Perspectiva, cor e textura

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Perspectiva 2. Elementos da perspectiva: Linha do horizonte, ponto de vista, ponto de fuga e linhas de fuga são os quatro elementos da perspectiva que determinam o nível e o ângulo visual do espectador no contexto do desenho. Para um estudo mesmo básico sobre perspectiva é necessário conhecê-los e saber o modo correto de sua aplicação. Por isso, além de identificar visualmente cada um deles, faremos uma descrição sobre seu significado e função no desenho a partir das demonstrações ilustrativas a seguir. 2.1. Linha do horizonte: É o elemento da construção em perspectiva que representa o nível dos olhos do observador (linha horizontal pontilhada LH). Numa paisagem é a linha do horizonte que separa o Céu e a Terra. Vista ao longe, ela está na base das montanhas e risca horizontalmente o nível do mar. 2.2. Ponto de vista: Na representação gráfica da perspectiva é comum o ponto de vista ser identificado por uma linha vertical perpendicular a linha do horizonte (PV). O ponto de vista revela-se exatamente no cruzamento dessas duas linhas.

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Para 8a Classe

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Perspectiva2. Elementos da perspectiva: Linha do horizonte, ponto de vista, ponto de fuga e linhas de fuga são os quatro elementos da perspectiva que determinam o nível e o ângulo visual do espectador no contexto do desenho. Para um estudo mesmo básico sobre perspectiva é necessário conhecê-los e saber o modo correto de sua aplicação. Por isso, além de identificar visualmente cada um deles, faremos uma descrição sobre seu significado e função no desenho a partir das demonstrações ilustrativas a seguir. 2.1. Linha do horizonte:É o elemento da construção em perspectiva que representa o nível dos olhos do observador (linha horizontal pontilhada LH).

Numa paisagem é a linha do horizonte que separa o Céu e a Terra. Vista ao longe, ela está na base das montanhas e risca horizontalmente o nível do mar.

 2.2. Ponto de vista:Na representação gráfica da perspectiva é comum o ponto de vista ser identificado por uma linha vertical perpendicular a linha do horizonte (PV). O ponto de vista revela-se exatamente no cruzamento dessas duas linhas.

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Dependendo do ângulo visual de observação do motivo, a linha vertical que localiza o ponto de vista pode situar-se centralizada na cena compositiva ou num de seus lados, esquerdo ou direito. 2.3. Ponto de fuga:É o ponto localizado na linha do horizonte, pra onde todas as linhas paralelas convergem, quando vistas em perspectiva (PF).

Em alguns tipos de perspectiva são necessários dois ou mais pontos de fuga. Em situações como estas poderão ter pontos tanto na linha do horizonte quanto na linha vertical do ponto de vista. Em alguns casos é possível o ponto ficar fora tanto da linha do horizonte quanto do ponto de vista. 2.4. Linhas de fuga:São as linhas imaginárias que descrevem o efeito da perspectiva convergindo para o ponto de fuga (linhas convergentes pontilhadas). É o afunilamento dessas linhas em direção ao ponto que geram a sensação visual de profundidade das faces em escorço dos objetos em perspectiva.

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O uso dos elementos da perspectiva, em conjunto, permitem a elaboração de esquemas gráficos necessários para desenhar objetos contextualizados em ambientes ou paisagens sem distorção estrutural. Veremos a base destes recursos gráficos conhecendo sobre os diferentes tipos de visualização em perspectiva. 

3. Tipos de perspectiva: Dependendo da posição ou do nível visual em que um objeto esteja em relação ao observador, a sua representação em aåperspectiva pode ser aplicada com um, dois ou três pontos de fuga denominada respectivamente de perspectiva paralela, oblíqua ou aérea. Veja a seguir sobre cada uma dessas perspectivas com o auxílio ilustrativo de um cubo em vários exemplos. 3.1. Perspectiva paralela (1PF):No desenho em perspectiva paralela, as linhas de fuga deslocam-se apenas para um ponto (PF). Objetos nessa situação apresentam sua face frontal paralela ao observador tanto os que estão localizados a sua frente (cubo B) quanto a sua esquerda (cubo A) ou a direita (cubo C).

Um detalhe a ser observado é que na perspectiva paralela o ponto de vista (PV, linha pontilhada vertical) localiza-se representado em posição perpendicular a linha do horizonte situado tão próximo ao ponto de fuga que parece estar sobre ele (PF). 3.2. Perspectiva obliqua (2PF):Quando um o objeto fica em posição oblíqua, ou seja, com uma de suas arestas voltada para o observador, suas linhas de fuga deslocam-se

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para dois pontos (PF1 e PF2). Em casos como este, como pode ser visualizado na ilustração do cubo a direita, observe que nenhuma linha na estrutura do objeto foi representada na posição horizontal. Quando não são verticais é porque deslocam-se para um dos pontos de fuga.

Em relação ao ponto de vista (PV), sua representação na linha do horizonte está centralizada entre os dois pontos de fuga (PF1 e PF2). E estes, por sua vez, devem estar o mais distante possível um do outro para evitar erros no desenho como veremos na demonstração passo a passo específica sobre o cubo em perspectiva oblíqua. 3.3. Perspectiva aérea (3PF):Quando observamos um objeto em posição oblíqua a partir de um nível visual bastante alto, para melhor representá-lo tridimensionalmente, é necessário o uso de três pontos de fuga. Dois deles ficam na linha do horizonte e o terceiro é representado na vertical do ponto de vista. Em circunstâncias como estas raramente visualizamos a existência de linhas horizontais ou verticais na estrutura do objeto. Todas são convergentes e deslocam-se para um dos três pontos de fuga.

Quanto ao ponto de vista (PV), este obedece aos mesmos critérios da perspectiva

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oblíqua. Permanece representado num ponto central entre os pontos de fuga PF1 e PF2 na linha do horizonte (LH). 3.4. Perspectiva de esgoto (3PF):A perspectiva de esgoto tem as mesmas características da perspectiva aérea enquanto representação com com três pontos de fuga. A principal diferença está no nível visual muito baixo do observador tornando-a oposta no modo de visualização alterando, portanto, a localização do terceiro ponto de fuga (PF3). Nesse novo contexto ele é representado acima da linha do horizonte. Veja o exemplo ilustrativo.

Concluímos ate aqui a parte teórica que fundamenta sobre a compreensão, os elementos e os tipos de perspectiva. Para dar continuidade e apreender em detalhes quanto a sua representação gráfica, é necessário um estudo se valendo de formas geométricas. Elas são a base linear indispensável para todo tipo de construção em perspectiva.

4. Perspectiva de formas geométricas: Pela sua simplicidade estrutural as formas geométricas são a base esquemática utilizada, pelos artistas, para representar graficamente qualquer objeto de pouca espessura ou volumétrico. Sendo eles quadrados ou arredondados, simples ou complexos. Por isso, antes de executar desenhos de objetos, ambientes, paisagens e demais figuras em perspectiva, com a intenção de delinear a aparência tridimensional da realidade, é bom se deter primeiro em treinamentos passo a passo com planos e sólidos geométricos para melhor compreender sua construção gráfica.

Estão disponíveis a seguir, em demonstrações passo a passo, o quadrado, o cubo, o círculo e o cilindro em perspectiva. No final de cada aula passo a passo você verá alguns exemplos ilustrativos de objetos e ambientes representados em perspectiva sob

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os mesmos critérios estruturais dos planos e sólidos geométricos dos quais derivam. Veja sobre cada um deles. 4.1. Perspectiva do quadrado:O quadrado é a forma geométrica que serve de base para representar em perspectiva objetos de pouca espessura. Sua posição pode ser visualizada em perspectiva paralela (fig. 1 e 2) e oblíqua (fig. 3 e 4). Ambas estão disponíveis no modo básico e avançado.

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ESTUDO DAS CORES As cores fazem parte do nosso dia a dia impregnadas de simbologia e significados. Na natureza estão distribuídas harmoniosamente inspirando o homem na hora de sua aplicação nas artes, na moda, publicidade, etc. Para melhor dominar o seu uso enquanto pigmento, identifique suas características, efeitos, harmonia e temperatura. Círculo cromático: As cores que estudaremos a seguir são baseadas nas demonstradas no círculo cromático disponível ao lado. Veja o código das cores de acordo com os números:1ª = primárias2ª = secundárias3ª = terciárias

PRINCIPAIS CORES

Cores Primárias:

O amarelo, o azul e o vermelho são cores primárias. Ou seja, elas são puras, sem mistura. É a partir delas que são feitas as outras cores.

Amarelo Azul Vermelho

Cores secundárias:

O verde, o laranja e o roxo são cores secundárias. Cada uma delas é formada pela mistura de duas primárias.

(Amarelo + Azul)Verde (Amarelo + Vermelho)Laranja (Azul + Vermelho)Roxo 

Cores terciárias:

As cores terciárias são resultante da mistura de cores primárias com secundárias como exemplificado nas misturas abaixo.

(Vermelho + Roxo)Vermelho arroxeado

(Vermelho + Laranja)Vermelho alaranjado

(Azul + roxo)Azul arroxeado

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(Amarelo + Laranja)Amarelo alaranjado

(Amarelo + Verde)Amarelo esverdeado

(Azul + verde)Azul esverdeado

 

Cores neutras:

O preto o branco e o cinza, em todas as suas tonalidades, claras ou escuras formam as cores neutras. As demais cores, quando perdem o seu colorido pela excessiva mistura com o preto, o branco ou o cinza, também se tornam cores neutras. As mais comuns são o marrom e o bege.

  

EFEITOS CROMÁTICOSManipulando as cores é possível obter diversos efeitos cromáticos. Entre eles destacam-se os seguintes:

Monocromia:

Corresponde à variação tonal de apenas uma cor com nuanças para o claro quando misturada ao branco ou para o escuro com a obtenção do acréscimo do preto.

 

Tonalidade:

É a variação tonal de uma cor, que pode ser conseguida num processo de escala ou dégradé.

 

Policromia:

Ocorre numa composição com a combinação de mais de três cores organizadas separadamente. 

 

Matiz:

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Matiz é a característica que define e distingue uma cor. Vermelho, verde ou azul, por exemplo, são matizes. Para se mudar o matiz de uma cor, acrescenta-se a ela outro matiz. 

  

HARMONIA CROMÁTICA

Cores análogas:

São as cores que não apresentam contraste entre si. Elas são constituídas de uma base cromática em comum. São vizinhas no disco cromático.

 

Cores complementares:

São cores contrastantes entre si. Nelas não há pigmentos em comum, por isso quando misturadas formam, completam a soma de todas as cores. No disco cromático estão localizadas em posição oposta.

  TEMPERATURA DAS CORES Cores quentes: São as cores que transmitem calor, alegria e luz, a exemplo do amarelo, laranja e vermelho.

 Cores frias: Caracteriza-se pelas cores menos vibrantes, melancólicas, calmas comum do verde, roxo e azul

  

Estudo das Texturas

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A FORMA E A FUNÇÃO  Como já reparaste, toda a matéria, tudo o que compõe o nosso meio ambiente tem uma forma. No teu quotidiano estás rodeado de objectos com os as mais diferentes formas, podendo ser naturais ou artificiais. As formas naturais são as formas criadas pela Natureza, têm aspectos precisos e diferentes, consoante as necessidades de cada ser vivo ou do meio envolvente.                

   As formas artificiais são as formas que foram criadas pelo Homem. Desde o seu aparecimento, o Homem sentiu a necessidade de criar objectos para o ajudar a ultrapassar os diversos obstáculos e, apesar dos avanços tecnológicos, sempre se baseou e continua a basear-se em formas naturais para criar os seus objectos.                                            

  

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 As formas naturais servem de inspiração e de modelo para a construção de novos objectos. O Homem, como ser curioso que é, investiga e pesquisa as formas da natureza, procurando perceber o porquê da sua existência. Isso deve-se ao facto de cada forma ter uma função. A Natureza cria as formas dependendo da sua função, por exemplo, o bico do papagaio tem forma de gancho e é resistente para que possa partir e abrir frutos de casca dura, já a preguiça tem garras também em forma de gancho e resistentes para que possa trepar às árvores e descascar as mesmas em busca de alimento. A esta manifestação da Natureza, designa-se relação Forma/Função. O Homem percebeu que poderia criar objectos com funcionalidades, idênticas às dos outros seres vivos, para o facilitar a ultrapassar as dificuldades do seu quotidiano. Começou a explorar essa relação forma/função descoberta, conjugando tanto a forma e função como os materiais utilizados para o fabrico dos novos objectos, evoluindo assim para a criação de uma nova ciência.

                      

  O Design é a ciência que estuda as formas e nos ajuda a criar outras novas, tendo em conta a relação forma/função com as nossas necessidades e com os materiais que queremos utilizar, de modo a que o resultado seja coerente, simples e funcional.         

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   Mas as formas não são apenas figuras ou objectos com diferentes aspectos e determinadas funções, a forma é todo o elemento na sua totalidade, toda a figura ou objecto, desde o interior ao exterior, sendo constituída por cores, texturas e outros elementos que as definem. É através dos nossos cinco sentidos que podemos perceber e estudar as formas que nos rodeiam. A forma é definida por diversos elementos que, na generalidade, são perceptíveis aos nossos olhos: o ponto, a linha, a textura, a estrutura, o volume, o espaço e a cor. NOTA: Como a cor é um elemento de maior estudo, estará à parte noutro documento.   PONTOO ponto é o elemento mais simples da forma. A nível científico o ponto resulta do cruzamento de duas rectas, a nível geométrico o ponto é uma mancha circular de tamanho mínimo que ao movimentar-se cria uma linha, já a nível gráfico resulta do primeiro contacto da tinta, caneta ou lápis com o papel.                 

  

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  Com esta pequena forma podemos criar diversas formas, multiplicando-a por diversas vezes. Vários artistas utilizam o ponto nas suas pinturas, existindo mesmo uma técnica de pintura chamada "Pontilhismo". Através da dispersão ou concentração de pontos, os artistas definiram limites de formas ou criaram formas na sua totalidade. A dispersão, a concentração e o contraste entre o tamanho ou a cor dos pontos, dá-nos a sensação (a nível visual) de claro/escuro ou perto/longe. Embora seja um elemento simples consegue ter uma grande expressividade quando conjugado com coerência e criatividade. 

                  

  

   LINHAA linha é o que dá contorno à forma, embora por vezes esse contorno seja apenas imaginário. Muitos consideram-na um ponto em movimento, se imaginarmos um ponto e o arrastarmos apercebemo-nos que estamos a desenhar uma linha na nossa imaginação.                   

   

  

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Através da utilização diversas linhas com diferentes espessuras ou comprimentos conseguimos criar a noção de movimento, texturas ou claro/escuro, algo que se pode observar tanto na pintura como na arquitectura e na escultura. 

  

  

    

    TEXTURAQuando observamos e tocamos num objecto, estamos a observar e a sentir a sua textura, podendo ser áspero, liso, rugoso, suave, entre outras sensações. Existem texturas naturais e artificiais. Tal como as formas, as texturas naturais são resultado da intervenção da Natureza no meio ambiente e as texturas artificiais são criadas pelo Homem, para caracterizar os seus objectos de acordo com as suas funcionalidades.  

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     ESTRUTURAA estrutura é o conjunto, de diversas e diferentes partes, que suporta e organiza os vários elementos de uma forma. Esta pré-define o aspecto exterior dos objectos, estabelecendo as relações/funções entre as partes e o todo.

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 Se observarmos atentamente os objectos que nos rodeiam, apercebemo-nos que todos contêm uma estrutura, por vezes visível e outras vezes nem tanto. Como consequência da forma e da textura, também a estrutura pode ser natural ou artificial.  Existem dois tipos de estruturas, as de suporte e as modelares. As estruturas de suporte unem e suportam a forma, dando-lhe resistência. Um bom exemplo é o esqueleto, que suporta o nosso corpo (o todo). Este é formado por vários ossos (as partes) que estão dispostos em ordem e unidos entre si. Os seus ossos suportam os músculos e os órgãos (os elementos), que dão forma, definem, o exterior do corpo humano.                     

   Já as estruturas modelares são constituídas pela repetição, em determinada ordem/padrão, do elemento básico da estrutura, o módulo. Como exemplo temos as construções de Legos ou as colmeias, uma peça de lego ou um favo de mel sozinhos não têm resistência, mas quando repetidos em conjunto conseguem criar formas (construções ou colmeias) firmes, suportando pesos elevados.                       

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    SUPERFÍCIE E VOLUME A superfície é um espaço bidimensional (limitado pela largura e comprimento) curvo ou plano, que representa a parte externa ou interna da forma, definindo a sua área. É mais fácil compreender o que é a superfície se observarmos imagens/fotografias, dado que são representativas das formas bidimensionais.         

  O volume pode observar-se em formas tridimensionais, estas possuem altura, largura e comprimento, podendo ser observadas nos vários pontos de vista. O volume ocupa/representa todo o espaço interior até ao contorno da forma.                     

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  ESPAÇOO espaço da forma é o lugar que a forma (objecto) ocupa no meio envolvente. Se o objecto for plano ocupará um espaço bidimensional, mas se tiver volume já ocupará um espaço tridimensional por ser uma forma volumétrica.              

                    

Obs. O apontamento disponivel no blog ]e alternative e provem de fonts diversas da internet.