Encontramos então a lógica do pesquisador: partir de experiências e sentir a

necessidade de validar os discursos que acreditar serem verdadeiros. Esse exercício

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de validação daquilo que acredita consiste em um processo no qual o pesquisador

não está sozinho. É preciso que os conhecimentos sejam postos em discussão e,

para isso, convocamos a comunidade científica a participar do processo.

Figura 7: O pesquisador e seus “convidados” conversando

Em outras palavras, estamos aqui entrando na construção da fundamentação

teórica de um estudo. Fundamentar teoricamente um trabalho científico significa iniciar

uma “conversa” com outros autores para os quais o tema em questão também se

constitui em objeto de estudo. A esse respeito, Marques (2003, p. 98) afirma que:

Cumprida a primeira tarefa de desenhar seu tema (...), cabe agora ao

pesquisador convocar uma específica comunidade de argumentação em

que se efetive o unitário processo de interlocução e certificação social de

saberes postos à discussão. (...) trata-se de comunidade especialmente

convidada para o debate em torno de determinada temática. E quem a

convoca é o pesquisador (...). Melhor seria dizer que quem convoca é o

tema e os convidados são os nele interessados.

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Nesse contexto, os outros autores serão convidados a contribuir com nossa

pesquisa por meio de suas vivências na área em que estamos desenvolvendo o

estudo.

E qual o papel a ser desempenhado pelo pesquisador nessa conversa?

Há aqueles que pensam que devem apenas servir de simples articuladores entre

os autores “convidados”, não se fazendo presentes aos “diálogos” travados. No

entanto, acreditamos que o autor (pesquisador) não pode deixar de mostrar-se. Deve

sim “conversar” produtivamente com os autores a quem o tema em questão já serviu

ou serve ainda como objeto de questionamentos. O autor/pesquisador deverá estar

atuando como o sujeito que constrói as argumentações e, para tanto, a todo o

momento deverá expor o que pensa, o que já conhece do assunto, por que concorda

com os autores em questão, etc. Cabe aos outros, aos convidados, o papel de

contribuir por meio das suas vivências no campo da pesquisa, fundamentando assim

o que está sendo discutido pelo autor/pesquisador.

Figura 8: Copiando e colando!!! Cuidado!

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Trata-se de um trabalho que exige muita dedicação. Chamar outros

interlocutores para o nosso texto não significa simplesmente reproduzir as suas falas

em um dado momento. É necessário que tenhamos a consciência de que determinado

fragmento de texto, idéia ou pensamento pode assumir diferentes sentidos quando

inserido em diferentes contextos. Assim, é imprescindível que tenhamos respeito pela

obra daqueles que convidamos para a nossa “conversa”. Portanto, no momento em

que trouxermos suas palavras para o nosso trabalho, devemos cuidar para que o

sentido que o autor lhes deu seja preservado.

A construção da fundamentação teórica5 de um estudo não possui uma

estruturação única, fixa, imutável. Em vez disso, cada pesquisador poderá organizar

seu texto da maneira que achar mais adequada. No entanto, basicamente, a

“conversa” deverá apresentar as idéias do pesquisador e os dados que emergiram na

sua coleta para exemplificar as suas afirmações. Nesse contexto, os posicionamentos

dos autores convidados deverão cumprir a missão de comprovar teoricamente aquilo

que se está discutindo. Ou seja, a citação daqueles cujo conhecimento científico é

reconhecido na área em que estudamos pode conferir a nossa pesquisa a veracidade

de que ela necessita. Empregamos aqui a expressão “pode” porque queremos

ressaltar que utilizar autores reconhecidos por si só não transforma o trabalho em uma

produção consistente.

A esse respeito, esclarecemos que relacionar os dados de nossa pesquisa com

as teorias já existentes e reconhecidas na comunidade científica pode imprimir ao

nosso trabalho um caráter de seriedade. No entanto, tal procedimento apenas

resultará em uma produção consistente quando derivar de um processo profundo e

contínuo de leituras relacionadas a nossa área de estudo. Apenas com o cultivo do

hábito da leitura é que teremos condições de apropriarmo-nos com segurança daquilo

que os “outros” estão “falando” e assim trazer tais “falas” para o contexto do nosso

trabalho.

5 (ASSUNTO) - Construção da fundamentação teórica: Acesse o site do Núcleo de Estudos de Política de Inclusão Escolar/UFRGS, identifique uma pesquisa que lhe pareça interessante, leia-a e analise como se dá a construção do referencial teórico nesse estudo. O endereço do site do NEPIE é: http://www.ufrgs.br/faced/pesquisa/nepie/.

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Figura 9: Ler para descobrir, para aprender, para conhecer!

Ler significa ampliar o horizonte de conhecimentos, por isso o ato de ler é

condição inerente a qualquer pesquisador. Não fazemos pesquisa sem leitura, assim

como não buscamos o que ler se não estamos pesquisando. Falamos aqui não

apenas de ciência, mas sim de uma leitura que tem como sentido a busca, a procura,

o querer descobrir, decifrar. Por isso, a construção de um texto é o produto do

exercício contínuo da leitura: lemos para escrever e então escrevemos, lemos o que

foi escrito por nós para então reescrevê-lo. Assim, Marques (2003, p. 90) afirma:

E uma conclusão se impõe, de ordem prática: importa escrever para

buscar o que ler; importa ler para reescrever o que se escreveu e o que se

leu. Antes o escrever, depois o ler para o reescrever. Isso é procurar; é

aprender: atos em que o homem se recria de contínuo, sem se repetir. Isso

é pesquisar.

Compreendido o que significa um referencial teórico e quais os papéis

correspondentes a cada sujeito convidado a participar da produção, partimos para a

sua elaboração. Se tomarmos como ponto de partida do processo de construção de

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nosso artigo monográfico a identificação do tema que queremos investigar, devemos

concordar que nossa pesquisa, nesse momento, está em pleno desenvolvimento.

Identificamos o tema, elaboramos o projeto, realizamos a pesquisa, chamamos os

convidados para a construção das bases teóricas e, então, como último ato,

estruturamos o nosso artigo, o que será discutido na próxima unidade.

Atividade da Unidade C: Agora que você já terminou a leitura da unidade, vamos pesquisar em

http://www.educacaoonline.pro.br/, selecionar um dos artigos publicados no site

(lembre-se de escolher aquele que possua um tema relacionado à pesquisa) e

analisar a forma como os autores estabelecem o “diálogo” com seus “convidados”. De

que forma os dados das pesquisas foram apresentados aos leitores? Você, enquanto

leitor, conseguiu compreender o que o autor do artigo quis lhe transmitir? Sentiu

dificuldades? Disponibilize essas contribuições no seu diário de bordo, conforme as

orientações da agenda da disciplina.

Referências da Unidade C: MARQUES, M. O. Escrever é preciso: o princípio da pesquisa. Ijuí: Editora Unijuí,

2003.

SALOMON, D. Vieira. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes,

2004.

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Unidade D – REVISÃO GERAL DA ESTRUTURA REDACIONAL MONOGRÁFICA NA COMPOSIÇÃO TEÓRICA, METODOLÓGICA E ARGUMENTATIVA DOS AUTORES

Realizar uma pesquisa significa centrar-se em um determinado tema, buscar

dados que possibilitem ao pesquisador compreender o fenômeno que investiga e, a

partir das hipóteses inicialmente lançadas, responder ao problema gerador da

investigação. Nesse sentido, com esta unidade, chamamos você a refletir sobre os

aspectos finais necessários ao seu artigo monográfico, objetivando que você

estruture-o, organize-o e apresente-o à comunidade científica.

D.1 - Revisão geral da estrutura redacional monográfica na composição teórica, metodológica e argumentativa dos autores

Figura 10: Pesquisador e orientador: mediações, interações, trocas.

É chegada a hora de concluir o seu artigo. O trabalho, a partir de agora, poderá

parecer muitas vezes solitário. Apesar de o seu orientador estar presente nas horas

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em que você precisar, pois cabe a ele guiá-lo nas decisões mais difíceis, é você quem

precisa escrever.

Estruture o seu trabalho tendo em mente tudo o que foi discutido até este

momento. Lembre-se de que consistência, continuidade e coerência são fatores

essenciais na sua escrita. Pense em Marques (2003, p. 97), quando ele afirma que:

Trata-se agora de trabalhá-lo por partes, internamente, de recheá-lo com a

consciência de que mexer nas partes é mexer no todo. Muita coisa se há

de modificar, mesmo tudo, senão não seria uma pesquisa. Mas jamais nos

podemos descuidar dessa unidade, coerência e consistência. Acrescentar

não é amontoar, é reorganizar. Suprimir não é simplesmente tirar algo, é

dar configuração mais precisa. Todo o fruto de longo esforço pode que

tenhamos que deixá-lo à parte, porque não cabe aqui e agora. Sacrifícios

que se exigem em nome dos valores maiores da coerência e consistência.

Tenha em mente que o artigo está sendo feito para os outros, para aqueles que

irão conhecer a sua pesquisa e que poderão, a partir de suas contribuições,

vislumbrar novas possibilidades de investigação. Esse é o fim maior de um processo

investigativo: transmitir novos conhecimentos e colaborar para que a sociedade

continue progredindo. Por isso, priorize a clareza nas suas idéias e a continuidade

desta na estruturação de seus pensamentos, quando estes forem transpostos para o

papel. Faça-se compreender pelo seu leitor.

Como já explicamos anteriormente, não existe uma forma certa ou errada de

construirmos um artigo científico. Normalmente, cada autor obedece às normas

indicadas pela sua instituição de ensino e, ainda assim, cada professor poderá definir

como deseja elaborar o seu trabalho. Portanto, converse com seu orientador para

definir como vai se dar a estruturação final do seu TCC.

No entanto, acreditamos que você precisará iniciar o seu artigo apresentando o

tema que irá ser discutido, bem como as razões de estar pesquisando tal temática. O

problema da pesquisa e os seus objetivos deverão igualmente ser apresentados para

que o leitor compreenda o que você pretendia com o estudo em questão. Os passos

trilhados no desenvolvimento da pesquisa, o método, a abordagem, os sujeitos, os

instrumentos utilizados para a coleta, etc., deverão também ser elucidados. É

importante que o leitor conheça como o estudo foi sistematizado e desenvolvido.

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A relação entre embasamento teórico e resultados da pesquisa poderá ser

apresentada em um mesmo momento, ou seja, é possível estabelecer um diálogo

entre os autores convidados e suas contribuições na área do estudo e o pesquisador

e os dados que emergiram durante a sua investigação. Porém, também é possível

optar em discutir cada item de forma separada: primeiramente, trazemos os autores,

apresentando-os e introduzindo as suas idéias que dão embasamento a nossa

pesquisa e, logo após isso, apresentamos os resultados do estudo e as análises e

conclusões a respeito do que foi pesquisado.

Essas são combinações que você fará com seu orientador. No entanto, algumas

observações com relação às normas técnicas podem, nesse momento, ser

explicitadas. Na Universidade Federal de Santa Maria, quanto às formas de

apresentação gráfica, segue-se o Manual de Dissertações e Teses - MDT, que

adota as seguintes recomendações6:

- A impressão deve ser em papel A4 (21,0 cm x 29,7 cm) branco, em apenas

uma das faces da folha, em cor preta, que é a mais recomendada para a redação de

textos, com exceção das figuras, que podem ser impressas em cores;

- As margens devem ser as seguintes:

a) esquerda: 3 cm;

b) direita: 2 cm;

c) superior: 3 cm;

d) inferior: 2 cm;

- Utilize fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12, para o texto, e fonte

tamanho 10 para legendas de tabelas e ilustrações, para citações longas (mais de três

linhas) e para notas de rodapé;

- O espaçamento no corpo do texto deve ser de 1,57.

6 (ASSUNTO) - MDT/UFSM: dados retirados da versão do MDT disponível no endereço: http://coralx.ufsm.br/prpgp/. 7 (ASSUNTO): você encontrará todas as outras orientações necessárias em relação às normas técnicas em: http://coralx.ufsm.br/prpgp/, ou na versão impressa do mesmo material, disponível para compra na livraria da UFSM.

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Essas são as informações que consideramos as mais importantes em relação à

formatação técnica do trabalho. Contudo, existem outras exigências para a publicação

de artigos científicos, que dependerão exclusivamente da obra em que se deseje

publicar. Objetivando facilitar a visualização de tais normas, disponibilizamos para

você as instruções para publicação na Revista Educação Especial8, revista do

Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Maria, que se constitui de uma

dentre tantas outras possibilidades de publicação para o seu TCC:

INSTRUÇÕES GERAIS PARA PUBLICAÇÃO NA REVISTA "EDUCAÇÃO ESPECIAL" CE/UFSM9

- A Revista "EDUCAÇÃO ESPECIAL", editada pelo Departamento de Educação

Especial/Centro de Educação/Universidade Federal de Santa Maria, objetiva veicular

estudos, pesquisas e experiências na área para ampliação do horizonte e

aprofundamento de temas concernentes à Educação Especial, apresentados em

forma de ensaios, artigos, relatórios de pesquisa, relatos de experiências, sínteses,

resenhas. As cópias das colaborações, publicadas ou não, ficarão retidas.

- Os textos em geral deverão ter uma extensão entre 2.500 e 3.500 palavras,

digitados em espaço 1,5.

- Os textos de resenha deverão ter cerca de 1.200 palavras. Essa produção

deverá apresentar o comentário sobre uma obra recente, ou sobre o relançamento de

algum clássico, no campo da educação. O autor deverá situar o campo a que a obra

pertence, apresentar as principais idéias do autor e apresentar uma apreciação crítica,

referindo-se a sua contribuição para o contexto teórico e prático da educação.

- Os trabalhos deverão ser encaminhados obrigatoriamente por correio (em

disquete e em duas cópias impressas). O texto deverá estar digitado no editor

Microsoft Word ou no Page Maker, em fonte Arial tamanho 10. Se possuir tabela ou

quadro, estes deverão vir redigidos, preferencialmente, já no Page Maker e inseridos

nos locais adequados do texto.

8 (ASSUNTO) - Revista Educação Especial: para conhecer melhor a Revista Educação Especial, acesse http://www.ufsm.br/ce/revista. Você encontrará nesse endereço inclusive artigos pertencentes à publicação e disponíveis para download. 9 (ASSUNTO) - Instruções Gerais para Publicação: você encontrará outras revistas importantes na área para publicar artigos. Os endereços para acesso a essas revistas encontram-se nas referências deste Cd Didático.

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- O(s) nome(s) do(s) autor(es), por extenso, deverá(ão) ser colocado(s) em

página em separado para assegurar o anonimato no processo de avaliação. O autor

deverá indicar endereço e e-mail para divulgação no artigo. O autor também deverá

colocar o nome da instituição à qual está vinculado, o cargo, o endereço para

correspondência, telefones para contato e fax.

- Cada artigo deverá ser encabeçado por um título em português e em inglês,

apresentando um resumo de no máximo duzentas e cinqüenta palavras, em português

e em inglês (abstract) - (Ver NBR6023/ago. 2002 da ABNT). O resumo não deverá ser

redigido na primeira pessoa e deverá conter o foco temático, o objetivo, o método, os

resultados e as conclusões do trabalho. Deverão ser indicadas três palavras-chave,

em português e em inglês. Os textos devem ser inéditos. Podem ser escritos em

português, espanhol, francês, inglês, alemão ou italiano.

- Os textos devem ser escritos de forma clara e fluente. As notas de rodapé

devem ser utilizadas para alguma informação de caráter explicativo, não excedendo

200 palavras.

- A revisão ortográfica e gramatical é de responsabilidade do(s) autor(es) do

artigo.

- A redação do texto e as referências bibliográficas deverão ser redigidas

segundo as normas da ABNT (NBR6023/ago.2002). Incluir somente obras

mencionadas no texto.

- Os autores, exclusivamente, respondem pelos conceitos, informações e

afirmações emitidos. A título de direitos autorais, os autores receberão três

exemplares do número da revista em que seu artigo for editado; no caso de mais de

um autor, somente o primeiro será contemplado.

- A Revista reserva a si o direito autoral sobre as matérias publicadas. Permite

citações e transcrições integrais delas, desde que seja citada a fonte.

- A Revista reserva a si o direito de publicar ou não as contribuições recebidas. A

triagem será feita (1) pela Comissão Editorial e/ou (2) pelo Conselho Editorial e/ou (3)

por Conselheiros ad hoc.

- A seleção dos artigos a serem publicados terá como referência a orientação da

política editorial da Revista, bem como sua consistência teórica e metodológica. Cada

artigo será analisado por dois membros do Conselho Editorial (ou especialista ad hoc),

sendo necessários dois pareceres favoráveis. No caso de um parecer ser favorável e

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outro negativo, o trabalho será analisado por um terceiro membro. O autor principal

será notificado pelo presidente do Conselho Editorial quanto ao parecer emitido para o

seu trabalho, tenha ele sido recomendado, recomendado com alterações ou não

recomendado para publicação. A notificação será acompanhada de cópia do conteúdo

do parecer, sem a identificação do parecerista.

Figura 11: Enfim... sua obra está concluída!

Atividade da Unidade D: Chegamos aos momentos finais da realização do seu TCC. A partir de agora,

precisamos concluir o seu trabalho. Desse modo, vamos participar de um fórum de

discussão, no qual suas dúvidas deverão ser esclarecidas. Nessa atividade,

estaremos disponíveis para orientá-lo na conclusão de seu artigo monográfico. Bom

trabalho!

Maiores informações sobre o fórum estarão disponíveis na agenda da disciplina.

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Referências da Unidade D: MARQUES, M. O. Escrever é preciso: o princípio da pesquisa. Ijuí: Editora Unijuí,

2003.

Revista Educação Especial/Universidade Federal de Santa Maria. Centro de

Educação/Departamento de Educação Especial/Laboratório de Pesquisa e

Documentação – LAPEDOC. Disponível em:

http://www.ufsm.br/ce/revista/normas.htm. Acesso em: 05 mar. 2006.

SALOMON, D. Vieira. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes,

2004.

UFSM. MDT - Estrutura apresentação de Monografias/Dissertações e Teses.

Disponível em: http://coralx.ufsm.br/prpgp/. Acesso em: 06 mar. 2006.

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