Perspectivas para o Empreendedor em 2016

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FECHA ASPAS A R T I G O

TEXTO DE JOÃO CRISTOFOLINI

JOÃO CRISTOFOLINI É UM EMPREENDEDOR SERIAL, AUTOR DO LIVRO “O QUE A ESCOLA NÃO NOS ENSINA”, PALESTRANTE E CONSULTOR.

Antes de falarmos de 2016, é importante analisarmos al-guns fatos importantes que aconteceram em 2015 e que

afetaram diretamente a maneira de fa-zer negócios e empreender.

Estamos passando por um momen-to histórico da política brasileira e isso tem consequências diretas no empreen-dedorismo, principalmente no que se refere à transparência. Antigos discursos de missão, visão, valores e responsabili-dade social pregados pelo diretor da em-presa não terão nenhum impacto se, na prática, não forem vivenciados.

O consumidor tem cada vez mais acesso à informação por meio da inter-net, redes sociais e novos meios de co-municação e interação. O que você fa-la tem cada vez menos importância em face do que você, sua empresa ou mer-cado fazem ou falam.

A palavra crise também teve seu grande destaque durante este ano e provavelmente continuará a se falar de-la no próximo ano. Uma frase me mar-cou sobre esse assunto e faço questão de citá-la em todas as minhas palestras: “Crise é fazer o mesmo que você sem-pre fez há 5, 10 ou 20 anos e esperar os mesmos resultados”.

O mundo está mudando, os negó-cios mudam a todo momento, novos negócios e tecnologias surgem, novos modelos de negócios, de comunicação e distribuição também. Você tem que entender que muito mais do que crise

econômica e política, estamos passan-do por uma mudança na forma de vi-ver, se relacionar, consumir e fazer ne-gócios. Se você não acompanhar essa mudança, perderá uma grande opor-tunidade de aproveitar esse momento e recriar o seu próprio negócio.

Acompanhamos casos envolvendo Uber e taxistas, Whatsapp e operadoras de telefonia, Netfilx e emissoras de tele-visão, Airbnb e redes de hotéis, e diver-sos outros segmentos que estão se re-construindo através de novas startups e economia compartilhada. Se ainda não chegaram a seu mercado, muito em breve chegarão.

O conceito de estabilidade em em-pregos tradicionais – como bancos e concursos públicos – ou a liderança de tradicionais negócios mostrou na práti-ca que também não se aplica mais nos dias de hoje.

Milhares de pessoas desemprega-das buscam no empreendedorismo o novo conceito de economia comparti-lhada, alternativas mais eficientes para geração de receita e construção de seu próprio negócio. Empresas tradicionais estão desaparecendo e continuarão a desaparecer em substituição a novos negócios de estruturas enxutas, ágeis, escaláveis e inovadoras.

Com todo esse cenário de fundo, nunca se falou tanto em empreendedo-rismo como em 2015. Empreendedo-rismo este não apenas no que se refere a criar uma nova empresa, mas princi-

palmente no comportamento empre-endedor em transformar problemas em oportunidades, em mudar antigos con-ceitos, em inovar, em buscar novos ca-minhos e soluções.

Podemos dizer, então, que as pers-pectivas para o empreendedor em 2016 serão cada vez mais transformadoras, e os ingredientes básicos para sobrevi-ver nesse cenário e aproveitar as opor-tunidades são os que sempre deveriam existir em todo empreendedor: agilida-de em mudar o seu negócio antes que uma nova startup mude, preparar-se para conhecer e entender sobre o mer-cado e novas tecnologias (não há mais espaço para amadorismo) e compreen-der que o sucesso do passado não é ga-rantia de futuro.

Precisamos nos reinventar a todo momento.

Perspectivas para o empreendedor em 2016

“Empresas tradicionais estão desaparecendo e continuarão a desaparecer em substituição a novos negócios de estruturas enxutas, ágeis, escaláveis e inovadoras”

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