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1
Samantha Galvão Nunes
PESQUISA E TECNOLOGIA DESASFIO CONSTANTE
NA CAPACITAÇÃO E FORMAÇÃO DO PROFESSOR.
RIO DE JANEIRO
2004
2
AGRADECIMENTOS
A todos os autores, corpo docente
do “Projeto a Vez do Mestre”, e
aos meus pais Augusta e José que
direto e indiretamente,
contribuíram para a confecção
desse trabalho acadêmico.
3
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho acadêmico ao
meu marido Marcos e minha prima
Sandra, que tanto colaboraram
para confecção e o
aperfeiçoamento desse trabalho. E
é claro a Deus que deu me força
para concluir esse trabalho.
4
RESUMO
Ao longo dos anos viemos observando que a maioria dos alunos e
professores, não tem a consciência, nem tão pouco o conhecimento de
como é, e para que devemos pesquisar. E existem muitas perguntas sem
respostas como: Para que o professor propõe a pesquisa e para que essa
pesquisa e utilizada? E quais as tecnologias que devemos usar para
construir o conhecimento? Será que todos os professores têm o
conhecimento que temos usado á muitos anos tecnologias, como quadro de
prega, e mesmo o quadro de giz, entre outros recursos já usados?
Diante a toda essas reflexões, ainda há a preocupação de professores,
alunos e responsáveis em saber com que objetivo o professor propõe a
pesquisa, qual a sua viabilização e seu contexto esta dentro das
necessidades sociais.
Quanto ao professor sua postura esta atendendo a necessidade de uma
educação inovadora, criativa e emancipadora para a construção do
conhecimento.
E a tecnologia, hoje é um instrumento importante na educação esteja, sendo
usada para cumprir e facilitar a construção do conhecimento inovador.
Através desse estudo espero demonstrar, que a pesquisa e a tecnologia
esta presente há muito tempo em nossa sociedade.
E ainda para viabilizar tanto a pesquisa, quanto a tecnologia é preciso
mudanças de atitudes, começando com a valorização da criatividade e
ampliação de uma leitura de mundo para os futuros profissionais.
E possibilitar aos nossos futuros professores uma formação adequada às
novas necessidades sociais.
E principalmente reestrutura as instituições nas atualizações pedagógicas
continuadas, na qual o professor seja incentivado e incentive seu aluno,
proporcionando uma formação de troca mútua.
5
METODOLOGIA
A metodologia utilizada neste estudo se destina a referências, bibliografias,
conteúdos teóricos e vivencia adquirida no decorrer do curso de tecnologia
educacional.
6
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I 10
O QUE É PESQUISA? 10
CAPÍTULO II 22
TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO 22
CAPÍTULO III 32
FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DO PROFESSOR 32
CONCLUSÃO 43
BIBLIOGRAFIA 44
ÍNDICE 46
7
Introdução
Mediante as dificuldades dos alunos em fazer pesquisa, e a
preocupação de seus responsáveis em não entenderem o objetivo pelo qual,
o professor propõe a pesquisa ao seu aluno, e se o professor está realmente
exercendo o seu papel de orientador desta pesquisa, possibilitando que seu
aluno tenha capacidade de criar seu próprio método para pesquisar, que
consiga chegar às fontes de conhecimento que estão em nossa sociedade e
ainda orienta-lo para a infinidade de informações que tem no mundo, tendo
um olhar critico e próprio da realidade em que vivemos. (DEMO 2001).
Ensinar a aprender é criar possibilidades para que uma criança
cheque sozinha às fontes de conhecimento que estão à sua disposição na
sociedade. A vida de hoje é caracterizada por verdadeiros bombardeios de
informação. (BAGNO, 2003).
O mundo das humanidades vê na ciência apenas um amontoado de
saberes abstratos ou ameaçadores. (MORIN, 2003).
Venho através deste estudo demonstrar que a pesquisa tem muita
importância na nossa vida em tudo o que temos e somos, pois a pesquisa
representa sobre tudo a maneira consciente, contributiva de se aprofundar
no conhecimento usando todos os instrumentos viáveis, tanto o emocional
como as novas tecnologias tornando a pesquisa consistente.
O problema principal não está no aluno, mas na recuperação da
competência do professor, vitima do sistema, desde a precariedade da
formação do professor até desvalorização profissional.
O que diferencia a educação escola de outras tantas maneiras de
educar é o fato de estar baseada no processo de pesquisa e formulação
própria. A pesquisa aprova o questionamento reconstrutivo, com qualidade
formal e política, que é a formação do sujeito de competência do
conhecimento inovador e emancipador. Competência é a condição de não
apenas fazer, mas de saber fazer e, sobretudo de refazer permanentemente
nossa relação coma a sociedade e a natureza, usando como instrumentação
8crucial o conhecimento inovador, mas que fazer oportunidade, trata-se de
fazer-se oportunidade. (DEMO, 2001).
Ao se deparar com alguns professores do ensino fundamental, pude
perceber que a pesquisa para alguns professores tem como único objetivo à
uma prova o que é muito preocupante, pois como esse aluno entenderá o
objetivo real da pesquisa se a nem mesmo o seu professor tem a
consciência neste objetivo.
Será que essa pesquisa proposta pelo professor tem essa finalidade
de construir o conhecimento e fazer com que os alunos tracem seus próprios
caminhos, e tenham “coragem” de criar novos caminhos?
Será que nós professores temos conhecimento para orientar nossos
alunos adequadamente tanto ao caminho a ser percorrido como nos
instrumentos à serem utilizados e os recursos tecnológicos como serão
utilizados?
Sabendo que nossas vidas estão cercadas de pesquisas por todo o
lado, e que ela é parte fundamental de um verdadeiro conhecimento, é que
temos que nos atentar para o real desafio que é o de pesquisar tanto para o
professor, quanto para o aluno.
Tendo consciência o significado da palavra pesquisa, que quer dizer
investigação minuciosa e sistemática, com o fim de descobrir conhecimentos
novos no domínio cientifico, artístico, etc; Será que todos nós professores
reconhecemos a pesquisa no seu integro? E ainda possamos aos nossos
alunos essa importância, então á hora de começarmos a mudar e valorizar a
pesquisa e incentivar nossos alunos á caminhar com seus próprios pés,
orientando-os e buscando juntos os novos conhecimentos.
Esse trabalho desenvolve três capítulos sobre: O primeiro capítulo
deste trabalho tratara sobre a pesquisa. O que é pesquisar? Como o
professor e o aluno devem se posicionar ao fazer uma pesquisa entre outras
questões.
Já o capítulo II tratará da questão dos recursos tecnológicos que nós
professores podemos propor aos alunos para ajudar na pesquisa.
9 O que é pesquisa, outra sobre os recursos tecnológicos, que é o quais os
recursos tecnológicos que nós professores podemos propor para auxiliar na
pesquisa. E o terceiro capítulo.
E qual a formação e capacitação profissional desse professor, nos
estão preparado para fornecer instrumentos para que nossos alunos possam
descobrir o melhor caminho para chegar à uma pesquisa com
confiabilidade? E o que fazer quando não estamos preparados para orientar
nossos alunos?
11
QUE É PESQUISA?
A definição para pesquisa, obtida no dicionário (NOVO DICIONÁRIO
AURÉLIO), fornece o significado de indagação; inquisição; busca; exame de
laboratório, análise, observação, escavação, investigação.
Podemos dizer também que pesquisa é um instrumento essencial
para criação e que apresenta valor educativo que ultrapassa a descoberta
cientifica.Segundo Demo 2003, a capacidade de questionamento, reflexão e
analise e que se torna completa quando houver uma prática para utiliza-la. .
A pesquisa é à busca de resposta para alguma coisa. Em se
tratando de Ciência a pesquisa é a busca de solução para um problema. È
na pesquisa que utilizaremos diferentes instrumentos para se chegar a uma
resposta mais precisa. O instrumento ideal deverá ser estipulado pelo
pesquisador para se atingir os resultados ideais.(DEMO,2003)
Pode-se dizer que pesquisa é como um processo normal de formação
histórica de pessoas e grupos, que introduz a adequação entre teoria e
prática. Pesquisa pode significar condição de consciência crítica, para não
ser um mero objeto de pressões alheias com isso gerar uma construção
social alternativa.
“A integração entre pesquisa e ensino,
representa um grande problema que precisa der
superado, se realmente se pretende a melhoria do
ensino”.(ANDRÉ, 2001:23)
Em relação à pesquisa não pode ser considerada somente como
busca de conhecimento, mas como atitude política é um processo que deve
aparecer em todo o trajeto educativo, como principio educativo, através de
uma proposta emancipatória. Não só para ter, sobretudo ser, é
indispensável saber. Se educar é principalmente motivar a criatividade do
próprio educando, para que surja um novo mestre jamais um discípulo, a
12atitude de pesquisa é parte intrínseca. O mais revoltante é o professor que
nunca foi além da posição de discípulo, porque não sabe elaborar ciência
com suas próprias mãos, reproduz isso no aluno.
Incentivar a criação de um novo mestre depende de uma série de
fatores, os que sejam: tempo para pesquisar. Rever conceitos de
aprendizagem, relacionando ao se ensinar. A educação parece decaída na
condição de instrução, informação, reprodução, quando deveria aparecer
como ponto de instrumentação criativa, o aprender a criar. O desafio
reconstrutivo da aprendizagem com o objetivo de contribuir para inovações
fundamentais na escola, com isso ter a pesquisa como ambiente da
aprendizagem reconstrutiva. Seria o caso de distinguir entre um
pesquisador profissional, que vive de produzir conhecimentos e o
profissional pesquisador que usa pesquisa como seu saber pensar.
A capacidade de elaboração própria, a pesquisa condensa-se numa
multiplicidade de horizontes no contexto cientifico. O pesquisador não é
somente quem sabe acumular dados mensurados, mas, sobretudo, quem
nunca desiste de questionar a realidade. A pesquisa técnica é indispensável
como informação de quadros explicativos de referencia, a capacidade de
criação discursiva e analítica. O domínio teórico significa a construção, via
pesquisa, da capacidade de relacionar alternativas explicativas, de especular
chances possíveis de caminhos ainda não conhecidos. O bom teórico é
aquele que sabe que perguntar, guarda vivo o senso critico, sabe
interpretar.(Bagno,1998)
‘ A aula copiada não constrói nada de distinto, e
por isso não educa mais que a fofoca, a conversa
fiada dos vizinhos, o bate-papo numa festa
animada. Onde não aparece o questionamento
reconstrutivo emerge propriedade educativa
escolar.” (Demo 2000:17 apud; Carvalho (org.)
2003:54)
13 A teoria coloca a discussão sobre concepções de realidade, o método
coloca a discussão sobre concepções de ciências Método é o instrumento,
o caminho; procedimento. Pesquisa metodológica é um dos horizontes
estratégicos da pesquisa, que não restringe a decorar, mas alcança a
capacidade de se discutir criativamente caminhos alternativos ou mesmo
criia-los.(DEMO,2002).
Teoria e pratica detêm a mesma relevância cientifica e constitui no
fundo um todo. Uma não substitui a outra e cada qual tem sua lógica
própria. Não se pode realizar pratica criativa sem retorno constante à teoria,
bem como não se pode fecundar a teoria sem o confronto da pratica, ou
seja, pratica/teoria são pontos fundamentais para a pesquisa, sendo
tomadas em separados o resultado não reflete a realidade.
Para a metodologia cientifica, descobrir e criar não são a mesma
coisa. O cientista nada cria, apenas detecta as relações. Pesquisar é
condição essencial do descobridor e do criar. Pode-se definir pesquisa
como a capacidade de questionamento, para descobrir e criar é preciso
primeiro questionar.
Pesquisa deve ser vista como processo social que perpassa toda vida
acadêmica e penetra na medula do professor e do aluno. Demonstra a
necessidade da pesquisa de influenciar profundamente na vida dos
professores e
alunos.( DEMO, 2002)
A pesquisa como dialogo inteligente com a realidade, fazer a
aproximação devida em pesquisar e dialogar. Dialogar no sentido especifico
de produzir troca de conhecimento, dentro de um contexto comunicativo. A
marca histórico-cultural da comunicação não é diferente da realidade social,
não é somente algo estruturalmente dado, mas em parte é feito, construído,
conquistado. Tendo a pesquisa no contexto dos interesses sociais e
políticos.( ANDRÉ,2001)
As modalidades de pesquisa são pertencentes a quatro gêneros, mas
tendo em conta que nenhum tipo de pesquisa é auto-suficiente, pois “na
prática, mesclamos todos acentuando mais este ou aquele tipo de pesquisa”.
14 Um dos gêneros de pesquisa é a pesquisa teoria, que é “dedicada a
reconstruir teoria, conceitos, idéias, ideologias, polemicas, tendo em vista,
em termos imediatos, aprimorar fundamentos teóricos”.
Outro gênero é a pesquisa metodológica, que refere-se ao tipo de
pesquisa voltada para a inquirição de métodos e procedimentos adotados
como científicos. “Faz parte da pesquisa metodológica o estudo das
paradigmas, as crises da ciência, os métodos e as técnicas dominantes da
produção cientifica”.
Pode ser citada também a pesquisa empírica, que é a pesquisa
dedicada ao tratamento da “face empírica e fatual da realidade; produz e
analisa dados, procedendo sempre pela via do controle empírico e fatual. A
valorização desse tipo de pesquisa é pela “possibilidade que oferece de
maior concentrude às argumentações, por mais tênue que possa ser a base
fatual. O significado dos dados empíricos depende do referencial teórico,
mas estes dados agregam impacto pertinente, sobretudo no sentido de
facilitarem a aproximação prática”.
E por ultimo, temos a pesquisa pratica, que se trata de pesquisa
“ligada à práxis, ou seja, à pratica histórico em termos de conhecimento
cientifico para fins explícitos de intervenção; não esconde a ideologia, mas
sem perder o rigor metodológico”. Alguns métodos qualitativos seguem esta
direção, como, por exemplo, pesquisa participante, pesquisa-ação, onde via
de regra, o pesquisador faz a devolução dos dados à comunidade estudada
para as possíveis intervenções.
O projeto da pesquisa é constituído pelas etapas de escolha do temo,
levantamento ou revisão de literatura, estabelecimento da questão a ser
respondida através de uma hipótese, confirmação ou negação da hipótese
levantada, justificativa do tema a ser estudado, definição dos objetivos,
metodologia, cronograma e recursos.
Os instrumentos de coletas de dados podem ser descritos como
questionário, entrevista, observação, analise de conteúdo, a internet, e
fichamentos.
15 A pesquisa possui todo um glossário próprio, podendo ser destacados
os termos monografia, que é um estudo cientifico, com tratamento escrito
individual, de um tema bem determinado e limitado, que venha contribuir
com relevância à ciência; metodologia, que é o estudo dos caminhos a
serem seguidos para se fazer ciência; paráfrase, que é a citação de um
texto, escrito por um outro autor, sem alterar as idéias originais; resenha, o
que é a descrição minuciosa de um livro, de um capitulo de um livro ou de
parte deste livro, de um artigo, de uma apostila ou de qualquer outro
documento; hipótese, que é a suposição de uma resposta para o problema
formulado em relação ao tema. A Hipótese pode ser confirmada ou negada.;
experimento é uma situação provocada com o objetivo de observar a reação
de determinado fenômeno; fichamneto, que são as anotações de coletas de
dados registradas em fichas para posterior consulta; dissertação que é um
trabalho de pesquisa, com aprofundamento superior a uma monografia, para
obtenção do grau de mestre, por exigência do parecer 977/65 do então
Conselho Federal de Educação.
Para que se faça pesquisa é preciso ter condição essencial que é o
descobrir e o criar, tem que existir o questionamento para que os horizontes
sejam ampliados, eliminando a “decoreba” e a cópia, e alcançando a
capacidade de se discutir os caminhos alternativos para elaborar sua própria
pesquisa.
Na pesquisa o professor é aquele que constrói conhecimento junto
com o aluno e suas realidades.
A dificuldade do aluno em fazer pesquisa é devido aos princípios
educativos, que se formou ao longo da vida escolar, porque a postura do
professor ainda ´é a de “Deus do conhecimento” e os alunos discípulos,
ambos deixam a criatividade de lado reproduzindo com isso indivíduos que
não consegue expor suas próprias opiniões e não se envolvendo no
processo educativo como membros participantes da aprendizagem onde
todos aprendem e ensinam, ou seja quando há uma intensa troca.
16“Uma coisa é aprender pela imitação,outra pela
pesquisa. Pesquisa não é somente produzir
conhecimento, é sobretudo aprender em sentido
criativo. È possível aprender escutando aulas,
tomando nota, mas aprende-se de verdade
quando se parte para elaboração própria,
motivando o surgimento do pesquisador, que
aprende construindo”. (FRANCHI,1998; apud;
DEMO, 2003:44)
O desafio é reconstruir a aprendizagem com objetivo de emancipação
começando com a distinção entre pesquisador profissional, que é aquele
que vive de produzir conhecimentos e o profissional pesquisador que é
aquele que usa a pesquisa como seu saber pensar.
O pesquisador é fenômeno político, que na pesquisa, o traduz
sobretudo pelos interesses que mobilizam os confrontos e pelos interesses
aos quais serve. A pesquisa é sempre política, por mais que dizendo que
não, que ela é neutra.
Quem ensina carece pesquisar, quem pesquisa carece ensinar.
Professor que ensina jamais o foi. Pesquisador que só pesquisa é elitista
explorador, privilegiado e acomodado.
Não se atribui a função de professor a alguém que não é basicamente
pesquisador.
Pesquisa é processo que deve aparecer em todo trajeto educativo,
como principio educativo que é, base de qualquer proposta emancipatoria.
Educar é sobretudo motivar a criatividade do próprio educando, para que
surja o novo mestre, jamais um discípulo que aceite tudo e apenas reproduz
o que aprendeu a atitude de pesquisa é intrínseca. Pesquisa toma
contornos próprios e desafiadores, a começar pelo reconhecimento de que o
melhor saber é aquele que sabe superar-se. O caminho emancipatório não
pode ir de foro, imposto ou doado, mas será conquista de dentro, construção
próprio, para lançar mão de todos os instrumentos de apoio profissionais,
material didático, equipamentos físicos, informações e recursos
17tecnológicos. Mas a fundo, ou é conquista, ou é domesticação.
(DEMO,2003)
Desmistificar a pesquisa há de significar, então à superação de
condições atuais da reprodução de discípulo, comandadas por um professor
que ultrapassou a condição de aluno.
A pesquisa tem seus horizontes múltiplos. Compreendida como
capacidade de elaboração própria, a pesquisa condensa-se numa
multiplicidade de horizontes no contexto cientifico (DEMO, 1985b). É comum
prende-la à sua construção empírica.Segundo Demo,2003:18, a pesquisa
tem horizontes múltiplos, É compreendida como capacidade de elaboração
própria, a pesquisa condensa-se numa multiplicidade de horizontes no
contexto cientifico. É comum prende-la à sua construção empírica,
metodológica, prática e participante.
1.1 Pesquisa empírica:
É apenas um horizonte dela, que com exclusividade torna-se desvirtuado do
conceito de pesquisa. O reconhecimento é que não pode fazer levantamento
empírico sem a associação dos outros horizontes como: teoria, método e
prática.
1.2 Pesquisa teórica:
è importante por proporcionar a criatividade do interprete. Domínio teórico
significa a construção, via pesquisa, da capacidade de relacionar alternativas
explicativas, de conhecer seus vazios e virtudes, sua historio, sua
consistência, potencialidade, de cultivar a polemica do dialogo construtivo,
explorar chances possíveis de caminhos ainda não explorados. O bom
teórico é aquele que sabe bem perguntar, colocando a teoria no devido
lugar: instrumentação criativa, diante de realidade dissimulada. Quem dispõe
de boa teoria, sabe interpretar, ou pelo menos sabe propor caminhos de
interpretação possível. Faz parte da pesquisa teórica:
18Ü conhecer a fundo quadros de referencia alternativos, clássicos e
modernos, ou aos teóricos relevante;
Ü atualizar-se na polemica teórica, sem modismos, para abastecer-se e
desinstalar-se;
Ü elabora previsão conceitual, atribuindo significado estrito aos termos
básicos de cada teoria;
Ü aceitar o desafio criativo de prepor a realidade à fixação teórica para que
a prática não se reduza à “prática teórica“, e para que a teoria se
mantenha em seu devido lugar, como instrumentação interpretativa e
condição de criatividade;
Ü investir na consciência critica, que se alimenta de alternativas
explicativas, do vaivém entre teoria e prática, dos limites de cada teoria.
1.3 – Pesquisa metodológica:
Nela predomina a expectativa de que método se aprende, não cria-se. E um
modelo pronto, e comum constatar, que na pesquisa metodológica todo
cientista criativo e produtivo marca sua presença no mundo cientifico na só
pela teoria e por vezes pela discussão metodológica. Preocupa-se com o
método,pois é sinal de competência, no mínimo de bom nível. Teoria coloca
a discussão sobre concepções de realidade. Método é instrumento,
caminho, procedimento, e por isso nunca vem antes de concepção de
realidade. È a metodologia que coloca mais propriamente a pretensão
cientifica e seu domínio define na prática quem é ou não cientista.
A pesquisa metodológica é um dos horizonte estratégicos da pesquisa, que
não se restringe a “decorar”. Alcança a capacidade de discutir criativamente
caminhos alternativos para a ciência e mesmo de cria-los, um exemplo
recente é a pesquisa participante, que além de recolocar a questão da teoria
19e da prática, apresenta ofensiva forte na linha de refazer caminhos
científicos.Alguns tópicos da pesquisa metodológica podem ser:
o discussão critica das metodologias em uso: dialéticas,
positivismos,estruturalismos,empirismos,positivismos,estruturalismos,sistemismos:
o propostas de metodologias alternativas: pesquisa participante,
avaliação qualitativa, hermenêutica;
o capacidade de conferir de uma teoria a concepção cientifica subjacente, garimpando nas linhas e nas entrelinhas a postura metodológicas;
o capacidade de detectar o fundo ideológico das produções
cientificas, já que são condicionadas também socialmente, do que se pode conferir a concepção de ciência e de método;
o formação crítica e emancipatória de espaço próprio;
o discussão do lugar da ciência na sociedade, que, como
técnica, tem sido tática de lucro e opressão.
1.4– Pesquisa prática:
Outro horizonte da pesquisa é a prática, por mais que as ciências sociais,
contraditórias, possam estranhar tal postura. Por caminhos surpreendentes,
as ciências sociais que tratam a práxis social histórica, tornaram-se ou
produto tipicamente teórico, ou cópia teórica.
Teoria e prática detêm a mesma relevância cientifica e constitui no fundo um
todo só. Uma não substitui a outra e cada qual tem sua lógica. Não se pode
realizar prática criativa sem retorno constante à teoria, bem como não se
pode fecundar a teoria sem conforto com a prática. (DEMO,2002)
A pesquisa prática que nunca pode ser bem-feita sem teoria, método e
empírica, é modo de produção de conhecimento, que possui ainda a
vantagem de puxar para o cotidiano a ciência. Pode resvalar facilmente para
o senso comum, mas pode adquirir tonalidades muito criativas da sabedoria
e do bom senso. Pesquisa prática não significa apenas a noção de
aplicabilidade concreta, porque seria irônica uma teoria não-aplicável, mas
sobretudo a prática como parte integrante do processo cientifico como tal.
20Conseqüência disso será que prática deve ser estritamente curricular, não
fazendo sentido a noção truncada de estágio.Pesquisa prática quer dizer
“olhos abertos” para realidade, tomando-a como mestra de nossas
concepções. Quem é inteligente sempre aprende, porque está em atitude de
pesquisa.
1.5– Pesquisa participante:
É talvez a proposta mais ostensiva de valorização da prática como fonte de
conhecimento, apesar de suas banalizações típicas.Defende a eliminação da
separação entre sujeito e objeto, tentando estabelecer relação dialogal de
influência mútua, teórica e prática..Conhecimento adquire a dimensão de
autoconhecimento, aparecendo logo a importância da formação da
consciência crítica como primeiro passo de toda proposta
emancipatória.Todo conhecimento vindo da prática necessita de elaboração
teórica, mas não é menos verdadeira a postura contrária.
Segundo DEMO,2002; na proposta de pesquisa o professor deve orientar o
aluno. Apesar de muitos professores não estarem preparados, para assumir
essa postura de orientadores. Pois além de não serem incentivados e dos
cursos de formação de professores deixarem de lado a importância do
compromisso de ensinar a metodologia de orientação aos futuros
professores, para que eles possam viabilizar sua postura de orientadores, e
sim que tenham capacidade de ensinar o aluno a aprender.
A estrutura da escola de hoje não dá margem a inovação e emancipações
do aluno, há uma necessidade de atualização pedagógica continua, na qual
o professor seja incentivado e incentive seu aluno, proporcionando a criação
de um espaço de discussão, construção coletiva e individual através de
coleta dos dados pesquisados, dialogar não impor conhecimento)
argumentar, criar espaços ainda para defesa de pensamento assim como a
crítica e a auto-crítica, são meios para uma formação de procedimentos
desenvolvendo atitudes consciente e contributiva para nossa sociedade.
21Não há só uma necessidade de atualização pedagógica como também a de
revisitar velhos paradigmas contextualizando-os a nossa realidade. Uma
realidade sócio-cultural que não só respeite e valorize o indivíduo como dê
condições, para ações de transformação no meio em que vive.
A escola tem que, deixar de lado seu tradicional depósito de conteúdo e
humanizar-se, valorizando os conhecimentos e mudar para união de idéias e
de novos e interessantes conhecimentos, só assim se tornará um espaço
incentivador, inovador e emancipador.
22
CAPÍTULO II
Tecnologia na Educação
“É preciso construir o conhecimento usando os
meios e instrumentos oferecido pela sociedade.”
23
TECNOLOGIA EM EDUCAÇÃO
Hoje em dia é muito comum falar em tecnologia, uma nova concepção de
educação, que os professores muitas vezes não tem acesso nem
oportunidade de ter um computador ou acesso ao mesmo, pois um
computador requer ter gastado que nem sempre os professores têm
condições de ter e manter.
É como esses professores terão acesso as informações múltiplas, que vem
com as novas tecnologias. Se para o professor já é difícil pesquisar, pois
requer mudanças de atitudes imagine utilizar em suas aulas os recursos
tecnológicos. A maioria dos professores não, se da conta , que ao longo de
sua vida profissional, vem utilizando tecnologias em suas salas de aula,
pois as pessoas têm concepção que tecnologia é apenas os computadores e
suas inúmeras funções e possibilidades, sem notar, que mesmo aquele
professor tradicional, usam algumas tecnologia como: os livros,o quadro de
giz, álbum seriado, jornal entre tantos outros que vem sendo usado que
também são tecnologias. Porém muitas vezes não são usados
adequadamente. (LEITE, 2003)
Então, professor depara-se com grande desafio, que é o de inserir e integrar
as tecnologias no cotidiano escolar.
As tecnologias não podem ser vista apenas, como tecnologia da informação,
e da comunicação, e sim como tecnologia, que instrumente e viabilize a
construção de conhecimento.
“A Tecnologia Educacional, assim como a
Didática, preocupa-se com as praticas do ensino,
mas diferentemente dela inclui entre suas
preocupações a exame da teoria da comunicação
e dos novos desenvolvimentos tecnológicos: a
informática, hoje em primeiro lugar, o vídeo, a TV,
o radio, o áudio e os impressos,velho ou
novos,desde livros até cartazes.” (Litwin,1997:13)
24A tecnologia sozinha,não garante qualidade nem dinâmica na pratica
pedagógica. Ela faz parte da sociedade e de um novo mundo de agir, pensar
e sentir.
Segundo Leite,2003:08, a presença da tecnologia na sala de aula passa a
ser um instrumento para contribuir, para a inserção do cidadão na
sociedade, ampliando sua leitura de mundo e possibilitando sua ação critica
e transformadora (LEITE,2003).
“Através de planos e programas de estudos, a
escola pode orientar um projeto educativo como
um espaço de autonomia relativa em relação e
um processo social.Trata-se tanto de analisar os
limites que tem a instituição educativa neste
processo, como de valorizar o manejo do poder e
hegemonia que pode realizar na construção de
seus currículos”. (LITWIN, 1997:6)
Nossas escolas devem ter espaços abertos de interações diversas,
produção de conhecimento e cultura por parte dos alunos, dos professores e
da comunidade.
A relação educação e tecnologia têm , que ter no seu currículo a
especialidade do profissional, o domínio do fazer pedagógico. È este
domínio, que deve determinar sua relação com os conhecimentos e as
tecnologias. Nesse sentido, os planejamentos das atividades pedagógicas,
devem ser feitos levando em consideração os objetivos a serem atingidos
e o conhecimento, que se tem sobre os alunos, e não a tecnologia que se
pretende usar, não perdendo de vista seu real objetivo.O domínio do
professor deve concentra-se no campo critico e pedagógico, decidindo-se
pela opção de integrar ou não tecnologia em seu currículo , de acordo com
os objetivos e ainda escolher o momento apropriado para faze-lo evitando
assim a imposição tecnológica na sala de aula. O professor não pode perde
a dimensão pedagógica.
25A presença inegável de tecnologia em nossa sociedade constitui a primeira
base, para que haja necessidade de sua presença na escola.Segundo Levy,
a definição de tecnologia é, como a escrita, uma tecnologia da inteligência,
fruto do trabalho do homem em transformar o mundo, e é também
ferramenta desta transformação.
Segundo (LEITE, 2003), vivenciar novas formas de ensinar e aprender
incorporando as tecnologias requer cuidado com a formação inicial e
continuada do professor . Nesse sentido trabalhar a base no conceito de
alfabetização tecnológica do professor desenvolvida a partir da idéia de que
´é necessário o professor dominar a utilização pedagógica, de forma que
elas facilitem a aprendizagem, sejam objetos de conhecimento a ser
democratizado e instrumento para a construção do conhecimento. Essa
alfabetização tecnológica não pode ser compreendida apenas como o uso
mecânico dos recursos tecnológicos, mas deve abranger também o domínio
critico da linguagem tecnológica.
“ Saber que devo respeitar à autonomia e à
identidade do educando exige em mim, uma
pratica em tudo coerente com este saber”.
(Freire, 1996:67; apud Berto apud Carvalho (org.)
2003:46).
Essa era da tecnologia como está sendo chamado o surgimento da
tecnologia como instrumento na construção do conhecimento, é marca como
uma nova sociedade, que está sendo definida como “sociedade de
informação“, que é uma sociedade que se desenvolve e vive em torno das
informações, inserido no conhecimento e um crescimento da criatividade.
Segundo Machado e Cardoso,2003, entende-se por sociedade da
informação, aquela comunidade que utiliza uma forma extensiva e otimizada
das oportunidades que as tecnologias da informação e da comunicação
oferecem como meio para o desenvolvimento pessoal e profissional de seus
membros cidadãos.
26A educação é o elemento chave na construção de uma sociedade baseada,
no conhecimento e no aprendizado. Parte considerável do desnível entre
indivíduos, organizações,regiões e paises deve-se à desigualdade de
oportunidades relativas ao desenvolvimento da capacidade de aprender e
concretizar inovações.
Educar em uma sociedade de informação e comunicação: trata-se de
investir na criação de competência suficientemente amplas, que lhe
permitam ter atuação efetiva na produção de bens e serviços, tomar
decisões fundamentadas no conhecimento, operar com fluência os novos
meios e ferramentas em seu trabalho,bem como aplicar criativamente as
novas mídias, seja em usos simples e rotineiros, seja em aplicações mais
sofisticadas. Trata-se também de formar indivíduos para ‘ aprender a
aprender “, de modo a serem capazes de lidar positivamente com a continua
e acelerada transformação da base tecnológica . (TAKAHASHI, 2000)”.
“A incorporação de novas tecnologias da
informação e da comunicação, no campo do
ensino, podem simplesmente reforçar as velhas e
questionáveis teorias de aprendizagem e /ou
produzir conseqüências praticas na relações
docentes, bem como, revolucionar os processos
de ensino-aprendizagem. “ (Ibidem apud Silva
(org.) ,2001:83)
Sociedade de informação, não é apenas educar o individuo para usar a
tecnologia. E dar condições para que o individuo possa contribuir e cooperar
com participações significativas na sociedade tendo como principal objetivo
a construção do conhecimento, é preciso que para isso esteja atento para
novas mudanças, e ainda nas rápidas transformações
tecnológicas.(TAKAHASHI,2000)
Segundo meus estudos,para que, haja uma educação tecnológica eficaz é
preciso capacitar e conscientizar o individuo à tomar suas decisões sem que
sejam influenciados, pelo poder econômico e político evitando assim o
27consumo desnecessário.Não deixando de lado a infra-estrutura, para que,
as escolas possam caminhar junto com a sociedade dando aos alunos uma
leitura ampla de mundo, pois como sabemos tecnologia, como informática
precisa de laboratório, que atendam as necessidades e os equipamentos
tem um custo muito alto, que as escolas mesmo as particulares não
condições , nem estrutura para manter.
A atração que as novas tecnologias exercem sobre todos, de formuladores
de políticas e implementadores de infra-estrutura e aplicações de
tecnologias de informações e comunicação até usuários de todas as classes
e idades, pode levar a uma visão perigosamente reducionista acerca do
papel da educação na sociedade da informação, enfatizando a capacitação
tecnológica em detrimento de aspectos mais relevantes.
Pensar a educação na sociedade da informação exige considerar um leque
de aspectos relativos às tecnologias de informação e comunicação, a
começar pelo papel que elas desempenham na construção de uma
sociedade que tenha a inclusão e a justiça social como uma das prioridades
principais.
E inclusão social pressupõe formação para a cidadania, o que significa que
as tecnologias de informação e comunicação devem ser utilizadas também
para a democratização dos processos sociais, para fomentar a transparência
de políticas e ações de governo e para incentivar a mobilização dos
cidadãos e sua participação ativa nas instancias cabíveis. As tecnologias de
informação e comunicação devem ser utilizadas para integrar a escola e a
comunidade, de tal sorte que a educação mobilize a sociedade e a clivagem
entre o formal e o informal seja vencida.
Formar o cidadão não significa “preparar o consumidor”. Significa capacitar
as pessoas para a tomada de decisões e para a escolha informada acerca
de todos os aspectos na vida em sociedade que as afetam, o que exige
acesso à informática e ao conhecimento e capacidade de processa-los
judiciosamente, sem se deixar levar cegamente pelo poder econômico ou
político.
Segundo Takahashi,2000,Um grande desafio para o uso intensivo de
tecnologias de informação e comunicação em educação é o de implantação
28de uma infra-estrutura adequada em escolas e outras instituições de ensino.
Tal infra-estrutura se compõe basicamente de:
Ü computadores, dispositivos especiais e software educacional nas
salas de aula e/ou laboratórios das escolas e outras instituições;
Ü conectividade em rede, viabilizada por algumas linhas telefônicas
e/ou um enlace dedicado por escola à Internet.
A instalação de uma infra-estrutura nas escolas e outras de ensino de um
país é, do ponto de vista econômico, pouco atraente; a demanda de trafego
na rede é baixa, a capilaridade é elevada, o numero de usuários é grande e
é vasto o leque de serviços necessários. O problema fundamental em
relação a disponibilização dessa infra-estrutura é essencialmente de custos:
é uma empreitada cara, envolvendo significado dispêndio inicial para
aquisição e, posteriormente, para manutenção e atualização do parque
instalado. Há em adição o custo do serviço de comunicação e de acesso à
Internet.
Segundo Borges Neto 1998 : 136-146, algumas formas de classificação o
uso do computador no ambiente escolar são:
Ü informática aplicada à educação: caracteriza-se pelo uso de
aplicativos da informática em trabalhos de controles
administrativos, como emissão de relatórios e digitação de textos;
é utilizada para o gerenciamento de um estabelecimento escolar;
Ü informática na educação: caracteriza-se pela utilização de
informática através de softwares desenvolvidos para propiciar
suporte a educação como os tutoriais que, em geral, trazem
características lineares de aprendizagem. O computador mais se
parece com uma “maquina de ensinar”.
Ü informática educacional: caracteriza-se pelo uso do computador
como uma ferramenta na resolução de problemas; é uma
alternativa interessante, pois a sua forma de desenvolvimento é
através de projetos. Os projetos são atividades onde grupos de
alunos são orientados a desenvolver determinado tema, sendo
que, para isto, podem utilizar todos os recursos a que tem um
acesso. É uma forma interessante de se trabalhar, mas que pode
29não atingir os objetivos quando o educador não domina o
manuseio básico do computador, não conhece o seu potencial
como recurso pedagógico, de forma que acaba participando mais
como um consultor e aquele que encaminha os alunos ao
responsável pela sala de informática. Em outras palavras, a
transposição didática desejada pode não ocorrer, pois o educador
não participa e não acompanha o processo de criação e de
descoberta do aluno.
Ü informática educativa: caracteriza-se pelo uso da informática
como um suporte ao educador, como um instrumento a mais em
sua sala de aula, sendo que o mesmo pode utilizar os recursos
colocados a sua disposição para ajudar o aluno a construir novos
conhecimentos. Nesse nível, o computador é explorado pelo
educador em sua potencialidade e capacidade, tornando possível
praticar e vivenciar situações fundamentais para a construção do
conhecimento pelo aluno.
Portanto, a informática assume um papel importante na educação quando
coloca-se a serviço da mesma. A partir dessa classificação pode-se
perceber que a utilização da informática é utilizada para auxiliar os alunos
para a construção do conhecimento.
Segundo Litwin,1997 ;O tema da pesquisa em torno da tecnologia
educacional adotando uma perspectiva histórica que dê conta do modo
como se gerou seu crescimento,Com este fim caracterizando o objeto da
pesquisa desde as diversas teorias didáticas, para depois descrever alguns
problemas destas pesquisas desde questões teórico-metodológicas, o que
nos remete a uma análise crítica do campo.
Iniciar a análise da pesquisa em tecnologia educacional da perspectiva das
diferentes didáticas implica uma escolha particular que é necessário
justificar. Ao definir a tecnologia como um corpo de conhecimento baseado
nas disciplinas científicas referidas às práticas do ensino, trata-se de pensar
numa reconceitualização que permita inscreve-la nos problemas teóricos do
ensino e,desde ali, recuperar sua particular visão ao incorporar os
desenvolvimentos atuais, tanto no que concerne a outras disciplinas
30científicas que tiveram um forte impacto em sua origem e crescimento (como
as teorias comunicacionais e de aprendizagem) ,como os trabalhos
eminentemente tecnológicos, enquanto se referem a meios para ensino.O
esforço, então, implica ver a pesquisa em tecnologia educacional desde os
problemas das teorias do ensino, mas apenas como lugar de referência,
para depois pensar como incorporam a ela os problemas dos demais
campos com o quais se articula.Talvez este exame nos permita notar que
muitas da limitações atribuídas à tecnologia não lhe eram intrínsecas, mas
que provinham dos próprios enfoques didáticos.
“ Não se trata de ensinar sobre as novas formas
culturais, como o viver uma série de experiências
que permitam reconstruir racionalmente a
estrutura e sentido dessa cultura. A chave para se
ter acesso a estas novas ofertas culturais, como
igualmente às clássicas, é dominar o código com
o qual operam e não tanto o conteúdo com que se
adornam. O currículo escolar, pois, deve se
ocupar tanto dos códigos, das formas
organizativas sob as quais se produz esta cultura
e os conteúdos informativos que se lançam, como
das práticas que geram e dos contextos sociais
nos quais tem lugar”. ( LITWIN,1997:115)
Ainda segundo LITWIN, 1997, a complexidade da tarefa nos impõe um
interessante desafio por múltiplas razões: porque os avanços na tecnologia
são vertiginosos; porque é necessário recorrer a outras disciplinas científicas
nas quais os trabalhos de pesquisa cresceram consideravelmente como é o
caso da psicologia -, porque é preciso incluir temas e desenvolvimentos
teóricos que tinham sido evitados nos primeiros trabalhos:sociologia, política,
filosofia, e finalmente porque é preciso inscrever a problemática na didática,
num claro esforço para reconceitualizar o campo. De qualquer forma, estas
colocações nos proporcionam uma espécie de desafio mais do que um
31obstáculo para as tarefas, enquanto implicam um claro esforço de
reconstrução para gerar novas propostas que permitam reentender as
práticas do ensino.
.
32
CAPITULO III
Formação e Capacitação do Professor
“O professor deve estar sempre renovando seus
conhecimentos para o crescimento profissional e
humano.”
33
Formação e Capacitação do Professor
Nesse capitulo a preocupação foi com a formação de nós professores para
que suas aulas sejam viabilizadas tanto com pesquisa quanto com a
tecnologia. Será que nós estamos preparados para assumir essa mudança,
pois implicam em diferentes atitudes e posturas, mediante aos alunos e sala
de aula?
Já sabemos que na pesquisa além do professor ser um mediador do
conhecimento, o professor deve valorizar sua profissão tem sempre um perfil
da competência profissional que são: a recuperação permanente da
competência; do fazer, para o saber fazer e sempre refazer, ritmo moderno
da inovação, esses itens são fundamentais para o professor manter sua
competência para que seu diploma não significa mais uma conclusão.
Portanto quem não se renova permanente, perde o rumo e pode mesmo sair
do mercado. Diplomar-se e voltar sempre a estudar. Possuem hoje o
mesmo peso para competência profissional.
Cada realçar que o fazer desloca-se para o saber fazer, sobretudo para o
constante refazer. Significa que a formação básica é o centro da
profissionalização, não a especialização propriamente dita.
“devemos se conscientizar que mais que o
aprender, é o aprender a aprender que faz um
bom profissional” (DEMO, 2002 :68).
Segundo Demo o profissional não é aquele que apenas executa sua
profissão, mas sobretudo quem sabe pensar e refazer sua profissão. Está
incluída a especialização operativa, mas sobretudo o que chamamos de
formação básica. Está depende mais que tudo de preliminar, resumida no
questionamento reconstrutivo. Ao lado disso, alimentar-se também da
multidisciplinaridade, que não passa da aplicação mais coerente do aprender
a aprender. A especialidade isolada desaprende, não só porque reduz a
34realidade ao que dela imagina saber, mas igualmente porque, ao não
comunicar-se, perde a noção do conhecimento como desafio e obra comum.
A inovação, que avassala todos os ambientes, principalmente os que estão
mais próximos da informática e da eletrônica, mas que acaba atingindo a
todas as profissões. Dois momentos são mas desafiadores: de uma parte,
a possibilidade crescente de acesso ao conhecimento disponível pela via da
informática e da eletrônica o que, alem do mais restringe fatalmente a
importância de instancias escolares e acadêmicas dedicadas a apenas
repassar conhecimento; de outra, o impulso reconstrutivo de conhecimento,
na condição de alavanca maior da competitividade no mercado, e de
formação da competência para a cidadania. Hoje a única maneira de
“acumular” conhecimento é renova-lo permanentemente pela renovação de
si mesmo. Já não conta a quantidade, mas sua qualidade. Daí segue que o
profissional não é mais alguém que tem na cabeça um lote especial e bem
guardado de habilidades e conhecimentos.
Se ficar apenas nisto, vira sucata ou peça de museu.
A profissionalização não se faz pela acumulação consolidada, na
perspectiva de um estoque sempre maior, mas pela sua renovação
constante, diante de um mundo que entrou definitivamente num ritmo
avassalador de mutação. A qualidade de profissão está mais no método de
sua permanente renovação, do que em resultados repetidos.
“Furtamo-nos de contribuir com a idéia de que a
formação de professores e sua atualização se
deduzem de possuir habilidades e conhecimentos
seguros, cuja aplicabilidade emana de sua própria
autoridade cientifica, em muitos casos
obscurecidos por argumentos presumidos. A
formação, pelo contrário, entendida como
desenvolvimento profissional, é o fruto da reflexão
sobre a ação, ajudada por uma tradição de
pensamento que tenha sido capaz de dar sentido
à realidade educativa”. ( Sacristán e Gómez
apud; André, 2001:107)
35O que se espera dos professores da escola básica? Que elas assumem de
forma competente e responsável a sua tarefa de ensinar, a fim de que a
grande maioria de seus alunos desenvolva uma atividade intelectual
significa, apropriando-se de conhecimentos fundamentais para uma inserção
comprometida e ativa na sociedade.
Essa é, sem duvida, uma tarefa extremamente difícil, desafiadora, exigente,
não significa confundi-la com a pesquisa, nem iguala-la a ela.
Concordando com as ponderações estudadas por (Charlot) de que o ensino
e pesquisa são atividades que exigem conhecimentos, habilidades e atitudes
diferentes, que as tarefas delas decorrentes também têm graus de
exigências e implicações diferentes.
A tarefa do professor no dia a dia de sala de aula é extremamente complexa,
exigindo decisões imediatas e ações, muitas vezes, imprevisíveis. Nem
sempre há tempo para distanciamento e para uma atitude analítica como na
atividade de pesquisa. Isso não significa que o professor não deva ter um
espírito de investigação. É extremamente importante que ele aprenda a
observar, a formular questões e hipóteses e a selecionar instrumentos e
dados que o ajudem a elucidar seus problemas e a encontrar caminhos
alternativos na sua pro docente. E nesse particular os cursos de formação
têm um importante papel: o de desenvolver, com os professores, essa
atitude vigilante indagativa, que os leve a tomar decisões sobre o que fazer e
com fazer nas suas situações de ensino, marcadas pela urgência e pela
incerteza.
”A natureza do trabalho educativo está
relacionada com a construção e reconstrução
crítica e permanente dos modos de pensar, sentir
e atuar das aparências humanas, exige
questionar abertamente os processos de
socialização. A escola é uma instituição social e
por isso mesmo inevitavelmente impregnada por
valores circunstanciais que imperam nos
intercâmbios sociais da cada época e cada
comunidade.” ( LITWIN,1997:32)
36Para que o professor se torne um profissional investigador de sua prática
exige que haja uma disposição pessoal do professor para investigar, um
desejo de questionar, é preciso que ele tenha formação adequada para
formular problemas, selecionar métodos e instrumentos de observação e de
analise; que atue em um ambiente institucional favorável à constituição de
grupos de estudo; que tenha oportunidade de receber assessoria técnico-
pedagógico; que tenha tempo e disponha de espaço para fazer pesquisa;
que tenha possibilidade de acesso a materiais, fonte de consulta e
bibliografia especializada. Sem oferecer as necessárias condições
ambientais, materiais, institucionais implicada, por um lado, subestimar o
peso das demandas do trabalho docente cotidiano e, por outro, os requisitos
para um trabalho científico de qualidade.
Alem da preocupação com o professor como pesquisador é importante tratar
da articulação entre ensino e pesquisa na formação docente.
Segundo André, 2001:61; a articulação entre ensino e pesquisa na
formação é que a pesquisa se torne um eixo ou um núcleo do curso, ou seja,
que ela integre o projeto de formação inicial e continuada da instituição,
construído pelos seus participantes, levando em conta os recursos e as
condições disponíveis. Nessa perspectiva pode traduzir-se numa
organização curricular, em que disciplinas e atividades sejam planejadas
coletivamente, com o objetivo de desenvolver habilidades e atitudes de
investigação nos futuros professores. Pode, além disso, traduzir-se no uso
da pesquisa como mediação, ou seja, que as disciplinas e atividades do
curso incluam a analise de pesquisas que retratem o cotidiano escolar,
visando aproximar os futuros docentes da realidade das escolas, levando-os
a refazer o processo da pesquisa e a discutir sua metodologia e seus
resultados.
Há ainda a possibilidade de os docentes do curso de formação inserirem
seus próprios temas e projetos nos programas das disciplinas, dando a seus
alunos, futuros professores, oportunidade de discutir os resultados de suas
pesquisas, os dados analisados, a metodologia utilizada para que, a partir
daí, possam propor e gerar novos temas e problemas.
37As concepções da sociedade, escola, currículo, ensino e profissão docente
dão origem a diferentes perspectivas de formação de professores e de
como, nessa formação, devem articular-se conhecimentos teóricos e
práticos. Na literatura mais recente sobre formação de professores,
segundo (André, Marli, 2001) é possível identificar a existência de pelo
menos quatro perspectivas ou tradições de formação. São elas: a)
perspectiva acadêmica, cujo enfoque é a formação de uma especialista em
uma ou varias áreas e disciplina, sendo o objetivo principal da formação o
domínio do conteúdo a ensinar; b) perspectiva da racionalidade técnica,
com ênfase na formação de um técnico capaz de agir conforme regras ou
técnicas derivadas do conhecimento cientifico; c) perspectiva pratica, que se
fundamenta no pressuposto de que a formação do professor se dá,
prioritariamente, na e para a prática, pois o ensino é uma atividade
complexa, incerta e contextual, que requer um saber experimental e criativo;
d) perspectiva da reconstrução social, que propõe a formação de
professores para exercer o ensino como atividade critica, realizado com
base em princípios éticos, democráticos e favoráveis à justiça social.
Dentre essas perspectivas, interessa-nos, no presente trabalho, analisar as
propostas que objetivam formar professores capazes de refletir criticamente
sobre o ensino e o contexto social de sua realização, por serem essa as
idéias que nortearam nossa atuação como professores formadores de
professores.
Com o desejo comum de preparar professores autônomos, diferentes
agrupam-se nas amplas perspectivas denominadas da reconstrução social.
Nessa corrente, há propostas que defendem abertamente uma pedagogia
critica, que busca a realização de um ensino comprometido com a luta
contra as desigualdades e a favor das transformações sociais.
Há também, propostas menos radicais, que defendem claramente por um
paradigma de sociedade diferente do atual.
Apesar dessas e de outras diferenças, não possíveis de serem explicitas, as
propostas ligadas a perspectiva de reconstrução social consideram
necessária uma formação que reconheça a natureza complexa e incerta do
trabalho docente. Para isso defendem a construção do conhecimento sobre
38o ensino pelo professor, por meio de sua própria reflexão, o que requer uma
formação docente que lhe possibilite teorizar sua pratica, participar da
produção e do seu conhecimento profissional, propor mudanças e agir de
forma autônoma, tanto no contexto de sua atuação quanto no contexto social
mais amplo.
O meio para alcançar estes intentos é, na maioria das propostas, a formação
pesquisadora, isto é, de professores que produzam conhecimentos sobre o
pensar e o fazer docentes, de modo que o desenvolvimento dessas atitudes
e capacidades permita-lhes reconstruir saberes, articular conhecimentos
teóricos e práticos e produzir mudanças no trabalho docente.
“Pensar na formação do professor para exercitar
uma adequada pedagogia dos meios, uma
pedagogia para a modernidade, é pensar no
amanhã, numa perspectiva moderna e própria de
desenvolvimento, numa educação capaz de
manejar e de produzir conhecimento, fator
principal das mudanças que se impõem nesta
antevéspera do Século XXI. E desta forma
seremos contemporâneos do futuro, construtores
da ciência e participantes da reconstrução do
mundo”. (.Moraes, apud. Elizabeth, 2001:11)
A formação do professor para o uso pedagógico da tecnologia também tem
que haver da parte do professor uma mudança de postura e atitudes. Como
na pesquisa e na tecnologia como o computador, vídeo, internet entre outros
recursos há diferentes paradigmas de formação de professore, cada um
coerente com a concepção de papel atributo ao professor no processo
educacional. Na postura do professor há um modelo de ensino e de escola
e uma teoria do conhecimento que representam uma perspectiva de homem
e de sociedade. O conceito de paradigma de formação aqui entendido
envolve uma concepção de continuidade, de processo. Não busca um
39produto completamente pronto, mas um movimento que se caracterize
através de reflexão na ação e da reflexão sobre a ação.
Os programas de formação tanto inicial como continuada, geralmente são
estruturadas de forma independente da pratica desenvolvida nas instituições
escolares e caracterizam-se por uma visão centralizada, burocraticamente
certificativa.
Embora ainda hoje muitos programas de preparação de professores sejam
planejados a priorizar a pratica pedagógica, não é mais possível pensar a
formação inicial como um conjunto de disciplinas que compõem uma grade
curricular de cursos programados por especialistas, para serem oferecidos
aos futuros professores, como é o caso da maioria dos cursos regulares de
ensino médio, magistério, graduação ou pós-graduação. Caso idêntico
ocorre com os programas de atualização pedagógica e mesmo com os
cursos de aperfeiçoamento, ou outros, oferecidos aos professores em
exercícios que dizem ser de formação continuada.
“A nova tecnologia está aqui. Não desaparecerá,
nossa tarefa como educadores é assegurar que
quando entre em aula faça-o por boas razões
políticas, econômicas e educativas, não porque os
grupos poderosos querem redefinir nossos
principais objetivos educacionais à sua imagem e
semelhança.” (Apple, apud. Litwin,1997:35)
A mesma forma aditiva pela qual tem sido pensada a introdução de
computadores na educação também vem se aplicando ao processo de
preparação de professores. Hoje em dia tal preparação realiza-se através
de cursos ou treinamentos de pequena duração, para exploração de
determinados softwares. Restando ao professor desenvolver atividades com
essa nova ferramenta junto aos alunos, mesmo sem ter a oportunidade de
analisar as dificuldades e potencialidades de seu uso na prática pedagógica
e, muito menos, de realizar reflexões dessa nova pratica os alunos, por
crescerem em uma sociedade de recursos tecnológicos, são manipuladores
40da tecnologia e a dominam com maior rapidez e desenvoltura que seus
professores.
Mesmo os alunos pertencentes a camadas menos favorecidas têm contato
com recursos tecnológicos na rua, na televisão, etc., e sua percepção sobre
tais recursos da percepção de uma pessoa que cresceu numa época em que
o comércio com a tecnologia era muito restrito.
Os professores treinados apenas para o uso de certos recursos
computacionais são rapidamente ultrapassados pelos seus alunos, que têm
condições de explorar o computador de forma mais criativa, e isso provoca
diversas indagações quanto ao papel do professor e da educação. O
educador preparado para usar o computador como uma máquina que
transmite informações ao aluno através do software pergunta qual será o
seu papel e o futuro de sua profissão, em uma sociedade em que afloram
outros espaços de conhecimento e de aprendizagem.
Segundo Elizabeth 2000:11. É preciso que os formadores de professores
favoreçam a tomada de consciência dos professores em formação sobre
como se aprende e como se ensina; que as levem a compreender a própria
pratica a transforma-la em prol de seu desenvolvimento pessoal e
profissional, e em beneficio do desenvolvimento de seus alunos.
Assim, a preparação do professor que vai usar o computador com seus
alunos devem ser um processo que o mobilize e o prepare para motivar seus
educandos a:
Ü “aprender a aprender”;
Ü ter autonomia para selecionar as informações pertinentes à sua ação;
Ü refletir sobre uma situação-problema e escolher a alternativa adequada
de atuação para resolve-la;
Ü refletir sobre os resultados obtidos e tornar puro seus procedimentos,
reformulando suas ações;
Ü buscar compreender os conceitos envolvidos ou levantar e testar outras
hipóteses.
Não podemos deixar de fora o currículo, pois é constituído no próprio
desenvolvimento da formação e orienta-se pela pesquisa e para a pesquisa,
41deve ser um guia flexível que permita a criação de situações de formação
seguindo a própria dinâmica do grupo em formação.
O movimento que ocorre no interior das instituições implica em
questionamento não somente sobre suas praticas pedagógicas, mas
principalmente sobre o papel da instituição, o que leva a busca de soluções
e ao desenvolvimento de ações comprometidas com os interesses e
necessidades da comunidade institucional. Nesse movimento é importante
a tomada de consciência sobre os três aspectos do currículo: formal, real e
oculto.
O currículo formal é constituído por programas grade curricular, regras e
resoluções normativas. O currículo real diz respeito à própria vivencia de
cada sujeito da instituição e a interação entre os seus atores
(professores,alunos e funcionários). Os currículos ocultam caracteriza tudo
que diz respeito ao modo de vida da instituição, isto é, a forma como são
organizados o trabalho, o tempo, os saberes e os agrupamentos feitos.
É fundamental que o currículo seja flexível para possibilitar a agregação e
articulação das atividades a serem desenvolvidas no estudo dos temas. É
necessário também que gere uma conscientização sobre as necessidades
de reestruturar as práticas de sala de aula e redefinir os papéis do professor,
do aluno e dos demais “atores” educacionais.
Dentro da concepção de rede de conhecimento, é absurdo achar que
elaborar planos que estipulem conteúdos e definam pré-requisitos ou fixem
percursos para a construção de conhecimentos durante um determinado
período.
Dentro desse estudo , podemos considerar que a tecnologia e a pesquisa
merecem estar presente no dia a dia escolar principalmente, porque estão a
todo momento em nossa sociedade. Tendo seu papel acentuado em alguns
aspectos como: na diversificação das formas de produzir o conhecimento, a
serem estudados para objetivar o meio para chegar ao
conhecimento,permitindo a troca e diversidade de meios familiares na
sociedade. E ainda dinamizando o trabalho pedagógico, desenvolvendo
leitura critica e se integrando no processo da construção do conhecimento e
nos diferentes saberes.
42
Para isso o professor deve ter clareza do papel da tecnologia e da pesquisa
como instrumentos que ajudam a construir a forma do aluno pensar, agir e
encarar o mundo e aprender a lidar com elas com ferramentas de trabalho e
se posicionar na relação com elas e com o mundo. (Leite,2003)
43
CONCLUSÃO
A partir presente estudo pode-se concluir que a elaboração de uma
pesquisa, tem que primeiramente ter objetivo e deve possibilitar ao aluno e
ao professor, capacidade de criar seus próprios métodos, que consigam
chegar a construção do conhecimento de nossa sociedade.
O professor deve orientar o aluno para a infinidade de informações, que o
mundo real nos proporciona.
A pesquisa permite abrir novos caminhos, esclarecer s dúvidas criar
expectativas em torno do assunto proposto.A pesquisa deve ser ainda
consciente e construtiva tornando-se parceira da construção do
conhecimento, para que os alunos e os professores tornem-se cidadãos
críticos, analíticos, pesquisadores, investigadores,participativos , tendo
segurança na reflexão e análise dos assuntos propostos.
A pesquisa e a tecnologia estão ligadas a construção do conhecimento real,
entende as manipulações da classe dominante, seus objetivos comuns,pois
os alunos e os professores precisam estar prontos para aceitar mudanças
de postura e pensamentos, ainda utilizar adequadamente para que tanto a
pesquisa como a tecnologia viabilize a construção real da aprendizagem.
Essas mudanças precisam que ambos tenham conhecimento de suas
amplitudes, e principalmente o professor estar sempre se capacitando para
estar proporcionando aos alunos ensino adequados a sua realidade e
avanços sem que perca seu caminho de formar um cidadão crítico e ativo na
sociedade em que vive.
44
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XIMENES,Sergio _ Minidicionário da Língua Portuguesa. São Paulo,
Ediouro, 2000.
46
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I 10
QUE É PESQUISA? 10
1.1 - Pesquisa Empírica 17
1.2 – Pesquisa Teórica 18
1.3 – Pesquisa Metodológica 19
1.4 – Pesquisa Prática 20
1.5 – Pesquisa Participante 20
CAPITULO II 22
Tecnologia na Educação 22
CAPITULO III 32
Formação e Capacitação do Professor 32
CONCLUSÃO 43
BIBLIOGRAFIA 44
INDICE 46
ANEXO – EVENTOS CULTURAIS 47
48
FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Pós-Graduação “ Lato Sensu “
Título: Pesquisa e Tecnologia desafio constante na formação e capacitação
do professor.
Data da entrega:___________________________
Auto Avaliação: Como você avaliaria ?
Avaliado por:______________________________Grau:________________
Rio de janeiro,_____de ____________2004.