Período descritivo: classificação baseada na aparência ou hábito das plantas.

(3oo a.C.): árvores arbustos e ervas. Teofrasto, Dioscórides, Plinio, Alberto Magno (monocotiledôneas e dicotiledôneas pela estrutura caulinar).Idade média: Otto Brunfels, Hyeronimus Bock, Leonhard Fuchs, L’Obel e outros, considerados herbalistas (propriedades medicinais das plantas).

Formação de alguns grupos naturais ainda hoje reconhecidos, como por exemplo, musgos, coníferas, umbelíferas

Período de sistematização: uso de critérios de classificação que, historicamente, dividiram-se em três categorias ou sistemas: artificiais, naturais e filogenéticos.

Sistemas artificiais

Uso de critérios morfológicos externos : raiz, caule, folhas, folíolos, flores, brácteas, estípulas, frutos, etc.

Representantes

Critérios anatômicos (internos).

Andrea Cesalpino (1519-1603).

•Jean Bauhin (1541-1613), escreveu Historia Plantarum Universalis.

•Gaspar Bauhin ( 1566-1624), distinguiu gênero de espécie.

•John Ray (1628-1705), trabalhou com monocotiledôneas e dicotiledôneas.

•Joseph Pitton de Tournefort (1656-1708). Fundamentado nas características da corola.

•Karl Linné (1707-1778). Estabeleceu a nomenclatura binária. Escreveu “Systema Naturae” , “Genera Plantarum” e “Especies Plantarum”.

Baseados na morfologia externa e anatomia, buscando formar grupos afins e aparentados, se aproximando do sistema filogenético, porém sem a idéia de evolução.

Sistemas naturais

Principais representantes:

Agustin Pyrame de Candolle (1778-1841). Distinção entre plantas vasculares e avasculares.

Agustin Pyrame de Candolle (1778-1841). Distinção entre plantas vasculares e avasculares.

Antoine Laurent de Jussieu (1748-1836). Número de cotilédones.

Sistemas filogenéticos

Abandono da teoria da imutabilidade das espécies considerando as plantas como reflexo de sua evolução. Baseado nas relações genéticas e conhecimentos de evolução.Caracteres divergiram em um passado remoto.

Principais representantes:

•August Eichler (1839-1887). Dividido em fanerógamas e criptógamas.•Adolf Engler (1844-1930). Novas posições para alguns grupos a partir de novos conhecimentos em anatomia, química, embriologia e outros.

Richard von Wettstein (1862-1931). Considerou dicotiledôneas menos evoluídas que monocotiledôneas.

Armen Takhtajan: estudou basicamente as angiospermas.

Arthur Cronquist: estudou a sistemática de Angiosermas. Fez algumas modificações na sistemática de Takhtajan (reuniu Magnoliidae e Ranunculiidae como Magnoliidae).

APG (Angiosperm Phylogeny Group) II (2003).APG III: 2009.

Permite o estabelecimento de um método estável para as denominações científicas empregadas

Princípios do Código Internacional de Nomenclatura Botânica

1- É independente da nomenclatura zoológica2- Aplicação dos nomes dos grupos taxonômicos é determinada pelo método dos tipos nomenclaturais.3- A nomenclatura de um grupo taxonômico está baseada na prioridade de publicação.4- Cada grupo taxonômico não pode ter mais de um nome correto. Conta o mais antigo.5- Nomes latinos ou latinizados.6- Regras com efeito retroativo.

Os nomes científicos são compostos por gênero e epíteto específico escritos em itálico ou sublinhados, seguido do nome do autor.

Mimosa platycarpa Ducke ou Dydimopanax gleasonii Britton et Wilson

Podem ser utilizadas abreviaturas para os autores. Ex: L., DC.

Nomes de autores entre parênteses indica situação taxonômica anterior. Ex: Trema micrantha (L.) Blume – o seg. modificou o prim.

Copaifera cearensis Huber ex Ducke (primeiro não publicou)

Categorias taxonômicas:Divisão – phytaSubdivisão – phytinaClasse – opsidaSubclasse – idaeOrdem – alesSub-família – oideaeTribo – eaeSub-tribo - inae

Exercícios:

Explique a colocação dos nomes dos autores nos nomes científicos abaixo:

Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg.Ficus clusiaefolia (Miq.) Schott ex Spreng.Urtica dioica L.

Todas estas espécies pertencem a 3 famílias distintas. Classifique-as até o nível de Reino, passando por família, ordem, classe e divisão.