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Permacultura: Construindo Escolas Resilientes na Crede4/Ceará UNESCO/SEDUC Projeto:914BRZ3005 Relatorio n o 01 - Consultor: Skye Sumário 1 Introdução 2 2 Objetivo Geral 4 3 Público 4 4 Metas 5 5 Justificativa 5 6 Bases Teóricas 8 6.1 Permacultura ............................................ 8 6.2 Resiliência .............................................. 10 6.3 Mudanças globais .......................................... 10 6.4 Teoria U ............................................... 11 6.5 Bioflia ................................................ 11 6.6 Topofilia Restaurativa ....................................... 12 6.7 Governança ............................................. 13 7 Metodologia 13 8 Ações 14 8.1 Ação 1 - Elaboração do Plano de AÇão ............................. 14 8.1.1 Atividades .......................................... 14 1

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Permacultura: Construindo Escolas Resilientes na Crede4/Ceará

UNESCO/SEDUC Projeto:914BRZ3005Relatorio no 01 - Consultor: Skye

Sumário1 Introdução 2

2 Objetivo Geral 4

3 Público 4

4 Metas 5

5 Justificativa 5

6 Bases Teóricas 86.1 Permacultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86.2 Resiliência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106.3 Mudanças globais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106.4 Teoria U . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116.5 Bioflia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116.6 Topofilia Restaurativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126.7 Governança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

7 Metodologia 13

8 Ações 148.1 Ação 1 - Elaboração do Plano de AÇão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

8.1.1 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

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8.2 Ação 2 - Disciplina Eletiva de Introdução à Permacultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148.2.1 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

8.3 Ação 3 - Disciplina de Ecoconstrução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158.3.1 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

8.4 Ação 4 - Curso de Certificado de Design em Permacultura - PDC . . . . . . . . . . . . . . . 158.4.1 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

8.5 Ação 5 - Manual Escolas Resilientes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168.5.1 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

8.6 Ação 6 - Design de um Curso Técnico em Manejo Integral de Águas . . . . . . . . . . . . . 178.6.1 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

8.7 Ação 7 - Biofilia e Topofilia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178.7.1 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

8.8 Ação 8 - Design do Protótipo de uma Escola Sustentável e Resiliente . . . . . . . . . . . . . 188.8.1 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

8.9 Ação 9 -Relatório Técnico Final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198.9.1 Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

9 Programação 19

10 Descrição dos indicadores qualitativos e quantitativos 2010.1 Resultados Esperados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

11 Descrição dos impactos esperados e perspectivas de aplicação dos resultados: 21

Anexos

• Ementa - Curso de Introduçao à Permacultura (40 horas Eletiva)

• Ementa - Curso de EcoConstrução (como Disciplina do curso Técnico em Edificações Rurais).

1 IntroduçãoEste Projeto e suas ações começam com uma base simples e muito profunda, a observação de que vivemosdentro de um sistema complexo adaptativo.Quando começamos a estudar e buscar entender o mundo em nossa volta, devagarinho começamos a enten-der que o mundo é feito de redes complexas([41]). Redes de componentes que interagem, transformam, se

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adaptam e evoluem. Nosso próprio corpo é uma rede complexa composta por órgãos, músculos, processosbioquímicos, físicos, elétricos e o "DNA". O ambiente é um sistema complexo dentro de outros sistemascomplexos maiores como o clima, as florestas, fauna, flora, o mar.....a própria Vida e nossa sociedade tam-bém é um sistema complexo interconectando outros sistemas complexos como ambiente, cultura, religião,economia, política, crenças e mitos. Estamos o tempo inteiro imersos e interagindo com a complexidadede sistemas complexos adaptativos.A ciência moderna só agora está começando a desenvolver as ferramentas, conceitos e a matemática paraentender esse tipo de sistema. Mas, nossa sociedade ainda caminha a passos lentos para reconhecer, en-tender ou perceber esta realidade. Por isso, estamos falhando em todas as tarefas essenciais para se viverbem, como por exemplo, a igualdade social ([27]), estabilidade econômica, estabilidade do clima, cui-dado e uso consciente e sustentável dos recursos naturais, saúde e, especialmente, resiliência, criatividade,prosperidade, a paz, e dignidade para todos.Uma base aqui, é a idéia de que, mesmo que ainda não tenhamos o conhecimento de como lidar com essessistemas, podemos abraçar, dançar e brincar com ele, como proposto por Donella Meadows ([29], [13]).Ao contrário, no dia-a-dia, a sociedade tenta forçar a realidade sistêmica da natureza para caber dentro deum modelo cartesiano, linear, dentro de disciplinas acadêmicas, ciências exatas, partidos políticos e umasérie de outras soluções simplistas. Nesse projeto, abraçaremos e dançaremos com a complexidade,....naesperança de que chegaremos ao outro lado da complexidade, "na simplicidade".A nível global, estamos vendo fortes indicadores relativos à mudanças seguindo no horizonte de nossageração, como mudanças climáticas fortes e irreversíveis, ([8], [9], [10], [11]), 2014), caos econômico edecrescimento na China, India, Japão, Alemanha, Austrália, dentre outros países. Além disso, a subser-viência à democracia, os interesses econômicos das elites, contaminação dos mares e lagos por nitrogênioreativo e fósforo, destruição dos solos, desertificação ([32]), secas severas e desigualdade social extrema.Estamos vendo estes fatores refletindo no Brasil e, especificamente no Ceará, principalmente no que dizrespeito á escassez da água e suas consequências. Existem no estado quatro grandes áreas em estado dedesertificação.Diante de mudanças extremas e grandes desafios é importante avaliar e refletir a respeito da eficácia denossas ações. Frente a estas questões é necessário iniciar a preparação de nossas comunidades, principal-mente, nossas comunidades escolares para que possam se adaptar aos novos padrões climáticos e planejarestratégias emergenciais e adaptativas. Isto, não somente em escala estadual e sim também em escalacomunitária.Segundo dados do relatório do Comitê Internacional de Mudanças Climáticas/IPCC, passamos a janelade mitigação para as mudanças do clima, agora temos que nos adaptar à nova realidade. A ciência dacomplexidade esta mostrando que não podemos continuar a abordar estas questões com soluções simplistase nem pontuais. Precisamos trabalhar com consciência clara a respeito do nível da complexidade destasituação, precisamos fomentar uma visão Resiliente ([33]) frente a este novo momento do planeta.Neste sentido, propomos iniciar um processo de adaptação aos desafios e mudanças climáticas por meio

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da implementação de um “Programa de Formação em Permacultura a ser desenvolvido em cinco Escolasde Nível Médio do Ceará, mais especificamente da Crede 04, com o intuito de oferecer ferramentas quepossam auxiliar as comunidades escolares a iniciarem um processo de transição ecológica nos aspectos dagestão, currículo e espaço físico. Integrado aos processos formativos serão elaborados guias técnicos queapresentam ferramentas e metodologias que possam favorecer a maior integração, criatividade e partici-pação dos núcleos gestores e toda comunidade escolar; construir um currículo contextualizado; ampliara participação da comunidade na escola; proporcionar a criação de espaços de aprendizagem vivos quepossam proporcionar aos professores e alunos trabalharem aspectos emocionais, despertar habilidades,criatividade, uma aprendizagem integral, onde os espaços vivos sejam instrumentos pedagógicos.As ações práticas serão meios para subsidiar a elaboração dos guias técnicos e, principalmente, facilitara integração e participação da comunidade escolar e favorecer o despertar para as questões pelas quaispassam a humanidade e o planeta e desta forma construir novos paradigmas, novos valores e princípiosbaseados na natureza, na solidariedade, fraternidade, amizade e amor pela vida.

2 Objetivo GeralRealizar estudos, planejar, executar e sistematizar ações relativas à Permacultura e resiliência visandoa formação de educadores em permacultura e elaboração de materiais de difusão, na forma de manuaistécnicos objetivando sua implementação nas escolas da rede estadual de Ensino Médio do Ceará.

3 PúblicoCinco escolas da regional 04, sendo: -

• EEM Jaime Laurindo da Silva, no município de Barroquinha,

• EEEP Monsenhor Expedito da Silveira de Sousa,

• Liceu Deputado Murilo Aguiar, no município de Camocim,

• EEEP Professor Emmanuel Oliveira de Arruda Coelho e

• EEEP Guilherme Teles Gouveia, no município de Granja.

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4 Metas

• Facilitar processos formativos teórico-práticos nos conceitos e técnicas permaculturais com profes-sores/alunos de cinco escolas da Crede 04, visando a formação de educadores em permacultura, noperíodo de 8 meses;

• Analisar e sistematizar os resultados dos processos formativos e elaborar materiais pedagógicos, naforma de manuais técnicos, relacionados à Permacultura e Resiliência, visando à sua difusão nasescolas da rede estadual de Ensino Médio do Ceará;

5 JustificativaA humanidade passa por fortes desafios que estão impactando a vida em diversos níveis como, por exemplo,os efeitos severos decorrentes das mudanças climáticas como citado anteriormente. Diante de um futuro deincertezas e mudanças faz-se necessário ações práticas de fato ou que pelo menos que busquem minimizartais efeitos. Para tanto, é urgente a adoção de ações que levem à adaptação à novas realidades ambientais,sociais, econômicas, políticas e culturais em diversos níveis de prioridades conforme contextos e escalas.O Brasil, mais especificamente, o Ceará já vem sentindo os efeitos das mudanças climáticas, mais especifi-camente, com relação à escassez hídrica e suas consequências, pois a região passa por um período de cincoanos de seca com tendência a secar mais ainda! o que pode ser constatado pela atual situação de baixade água nos principais açúdes do estado e o aumento de áreas em desertificação.Diante disso, é necessário e urgente preparar nossas comunidades para esta “adaptação” aos novos pa-drões climáticos, ambiantais, economicas e sociais e favorecer para que as comunidades tenham acesso atecnologias ecologicas e sociais que atendam à situações emergenciais. No entanto, esta adaptação nãopode acontecer somente no sentido de ações pontuais e desconectadas entre si. Precisa acontecer a nível deorganização comunitária e institucional bem como a nível psicológico pessoal e social também. Isto, nãosomente em escala estadual e sim também em escala comunitária, de bairros urbanos e, principalmente,a nível das comunidades escolares. Pois, a humanidade está correndo para o caos sem contudo favoreceruma educação ecológica que integre e seja efetiva dentro das realidades locais, aliando teoria e prática demaneira a fomentar transformações efetivas de fato.É neste sentido que propomos implementar um programa de Formação em Permacultura como meiode instrumentalizar cinco comunidades escolares no processo de adaptação e transição para um futuroresiliente e sustentável, contribuindo para que estas se tornem gestoras de seus processos de mudanças.Cada escola desenvolverá ações específicas, entretanto, interligadas dentro de um processo maior, sendoas seguintes escolas:

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• EE Jaime Laurindo da Silva, nesta escola está em desenvolvimento o projeto "João-de-Barro"que tempor objetivo a construção de duas salas de aula e uma biblioteca usando técnicas de bioconstrução.Esta ação favorece a participação da comunidade escolar local (às vezes familiar) e a integração comoutras escolas por meio de mutirões e oficinas, pois o local se tornou um laboratório para experienciaspermaculturais e inspiração para multiplicação da Permacultura no âmbito escolar. Neste projetoestaremos dando continuidade ao curso PDC-Certificado de Design em Permacultura com os alunosda segunda e terceira série e realizaremos mutirões e oficinas com alunos das escolas participantes.Parte do processo de desenvolvimento do curso será sistematizado e utilizado na elaboração dosguias técnicos; também continuaremos monitorando e acompanhando o processo da ecoConstruçãono projeto "João-de-Barro"

• Na EEEP Monsenhor Expedito da Silveira de Sousa, realizaremos um estudo detalhado na propostacurricular do curso e observação os conteúdos programáticos da proposta que faz interface com alinha de trabalho do Projeto João-de-Barro. Existe a base legal para a integração curricular pautadana integração por áreas. Chegamos a algumas constatações importantes sobre a consagração dainterdisciplinaridade e da integração curricular do Projeto, que são novas Técnicas de construção,neste caso a Bioconstrução. Os alunos da 3a Série do curso de Edificações terão a oportunidade deobter uma base teórica através de minicursos e a parte prática vivenciada na EEM Jaime Laurindo daSilva, dentro do próprio Projeto João-de-Barro. Esta base dará subsídios para a elaboração de umaementa curricular para inclusão de uma Disciplina de Bioconstrução dentro do curso de EdificaçõesRurais.

• A EEEP Guilherme Teles Gouveia, é uma escola agrícola e tem grande área e potencial para de-senvolver e ampliar os processos de aprendizagem, ensino e pesquisa, principalmente, no sentido deimplementar técnicas e estratégias de convívio com o semiárido e encontrar propostas para enfrentarseu desafio maior, a escassez de água. Vale lembrar que na escola todo o consumo de água potávelé abastecido com a compra de água mineral além do abastecimento da água para os animais que éatravés de carro Pipa.Visando contribuir com propostas simples, eficientes, ecológicas e passíveis de serem implementadasna escola é que iniciaremos com esta comunidade um processo formativo em permacultura, tendocomo foco o sistema hídrico. Para tanto, será feito um estudo das possibilidades de sanar ou minimi-zar o problema da água local. Essa Escola funcionará também como um campo experimental voltadopara o manejo sustentável da água, visando melhor aproveitamento da água da chuva tanto em ter-mos de captação e armazenamento bem como infiltração da mesma no solo para alimentação doslençóis freáticos, o que poderá contribuir com a otimização dos sistemas de agricultura e pastagens.O trabalho será desenvolvido com os alunos do curso Agropecuária, professores e gestores. Tambémcontinuaremos monitorando/acompanhando o projeto da construçãao das Cisternas de Água na es-

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cola. O resultado dos processos formativos desenvolvido servirão de base para elaboração de umaementa curricular como proposta para implantação de um curso de "Manejo Sistêmico e Integralde Água no Semiárido". Os participantes do curso também contribuirão com os conhecimentos eaprendizados adquiridos durante o curso e contribuirão na elaboração do "Design de uma EscolaSustentável", especificamente na questão dos recursos hídricos.

• Na EEEP Prof. Emmanuel Oliveira de Arruda Coelho, o propósito é trabalhar com os alunos do cursotécnico Meio Ambiente, uma maior sensibilização e conexão com a natureza por meio da realizaçãode um Seminário de "Introdução aos Princípios da Permacultura, sendo este em duas partes, umateórica e outra prática com pequenas oficinas, tendo por base o projeto "João-de-Barro"na EscolaJaime Laurindo da Silva onde existe um campo experiencial de ecoconstrução e que favorece a práticavivencial, a integração e troca de experiências entre os alunos das escolas participantes do programa.Outra proposta a ser desenvolvida com os alunos participantes do programa é a colaboração no"Design de uma Escola Sustentável"com idéias e propostas baseadas nas suas experiências e estudosem permacultura para contribuir com a questão específica das questões ambientais nesta propostade Escola Sustentável.Com a Escola Liceu Deputado Murilo Aguiar, única escola da região que implantou em 2016 o for-mato de tempo integral, parcial, pois somente as 1a séries neste ano têm na sua proposta curricularas eletivas. Nesta escola a proposta é realizar um curso de “Formação em Permacultura para Profes-sores” (presencial/distância) como forma de instrumentá-los e capacitá-los para ministrarem aulasde permacultura e resiliência como disciplina eletiva no segundo semestre e desta forma poderem in-troduzir a permacultura junto aos alunos. Participarão deste curso também gestores, coordenadorese professores das outras escolas ligadas ao programa bem como coordenadores e superintendentesda Crede 04. Os processos desenvolvidos durante o curso bem como a contribuição dos professoresserão sistematizados e os resultados servirão de base para a elaboração dos guias técnicos.

Também será desenvolvido em conjunto com a gestão das cinco escolas e Crede reuniões e oficinas deplanejamento e elaboração do Design de um curso de Biofilia e Topofilia a ser desenvolvido como protótiponas cinco escolas e se aprovado, multiplicado para as escolas da região.Outra ação a ser desenvolvida com participação da gestão, professores e alunos das cinco escolas e repre-sentantes da Crede 04, será o estudo e elaboração do Design de uma Escola Sustentável, onde cada escolaentrará com sua expertise, sendo uma atividade colaborativa e criativa.Este programa é uma oportunidade para levar a ciência sistêmica da permacultura para as escolas efavorecer a integração, troca de conhecimentos e saberes entre os diferentes cursos, alunos, professores egestores. A formação em permacultura também pode contribuir em ampliar e fortalecer o conhecimentojá desenvolvido nos cursos em si, além de oportunizar o exercício da colaboração, solidariedade, cidadaniae criação de vínculos entre eles. Todas as proposições postas serão realizadas de forma coletiva com seuspares: Escola/Gestores/Coordenadores, Crede e Consultor.

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O resultado da sistematização dos processos formativos em Permacultura e Resiliência realizados nascinco escolas participantes servirão de base para elaboração dos materiais didáticos-pedagógicos que serãoapresentados na forma de guias técnicos para difusão nas escolas de ensino médio do Ceará e multiplicaçãodos conceitos, princípios, técnicas e estratégias em Permacultura.

6 Bases TeóricasDurante o século 17, duas linhas da filosofia cresceram juntas e, de certa maneira, em oposição. Osracionalistas,liderados por René Descartes propunham uma abordagem científica que ia além da análise,sempre mais detalhada e mais detalhada, poderia levar a entender como funcionava o universo, ou seja,dividindo os sistemas até seus subcomponentes poderíamos conhecer como as coisas funcionam.Ao mesmo tempo, os sistêmicos, David Hume, John Locke e Jean-Jacques Roussou ([39], [28]) tiveramuma proposta diferente, ou seja, eles sentiam que o "inteiro, é mais do que apenas a soma das partes"epropunham que somente buscando entender como funciona um sistema inteiro podemos chegar a entendercomo funciona o universo. Por razões políticas, os racionalistas ganharam mais apoio com o Rei da Françae o mundo seguiu, na direção analítica, o que hoje chamamos de "pensamento cartesiano".Nas décadas recentes, voltamos a apreciar e avaliar a verdade entre as duas linhas de pensamento, especial-mente, com o desenvolvimento da ciência da complexidade e dos sistemas. Um dos primeiros cientistas nodesenvolvimento desta nova abordagem científica foi o ecólogo Howard Odum. E, não foi por coincidênciaque Howard Odum ([24], [23],[25], [26] foi a primeira referência citada no primeiro livro de Permacultura(Permaculture One, Ed. Tagari Press, Austrália).Permacultura é uma abordagem científica baseada no pensamento holístico, integral e sistêmico. E, porisso, é difícil apresentar e explicar a Permacultura como uma coleção de ecotécnicas, boas práticas ousoluções padronizadas. Na verdade, o conceito de boas práticas não existe dentro da ciência dos sistemascomplexos. Pode ser possível apresentar diversas estratégias, técnicas e algumas práticas que são apenascomponentes apropriados para um design permacultural para um determinado clima e condição sócio-ambiental local mas, isso não dá condições para formar "Permacultores".Isso, pode inspirar pessoas para que conheçam mais a respeito da permacultura integral cujos princípiosoferecem condições para mudanças na forma de pensar, sentir e agir.

6.1 Permacultura

Mollison, Bill and David Holmgren. "Permacultureone."Morebank, NSW Australia: TransworldPublications (1978). Mollison, Bill C. Permaculturetwo. Tagari, 1979. Mollison, Bill. "Permaculture: adesigner’s manual."Permaculture: a designer’smanual. (1988). Holmgren, David. "Principles andpathways beyond Sustanability."Holmgren DesignServices, Hepburn (2002). Holmgren, David. Futurescenarios: how communities can adapt to peak oiland climate change. Chelsea Green Publishing, 2012.

No contexto desse projeto, a Permacultura será uma das abordagens para aplicar e implantar os aspectoteóricos e práticos do projeto. Como falamos às vezes, a "permacultura é a arte da resiliência".Permacultura, vem de permanência na cultura, é uma ciência sistêmica, um estilo de vida, uma estratégiade planejamento ecológico e também, um movimento sócio-ecológico global. Criada por Bill Mollison([20], [21], [22]) e David Holmgren ([17], [18]), ela trabalha com éticas e princípios de desenho para criar

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sistemas e comunidades sustentáveis. Trata de favorecer para que as pessoas possam se auto-sustentarem suas necessidades básicas, usando os recursos locais de forma sustentável, com abundância, harmonia,criatividade e beleza.As éticas são expressas em forma bem simples e profundas.

• Cuidar da Terra (ética ecológica)

• Cuidar das Pessoas (ética social)

• Diminuir o Consumo e Compartilhar os Excedentes (ética econômica)

Os princípios de design, como apresentado por David Holmgren em seu livro mais recente "Permacultura:Principios e Caminhos para a Sustentabilidade"([18]) são:

• Cuidar a Terra (ética ecologica)

• Cuidar as Pessoas (ética social)

• Compartilhar os Excedentes (ética econômica)

Os princípios de design, como apresentado por David Holmgren, são:

• Observar e Interagir

• Captar e Armazenar Energia

• Obter um Rendimento

• Pratique Auto-Regulação e Aceite Feedback

• Use e Valorize os serviços e Recursos Renováveis

• Não Produza Desperdícios

• Integrar ao invés de Segregar

• Use Soluções Pequenas e Lentas

• Use e Valorize a Biodiversidade

• Use as Bordas e Valorize o Marginal

• Responda as Mudanças com Criatividade

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O eixo central da Permacultura é o planejamento e a interconectividade. Planejamento feito em harmoniacom os princípios que regulam a Natureza.No contexto desse projeto, será esse eixo de design/planejamento que direcionará as ações propostas.Usaremos os princípios de design da permacultura para propor e orientear o replanejamento do ambientefísico e da aprendizagem nas escolas.

6.2 Resiliência

Gunderson, Lance H. Panarchy: understandingtransformations in human and natural systems.Island press, 2001. Berkes, Fikret, Johan Colding,and Carl Folke, eds. Navigating social-ecologicalsystems: building resilience for complexity andchange. Cambridge University Press, 2008. Holling,Crawford S. "Resilience and stability of ecologicalsystems."Annual review of ecology and systematics(1973): 1-23. SRC, Applying ResilienceThinking,University Stockholm, onlinehttp://www.stockholmresilience.org/download/18.10119fc11455d3c557d6928/1459560241272/SRC+Applying+Resilience+final.pdf StockholmResilience Center -http://www.stockholmresilience.org/

Resiliência é um conceito antigo e ao mesmo tempo moderno. Podemos encontrar resiliência em áreasecológicas, psicológicas ou mecânicas. Em tempo de fortes mudanças como as mudanças climáticas, exôdorural, guerras, desigualdades sociais, caos financeiro e político, os estudos relativos à resiliência se tornamde grande importancia. Hoje, há grande relevância quanto à resiliência comunitária.Resiliência é a habilidade de um sistema suportar mudanças ou perturbações fortes e ainda continuar a sersustentável e auto-organizado. É importante observar que de acordo com estudos de Buzz Holling, JohanRockstrom e David Walker, um sistema após passar por uma crise e/ou perturbação ele não necessaria-mente voltará a ser o mesmo ou até parecido ao sistema original, ele se tornará um sistema novo, pois várioscomponentes desse sistema podem mudar radicalmente, na verdade, o novo sistema será bem diferente dosistema original. Nesse sentido, a resiliência está ligada à transformação, criatividade e adaptação.Resiliência também é uma característica intrínseca dos sistemas complexos adaptativos e também é umaaplicação prática do conhecimento dos sistemas complexos adaptativos. Não é por acaso que temas comoGovernança, Biofilia e Permacultura estão interconectados com Resiliência e Sistemas complexos adapta-tivos.A Resiliência existe em diversos níveis, sendo individual, local, organizacional, comunitário, municipal,estadual e global. No entanto, "Mudanças"ocorridas em um nível causarão impactos tanto em níveis acimacomo em níveis mais abaixo. Portanto, construir Resiliência em cada nível é essencial para gerar resiliêncianos níveis acima e abaixo.

6.3 Mudanças globais

É importante considerar as fortes mudanças que estão ocorrendo globalmente e, principalmente, os desafiosque precisaremos enfrentar e que são interconectados, tais como mudanças climáticas, culturais, políticas,financeiras, matriz energética, água, solos, biodiversidade e caos social.

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6.4 Teoria U

Scharmer, Otto. "Teoria U: como liderar pelapercepção e realização do futuro emergente."Rio deJaneiro: Editora Campus (2010). Otto Scharmer,Addressing the Blind Spot-Executive Summary,Presencing Institute, online -https://www.presencing.com/sites/default/files/page-files/Theory_U_Exec_Summary.pdfOtto Scharmer, Presenca,Cultrix Ed., 2007,ISBN:8531609801 Senge, Peter, and C. Scharmer.Presence: Exploring profound change in people,organizations and society. Nicholas BrealeyPublishing, 2011.

A partir do olhar da complexidade podemos perceber que a pedagogia do "pote vazio"não funciona, ou seja,enchendo a cabeça de jovens com fatos decorrentes de sistemas lineares e simplistas para que eles possamapenas se preparar para obter um "emprego"é uma prática do século passado. Em sistemas complexos,precisamos de pessoas com criativade, com calma, com atenção, propósito e inspiração.Os desenvolvimentos na área da educação por heróis como Paulo Freire, Maria Montesorri e ReginaldReevans, José Pacheco, dente outros, começaram a socializar e aprofundar a sabedoria da aprendizagem.Após realizar centenas de entrevistas com pessoas bem sucedidas em suas áreas de formação, o economistaOtto Scharmer (professor do MIT ([31], [30]) começou a enfatizar a importância da nossa atenção e o fatode que a inspiração e criatividade estão ligadas às práticas de reflexão e meditação. Como consultor deexecutivos de empresas internacionais, ele tem desenvolvido metodologias que lhes permitem lidar comsituações complexas, além do acesso à informações mais profundas, ou seja, "lidando a partir de um futuroemergente".A "Teoria U"de Otto Scharmer, ensina como facilitar processos que permitem às pessoas a acessaremconhecimentos profundos e Sabedoria. Um aspecto desse processo é a "atenção", pois o que podemosperceber depende muito em onde colocamos nossa atenção. Os processos da "Teoria U", auxiliam pessoasa aprofundar sua atenção, além de dinâmicas de reflexão, diários pessoais, música e tempo em ambientesque inspiram, na natureza (isso conecta com as práticas da Biofilia e Topofilia).Esse trabalho tem muito para auxiliar os educadores a fazerem uma reflexão mais profunda, como apro-fundar e articular com outras formas e sistemas de educação. Visando atender e gerar conhecimento decomo reagir e agir em momentos em que se necessita lidar com situações complexas e acessar novas formase fontes de sabedoria, uma sabedoria interna, profunda, superior, complexa e do futuro.O projeto buscará integrar e incorporar a metodologia da "Teoria U"nos programas e currículos a seremdesenvolvidos.

6.5 Bioflia

Edward O Wilson, Biophilia, Harvard UniversityPress, 1984. ISBN:978-0674074422 Biofilia -https://pt.wikipedia.org/wiki/Biofilia Biofilia- Fomos Programadas para Amar a Vida -https://pt.wikipedia.org/wiki/BiofiliaBiofphilic Cities - http://biophiliccities.org/McCurdy, L.E.; Winterbottom, K.E.; Mehta, S.S.and Roberts, J.R. (2010). Using nature and outdooractivity to improve children health. Curr problPadiatric Adolescent Health, Care, 40, 102-117.Townsend M and Weerasuriya R. (2010). BeyondBlue to Green: The benefits of contact with naturefor mental health and well-being. Beyond BlueLimited: Melbourne, Australia. Richard Louv(2005),Last Child in the Woods: Saving OurChildren from Nature-Deficit Disorder, AlgonquinBooks, New York, USA.https://www.unicef.org/sowc2012/urbanmap/

Conectada à ciência da Resiliência, a Biofilia é definida como o amor intrínseco que as pessoas têm pelavida ou sistemas vivos, animais e paisagens. Hoje, existem muitos estudos mostrando o impacto positivoque a conexão com outras espécies ou com a Natureza e como proporciona a saúde, criatividade e bemestar nas pessoas.O conceito foi inicialmente apresentado por Erich Fromm e mais tarde ampliado por Edward Wilson queem seu Livro "Biofilia” ([40]), demonstra que temos uma "tendência inata para focalizar na vida e processossemelhantes". Bem recentemente, Keith Tidball publicou o livro "Greening in the Red Zone"(enverdecendona Zona Vermelha [35]), onde diz que o contato com a Natureza e sistemas vivos não nos é apenas inatomas sim, essencial para a saúde psicológica das pessoas e, especialmente, em momentos de conflito outrauma, o contato com a Natureza tem propriedades de cura.

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O contato e melhor ainda, a imersão na Natureza, aumenta a criatividade, concentração, habilidade paraaprender e se sensibilizar às causas do meio ambiente e cuidado consigo e com o outro. Além disso, têmimpacto para curar diversos traumas pessoais. Também, acreditamos que esse contato têm como cu-rar traumas coletivos, como catástrofes naturais. Existem diversas pesquisas, projetos e estudos que estãoaplicando esse conceito na prática. Um exemplo, são as bases militares nos Estados Unidos que estão incor-porando o conceito "Vias Verdes", onde soldados traumatizados por guerra (especialmente com problemasmentais) passam tempo em ambientes naturais, passeando, estudando, refletindo ou somente relaxando.Outros estudos ligados com pessoas impactadas por desastres naturais como furacões ou incêndios, comcrianças sofrendo traumas devido à separação de seus pais ou problemas de família decorrentes do uso dedrogas e alcoolismo. Não é por acaso que líderes coorporativos estão usando a imersão na Natureza paraencontrar novas inspirações e direções em criatividade e inovação. Isso será mais importante no futuro,considerando a magnitude e profundidade dos desafios que a humanidade estará enfrentando por causa dasfortes mudanças como as mudanças climáticas, a mudança da matriz energética, o caos financeiro dentreoutras.Neste projeto propomos incluir atividades que aumentem a biofilia nas escolas e também que incorporeatividades que auxiliem no desenvolvimento da biofilia com os estudantes, professores e com a comunidadeescolar em geral.

6.6 Topofilia Restaurativa

Topofilia ([36]) é relativa ao amor ou à ligação que uma pessoa sente por um lugar. Isso pode ser suacasa, seu bairro, sua região. Ou pode ser a região ou localidade onde a pessoa nasceu ou passou muitosanos durante sua infância. Quando pessoas se sentem conectadas à um lugar elas o valorizam e não odestroem ou o abandonam. A história está cheia de exemplos de pessoas que cuidam e defendem seu lugar,sua região ou sua cultura. Hoje, muitas pessoas estão mais móveis, mudando de casa, cidade ou estado,isto, por necessidades diversas, seja por estudos, interesse comercial ou por questões de trabalho. Taismovimentos destroem o sentido de lugar, de pertença e diminui a responsabilidade pelo lugar resultandoem destruição, abandono ou no mínimo, NÃO cuidado com o lugar.Reconstruindo a topofilia é um dos passos essenciais na construção de comunidades resilientes, de lugaresbem cuidados e de uma cultura que valoriza o planeta onde moramos juntos.Leis e regras não têm como proteger um lugar, uma paisagem ou um rio mas, a história apresenta exemplosde grupos e pessoas que conseguiram proteger e cuidar de ambientes e bens naturais. Por exemplo, GuaraDevi, mobilizou as mulheres de sua vila quando sua floresta foi ameaçada por interesses comerciais e com alicença do governo da Índia. Ela e as mulheres locais formaram o movimento "Chipko- as "abraçadoras dasárvores- Mesmo sendo uma luta feia (porque os agentes comerciais mataram algumas das mulheres) elasconseguiram defender sua floresta. Até hoje a floresta esta intacta e sua região continua a ser produtiva, aocontrário das regiões vizinhas, onde as florestas foram cortadas e que hoje é uma região que está entrando

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em desertificação. O movimento Chipkos inspirou diversos grupos e que hoje são os líderes ambientais emdiversos lugares no mundo.

6.7 Governança

Elinor Ostrom - wikipedia -https://es.wikipedia.org/wiki/Elinor_OstromOstrom E., Governing the Commons: The Evolutionof Institutions for Collective Action, CambridgeUniversity Press, 1990, USA, ISBN 0521405998Sabbagh R B., Bens públicos e recursos de acessocomum: instituições que influenciam sua conservaçãonos bairros Cota do Parque Estadual da Serra doMar de São Paulo, Revista de Administração PúblicaPrintversionISSN 0034-7612 - online-http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-76122012000600010

Na área politica e economica existe uma fé de que o manejo dos recursos e bens comuns deve acontecer pormeio do governo ou de empresas. Essa fé aconteceu, principalmente, por influência das idéias de GarretHarden [12], apresentadas em seu artigo "Tragédia dos Bens Comuns". Essa fé foi tão auto-excludente paradar vida aos debates politicos e economicos entre "nacionalização"e "privatização"(que no fundo é uma dascausas do momento politico no Brasil nesse ano).Elinor Ostrom foi uma cientista social que não aceitou as crenças de "Garret Harden"sem fazer um estudo eanalizar profundamente. Durante 30 anos, ela com seu marido e equipe da Universidade de Illinois (EUA),pesquisaram essa questão na teoria, por meio de experimentos e de estudos de campo, trabalho que lheconcedeu o Prêmio Nobel de Economia.Ela demonstrou que em locais onde encontramos "ambientes que apresentam seus recursos naturais e benscomuns em bom estado de conservação, também vamos encontrar comunidades com visão de longo prazo eque investiram e tiveram confiança nelas mesmas". Elinor Ostrom, somente por instiruições governamentaisou empresas particulares.Governança será um dos temas que trabalharemos dentro desse projeto servindo também de guia nasdiscussões e processos formativos.

7 MetodologiaO programa como um todo terá por base as seguintes metodologias: - Permacultura - Aprender fazendo;- Design de projetos sociais - Dragon Dreaming; - Teoria U;No entanto, nos cursos de formação, oficinas e mutirões estaremos usando processos e metodologias diver-sas, sendo estas definidas conforme o objetivo da atividade e mesmo necessidade que o facilitador sentir aolongo do processo, tais como exposições orais, áudio-visuais, dinâmicas de grupos, práticas físicas, estudosa distância, uso de diário de aprendizagem, roda de conversa, construção de histórias, círculo de cultura,exposição dialogada, arte, teatro, dentre outras.

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8 Ações

8.1 Ação 1 - Elaboração do Plano de AÇão

Elaborar o “plano de ação” definindo os arcabouços teóricos e metodológicos que servirão de base paraestudos, elaboração e aplicação das ações permaculturais e de resiliência nas cinco Escolas Estaduais daCREDE 04 que resultarão em guias técnicos para difusão nas escolas do Estado.

8.1.1 Atividades

• Realizar estudos e pesquisas relativos ao tema Permacultura e Resiliência voltados para a realidadelocal;

• Realizar reuniões com gestores, coordenadores, professores e Crede para alinhar e desenhar os pro-cessos formativos;

• Realizar estudos e definições de metodologias a serem aplicadas nos processos formativos com pro-fessores, alunos e gestores;

• Elaborar plano de ação com cronograma de ações definidos em conjunto com Escolas e Crede;

8.2 Ação 2 - Disciplina Eletiva de Introdução à Permacultura

Elaboração de 01 manual detalhando conteúdo programático de uma disciplina em Permacultura paraintegrar o currículo das Disciplinas Eletivas em Escolas Integrais”:

8.2.1 Atividades

• Visita à escola para reunião com gestor, coordenadores, professores e representantes da Crede paraapresentação da proposta de ementa, estudos e integração de complementações;

• Visita à escola para observação e análise da realidade da comunidade escolar e familiar;

• Estudo do currículo normal da escola:

• Estudo das ementas relativas às disciplinas eletivas;

• Elaboração de um protótipo de ementa curricular em permacultura para compor as disciplinas ele-tivas;

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• Apresentação da ementa à comunidade escolar e crede para avaliação e complementações;

• Elaboração da ementa final para encaminhamento aos setores responsáveis para aprovação na SEDUCe multiplicação nas Escolas Estaduais de nível Médio do Ceará;

• Acompanhar e dar suporte aos professores da Escola Integral para ministratem o Curso "Introduçãoà Permacultura.

8.3 Ação 3 - Disciplina de Ecoconstrução

Elaboração de 01 manual detalhando conteúdo programático de uma disciplina de Ecoconstrução paraintegrar o currículo do curso Técnico de Edificações Rurais.

8.3.1 Atividades

• Visita à escola para reunião com gestor, coordenadores, professores e representantes da Crede paraapresentação da proposta, estudos e integração de complementações;

• Visita à escola para observação e análise da realidade da comunidade escolar e familiar;

• Estudo do currículo normal da escola:

• Estudo das ementas relativas às disciplinas do curso de Edificações Rurais;

• Elaboração de um protótipo de ementa curricular em permacultura para compor as disciplinas docurso;

• Apresentação da ementa à comunidade escolar e crede para avaliação e complementações;

• Elaboração da ementa final para encaminhamento aos setores responsáveis para aprovação na Seduce multiplicação nas Escolas de nível Médio do Ceará. acompanhar a construção do projeto João-de-Barro, em desenvolvimento na EEM Jaime Laurindo da Silva;

8.4 Ação 4 - Curso de Certificado de Design em Permacultura - PDC

Elaborar um manual contendo o desenho de uma “Ementa curricular"para um curso PDC-Certificado deDesign em Permacultura para Professores e alunos.

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8.4.1 Atividades

• Visita às cinco escolas participantes do programa juntamente com representantes da Crede paraapresentação da proposta de realização de um curso para formação de educadores em Permacultura;

• Realizar uma Oficina - "Educadores em Permacultura- oficina presencial de 5 dias, com ênfase nafacilitação de processos de aprendizagem em Permacultura e também para subsidiar a elaboração deuma ementa curricular de um curso PDC para as escolas.

• Visita às escolas para observação e análise da realidade dessas comunidades escolares;

• Elaboração de um protótipo de ementa curricular em permacultura para compor as disciplinas docurso;

• Apresentação da ementa à Crede para avaliação e complementações;

• Elaboração da ementa final para encaminhamento aos setores responsáveis para aprovação na SEDUCe multiplicação nas Escolas Estaduais de nível Médio do Ceará.

• Completar e avaliar o curso de Permacultura (PDC) em andamento com alunos da EE Jaime Lau-rindo da Silva;

• Completar e avaliar o curso de Permacultura (PDC) realizado com professores da CREDE4;

8.5 Ação 5 - Manual Escolas Resilientes

Elaborar um “Manual relativo à implementação de Escolas Resilientes – material pedagógico para inspiraro processo de planejamento de "Escolas Sustentáveis e Resilientes".

8.5.1 Atividades

• Realizar pesquisas e estudos a respeito dos temas relativos à permacultura, resiliência, sustentabili-dade, complexidade, educação ecológica, cultura, tradição, educação, clima e biomas existentes noestado;

• Definir metodologias e aplicar processos metodológicos com participantes do programa visando ade-quações às condições e necessidades locais;

• Elaborar arte e parte gráfica dos materiais didáticos;

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• Elaborar o protótipo do guia – Escolas Sustentáveis e Resilientes - contendo conceitos teóricos ematerial didático-pedagógico relativo aos conceitos, princípios, técnicas e estratégias ligadas aostemas de permacultura, resiliência e sustentabilidade; Apresentar o material à Crede e Escolas paracomplementações; Elaborar o documento final;

• Realizar evento para entrega do material à Crede 04 para difusão junto às escolas da região e daSEDUC. Avaliação do processo;

8.6 Ação 6 - Design de um Curso Técnico em Manejo Integral de Águas

Fazer o “Design” de um Curso Técnico em Manejo Integral de Águas”, com recomendações a seremapreciadas pela SEDUC.

8.6.1 Atividades

• Visita à Escola Agrícola Guilherme Teles Gouveia juntamente com representantes da Crede paraapresentação da proposta de elaboração do “Design de um Curso Técnico em Manejo Integral deÁguas no Semiárido e realização de um curso para subsidiar a proposta;

• Visita à escola para observação e análise da realidade da comunidade escolar;

• Estudo do currículo normal da escola:

• Estudo das ementas relativas às disciplinas dos cursos oferecidos na Escola Agrícola;

• Realização de um curso voltado para o “Manejo Sistêmico e Integral de Águas no Semiárido” tendopor base os conceitos e princípios da permacutura para subsidiar estudos relativos ao Manejo deÁgua no Semiárido;

• Elaboração de uma ementa curricular para compor as disciplinas do curso;

• Apresentação da ementa à comunidade escolar e crede para avaliação e complementações;

• Elaboração da ementa final e Design do curso para encaminhamento aos setores responsáveis paraaprovação na SEDUC e multiplicação nas Escolas Estaduais de nível Médio do Ceará.

• Continuação do monitoramento e avaliação relativos à implantação de sistemas de "swales", "jardimde chuva"e construção das cisternas implantados na escola durante o curso; Avaliações dos processos.

8.7 Ação 7 - Biofilia e Topofilia

“Design” de um Curso em Biofilia e Topofilia aplicada às Escolas Estaduais do Ceará;

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8.7.1 Atividades

• Visita às cinco escolas participantes do programa juntamente com representantes da Crede paraapresentação da proposta de elaboração do “Design de um Curso em Biofilia e Topofilia;

• Visita às escolas para observação e análise da realidade dessas comunidades escolares;

• Estudo do currículo normal das escolas; Realização de uma “Vivência” baseada na metodologia da"Teoria U"(Otto Scharmer) para subsidiar estudos relativos ao Design do curso;

• Elaboração de uma ementa curricular para compor o programa do curso;

• Apresentação da ementa à comunidade escolar e crede para avaliação e complementações;

• Elaboração da ementa final e Design do curso para encaminhamento aos setores responsáveis paraaprovação na Seduc e multiplicação nas Escolas Estaduais de nível Médio do Ceará;

• Avaliação do processo.

8.8 Ação 8 - Design do Protótipo de uma Escola Sustentável e Resiliente

Design do Protótipo de uma “Escola Sustentável e Resiliente”,

8.8.1 Atividades

• Visita ao local selecionado para construção da Escola Sustentável e à escola gestora, juntamente comrepresentantes da Crede para conhecimento do local e ouvir as necessidades e quereres das pessoas;Apresentação da proposta de elaboração do “Design de um protótipo de uma Escola Sustentável eResiliente;

• Visita às escolas para observação e análise da realidade dessas comunidades escolares e apresentaçãoda idéia de participação das escolas na elaboração do protótipo;

• Estudo do currículo normal das escolas da Crede 04;

• Realização de uma oficina vivencial com representantes das cinco escolas participantes do programapara colaborarem dentro de suas expertises na criação do protótipo de uma Escola Sustentável eResiliente que terá por base os conceitos e princípios da permacultura e resiliência;

• Aplicação de processos metodologicos definidos no programa;

• Elaboração de uma ementa curricular para compor o PPP-Plano Político Pedagógico da Escola;

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• Apresentação da ementa à comunidade escolar e crede para avaliações e complementações;

• Realização de uma oficina de dois dias, com representantes da Crede 04 e Escolas para aprovação daementa final, conclusão do Design da escola em termos de currículo, estrutura, gestão e avaliações;Sistematização do processo e elaboração do guia; Encaminhamento aos setores responsáveis paraaprovação na Seduc e difusão nas Escolas e Governo do Estado.

8.9 Ação 9 -Relatório Técnico Final

Relatório técnico contendo resultado final dos processos de sistematização, das ações permaculturais e deresiliência implementadas nas 05 escolas Estaduais, da CREDE 04.

8.9.1 Atividades

• Pesquisas e estudos relativos a conteúdos técnicos ligados aos temas tratados no programa;

• Sistematização dos processos formativos em Permacultura com professores, gestores e alunos desen-volvidos ao longo do programa;

• Elaboração dos guias ténicos finais e integração com os guias elaborados anteriormente; Apresentaçãodos documentos ténicos para avaliação e complementações pela CEDA/CREDE 04.

• Elaboração do relatório final.

9 Programação

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Mes/Ação 1 2IntroduçãoPC

3Ecoconstrução

4PDC

5Escolas Re-silientes

6Águas Inte-grais

7BioFiliaTopofilia

8Design Es-cola Resili-ente

9RelatórioFinal

Nov Plano deAção

Ementa EmentaAcompanharJoão-de-Barro

AcompanharC. Cister-nas

Pesquisas Pesquisas Relatório

Dez AvaliarEmenta

AvaliarEmentaAcompanharJoão-de-Barro

Ementa Visitas Visitas

Jan OficinaEducadoresem PC

Feb AcompanharCurso

AcompanharCurso

ProtótipoManual

Ementa Ementa Relatório

Mar AvaliarEmenta

Abr Manual Manual EmentaMaio Entrega

GuiaJunho Entrega

ManualEntregaManual

EntregaManual

Relatório

JulhoAgosto Entrega

DesignSept Relatório

Final

10 Descrição dos indicadores qualitativos e quantitativos

10.1 Resultados Esperados

O projeto terá inicialmente um impacto forte em 5 (cinco) escolas e suas comunidades vizinhas, criandoResiliência local. Esta resiliência se manifestará fisicamente por meio de melhoramentos na escola e

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comunidade, pois tiveramm acesso a conhecimentos e ferramentas que lhes darão condições de se tornaremmais sustentáveis, mais responsáveis e eficientes no uso da água, energia, recursos naturais e por seusexcedentes. Mais importante ainda, é a possibilidade que estas comunidades terão em mostrar umaatitude e ânima para enfrentar os desafios do futuro, tendo mais autoconfiança, auto-organização e umadinâmica coletiva.

11 Descrição dos impactos esperados e perspectivas de aplicação dosresultados:

Um impacto será que as comunidades começarão a entender e agir sabendo que a Resiliência e sua criaçãodepende da forma como eles abraçam e entendem a complexidade, entendendo que não existe limiaresartificiais entre os várias aspectos de suas vidas, como as questões econômicas, culturais, políticas, sociais,ambientais ou tecnológicos e que cabe a cada um tomar responsabilidade pelo cuidado com a vida emtodos os seus aspectos.

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.Assinado 30/11/2016 em Fortaleza, Ceará

Skye

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