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GINECOMASTIA: UM PROBLEMA CADA VEZ MAIS ATUAL Alfredo Carlos S.D. Barros,Cristiane B. A. Nimir Ginecomastia é o aumento do volume mamário em homens devido à proliferação excessiva do tecido fibroglandular e adiposo. Na sua etiologia participam principalmente fatores hormonais, com desiquilíbrio da relação estrogênios/androgênios. OBJETIVO: O objetivo é estudar aspectos epidemiológicos e clínicos da ginecomastia nos dias atuais. MÉTODO: Foi realizada uma avaliação da freqüência relativa entre 794 amostras de ginecomastia e o total de peças cirúrgicas examinadas no laboratório Diagnóstika, entre os anos de 2003 a 2008. Nos anos 2003 e 2004 ocorreram 144 peças de ginecomastia sobre um total de 23.506 espécimes; em 2005 e 2006 foram 255 para 36.465; em 2007 e 2008 houve 317 para 42.407. contatou- se aumento da freqüência relativa do biênio 2005-2006 em relação 2003-2004 de 8%. E de 2007-2008 para 2005-2006 de 5%. A faixa etária acometida foi variável: 11-20 anos: 21,7%; 21-30: 36,2%; 31-40: 23,2%; 41-50: 8,3%; 51-60: 2,6%; 61-70: 3,0%; 71-80: 1,1%; 81-90: 2,6%; acima dos 90 anos: 3,6%. Achado incidental de câncer foi verificado em 39 dos 794 casos. Correspondendo a 4,9%. CONCLUSÕES:A freqüência relativa de ginecomastia está aumentando. Atualmente todas as faixas etárias podem ser acometidas, predominando a idade adulta nas formas de ginecomastia tratada cirurgicamente. A incidência de carcinoma incidental nas peças de ginecomastia não é desprezível PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE GESTANTES COM TROMBOSE VENOSA Amanda Rocha Firmino Pereira,Gabriela Nicoletti Dal´Ara; Karise Oliveira Marques; Fernanda Rodrigues da Cunha; Maira de Lucca Guimarães; Cristina Kallás Hueb. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE GESTANTES COM TROMBOSE VENOSA PEREIRA ARF; DAL’ARA GN; MARQUES KO; HUEB CK Objetivos: avaliar a incidência e as características epidemiológicas das gestantes com antecedente de TVP. Métodos: estudo retrospectivo de um ano. Resultados: Identificamos 10 casos de TVP correspondendo a 0,6% de todas as pacientes. A maioria das mulheres eram brancas (80%) e multíparas (80%) e a idade média foi de 29 anos. Entre os antecedentes 4(40%) pacientes eram tabagistas , 4(40%)usavam CHO, 4(40%) tinham história familiar de trombofilias e 5(50%) tinham perdas fetais. Em 6(60%) pacientes a trombose ocorreu antes da gestação, em 1 (10%) durante a gestação e nas demais 3(30%) ocorreu no puerpério. Quanto a localização da trombose esta foi mais freqüente no membro inferior esquerdo (6-60%), seguida do membro inferior direito (2-20%), membro superior esquerdo (1-10%) e seio-sagital (1-10%). Todas as pacientes receberam heparina e AAS na gestação, 1 delas evoluiu para aborto e 9 tiveram parto a termo sem complicações. Conclusão: A trombose venosa ocorreu numa incidência superior a relatada na literatura. Os fatores de risco foram facilmente identificáveis e houve uma predileção pelo MIE. A anticoagulação profilática garantiu bons resultados perinatais. LEIOMIOSSARCOMA COM ALTO ÍNDICE MITÓTICO - RELATO DE CASO

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GINECOMASTIA: UM PROBLEMA CADA VEZ MAIS ATUAL

Alfredo Carlos S.D. Barros,Cristiane B. A. Nimir

Ginecomastia é o aumento do volume mamário em homens devido à proliferação excessiva do tecido fibroglandular e adiposo. Na sua etiologia participam principalmente fatores hormonais, com desiquilíbrio da relação estrogênios/androgênios. OBJETIVO: O objetivo é estudar aspectos epidemiológicos e clínicos da ginecomastia nos dias atuais. MÉTODO: Foi realizada uma avaliação da freqüência relativa entre 794 amostras de ginecomastia e o total de peças cirúrgicas examinadas no laboratório Diagnóstika, entre os anos de 2003 a 2008. Nos anos 2003 e 2004 ocorreram 144 peças de ginecomastia sobre um total de 23.506 espécimes; em 2005 e 2006 foram 255 para 36.465; em 2007 e 2008 houve 317 para 42.407. contatou-se aumento da freqüência relativa do biênio 2005-2006 em relação 2003-2004 de 8%. E de 2007-2008 para 2005-2006 de 5%. A faixa etária acometida foi variável: 11-20 anos: 21,7%; 21-30: 36,2%; 31-40: 23,2%; 41-50: 8,3%; 51-60: 2,6%; 61-70: 3,0%; 71-80: 1,1%; 81-90: 2,6%; acima dos 90 anos: 3,6%. Achado incidental de câncer foi verificado em 39 dos 794 casos. Correspondendo a 4,9%. CONCLUSÕES:A freqüência relativa de ginecomastia está aumentando. Atualmente todas as faixas etárias podem ser acometidas, predominando a idade adulta nas formas de ginecomastia tratada cirurgicamente. A incidência de carcinoma incidental nas peças de ginecomastia não é desprezível

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE GESTANTES COM TROMBOSE VENOSA

Amanda Rocha Firmino Pereira,Gabriela Nicoletti Dal´Ara; Karise Oliveira Marques; Fernanda Rodrigues da Cunha; Maira de Lucca Guimarães; Cristina Kallás Hueb.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE GESTANTES COM TROMBOSE VENOSA PEREIRA ARF; DAL’ARA GN; MARQUES KO; HUEB CK Objetivos: avaliar a incidência e as características epidemiológicas das gestantes com antecedente de TVP. Métodos: estudo retrospectivo de um ano. Resultados: Identificamos 10 casos de TVP correspondendo a 0,6% de todas as pacientes. A maioria das mulheres eram brancas (80%) e multíparas (80%) e a idade média foi de 29 anos. Entre os antecedentes 4(40%) pacientes eram tabagistas , 4(40%)usavam CHO, 4(40%) tinham história familiar de trombofilias e 5(50%) tinham perdas fetais. Em 6(60%) pacientes a trombose ocorreu antes da gestação, em 1 (10%) durante a gestação e nas demais 3(30%) ocorreu no puerpério. Quanto a localização da trombose esta foi mais freqüente no membro inferior esquerdo (6-60%), seguida do membro inferior direito (2-20%), membro superior esquerdo (1-10%) e seio-sagital (1-10%). Todas as pacientes receberam heparina e AAS na gestação, 1 delas evoluiu para aborto e 9 tiveram parto a termo sem complicações. Conclusão: A trombose venosa ocorreu numa incidência superior a relatada na literatura. Os fatores de risco foram facilmente identificáveis e houve uma predileção pelo MIE. A anticoagulação profilática garantiu bons resultados perinatais.

LEIOMIOSSARCOMA COM ALTO ÍNDICE MITÓTICO - RELATO DE CASO

ANTONIO SERGIO GOMES VELUDO - VELUDO, A.S.G. ; ACADÊMICO DE MEDICINA DO SEXTO ANO E ESTAGIÁRIO DO HOSPITAL PÉROLA BYINGTON, ABRANGENDO O DEPARTAMENTO DE ONCO-CLÍNICO E CIRÚRGICO DOS TUMORES GINECOLÓGICOS,PATRICIA RODRIGUES ALVES DE FIGUEIREDO - FIGUEIREDO, P.R.A. ; ROBERTO EUZÉBIO DOS SANTOS - SANTOS, R.E. ; JOSE CARLOS PASCALICCHIO - PASCALICCHIO, J.C. ;LUIZ HENRIQUE GEBRIM - GEBRIM, L.H.

O leiomiossarcoma origina-se de células musculares lisas do endométrio e raro, dos leiomiomas.Os critérios prognósticos são o índice mitótico, o pleomorfismo celular e o aspecto histológico.O tratamento é de acordo com o estádio. METODOLOGIA M.T, sexo feminino, 38 anos, com hipermenorragia há 2 anos, procurou o serviço relatando piora desse quadro há 3 meses.Há 2 meses, referiu dor em ombro e perna esquerda e aparecimento de nodulação em mama direita com perda de peso nesse período. É portadora de diabetes e tabagista. Ao exame: na cavidade oral uma lesão ulcerada em rebordo ósseo de maxila esquerda; na mama direita presença de um nódulo, de aproximadamente 3 cm, móvel, de consistência endurecida; abdome doloroso à palpação profunda, com tumor pélvico de aproximadamente 14cm, bem delimitado, endurecido, localizado acima da sínfise púbica.Ao toque vaginal: nódulo de aproximadamente 2cm de diâmetro no intróito vaginal direito, e nodulação de cerca de 1cm de diâmetro em parede vaginal lateral esquerda em terço médio; colo uterino com 2cm de diâmetro, endurecido, irregular, nodular, epitelizado, com corpo uterino de 16cm. Ao toque retal: parede anterior com nodulações de aproximadamente 2 cm, consistência pétrea. CONCLUSÃO A importância deste relato consiste na necessidade do conhecimento e do reconhecimento precoce desta complicação.

TUMOR OVARIANO DE CÉLULAS DE LEYDIG: RELATO DE CASO

Carla Petraccho Betarelli,Dr. Rogério Bonassi Machado, Tatiana Veri de Arruda Mattos

O tumor de células de Leydig é uma rara neoplasia de células esteróides do ovário. Mais de 75% das pacientes desenvolvem sinais de virilização decorrentes da hiperprodução hormonal de testosterona. Relatamos o caso de uma paciente de 53 anos, menopausada há 8 anos, apresentando hirsutismo progressivo há 2 anos, intensa oleosidade da pele acompanhado de alopécia frontal e aumento da tonalidade da voz. Ao exame físico apresentava-se com hirsutismo significativo, além de calvície temporal e clitoromegalia. A dosagem de testosterona total apresentou valor bastante aumentado (800 ng/ml) e níveis normais de androgênios adrenais. Entre os exames de imagem, não observou-se alterações ovarianas na ultra-sonografia transvaginal e avaliação tomográfica adrenal. Em ressonância magnética de pelve observou-se ovário esquerdo contendo folículos no interior. Diante do quadro clínico a paciente foi submetida a pan histerectomia. Observou-se pequena tumoração intraovariana, cujo diagnóstico histopatológio e imunoistoquímico caracterizaram tumor ovariano de células de Leydig. Após dois meses da cirurgia observou-se melhora do quadro cutâneo, com normalização do nível de testosterona total. Os autores fazem revisão da literatura e tecem considerações a respeito dessa rara neoplasia ovariana, e baseados na apresentação do caso sugerem que a terapêutica cirúrgica nesses casos deve ser empregada.

USO DO CORTICÓIDE NA PREMATURIDADE COM PRÉ-ECLÂMPSIA

GRAVE

Cristina Kallás Hueb,Gabriela Nicoletti Dall´Ara, Karise Oliveira Marques, Ana Paula Heinzl, Ana Beatriz de Abreu Severino

É estabelecido uso de corticóides na prematuridade para acelerar a maturidade pulmonar fetal. Entretanto, a eficácia desta terapia em casos graves de pré-eclâmpsia é pouco esclarecida. Objetivos: Determinar a interferência da corticoterapia antinatal. Metodologia: Foram estudados os casos de partos prematuros eletivos por pré-eclâmpsia grave, com feto único e vivo, IG entre 28 e 34 semanas, ocorridos entre Janeiro e Dezembro de 2008. Resultados: Encontramos 26 casos, 17(65,4%) receberam corticoterapia (Grupo I) e 9(34,6%) não receberam (Grupo II). Os grupos foram semelhantes quanto à distribuição da IG (média de 32 semanas) e quanto ao peso do RN (média 1495g). Não houve diferença entre os grupos quanto ao apgar de 1º minuto (p=0,6817) e ao apgar de 5º minuto (p=0,8647). Não houve diferença quanto à necessidade de internação em UTI (0.692), sendo que 9 RN foram encaminhados ao berçário e 17 à UTI neonatal. Os grupos também não diferiram quanto ao tempo de internação em UTI (p=0,4987), com média de 16 dias. Houve 6 óbitos neonatais, 3 no grupo I(17.65%) e 3 no grupo II(33.33%), sem significância estatística.Conclusão: Não encontramos melhores resultados neonatais no grupo de pré-eclâmpsia grave que recebeu corticóide para aceleração da maturidade pulmonar fetal.

INDUÇÃO DO PARTO NA PRESENÇA DE MECÔNIO

Cristina Kallás Hueb,Gabriela Nicoletti Dal´Ara

INDUÇÃO DO PARTO NA PRESENÇA DE MECÔNIO HUEB CK; DAL’ARA GN; MARQUES KO Objetivos: Avaliar as repercussões perinatais da indução do parto na presença de mecônio. Métodos: Estudo retrospectivo de 64 casos de líquido meconial identificados antes da indução do parto. Divididos dois grupos: GI- parto induzido com misoprostol e GII- parto espontâneo. Resultados: GI 14(21,9%) pacientes e GII 50(78,1%) pacientes. A idade gestacional média de 40,7 e 39,4 respectivamente no GI e GII (p=0,01). No GI, houve 7(50%) partos normais e 7(50%) partos cesárea e no GII 20(40%) partos normais e 30(60%) partos cesárea (p=0,50). Não houve diferença em relação ao peso médio de nascimento entre os grupos (p=0,59). O Apgar do 1º minuto foi inferior a 7 em 4(28,6%) casos e em 10(20%) casos no GI e GII, respectivamente (p=0,65). O Apgar do 5º minuto foi superior a 7 em todos os casos do GI e em 40(80%) no GII. Três RN do GII necessitaram de UTI neonatal. Quatro (28,6%) RN do GI e 13(26%) do GII foram encaminhados ao berçário (p=0,77). O tempo médio de internação hospitalar dos RN foi de 2 dias (p=0,63). Houve 1 óbito neonatal no GII. Conclusão: A indução do parto na presença de mecônio não interferiu na via de parto ou no resultado neonatal.

ADESIVIDADE AO PRÉ-NATAL: EXEMPLO PÚBLICO X EXEMPLO PARTICULAR

Daia,M.A.,Gubeissi,A.S.;Daia,L.A.;Silva,F.A.;Daia,E.A.

O Pré Natal é caracterizado como assistência multidisciplinar relacionando entidades

médicas, psicológicas,nutricionais dedicadas à proteção materna fetal período gestacional.São preconizadas no mínimo 6 consultas com intuito avaliar saúde materna fetal e orientar gestante objetivando queda do número intercorrências nesse período.No Brasil uma importante campanha de conscientização para realização PréNatal,regiões Sul e Sudeste mantêm maiores percentuais adesão ao acompanhamento.Este trabalho compara duas maternidades,publico alvo diferentes,na cidade de SãoPaulo objetivando adesão gestantes PréNatal.A primeira maternidade,particular,recebe gestantes particulares e conveniadas planos de saúde e uma segunda maternidade,municipal,que presta serviços a gestantes funcionárias publica e conveniadas SUS.O trabalho analisou 80 gestantes cada maternidade e concluiu que estão dentro média assistência PréNatal realizada Brasil,mas ocorrera importante diferença entre maternidades pesquisadas,apresentando adesão 91% contra 66% PréNatal favor maternidade particular.Demonstrando situação sócia econômica cultural diretamente relacionada adesão PréNatal e devem manter campanhas e eventos promocionais,principalmente em regiões carentes,para aumentar participação gestantes avaliações periódicas

CÂNCER GÁSTRICO E GESTAÇÃO

Faria ALA,Faria ALA; Rodrigues LP; Lemos NLBML; Martins Liu PT; Aoki T; Santos RE; Piza SR

Estima-se que apenas 0,1% dos cânceres gástricos(CG) ocorram em gestantes. O diagnóstico do CG é difícil pois os sintomas são confundidos com os fisiológicos da gravidez. Os tumores gástricos em pacientes jovens e gestantes são geralmente adenocarcinomas, pouco diferenciados, do tipo difuso, com metástases freqüentes para o peritôneo e linfonodos. O prognóstico é geralmente ruim pois o diagnóstico ocorre em estádios avançados. O tratamento deve considerar a idade gestacional, o risco materno e fetal. Relatamos um caso de câncer gástrico, em gestante de 25 anos, com 18 semanas de gestação, com diagnóstico tardio e desfecho desfavorável. Palavras Chave: câncer gástrico, gestação, feto.

RELATO DE CASO: CÂNCER DE ENDOMÉTRIO COM EXTENSA METÁSTASE PULMONAR.

Figueiredo, P.R.A.,Assumpção Neto, E.; d´Avila, F.S.; Ferraz, A.C.N.; Valiante, I.C.M.; Veludo, A.S.G.; Lojelo, R

Introdução: O câncer de endométrio tem pico de incidência entre 55 e 65 anos de idade, sendo o subtipo endometrióide o mais prevalente. Mulheres pós menopausa com sangramento vaginal devem ser investigadas. O estadiamento e o tratamento são cirúrgicos e os principais sitios de metástase são pulmão, fígado, ossos e cérebro.Objetivo: Relatar um caso de câncer de endométrio e discutir sua evolução.Método: MCCA, 51 anos, menopausa há 6 anos, é admitida com queixa de sangramento vaginal e forte odor há um dia. Refere 4 episódios de sangramento vaginal de moderada quantidade acompanhado de forte dor abdominal há 6 meses. Ao exame físico: útero endurecido e aumentado de volume, colo sem lesões. Útero aumentado e ecoendometrial de 14mm na ultrassonografia transvaginal. Lesão

sugestiva de câncer de endométrio na histeroscopia. Resultados: O resultado anátomo patológico da biópsia foi carcinoma endometrióide grau 3 nuclear. Conclusão: Foram observadas diversas imagens radiodensas difusas no raio-x de tórax. A Tomografia computadorizada de tórax evidenciou claramente a presença de múltiplas metástases pulmonares. A conduta foi alterada e a paciente foi encaminhada para tratamento quimioterápico exclusivo.

DIAGNÓSTICO E HOSPITALIZAÇÃO DE GESTANTES DE ALTO RISCO: REPERCUSSÕES EMOCIONAIS

Fregonesi A.A, Rodrigues, L.P.

Introdução: Na gravidez de alto risco mudanças corporais e emocionais ocorrem acompanhadas por ansiedades, medos e fantasias. Objetivos: Identificar as reações emocionais frente ao diagnóstico e hospitalização de gestantes de alto risco. Método: Avaliação psicológica de 86 gestantes internadas em enfermaria de gestação de alto risco, utilizando a ficha de entrevista semiestrurada. Resultados: Quanto ao diagnóstico verificou-se que 34% das pacientes referiram sentimento de ansiedade, surpresa, susto e medo; 27% relataram sentimentos de abandono e desamparo frente ao adoecer; 24% esperavam pelo diagnóstico devido às gestações anteriores, porém com sentimentos negativos e 15% não conseguiram expressar quais os sentimentos desencadeados. Quanto à internação verificou-se que 64% referiram sentimentos negativos (angústia, ansiedade, medo e tristeza) e 36% descreveram a hospitalização com sentimentos positivos (amparo, proteção e cuidado). Conclusão: Observamos que o diagnóstico de gravidez de alto risco pode desencadear uma desorganização do pensamento e sentimentos nas gestantes, intensificando mecanismos de defesa como negação, racionalização e regressão. Quanto à internação observamos que mais da metade da amostra apresenta sentimentos negativos, projetados muitas vezes, na instituição e na equipe, como algo ameaçador para a continuidade da gestação.

AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA MEDIDA DA PREGA NUCAL PELO MÉTODO BIDIMENSIONAL E PELO MÉTODO 3DXI - ESTUDO PRELIMINAR

Freitas, L S V,Barros, F S B; Negrini, R; Piato, S; Aoki, T; Bussamra, L C S

O presente estudo tem como objetivo comparar a medida da prega nucal em fetos de 16 a 20 semanas, pelo método bidimensional e tridimensional. Como estudo preliminar foram avaliadas 40 gestantes sem comorbidades.

IMPACTO PERINATAL DA IDADE MATERNA IGUAL OU SUPERIOR A 40 ANOS

Gabriela Nicoletti Dall´Ara,Gabriela Nicoletti Dall´Ara, Karise Oliveira Marques, Ana Paula Heinzl, Ana Beatriz de Abreu Severino

Introdução: A gestação em idade avançada tem sido preocupação da obstetrícia, pois cresce o número de mulheres em todo o mundo que retardam a 1ª gravidez. Objetivos: Analisar a freqüência e as repercussões perinatais da idade materna = a 40 anos. Metodologia: Estudo retrospectivo dos prontuários de todas as pacientes com 40 anos ou mais que tiveram partos assistidos no HCSL no período de maio 2007 a maio 2008. As variáveis analisadas foram: idade das gestantes, idade gestacional, paridade, patologias associadas, via de parto, apgar dos RN. Resultados: 1540 partos, 34 (2,2%) de mulheres com 40 anos ou mais. O limite superior de idade materna encontrado foi de 46 anos, sendo a idade média de 41,8. A IG variou de 33 a 42 semanas com média de 36 semanas. 4 (11,8%) pacientes eram primíparas e as demais 30 (88,2%) multíparas. 25 (73,5%) pacientes apresentavam alguma patologia clínica e/ou obstétrica associada: síndrome hipertensiva (12), DM (3), obesidade (3), pós-datismo (3), placenta prévia (2) e oligoâmnio (2). Ocorreu parto vaginal em 14 (41,2%) casos e parto cesárea em 20 (58,8%). Conclusão: A gestação com 40 anos ou mais é pouco comum em nosso meio, entretanto, associa-se freqüentemente a patologias clínicas e obstétricas e a altas taxas de cesariana.

HISTERECTOMIA PUERPERAL: UM PROBLEMA OU UMA SOLUÇÃO?

Gabriela Nicoletti Dall´Ara,Cristina Kallás Hueb, Karise Oliveira Marques, Ana Paula Heinzl, Ana Beatriz de Abreu Severino

Introdução: Histerectomia puerperal é a retirada total ou parcial do útero realizada após o parto. Relato de Caso: 3 casos de histerectomias puerperais ocorridas em 2008 no HCSL. SBG, 36 anos, multigesta, IG 28+2, amniorrexe prematura, PP marginal e feto em apresentação pélvica. Entrou em TPP com hemorragia. Realizado cesárea na qual observou-se acretismo placentário, necessitando histerectomia. CRV, 26 anos, primigesta, IG 37+6, amniorrexe prematura e alteração da vitalidade fetal. Feita cesárea por sofrimento fetal, evoluiu com atonia uterina não revertida após massagem e uterotônicos, impondo-se a histerectomia parcial. RAFM, 34 anos, multípara, IG 40+5 com oligoâmnio. Indicada indução do TP com misoprostol. Após, queixava-se de forte dor em baixo ventre, quadro de choque e alteração dos BCF. Realizada cesárea de emergência durante a qual evidenciou extensa área de ruptura uterina, feito rafia da lesão e uterotônicos sem controle do sangramento. Procedeu-se então a histerectomia parcial. Puérpera recebeu alta em 3 dias. Conclusão: A histerectomia puerperal é uma das complicações obstétricas mais graves com alta morbimortalidade materno-fetal. O acretismo placentário, a atonia uterina e a ruptura uterina constituem as principais indicações do procedimento cirúrgico.

REPERCUSSÕES OBSTÉTRICAS DA PLACENTA PRÉVIA

Gabriela Nicoletti Dall´Ara,Karise Marques, Maira Guimarães, Fernanda Cunha, Ana Beatriz Severino, Ana Paula Heinzl, Cristina Hueb

REPERCUSSÕES OBSTÉTRICAS DA PLACENTA PRÉVIA Dall’Ara, G.N.*; Marques, K.O.; Guimarães, M.L.; Cunha, F.R.; Severino, A.B.A; Heinzl, A.P.; Hueb C.K.. Universidade do Vale do Sapucaí. * Acadêmica do 5º ano de medicina da Universidade do Vale do Sapucaí. Objetivo: Avaliar a incidência de placenta prévia,

de suas complicações e os resultados perinatais. Metodologia: Estudo retrospectivo dos casos de PP ocorridos no último 1 ano no Hospital das Clínicas Samuel Libânio, em Pouso Alegre, Minas Gerais. Resultados: A incidência de PP foi de 0,6% (11). Quatro do tipo centro-total, 3 centro-parcial, 2 marginais e 2 laterais. A idade média das pacientes foi de 32 anos. Antecedentes encontrados: cesárea 4(36%), curetagem 1(9%), DIPA 1(9%) e gemelaridade 1(9%). Todas apresentaram hemorragia anti-parto, moderada 7(64%) ou grave 4(36%). Três receberam transfusão sanguínea. O parto foi prematuro em 64% (7) das vezes, com idade gestacional média de 34 semanas, ocorrendo em 54% (6) de cesáreas. Houve três casos de acretismo placentário com hemorragia intra-parto, histerectomia e internação materna em UTI. Conclusões: A incidência de PP encontrada não difere da nacional. A PP se relacionou a prematuridade, a altas taxas de cesárea e a elevada morbidade materna.

CORRELAÇÃO ENTRE O VOLUME RENAL FETAL TRIDIMENSIONAL (VOCAL) E PARÂMETROS BIOMÉTRICOS FETAIS

Giselle Tedesco,, Ingrid Schwach Werneck Britto1, Luiz Cláudio de Silva Bussamra1,2, Sandra Rejane Silva Herbst1,Tsutomu Aoki1, Edward Araujo Júnior2

Objetivo: Avaliar a correlação do volume renal fetal (VRF) aferido por meio da ultrassonografia tridimensional (3DUS) com parâmetros biométricos bidimensionais. Métodos: Realizou-se um estudo prospectivo longitudinal com 57 gestantes normais entre 24 a 34 semanas. O volume de ambos os rins fetais forma aferidos por meio da 3DUS utilizando-se o método VOCAL (Virtual Organ Computer-aided Analysis) com ângulo de rotação de 300. Para avaliar a correlação do VRF com os parâmetros biométricos [diâmetro biparietal (DBP), circunferência craniana (CC), comprimento do fêmur (CF), circunferência abdominal (CA) e estimativa de peso fetal (EPF)], foram realizadas regressões polinomiais, sendo os ajustes realizados pelo coeficiente de determinação (R2). Resultados: O VRF foi altamente correlacionado com todos os parâmetros biométricos fetais, sendo todas as equações do tipo linear: VRF= 0,27 x DBP – 11,57 (R2= 0,70); VRF= 0,07 x CC – 12,36 (R2= 0,74); VRF= 0,063 x CA – 73,22 (R2= 0,67); VRF= 0,36 X CU – 10,33 (R2 = 0,66); VRF= 0,31 x CF – 8,99 (R2= 0,69); EPF= 0,004 x EPF + 2,76 (R2= 0,61). Conclusões: O VRF aferido por meio da 3DUS utilizando o método VOCAL foi altamente correlacionado com parâmetros biométricos bidimensionais.

ESTADIAMENTO, IDADE, HISTOLOGIA E TRATAMENTO DAS PACIENTES COM CÂNCER DE COLO UTERINO ATENDIDAS NO SERVIÇO DE ONCOLOGIA PÉLVICA DO DEPARTAMENTO DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO

Gustavo Leme Fernandes,Roberto Euzébio dos Santos; Ricardo Fonseca Nadais; Renato Lima Rozenowicz;Tsutomu Aoki

O objetivo é descrever algumas variáveis coletadas das pacientes atendidas no Serviço de Oncologia Pélvica, portadoras de câncer de colo uterino no período de Setembro de

2003 a Junho de 2009, como: estadiamento inicial, idade, tipo histológico e tratamento. Metodologia: planilha de Microsoft Excel® na qual os dados das pacientes são coletados Resultados: foram atendidas 1400 pacientes novas 1100 possuíam patologias malignas e destas 420 pacientes possuiam tumores malignos em colo uterino (excluindo casos de tumores “in situ”). A idade variou de 25 a 88 anos, com média de 51,6 anos. O tipo histológico era Carcinoma espinocelular em 366 (87,1%) casos e adenocarcinoma em 54 (12,9%) casos. Do total, 181 (43,1%) casos encontravam-se em estádio I; 91 (21,7%), em estádio II; 136 (32,4%) em estádio III; e, 12 (2,8%) em estádio IV. O tratamento realizado foi somente cirurgia em 116 (27,6%) casos; cirurgia e radioterapia em 64 (15,2%) casos; cirurgia com quimioterapia e radioterapia em 18 (4,3%) casos; radioterapia exclusiva em 139 (33,1%) casos; e, radioterapia com quimioterapia em 83 (19,7%) casos. Conclusões: A maioria dos casos é do tipo espinocelular (87,1%), semelhante ao encontrado na literatura. A maioria dos casos já se encontra em estádios avançados ao diagnóstico, determinando o tratamento com radioterapia exclusiva ou com quimioterapia adjuvante na maioria dos casos.

CÂNCER DE CORPO UTERINO: ANÁLISE DESCRITIVA DAS 96 PACIENTES ATENDIDAS NO SERVIÇO DE ONCOLOGIA PÉLVICA DO DEPARTAMENTO DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO

Gustavo Leme Fernandes,Roberto Euzébio dos Santos; Adriana Bittencourt Campaner; Fabio Francisco de Oliveira Rodrigues;Tsutomu Aoki

Objetivo: descrever variáveis das pacientes atendidas no Serviço de Oncologia Pélvica, portadoras de câncer de corpo uterino no período de Setembro de 2003 a junho de 2009.Resultados:Dos casos de corpo uterino (n=183), 162 (88,5%) eram de linhagem epitelial e 21 (11,5%) de linhagem mesotelial. Na linhagem epitelial, a idade média foi 63,4. O tipo histológico endometrióide era o mais freqüente com 90,7%; seguido por 9(5,6%) do tipo papilífero, 2do tipo seroso (1,2%), 3 (1,9%) de células claras e 1 de carcinoma neuroendócrino (0,6). A maioria dos casos, 58,3%, encontrava-se em estádio I; 19,4%, em estádio II; 19,4%, em estádio III; e, 2,8% em estádio IV O tratamento foi cirurgia em 32,3%; cirurgia e radioterapia em 73 (58,9%); cirurgia com quimioterapia e radioterapia em 7 (5,6%); e, cirurgia com quimioterapia em 4 (3,2%). Nos sarcomas, a idade média foi 49,8 anos. O leiomiossarcoma foi o mais freqüente com 63,2%; seguido por 26,3% sarcomas do estroma endometrial, 1 carcinossarcoma (5,3%) e 1 rabdomiossarcoma (5,3%).O estadiamento foi: 4 casos em estadio I (30,8%); 3 em estadio II (23,1%); 5 em estadio III (38,5%); e um caso em estádio IV (7,7%). O tratamento foi cirurgia em 25% casos e cirurgia com quimioterapia em 75%. Conclusões: Entre os sarcomas o mais comum foi o leiomiossarcoma, diferente da literatura, onde os carcinosarcomas são mais comuns .

ANÁLISE DESCRITIVA DOS CASOS DE NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL ATENDIDOS NO SERVIÇO DE ONCOLOGIA PÉLVICA DO DEPARTAMENTO DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO

Gustavo Leme Fernandes,Roberto Euzébio dos Santos; Adriana Bittencourt Campaner; Fabio Francisco de Oliveira Rodrigues;Tsutomu Aoki

Objetivo: perfil das pacientes com neoplasia trofoblástica gestacional atendidas em nosso serviço e avaliar os tratamentos realizados. Resultados: Do total de 1400 pacientes atendidas nesse período, tivemos 69 casos (4,9%) de neoplasia trofoblástica gestacional, sendo 61 de mola completa (88,4%), 2 de mola parcial (2,9%), 4 de mola invasora (5,8%) e 2 de coriocarcinoma (2,9%). Analisando a distribuição por idade, encontramos uma idade média de 28,4 anos. Quanto ao IMC (índice de massa corpóreo) das pacientes, tivemos uma média de 23,3Kg/m2 , com variação de 18,4 a 36,3Kg/m2. Dentre os tratamentos realizados, tivemos 28 pacientes submetidas exclusivamente a curetagem uterina (63,6%), 2 a histerectomia (4,5%), 9 a curetagem e quimioterapia (20,5%), 1 a curetagem associada a quimioterapia e radioterapia (2,3%) e 4 a histerectomia e quimioterapia (9,1%). Conclusões:Dentre as neoplasias trofoblásticas gestacionais, as molas hidatiformes, parciais e completas, são os subtipos mais frequentes, totalizando 88,5% casos. Embora a incidência seja maior nos extremos da vida reprodutiva e embora tenhamos nos deparado com pacientes nesta situação, a idade média de nossas pacientes foi de 28,4 anos. Em todos os casos, o tratamento cirúrgico esteve presente, sendo que em 91% deles foi realizado esvaziamento da cavidade através de curetagem uterina e em 9% histerectomia.

SÍNDROME DE EDWARDS - RELATO DE CASO

Hime, G.A.(Médico Ginecologista e Obstetra, membro do corpo clinico do Hospital São Luiz),Hime, R.A.;Póvoa,F.F.;Santos,L.R.;Filho,E.R.A.;Hime,P.C.

Introdução: A trissomia do 18 é a segunda mais freqüente entre nativivos. As manifestações mais comuns são: polidrâmnio, pós termo, placenta pequena e artéria umbilical única. O diagnóstico é baseado na ultrassonografia (USG) e na citogenética. Objetivo: Relatar caso de Síndrome de Edwards Métodos: Acompanhamento pré-natal, descrição de exames e procedimentos Resultados: I.C.S., feminino, 41 anos, IIIGIPIA, apresentou pré natal sem intercorrências até 18ª semana quando USG evidenciou ausência de cerebelo, ventrículos laterais no limite superior, diâmetro bilateral 42cm, átrios sem identificação, mãos em flexão, pé torto bilateral, liquido amniótico normal, pequena abertura lombosacral, 289gramas. Ecocardiograma fetal: defeito de septo átrio ventricular forma intermediária, mal posicionamento e cavalgamento da aorta e discreta insuficiência da válvula átrio ventricular direita. Cariótipo: 47XX+18 correspondendo a Síndrome de Edwards. Foi encaminhado ao juiz pedido para interrupção da gestação. Parto cesáreo com 28 semanas (DUM) com natimorto apresentando microcefalia, implantação baixa de orelha, polidactilia, mãos fletidas, pés tortos, meningomielocele. Conclusão: O aconselhamento genético no início da gestação em mulheres com idade acima de 38 anos deve ser indicado pela maior probabilidade de mal formações fetais relacionadas à anomalias cromossômicas

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA FETAL (RMF) NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS PATOLOGIAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC): RELATO DE CASO.

INÊS GOMES DA SILVA - SILVA, I.G.1, RITA DE CÁSSIA SANCHEZ - SANCHEZ, R.C. 1, 1 Departamento de Perinatologia do Hospital Israelita Albert Einstein,MORGADO, N.L.1; XIMENES, R. 2; CORDIOLI, E. 1; ABRAMOVICI, S. 1, 2 Centrus – Centro de US e MF Campinas

Introdução:A Ventriculomegalia fetal(VMF) é um achado ecográfico comum em patologias do SNC. Nosso objetivo é mostrar a importância da RMF no diagnóstico diferencial e prognóstico fetal. Relato de Caso: M.A.S., 29 anos, primigesta, com suspeita ecográfica de hidrocefalia obstrutiva, encaminhada para avaliação da necessidade de drenagem ventricular intra-útero. À US morfológica em nosso serviço com 31 sem: VMF moderada(19 e 21mm),3º. e 4º. ventrículo sem dilatações, ausência do cavum do septo pelúcido e suspeita de agenesia do corpo caloso (ACC).Na RMF:ACC total, hipoplasia cerebelar esquerda, disposição radial dos sulcos e giros e dilatação moderada assimétrica dos cornos posteriores dos ventrículos laterais ou colpocefalia.O aconselhamento foi realizado de acordo com os novos achados e não realizada a drenagem fetal.Parto cesáreo com 38sem.RN sem características fenotípicas sindrômicas ou infecção fetal.O US transfontanelar confirmou os achados da RMF. Discussão: A ACC tem incidência de 0,3 a 0,7% na população geral. Seu diagnóstico ecográfico é suspeitado no final do 2o.trimestre. Hoje, a RMF constitui-se numa ferramenta importante para ampliação dos achados do SNC, por meio de aquisições multiplanares de boa resolução, contribuindo para o adequado aconselhamento do casal.

REPERCUSSÕES NEONATAIS ASSOCIADAS A OCORRÊNCIA DE MECÔNIO

Karise Oliveira Marques,Gabriela Nicoletti Dall´Ara, Ana Beatriz de Abreu Severino, Ana Paula Heinzl, Cristina Kallás Hueb

Introdução: A incidência da eliminação de mecônio durante o trabalho de parto tem sido descrita na literatura variando de 0,5 a 30%. Sua ocorrência associa-se a Síndrome da Aspiração do Mecônio (SAM) e elevada morbimortalidade neonatal. Objetivos: Avaliar a incidência de mecônio, sua influência sob a via de parto e resultados neonatais. Métodos: Realizou-se estudo retrospectivo dos partos ocorridos de Janeiro a Junho de 2008, no Hospital Universitário Samuel Libânio. Identificou-se os casos de ocorrência de mecônio e foi analisado a via de parto, Apgar dos RN, ocorrência de SAM, internação em UTI neonatal e condições de alta do RN. Resultados: Ocorreram 716 partos no período estudado, os quais 19 houve de eliminação de mecônio (2,65%), sendo 9 partos vaginais e 10 cesárias. O Apgar de 1º minuto foi inferior a 4 em um RN, de 4 a 7 em três e superior a 7 em 15 RN. O Apgar de 5º minuto foi de 4 a 7 em um RN com eliminação intra-útero de mecônio e superior a 7 para os demais. Dois RN foram admitidos em UTI neonatal, ambos com SAM, um evoluiu para óbito e outro para alta hospitalar. Conclusão: A ocorrência de mecônio durante o trabalho de parto não foi muito freqüente em nosso meio, mas, associou-se a altos índices de cesariana e resultados neonatais adversos.

VASA PRÉVIA: RELATO DE CASO

Karise Oliveira Marques,Gabriela Nicoletti Dall´Ara, Ana Beatriz de Abreu Severino, Ana Paula Heinzl, Cristina Kallás Hueb

Introdução: Vasa Prévia (VP) trata-se de anomalia de inserção do funículo umbilical na placenta, na qual os vasos umbilicais colocam-se à frente da apresentação. Sua

freqüência oscila entre 0,5 e 1% e se relaciona com mortalidade fetal que varia de 33 a 100%. Relato de Caso: RSV, 19 anos, admitida no Hospital das Clínicas Samuel Libânio em fase latente do trabalho de parto. Paciente primigesta, IG de 41 semanas e 2 dias, negando perda de liquido ou sangue. Realizada cardiotocografia que confirmou boa vitalidade fetal. Evoluiu bem, entrando em franco trabalho de parto com bolsa íntegra. Foi realizada amniotomia, havendo saída de grande quantidade de sangue vivo acompanhado de líquido amniótico. Feto entrou em bradicardia, sendo administrado oxigênio e posicionada a paciente em decúbito lateral esquerdo, sem melhora do quadro. Diagnosticou-se rotura de VP e foi realizado parto cesárea. O procedimento ocorreu rapidamente com nascimento de RN do sexo masculino, pesando 3665 g, com Apgar de 7 no 1º minuto e 9 no 5º minuto. Mãe e filho evoluiram favoravelmente, recebendo alta. Discussão: Muitas vezes o diagnóstico de VP é negligenciado em função da raridade desta entidade. Portanto, é de extrema importância correlacionar o sangramento pós amniotomia às modificações imediatas da freqüência cardíaca fetal, possibilitando intervenção médica imediata e salvar a vida do concepto.

CIRURGIA ONCOPLÁSTICA MAMÁRIA: NOVA TENDÊNCIA NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA.

Louro, J.B.R.,Bagnoli, F; Taromaru, G.C.M.; Rios, L.S.R.; Capel, P.; Oliveira, V.M.; Aoki, T.

Introdução: A cirurgia oncoplástica, técnica que associa cirurgia oncológica mamária à princípios da cirurgia plástica vem se firmando no Brasil, seguindo o que acontece nos Estados Unidos e Europa como método de escolha no tratamento do câncer de mama.Objetivo: Relatar o caso de uma paciente com câncer de mama, com resultado estético pós cirúrgico muito satisfatório, a qual foi submetida a cirurgia oncoplástica mamária com variação da técnica clássica.Método: Paciente apresentava nódulo em quadrante ínfero- medial à esquerda de 2x2cm. Exames de imagem revelaram: Nódulo heterogêneo de limites mal definidos, espiculado em quadrante ínfero-medial de mama esquerda de 2 x 2.5 cm. À biópsia: Carcinoma invasivo de mama. Com a avaliação do tipo e tamanho mamário e tamanho tumoral foi realizada setorectomia com preservação de pedículo supero-lateral à esquerda com variação na incisão inferior devido à localização tumoral e simetrização contra-lateral. Conclusão: O presente caso ilustra a cirurgia oncoplástica mamária como parte integrante do tratamento do câncer de mama. Graças as técnicas oncoplásticas os cirurgiões mamários estão adquirindo experiência para melhor tratar suas pacientes, objetivando segurança oncológica e resultado estético satisfatório amenizando os traumas físicos e psicológicos da paciente

RELAÇÃO ENTRE CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL E DENSIDADE MAMOGRÁFICA

Luciana Solha Valladão de Freitas,Alessandro Scapinelli, Tsutomu Aoki, José Mendes Aldrighi

Trabalho comparando mulheres de baixa densidade mamográfica com alta densidade mamográfica, obteve acréscimo no risco de câncer de mama nestas últimas. Principalmente nas mulheres jovens esse risco foi atribuído em 50% ou mais das vezes à alta densidade mamográfica. Sabe-se que a aparência radiográfica da mama varia

entre as mulheres de acordo com a composição do tecido e a diferença radiográfica entre gordura, estroma e epitélio. A gordura se apresenta radiotransparente na mamografia em contraste com o epitélio e o estroma que se apresentam radiopacos. Assim, queremos verificar se há relação entre a gordura abdominal e a densidade mamária na mamografia. Para isso, foram feitas as medidas da circunferência abdominal, peso e altura das pacientes durante consulta médica realizada no Ambulatório de Climatério da Santa Casa de São Paulo de maio a junho de 2009 e estes valores analisados junto com a descrição da densidade mamária em mamografia recente dessas pacientes realizada entre 2008 e 2009.

DIFICULDADE INSERÇÃO DIU-LNG X PARIDADE

Luciana Tock,Anne Karine Zampieri, Karina S.L. Tafner, Sônia Tamanaha, José Mendes Aldrighi, Cristina Nishimura

O dispositivo intra-uterino de levonorgestrel (DIU-LNG) é o método anticoncepcional mais largamente utilizado no mundo. Seu efeito contraceptivo se faz com reação inflamatória na cavidade endometrial, interferindo tanto na função do espermatozóide como na implantação. Sua eficácia contraceptiva é de 99,5% (Pearl índex 0,1). Também reduz reduz sangramento e dismenorréia, podendo ser utilizado como alternativa no tratamento de endometriose e metrorragia. O DIU-LNG apresenta baixa taxa de dificuldade de inserção, sendo esta maior em nulíparas. O risco de perfuração uterina é de 6/1000 inserções, sendo que o maior risco se faz no puerpério. Segundo estudo realizado na China, houve facilidade de inserção do DIU-LNG em 96% das multíparas e em 82% das nulíparas. No ambulatório de planejamento familiar da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo foram inseridos 148 DIU-LNG por motivos diversos, sendo o principal a anticoncepção, no período de Setembro de 2007 a Janeiro de 2009. Houve dificuldade para inserção em apenas 19 pacientes (12,80%), conforme o gráfico abaixo. A dificuldade de inserção não foi relacionada à paridade das pacientes, segundo observado no gráfico abaixo.

RELATO DE CASO: TUMOR GASTROINTESTINAL ( GIST), INTERPRETADO COMO AFECÇÃO PRIMÁRIA DE OVÁRIO

Lucila Ayumi Miyake,Dr Roberto Euzebio dos Santos; Dr Tsutomu Aoki; Dr Fábio Francisco de Oliveira Rodrigues, Dra Lívia Martin Cardozo, Dra Renata Borges Simões, Dra Maria Antonieta Longo Galvão da Silva , Dra Iramaia Oliveira Chaguri.

O GIST é doença relativamente rara e a cirurgia se constitui no tratamento principal. Objetivo: relatar caso de GIST que inicialmente foi considerado como tumor ovariano no pré operatório, pela história clínica, exame físico e exames de imagem. Relato: G.M.B.S., 42 anos, apresentava dor em fossa ilíaca direita há aproximadamente 4-5 meses, em peso, de forte intensidade. Ao exame físico não apresentava alterações. Realizou USGTV em março de 2009 que mostrou massa ovariana direita sólida heterogênea com calcificações amorfas em seu interior de 8,0x7,7x7,2 cm. À TC de abdome : volumosa lesão expansiva pélvica obliterando o espaço vésico-uterino, devendo–se considerar entre as possibilidades a origem ovariana. À TC de pelve revelou lesão sólida heterogênea pélvica (de origem mesentérica?intestinal?, menos provavelmente ovariana). A paciente foi submetida a LE, sendo observado tumor de

delgado, realizando-se então enterectomia com entero-entero anastomose primária. A paciente evolui sem intercorrencias, o AP evidenciou tumor estromal gastrointestinal padrões fusocelular e epitelioide que mediu 9x7x5cm. Paciente segue em acompanhamento e em tratamento com imatinib. Conclusão: embora raro o tumor GIST, deve ser lembrado nas hipóteses diagnóstcas, pelo oncologista ginecológico, apesar de se manifestar em algumas vezes em topografia anexial e sem comemorativos intestinais.

FATORES PROGNÓSTICOS PARA OS RESULTADOS DO SLING TRANSOBTURATÓRIO EM MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO.

Mário Luis Casella,Luis Gustavo Morato Toledo, Victor Silvestre Soares Fanni, Sandro Nassar Cardoso, Luis Figueiredo Mello, Sidney Glina.

INTRODUÇÃO: A incontinência urinária de esforço (IUE) tem alta prevalência em mulheres. Não está claro se os fatores prognósticos do sling retropúbico, principalmente a pressão de perda ao esforço (PPE), podem ser aplicados ao sling transobturatório. OBJETIVOS: Avaliar fatores pré-operatórios que possam estar relacionados aos resultados do sling transobturatório em mulheres com IUE. PACIENTES E MÉTODOS: Ao todo 117 mulheres com IUE foram submetidas a sling transobturatório com tela de polipropileno. Idade, IMC, número de gestações, estado hormonal, antecedente de cirurgia para correção de incontinência urinária, presença de sintomas obstrutivos, PPE, fluxo livre máximo, presença de contração involuntária foram avaliados como possíveis fatores prognósticos para os resultados cirúrgicos. A idade média foi de 53,9 (33-80) anos. A avaliação urodinâmica pré-operatória demonstrou PPE média de 82 cmH20 e 24% tinham contrações involuntárias. RESULTADOS: O tempo médio cirúrgico foi de 22 minutos. Com seguimento médio de 13 meses, 90% das mulheres não apresentavam perda de urina ao teste de esforço. Na análise multivariada, o único fator que estatisticamente influenciou os resultados foi a PPE (p=0,016). CONCLUSÕES: O único fator, entre os estudados, que influenciou os resultados do sling transobturatório para incontinência urinária de esforço feminina foi a PPE.

COMPLICAÇÕES DA CONIZAÇÃO POR CIRURGIA DE ALTA FREQUÊNCIA PARA TRATAMENTO DE NEOPLASIA CERVICAL: ESTUDO PROSPECTIVO

Monica Christina da Silva Rial,Rial M C S, Santos R E, Leal S F, Lamon S A S, Sestokas S R

OBJETIVOS: Avaliar os tipos de complicações em conizações de colo uterino por CAF.MATERIAL E MÉTODO: Estudo descritivo transversal em pacientes submetidas a conização por CAF no Núcleo Ambulatorial do Hospital e Maternidade Interlagos, no período de abril de 2000 a junho de 2009, que foram avaliadas prospectivamente para análise das complicações, registradas em banco de dados Excel. RESULTADOS: Durante o período do estudo, 327 pacientes foram submetidas a conização por CAF. A média de idade das pacientes foi de 36 anos (variação, 16-73 anos) e 35 pacientes (10,7%) tinham 50 anos ou mais de idade. A citologia cervical anormal mais comum foi LIEAG 187 casos (57,2%), seguida de LIEBG 113 casos (

34,5%). Encontramos complicações em 14 casos (4,3%), sendo que: hemorragia intra-operatória ocorreu em 10 casos (3,1%) e estenose de canal endocervical em 4 casos (1,2%). Dos casos de estenose de canal endocervical, uma paciente apresentou hematometra, sendo realizada dilatação do canal com histerômetro e colocação de DIU. A paciente evoluiu sem intercorrências e eumenorreica. Não foram observados casos de hemorragia pós-operatória precoce ou tardia, lesão de estruturas ou infecção pós-operatória. CONCLUSÃO: Pelo que podemos observar as complicações imediatas e tardias têm baixa incidência. A conização por CAF é um procedimento seguro para a avaliação e tratamento da neoplasia cervical.

GESTAÇÃO A TERMO EM PACIENTE COM ÚTERO DIDELFO

Niederheitmann, V; Freitas, J; Roveran, V,Monteiro, APS; Rizzetto, RLS; Parizi,H;Maganha, AC

Objetivo: relatar caso de gestação a termo em paciente com útero didelfo. Introdução: Erros no desenvolvimento do útero apartir dos ductos müllerianos resultam em malformações uterinas. O útero didelfo apresenta dois hemiúteros e duas cérvices e causa diversas repercussões reprodutivas. Métodos: apresentação de relato de caso por meio de pôster, bem como a revisão de literatura científica dos últimos 10 anos encontrados por meio de sites de busca, que apresentavam as palavras-chaves: anomalias ou malformações congênitas uterinas, malformações müllerianas, útero didelfo correlacionados à gravidez Resultados: Relatamos o caso de uma secundigesta com abortamento prévio, que evoluiu para cesariana de feto a termo e apresentava torção uterina. Pacientes com anomalia uterina repreentam 3% das mulheres inférteis, 5 a 10% dos casos de abortamento e 20% dos abortamentos de repetição. O útero didelfo apresenta como complicações obstétricas: aborto espontâneo (32 a 52%), partos prematuros (20 a 45%), porém 60% das gestações evoluem para parto a termo . Além disso, ocorre mais discenesia uterina, apresentação pélvica e índices de cesárea. Conclusão: O caso relatado apresentou semelhanças com os dados de literatura no que se refere à duração da gestação e à via de parto.

ESTUDO AMOSTRAL DA SEXUALIDADE DE MULHERES NO CLIMATÉRIO

Paula Fernanda S. Pallone Dutra,Sônia Maria Rolim Rosa Lima, Sóstenes Postigo, Silvia Saito, Benedito Fabiano dos Reis, Tsutomu Aoki

Objetivo: Avaliar, em pequena amostra, o perfil da sexualidade nas mulheres no climatério e comparar nossos resultados com o Estudo do Comportamento Sexual (ECOS) do Brasileiro. Casuística e Métodos: Foram estudadas 38 mulheres com idade entre 40 a 70 anos que encontram-se no período do climatério, através da aplicação do questionário Quociente sexual-versão feminina (QS-F) contendo dez perguntas objetivas no período de abril a junho de 2009. Comparamos nossos resultados com o Estudo do Comportamento Sexual (ECOS) do Brasileiro. Resultados: A média de idade das mulheres foi de 53,6 +- 6,1 anos, a queixa de falta de desejo foi relatada por 71,5% das mulheres, 31,6% não consegue atingir o orgasmo, falta de lubrificação foi relatado por 34,5%, em relação a dispareunia 10,6% sempre têm dor na relação sexual. No ECOS analisando 1271 mulheres acima de 18 anos apontou como maior queixa sexual a falta de desejo, sendo nas mais jovens 23,4%, podendo atingir 73,0% entre as

de idade mais avançada. Conclusão: Com este estudo amostral observamos alta prevalência de queixas relacionadas a sexualidade nas mulheres com idade superior aos 40 anos, dados estes semelhantes ao estudo perfil sexual da população brasileira: resultado do Estudo do Comportamento (ECOS) do Brasileiro.

AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO MUSCULAR DO ASSOALHO PÉLVICO DE MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA ASSOCIADA OU NÃO AO PROLAPSO GENITAL

Raquel Henriques Jácomo,Resende APM, Stüpp L, Lima AC, Teixeira FA, Sartori MGF, Girão MJBC

OBJETIVO:Verificar a diferença entre a força de contração dos músculos do assoalho pélvico (MAP) de mulheres incontinentes com e sem prolapso de órgãos pélvicos (POP).METODOLOGIA:Foram atendidas 24 mulheres no Ambulatório de Uroginecologia e divididas em dois grupos:I)12 mulheres com incontinência urinária de esforço associada ao POP;II)12 mulheres incontinentes sem POP.A avaliação do MAP foi feita por palpação bidigital e perineometria, a potência muscular pelas escalas AFA e Oxford e o endurance pelo teste de tempo máximo de sustentação da contração.O teste t de Student foi feito para comparar as médias obtidas e o nível de significância e o coeficiente intra-classe (ICC) para verificar o grau de concordância entre os avaliadores.RESULTADOS: Ambos os grupos apresentaram fraqueza muscular.O grupo I apresentou menor endurance, sugerindo fraqueza de fibras musculares lentas (p 0,05).O grupo II apresentou pior função de potência muscular, sugerindo deficiência maior de fibras rápidas (p 0,05).CONCLUSÃO: Mulheres incontinentes com POP possuem pior função muscular de sustentação. E as que são acometidas somente por incontinência urinária de esforço apresentam pior função de potência muscular.PALAVRAS-CHAVE:prolapso genital, avaliação dos MAP, incontinência urinária.

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE SEXUAL DA MULHER IDOSA

RIBEIRO, D.L.A,

Avaliar a atividade sexual em mulheres idosas. Método: Estudo transversal, com amostra de 75 mulheres com idade superior a 65 anos. Pesquisa realizada no Lar Escola São Francisco e ambulatório de Geriatria e Gerontologia da UNIFESP, por meio de questionário no período de Novembro de 2007 à Fevereiro de 2008. Resultados: A média de idade foi de 75,4 ± 6,3 e o IMC de 25,4 ± 9,4. Das pacientes estudadas, 39,39% concluíram o primário, 28,28% não terminaram o ensino fundamental, 9,9% não terminaram ginásio, 5% tinham o superior, 15,15% eram analfabetas e 4,4% não responderam. Em relação à religião, 61% eram católicas; 16% evangélicas; 4% budistas, adventistas do 7º dia e não responderam; 3% Testemunha de Jeová, Espíritas e Atéias; 1% Batista da Ibenezia e Luterana. Das 75 mulheres, 6 (8%) eram ativas sexualmente. Das 69 (92%) inativas, 41(55%) eram viúvas, 12 (16%) relataram disfunção sexual do parceiro, 12 (16%) não responderam e 4 (5%) negam desejo sexual. Conclusão: Conclui-se que a abstinência sexual, neste estudo, ocorreu principalmente por falta de parceiro.

VENTRICULOMEGALIA LEVE E PROGNÓSTICO FETAL

RITA DE CASSIA SANCHEZ - SANCHEZ, R.C. 1, INES GOMES DA SILVA - SILVA, I.G.1, 1 Departamento de Perinatologia do Hospital Israelita Albert Einstein,NAGAE, L.M.2; XIMENES, R.3; CORDIOLI, E.1 ; ABRAMOVICI, S.1, 2 Serviço de Ressonância Magnética do Hospital Israelita Albert Einstein e 3 Centrus – Centro de US e MF Campinas

Introdução: Ventriculomegalia leve (VML) é a medida do corno posterior (CP) do ventrículo lateral (VL) dos hemisférios cerebrais entre 10 e 15mm. Sua incidência como achado isolado é de 1,4 a 20/1000 nascidos vivos. Objetivo: Avaliação da propedêutica pré-natal nos casos de VML.Material e Métodos: Estudo retrospectivo de 04 casos com diagnóstico de VML fetal na US pré-natal em 2008. Resultados: A média do CP do VL a partir de 17 semanas de gestação foi de 11,7mm. Realizada propedêutica complementar nos 04 casos, com US morfólogica de 2o. e 3o. trimestre, pesquisa de infeçções congênitas, RMF, ecocardiografia e cariótipo fetal. Diagnóstico pós-natal de Síndrome de Moebius, infecção congênita por citomegalovírus, agenesia parcial do corpo caloso e hemorragia cerebral. Conclusão: A VML é considerado um achado ecográfico indireto de malformações no sistema nervoso central (SNC). Exige propedêutica avançada com estudo minucioso do SNC, pesquisa de malformações associadas, ecocardiografia fetal, pesquisa de infecções congênitas e estudo do cariótipo fetal. Seu prognóstico é variável e depende dos achados com a propedêutica empregada. Esta investigação é fundamental antes do aconselhamento do casal.

GESTAÇÃO APÓS CONIZAÇÃO POR CIRURGIA DE ALTA FREQUÊNCIA PARA TRATAMENTO DE LIE-AG

Roberto Euzébio dos Santos,Santos R E, Rial M C S, Leal S F, Lamon S A S, Sestokas S R

OBJETIVOS: Avaliar a associação da conização de colo uterino por CAF e resultados de gravidez posterior. MATERIAL E MÉTODO: Estudo descritivo transversal em pacientes submetidas a conização por CAF no Núcleo Ambulatorial do Hospital e Maternidade Interlagos no período de abril de 2000 a junho de 2009. RESULTADOS: A análise de 327 casos realizados no período evidenciou uma média de idade de 36 anos (variação, 16-73 anos), sendo que destas, apenas 28 pacientes (8,6%) eram nuligestas. Ocorreram 12 casos (3,7%) de gestação após a realização de conização de colo uterino por CAF sendo que destes, apenas 1 paciente era nuligesta e 5 tabagistas. Não se observou nenhum tipo de complicação ou intercorrência durante a evolução das gestações. Quanto a resolução, observamos: parto normal em 8 pacientes ( 66,7%) e cesariana em 4pacientes (33,3%); sendo estas por indicação obstétrica. CONCLUSÃO: Concluímos que apesar da literatura revelar que mulheres submetidas a conização por CAF são mais susceptíveis a ter parto prematuro, no nosso material, a cirurgia de alta freqüência não interferiu em gestação posterior ou na indicação da via de parto.

AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE E DA ESPECIFICIDADE EM BIOPSIAS DE CONGELAÇÃO PARA TUMORES OVARIANOS.

Rodrigues, A.G.,Santos, R.E.; Rozenowicz, R.L.; Silva, M.A.L.G.; Aoki, T.

Obj.: Avaliar a especificidade e sensibilidade da biópsia de congelação para tumores ovarianos em pacientes atendidas no Setor de Oncologia Pélvica da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, submetidas tratamento cirúrgico. Mét.: De um total de 174 pacientes cadastradas em banco de dados do ambulatório de Oncologia Pélvica, portadoras de neoplasia anexial, foram analisadas 58 pacientes que foram submetidas a procedimento cirúrgico com biópsia de congelação intraoperatória. Comparamos o resultado da congelação e o resultado do estudo pelo método lento da parafina. Res.: Observamos 7 casos cujo resultado da congelação foi inconclusivo, em 42 casos a congelação foi positiva para neoplasia, confirmado pela parafina, 4 casos foram borderline na congelação e malignos pela parafina, 2 casos benignos pela congelação confirmados pela parafina, 2 casos benignos pela congelação que foram malignos na parafina e 1 caso benigno na congelação que ficou como borderline na parafina. Esses dados submetidos à análise estatística totalizam valor preditivo positivo de 87,5%, valor preditivo negativo de 66,7%%, sensibilidade de 85,7%, especificidade de 100% e por fim acurácia de 88%.Conc.: a biópsia de congelacao mostrou uma boa concordância com a biopsia de parafina nos casos de carcinoma francamente invasor. Entretanto, nos tumores borderline e benignos a taxa de erro foi alta.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE 327 PACIENTES SUBMETIDAS A CAF

Santos RE,Rial MCS, Leal SF, Lamon SAS, Sestokas SR

OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico de idade, menarca, início da atividade sexual, nº de parceiros, estado civil, método anticoncepcional das pacientes submetidas a conização por CAF. MÉTODO: Análise do banco de dados(Excel) do período de 2000 a 2009. RESULTADOS: Analisamos 327 pacientes submetidas a cone por CAF. A média, mínima e máxima, para idade, menarca, início da atividade sexual foi respectivamente: 36 (16,73), 13 (9,18), 17 (11,33). Quanto ao nº de parceiros, a média foi de 3,9. 67 tiveram só 1 e 36 mais que 10; 124 eram tabagistas, 228 eram casadas ou com rel. estável, 84 solteiras e 14 viúvas. Quanto a anticoncepção observamos: barreira, 55; método definitivo, 65; DIU, 5; hormonal, 120; comportamental, 5; sem atividade sexual, 4 e sem método, 70. CONCLUSÃO: Quanto a idade 107 pacientes estavam na 3ª déc.(32,8%) e 107 na 4ª déc.(32,8%), o início da atividade sexual ocorreu na sua maioria na adolescência e a média de parceiros foi maior do que o relatado em pacientes sem lesões precursoras ou câncer do colo uterino. Apenas 54 usavam preservativo e 70 não faziam anticoncepção. Os dados acima, considerados como fatores de risco para o câncer de colo uterino, vão ao encontro dos dados da literatura.

A CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL É FATOR RELEVANTE PARA O DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME METABÓLICA APÓS A MENOPAUSA ?

Silvia Saito,Sônia Maria Rolim Rosa Lima, Sóstenes Postigo, Benedito Fabiano dos Reis, Karen Tamura, Elizabeth G. Alexandre, Tsutomu Aoki

Objetivo: Avaliar a relevância da medida da circunferência abdominal no diagnostico de mulheres portadoras da Síndrome Metabólica após a menopausa no ambulatório de Fitomedicamentos. Método: Estudo transversal compreendendo 60 mulheres, de janeiro a março de 2009, com idades de 40 a 65 anos, com pelo menos um ano após a menopausa, dosagem de FSH 30 mUI/mL, com ou sem sintomas climatéricos, quantificados pelo Índice Menopausal de Kupperman. Foi utilizado questionário aplicado no Serviço de Cardiologia do “Hospital Dante Pazzanezi”. Resultados: A

média de idade das mulheres foi de 53,6 ± 6,1 anos, a idade da menopausa de 45,5 + 4,6 anos e o tempo transcorrido após a menopausa de 8,1 + 6,0 anos. Os fatores de riscos prevalentes: aumento da circunferência abdominal n= 56(93%) sobrepeso n= 32 (53,3%), hipertensão arterial n= 30 (50%), estresse n=30 (50%), sedentarismo n= 26 (44%), HDL50 n=26(43%), hipercolesterolemia n=22 (36,6%), hipertrigliceridemia n=20(33,3%), diabetes n=20 (33,3%), obesidade n= 18 (30%), tabagismo n=4 (6%). Conclusão: Destacamos o aumento da circunferência abdominal como método propedêutico básico para a detecção do diagnóstico da Síndrome Metabólica, justificando sua importância e concordando nossos resultados com a literatura internacional.

DOENÇA CARDIOVASCULAR EM MULHERES NO CLIMATÉRIO EM USO DE FITOESTROGÊNIOS

Sônia Maria Rolim Rosa Lima,Benedito Fabiano dos Reis, Sóstenes Postigo, Silvia Saito, Sheldon Rodrigo Botogoski, Tsutomu Aoki

Objetivo: avaliar a prevalência de fatores de risco para as doenças cardiovasculares (DCV) em mulheres no Ambulatório de Climatério. Casuística e Método: Estudo transversal descritivo, abrangendo 336 mulheres com idades entre 45 a 69 anos, com o tempo após a menopausa superior a um ano e sintomas quantificados pelo índice menopausal de Kupperman. O diagnóstico foi determinado com base na história clínica e dosagem de FSH 30 mUI / mL. Resultados: A idade média das mulheres foi de 55,2 + 7,2 anos, com a idade da menopausa 47,1 + 4,7 anos. O índice menopausal de Kupperman foi severo em 1,7% das mulheres, moderado em 6,9%, leve em 41,4%, enquanto 50% não tiveram sintomas. A prevalência de fatores de risco para as doenças cardiovasculares foram 40,7%. Os fatores de risco mais comuns foram inatividade física(57%), obesidade(73,1%), hipertensão arterial(46,5%), hipercolesterolemia(44,5%), diabetes(14,3%) e tabagismo(8,8%). Conclusão: Atualmente existe uma grande procura de serviços médicos que ofereçam uma gama de possibilidades terapêuticas para a remissão dos sintomas climatéricos, entre os quais incluí a terapia com fitoestrogênios. Houve uma alta prevalência de fatores de risco para doenças cardiovasculares neste estudo. Os elementos-chave no controle dos fatores de risco nestas mulheres no climatério são: redução de peso, aumento da atividade física e dieta balanceada.

MASTITE PERIAREOLAR RECIDIVANTE

TAROMARU, GCM,BAGNOLI F; OLIVEIRA VM; DALPRA VAR, RIOS LSR, CAPEL P, AOKI T

INTRODUÇÃO: É uma doença benigna crônica da mama, caracterizada pelo aparecimento de massa periareolar, enduração do complexo aréolo-papilar, desenvolvimento de abscesso e, eventualmente, formação de fístula. O tabagismo constitui um importante fator de risco, sendo constatado entre 75% e 90% das mulheres afetadas pela doença. Ocorre mais frequentemente em mulheres entre 30 e 50 anos. RELATO DO CASO: ST, 41 anos com antecedente de mamoplastia redutora há 7 anos, tabagista há 20 anos 1 maço dia. Apresentava abscesso em mama de 5 cm com ulceração da pele. Foi tratada com antibioticoterapia, associado com a suspensão

do tabagismo.DISCUSSÃO: Inicialmente ocorre metaplasia do epitélio colunar de revestimento de ductos com transformação do mesmo em epitélio pavimentoso. Como isto ocorre o estreitamento do lúmen dos ductos e como conseqüência passa a ocorrer a retenção de detritos de descamação celular e de secreção glandular, que ocasiona dilatação dos ductos. O material repressado no interior dos ductos sofre contaminação por bactérias patogênicas desenvolvendo um quadro infeccioso que ocasiona inflamação das paredes dos ductos. O diagnóstico é relizado através da anamnese e exame físico associado a ultrassonografia mamária. O tratamento deve ser realizado com antibioticoterapia.

FALÊNCIA OVARIANA PREMATURA IATROGÊNICA: RELATO DE CASO

Tassis M;,Faria, ALAF Tafner KL, Aoki T, Prado RAA, Tamananha S, Aldrighi JM.

A falência ovariana prematura(FOP) acomete 1 em cada 1000 mulheres antes dos 30 anos, e possui várias etiologias. Dentre estas, a iatrogênica é uma das etiologias mais conhecidas, destacando-se os tratamentos radio-quimioterápicos e as cirurgias ovarianas. Diferentemente da menopausa natural, a FOP se instala de maneira precoce e abrupta e expõe as jovens à infertilidade e a mais anos de hipoestrogenismo, resultando em maior risco de osteoporose, disfunções sexuais, doenças cardiovasculares e morte prematura. Relataremos aqui o caso de uma jovem que até os 26 anos foi submetida a 9 cirurgias (08 laparotomias exploradoras e 01 videolaparoscopia) para tratamento de cistos simples hemorrágicos nos ovários e evoluiu com FOP. Conclusão: É necessária a conscientização dos ginecologistas quanto ao risco de FOP na abordagem de neoplasias ovarianas, de modo a promover indicação criteriosa da abordagem cirúrgica das mesmas.

RELATO DE CASO:FÍSTULA CUTÂNEA SECUNDÁRIA A DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA

Thalita Russo Domenich,Ammar,K; Reis,R; Souza, A.M; Oliveira, E.C.G.; Oliveira, F.F.R.; Aoki,T.;

M.F. 49a, com dor em FID e hipogástrio há cerca de 01 mês, há 7d com abaulamento abaixo da cicatriz umbilical. MAC: LT. AEF: Apresentava massa nodular de 5cm de diâmetro, palpável em região infraumbilical, com orifício em pele drenando material purulento. Colo e útero dolorosos ao toque, dor em região anexial bilateral. Investigação: TC de pelve: coleção pélvica anterior ao útero contígua à parede abdominal, comunicando-se com a pele por trajeto cilíndrico. HD: Fístula Cutânea secundária à DIP. CD: Abordagem cirúrgica, antibioticoterapia e suporte clínico. No intraoperátório foram visualizadas múltiplas aderências pélvicas, coleção purulenta, comunicando-se com a pele por trajeto fistuloso e tubas uterinas aderidas. Realizada HSTA, Salpingectomia bilateral, fistulectomia, ceftriaxona e metronidazol. A paciente teve alta melhorada. Discussão: A DIP tem natureza ascendente e polimicrobiana. Apresenta-se como quadros que variam de autolimitados até doença severa, com seqüelas como: infertilidade em 10% dos casos, gestação ectópica em 5%, dor pélvica crônica em 15% e recorrência do quadro infeccioso em até 25% das vezes, o caso relatado destaca-se por complicar-se com fístula cutânea, ocorrência rara e só descrita na literatura em casos associando uso do DIU à infecção por Actinomyces israeli.

O IMPACTO DO ACOMPANHAMENTO MULTIPROFISSIONLA NA QUALIDADE DE VIDA DE GESTANTES

Vanessa Cardoso Marques Soares,Mary uchyama Nakamura; Sandra Maria Alexandre: Miriam Diniz Zanetti

O IMPACTO DO ACOMPANHAMENTO MULTIPROFISSIONAL NA QUALIDADE DE VIDA DE GESTANTES NAKAMURA MU*; SOARES VCM; ZANETTI MRD; PETRICELLI CD; ALEXANDRE SM. Universidade Federal de São Paulo INTRODUÇÃO Qualidade de vida se define como a percepção do indivíduo segundo sua posição na vida no contexto da cultura e sistemas de valores e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações(OMS). OBJETIVO: Avaliar o impacto do acompanhamento multiprofissional na qualidade de vida de gestantes. MÉTODOS Estudo comparativo e observacional com 60 gestantes entrevistadas no terceiro trimestre de gestação com o uso do questionário WHOQOL- BREF. As gestantes da Unifesp participaram de um grupo multiprofissional, e as gestantes do grupo controle (UBS) só recebiam atendimento médico. RESULTADOS 60% das gestantes do grupo estudo (Unifesp) se queixaram de dor nos últimos 15 dias e no grupo controle (UBS) a média foi de 90%. 43,3% do grupo Unifesp queixaram-se de lombalgia,sendo que no grupo controle (UBS) esta taxa foi de 83,3%. Nos domínios do Whoqol-Bref todos mostram dados estatisticamente significantes. CONCLUSÃO O atendimento multiprofissional durante a gravidez melhora a qualidade de vida das gestantes, e a maioria das variáveis analisadas teve melhora significante.

“RELAÇÃO ENTRE A EXPRESSÃO DA CICLOOXIGENASE-2 NOS CARCINOMAS DUCTAIS IN SITU E INFILTRATIVO DE MAMA E SUA CORRELAÇÃO COM ÍNDICES PROLIFERATIVOS E APOPTÓTICOS POR MEIO DE ARRANJOS TECIDUAIS EM MATRIZ”

Victor Luiz Longo Galvão Silva,Edwin Byungkuk Hong; Maria Antonieta Longo Galvão Silva e Vilmar Marques de Oliveira

A COX2 parece atuar na carcinogênese com efeitos sobre apoptose, proliferação celular, agressão tumoral e invasão. Estudos evidenciaram relação entre câncer de mama e COX e encontraram expressão positiva em carcinomas ductais invasivos e In Situ (CDISs). Objetivo: Avaliar a expressão da COX2 em CDI/CDISs e sua correlação com índices proliferativos Ki67 e PCNA, pró-apoptóticos APAF1 e caspase3, anti-apoptóticos Bcl2 e Ciclina D1 e de invasão p16 e MMP2, por meio de arranjos teciduais em matriz (TMA. Métodos: Avaliadas 110 pacientes portadoras de CDI/CDIS, com ou sem comedonecrose, utilizando-se TMA, por imunoistoquímica para avaliar COX2, APAF1, caspase3, bcl2, ciclinaD1, ki67, PCNA, p16 e MMP2. Resultados: Em 91,8% pacientes, a COX foi positiva, com positividade maior nas comedonecroses. A avaliação das proteínas APAF1 e Caspase3, mostrou-se negativa. O Bcl2 correlacionou-se de maneira significativa com a COX e a CiclinaD1 não se correlacionou. O Ki67 foi estatisticamente correlacionado com a COX, mas não com o PCNA. O p16 foi negativo em todas pacientes, enquanto o MMP2 apresentou relação estatística significativa. Houve relação entre a COX grau histológico e grau nuclear. Conclusões: A COX2 mostrou-se hiperexpressa nos CDI/CDISs avaliados no mesmo espécime e apresentou correlação estatística com Ki67, Bcl2 e MMP2. Os marcadores pró-apoptóticos foram pouco expressos.

SARCOMA MAMÁRIO

ZUCCHI, C.M.,TAROMARU G.C.M; BAGNOLI F; OLIVEIRA V.M.; RIOS L.S.R; MONREAL M.A.; AOKI T.

INTRODUÇÃO: Sarcomas origina-se nos diferentes tecidos conjuntivos que constituem o estroma mamário sendo tumores de baixíA incidência, correspondendo a 1% de todos os tumores mamários. RELATO DO CASO: AAN, 45 anos, com nodulo em mama esquerda há 7 meses que evoluiu com aumento progressivo associado a dor local, dispnéia e perda ponderal de 8 kg. No exame físico apresentava tumor de 15 cm com ulceração da pele. Foi submetida a biópsia incisional cujo resultado foi sarcoma pleomórfico de alto grau. Discussão: Trata-se de um grupo heterogêneo de doenças que são classificadas de acordo com a semelhança com o tecido adulto com o qual se parecem, dentre os quais temos: angiossarcoma, fibrossarcoma, lipossarcoma, leiomiossarcoma, linfomas e carcinossarcoma. Para determinarmos o comportamento biológico é fundamental a graduação histológica, baseada na celularidade, pleomorfismo, mitoses, necrose. Clinicamente apresentam-se como massas mamárias indolores e móveis e palpação axilar pode revelar linfonodos aumentados, porém raramente comprometidos. O prognóstico é ruim devido a sua predileção pelas metástases hematogênicas. Raras metástases para linfonodos regionais foram relatadas, sendo a ressecção cirúrgica com margens amplas, sem esvaziamento axilar, o tratamento local preconizado.

MARCADORES ANGIOGÊNICOS AVALIADOS EM CARCINOMAS DUCTAIS INVASIVOS DA MAMA ATRAVÉS DA TÉCNICA DE “TISSUE MICRO-ARRAY” E CORRELACIONADOS COM O PROGNÓSTICO DAS PACIENTES

Ana Maria Kemp,Carla Sola Deponte, Maria Antonieta Longo Galvão Silva e José Francisco Rinaldi

A angiogênese é requisito para células tumorais alcançarem a circulação e se implantarem em órgãos. Sem angiogênese a neoplasia poderá crescer 1-2 mm, limitada pelo aporte insuficiente. Bloquear a angiogênese atrasa as metástases. Objetivos: Avaliados o seguimento de pacientes com carcinoma ductal invasivo mamário CDI, e analisadas a interação entre crescimento tumoral, angiogênese, e prognóstico evolutivo. Os locais de maior densidade da microvascularização MVD foram correlacionados com o fator de crescimento do endotélio vascular VEGF, CD 34, receptores hormonais, Her2 e com o Ki67. Métodos: Analisadas 120 mulheres portadoras de CDI. Os blocos submetidos à técnica de arranjos teciduais em matriz TMA. O material processado por imunoistoquímica para anticorpos: VEGF, CD34, Receptores de Estrógeno e Progesterona, CerbB2 e Ki67. Resultados: o estadiamento das pacientes foi estatisticamente significante (ES) comparado ao tamanho do tumor, aos linfonodos axilares, ao VEGF e ao KI67. Os receptores hormonais e o CerbB2 não foram ES quando comparados com o VEGF e com o comprometimento axilar. Conclusões: VEGF mostrou-se ES nos CDI desempenhando importante papel na progressão tumoral, estímulo à angiogênese, no comprometimento linfonodal. O CD34 é potente marcador da vascularização. O VEGF foi ES quando correlacionado com agressividade tumoral, Ki67 e comprometimento linfonodal.

CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR DO ASSOALHO PÉLVICO E OS ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS EM MULHERES COM PROLAPSO GENITAL

Ana Paula Magalhães Resende,Liliana Stüpp, Bruno Teixeira Bernardes, Emerson Oliveira, Rodrigo Aquino de Castro, Marair Gracio Ferreira Sartori, Manoel João Batista Castello Girão

OBJETIVO: Correlacionar a força de contração dos músculos do assoalho pélvico (MAP) com a área de secção transversal (AST) do músculo levantador do ânus em mulheres com prolapso de órgãos pélvicos (POP). METODOLOGIA: Vinte e duas mulheres (52±5,5 anos), multíparas, com prolapso genital estadio ICS II, foram recrutadas no ambulatório de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal da Unifesp. As pacientes se submeteram a avaliação médica de rotina que incluiu a quantificação do prolapso genital pelo método POP-Q. Essa avaliação determinou a inclusão das pacientes neste estudo. Foi realizada a avaliação bidigital dos MAP onde se verificou a força (pela escala de Oxford) e o endurance muscular pelo teste de tempo máximo de sustentação da contração em segundos. Posteriormente, realizou-se a ultrassonografia bidimensional transperineal da AST do músculo levantador do ânus. RESULTADOS: Mulheres com POP apresentaram diminuição do endurance muscular (3,2 ± 1,4 seg), diminuição da força (2,7±1,6) e menor AST (1,2±0,4 cm2). CONCLUSÃO: Houve diminuição da força e do tempo de sustentação da contração dos MAP associada a uma diminuição da AST, sugerindo a presença de disfunções do assoalho pélvico associadas ao POP. PALAVRAS-CHAVE: prolapso genital, avaliação dos MAP, ultrassonografia bidimensional.

”BUPROPIONA NO TRATAMENTO DE SINTOMAS VASOMOTORES NAS MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA”

Carolina de Souza Delage Faria,Moura, J.V.L.; Orioli, P.; Ribeiro, A.L.; Scapinelli, A.; Tamanaha, S.; Aldrighi, J.M

Introdução: O período de transição menopausal é marcado por um conjunto de sintomas(1). A hormonioterapia tem sido o tratamento recomendado para maioria das mulheres saudáveis (2), as que possuem câncer de mama não podem fazer uso da TH. Para esses casos, estudos com antidepressivos, como a Venlafaxina (5), têm demonstrado uma diminuição na frequência e severidade dos fogachos (4). Não existem muitos estudos sobre a Bupropiona para este fim. Objetivo: Comparar a efetividade da Bupropiona com a Venlafaxina no tratamento dos sintomas vasomotores e sexuais de mulheres na pós-menopausa, com contraindicação para terapia hormonal ou que já o fizeram pelo período máximo recomendado pelo WHI, suspenderam e continuam sintomáticas. Métodos: Ensaio clínico, prospectivo, duplo cego, randomizado. Resultados: Foram randomizadas 33 pacientes, para uso das medicações 1 e 2, sendo 13 da medicação 1 e 20 da medicação 2. A média de idade foi de 55,3 anos. Nos tempos avaliados, a analise estatística mostrou melhora dos sintomas com diferença significativa (p0,001), sendo que não houve diferença significativa entre as medicações 1 e 2 (p0,05). Conclusão: As pacientes apresentaram melhora dos sintomas menopausais, da função sexual e do humor com a Bupropiona.

PREVALÊNCIA E ETIOLOGIA DA FALÊNCIA OVARIANA PREMATURA

Faria ALA,Tock L,Tamanaha S, TafnerKL, Prado RAA, Aoki T, Aldrighi JM

A falência ovariana prematura(FOP) representa 10-28% das amenorréias primárias e 4-18% das secundárias. Apresenta múltiplos fatores causais que resultam em depleção ou disfunção folicular, e geralmente apresentam-se como forma esporádica, pois a história familiar só está presente em 5% dos casos. Entre as causas conhecidas estão as alterações cromossômicas, determinadas por genes ligados ao cromossomo X, doenças auto-imunes, agentes tóxicos e causas iatrogênicas. Entretanto, com relativa freqüência a causa etiológica não é estabelecida, sendo então denominada como idiopática. Encontramos prevalência de 9% de pacientes atendidas com o diagnóstico de FOP no ambulatório de Ginecologia Endócrina da Santa Casa de São Paulo. Destas pacientes, 38% caracterizaram-se como FOP idiopática e 30% por etiologia correlacionada com a disgenesia gonadal. A FOP após tratamento radio-quimoterápico representa 22% dos nossos diagnósticos, e as causas cirúrgicas 8%, sendo que destas, 4% ocorreram por doenças benignas e 4% por doenças malignas no ovário Apesar dos inúmeros métodos diagnósticos presentes na atualidade ainda temos 30% das FOP no nosso ambulatório caracterizadas como idiopáticas. E, sabemos que, com o aumento das sobreviventes ao câncer a prevalência de FOP ainda deve aumentar e devemos estar preparados para assistir estes pacientes.

TÍTULO: IMPACTO DO TEMPO SEM REPOSIÇÃO HORMONAL NA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA E PERFIL LIPÍDICO DE MULHERES COM FALÊNCIA OVARIANA PREMATURA

Faria ALA, Tassis M, , Aoki T, Prado RAA, Tamananha S, Aldrighi JM.,Tassis M, Tafner KL, Aoki T, Prado RAA, Tamananha S, Aldrighi JM.

A falência ovariana prematura(FOP) expõe as mulheres a mais anos de hipoestrogenismo do que a menopausa natural, proporcionando maior risco de agravos como a osteoporose e sua principal conseqüência, as fraturas. Entretanto, os principais estudos foram realizados em mulheres na pós-menopausa e nestas, a terapia hormonal foi indicada com o intuito de preservar ou atenuar a perda da densidade mineral óssea. Poucos estudos têm se dedicado a avaliar o papel da terapia hormonal reposição hormonal em mulheres com FOP, que muitas vezes ainda não alcançaram o momento etário do pico natural de massa óssea. O presente estudo teve por objetivo avaliar o impacto do tempo sobre a massa óssea em mulheres com FOP, não submetidas a terapia hormonal, nas regiões do fêmur e coluna lombar. A densidade mineral óssea foi menor em mulheres com história de 04 ou mais anos sem terapia hormonal, tanto para coluna lombar (p=0,045), quanto para fêmur total (p=0,033). Conclusão: O diagnóstico precoce (abaixo de 04 anos) é essencial para garantir a saúde óssea em mulheres com FOP.

GESTANTES OBESAS COM DIABETES GESTACIONAL: ASPECTOS EMOCIONAIS FRENTE AO ADOECER E À MATERNIDADE

Fregonese, A. A.,Fregonese. A. A., Rodrigues,L.P.

Introdução: A gestação chamada de alto risco representa problema emocional e social.

Objetivo: O objetivo desse trabalho foi de identificar as questões emocionais envolvidas no diagnóstico de Diabete Melittus gestacional em gestantes hospitalizadas com IMC acima de 30. Método: Estudo retrospectivo com 72 gestantes, a partir de protocolo de entrevista semi-estruturada. Resultados: A média de idade foi de 27 anos. Quanto à idade gestacional 30% estavam no primeiro trimestre, 40% no segundo trimestre e 30% no terceiro trimestre. Quanto ao diagnóstico verificou-se que 34% das pacientes referiram sentimento de ansiedade, surpresa, susto e medo; 24% esperavam pelo diagnóstico devido às gestações anteriores, porém com sentimentos negativos e 27% se sentem culpadas pelo diagnóstico. Quanto à repercussão fetal do diagnóstico 55% apresentaram medo de malformação fetal e 35% temem a prematuridade e 10% não relacionam nenhuma repercussão fetal. Quanto à maternidade 65% demonstraram medo do futuro e de falhar na função materna, 67% referiram que sentimentos de produtividade apenas durante o período gestacional, 30% apontaram o medo de perderem o companheiro e 100% apresentaram vínculo afetivo com o bebê. Conclusão: A gravidez de alto risco pode desencadear desorganização do pensamento e sentimentos, intensificando ansiedades, medos e crenças negativas.

ABORDAGEM DO GINECOLOGISTA SOBRE A SEXUALIDADE DA MULHER

Imacolada Marino Tozo,Nelson Gonçalves; Antonio Pedro Auge

A ginecologia é uma disciplina da medicina que estuda a fisiologia e a patologia dos órgãos ligados à reprodução e suas repercussões sobre o organismo. Aborda a saúde da mulher como um todo, em caráter preventivo, curativo e educacional. Portanto seu objetivo está além do cuidado médico às doenças, priorizando a atenção à saúde física, psicológica e social, com ênfase na esfera sexual e reprodutiva da mulher. Objetivo:Através de um questionário investigou-se conhecimento, preparo profissional e grau de importância dado as queixas sexuais na consulta em 588 ginecologistas presentes na 22ª Jornada de Ginecologia e Obstetrícia da Santa Casa de São Paulo em 2008. Resultados:50,50% dos entrevistados não receberam informação necessária sobre o manejo clinico da sexualidade da mulher. Em relação ao questionar a cliente sobre o assunto na consulta 54,9% admitiu que este procedimento deve fazer parte da mesma, porém 27,0% somente o fazem quando a mulher trás o problema por iniciativa própria. Segundo os entrevistados 66,5% das mulheres não o fazem. Quanto aos princípios teóricos que os ginecologistas se baseiam para explorar a queixa sexual das mulheres 53,3% referiram ser na própria experiência, normas morais e /ou religiosas. Segundo os pesquisados, apenas 3,2% das mulheres, na consulta, não relata problemas desse cunho, dentre as queixas mais comuns está a perda da libido 88,5%.

ESTUDO PROSPECTIVO RANDÔMICO COMPARANDO A CORREÇÃO COM TELA DE POLIPROPILENO VERSUS A SÍTIO-ESPECÍFICA NO TRATAMENTO DO PROLAPSO VAGINAL ANTERIOR

Jacqueline Leme Lunardelli,LEMOS NLBM, CARRAMAO SS, OLIVEIRA AL, FARIA ALA, LOPES ED, AOKI T, AUGE APF

OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi comparar os resultados anatômicos e o impacto na qualidade de vida obtidos com a correção sítio-específica e com o uso de um kit de tela de polipropileno CASUÍSTICA E MÉTODO: 32 mulheres com prolapso vaginal anterior estádios III ou IV foram incluídas e Randomizadas em dois

grupos: - Grupo 1: correção com kit de tela monofilamentar (Nazca TC®, Promedon®, Córdoba, Argentina) - Grupo 2: correção sítio específica do prolapso anterior, com pontos de poliéster (Ethibond®, Ethicon®, EUA) Os resultados anatômicos foram comparados por meio do índice de quantificação de prolapsos (POP-Q-I). O impacto na qualidade de vida foi medido pelo King’s Health Quetionnaire, em uma versão validada para o português. RESULTADOS: Os grupos eram semelhantes do ponto de vista demográfico. O tempo cirúrgico foi significantemente inferior no Grupo 1. Porém, o sangramento intra-operatório não diferiu entre os grupos. Os resultados anatômicos observados no Grupo 1 foram superiores aos observados no grupo 2, em relação ao ponto Ba (p=.002). Não houve diferença em relação aos outros pontos. Não houve diferença no escore de qualidade de vida observado. CONCLUSÃO: Apesar dos resultados anatômicos superiores observados no grupo 1, não houve diferença entre os grupos no que concerne à qualidade de vida.

TRANSFERÊNCIA EMBRIONÁRIA BASEADA NA MEDIDA PRÉVIA DO COMPRIMENTO UTERINO MELHORA OS RESULTADOS DE CICLOS DE INJEÇÃO INTRACITOPLASMÁTICA DE ESPERMATOZÓIDES

Luiz Guilherme Louzada Maldonado,Tsutomu Aoki ; Camila Madaschi; Priscila Queiroz; Assumpto Iaconelli Jr.; Edson Borges Jr.

INTRODUÇÃO: A última fase do processo de fertilização in vitro (FIV) é a transferência embrionária (TE), e apesar do imenso avanço nas diversas fases do processo, pouco se especula a respeito da TE. OBJETIVO: Avaliar se a TE baseada na medida prévia do comprimento uterino resulta em maiores taxas de implantação e gestação quando comparada com à TE padrão baseada apenas na ultrassonografia transabdominal. MÉTODOS: O estudo incluiu 200 pacientes submetidas à estimulação ovariana controlada para injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI). Os ciclos foram divididos de acordo com o método de TE: ciclos em que a TE foi baseada na medida uterina prévia (MUP, n=50) e ciclos em que a TE foi baseada apenas na ultrassonografia transabdominal (Controle, n=150). A dificuldade da TE (fácil ou difícil) e as taxas de implantação e gestação foram comparadas entre os grupos. RESULTADOS: Não houve diferença entre os grupos em relação à dificuldade da transferência, porém tanto as taxas de implantação (11.9% vs 30.7%, p 0,001) e gestação (26.0% vs 54.0%, p 0,001) foram significantemente mais altas no grupo MUP. CONCLUSÃO: A TE baseada na medida prévia do comprimento uterino resulta em maiores taxas de implantação e gestação quando comparada à TE padrão.

TÍTULO: IMPACTO DO TEMPO SEM REPOSIÇÃO HORMONAL NO PERFIL LIPÍDICO DE MULHERES COM FALÊNCIA OVARIANA PREMATURA

M Tassis,Faria ALA, Tafner KL, Aoki T, Prado RAA, Tamananha S, Aldrighi JM.

A falência ovariana prematura(FOP) expõe as mulheres a mais anos de hipoestrogenismo do que a menopausa natural, privando-as do efeito protetor cardiovascular dos estrogênios. Poucos estudos têm se dedicado a avaliar o papel da terapia hormonal reposição hormonal em mulheres com FOP, bem como seu efeito no perfil lipídico nessas mulheres. O presente estudo teve por objetivo avaliar o impacto

do tempo sem reposição hormonal sobre o perfil lipídico de mulheres com falência ovariana prematura. CASUÍSTICA E MÉTODO: Foram incluídas 43 mulheres que foram divididas em dois grupos, de acordo com o tempo decorrido entre a menopausa e o início da reposição hormonal. RESULTADOS: Não encontramos diferença entre os grupos para o colesterol total (p=0,958), LDL (p=0,877), HDL (p=0,833) ou triglicérides (0,654). Conclusão: O tempo sem reposição hormonal não influiu no perfil lipídico de mulheres com FOP. Estes achados não são, provavelmente, condizentes com risco de eventos cardiovasculares, uma vez que mulheres nas quais houver retardo na instalação da terapia hormonal permaneceram por período mais prolongado sem o efeito protetor dos estrogênios para o perfil lipídico.

EFEITOS DO ANÁLOGO DE GNRH NA RESPOSTA OVARIANA EM CICLOS REPETIDOS DE ESTIMULAÇÃO CONTROLADA

Mario Cavagna,Tsutomo Aoki; Camila Madaschi Reis; Fabio Biaggioni Lopes; Assumpto Iaconelli Jr.; Edson Borges Jr.

INTRODUÇÃO: Durante o estímulo ovariano controlado (EOC), as pacientes são tratadas com agonista (ago) ou antagonista (ant) do GnRH para bloquear a ação da pituitária, e os ovários são estimulados com gonadotrofinas para induzir o desenvolvimento de múltiplos folículos. É controverso o efeito da EOC na resposta ovariana consecutiva a falha de gestação em tentativa prévia. O objetivo do presente estudo foi avaliar se a manutenção ou a substitutição do análogo de GnRH (ago vs ant) em ciclo de ICSI consecutivos pode influenciar os resultados. MÉTODOS: Foram avaliados, 181 ciclos repetidos de ICSI cuja tentativa inicial resultou em falha de gestação. Ciclos consecutivos foram comparados em relação à dose de FSH, número de oócitos MII, número de embriões e taxa de gestação na tentativa consecutiva. RESULTADOS: Ciclos de EOC utilizando GnRH ago na primeira tentativa apresentaram resultados similares em estímulo consecutivo, independente do protocolo de bloqueio. Por outro lado, a utilização do GnRH ant na primeira tentativa resultou em aumento significativo do número de oócitos (7.5+6.9 vs. 10.3+8.4, p=0.032) e na obtenção de um maior número de embriões (4.5+3.5 vs. 6.3+5.2, p=0.036) em casos consecutivos nos quais foi administrado GnRH ago. CONCLUSÃO: A utilização do ago de GnRH, em EOC posterior a falha prévia utilizando GnRH ant, melhora significativamente a resposta ovariana.

PATCH DE SUBMUCOSA DE INTESTINO DELGADO SUÍNO (SURGISIS®) PARA A COBERTURA DE EXTENSA RESSECÇÃO VAGINAL POR ENDOMETRIOSE

Nucélio Luiz de Barros Moreira Lemos,Kamergorodsky G, Faria ALA, Severino Jr. C, Rodrigues FC, Ayroza-Ribeiro PA, Auge APF, Aoki T

Trata-se este de um relato da utilização de um patch de submucosa de intestino delgado suíno (SurgiSIS®, Cook®, Indianápolis, IN, EUA) como retalho sobre extensa área cruenta de ressecção vaginal de endometriose. Uma paciente nulípara de 32 anos foi encaminhada para tratamento de um volumoso nódulo retovaginal que se estendia das mucosas vaginal à retal. A cirurgia foi realizada em dois tempos: inicialmente, foi realizada a ressecção segmentar intestinal, tratando radicalmente a endometriose do retossigmóide, sem abrir a parede vaginal; seis meses após a primeira intervenção, a paciente foi submetida a um “second-look” laparoscópico, para lise de aderências, e ressecção, por via vaginal, da doença remanescente. Para previnir a

retração cicatricial e o encurtamento vaginal, foi utilizado um patch de submucosa de instestino delgado suíno sobre a área cruenta de cerca de 4cm de diâmetro; ou seja, cerca de metade do comprimento da parede vaginal posterior. Após 3 meses, a vagina estava completamente epitelizada, sem sinais de retração cicatricial e com a elasticidade preservada. Conclusão: O patch de submucosa de instestino delgado suíno parece ser uma opção válida na prevenção da retração epitelial em casos de ressecção vaginal extensa.

ESTUDO RANDÔMICO DA CORREÇÃO CIRÚRGICA DO PROLAPSO UTERINO ATRAVÉS DE TELA SINTÉTICA DE POLIPROPILENO TIPO I COMPARANDO HISTERECTOMIA VERSUS PRESERVAÇÃO UTERINA

Silvia S Carramão,Eliana D Lopes, Jaqueline Lunardelli, Nucélio LBM Lemos, Aparecida Maria Pacetta,Paulo Airosa, Tsutomu Aoki, Antonio Pedro Flores Auge,

Objetivo: Comparar os resultados anatômicos de pacientes portadoras de prolapso uterino tratadas utilizando tela de polipropileno após histerectomia vaginal versus a histeropexia.Método:Estudo randomizado com 31 mulheres com prolapso uterino estádio III ou IV (POP-Q) divididas em dois grupos:Grupo HV-15 histerectomia vaginal,Grupo HP- 16 Histeropexia. Para a análise das variáveis foi utilizado teste de Mann-Whitney, risco a=0,05.Resultados:. Não se observou diferença entre os grupos nas complicações funcionais. O tempo cirúrgico =120 minutos para grupo HV versus 58.9 minutos para grupo HP ( p 0.001 ) e o volume de perda sanguínea intra operatória =120 mL no grupo HV versus 20 mL para grupo HP ( p 0.001). A taxa de sucesso objetivo = 86.67% para grupo HV e 75% para grupo HP (p=0,667) A taxa de erosão de tela = 20% de extrusão no grupo HV versus 18,75% grupo HP (p =1,000). O QQV demonstrou que a qualidade de vida melhorou significativamente nos dois guupos.Conclusão Cirurgia vaginal com telas é um procedimento efetivo para a correção do prolapso. Os resultados anatômicos da histeropexia foram similares à histerectomia. A histeropexia teve menor morbidade em conseqüência do menor Tempo cirúrgico e volume de perda sanguínea. Entretanto mais estudos em longo prazo são necessários para confirmar a eficácia e segurança do uso de telas na correção do prolapso uterino.

AS DIFERENTES PERCEPÇÕES DA MULHER SOBRE A MENSTRUAÇÃO NA MENARCA E NO MENACME.

TRINDADE P.C.,HEHN B.J. , MIYAKE M.M., FERNANDES L.F.L., BERTONI N.C., LIMA S.M.

Objetivo: Analisar a percepção da mulher a respeito de sua menarca e de sua menacme. Métodos: trabalho transversal e observacional, incluindo mulheres divididas em três grupos (menacme, puerpério e quimioterapia), que responderam a um questionário sócio-demográfico e sobre suas sensações na menarca e no menacme (Recollections of first Menstruation). Resultados: Foram incluídas 56 mulheres no grupo menacme, 56 no grupo puerpério e 30 no grupo quimioterapia. No grupo menacme, a primeira menstruação apresentou sentimentos positivos (orgulho, empolgação, felicidade). Já no grupo quimioterapia, predominaram sentimentos negativos (raiva e tristeza). No grupo puerpério, vergonha e sentimentos positivos foram os mais mencionados. Com relação ao estado menstrual atual, no grupo menacme prevaleceram orgulho e empolgação. No grupo quimioterapia predominaram

sentimentos negativos (vergonha e raiva). No puérperio encontrou-se equilíbrio entre sentimentos positivos e negativos. Conclusão: Diversos fatores interferem na maneira de interpretar a própria menstruação, como o nível educacional, idade da menarca e presença de alguma doença que interfira na menstruação. Cabe destacar, a alta prevalência do sentimento de vergonha que apareceu em todos os grupos.

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