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PERFIL EMPREENDEDOR DE ALUNOS DE GRADUAÇÃO EM DESIGN DE MODA Alini, CAVICHIOLI, e-mail¹: [email protected] Fernando Luiz Freitas FILHO, e-mail²: [email protected] Wallace Nóbrega, LOPO, e-mail³: [email protected] UNISOCIESC, Brusque, Santa Catarina. 1 UNISOCIESC, Joinville, Santa Catarina. 2 UNISOCIESC, Brusque, Santa Catarina. 3 Resumo: O conceito de empreendedorismo é demasiado amplo e desperta interesse em acadêmicos, docentes e pesquisadores em geral, que buscam identificar indivíduos que tenham potencial empreendedor ou que características possuem uma pessoa empreendedora. Esse artigo tem como objetivo uma análise do perfil empreendedor; de alunos do curso de graduação de Bacharelado em Design de Moda em duas instituições de ensino superior de Santa Catarina. Foi utilizada como metodologia um pesquisa de campo e o instrumento utilizado, um questionário de auto avaliação, respondido por 159 alunos das duas instituições e depois, uma análise qualitativa e quantitativa dos resultados. O questionário foi respondido por alunos da primeira fase até os formandos. Com a aplicação deste questionário foi possível traçar o potencial empreendedor, cultura empreendedora e expectativas quanto ao futuro profissional dos alunos do curso de Design de Moda. Como resultado, verificou-se que os alunos das duas instituições apresentam um considerável perfil empreendedor e que há semelhança desse perfil entre as duas instituições. Palavras-chave: Empreendedorismo. Perfil empreendedor. Alunos de graduação. Design de moda. INTRODUÇÃO O empreendedorismo é conhecido desde os primórdios do século XVI, mas só nos anos 1990 ganhou força e hoje se tornou uma tendência no mercado mundial, revolucionando as relações socioeconômicas em todo o mundo. Conforme Dolabela (2008), o desenvolvimento econômico de uma região está diretamente relacionado com o grau de empreendedorismo de uma comunidade. Atualmente o tema existe diante de uma abordagem sistêmica e contingencial, pela qual a organização, considerada como um sistema aberto é influenciada pelo ambiente externo, complexo e dinâmico, composto pelas variáveis: condições tecnológicas, políticas, econômicas, sociais, culturais e demográficas. Uma organização para acompanhar a complexidade desse ambiente, precisa ser inovadora, flexível e mutável. Diante dessas informações, Pereyra (2003) afirma que o empreendedor é a pessoa que tem coragem de voar sem ter asas, usando a sua inquietude e imaginação para criar e inovar. É movido pelo gosto por desafios, capacidade de persuasão e busca constante por novas oportunidades. Conhecido há tempos como algo inalcançável, o empreendedorismo com o decorrer dos anos tornou-se referência administrativa, surgindo estudos de aperfeiçoamento, demonstrando que era possível ter resultados significativos para a economia. O resultado da pesquisa realizada, sobre o assunto, feita com alunos de instituições de ensino superior, contribuiu para mostrar quem possui o perfil ideal para ser um empreendedor e também, analisar como é a heterogeneidade do grupo, em relação a esse perfil. Algumas pessoas possuem um perfil empreendedor, porém, o desconhecem. Em outras ocasiões, as pessoas possuem perfil empreendedor, porém, elas não manifestam esse perfil em casos práticos. Ao participar dessa pesquisa e ter acesso ao resultado, foi observado o despertar para essa realidade. Diante desta visão, o empreendedorismo pode ser visto como um fenômeno organizacional que atingiu todas as partes do mundo, fazendo atualmente parte não só do meio administrativo, mas também acadêmico e social e áreas afins. Por isso, torna-se importante estreitar a relação do perfil empreendedor com cursos superiores, não apenas da área administrativa, mas como do Design de Moda, por exemplo; inúmeros profissionais desse

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PERFIL EMPREENDEDOR DE ALUNOS DE GRADUAÇÃO EM DESIGN

DE MODA

Alini, CAVICHIOLI, e-mail¹: [email protected]

Fernando Luiz Freitas FILHO, e-mail²: [email protected]

Wallace Nóbrega, LOPO, e-mail³: [email protected]

UNISOCIESC, Brusque, Santa Catarina.1

UNISOCIESC, Joinville, Santa Catarina.2

UNISOCIESC, Brusque, Santa Catarina.3

Resumo: O conceito de empreendedorismo é demasiado amplo e desperta interesse em acadêmicos, docentes e

pesquisadores em geral, que buscam identificar indivíduos que tenham potencial empreendedor ou que características

possuem uma pessoa empreendedora. Esse artigo tem como objetivo uma análise do perfil empreendedor; de alunos do

curso de graduação de Bacharelado em Design de Moda em duas instituições de ensino superior de Santa Catarina.

Foi utilizada como metodologia um pesquisa de campo e o instrumento utilizado, um questionário de auto avaliação,

respondido por 159 alunos das duas instituições e depois, uma análise qualitativa e quantitativa dos resultados. O

questionário foi respondido por alunos da primeira fase até os formandos. Com a aplicação deste questionário foi

possível traçar o potencial empreendedor, cultura empreendedora e expectativas quanto ao futuro profissional dos

alunos do curso de Design de Moda. Como resultado, verificou-se que os alunos das duas instituições apresentam um

considerável perfil empreendedor e que há semelhança desse perfil entre as duas instituições.

Palavras-chave: Empreendedorismo. Perfil empreendedor. Alunos de graduação. Design de moda.

INTRODUÇÃO

O empreendedorismo é conhecido desde os primórdios do século XVI, mas só nos anos 1990 ganhou

força e hoje se tornou uma tendência no mercado mundial, revolucionando as relações socioeconômicas em

todo o mundo. Conforme Dolabela (2008), o desenvolvimento econômico de uma região está diretamente

relacionado com o grau de empreendedorismo de uma comunidade.

Atualmente o tema existe diante de uma abordagem sistêmica e contingencial, pela qual a organização,

considerada como um sistema aberto é influenciada pelo ambiente externo, complexo e dinâmico, composto

pelas variáveis: condições tecnológicas, políticas, econômicas, sociais, culturais e demográficas. Uma

organização para acompanhar a complexidade desse ambiente, precisa ser inovadora, flexível e mutável.

Diante dessas informações, Pereyra (2003) afirma que o empreendedor é a pessoa que tem coragem de voar

sem ter asas, usando a sua inquietude e imaginação para criar e inovar. É movido pelo gosto por desafios,

capacidade de persuasão e busca constante por novas oportunidades.

Conhecido há tempos como algo inalcançável, o empreendedorismo com o decorrer dos anos tornou-se

referência administrativa, surgindo estudos de aperfeiçoamento, demonstrando que era possível ter resultados

significativos para a economia. O resultado da pesquisa realizada, sobre o assunto, feita com alunos de

instituições de ensino superior, contribuiu para mostrar quem possui o perfil ideal para ser um empreendedor

e também, analisar como é a heterogeneidade do grupo, em relação a esse perfil. Algumas pessoas possuem

um perfil empreendedor, porém, o desconhecem. Em outras ocasiões, as pessoas possuem perfil

empreendedor, porém, elas não manifestam esse perfil em casos práticos. Ao participar dessa pesquisa e ter

acesso ao resultado, foi observado o despertar para essa realidade.

Diante desta visão, o empreendedorismo pode ser visto como um fenômeno organizacional que atingiu

todas as partes do mundo, fazendo atualmente parte não só do meio administrativo, mas também acadêmico

e social e áreas afins.

Por isso, torna-se importante estreitar a relação do perfil empreendedor com cursos superiores, não

apenas da área administrativa, mas como do Design de Moda, por exemplo; inúmeros profissionais desse

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setor estão em busca de algo inovador, que caracterize o seu potencial empreendedor, e um dos caminhos é o

que lhes proporcionará o conhecimento sobre o assunto, ou seja, o acadêmico; passando pela sala de aula.

Tratando-se desta realidade, este artigo enfatiza a questão do perfil empreendedor de alunos do curso

Superior em Bacharelado de Design de Moda, de instituições privadas do Vale do Itajaí – Santa Catarina,

com o intuito de contribuir não apenas para o centro de ensino em moda e design, mas também para que os

alunos desta área despertem uma aptidão profissional empreendedora.

METODOLOGIA

Nesse trabalho foi feita uma pesquisa de campo de caráter descritivo, qualitativo e quantitativo. Foi

utilizado, como instrumento de pesquisa, um questionário de auto avaliação, respondido pelos 159 alunos das

duas instituições particulares de ensino superior e que por questões éticas, seus nomes não podem ser

mencionados já que ambas concorrem entre pelo mercado; e foi feita análise qualitativa e quantitativa dos

resultados.

A população em estudo foi de alunos do curso de bacharelado em Design de Moda dessas instituições de

ensino da região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, aqui denominadas como instituição A e B, para efeito

de demonstração de resultados e comparações. O total de respondentes foi de 100% dos alunos regularmente

matriculados nos cursos, sendo 77 alunos da instituição A e 82 da instituição B.

Foi aplicado o questionário de auto avaliação do perfil empreendedor elaborado por Dornelas (2008), que

contém 30 questões, divididas em cinco grupos de diferentes características do empreendedorismo. Essas

características são: comportamento e determinação; obsessão pelas oportunidades; tolerância ao risco,

ambigüidade e incertezas; criatividade, autoconfiança, habilidade de adaptação e motivação e superação.

Com a aplicação do questionário foi possível traçar o potencial empreendedor, cultura empreendedora e

expectativas quanto ao futuro profissional dos alunos do curso de Design de Moda.

Segundo o próprio Dornelas (2008), o perfil empreendedor pode ser dividido em quatro faixas bem

distintas, de acordo com a pontuação conseguida com o questionário em questão:

Menos que 59 pontos: Não possui perfil empreendedor

60 a 89 pontos: Com pouco perfil empreendedor

90 a 119 pontos: Possui um bom perfil empreendedor.

120 a 150 pontos: Possui um perfil empreendedor.

Como relação aos dados obtidos com a pesquisa, estes foram divididos e estudados conforme análise

quantitativa, já que os dados numéricos foram bastante significativos e análise qualitativa, já que a

interpretação dos dados obtidos pode levar a esse tipo de consideração. Também faremos análises estatísticas

sobre os dados obtidos, pois, conforme Montgomery (2004) estatística é um método matemático de

determinar variações de um processo baseado em amostragens coletadas, que permite analisar a qualidade do

processo visando observar os possíveis desvios com relação a médias obtidas.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Depois de realizadas as pesquisas como os alunos das duas instituições de ensino, primeiramente foi feita

uma separação por faixa etária, para se definir quais são as populações entre essas faixas e verificar possíveis

variações entre as instituições nesse aspecto. As faixas etárias definidas para análise foram as seguintes: de

17 a 22 anos; de 23 a 28; de 29 a 34 e de 35 anos em diante.

Os resultados obtidos estão representados no gráfico 1.

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Gráfico 1. Perfil empreendedor por faixa etária

Fonte: Os Autores (2014)

Pode-se notar que há diferenças entre populações nas mesmas faixas etárias entre as instituições, como

uma tendência na instituição A e ter alunos velhos do que na B.

No cálculo estatístico, os resultados foram os seguintes:

Média do valor do perfil empreendedor da instituição A foi 115,92 entanto da instituição B foi de 118,44

conforme é apresentado no gráfico 2.

Gráfico 2. Perfil empreendedor por faixa etária

Fonte: Os Autores (2014)

Conforme pode ser observado, no gráfico 2, o perfil empreendedor nos dois casos, ficou muito próximo;

o que demonstra que nas duas instituições, os alunos possuem essa mesma característica empreendedora.

Analisando os perfis por faixa etária, obtivemos as médias apresentadas no gráfico 3:

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Gráfico 3. Perfil empreendedor por faixa etária

Fonte: Os Autores (2014)

O desvio padrão dessa análise foi de 12,53 para a instituição A e de 12,82 para a B.

Conforme pode ser observado, existe uma grande diferença de população nas faixas etárias, entre as duas

instituições de ensino. Na instituição A existem menos alunos na faixa entre 17 e 22 anos em relação à B. Na

instituição B, a grande maioria dos alunos migrou diretamente do ensino médio direto ao curso superior e

essa maioria é formada de jovens. Essa diferença entre as faixas etárias ocorreu devido ao fato da instituição

A promover a oferta de bolsas de estudo, para candidatos com renda familiar menor, o que acabou atingindo

uma classe que já possui família constituída e que trabalha em funções com menor remuneração; outro fator

a favor da instituição A, é o fato desta ter uma mensalidade mais barata em relação à outra, o que acabou

incentivando pessoas mais velhas a procurá-la.

Na média geral, foi constatada uma proximidade entre as duas, de 115,95 para a instituição A e de 118,44

para a B; porém, podemos constatar que o perfil empreendedor mostrou-se ser mais evidente na faixa etária

mais jovem; isso ficou comprovado no resultado da média dos perfis por faixa etária, que ficou em 122,38

para a instituição A e de 125,36 na B. Nas faixas seguintes, observa-se uma redução gradativa do perfil

empreendedor nas duas instituições, o que significa que a faixa etária maior, parte para o conservadorismo e

cautela no que se refere ao ímpeto empreendedor.

Apesar da instituição A possuir alunos mais velhos do que a instituição B, esta teve revelado um perfil

bem próximo ao da outra instituição; a diferença entre elas é de apenas 2,1% o que significa que o perfil

empreendedor em ambas é praticamente igual. Não obstante, o desvio padrão ficou muito alto, nos dois casos

e praticamente iguais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mesmo se observando uma relativa diferença de faixas etárias, entre as duas instituições de ensino

superior, o resultado do perfil empreendedor das acadêmicas mostrou-se muito próximo, o que demonstra

uma necessidade desse tipo de característica de perfil, para formação desse profissional. Essa pequena

diferença de resultados entre perfis, também pode ser observado entre as faixas etárias, o que demonstra que,

a medida que se avança na idade, o perfil também tendeu a alterar a para menos, o que nos surpreendeu, pois,

pensávamos que esse resultado seria o inverso, ou seja, como o passar dos anos, o perfil empreendedor fosse

sendo cultivado e amadurecido, tornando-o mais nítido e expressivo.

Outro fator a ser considerado, foi a descoberta do perfil empreendedor de alguns alunos, ao realizarem

essa auto avaliação. Até então não havia a consciência, para eles, da existência dessas características,

necessárias para ser um empreendedor em potencial, o que acabou por despertar a curiosidade desses alunos,

no tema em questão.

REFERÊNCIAS

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DOLABELA, F. O segredo de Luísa: uma idéia, uma paixão e um plano de negócios. Rio de Janeiro: Sextante,

2008.

DORNELAS, J.C.A. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

MONTGOMERY, D.C. Introdução ao controle estatístico da qualidade. Rio de Janeiro: LTC, 2004.

PEREYRA, E. O comportamento empreendedor: como princípio para o desenvolvimento social e

econômico.Porto Alegre: Sulina, 2003

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GESTÃO TÉCNICO ADMINISTRATIVA: ESTUDO DE CASO DE UM

AGRONEGÓCIO DE PRODUÇÃO DE UVA E VINHO NO MUNICÍPIO DE

BRUSQUE - SC

BECKER, Edegar, [email protected]

Unifebe, Brusque, SC

Resumo: O município de Brusque é caracterizado pelas atividades industriais, contudo os espaços rurais ainda são

ocupados de diversas formas, inclusive os dedicados a alguma atividade financeira ligada ao agronegócio. O objetivo

desta proposta de trabalho foi estudar uma propriedade agrícola, localizada na localidade de Ribeirão do Salto,

município de Brusque, que pertence à família de José Luiz Dada, que explora a produção de uva e sua industrialização.

A pesquisa foi denominada de estudo de caso e atendeu a um principal objetivo de implantar uma forma alternativa de

produção de mudas de uva e avaliar a sua viabilidade. Os resultados foram apresentados na forma de figuras e tabelas

para facilitar a compreensão dos leitores. Os resultados mostraram a viabilidade de utilização da forma alternativa de

produção de mudas, principalmente pela qualidade, garantia de procedência e viabilidade econômica. Espera-se que

os resultados desta pesquisa possam auxiliar o meio acadêmico, os empreendedores rurais e as instituições públicas a

incluírem o tema nas suas políticas públicas voltadas ao setor.

Palavras-chave: uva, mudas, gestão.

INTRODUÇÃO

O município de Brusque está localizado em uma região urbano-industrial com característica de

turismo e população de alto poder aquisitivo. Apesar de sua urbanização, os espaços rurais ainda são

ocupados, alguns com fins apenas de moradia e sítios e outros, ainda com exploração econômica.

A produção de uva e seus derivados são atividades consideradas de alto valor agregado, pois as uvas

de mesa colhidas nesta região ocupam um espaço no mercado em épocas de pouca oferta, proporcionando

preços atrativos ao produtor.

A industrialização da fruta através dos processos de vinificação e de fabricação de suco, crescem

cada vez mais, principalmente devido ao turismo religioso.

O vinho e o suco produzidos de forma artesanal e sem aditivos químicos, atraem notadamente

consumidores mais exigentes, o que resulta na garantia de comercialização.

Apesar dessas características regionais, os métodos de produção ainda são muito tradicionais,

especialmente no que se refere a produção de mudas. Atualmente, as mudas são produzidas a campo, forma

utilizada que exige muita mão de obra, tempo e vulnerabilidade devido as intempéries ambientais. A

alternativa sugerida, neste trabalho, para a produção de mudas é o método de enxertia de mesa, que

proporciona maior rapidez na sua execução, menor tempo para a formação de mudas, menor interferência

climática e maior possibilidade de atender aos padrões legais (KUNH et. all, 2007).

METODOLOGIA

O método escolhido para esta pesquisa é o Estudo de Caso, que está incluso nas pesquisas qualitativas

que envolvem uma grande variedade de materiais empíricos (DENZIN e LINCOLN, 200). Este método está

inserido numa abordagem qualitativa utilizada para coleta de dados na área de estudos organizacionais.

O caso a ser estudado nesta pesquisa será uma propriedade rural situada na localidade de Ribeirão

do Salto, município de Brusque, onde a família de José Luiz Dada, cultiva um pomar de uvas com o objetivo

de atender o mercado da fruta in natura e o seu beneficiamento através da vinificação.

Vale destacar que a propriedade agrícola está localizada próxima à divisa entre os municípios de

Brusque e Nova Trento, entre as comunidades de Ribeirão do Salto e Vígolo, respectivamente. Essa

localização é privilegiada pois é um caminho de acesso ao Santuário de Santa Paulina.

As informações foram fornecidas pela própria família Dada, através de planilhas previamente

elaboradas para coletá-las. Durante o período de realização da pesquisa, que compreendeu entre os meses de

julho de 2013 e dezembro de 2014 foram realizadas visitas periódicas ao local de estudo com o objetivo de

acompanhar a implantação e analisar juntamente com a família Dada as informações coletadas.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES

A produção de mudas é realizada através de um processo denominado de “enxertia de mesa”, que

consiste da união de uma variedade de porta enxerto com uma variedade de copa (produção). Esse

procedimento é realizado no inverno e, em seguida, acondicionadas em copos plásticos em um canteiro

protegido com plástico, conforme ilustrado na figura.

Figura 1 – Canteiros de produção de mudas

Fonte: Autor

A quantidade inicial de mudas foi de 1.000 (mil ) unidades. O resultado final após 4 meses foi de

450 mudas. Parte dessa produção foi utilizada na própria propriedade e as demais comercializadas.

O custo para produzir 450 mudas foi de R$130,00. Outros custos não contabilizados foram a mão de

obra familiar, os copos plásticos reutilizados, a terra, matéria orgânica, madeiras e demais itens encontrados

na propriedade.

O valor da muda no mercado gira em torno de R$5,00 a unidade. Com o plantio 400 mudas o Sr.

Dada não precisou desembolsar R$2.000,00 para ampliar a produção nos pomares já existentes, além disso

ele comercializou 50 mudas que somaram R$250,00, o que já superou em quase 200% o custo para a

produção das 450 mudas. Projetando uma de 1,0 hectare, o valor a ser desembolsado seria de R$ 20.000,00.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com isso percebemos que o plantio de mudas é uma atividade muito rentável e que pode ser

explorada para que os produtores possam aumentar a sua renda e garantir mudas de qualidade para seus

empreendimentos.

REFERÊNCIAS

DENZIN, Normann K.;LINCOLN, Yvonne S. (Editores) Handbook of qualitative research. (2.

Ed.). Thousand Oaks, Califórnia: Dage Publications. 2000.

KUHN, Gilmar Barcelos et.all.. Produção de mudas de videira por enxertia de mesa. Circular técnica, 74.

Bento Gonçalves , Abril 2007.

Custos: uma abordagem pratica. René Gomes Dutra. – 7.ed. – São Paulo: Atlas, 2010.

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Co-geração de energia solar fotovoltaica na Unifebe

Rafael Francisco, SCHLINDWEIN ODISI, [email protected]

Orientador: Prf. Esp. Milton Augusto Pinotti UNIFEBE – Centro Universitario de Brusque, Brusque, Santa Catarina

Resumo: A pesquisa por fontes alternativas de energia, motivada pela necessidade de novas matrizes energéticas,

tem resultado em fortes avanços tecnológicos, visando à utilização de recursos renováveis com o intuito de

proporcionar sustentabilidade e poupar recursos naturais. Insere-se nesse contexto o objetivo deste projeto, buscando

analisar de forma técnica e econômica a implantação de um parque fotovoltaico no Centro Universitário de Brusque –

Unifebe. Dessa forma, será desenvolvida, e explanada, cada etapa relacionada com o sistema fotovoltaico, desde a

energia solar fotovoltaica na atualidade, os princípios da energia solar, cuja radiação solar é o principal recurso para

este sistema, até os tipos de sistemas ou modelos para a geração da energia elétrica a partir da tecnologia fotovoltaica.

E, para este projeto, será estudado com maior profundidade o sistema conectado à rede elétrica convencional,

objetivando o dimensionamento adequado da geração fotovoltaica para alimentação de cargas específicas a serem

elencadas.

Palavras-chave: Sustentabilidade. Sistemas Fotovoltaico. Fonte Alternativa de Energia.

INTRODUÇÃO

As pesquisas por fontes alternativas de energia, haja vista a preocupação ambiental e a escassez

energética têm merecido destaque atualmente. Inserida nesse contexto está a justificativa desta pesquisa, com

foco específico na utilização da energia solar para geração da eletricidade.

Segundo Tiradentes (2007), quanto maior for a utilização de energia elétrica utilizando placas

solares, maior será a preservação do meio ambiente; as pessoas que utilizam a energia elétrica de origem

fotovoltaica estão evitando o consumo de combustíveis fósseis. Igualmente, numa análise mais avançada,

estão contribuindo para a diminuição da necessidade de alagamentos provocados por usinas hidroelétricas.

De acordo com Ghensev (2006) observa-se os crescentes avanços em fontes alternativas e soluções

para o meio ambiente. Com isso, os sistemas fotovoltaicos consolidam-se cada vez mais, no mercado atual,

cuja função principal é a conversão da energia solar em eletricidade de forma limpa e sustentável. A

exploração intensa das reservas esgotáveis de combustíveis fósseis, e os danos causados ao meio ambiente,

apresentam um cenário preocupante para o próximo século, justificando a busca por fontes alternativas de

geração de energia elétrica.

A incessante busca por fontes alternativas de energia elétrica foca, sobremaneira, em fontes

renováveis e não poluentes, tais como: a solar e a eólica. Nesse particular, vários países investem nas

aplicações da energia solar, analisando desde as características do fluxo de radiação solar, que incide sobre a

superfície da terra, até a tecnologia necessária para viabilizar sua utilização em termos técnicos e

econômicos.

O Brasil também busca soluções para o futuro, elaborando projetos e estudos para avaliar a

implantação de áreas com sistemas fotovoltaicos, abrangendo vários setores, tais como: as indústrias,

residências e universidades, entre outros. Objetivam, estes estudos e projetos, deter-se conhecimento mais

profundo nesse setor e, dessa forma, agregar esta fonte de energia alternativa na matriz energética brasileira,

visando um futuro promissor, no que tange à utilização da tecnologia fotovoltaica, garantia de uma energia

limpa e renovável obtida através da conversão direta da energia solar em eletricidade.

Tem-se observado, nos últimos tempos, vários apagões em nossa rede elétrica e, uma das razões

para tais fatos, está na falta de investimento por parte do governo em infraestrutura no sistema elétrico de

potência. Motivado pela ausência de investimentos governamentais adequados, o sistema elétrico brasileiro

não consegue fazer uma transmissão e distribuição de energia elétrica mais eficiente.

Decorrente da falta de chuvas, em algumas regiões de nosso país, percebe-se que o nível das

barragens, que sustentam as usinas hidrelétricas, está abaixo do nível normal. A partir desse fato, o governo

liberou o acionamento das usinas termelétricas, resultando na elevação do custo da energia elétrica.

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A busca por alternativas de amenizar-se esse problema passa pelo incentivo na utilização de fontes

alternativas de energia elétrica, com o intuito de proporcionar uma autogeração, através de placas

fotovoltaicas e, até mesmo, em outras fontes alternativas como a eólica e biomassa.

O sistema tarifário brasileiro divide o setor consumidor de energia elétrica em dois grupos

distintos: A e B. No grupo A estão inclusas as instalações em alta tensão representadas pelas indústrias, e no

grupo B tem-se as instalações em baixa tensão, enquadradas nele as residências. As empresas enquadradas

no grupo A avaliam, em relação aos custos da energia elétrica, a utilização da energia fornecida pela

concessionária nos horários fora de ponta e horário de ponta, visto que, no horário de ponta (das 19h às 22h),

é cobrada uma porcentagem a mais pelo kWh consumido nesse horário. Muitas empresas optam pelo uso de

grupos de geradores, no horário de ponta, reduzindo, assim, o consumo de energia elétrica da rede

convencional, diminuindo o custo pago pela energia elétrica no horário de ponta.

Valendo-se das premissas citadas propõe-se desenvolver um projeto voltado para a geração de

energia elétrica alternativa, destacando a construção de um parque fotovoltaico na UNIFEBE, aliado à

análise de viabilidade técnica e econômica da instalação. Este projeto, tendo sido executado, terá a função de

produzir eletricidade para suprir a instalação de uma quantidade de carga específica disponíveis na

UNIFEBE.

Agregando valor a esses aspectos há o fato da possibilidade de criação de um ambiente de pesquisa

para os acadêmicos da instituição, propiciando unir teoria e prática no que tange ao aprendizado do

dimensionamento de projetos fotovoltaicos, e da conscientização ambiental quanto à sua sustentabilidade.

A instalação de um parque gerador de energia elétrica, a partir de fontes renováveis se coaduna

com o pensamento ambiental, pois é importante ter a consciência no desenvolvimento tecnológico,

abrangendo métodos de maximização dos recursos naturais renováveis. Igualmente, preservar o meio

ambiente é uma forma de valorizar o ser humano em todos os aspectos, desenvolvendo condição para a

qualidade de vida.

METODOLOGIA

Subdividiu-se, este projeto, em quatro fases: (1) Teórica (2) Pesquisa descritiva, (3) Pesquisa

quantitativa e (4) Pesquisa qualitativa. A fase teórica (1) serviu para embasamento teórico apoiada na revisão

bibliográfica. A Pesquisa descritiva (2) focou no levantamento de informações relativas a dados práticos de

dimensionamento do sistema fotovoltaico, tendo a finalidade de desenvolvimento do projeto e indicação de

sustentabilidade dele. A Pesquisa quantitativa (3) levantou o consumo de energia elétrica nas instalações da

UNIFEBE possibilitando, com esses dados, calcular-se a quantidade de componentes para este projeto.

Finalizando, a Pesquisa qualitativa (4) teve como função definir a parte estrutural, e funcional do projeto,

destacando as estruturas para fixação dos módulos fotovoltaicos e o sistema completo funcionando integrado

à rede elétrica convencional.

Visando à continuidade no projeto serão apresentados os procedimentos para o levantamento do

consumo com dados de radiação solar obtido por meio do programa RADIASOL1. Da mesma forma, a fim

de proporcionar o dimensionamento do sistema fotovoltaico serão abordados os métodos para o cálculo de

energia produzida por módulo, dimensionamento do inversor, sistema de proteção, suportes e fixação e

escolha adequada do cabeamento. Esse dimensionamento levará em consideração o ramal com corrente

contínua e ramal em corrente alternada.

1 Aplicativo para realizar cálculos de determinação da radiação solar, para o território brasileiro, desenvolvido pelo

laboratório da Universidade do Rio Grande do Sul.

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III Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade, 1 a 3 de Junho de 2015, Brusque – SC

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os componentes que farão parte do sistema são os seguintes: painel solar, inversor central,

condutores, estruturas para fixação, quadros de distribuição e dispositivos de proteção. No entanto,

serão apresentados os gastos de cada componente e, posteriormente, será montada uma tabela para

avaliar os resultados.

COMPONENTES UNIDAD

E

CUSTO/UNIDADE (R$) CUSTO TOTAL (R$)

Painel Solar 1050 850 892.250,00

Inversor Central 1 144.000,0 144.000,00

String box 5 10.385,90 51.929,50

Estrutura fixação 50 9.550,00 477.500,00

Cabo 2,5mm² 2 35,60 71,2

Cabo 16mm² 2 874,10 1.748,20

Cabo 185mm² 2 1.997,98 3.995,95

Cabo 185mm² 2 7991,9 31.967,60

Fusíveis 5 14,00 70,00

Disjuntores CC 5 90,5 452,5

Disjuntores CC geral 1 250,5 250,5

Disjuntor CA 1 260,5 260,5

DPS CC 5 150,0 750,00

Haste aterramento 5 21,20 106,00

Quadro de distribuição 2 105 210

Total 1.605.561,95

Tabela1: Custo com os componentes do sistema.

Fonte: Autor

5.3.3 Análise do retorno do investimento

Com o objetivo de fazer uma análise do retorno do investimento, em que será calculado o

tempo que o parque fotovoltaico projetado supre o valor gasto para a implantação.

Para fazer o cálculo foram levantadas as seguintes informações: a energia que a UNIFEBE

deixará de pagar para concessionárias e o valor investido com a implantação do parque fotovoltaico.

Dessa forma, o período de retorno (PR) a ser apresentado é dado pela equação 1.

PR= (1)

Neste caso, temos o seguinte resultado.

Para uma tarifa de R$: 0,23 o retorno do investimento fica assim.

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III Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade, 1 a 3 de Junho de 2015, Brusque – SC

PR=

Com o resultado expresso acima se verificou que, o investimento se paga durante a vida útil

do parque fotovoltaico, e os componentes têm sua vida útil em média de 25 anos.

Para uma tarifa de 0,37

Portanto ao observar o resultado obtido por utilizar a tarifa no horário de ponta, demonstrou

que o tempo de retorno do investimento diminuiu significativamente, porem a tarifa que será paga para

a UNIFEBE ao produzir a energia do parque fotovoltaico será a concessionária que aprova.

Porém, o tempo de retorno ainda é relativamente alto, e uma forma de solucionar esse

agravante é a busca de incentivos por parte do governo, visto que ele deveria dar mais atenção a esse

meio de produzir energia, pois é um recurso renovável e não poluente.

Para titulo de curiosidade temos o valor gasto em óleo diesel com o gerador da instituição

demonstrado na tabela 1, correspondente a uma media de 4500 litros, totalizando um investimento de

11250 (onze mil e duzentos e cinquenta reais), gasto mensalmente, analisando essa abordagem e visto

que serão economizados 74. 870,74 (Setenta e quatro mil e oitocentos e setenta reais e setenta e quatro

centavos por ano). No entanto a UNIFEBE praticamente deixara de pagar o óleo diesel por ter

instalado o parque fotovoltaico

Fazendo uma análise dos resultados em que foi desenvolvida e avaliada a aplicabilidade

técnica e econômica de um parque fotovoltaico na UNIFEBE, cujo princípio é a união entre o

desenvolvimento técnico referente aos cálculos apresentados no decorrer do trabalho, e também uma

abordagem voltada para a sustentabilidade de certa forma atribuindo valores para a natureza,

porquanto é utilizado como recurso para produção da energia elétrica a própria luz solar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como resultado, com a implantação do parque fotovoltaico a UNIFEBE deixará de

pagar por ano, um valor equivalente de 74.870,74 (Setenta e quatro mil e oitocentos e setenta

reais e setenta e quatro centavos). E ainda está proporcionando um incentivo à utilização

dessa tecnologia.

O Brasil apresenta condições favoráveis ao aproveitamento desse tipo de produção

de energia, não apenas por sua localização, mas também pela grande disponibilidade de

recursos naturais e territoriais, e pelas características do seu sistema elétrico, o que ajudaria na

redução dos elevados custos de transmissão e distribuição por trazer a geração próxima ao

consumidor final.

Para completar o projeto e possíveis estudos futuros é interessante que o

estacionamento solar também sirva para carregamento de bateria de carro elétrico, que no

futuro estarão presentes em larga escala no mercado, e ao estacionar terá um adaptador e,

consequentemente, o respectivo carregamento.

REFERÊNCIAS

GHENSEV, Almir. Materiais e processo de fabricação de células fotovoltaicas. 2006. 154f. Monografia (Pós-

graduação Latu Sensu em Fontes Alternativas de Energia) - Departamento de Pesquisa, da Universidade Federal

de Lavras, Minas Gerais, 2006.

TIRADENTES, Rodriges Antonio A. Uso da energia solar para geração de eletricidade e para aquecimento

de aguá. 2006. 54f. Monografia (Pós-graduação Latu Sensu em Fontes Alternativas de Energia, especialização

em Energia Solar) - Departamento de Pesquisa, da Universidade Federal de Lavras Lavras, Minas gerais, 2006

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1

O MÉTODO DE CASO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR COMO

TECNOLOGIA SOCIAL DIFERENCIAL NO PROCESSO ENSINO-

APRENDIZADO PÓS-MODERNO

RAUL OTTO LAUX

[email protected]

Resumo: Este resumo aborda a estrutura básica metodológica proposta para uma investigação sobre o Método

de Estudo de Caso como alternativa positiva aos modelos didático-pedagógicos tradicionais praticados na

Universidade. Pretende-se imprimir um processo analítico comparativo entre esses dois métodos, destacando-se

os benefícios trazidos pelo método proposto por Langdell, no tocante aos quesitos de dinamicidade, maior

participação do aluno no processo de ensino x aprendizado, maior comprometimento deste, mediante a

simulação próxima do ambiente prático das disciplinas. Para a concretização do experimento, sugere-se a

implantação da proposta junto a dois conjuntos de alunos, cada um composto por um grupo de experimentação

do método proposto e outro grupo de controle com o método tradicional. Definiu-se um estudo de corte

longitudinal, experimental, iniciado em março de 2015 e que se estenderá até final do ano letivo de 2016,

encerrando a experiência. Os resultados esperados apontam para vértices inovadores, como: maior dinamismo

em sala de aula, melhores níveis de absorção do conhecimento abordado por seu lado prático, maior índice de

participação do alunado na dinâmica de aula, melhor compreensão e assimilação dos conceitos básicos das

temáticas abordadas, incremento e validação da experiência como fonte dos saberes, equilíbrio e balanço dos

grupos discentes em termos de aproveitamento do processo ensino x aprendizado. Por outro ângulo, a réplica

continuada da metodologia em foco redundará na fixação do método do caso como eixo principal de apreensão

do conhecimento teórico-prático nas futuras gerações de alunos, até firmar-se como dinâmica principal

educativa.

Palavras-chave: Método de caso, didática, pedagogia, inovação.

INTRODUÇÃO

A Educação Superior, se observada comparativamente através de três marcos referenciais

temporais – 1960, 1980 e 1995 –, tem exposto uma tendência clara em dois aspectos

destacáveis, em nível mundial: o crescimento da matrícula e a diversificação das opções

educativas. No tocante ao crescimento da matrícula, um acelerado impulso deu-se a partir da

década de 1960, alçando de treze milhões de estudantes nesse período, a oitenta e dois

milhões em 1995, já com as perspectivas fundamentadas de alcançar os oitenta e cinco

milhões em 20001, índice que vem crescendo em taxas respeitáveis. Já no tocante à

diversificação das opções educativas, diversos movimentos transnacionais têm se

multiplicado no esforço ao atendimento deste quesito, nomeadamente no que concerne ao

valor da diversificação como promotora da equidade social, objetivo que vem sendo

alcançado através das universidades tecnológicas, das políticas de inclusão de estratos sociais

desprivilegiados ao terceiro grau, da ampliação participativa do alunato feminino na

Universidade, dentre outras políticas educativas2.

Com efeito, dito processo tem perseguido o escopo de reconstruir a Universidade a fim de

adequá-la às mudanças de uma sociedade até então eminentemente monocultural, para atender

aos novos desafios de uma nova sociedade em formação, cujas características mais marcantes

são a multicultura, a multiétnica e a multilinguística, “consequência de um aumento dos

1 Asociación Nacional de Universidades e Instituciones de Educación Superior – ANUIES. La educación

superior en el siglo XXI. Líneas estratégicas de desarrollo. México, DF: ANUIES, 2000. 2 Flores-Crespo P, Pastor JCB. El programa de apoyo a estudiantes indígenas: ¿Nivelar académico o impulsor de

la interculturalidad? México, DF: ANUIES, 2006.

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2

processos migratórios ante a queda da natalidade e a dificuldade para cobrir determinados

postos de trabalho nos países desenvolvidos”3.

Parece acertado acrescer que, a este processo de mudanças, deva associar-se também uma

renovação metodológica condizente com as novas demandas do mercado de acadêmicos

egressos. Já não basta que o objetivo da pesquisa seja algo individual, mas sim que se

transforme em algo coletivo, mais apropriado ao modelo profissional. Neste sentido, entende-

se que a “especialização e a profissionalização é a consequência necessária de esta nova

situação, o que entra em contradição com o caráter unitário e totalizador da ciência”4. Noutras

palavras, exige-se das universidades que, sob esse novo enfoque, assumam o papel de

verdadeiros e efetivos centros profissionais provedores de conhecimentos teóricos e práticos

úteis para o exercício das profissões.

A temática proposta se justifica, assim, em razão da sua capacidade de atualização das

abordagens tradicionais sobre a relação metodológica do binômio ‘ensino-aprendizado’,

exigindo-se privilegiar com maior ênfase a prática por sobre a teoria, embora sem descuidar

desta, mas, pelo contrário, associando-as intimamente a fim de que se desenvolvam e

aprimorem pari passu. Mediante esta estratégia, a mera teoria repetitiva de conceitos,

fórmulas e premissas já desgastadas pelo tempo, passa a dar lugar à aplicação prática desses

elementos, invertendo a equação educativo-formadora. Noutros termos, inicia-se pela prática

para compreender a teoria. É, em suma, a tão festejada metodologia do Estudo de Caso ou

Método do Caso, proposto por Langdell da Universidade de Harvard (USA), nos idos de

18705.

O objetivo deste estudo reside, assim, na investigação das variáveis que compõem o

Método do Caso, de Langdell, com vistas à ampliação da sua aplicabilidade prática em todas

as áreas do conhecimento, a fim de sedimentar a relação fundamental e intrínseca existente

entre teoria e prática, no sentido lato de complementação em dupla via de interferência. Em

adição, propõe-se que se acresça a esta análise bidimensional, o Método dos Problemas como

ferramenta de extensão da aplicabilidade prática a qualquer área do saber.

METODOLOGIA O estudo de caso “é uma investigação empírica que [a] investiga um fenômeno

contemporâneo (o caso) em profundidade e em seu contexto de mundo real”; [b] fazendo-o

quando “os limites entre o fenômeno e o contexto puderem não ser claramente evidentes”6.

O estudo em foco é parte integrante de uma análise mais ampla e aprofundada, de corte

longitudinal (suvey longitudinal, que permite investigar a evolução ou transformação de

determinadas variáveis em determinado espaço de tempo), iniciada no passado mês de janeiro

do corrente ano, cuja extensão deverá alcançar o mês de julho de 2016, completando o lapso

temporal definido para alcançar o objetivo pretendido. O referido período foi

convenientemente dividido em três etapas: (1ª) leitura, análise e interpretação das principais

fontes – nacionais e forâneas – referenciais sobre o tema, compilação de fundamentos práticos

e ilustrativos, e desenho do projeto operacional; (2ª) definição da amostragem, que estará

composta por dois grupos: [a] uma amostra de participantes que validarão o experimento

(quantitativa e qualitativamente representativa da clientela-alvo do curso a ser avaliado), e [b]

3 Sallán JG. La cultura institucional y la universidad. In: Folch MTF, coordenador. Reconstruir la universidad a

través del cambio cultural. Barcelona: Universitat Autònoma de Barcelona, 2007, p. 13-49. 4 Salguero M. La tarea crítica de la filosofía jurídica en el espacio académico de la Facultad de Derecho. In: Resa

JDR, editor. Política, Economía y Método en la investigación y aprendizaje del Derecho. Madrid: Editorial

Dykinson, 2014, p. 169-282. 5 Langdell apud Martinez VS. Para una didáctica del Derecho. Con especiales referencias al Derecho Mercantil.

Murcia: Universidad Murcia, 1978. 6 Yin RK. Estudo de Caso. Planejamento e Métodos. 5 ed. Porto Alegre: Bookman Editora, 2014, p. 17.

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3

um grupo-controle sem treinamento7. O tipo do estudo é participativo-experimental, i.e., “o

pesquisador pode manipular tratamentos para fazer com que aconteçam certas coisas (p.ex.,

pode-se estabelecer uma situação de causa-efeito)”8. Em outros termos, o pesquisador pode

controlar todos os fatores a exceção da variável experimental, a qual, neste específico caso,

reside na aplicação do método de caso, em contraposição ao método tradicional teórico. As

variáveis propostas à mensuração são, a priori: (i) níveis de compreensão de problemas; (ii)

níveis de assimilação de problemas; (iii) níveis de solução de problemas.

No caso específico do estudo em foco, a amostragem está representada por quatro grupos

de alunos – dois para a área administrativa ou de marketing, e dois para a área do Direito –,

sendo, para cada par de grupos, um destinado à aplicação da metodologia de caso e o outro

para controle mediante os métodos tradicionais de ensino/aprendizado. Em termos orientação

epistemológica, o estudo em questão pode então ser classificado de realista.

Por fim, é no tratamento estatístico que reside um dos principais óbices à metodologia do

estudo de caso. Neste sentido, é fundamental que se aclare que os estudos de caso (tal como

os experimentos) só “são generalizáveis às proposições teóricas e não às populações ou

universos”9. Noutros termos, não se trata de representar “uma amostragem, mas sim de

expandir e generalizar teorias (generalização analítica) e não inferir probabilidades

(generalização estatística)”10.

RESULTADOS ESPERADOS

Preliminarmente, diga-se que os estudos de caso tendem a ser mais honestos e claros em

razão de não se esconderem por trás de abstrações estatísticas, sejam de segunda ou terceira

ordem, fatores que lhes imprimem características de uma ferramenta poderosíssima,

principalmente para investigações naturalistas da aula e dos currículos11.

A fim de poder acompanhar a investigação proposto sem perder de vista dados cruciais às

conclusões analíticas do estudo, elaborou-se uma Matriz de diário cronológico, com base no

modelo proposto por McKernan12, cujo formato se constitui na documentação da própria aula

através dos seus históricos de casos (intenções, resultados, efeitos secundários não

antecipados, objetivos alcançados), com o escopo de destacar o efeito frente aos objetivos, o

conteúdo e os métodos docentes, conforme se observa na Ilustração 1.

7 Com base nos estudos de: Rodrigues Jr. JF. Taxonomias de objetivos em TD&E. In: Treinamento,

desenvolvimento e educação em organizações e trabalho [recurso eletrônico]: fundamentos para a gestão de

pessoas. Borges-Andrade JE, Abbad GS, Mourão L; Coelho ACF et al., colaboradores. Porto Alegre: Artmed,

2007, p. 289-321. 8 Thomas JR, Nelson JK, Silverman SJ. Métodos de pesquisa em atividade física. 6 edição. Porto Alegre:

Artmed, 2011, p. 41. 9 Yin RK (op.cit.), p. 22. 10 Ibidem. 11 McKernan J. Investigación-acción y curriculum. 2 ed. Madrid: Ediciones Morata, 2001. 12 Ibidem, p. 106.

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4

Esta matriz de registros, em suma, se presta ao apontamento de ações (metas, intenções),

que geram transações entre professor e alunos, cujas respostas se constituem em resultados no

processo de ensino x aprendizado. Assim, deste processo surgirão apenas duas notas dos seus

efeitos: elementos frustrantes (negativos) e elementos acertados (positivos). O registro

rotineiro do professor ao final da sua aula (ou no primeiro momento útil posterior e

disponível) lhe permitirá acompanhar em tempo real o desenvolvimento da sua investigação,

tornando factível a correção de rota em suas estratégias. Ao final do período investigativo, o

conjunto de registros cronológicos permitirá elaborar o relatório final dos resultados da

experiência, acrescido das considerações finais sobre o projeto.

A título de previsão dos resultados esperados do projeto ora proposto, registre-se que, se

este estiver em consonância com a teoria existente e os estudos de caso a respeito, tais

resultados indicarão que o método de estudo de caso, quando em confronto com o método

didático tradicional em exercício, mostrar-se-á mais dinâmico, mais participativo e com

índices melhores de assimilação e de compreensão por parte do corpo discente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo de caso, na prática, nada mais é que um instrumento de largo alcance que

propicia ao acadêmico servir-se dele em substituição à experiência prática ao simular um

contexto que estimula o aprendizado (aprendizado ativo) através da sua participação mais

atuante sobre o binômio ensino x aprendizado, visto que, contrariamente ao que ditam as

metodologias tradicionais (transferência de informação unidirecional), o referido método

privilegia a pluralidade participativa (docente x alunos x docente). A fixação do

conhecimento, seguindo-se esta dinâmica, sobrevaloriza e incentiva ao desenvolvimento de

certas capacidades que soem permanecer apenas latentes no aluno.

REFERÊNCIAS

Asociación Nacional de Universidades e Instituciones de Educación Superior – ANUIES. La

educación superior em el siglo XXI. Líneas estratégicas de desarrollo. México, DF: ANUIES;

2000.

Flores-Crespo P, Pastor JCB. El programa de apoyo a estudiantes indígenas: ¿Nivelar

académico o impulsor de la interculturalidad? México, DF: ANUIES; 2006.

Langdell apud Martinez VS. Para una didáctica del Derecho. Con especiales referencias al

Derecho Mercantil. Murcia: Universidad Murcia; 1978.

McKernan J. Investigación-acción y curriculum. 2 ed. Madrid: Ediciones Morata. 2001.

Salguero M. La tarea crítica de la filosofía jurídica en el espacio académico de la Facultad de

Derecho. In: Resa JDR, editor. Política, Economía y Método en la investigación y aprendizaje

del Derecho. Madrid: Editorial Dykinson; 2014.

Rodrigues Jr. JF. Taxonomias de objetivos em TD&E. In: Treinamento, desenvolvimento e

educação em organizações e trabalho [recurso eletrônico]: fundamentos para a gestão de

pessoas. Borges-Andrade JE, Abbad GS, Mourão L; Coelho ACF et al., colaboradores. Porto

Alegre: Artmed; 2007.

Sallán JG. La cultura institucional y la universidad. In: Folch MTF, coordenador. Reconstruir

la universidad a través del cambio cultural. Barcelona: Universitat Autònoma de Barcelona;

2007.

Thomas JR, Nelson JK, Silverman SJ. Métodos de pesquisa em atividade física. 6 edição.

Porto Alegre: Artmed; 2011.

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5

Yin RK. Estudo de Caso. Planejamento e Métodos. 5 ed. Porto Alegre: Bookman Editora;

2014

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SISTEMA DE GERENCIAMENTO DO SETOR MANUTENÇÃO DE

GRAMPEAÇÃO BASEADO EM INDICADORES DE DESEMPENHO

Rafael, Russi, [email protected]¹

André, Luis Almeida Bastos, [email protected] Unifebe, Brusque, Santa Catarina

Resumo: A diferenciação das empresas perante as concorrentes no quesito gestão do setor produtivo tornou-se um

aspecto muito importante na estratégia das empresas, podendo interferir diretamente no desenvolvimento da

empresa. Este artigo tem como objetivo mostrar ao leitor como pode ser útil a utilização de indicadores de

desempenho, que estes têm como uma das suas características, a obtenção de dados para assim auxiliar nos pontos

corretos a serem melhorados. Este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica, seguida de um estudo

exploratório, tendo em vista descrever a aplicação da ferramenta em uma empresa. Para a aplicação desta

ferramenta foi necessário o uso de formulários de registro, onde os colaboradores da manutenção preencheram os

formulários conforme as paradas das maquinas e a hora da liberação para produção .Esta ferramenta encontra-se

aplicada no setor de manutenção de zíperes, a fim de levantar dados relacionados a ociosidades das máquinas por

manutenção corretiva, assim, se necessário definir uma ação para melhora do setor.

Palavras-chaves: Indicadores de desempenho, manutenção, zíperes.

INTRODUÇÃO

A diferenciação das empresas perante as concorrentes no quesito gestão do setor produtivo tornou-se um

aspecto muito importante na estratégia das empresas, podendo interferir diretamente no desenvolvimento

da empresa.

Indicadores de desempenho como base para gerenciamento do setor produtivo de acordo com Kaplan e

Norton (1997apudOliveiraatall, 2013) são de extrema importância para eficiência de um gerenciamento,

auxiliando na tomada de decisões e contribuindo com a eficiência e a produtividade.

Os indicadores de desempenho mostram as deficiências do setor produtivo, auxiliando na identificação

dos pontos corretos a serem melhorados. Com base nos indicadores obtidos as ações devem ser efetuadas

e feitas constantemente o acompanhamento dos indicadores através de novas medições, onde mostrara os

efeitos da ação efetuada.

METODOLOGIA

Este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica, seguida de um estudo exploratório, tendo

em vista descrever a aplicação da ferramenta em uma empresa.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

KPI é a sigla para o termo em inglês Key Performance Indicator, que significa indicador chave de

desempenho. Esse indicador é utilizado para medir o desempenho dos processos de uma empresa, e com

essas informações colaborar para que alcance seus objetivos. Conceituam-se indicador como parâmetros

representativos dos processos que permitem quantificá-los.

Segundo Mitchell, (2004 apud Lucida at all, 2008), um indicador é uma ferramenta que permite a

obtenção de informações sobre uma dada realidade, tendo como característica principal a de poder

sintetizar diversas informações, retendo apenas o significado essencial dos aspectos analisado.

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Os indicadores de desempenho são dados obtidos através de medições do desempenho, cujos dados são

necessários para comparação dos objetivos desejados com o cenário atual.

De acordo com Ghalayini e Noble, (1996), a evolução da medição de desempenho pode ser dividida em

duas grandes fases. A primeira começou em 1880 e durou até o início de 1980, sendo caracterizada pela

ênfase em medidas de desempenho financeiras e de produtividade. A segunda fase, que teve início no fim

da década de 1980 e segue até os dias de hoje, destaca a necessidade de medidas de desempenho

balanceadas (medidas financeiras e não financeiras, além das de produtividade) e integradas para suportar

as novas condições operacionais internas e externas da maioria das empresas. Para complementar Neely e

Austin (2000) citam que a segunda fase ainda pode ser divida em duas partes, a primeira reconhecida pelo

fato das organizações medirem as coisas erradas, não sabendo o que realmente deveriam medir para obter

as informações desejadas. Já a segunda fase se caracteriza pela obsessão por medição, onde as empresas

desejam medir tudo.

Em Kaydos (1991, apud Vasconcelos, 2006) o autor apresenta as seguintes vantagens da medição de

desempenho:

Comunicar a estratégia e clarear valores; Identificar problemas e oportunidades; Diagnosticar problemas;

Entender o processo; Definir responsabilidades; Melhorar o controle e planejamento; Identificar onde e

quando a ação é necessária; Guiar e mudar comportamentos; Tornar o trabalho realizado visível;

Favorecer o envolvimento das pessoas; Servir de base para um sistema de remuneração; Tornar mais fácil

o processo de delegação e responsabilidade.

Segundo Neely, (1998), um sistema de medição de desempenho permite que as decisões e ações sejam

tomadas com base em informações porque ele quantifica a eficiência e a eficácia das ações passadas por

meio da coleta, exame, classificação, análise, interpretação e disseminação dos dados adequados.

As ações das empresas são efetuadas através dos dados obtidos com as medições realizadas. As estratégias

e decisões das organizações dão-se através dos indicadores de desempenhos, pois estes mostrarão os

pontos exatos a serem melhorados.

Esta ferramenta encontra-se aplicada em uma empresa de Zíperes, que foi fundada em 1987 na cidade de

Brusque - SC, é uma empresa que produz e comercializa linhas, fios e zíperes. Hoje, há mais de 25 anos

no mercado conta atualmente com uma infraestrutura de 55.000m2, com aproximadamente 750

colaboradores, dividida em suas três unidades fabris: Linhas e Fios, Zíperes e Tinturaria.

Está aplicada especificamente no setor grampeação de zíper, cujo processo neste setor tem por objetivo

aplicar os dentes metálicos no cadarço. Esta aplicação é dada através de uma máquina estampadeira,

alimentada por um rolo de arame, podendo este arame ser alumínio, dourado ou niquelado, de espessura

media ou grossa, conforme a necessidade do cliente. A manutenção atua neste setor com manutenção

corretiva, onde o processo funciona com o acionamento da líder de produção para manutenção, a execução

do trabalho é efetuada e assim feita a liberação para líder de produção.

Para a aplicação desta ferramenta foi necessário o uso de formulários de registro, onde os colaboradores

da manutenção preencheram os formulários conforme as paradas das maquinas e a hora da liberação para

produção. Com esses dados obtidos criou-se indicadores que mostraram o tempo de maquinas paradas

para manutenção corretiva durante o turno de trabalho. Através destes indicadores obtiveram-se

informações do atual momento que se encontrava o setor de manutenção da grampeação.

Com esses indicadores o gerente de manutenção, pode analisar o tempo de manutenção corretiva,

conforme o objetivo da empresa, a leitura desse indicador apontou um excesso de tempo de maquinas

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paradas para manutenção, onde somadas passavam de 8 horas por turno de maquinas paradas devido a

manutenção corretiva.

Com o auxilio do indicador de desempenho foi efetuado um plano de ação para diminuir o tempo de

máquinas paradas, assim chegando ao objetivo da empresa, aumentando o tempo efetivo de

funcionamento das maquinas, consequentemente aumentando a eficiência da produção.

A principal dificuldade para a aplicação desta ferramenta foi a restrição dos colaboradores, o método de

anotações dos dados gerou certo desconforto para manutenção, pois não era algo que se aplicava na rotina

anteriormente.

Alguns outros indicadores utilizados na manutenção do setor de grampeação são: indicadores de

durabilidade de ferramentas de estampagem, indicadores de eficiência na manutenção, indicadores de

saídas de peças para manutenção.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os indicadores de desempenho são utilizados nas empresas para saber como se encontra determinado

processo ou setor. O indicador auxilia na identificação dos pontos a serem melhorados e nas tomadas de

decisões. Desta maneira pode-se obter dados para analisar a situação da manutenção, em especifico a

ociosidade das maquinas devido a manutenção corretiva e assim se necessário definir uma ação para

melhora do setor.

REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

Jailson Ribeiro de Oliveira [email protected] UFPB Samuel Gomes da Silva Junior

[email protected] UFPB Jerusa Cristina Guimarães de Medeiros [email protected] UFPB

Leandro Oliveira da Luz Lima [email protected] UFPB André Luiz Santos de Araújo

[email protected] UFPB - MEDIÇÃO DE DESEMPENHO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO

AGRÍCOLA COMO FATOR DE ALAVANCAGEM DA PRODUTIVIDADE NA AGRICULTURA

FAMILIAR

Lucila Maria de Souza Campos; Daiane Aparecida de Melo - Indicadores de desempenho dos Sistemas

de Gestão Ambiental (SGA): uma pesquisa teórica – disponivel em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65132008000300010 acessado:

30/04/2015

Ghalayini, A. M. & Noble, J.S. - The changing basis of performance measurement. International

Journal of Operations & Production Management 16(8), pp 63-80, 1996.

NEELY, A. - Measuring business performance. London: The Economist Books, 1998.

Gustavo Zumel Santos Vasconcelos – Balanced Scorecard: fatores relevantes da sua implantação na

diretoria de mercado de capitais do banco do Brasil – disponível em:

http://repositorio.ufrn.br:8080/jspui/bitstream/123456789/14863/1/GustavoZSV.pdf acesado em:

30/04/2015

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ANÁLISE DA APLICAÇÃO DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR

EM UM SISTEMA PRODUTIVO ETO Vitor, MAZZOCHI AGUIAR , [email protected]

André, LUIS ALMEIDA BASTOS, [email protected]

Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, Santa Catarina.

Resumo: Este artigo tem como objetivo apresentar uma análise sobre a aplicação do Mapeamento do Fluxo de

Valor(MFV) em um sistema de produção distinto daquele no qual os conceitos e técnicas da Manufatura Enxuta foram

desenvolvidos. Por meio de um estudo de caso realizado em uma fábrica de bombas, que opera em sistema produtivo

ETO (Engeneer to order), ou seja, na qual seus produtos são fabricados apenas mediante pedido e especificidades do

cliente, foi possível verificar que o MFV aplica-se a qualquer tipo de sistema produtivo e promove uma visão do fluxo

capaz de evidenciar desperdícios e gerar excelentes melhorias.

Palavras-chave: Mapeamento do fluxo de valor, Manufatura Enxuta, ETO.

INTRODUÇÃO

A Manufatura Enxuta surgiu no Japão, na década de 1970, logo após a 2ª guerra mundial. Neste

período o Japão enfrentou desafios desanimadores em termos financeiros, tecnológicos e nas

relações trabalhistas. Neste cenário concluiu-se que a produção em massa não funcionava no Japão.

Eiji Toyoda e seu engenheiro Taiichi Ohno criaram então um sistema de produção revolucionário

que levou o país, a tornar-se uma das maiores potências industriais do mundo, a Manufatura Enxuta

(DENNIS, 2008).

As empresas brasileiras enfrentam problemas semelhantes aos enfrentados pela Toyota há cinco

décadas, por isso a Manufatura Enxuta é hoje mais relevante do que nunca. No entanto este sistema

é baseado em um modelo de manufatura em massa, ou seja, uma produção repetitiva, seriada e

padronizada. Atualmente, empresas que operam com um sistema produtivo ETO, no qual projeto e

fabricação são feitos mediante pedido e especificidades do cliente, o que implica em alta

variabilidade de fluxos e incapacidade em obter previsões de demanda, também buscam implantar a

Manufatura Enxuta. Para tanto, deseja-se verificar através de um estudo de caso, como uma

empresa que opera dentro destas características, conseguiu aplicar o MFV que é uma ferramenta

proveniente da Manufatura Enxuta, e que resultados foram obtidos.

METODOLOGIA

Neste trabalho utilizou-se o método do estudo de caso. Foram realizadas visitas á fábrica para

verificação das melhorias, registro de imagens e análise da documentação relativa à aplicação do

Mapeamento do Fluxo de Valor.

A pesquisa caracteriza-se como aplicada, uma vez que estuda formas de adaptar ferramentas

enxutas a um caso real. Quantitativa e descritiva, com base na análise, solução e qualificação dos

resultados obtidos durante a aplicação do MFV na empresa estudada.

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II Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade, 1 a 3 de junho de 2015, Brusque – SC

RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com Rother e Shook (2003), o primeiro passo ao iniciar um projeto de MFV, consiste

em definir uma família de produtos a ser mapeada. No caso específico da empresa estudada,

decidiu-se aplicar esta ferramenta com o objetivo de solucionar um problema alvo que ela

enfrentava: os atrasos nos prazos de entrega que geravam pesadíssimas multas contratuais. Para

tanto, uma amostra de 10 bombas com atrasos no prazo de entrega foi analisada e concluiu-se que

70% delas haviam atrasado devido ao fato de possuírem um componente chamado by-pass. Dado

que independente do tamanho ou modelo da bomba os by-pass passavam pelas mesmas operações,

convencionou-se que bombas com by-pass seria a família a ser mapeada.

Figura 1. Bomba com by-pass

Fonte: manual de instruções técnicas Netzsch do Brasil

Segundo Liker e Meier (2003), como em todo o projeto, no MFV é necessário eleger um gerente

do fluxo de valor, e para esta função, o staff da empresa designou o supervisor industrial, o qual se

reporta diretamente ao diretor industrial. Esta decisão foi tomada levando em conta que o gerente do

fluxo de valor deve ter o conhecimento do fluxo completo e a autonomia necessária para fazer as

mudanças acontecerem.

Após isto, foi criado um time funcional composto por pessoas que tinham maior contato com o

problema, e pessoas que poderiam trazer soluções tanto a nível estratégico, quanto á nível técnico.

Estas pessoas pertenciam aos seguintes departamentos: Coordenação de contratos, compras, PCP,

engenharia de fábrica, ferramentaria, produção e montagem.

Com o time funcional e o gerente do fluxo, já definidos, partiu-se para a etapa seguinte, que de

acordo com Rother e Shook (2003), consiste no nivelamento do conhecimento. Nesta etapa, foram

realizados treinamentos sobre ferramentas da Manufatura Enxuta, instruções sobre como elaborar

um mapa do fluxo de valor, e ao final, o problema sobre atrasos nos prazos de entrega foi exposto.

Na sequência sucedeu-se a coleta de dados, e para a execução desta etapa, Rother e Shook

(2003) sugerem que as tarefas sejam divididas entre os integrantes do time multifuncional, e que

sejam feitas, obrigatoriamente, in loco e com o uso de cronômetro. Desta forma, promoveu-se a

cada integrante, um conhecimento detalhado de todo o processo.

Com todos os dados em mãos, foi possível seguir para a próxima etapa do MFV, que de acordo

com Liker e Meier (2007), consiste na elaboração do Mapa de Estado Atual. Para isso um

voluntário, munido de uma folha A3 e lápis, desenhou-o com base nos dados fornecidos pela

equipe, e posteriormente transferiu-o para o AutoCAD. Com o Mapa de Estado Atual, foi possível

obter uma visão geral do processo e por meio disto, analisar desperdícios e prever fluxos futuros.

No mapa de estado atual, toda a equipe foi capaz de enxergar que o by-pass era um componente

crítico, pois só era possível soldá-lo após a montagem da bomba.

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II Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade, 1 a 3 de junho de 2015, Brusque – SC

Figura 2. Componentes do by-pass sendo soldados na bomba

Fonte: montagem de bombas NEMO Netzsch do Brasil

Foram realizadas algumas sessões de brainstormings com os integrantes da equipe funcional, e

no decorrer de todas elas, várias melhorias eram sugeridas, porém dentre elas, a melhoria de maior

impacto foi um dispositivo que simulava a presença dos bocais da bomba, permitindo assim, que o

by-pass pudesse ser soldado antes da montagem final da bomba. Este dispositivo modificou

completamente o fluxo de valor, não apenas solucionou o problema dos atrasos nos prazos de

entrega, mas também trouxe consigo, um acréscimo importante na capacidade.

Figura 3. Dispositivo que simula a presença dos bocais da bomba

Fonte: Engenharia de fábrica Netzsch do Brasil

Figura 4. By-pass sendo soldado no dispositivo

Fonte: montagem de bombas NEMO Netzsch do Brasil

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II Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade, 1 a 3 de junho de 2015, Brusque – SC

De acordo com Rother e Shook (2003), a penúltima etapa, é a elaboração do Mapa de Estado

Futuro, cuja função é demonstrar como ficaria o fluxo, após a aplicação de todas as melhorias

desenvolvidas ao longo do MFV. Com o Mapa de Estado Futuro ficou evidenciada uma diminuição

significativa no leadtime de fabricação do by-pass, e instantaneamente obteve-se o aval dos

diretores para que as melhorias fossem imediatamente implantadas.

Tabela 1. Legenda da Tabela

economia

59%

67,20%

Estado atual

Estado futuro

lead time de fabricação tempo de agregação de valor

30075 minutos

12318 minutos

2504 minutos

822 minutos Fonte: Projeto – Fabricação do by pass, Netzsch do Brasil.

Para concluir o projeto, Dennis (2008) sugere que seja elaborado um plano de ação, e este plano

de ação foi feito pelo gerente do fluxo de valor, no formato 5W2H.

Tabela 2. Legenda da Tabela

Fonte: Projeto – Fabricação do by pass, Netzsch do Brasil.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo de todas as etapas do MFV, foi promovida a integração de um grupo composto por

participantes de vários níveis da empresa gerando assim um senso de oportunidade, motivação e

aprendizagem.

Por apresentar uma linguagem simples, o MFV tornou as decisões sobre fluxo mais visíveis, e ao mesmo

tempo passíveis de serem discutidas entre integrantes de diferentes níveis da empresa, facilitando também, a

exposição do fluxo futuro à diretoria.

Por meio deste trabalho, conclui-se que o MFV é uma ferramenta aplicável a qualquer tipo de sistema

produtivo, pois ajuda a entender o fluxo de valor atual identificando assim desperdícios e oportunidades de

melhorias.

REFERÊNCIAS

DENNIS, P. Produção Lean Simplificada. Um guia para entender o sistema de produção mais poderoso do

mundo. Porto Alegre: Bookmann, 2008. 191p.

LIKER, J. K., MEIER, D. O Modelo Toyota: Um guia prático para a implementação dos 4PS da Toyota. Porto

Alegre : Bookman, 2007. 423p.

ROTHER, M., SHOOK, J. Aprendendo a Enxergar. Mapeando o fluxo de valor para agregar valor e eliminar

desperdício. São Paulo: Lean Institute Brasil, 2003.

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TI VERDE APLICADA À SISTEMA DE APOIO À DECISÃO

VOLTADO À MONITORAMENTO DE CHEIAS

Wagner, CORREIA, [email protected]

Pedro Sidnei, ZANCHETT, [email protected]

UNIFEBE, Brusque, Santa Catarina

Resumo: A TI (tecnologia da informação), área que tem como fim o processamento de informações e

planejamento de parques tecnológicos, assim como outras áreas, tem seu impacto ambiental questionável.

Diferente de outras situações, quando se trabalha com sustentabilidade em TI, obtém-se resultados tanto do

lado ambiental, quanto financeiramente. Para que um ambiente de TI seja altamente sustentável, deve-se

planejar o mesmo desde a parte física dos itens que o compõe como servidores, computadores, roteadores,

entre outros, e até os softwares que serão utilizados, e a forma que estes devem ser utilizados. Ao aplicar TI

verde em sistemas de apoio à decisão, independente da área que este irá atender, evita-se uma série de

desperdícios, como eliminar ou diminuir o consumo de papel, pois sistemas para este fim, fornecem muitos

relatórios ao usuário, que o induzem a imprimi-los, que através da técnica de UX (user experience) consegue-

se resolver este problema. O alto consumo de processamento e uso de recursos computacionais próprios são

outros desperdícios causados por sistemas deste fim, atualmente com tecnologias como virtualização,

encontrada na cloud computing, instituições de diferentes lugares, podem compartilhar recursos

computacionais, como servidores e equipamentos de rede, tendo uma economia financeira considerável, e

mantendo o mesmo desempenho em suas aplicações.

Palavras-chave: ti verde, monitoramento de cheias, sustentabilidade.

INTRODUÇÃO

O presente projeto tem por objetivo aplicar as técnicas de TI verde à proposta de desenvolvimento

de um sistema de informação para tomada de decisão, que trabalhe com dados hidrológicos,

fornecendo desta forma informações para uso de instituições como defesa civil, órgãos que trabalhem

com informações de bacias hidrográficas, e para fins de planejamento urbano pela engenharia civil. A

necessidade de desenvolvimento do sistema surgiu devido a uma carência em sistemas que realizem

análise e processamento de dados hidrológicos na região do Vale do Itajaí localizada no estado de

Santa Catarina, atualmente extrair informações como média de chuva e ocorrência de enchentes, são

situações nada práticas que necessitam serem feitas em ferramentas como Excel. O mesmo contará

com práticas de TI verde aplicadas, como virtualização, e técnicas que se aplicadas corretamente no

software, ajudam a se tornar mais sustentável, reduzindo por exemplo o uso de papel.

O processo de tomada de decisões com auxílio de softwares específicos, como BI (business

intelligence), uso de Data Mining e Big Data, é cada vez mais comum dentro de empresas,

principalmente nas grandes empresas. Para uso destas tecnologias, é necessário a alocação de recursos

computacionais próprios para seu perfeito funcionamento. Isto também é aplicado para os sistemas de

monitoramento de cheias, que precisam de servidores e equipamentos de redes próprios para seu

funcionamento, todos esses equipamentos geram um certo impacto ambiental, como consumo de

energia para seu resfriamento e funcionamento, que muitas vezes sua capacidade de processamento

não são totalmente utilizadas, podendo ficar durante muito tempo ociosos consumindo energia sem

necessidade.

Softwares voltados à análise de dados e apoio à decisão, possuem uma quantidade grande de

relatórios, muitos destes desenvolvidos para a impressão em papel, que mesmo tendo a opção de

visualização no monitor do computador, induzem ao usuário naquele momento imprimi-lo, pelo fato

de oferecer maior facilidade na leitura quando impresso. O simples fato de se ter o planejamento da

interface gráfica do software durante o seu desenvolvimento, já garante que determinado relatório não

seja impresso por quem esteja visualizando.

Estas situações mostradas acima, aplicam-se a sistemas de monitoramento de cheias e apoio à

decisão, pelo fato de passarem pelos mesmos problemas, por exemplo alocação de servidores, onde

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III Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade, 1 a 3 de junho de 2015, Brusque – SC

cada instituição que necessite coletar dados de níveis de chuva e cota de rio, necessitam ter seu próprio

servidor físico e muitas vezes possuem sistemas não favoráveis à leitura de informações pelo monitor

do computador ou dispositivo móvel.

METODOLOGIA

A região do Vale do Itajaí, localizada no sul do Brasil, utilizada como caso de estudo, vêm desde o

começo de sua ocupação sofrendo com enchentes regulares, que ocasiona grandes perdas e prejuízos.

Portanto, órgãos presentes na região carecem de ferramentas computacionais para estudo dos dados

coletados por suas estações de telemetria dispostas ao longo das bacias da região. Após certos

desastres ocasionados na região por grandes enchentes, a busca por medidas não estruturais passou a

ser vista como uma excelente forma para criar planos de contingência e evacuação de moradias diante

de uma situação de emergência.

“No período da última grande enchente ocorrida na bacia do Itajaí, na década de 80, houve uma

reviravolta no cenário político nacional. Devido ao forte processo de urbanização dos grandes centros

e capitais, o Brasil começava a refletir sobre o estado desgastado que se apresentavam os recursos

naturais. ” (CEOPS, 2014).

Implantou-se muitas estações de coleta de dados nas bacias da região, hoje tem-se uma quantidade

de dados alta armazenada, mas que acabam não sendo utilizados ao longo dos anos, devido a carência

de ferramentas para sua análise. Não existem ferramentas que mostram situações ocorridas no passado,

ou comportamento de níveis de chuva que indiquem possível causa de enchente através da análise dos

dados.

Com o desenvolvimento de uma solução de software voltada para a análise dos dados

hidrológicos, torna-se possível verificar em tempo real com os dados coletados quais foram as

enchentes que já ocorreram na região, qual o nível mais comum de cheia que podemos ter na cidade,

médias de chuva e cota, possíveis enchentes que podem ocorrer e muitas outras informações. Torna-se

possível obter estas informações em tempo ágil e com baixo consumo de processamento, devido

algumas técnicas utilizadas em computação para tal situação, como o uso do data warehouse que

realiza um pré-processamento dos dados a serem analisados.

Uma solução como esta pode muito bem ser oferecida como serviço, pelo modelo SaaS (Software

as a service), através do uso de cloud computing (computação nas nuvens). A cloud computing,

consiste no compartilhamento de recursos computacionais localizados em um datacenter, ou seja, um

fornecedor especializado no segmento. Todos os equipamentos como servidores e dispositivos de

redes localizados em um datacenter são compartilhados entre seus clientes, e isolados através de

tecnologia de virtualização, assim sempre que um cliente não estiver utilizando todo o processamento

que foi destinado a ele, outro cliente utilizará esse processamento para si, evitando desta forma que os

servidores fiquem ociosos.

“Uma das principais alternativas hoje é o conceito de Virtualização de Servidores, uma saída

encontrada para otimizar espaço físico e custos de TI dentro das empresas. Com essa tecnologia

colocam-se diversas aplicações dentro de um servidor único, aumentando a eficiência operacional,

reduzindo custos com ativos de infraestrutura, mão-de-obra especializada, licenças de softwares e

eliminando desperdícios com hardware ocioso, chegando em geral a uma economia bem significante

para as empresas. ” (Locaweb, 2015).

Computação na nuvem (cloud computing), garante uma redução de custo e impacto ambiental

considerável. O cliente de serviços na nuvem, paga apenas pelo que utilizar, devido a elasticidade que

a mesma oferece, pois muitas vezes uma empresa ou instituição, precisa de alto poder de

processamento apenas em determinados horários, nos outros horários ela precisaria apenas de um

servidor básico.

“Além da redução de carbono, TI na nuvem diminui os custos de investimento em infraestrutura e

é mais ágil, já que uma TI pode ser criada on-line em minutos. O uso da nuvem também permite maior

flexibilidade por deixar que as empresas paguem por excesso de capacidade apenas quando precisarem

disso. ” (Info Exame, 2015).

A solução de software aqui proposta se encaixa no quesito de elasticidade, pois em épocas

favoráveis à enchentes, terá um número de acessos muito maior, impactando em uma maior carga de

processamento no servidor que hospeda a solução, ao invés de se adquirir equipamentos robustos que

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III Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade, 1 a 3 de junho de 2015, Brusque – SC

consumam mais energia, e precisem de sistemas de resfriamento, pode-se alocar apenas um servidor

básico em um datacenter e sempre que precisar de mais recursos, a solução se expandi e diminui

conforme a necessidade de forma autônoma.

“Servidores em Cloud Computing que contam com balanceamento dinâmico e otimização

contínua e automatizada dos recursos disponíveis, reduzindo de maneira inteligente 80% do consumo

de energia do Data Center. ” (Locaweb, 2015).

Além do mais o mesmo sistema poderá ser acessado por qualquer cidadão, já que os dados

armazenados pelo mesmo, são públicos, outras instituições que também necessitem dos dados,

também poderão usufruir do mesmo sistema, evita-se que haja a aquisição de mais servidores já que

um mesmo sistema terá a capacidade de atender à vários usuários de diferentes lugares.

Para quem irá analisar as informações apresentadas, há uma tendência maior em imprimir o que

está sendo apresentado no sistema. Muitas vezes o usuário de computador costuma imprimir relatórios

de sistemas, pelo fato de que os mesmos terem sido feitos para esta finalidade ou seja durante o

desenvolvimento do software não se pensou em planejar o mesmo para apresentar as informações na

tela de forma clara e sucinta.

Situações como esta, podem ser evitadas, aplicando-se técnicas de UX, user experience

(experiência do usuário) à interface gráfica do software. Que deixa as informações apresentadas pelo

software claras e de fácil acesso ao usuário final, sem realizar muitos cliques para chegar à mesma. O

mesmo poderá continuar imprimindo os relatórios, mas será induzido pela sua experiência no uso do

sistema à não os imprimir.

Figura 1. Protótipo de relatório, exemplificando a ocorrência de enchentes na cidade de Brusque-SC.

Fonte: Os Autores.

A imagem acima exemplifica, a apresentação de um relatório do sistema, mostra ao usuário

quais foram as enchentes ocorridas nos últimos anos, o gráfico apresentado, pode ser desenvolvido de

forma que permita interação com usuário, ao passar o mouse sobre os pontos apresentados no

gráfico, pode-se exibir qual foi a cota de rio para aquele período que está sendo visualizado, e o

mesmo poderá também apresentar filtros para visualizar uma menor quantidade de dados e para

classificar os resultados. Caso o relatório fosse composto apenas pela tabela, não se tornaria tão

intuitivo quanto o gráfico, que pode apresentar interatividade com quem está utilizando o sistema.

O conceito de UX não trata apenas do design aplicado à interface de um software, mas

também à toda experiência e sentimentos do usuário relacionados ao uso do software. A ISO 9241-

2101 define a experiência do usuário como “as percepções e reações de uma pessoa que resultam do

uso ou utilização prevista de um produto, sistema ou serviço” (ISO 9241-210: 2010, 2015).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Por ser um projeto de sistema não há resultados concretos do mesmo quanto à TI verde, apenas

atualmente, têm-se resultados das análises já realizadas, como ocorrência de enchente e tendência de

cheias. Mas os conceitos de TI verde aqui apresentados já são aplicados em muitas empresas como

Google, IBM, Unilever, entre outras. Inclusive os resultados apresentados são positivos.

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III Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade, 1 a 3 de junho de 2015, Brusque – SC

“Em 65% das empresas, as metas estabelecidas para os projetos são alcançadas, principalmente,

em termos de economia de energia e redução dos gastos operacionais. ” (Techoje, 2015).

Empresas que pensaram em sustentabilidade para seu ambiente de TI, tiveram uma economia

considerável, principalmente em consumo de energia, sendo que muitas vezes não é preciso realizar o

descarte de equipamentos ao aplicar TI verde, mas a alocação correta e aproveitamento dos mesmos.

As políticas de impressão são as que costumam gerar resultados rapidamente nas empresas, a redução

de custos é vista logo cedo.

“Na própria Unilever, empresa que investe em sustentabilidade há mais de dez anos, o programa

de consolidação do parque de impressoras reduziu o número de equipamentos em 60% “Não temos os

números fechados ainda, mas posso afirmar que o volume de impressão caiu drasticamente”, diz

Esposto. ” (Computer World, 2015).

O compartilhamento de recursos computacionais, conforme é visto na cloud computing, mostra-se

uma grande arma na economia de energia, pois desta forma, não a necessidade de o usuário final fazer

uso de um equipamento com alto poder de processamento que consuma mais energia, podendo desta

forma, utilizar computadores com menor capacidade ou até mesmo dispositivos móveis como tablets.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A implantação de técnicas de TI verde em diferentes cenários, não apresenta nenhum impasse

técnico, pode ser que em alguns casos haja custos devido à troca de equipamentos, mas na maioria dos

casos, dá-se pela adoção de políticas internas, como controle de impressão, desligamento de

computadores ao término de trabalho entre outras.

O motivo que contribui para que a implantação de técnicas de TI verde sejam alcançadas é que na

maioria dos casos ela impacta em redução de custos, a computação nas nuvens é um exemplo claro,

em que o único custo é a mensalidade de alocação de recursos sem custos adicionais com

manutenções.

O maior grau de economia chega ao ponto onde um único software é utilizado por várias

instituições diferentes, onde as mesmas, vão usufruir do mesmo servidor e do mesmo sistema ali

instalado, neste caso há o compartilhamento de recursos computacionais de forma bem visível, mas

sem prejudicar o desempenho.

No quesito usabilidade, os relatórios antes vistos em papel, podem através da cloud computing

serem acessados de qualquer dispositivo móvel, como os smartphones, e tablets que são mais

adequados para este fim, ou seja, o usuário não perderá o conforto que antes tinha ao visualizar um

relatório impresso.

REFERÊNCIAS CEOPS [internet].Histórico das Obras de Contenção e o Sistema de Alerta de Cheia na Bacia do Itajaí –

[capturado 2015 Mai 03]. Disponível em: http://goo.gl/KanI6r

COMPUTER WORLD [internet]. Quatro exemplos reais de TI verde em grandes empresas brasileiras -

[capturado 2015 Mai 03]. Disponível em: http://goo.gl/HCMqI9

INFO Exame [internet]. TI na nuvem reduz emissão de Co2, diz estudo – [capturado 2015 Mai 03].

Disponível em: http://goo.gl/zDvkxo

ISO FDIS 9241-210:2009 [internet]. Ergonomics of human-system interaction — Part 210: Human-centred

design for interactive systems – [capturado 2015 Mai 03]. Disponível em: http://goo.gl/a4WiWR

LOCAWEB [internet]. TI Verde - [capturado 2015 Mai 03]. Disponível em: http://goo.gl/hIHOV8

TECHOJE [internet]. TI Verde – Práticas sustentáveis para sua empresa – [capturado 2015 Mai 03].

Disponível em: http://goo.gl/Yily6a

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CENÁRIO DA INOVAÇÃO NA PERSPECTIVA EMPRESARIAL NA

REGIÃO DE BRUSQUE

GEORGE WILSON, AIUB, [email protected]

CINTHYA SOFIA, CESARI, [email protected] UNIFEBE, Brusque, Santa Catarina,

Resumo: A estratégia da inovação nas empresas tem se configurado como uma das principais estratégias adotadas na

busca de vantagens competitivas, no âmbito global e local. A inovação depende de muitos fatores: de recursos humanos

qualificados, de políticas de estímulo, de um adequado ambiente econômico e regulatório, da interação com

universidades e institutos de pesquisa. Mas é o fato de ser uma exigência da competição que torna a inovação um tema

essencial no mundo dos negócios. Para um número crescente de empresas, essa temática está no centro de suas

estratégias competitivas. O cenário das inovações, no âmbito nacional, podem ser identificados a partir do levantamento

da Pintec junto às empresas brasileiras, nos anos de 2003, 2008 e 2011. Para conhecer a realidade das empresas de

Brusque e Região, a presente investigação realizou uma sondagem sobre a inovação em organizações produtivas da

micro região. Para tanto, apropria-se da metodologia consolidada da Pintec/IBGE, aplicada a uma amostra de 10

empresas da região de Brusque. Como resultados esperados pretendeu-se obter um panorama geral dos processos de

inovação empresarial, suas limitações e potencialidades.

Palavras-chave: Inovação, Tecnologia, Cenário

INTRODUÇÃO

Nas ultimas décadas o mundo sofreu profundas transformações nas mais diversas áreas. A

“Era da Informática” perdeu o aspecto referencial e tornou-se gênero de necessidade básica da vida

das empresas e das pessoas. Inicia-se então a “Era da Inovação”, em que o “algo mais” e o poder da

diferenciação são cada vez mais difíceis de serem identificados em meio a grande quantidade de

informações e oportunidades geradas pelas variadas formas de negócios.

As empresas precisam inovar para serem competitivas. É o que afirma Trott (2012) as

empresas precisam se adaptar ao meio de mudança e progredir para se manterem no mercado, pois

seus concorrentes inevitavelmente irão inovar e desenvolver produtos que superem a concorrência.

A inovação depende de muitos fatores: de recursos humanos qualificados, de políticas de

estímulo, de um adequado ambiente econômico e regulatório, da interação com universidades e

institutos de pesquisa. Mas é o fato de ser uma exigência da competição que torna a inovação um

tema essencial no mundo dos negócios. Para um número crescente de empresas, essa temática está

no centro de suas estratégias competitivas.

O Manual de Oslo, que é a principal fonte internacional de diretrizes para coleta e uso de

dados sobre atividades inovadoras da indústria, define a inovação da seguinte maneira: Inovação é a

implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um

processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de

negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas.

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Em resumo, entendemos que inovar é realizar algo novo que traga algum resultado, tanto para

a empresa como para a sociedade. Dessa forma, é possível inovar em qualquer área ou modelo de

negócio.

METODOLOGIA

A presente proposta de investigação tem sua metodologia fundada na Pesquisa de Inovação

Tecnológica, desenvolvida em nível nacional, pelo IBGE, nas edições 2003, 2008 e 2011. Para a

visualização do cenário das organizações de Brusque e Região, foi necessário analisar detalhadamente

a metodologia da Pintec 2011 e seus instrumentos metodológicos. Na sequência foi definido as

empresas e seu público alvo, aplicado as sondagens, analisado os dados e construido indicadores, e

por fim, difundido os resultados da investigação.

A unidade de investigação é a empresa, unidade jurídica caracterizada por uma firma ou razão

social que responde pelo capital investido e que engloba o conjunto de atividades econômicas

exercidas em uma ou mais unidades locais. A amostra foi constituída por 10 empresas, a partir de um

universo de empresas industriais, de diferentes setores, sem uma segmentação definida a priori,

escolhidas de forma aleatória.

Para a realização desse trabalho foi necessário a implementação de uma pesquisa baseada no

mesmo formulário original do IBGE, realizada em 2014 pelos alunos da 8ª fase do curso de

Engenharia de Produção do Centro Universitário de Brusque- Unifebe.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foram elaborados gráficos para melhor entendimento do panorama da inovação de Brusque e

região, que serão analisados de forma compacta neste resumo.

Gráfico 1: Entre 2012 e 2014, a empresa introduziu algum produto novo ou aperfeiçoado

para a empresa mas já existente no mercado nacional?

Fonte: Pesquisa de Campo.

Analisando o gráfico acima é possível notar que 60% das empresas de Brusque e Região introduziram

entre os anos de 2012 e 2014 algum produto novo ou aperfeiçoado para a empresa, mas que já existe no

mercado nacional.

60%

40%

Introdução de Produto novo/ aperfeiçoado na empresa que ja existe no mercado nacional

sim

não

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Gráfico2: Esse produto é?

Fonte: Pesquisa de Campo.

Após o conhecimento sobre a introdução de produtos novos ou aprimorados é importante

destacar o tipo do produto. No gráfico 2 é possível observar que grande parte das inovações da nossa

região são produtos novos para a empresa, mas que já existem no mercado nacional. Esse resultado

se deve pela facilidade e viabilidade dessas inovações, por se tratarem de inovações de proporção

menores.

Gráfico 3: Qual a importância da atividade de P&D realizada entre 2012 e 2014?

Fonte: Pesquisa de Campo.

Entende-se por P&D qualquer atividade de pesquisa básica ou aplicada realizada com a

intenção de buscar conhecimento sobre produtos, serviços e processos. No gráfico acima nota-se que

45% das empresas consideram a P&D uma atividade de suma importância.

33%

50%

17%

Tipo do Produto

novo para o mercadonacional, já existente nomercado mundial

novo para a emrpesa, masjá existente no mercadonacional

45%

11%

33%

11%

Importância da P&D

alta

média

baixa

não desenvolveu

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Gráfico 4: Qual a importância introdução de inovações tecnológicas no mercado entre

2012 e 2014?

Fonte: Pesquisa de Campo

Por fim, é questionada a importância da introdução das inovações tecnológicas no mercado,

dentre as empresas questionadas a maioria considerou baixa (34%) ou não se pronunciaram (33%) e

apenas 22% consideram o assunto de alta importância.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A sondagem do panorama da inovação de Brusque e região buscou identificar os impactos

associados ao produto (melhorar a qualidade ou ampliar a gama de produtos ofertados), ao mercado

(manter ou ampliar a participação da empresa no mercado, abrir novos mercados), ao processo

(aumentar a flexibilidade ou a capacidade produtiva, reduzir custos), aos aspectos relacionados ao

meio ambiente, à saúde e segurança, e ao enquadramento em regulamentações e normas.

O objetivo desta sondagem foi uma visão ampla da inovação em um restrito grupo de

empresas de Brusque e região. Foi possível perceber que para algumas empresas a inovação

tecnológica ainda não é vista com o grau de importância significativo.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, Hélio Gomes de, et al. Gestão da inovação : inovar para competir : guia do

educador. Brasília : SEBRAE, 2009.

IGBE. Pesquisa de Inovação Tecnológica 2011. Rio de Janeiro: IBGE, 2011

MATTOS, João Roberto Loreiro de; GUIMARÃES, Leonam dos Santos. Gestão da tecnologia e

inovação: uma abordagem prática. São Paulo: Saraiva, 2005.

ORGANIZAÇÃO para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Manual de Oslo. 3. ed. Paris:

OCDE, 2005.

TROTT, P. Gestão da inovação e desenvolvimento de novos produtos. Porto Alegre: Bookman,

2012

WEISZ, Joel. Projetos de inovação tecnológica. Brasilia: CNI, 2009.

22%

11%

34%

33%

Importância da introdução das inovações tecnológicas

alta

média

baixa

não desenvolveu

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Aplicação da ferramenta MASP para solução de problemas em uma empresa

metal mecânica de Brusque

Rafael, SEBOLD, [email protected]

André Luis Almeida, BASTOS2 Centro Universitário de Brusque - UNIFEBE, Brusque, Santa Catarina.1

Centro Universitário de Brusque - UNIFEBE, Brusque, Santa Catarina. ²

Resumo: Este trabalho apresenta a fundamentação conceitual e a aplicação da ferramenta MASP em uma empresa do

seguimento metal mecânico, situada na cidade de Brusque SC, como médodo auxiliador na resolução de problemas.

Com a aplicação da ferramenta de forma correta, é possivel encontrar e eliminar a causa raiz dos problemas, obtendo

maior desenvolvimento e otimização dos recursos e dos processos, tendo ganhos significativos com redução de custos

internos e externos, e consequentemente em melhorias de qualidade, produtividade e eficiência. Atavés do levantamento

de dados, optou-se em atuar em um processo que estava com um indice de refugo médio de 96.000 PPM (partes por

milhão) referente ao problema por batimento radial. A ferramenta foi aplicada no processo de usinagem, trazendo

resultados significativos para a organização, onde que obteve-se a redução próximo a 93% dos refugos gerados. Com

isso foi possivel ampliar o conhecimento e replicar as ações realizadas nos processos com similiaridade, dando

continuidade a melhoria continua seguindo o ciclo PDCA.

Palavras-chave: MASP, Resolução de problemas, Redução de custo,

INTRODUÇÃO

Com o mercado competitivo que vivênciamos atualmente, uma prática comum utilizada nas empresas é a

redução de custos de fabricação sem a redução de qualidade no seu produto final. Uma das práticas adotadas

para que isso ocorra, é a redução de desperdicios durante seus processos, sejam eles de manufatura ou

comercial.

Uma ferramenta muito utilizada e que traz um grande resultado se aplicada de maneira correta é o MASP.

O MASP é a Metodologia de Análise e Solução de Problemas, onde se tem toda uma sequência lógica a seguir,

desde de levantamento de dados até o desdobramento final das ações implantadas para os demais processos

com similiaridade. Esta ferramenta é aplicada dentro do ciclo PDCA, que é a sigla em inglês Plan (Planejar);

Do (Executar); Check (Checar); Action (Agir).

METODOLOGIA

Este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica, seguido da aplicação pratica da ferramenta

MASP na empresa. O trabalho foi desenvolvido através do acompanhamento e melhorias nos processos,

podendo evidenciar e levantar o máximo de informações possíveis para agir na causa raiz dos problemas e

eliminá-los.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Devido aos problemas que todas as organizações possuem, principalmente os problemas relacionados ao

custo de Não Qualidade, algumas ferramentas são necessárias para que se possa atuar na causa raiz do

problema, e assim, impedindo que o mesmo volte a interferir nos processos. Conforme Tubino (2009), a

utilização do MASP implica na adoção de ferramentas analíticas que medem, analisam e sugerem ações contra

as perdas que interferem no desempenho empresarial. Estas ferramentas são conhecidas como Ferramentas da

Qualidade e são aplicadas em processos de melhoria contínua para eliminar as anomalias dos processos,

proporcionado o aumento de qualidade e desempenho dos resultados organizacionais.

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III Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade, 1 a 3 de Junho de 2015, UNIFEBE - Brusque – SC

Figura 1 – Metodologia Análise de Solução de Problema – MASP

FONTE: CAMPOS (2004)

Para que a ferramenta possa ser desenvolvida e se tenha os resultados esperados é necessário o

envolvimento de pessoas de todo os setores da organização, também chamado de equipe multidisciplinar. A

análise deve ser conduzida por uma equipe multidisciplinar com formação, conhecimentos e atribuições

diferentes, para permitir a análise em várias perspectivas (WERKEMA, 1995).

A análise de onde se irá atacar é o ponto chave para ter um bom resultado. Mas nem sempre isso é fácil,

pois depende muito de informação que chegam de várias formas, e o grupo tem a obrigação de estratificar

essas informações para poder medir os resultados. Esta estratificação é através do diagrama de Pareto, esta lei

estabelece que 80% das consequências decorrem de 20% das causas. Ou seja, a maioria dos problemas tem

poucas causas e se forem eliminadas podem trazer excelentes resultados (VIEIRA, 1999).

Após a análise estratificada no Pareto, o problema definido a ser trabalhado irá para o diagrama causa e

efeito também é conhecido como diagrama espinha de peixe ou de Ishikawa. Este diagrama foi concebido pelo

engenheiro Kaoru Ishikawa no ano de 1943 e atualmente é uma ferramenta muito utilizada em atividades de

melhoria e controle de qualidade nas empresas. Segundo Ramos (2000), este diagrama representa a relação

entre um efeito e suas possíveis causas. Desta forma, o diagrama de causa e efeito permite agrupar e visualizar

as causas que interferem em um problema ou resultado que esta em análise.

Figura 2 - Diagrama de Causa e Efeito. Fonte: Adaptação de Werkema, 1995

Todos as possíveis causas descritas no diagrama de causa e efeito são aplicadas na ferramenta conhecida

como os 5 porquês. A metodologia dos 5 porquês parte do princípio que após questionar por cinco vezes o

porquê um problema está ocorrendo, sempre tomando como referência a resposta anterior, será descoberta a

causa fundamental deste problema (WERKEMA, 1995).

Após os 5 porquês concluídos, todas as causas são colocadas no Plano de Ação que é conhecida por 5W

2H. A designação desta ferramenta surgiu da união das primeiras letras (em inglês) das perguntas que devem

ser respondidas para planejar uma ação com eficiência e eficácia. É uma ferramenta extremamente simples e

proporciona ótimos resultados aos gestores em suas atividades de planejamento organizacional. “WHAT” (O

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III Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade, 1 a 3 de Junho de 2015, UNIFEBE - Brusque – SC

quê): definem-se as tarefas que serão feitas; “WHEN” (Quando): cria-se um cronograma com prazos para a

realização das tarefas. “WHO” (Quem): definem-se quais serão as pessoas responsáveis pela execução.

“WHERE” (Onde): determinam-se os locais onde as tarefas serão executadas. “WHY” (Porque): significa as

razões das tarefas serem executadas. “HOW” (Como): define a maneira mais eficaz para realizar as tarefas.

“HOW MUCH” (Quanto custa): Considerar os custos envolvidos na execução.

Uma das vantagens que o MASP oferece é que seguindo a metodologia passo-a-passo, certamente haverá

obtenção de resultados positivos. Por se tratar de uma ferramenta de baixa complexibilidade, é fácil de ser

implantada e principalmente de ser aceita na organização. Porém, dificuldades também existem, pois é

necessário treinamentos específicos, dedicação e investimento de tempo (WERKEMA, 1995).

Empresa e o processo

Este estudo foi realizado em uma empresa metalúrgica, situada na cidade de Brusque em Santa Catarina

(SC), fundada em 1960. A empresa hoje conta com 950 colaboradores que fazem com que a empresa seja líder

no setor em que atua no Brasil e com capacidade de exportar para mais de 60 países. Sua qualidade é

desenvolvida em todos os processos, com o comprometimento das pessoas e com tecnologias avançadas. Desta

forma a empresa trabalha para que a qualidade não seja apenas uma exigência do mercado, mas um diferencial.

Devido ao alto índice de refugos e da dificuldade em resolve-los principalmente em chegar na causa raiz

do problema, decidiu-se incorporar na instituição a ferramenta MASP para tentar-se assim, minimizar ao

máximo os gastos com refugos e aumentar a satisfação dos clientes internos e externos.

Definiu-se atuar no processo que gerava um alto refugo por batimento radial fora do especificado da

engrenagem do pinhão. Este problema estava com uma média de rejeito de 96.000 PPM. Esta característica

apenas é possível identificar na última operação de todos os processos que o componente passo, onde é

realizado a medição 100%. A meta foi atingir um PPM inferior a 10.000.

A equipe multidisciplinar foi reunida, e iniciou-se a parte de análise onde o problema pode ser gerado.

Todas as possíveis causas foram levantadas e alimentadas no Diagrama de Causa e Efeito.

Após o Diagrama concluído, passou-se para a metodologia dos 5 porquês para chegar na causa raiz de

cada um dos problemas que afeta no batimento radial.

Com a conclusão dos 5 porquês, iniciou-se a etapa do Plano de Ação. Vários estudos foram necessários.

Optou-se por fazer mapeamento de cada processo, realizando medições desta característica antes e após cada

processamento. Assim pode-se identificar o quanto cada processo interfere nesta característica.

Identificou-se que a causa raiz era o ângulo do chanfro de usinagem na face da peça, que gerava dificuldade

no processo de montagem de bucha. Foi constatado que quanto menor o chanfro de entrada, melhor o

alojamento da bucha. A ação foi a alteração do chanfro durante a operação de usinagem. Esta ação ficou por

responsabilidade da engenharia de processos de usinagem.

Outra ação que obteve um grande impacto foi a redução das folgas dos ferramentais utilizados no processo

de montagem de bucha através de prensa hidráulica. Para esta ação ser concretizada, foi necessário o

desenvolvimento do projeto de ferramentais e da fabricação dos mesmos.

Após a validação da eficácia das ações através do acompanhamento dos indicadores, iniciou-se a fase da

padronização dos processos. Todos os processos com similaridade foram revistos e adequados conforme as

melhorias realizadas no projeto.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este projeto utilizando a metodologia MASP como ferramenta principal para atingir a meta, reduziu-se de

96.000 PPM para uma média de 6.000 PPM. Conseguiu-se assim, chegar na causa raiz do problema,

descobrindo o quanto cada processo tem influiência na distorção desta característica, e podendo replicar seus

parâmetros aos demais itens com similiaridade, dando um grande retorno para a empresa e também agregando

muito conhecimento a equipe envolvida.

A maior dificuldade que obteve-se durante a execução do projeto, foi em relação aos membros do grupo

deixar suas atividades diárias um pouco de lado e investir tempo para focar no trabalho, pois é necessário se

dedicar ao máximo para poder chegar no melhor resultado.

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III Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade, 1 a 3 de Junho de 2015, UNIFEBE - Brusque – SC

REFERÊNCIAS CAMPOS, V. F. TQC – Controle da Qualidade Total (no estilo japonês). Belo Horizonte: Ed. INDG Tecnologia e

Serviços, 2004.

TUBINO, D. F.. Manual de Planejamento e Controle da Produção. 2. ed. São Paulo, Atlas, 2009.

FERREIRA, L. M. L. SANTOS, M. W. SILVA, M. G. MOREIRA, B. B. Utilização do MASP através do ciclo PDCA,

para o tratamento do problema de altas taxas de mortalidade de aves no setor avícula, ENEGEP, 2010

VIEIRA, S. Estatística para a qualidade: como avaliar com precisão a qualidade em produtos e serviços. Rio de Janeiro:

Campus, 1999

WERKEMA, M.C.C. As Ferramentas da Qualidade no Gerenciamento de Processos. Vol. 1. Belo Horizonte, MG:

Fundação Christiano Ottoni, Escola de Engenharia da UFMG, 1995.

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APLICAÇÃO EFICIÊNCIA GLOBAL DOS EQUIPAMENTOS (OEE) EM

UMA EMPRESA METALÚRGICA.

Márcio da, SILVA, e-mail1: [email protected]

André L.A.,BASTOS, e-mail²: [email protected]

UNIFEBE, Brusque, Santa Catarina.1

UNIFEBE, Brusque, Santa Catarina.2

Resumo: A sustentabilidade e a competitividade estão sendo constantemente almejados em empresas que buscam

sempre aperfeiçoar seus processos e expandir sua lucratividade. A utilização de ferramentas que apresentem indicadores

de desempenho é fundamental para a empresa otimizar seus recursos para a fabricação de seus produtos e para a

prestação de serviços. A Eficiência Global de Equipamentos (OEE) é uma ferramenta que apresenta uma visão geral

dos equipamentos produtivos em uma empresa. Ela confronta os índices de disponibilidade, desempenho e qualidade, a

fim de apresentar as perdas que por sua vez estão ocultas em seus processos e permite disponibilizar recursos

necessários para a eliminação das mesmas. O presente trabalho apresenta os conceitos e elementos da ferramenta de OEE, bem como ilustra um caso de

aplicação em uma empresa no ramo metalúrgico, que na qual pode ser averiguada acentuadamente uma evolução nos

índices de disponibilidade, performance e qualidade nos equipamentos “gargalos” da produção gerando um

desempenho na produtividade.

Palavras-chave: OEE. Gargalos. Produtividade.

INTRODUÇÃO

O homem com o passar dos anos, vem procurando gradativamente organizar de forma mais harmoniosa

seus meios e recursos para a fabricação de seus produtos e para prestação de serviços. Com este propósito,

cada vez mais as engenharias de operações e processo de produção estão se aprimorando com novas

tecnologias e melhores práticas, visto que o mercado a cada dia está exigindo de seus fornecedores mais

qualidade, mais agilidade com menor custo e menor prazo. Partindo deste contexto, as empresas que optam

por controlar e reduzir os custos de produção, bem como aumentar incessantemente a qualidade dos produtos

e serviços (internos e externos) estarão se destacando entre as demais.

Para que a excelência seja alcançada são necessárias ferramentas que auxiliem no gerenciamento dos

processos e dos equipamentos utilizados. Uma ferramenta que possui grande utilidade no gerenciamento é o

indicador de Eficiência Global do Equipamento (OEE- Overall Equipment Efectiveness), por demostrar uma

visão panorâmica da produção no que está relacionada à disposição, desempenho e qualidade do

equipamento. O escopo do OEE permite ponderar as perdas evidenciadas e acondicionar os recursos

necessários para o aumento da produção.

METODOLOGIA

Neste trabalho foi feita uma pesquisa bibliográfica, seguida de um estudo exploratório, tendo em vista

descrever a aplicação da ferramenta de qualidade em uma empresa. Na pesquisa bibliográfica os assuntos

relacionados estão ligados ao controle de qualidade. No estudo exploratório o instrumento utilizado para o

estudo é verificar in loco de que forma a aplicação da ferramenta acontece na empresa estudada.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES

O OEE é um indicador que apresenta a eficiência do processo, ele é o produto da disponibilidade (tempo

real de operação versus tempo programado de operações) multiplicada pelo indice de desempenho (taxa de

velocidade real versus taxa de velocidade teórica) multiplicando pelo índece de qualidade (produto bons

versus total de produitos fabricados), esta ferramenta deixou de ser como um simples indicador da eficácia

da manutenção produtiva total e passou a ser reconhecida como uma medida eficaz da gestão da

produtividade (HANSEN, 2006).

Silva (2013) afirma, ainda, que o OEE é um sistema de detecção das perdas do equipamento e não um

sistema da rateio de avarias. Ele exprime a eficácia do equipamento numa métrica simplificada, permite

avaliação dos efeitos das ações de melhoria desenvolvidas e permite a identificação e qualificação dos

problemas detectados de uma forma padronizada.

De acordo com Muchiri (2010 apud ALBERTIN et al., 2012), deve-se focar nos gargalos do processo,

nas áreas críticas e nas áreas altamente dispendiosas. Estas áreas representam as maiores perdas e quando

gerenciadas corretamente, trazem os gargalos, mas expressivos para a empresa.

Hansen (2006) comenta que a maior dificuldade do OEE acontece principalmente por motivos de

resistência a mudanças. A resistência é uma caracteristica dos seres vivos podendo originar-se de varias

fatores entre tantas podemos destacar a comodidade.

Chiaradia (2004) relaciona os indices de disponibilidade, performace (desemponho) e qualidade, com as

seis perdas descritas por Nakajima (1989), conforme figura 1 abaixo.

Figura 1 – Índices e suas paradas

Fonte: Adaptado de Chiaradia (2004).

Medeiros e Gerber (2013), afirmam que a análise da Eficiência Global dos equipamentos (OEE), permite

identificar o tempo real de utilização dos equipamentos. Sendo possível mensurar as perdas em função do

tempo, ou seja, do tempo disponível total para operação quanto é realmente utilizado para a produção de

produtos que atendam às especificações de qualidade.

A OEE é uma forma de gestão que visa aumentar a eficiência dos equipamentos através do controle do

indicador OEE, que é composto por 3 indicadores relacionados as seis grandes perdas que reduzem a

eficiência de um equipamento, estratificadas em perdas de disponibilidade, velocidade e qualidade

(ALBERTIN, 2012 apud NAKAJIMA, 1988).

Analisando os resultados apresentado pelo indicador de OEE são reconhecidas e desmembradas as

ineficiências existentes, no intuito de elaborar um plano de ação para por um fim nas ineficiências

encontradas e consequentemente atingir a produtividade almejada.

Hanser (2006) conclui que as empresas com valor do OEE menor que 65% estão em situação inaceitavel

e precisam de mudanças rapidamente. Empresas com valores entre 65% e 75% o processo é considerado

bom, para valores entre 75% e 85% o processo é muito bom e acima de 85% são empresas de classe

mundial.

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Este estudo foi realizado em uma empresa metalúrgica, situada na cidade de Brusque em Santa Catarina

(SC), Fundada em 1960 a empresa hoje conta com 950 colaboradores que fazem com que a empresa seja

líder no setor em que atua no Brasil e com capacidade de exportar para mais de 60 países. Sua qualidade é

desenvolvida em todos os processos, com o comprometimento das pessoas e com tecnologias avançadas.

Desta forma a empresa trabalha para que a qualidade não seja apenas uma exigência do mercado, mas um

diferencial.

A implantação do índice de eficiência global dos equipamentos (OEE) fez-se necessário, pois a empresa

estudada teve como foco detectar as principais perdas em seus equipamentos no chão de fabrica e mensurar

através de indicadores os desperdícios que até então eram ocultos, para posteriormente eliminá-los e chegar à

produtividade almejada.

Existe um gerenciamento intenso sobre os OEE na nos equipamentos já existente e momentaneamente na

busca-se implantar nos equipamentos que ainda não possui. Esse gerenciamento é realizado nos setores de

conformação, usinagem, tratamento térmico, retifica e montagem. O percentual de equipamentos com a

aplicação do OEE está em 100% no que esta relacionada aos equipamentos gargalo. Conforme já

mencionado anteriormente na fundamentação teórica, Muchiri (2010 apud ALBERTIN et al., 2012)deve-se

focar nos gargalos do processo, nas áreas críticas e nas áreas altamente dispendiosas. Estas áreas representam

as maiores perdas e quando gerenciadas corretamente, trazem os gargalos, mas expressivos para a empresa.

A empresa tem como meta o patamar de 75% de OEE, porém para chegar a esse nivel foi preciso

envolver as demais areas da empresa, tendo como exemplo a TI (Tecnologia da Informação), com o

próposito de pontencializar as informações de input e output geradas nos equipamentos. Os trabalhos de

equipea multidisciplinares tambem foram de grande importancia para averigau quais eram as paradas a

serem registradas como input e que afetariam os indicadores do equipamento a ser medido, bem como se

estas paradas eram programadas ou não programadas. Realizoû-se treinamentos focado no OEE com os

colaboradores de chão de fábrica demostrando a importância dos colaboradorres na aplicaçãodesta ferrameta.

Realiza-se o gerenciamento do OEE diariamente nos equipamentos e mensalmente verificam-se as

atividades descritas no plano de ação de cada equipamento e os equipamentos que apresentarem resultados

mais inferiores, deverão apresentar um plano de ação para a direção da empresa a fim de reverter o indicador.

Desta forma fica evidente o comprometimento de todos da empresa com a ferramenta utilizada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da ferramenta de OEE utilizada na empresa estudada, pode-se observar a evolução

acentuada nos indicadores mensurando assim as principais perdas que geravam grandes

desperdícios para a empresa. E que apartir dos indicadores essas perdas que eram ocultas

começaram a ser identificadas, qualificadas e direcionadas com o proposito de reverter essas perdas

em horas produtivas.

O trabalho realizado através do apoio da alta direção da empresa e o comprometimento dos

colaboradores nas analises e conseguentemente nas ações, contribuiram para que fosse atingido

75,27% OEE, ou seja, um número levemente maior do que o proposto como meta pela direção da

empresa.

REFERÊNCIAS

ALBERTIN, Marcos Ronaldo; SAMPAIO, Clerton Bruno Pereira; DIAS, Mateus Jatoba; FEITOSA, Pedro Paulo

Barbosa et al. Aplicação da eficiência global de equipamentos com indicador de qualidade. Disponível em:

http://www.abepro.org.br/biblioteca/ ENEGEP2012_TN_STO_158_921_20195.pdf. Acessado em 15 de março de

2015.

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CHIARADIA, A.J.P. Utilização do Indicador de Eficiência Global de Equipamentos na Gestão e Melhoria

Contínua de Equipamentos. Um Estudo de Caso na Indústria Automobilística. Tese (Mestrado Profissionalizante

em Engenharia). Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRS. Porto Alegre, 2004

COTRIM, Syntia Lemos; LEITE, João Victor Giavina de Almeida; LEAL, Gislaine Camila Lapasini. Ferramentas de

Gestão de Desempenho: Implantação do OEE no Setor de usinagem em uma Empresa Metalmecânica de

Maringá- PR. Disponível em http://www.aprepro.org.br/conbrepro/2014/anais/artigos/eng%20q/34.pdf . Acessado em

15 de março de 2015.

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AVALIAÇÃO DA INCORPORAÇÃO DOS PRINCÍPIOS LEAN ENTRE OS

GESTORES DE UMA MONTADORA DE EQUIPAMENTOS DE

FILTRAÇÃO

André Luís Almeida, BASTOS1

Maitê Taís, LUEMKE2

FURB/ UNIFEBE/ ESNT, Blumenau, Santa Catarina.1

FURB, Blumenau, Santa Catarina.2

Resumo: A implantação de uma filosofia em uma organização não está unicamente ligada às práticas enxutas que

ocorrem visivelmente no chão de fábrica, mas também aos princípios Lean que devem permear as ações

administrativas e a cultura organizacional. Este trabalho buscou identificar o nível de percepção da incorporação dos

14 princípios da filosofia Lean Manufacturing entre os gestores de diferentes setores (administrativos e de produção)

da empresa X. Identificou-se que na percepção dos gestores, a empresa encontra-se com uma média de 4,0 em uma

escala de 1 a 7 de incorporação destes princípios. Ainda de acordo com a pesquisa, constatou-se que os princípios

Lean mais internalizados na empresa são os princípios 9 e 10. Enquanto os princípios 4 e 12 apresentam um menor

nível de incorporação . É possível com este estudo a identificação de pontos a serem melhor trabalhados na

organização, de forma que um projeto Lean Manufacturing alcance melhores resultados.

Palavras-chave: Princípios Lean, Cultura organizacional, Lean Manufacturing

INTRODUÇÃO

Em diversos sistemas produtivos, a implantação da filosofia Lean restringe-se à aplicação de um

conjunto de técnicas e ferramentas no chão de fábrica que, muitas vezes isoladas da própria filosofia e dos

seus princípios básicos, ameaçam o sucesso do projeto em toda a organização. A restrição da abordagem

Lean à adoção de determinadas ferramentas é uma barreira ao processo de implantação deste novo

paradigma de gestão dos processos produtivos da organização e pode, em muitos casos, levar ao total

abandono ou, na melhor das hipóteses, uma implantação parcial da filosofia.

Neste sentido, torna-se relevante diagnosticar o nível de incorporação dos quatorze princípios Lean entre

os gestores de uma organização, de tal forma a verificar os princípios melhor incorporados, bem como os

menos incorporados, avaliando as diferenças de incorporação destes princípios entre os diferentes setores e

também nos diferentes níveis hierárquicos, visando, inclusive, identificar os gaps para subsidiar ações de tal

forma, a partir deste olhar, buscar maior êxito da filosofia Lean na empresa como um todo. Dessa forma, o

objetivo geral deste trabalho consiste em avaliar o nível de percepção da incorporação dos princípios Lean

entre os gestores de diferentes setores de uma empresa multinacional montadora de equipamentos de

filtração e prestadora de serviços para a área de meio ambiente e processos. Para alcançar tal objetivo,

buscou-se ao longo da pesquisa:

a) entrevistar os gestores da organização a partir de um questionário elaborado por Bastos e Barbetta

(2014);

b) identificar o nível de percepção da incorporação dos princípios Lean entre os gestores dos diversos

setores da empresa;

c) estabelecer uma comparação do nível de percepção da incorporação entre os gestores dos diferentes

setores;

d) identificar o nível de percepção da incorporação dos princípios Lean entre os diferentes níveis

hierárquicos da empresa;

e) estabelecer uma comparação do nível de percepção da incorporação entre os diferentes níveis

hierárquicos da empresa;

f) propor recomendações de adequação de acordo com os gaps encontrados.

METODOLOGIA

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Para este estudo foi adotada a pesquisa exploratória, a fim de mapear melhor a situação da empresa em

estudo. Dessa forma, tem como base o estudo de caso e, quanto à abordagem, a pesquisa é quantitativa. Para

obtenção dos resultados foi aplicado um questionário elaborado por Bastos e Barbetta (2014) sobre a

incorporação dos 14 (catorze) princípios da filosofia Lean, conforme ilustrado no Anexo.

A pesquisa foi aplicada numa indústria multinacional montadora de equipamentos de filtração e

prestadora de serviços para a área de meio ambiente e processos. O questionário foi respondido líderes,

coordenadores e gerentes de diversos setores da empresa, distribuídos nas áreas administrativas (vendas,

tecnologia da informação, financeiro e recursos humanos), nas áreas de suporte (engenharia, suprimentos,

almoxarifado, laboratório e qualidade) e na área de operações (chão de fábrica). De um total de 26

funcionários destacados pelo perfil desejado para a pesquisa, um funcionário não apresentou qualquer

retorno, totalizando 25 respostas, formando assim uma amostra de 96,15% do total da população estudada.

Após a coleta de dados, calculou-se a média entre as respostas dos entrevistados, além do desvio padrão

e do percentual de variação entre as respostas, a fim de analisar o quanto os gestores concordam ou

discordam entre si.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

De maneira geral, a empresa X encontra-se em nível de incorporação de 4,0 pontos de média, resultado

mediano considerando a classificação de 1 a 7 indicada pela escala do questionário. Os princípios mais

internalizados na empresa são os princípios 9, com média de 4,9 pontos, e o princípio 10, com média de 4,7

pontos. Por outro lado, os princípios com maior potencial de desenvolvimento verificados na empresa são os

princípios 4 (nivelamento das cargas de trabalho), com média de 3,0 pontos, e 12 (participação efetiva na

solução de problemas, buscando a origem dos mesmos através da observação e análise dos dados

pessoalmente), com média de 3,5 pontos.

A fim de verificar as diferentes percepções entre os gestores das diferentes áreas da organização, buscou-

se uma análise separadamente das áreas administrativas, de suporte e produtivas. A área administrativa,

composta pelos setores de vendas, financeiro, tecnologia da informação e recursos humanos, possui como

princípios mais incorporados os princípios 9, com média 5,2 pontos, e 10, com 5,0 pontos. Dos princípios

menos incorporados encontram-se os princípios 4, com 3,1 pontos de média, e 5, que trata da cultura de parar

a produção quando detectado um problema e resolvê-lo, com 3,4 pontos.

O estudo realizado nas áreas de suporte indicou que os princípios Lean mais incorporados também foram

os princípios 9 e 10, com médias 4,9 e 4,7 respectivamente. Em contrapartida, os princípios com as médias

mais baixas encontradas, caracterizando um menor grau de internalização, são os princípios 4 (3,0 pontos) e

12 (3,8 pontos).

Nos setores produtivos é confirmada a maior média na percepção da incorporação do 9º princípio da

filosofia Lean, sendo, também neste setor, o princípio mais internalizado, com 4,4 pontos. Destacou-se ainda

neste setor, o princípio 1, relacionado a filosofia de longo prazo, com média de 4,1 pontos. Com as médias

mais baixas de todas as áreas da empresa, destacaram-se os princípios 7, relacionado ao controle visual, e 12,

ambos com 2,800 pontos de média.

Objetivando analisar as percepções entre os diferentes níveis hierárquicos, fez-se uma análise individual

e uma comparação entre os gerentes, coordenadores e líderes da organização.

Entre os gerentes da empresa, destacaram-se como princípios mais incorporados os princípios 1 e 6,

ambos com 4,1 pontos. Em compensação, os princípios 4, com 2,9 pontos, e 13, com 3,3 pontos, são aqueles

com maior potencial de desenvolvimento. O princípio 13 aparece pela primeira vez nos resultados e diz

respeito à tomada de decisões lentamente por consenso, considerando todas as opções disponíveis e

implementando-as com rapidez.

Analisando os resultados dos coordenadores, novamente temos o 9º princípio como o mais internalizado,

com 5,3 pontos, seguido do 10º princípio com 5,1 pontos. Já quando considerados os princípios menos

internalizados, a média mais baixa neste grupo foi no 4º princípio da filosofia Lean, com média de 3,0

pontos, seguido pelo princípio 6, com 3,8 pontos, que trata da padronização das atividades.

Para os líderes, receberam destaque os princípios 9, com a maior média de percepção, e o princípio 11,

com 5,0 e 4,7 pontos, respectivamente. Em contrapartida, os princípios 5 e 12 merecem destaque para

melhorias de desenvolvimento, com 3,0 e 3,1 pontos de médias, nesta ordem.

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Uma avaliação mais aprofundada da pesquisadora na empresa X permite justificar os seguintes

resultados obtidos: sugere-se que o princípio mais incorporado na organização estudada, princípio 9,

relacionado ao desenvolvimento de líderes, resulta de um alto nível de comprometimento da liderança com a

implantação do sistema de produção enxuta. Segundo Liker (2005), o progresso e a promoção dos líderes,

preparando-os para ocupação de postos executivos, treinando-os e promovendo seu desenvolvimento de

maneira que entendam seu trabalho, pratiquem a filosofia e ensinem os outros, é o verdadeiro segredo para o

sucesso de uma organização que resolve adotar o Lean Manufacturing. Mesmo com diferenças pessoais no

estilo de gestão, o aperfeiçoamento dos líderes dentro da empresa, faz com que os mesmos não se desviem

da filosofia básica do sistema Lean e possam manter a cultura ano após ano, criando um ambiente de

trabalho contínuo.

Os resultados do princípio 10, relacionado ao desenvolvimento de pessoas, indicam também que, sob a

visão dos gestores, os colaboradores da empresa X valorizam os treinamentos e o incentivo à capacitação,

além da autonomia que lhes é dada na resolução de problemas e sugestões de melhoria de processos. Para o

sucesso a longo prazo, é importante que as pessoas sintam-se parte de um time, uma vez que elas formam a

base fundamental de toda a qualidade e produtividade da empresa. A capacitação do funcionário para que ele

possa agir por conta própria, recebendo tarefas desafiadoras, estimulando a criatividade e inovação aumenta

o comprometimento do mesmo. A prática da ferramenta conhecida como empowerment (investir na

autonomia do funcionário) é fundamental para que os colaboradores apreciem e busquem a satisfação do

trabalho bem feito (LIKER, 2005).

No aspecto referente ao nivelamento de trabalho (princípio 4), vale ressaltar o próprio porte e

complexidade do produto, que constituem limitações para garantir um balanceamento de produção. A baixa

média alcançada neste princípio reflete o sistema de produção adotado pela empresa denominado Engenharia

sob Encomenda (ETO – Engineeringto Order), uma estratégia menos frequente, mas importante em termos

de tendências e modelos de negócio (PIRES, 2004). Nesse sistema, os produtos tendem a ser altamente

customizados e o nível de interação com os clientes costuma ser muito grande. Em suma, primeiro ocorre a

venda do produto, que então é projetado e posteriormente fabricado (BERNARDI; WALTER). As empresas

que trabalham com o sistema ETO devem lidar com altos riscos e custos resultantes da natureza única de

cada contrato além de elevados lead times, desde a elaboração da proposta até a montagem final.

O setor de planejamento da empresa X, buscando equilibrar a produção, estabelece uma sequência que

minimize os desequilíbrios na carga de trabalho. Dentro da linha de montagem, o fluxo de produtos é

contínuo, apesar de existirem pontos de acúmulo de estoque entre processos. Todavia, apesar do empenho do

PCP em garantir uma alta precisão nas previsões, é frequente a inserção de pedidos não previstos,

personalizações ou prioridades de produtos, resultando na desestruturação do nivelamento da produção.

Proporcionando aos fornecedores uma previsão de demanda para o futuro e firmando contratos nos quais

se assume o compromisso de manter um estoque determinado de produtos visando a entrega no momento em

que for solicitado, em quantidades e freqüências cada vez menores, possibilita, além da integração da cadeia

de fornecedores, uma melhor utilização de espaços e tempos dos setores produtivos.

Na avaliação do princípio associado à resolução de problemas analisando sua origem, princípio 12,

entende-se que mesmo os administradores e executivos de alto nível devem ver as coisas por si mesmos, de

forma a compreender não apenas a situação superficialmente. Nesse sentido, a prática da ferramenta Gemba

Walks é de extrema importância para a melhoria dos processos em uma organização. Deduz-se que a

percepção das pessoas ao andar entre o local onde ocorre a produção e olhar a organização sob uma ótica

externa, é diferente de quando se analisa os indicadores ou as informações apenas repassadas.

O processo de ir ao gemba, ou seja, onde o trabalho é feito (chão de fábrica), também contribui para

fortalecer a confiança e mudar a cultura de culpar as pessoas. Ajuda ainda a avaliar efetivamente o clima

organizacional e a atitude e engajamento dos colaboradores, assim como condições de sobrecarga,

ergonomia e segurança, que dificilmente são compreendidos por meio de pesquisas de clima organizacional e

indicadores (LEAN INSTITUTE BRASIL, 2011).

Compreende-se que diferentes níveis organizacionais possuem uma responsabilidade diferente em sua

caminhada no gemba, entretanto nenhum destes níveis deve tornar esta abordagem em uma prática

burocrática, onde os propósitos não estejam claros. Trata-se de uma rotina em que os gestores têm a

oportunidade de orientar, educar e formar demais colaboradores, dando o exemplo e ajudando a criar

sistemas de padronização, gestão visual e melhoria contínua. Em síntese, o Gemba Walks é considerado

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essencial para o processo de gerenciar através do entendimento real e profundo da situação e dos problemas

com base em fatos e dados.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo geral deste trabalho foi avaliar o nível de percepção da incorporação dos princípios do Lean

Manufacturing entre os gestores da empresa X. Nesse sentido, foi aplicado um questionário individual,

pontuando os 14 princípios escalonando as respostas de 1 a 7, visando identificar o estágio de implementação

da filosofia na determinada organização.

Após a aplicação e compilação dos dados, constatou-se que o questionário utilizado mostrou-se adequado

considerando a finalidade da pesquisa, tornando possível mensurar a percepção dos entrevistados quanto à

incorporação dos princípios Lean na organização. Entende-se que o diagnóstico auxilia no trabalho de

pontuar os princípios mais internalizados e, principalmente, aqueles que ainda possuem possibilidades de

melhoria na percepção entre os gestores.

Além disso, o nível de incorporação dos princípios da filosofia Lean encontra-se em nível 4,0, numa

escala de 1 a 7, onde 7 é o nível mais alto, sugerindo que a empresa X ainda não alcançou a excelência na

prática do pensamento enxuto.

Os princípios mais internalizados estão relacionados ao desenvolvimento de líderes, sugerindo que o

grupo de entrevistados, compreendido pelos gestores da organização, apresenta-se comprometido com as

transformações propostas para a implantação da filosofia Lean; e ao desenvolvimento de pessoas, indicando

que os colaboradores valorizam a autonomia que lhes é dada. Por outro lado, apresentou-se um menor nível

de incorporação quando o assunto estava relacionado à sobrecarga de trabalho, resultado que pode ser

justificado pelo sistema de produção adotado pela empresa (ETO – Engenharia sob encomenda) que possui

limitações que impedem o balanceamento da produção. Compreende-se, entretanto, que a formação de

parcerias com fornecedores auxilia numa melhor utilização de espaços e tempos dos setores produtivos. O

princípio ligado à investigação dos problemas pessoalmente e desde sua origem também apresentou uma

baixa média quando analisado o resultado geral da pesquisa. Nesse sentido, sugere-se a aplicação da

ferramenta Gemba Walks, que visa auxiliar a percepção das pessoas perante os problemas, além de

contribuir para melhorar a confiança e mudar a cultura de culpar as pessoas.

Quando analisados os resultados entre os diferentes setores da organização, confirma-se a percepção dos

princípios mais internalizados e destaca-se ainda, entre as áreas produtivas, a visão à longo prazo. Enquanto

identificou-se com menor grau de internalização os princípios 4, nas áreas administrativas e de suporte;

princípio 5, na área administrativa; princípio 7, na área produtiva; e princípio 12, nas áreas de suporte e

produtivas.

Já na comparação entre os diferentes níveis hierárquicos, destaca-se a diferença de percepção entre os

níveis mais altos da organização e os níveis mais próximos a setores operacionais. Enquanto a padronização

das atividades encontra-se entre os princípios mais incorporados pelos entrevistados segundo os níveis mais

altos da hierarquia, aos demais gestores este princípio está entre aqueles que apresentam maior potencial de

desenvolvimento. Destaca-se ainda, a filosofia de longo prazo, para os gerentes; o desenvolvimento de

líderes, para os coordenadores e líderes; o desenvolvimento de pessoas, para os coordenadores; e o respeito

entre parceiros para os líderes, como os princípios com pontuações mais altas. Contudo, para os gerentes, os

princípios relacionados ao nivelamento de trabalho e decisões por consenso encontram-se ainda com médias

baixas. Para os coordenadores, a necessidade de desenvolvimento é maior nos princípios relacionados ao

nivelamento de trabalho e padronização de atividades. E para os líderes, nos princípios que tratam da ultura

de parar e resolver e de observação pessoal no processo.

Através da pesquisa realizada e aplicada, foi possível alcançar os objetivos definidos no início deste

estudo, contribuindo ainda com a empresa X com sugestões de melhoria e outros possíveis estudos que

poderão ser realizados a fim de melhorar a percepção da incorporação dos 14 princípios Lean propostos por

Liker.

REFERÊNCIAS

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BASTOS, A. L. A.; BARBETTA, P. H. Modelo para Avaliação da Internalização dos Princípios Lean

Manufacturing – Uma Validação entre os Gestores de um Setor Produtivo de uma Indústria Têxtil. IV Congresso

Brasileiro de Engenharia de Produção. Ponta Grossa, 2014.

BERNARDI, G. ; WALTER, C. Especificação dos requisitos e proposta de um modelo de referência de um

sistema de informação para produção “one-of-a-kind”. Semana Acadêmica – UFRGS – Universidade Federal do

Rio Grande do Sul, 1998

LEAN INSTITUTE BRASIL, Para sistematizar a ida ao “gemba”. Disponível em:

<http://www.lean.org.br/leanmail/107/para-sistematizar-a-ida-ao-gemba.aspx>. Acesso em: 19 out. 2014.

LIKER, J. O modelo Toyota, 14 Princípios de Gestão do Maior Fabricante do Mundo. Porto Alegre: Bookman,

2005.

PIRES, S. R. I. Gestão da cadeia de suprimentos: conceitos, práticas e casos – Supply chain management. São

Paulo: Atlas, 2004.

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AVALIACAO DA QUALIDADE- INSPEÇÃO EM UMA INDÚSTRIA DE

CONFECÇÃO

Tainá E. JORDÃO, e-mail1: [email protected]

André L.A.BASTOS, e-mail²: [email protected]

UNIFEBE, Brusque, Santa Catarina.1

UNIFEBE, Brusque, Santa Catarina.2

Resumo: Para alcançar a competitividade e a produtividade desejadas pelas empresas é necessário que medidas

adequadas sejam realizadas nos sistemas produtivos. Uma das medidas para melhorar tal desempenho consiste na

inspeção do produto. Além disso, as organizações devem atender cuidadosamente as especificações que os clientes

desejam nos produtos fabricados. Desta maneira, a qualidade passa a fortalecer a competitividade da empresa,

diferenciando-a das suas concorrentes, fortalece a empresa e no mercado e amplia o grau de confiança em relação aos

consumidores e de todos aqueles que fazem parte do meio. Este trabalho tem como objetivo, descrever a inspeção de

produtos como uma forma de melhoria e aperfeiçoamento da qualidade na indústria têxtil de confecção do município

de Guabiruba- Santa Catarina. A metodologia utilizada consiste em revisão bibliográfica e um estudo exploratório. As

ações desenvolvidas contribuem para a diminuição de peças de 2ª qualidade que consequentemente seriam enviadas ao

cliente, gerando o descontentamento do mesmo.

Palavras-chave: Inspeção. Qualidade. Indústria de Confecção.

INTRODUÇÃO

Atender as especificações desejadas pelos clientes deve-se constituir em uma das metas da organização, a

fim de garantir-se no mercado competitivo. De acordo com Isnard et al. (2008), o controle de qualidade

envolve todas as atividades que visam prevenir defeitos, para tanto não é só atribuída à inspeção verificar tais

defeitos. Para isso atribui-se uma série de verificações que devem ser feitas, além de analisar a matéria

prima, o produto em fabricação e o acabado e a utilização das ferramentas, inclui constatar as causas dos

defeitos, o método que foi escolhido e a determinação desejada de qualidade ao mercado.

A inspeção pode ser considerada como a etapa mais importante da avaliação do controle de qualidade,

sobretudo em duas situações: na verificação do desempenho do processo produtivo e na verificação das

características de um produto. (GARVIN, 2002). Para isto utilizam-se meios de avaliação como uma ficha de

revisão, na qual se assegura se o lote é aprovado ou reprovado.

Neste contexto o trabalho em estudo retrata a inspeção como meio de avaliação para o controle da

qualidade que visa assegurar melhorias no setor têxtil de confecção.

METODOLOGIA

Neste trabalho foi feita uma pesquisa bibliográfica, seguida de um estudo exploratório, tendo em

vista descrever a aplicação da ferramenta de qualidade em uma empresa do ramo têxtil de confecção. Na

pesquisa bibliográfica os assuntos relacionados estão ligados ao controle de qualidade. No estudo

exploratório o instrumento utilizado para o estudo é verificar in loco de que forma a inspeção acontece na

empresa estudada.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O conceito de qualidade abrange diversos sentidos nas mais distintas situações, sendo na produtividade,

nos sistemas de produção e no aprimoramento do sistema. A qualidade faz parte das metas do sistema

organizacional, podendo ser encontrada nos produtos, serviços, na eficiência dos colaboradores e

principalmente, no que se refere à satisfação do cliente, sendo estas as atribuições que o cliente faz ao

produto ou ao serviço. (OLIVEIRA apud TAFOLI 1996)

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Segundo Paladini (2002) avaliar a qualidade é tão importante quanto produzir, pois quando se avalia de

forma continua, a qualidade se torna um fator estratégico para a empresa. Ao mesmo tempo em que se torna

um ponto estratégico esta avaliação da qualidade resulta também na maneira em que os desperdícios são

avaliados, de maneira que os desperdícios se tornem cada vez menores a fim de garantir uma produtividade

com maior índice de qualidade.

Nos séculos XVIII e XIX, quase tudo era fabricado por artesãos, ou seja, ainda não existia o controle de

qualidade. As quantidades que eram produzidas eram pequenas e eram produzidas na maioria das vezes por

trabalhadores habilidosos. A inspeção formal só passou a ser completamente necessária com o surgimento da

produção em massa e a necessidade de peças intercambiáveis, isto são peças que tivessem o mesmo

propósito sem que o resultado fosse prejudicado. (GARVIN, 2002). A inspeção da qualidade é um processo

pelo qual identifica se uma peça, uma amostra ou um lote atende a algumas especificações de qualidade. Na

qual detecta possíveis defeitos, para acionar ações de medidas preventivas a curto e em médio prazo.

(PALADINI, 2002)

A empresa pesquisa atua no ramo têxtil de confecção desde 1999, localizada no município de Guabiruba-

SC. Apesar de ser relativamente nova, os proprietários já estão no ramo têxtil há mais de 25 anos. Desde o

início a empresa contava com tecelagem, malharia e confecção, o que permanece ate os dias de hoje.

A empresa possui sua missão e visão estruturada com o foco de referência da área têxtil e de confecção.

Por meio de parcerias na excelência da qualidade de seus produtos assim como os novos produtos. E como

visionária a empresa quer fortalecer a marca por meio de inovação e exclusividade e ser reconhecida em

âmbito nacional.

O presente trabalho tem como instrumento de qualidade a inspeção senda esta utilizada na empresa em

estudo. A aplicaçao desta ferramenta tem como intuito garantir a qualidade das peças confeccionadas. Para

que isto aconteça , uma tabela de medidas é disponibilizada a cada inspetora, para realmente verificar se as

medidas condizem com a tabela. Outra ficha que é disponibilizada é a ficha tecnica do produto, nesta ficha

contem todas as informaçoes necessarias para que a peça seja confeccionada de forma correta. Tambem

verifica-se as estampas, sendo comprovadas atraves das mesmas ja estampadas em artigos e pinduradas em

um determinado local especifico da empresa, ficando a disposiçao de quem precisar, sendo organizadas por

clientes e na seuqencia por suas referencias. Alem disto utiliza-se tambem uma ficha de Revisão Final à qual

é aplicada apos a costura, durante todo o processo de inspeção do lote. Nesta ficha, consta se o lote foi

aprovoda ou não, caso seja reprovado deve constar quantas são de 2ª qualidade e qual o motivo.

Para manter as melhorias desejadas e estabelecer um padrão de qualidade nas peças confeccionadas, todas

as peças de segunda qualidade são verificadas e analisadas para constar o causa do problema e o que fazer

para melhorar, apos feito isto os responsaveis são cobrados se for um erro decorrente da empresa o

funcionario é cobrado para que o mesmo não se repita e se for externo ocasionado pela facçao a mesma

tambem é cobrada. Para que o mesmo não se repita a fim de melhorar a qualidade das peças. Contudo não

são gerados indicadores que apontem as quantidades confeccionadas ou estampadas com defeitos e tambem

não se realiza nenhum trabalho preventivo, pois não há uma inspetora que se dedique a isnpecionar as peças

produzidas nas facções.

CONSIDERAÇÕES

A ação realizada contribui na diminuição de peças de 2ª qualidade que seriam enviadas ao cliente

final. Na qual vale ressaltar a importância das fichas utilizadas e das amostras de estampas para comparar

com as peças produzidas. É importante supor que a inspeção de qualidade apresenta métodos eficientes, não

só para constar o resultado obtido através do processo, mas também do próprio formato em que o processo

de desenvolve ao longo do tempo.

Uma proposta futura é a implantação de ferramentas de qualidade que contribuirão ainda mais para

garantir a qualidade e gerar indicadores que proporcionem soluções para a melhoria continua na qual

satisfação à meta da empresa. Aplicar um modelo preventivo que seja capaz de minimizar as falhas antes

mesmo de chegar à empresa, como uma inspetora de qualidade que fosse a cada facção para verificar a

qualidade das peças no decorrer do processo.

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REFERÊNCIAS

CASTRO, Denyse R. C. A aplicabilidade dos gráficos de controle nas empresas como modelo de inspeção para a

avaliação da qualidade. Disponível

<http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2012_TN_STP_158_921_20804.pdf > Acessado em 15 de março de

2015.

GARVIN, David A. Gerando a Qualidade: a visão estratégica e competitiva.Rio de Janeiro: Qualitymark Ed,2002. 4p,

18 p.

ISNARD, Junior M. et al Gestão da qualidade.9ed Rio de Janeiro: FGV,2008.

PALADINI, Edson P. Avaliação estratégica da qualidade. São Paulo: Atlas ,2002.

TAFOLI, Eduardo T. Gestão da qualidade em serviço: a busca por um diferencial pelas empresas de pequeno porte do

setor supermercadista da região noroeste paulista. Disponível em www.revista.feb.unesp.br/index.

php/gepros/article/view/174. Acessado em 20 de março de 2015.

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A SUSTENTABILIDADE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA:

UM PROJETO DO PIBID NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

SÃO JOÃO BATISTA

Carla Regiane, VARGAS, [email protected]¹

João Derli de Souza, SANTOS, [email protected]²

André Fabiano, GNOATTO, [email protected]

Beatriz Muller, BEZERRA, [email protected]

Delaine Monize, TIL, [email protected]

Jhonatan, AMORIM, [email protected]

Laudelino Jose De, NOVAES NETO, [email protected]

Madier Gulliti, VIDAL, [email protected]

Maiara, SGROTT, [email protected]

Naisa Carla, RADTKE, [email protected]

Suzan Gracieli, MODSIESKIS, [email protected]

Centro Universitário de Brusque - UNIFEBE, Brusque, SC.¹,² 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Resumo: Educar para uma vida sustentável implica mudar o sistema, tendo cada vez mais o respeito à

vida, o cuidado diário com o planeta, tem sido uma das obrigações da Educação Física como

componente curricular. O projeto teve como objetivo de desenvolver praticas relacionadas a

sustentabilidade, abordando dentro do cotidiano, trabalhando jogos e atividades com materiais

recicláveis, assim desenvolvendo nos alunos pensamentos de respeito ao ser humano bem como respeito

a natureza. Proporcionando simultaneamente a vivencia da atuação docente, cumprindo assim um dos

objetivos do PIBID que é de a intervenção dos bolsistas nas escolas. O estudo desenvolvido através da

modalidade de Monitoria Paralela envolveu alunos do 4º ano do Ensino Fundamental na faixa etária dos

10 aos 12 anos. As atividades realizadas foram: Contação de história, apresentação dos materiais,

construção de brinquedos com materiais reciclados e a uma Gincana ecológica. Pode-se observar

grande participação durante as aulas de Educação Física, sendo que os alunos realizaram a maior parte

das atividades propostas. Foram identificadas melhoras em algumas capacidades, como trabalho em

equipe, a colaboração, o conhecimento quanto ao tema. Os resultados revelam um avanço qualitativo do

processo de formação de todos os envolvidos.

Palavra-Chave: Sustentabilidade, Educação Física, Projeto, PIBID

INTRODUÇÃO

A intenção de realizar este projeto surgiu da necessidade da sociedade atual

educar para a sustentabilidade onde o educar para uma vida sustentável implica mudar o

sistema, tendo cada vez mais o respeito à vida, o cuidado diário com o planeta. A

relevância deste projeto se justifica pela importância que vem sendo atribuída aos

valores fundamentais, princípios éticos e conhecimentos como respeito à terra e a toda a

diversidade da vida; cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e

amor; construção de sociedades democráticas que sejam justas, participativas,

sustentáveis e pacíficas (ABREU.; CARNEIRO, 2009).

A educação física como disciplina curricular tem a obrigação de seguir as

orientações curriculares onde a educação para um desenvolvimento sustentável é

considerada um dos princípios fundamentais, assim como também mostrada nos PCNs

(BRASIL, 1998). Docentes da Educação Física além do trabalho pedagógico com

jogos, esporte, ginástica, luta, dança - atividades rítmicas e expressivas e conhecimentos

sobre o próprio corpo têm tentado inserir as questões socioambientais para esta área do

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conhecimento, possibilitando a disciplina desenvolver nos sujeitos-educandos, valores e

atitudes de responsabilidade para com o meio ambiente(GADOTTI,2008).

Para Demo (2000), a necessidade de relacionar teoria e prática e a superação da

ideia de pacotes didáticos como forma de fazer ensino e despertar aprendizagens. Para

ele, a se criar condições de criatividade, via pesquisa, para construir soluções,

principalmente diante de problemas novos. Diante deste contexto, surge o Programa

Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência/CAPES, e a ideia de colaborar com

projetos pedagógicos de formação de professores possibilitando a difusão de

experiências e inovações no processo de formação inicial. Para a Educação Física,

novas portas são abertas no currículo e novas possibilidades de experimentação

pedagógica e aproximação do campo profissional potencializarão as inter-relações com

as necessidades da comunidade escolar.

O projeto teve como objetivo de desenvolver praticas relacionadas a

sustentabilidade, abordando dentro do cotidiano, trabalhando jogos e atividades com

materiais recicláveis, assim desenvolvendo nos alunos pensamentos de respeito ao ser

humano bem como respeito a natureza. Proporcionando simultaneamente a vivencia da

atuação docente, cumprindo assim um dos objetivos do PIBID que é de a intervenção

dos bolsistas nas escolas.

METODOLOGIA/ATIVIDADES

O estudo desenvolvido através da modalidade de Monitoria Paralela envolveu

alunos do 4º ano do Ensino Fundamental na faixa etária dos 10 aos 12 anos.

Foram realizadas atividades :

- Contação de história do Livro “nem tudo é Lixo” (figura 1);

- Demonstração dos materiais, através de imagens e vídeos e também de maneira

concreta (figura 2)

- Elaboração de teatro sobre o tema sustentabilidade (figura 3);

- Construção da bandeira do Brasil com material reciclado (figura 4);

- Brinquedos com materiais reciclados. As crianças montam brinquedos feitos com

materiais reaproveitáveis para estimular aspectos como hábitos sustentáveis,

curiosidade, trabalho em equipe, aprendizagem na prática. Tudo de forma

multidisciplinar, passando por conteúdos que vão da origem do material a ser

trabalhado.(Figura 5)

- Gincana Ecológica, como diversas tarefas utilizando de materiais reciclados ou da

natureza.(Figura 6)

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Figura 1 – Contação de História-Nem tudo é Lixo

Fonte:Vargas (2014).

Figura 3- Apresentação do teatro

Fonte: Vargas (2014).

Figura 2 – Apresentação das imagens

Fonte: Vargas (2014).

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RESULTADOS DA EXPERIENCIA

Através do trabalho realizado, percebe-se que desde o início das aulas os alunos

gostaram da metodologia das aulas, bem como a prática, sugerindo-se assim atividades

diferenciadas. Pode-se observar grande participação durante as aulas de Educação

Física, sendo que os alunos realizaram a maior parte das atividades propostas. Foram

Figura 4- Construção daBandeira do Brasil

Fonte:Vargas (2014).

Figura 5- Construção das brincadeiras com materiais

reciclados Fonte:Vargas (2014).

Figura 6- tarefa: Ponte de Jornal

Fonte: Vargas (2014).

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identificadas melhoras em algumas capacidades, como trabalho em equipe, a

colaboração, o conhecimento quanto ao tema. O trabalho desenvolvido nos mostra a

importância de possibilitar aos alunos atividades diferenciadas que despertem o prazer

em vivenciar a Educação Física no ambiente escolar, e de ampliar os seus

conhecimentos a respeito da prática da atividade física.

Outra reflexão do trabalho refere-se ao processo de construção das atividades

pelo trabalho coletivo. Pode-se perceber que este modelo de construção coletiva

demonstra eficácia, pois houve avanço por parte da equipe dos bolsistas e dos alunos.

Trabalhar coletivamente tem produzido resultados significativos não somente na

apropriação teórico-metodológica do processo de conhecimento da realidade, mas pelas

interações, diálogos e superação de conflitos, num rico processo de sociabilização dos

sujeitos-participantes. E o despertar para responsabilidade socioambiental, além de

possibilitar aos envolvidos uma nova forma de lidar com a natureza.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo em vista o compromisso e empenho apresentados por todos os integrantes

do Subprojeto PIBID, o respaldo oferecido pela UNIFEBE e pela GERED Brusque,

através da escola parceira, os resultados revelam um avanço qualitativo do processo de

formação de todos os envolvidos. Através de relatos dos alunos da escola e dos

bolsistas, constata-se que as experiências oportunizadas pelo Subprojeto possibilitam

uma ampla compreensão do âmbito escolar e seus atores, da natureza da Educação

Física como componente curricular e preparando-os para atuação docente. Desta forma

as atividades realizadas podem contribuir na reflexão sobre as questões pedagógicas da

Educação Física e as questões Socioambientais e ampliando a abrangência de ambos os

conhecimentos no espaço escolar e assim construindo caminho para uma Educação

comprometida com a vida humana.

REFERÊNCIAS

1ABREU, M. J. M.; CARNEIRO, S. M. M. A relação entre a educação física e a educação ambiental –

um estudo na rede municipal de ensino de Curitiba. IX Congresso Nacional de Educação –Educere-

Puc Paraná, 2009.

²BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação física:

Ensino de quinta a oitava séries / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998.

3DEMO, Pedro. Pesquisa e Construção de Conhecimento: metodologia científica no caminho de

Habermas. 4. ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2000.GADOTTI

4GADOTTI, M.Educar para a sustentabilidade. Inclusão Social, Brasília, v. 3, n. 1, p. 75-78, out.

2007/mar. 2008

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Aplicação dos 5S em uma empresa de confecção de roupas da cidade de

Brusque – SC

Marcio Fernando, MAFFEZZOLLI, [email protected]

André Luis Almeida, BASTOS, [email protected]

Centro Universitário de Brusque - UNIFEBE, Brusque, Santa Catarina.1

Centro Universitário de Brusque - UNIFEBE, Brusque, Santa Catarina.2

Resumo: A presente pesquisa realizada em uma empresa de confecção de roupas localizada na cidade de Brusque

– SC apresenta a fundamentação conceitual, a aplicação e a importância da ferramenta 5S para a qualidade, esta

ferramenta divide-se em 5 sensos e mostrará o passo a passo de cada senso: senso de descarte, senso de organização,

senso de limpeza, senso de higiene/saúde e senso de disciplina. Mostrará os retornos favoráveis que ela trás, ajudando

ela a se manter no mercado competitivo com sua aplicabilidade, seus benefícios como a busca pela melhoria continua e

mudança organizacional na qualidade do trabalho e dificuldades como a de motivação e manutenção após o programa

implantado. Como resultados alcançados, podem-se destacar a organização da empresa, liberação de espaço físico,

motivação e envolvimento dos colaboradores e gerentes, e melhoria na qualidade dos produtos e processos. É uma

ferramenta de aplicação básica, todavia se aplicada corretamente pode trazer bons benefícios a empresa.

Palavras-chave: qualidade, programa 5 sensos, confecção de roupas, melhoria

INTRODUÇÃO

A concorrência entre as empresas se tornou acirrada, obrigando elas a se adaptarem a este cenário de

forte concorrência que se formou nos últimos anos. Assim a implantação de programas de gestão da

qualidade surgiu como uma estratégia para as empresas conseguirem se firmar no mercado. Com isso em

mente, na década de 1950 no Japão, Kaoru Ishikawa criou o programa 5S, ou cinco sensos. Este método

ficou conhecido por melhorar significativamente a qualidade dentro das empresas que a utilizaram. Todas as

empresas procuram por uma melhora na produtividade, contudo esbarram em deficiências comportamentais

de seus colaboradores, são essas empresas que devem implantar o 5S.

METODOLOGIA

Este trabalho é uma pesquisa bibliográfica, com a aplicação pratica da ferramenta 5S na empresa. O

trabalho foi desenvolvido através de pesquisas e analises das melhorias nos processos, tentando verificar os

problemas ocorridos na empresa, analisá-los e eliminá-los.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os cinco sensos

Diante do problema da concorrência, programas como o 5S vem sendo empregado em busca de um

futuro melhor para as empresas. Segundo Delgadillo et al(2006) ele é um aliado nas estratégias de melhoria

nas organizações, pois é uma proposta que visa reeducar as pessoas, recuperar valores, buscar a melhoria no

ambiente de trabalho, aumentar a produtividade, não descuidar da saúde e segurança, modernizando as

organizações, e o mais importante, busca a conscientização das pessoas para a cidadania.

O 5S ou 5 sensos, foi desenvolvido no Japão por Kaoru Ishikawa na década de 1950, e se apresenta como

uma ferramenta capaz de promover mudanças culturais e aumentar a produtividade das empresas por meio

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do combate aos desperdícios de tempo e de materiais, promoção da auto disciplina e da integração entre os

colaboradores (CHARANTIMATH, 2006).

Com o objetivo de alavancar a economia japonesa destruída pós a segunda grande guerra o professor da

universidade de Tóquio Kaoru Ishikawa e o professor Nakaigawa do departamento de defesa japonesa

visitaram algumas empresas americanas. Gostaram tanto do que vira nas empresas americanas, que ao

retornar ao Japão desenvolveram um método para a melhoria da qualidade, o 5S. Segundo RIBEIRO et

al(1994, p. 15), é uma prática desenvolvida no Japão, onde os pais ensinam a seus filhos princípios

educacionais que acompanham até a fase adulta.

A sigla 5S refere-se às iniciais de cinco palavras japonesas: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke.

Traduzindo para o português respectivamente: Senso de Descarte, Senso de Organização, Senso de Limpeza,

Senso de Higiene/Saúde e Senso de Disciplina. Sendo este último (SHITSUKE) responsável por manter

vivos os quatros primeiros “S”.

O 5S pode ser praticado por qualquer sociedade, empresa ou até família, pois tem o objetivo de

transformar as organizações e a atitude das pessoas, aumentando a produtividade, reduzindo os custos,

eliminando desperdícios e assim melhorando a qualidade de vida dos funcionários

Segundo SILVA et al (1994, p. 19), “a partir de maio de 1991, quando o programa foi lançado

fortemente no Brasil, sua importância fundamental na criação do ambiente da qualidade total tem sido

reconhecida amplamente pelas organizações, incluindo muitas das maiores e melhores empresas sadias no

país”.

Os benefícios do 5S para a empresa são consideráveis, visto que, ele muda a maneira de pensar das

pessoas, favorecendo a implantação de práticas de melhoria contínua e mudança organizacional na qualidade

do trabalho.

A maior dificuldade das empresas é em manter o programa funcionando depois de iniciado, pois é

preciso que todo o ambiente se transforme desde a diretoria ao operário, é necessário o empenho e a

autodisciplina de cada um para que tudo ocorra corretamente e o programa seja realizado com sucesso.

Segundo Barreto (1997), na indústria de confecção brasileira o que se encontra é o improviso, visto que

pessoas sem nenhum conhecimento técnico e também de supervisão costumam comandar e coordenar as

Pequenas e Médias Empresas (PMEs), sendo que nem sempre conseguem se adequar às normas exigidas e

implantar métodos efetivos de gestão.

Todos buscam um bem comum no lugar onde trabalham: o sucesso de sua empresa. Por isso o descarte

de itens sem utilidade, liberação do espaço de trabalho, normas de organização, saber diferenciar o certo do

errado, arrumação, locais limpos sem presença de pó, são essas condições que deixam o funcionário

empenhado em realizar um bom serviço dentro de sua empresa, pois assim ele é capaz de realizar um bom

trabalho, em equipe ou não, melhorando dia após dia.

Conceitos

Seiri - Senso de descarte: Conhecido também como senso de utilização visa descartar tudo o que é

desnecessário. Consiste em colocar os objetos em ordem de importância, classificando-os em seu grau de

utilidade, ou seja, uso com alta, media ou baixa freqüência. A aplicação desse senso é um meio de aproveitar

o espaço disponível por meio da eliminação de ferramentas quebradas e obsoletas, lixo e excesso de matéria

prima (BALACHANDRAN; CHANDRASEKARAN, 2009).

Seiton – Senso de organização: Cada coisa em seu lugar para o pronto uso, pois assim não há desperdício

de tempo. Há uma diminuição do cansaço físico, economia de tempo e facilita a tomada de medidas

emergenciais. Primeiro define-se um lugar para os objetos, em seguida deve-se definir como guardar as

coisas e por último obedecer às regras.

Seiso – Senso de limpeza: Cada pessoa deve limpar a sua própria área de trabalho e conscientizar o grupo

para não sujar. Todos devem ver o local de trabalho sob a ótica de um visitante tendo a preocupação de

causar uma boa impressão. È importante que para cada área de trabalho tenha seus responsáveis pela

limpeza. Um ambiente limpo facilita a visualização de itens estragados e melhora a imagem com seu cliente.

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Seiketsu–Senso de higiene/saúde: Engloba a organização, limpeza e utilização, mantendo as condições

de trabalho favoráveis à saúde física e mental. Tal senso consiste em padronizar as atividades dos 5´S,

estimulando o aparecimento de eventuais anormalidades e combatendo as mesmas. A definição deste senso

também inclui as boas condições de iluminação e climatização do ambiente de trabalho (GULATI, 2009).

Busca o bem estar dos funcionários, pois com boa saúde a disposição aumenta melhorando a produtividade

Shitsuke - Senso de disciplina: Os resultados serão imediatos se houver a disciplina para aplicação deles.

Sem a disciplina os outros sensos não funcionam, sendo ela então o senso mais importante. Tem que agir de

maneira certa naturalmente, em harmonia com todos os membros da empresa, e concordar em se

comprometer com as normas e padrões éticos. Realizar o combinado.

A Empresa

Este estudo foi realizado em uma empresa de confecções de roupas localizada na cidade de Brusque no

estado de Santa Catarina (SC). Nela atuam o dono, três colaboradores administrativos e um talhador. A

empresa trabalha apenas com talhação própria sendo a parte da costura terceirizada. Atende o mercado da

região sul do Brasil e contem marca própria. Tem um faturamento variável de acordo com a demanda do

mês.

Aplicação

O estado de Santa Catarina onde fica localizada a empresa tem a maior concentração de indústrias do

setor têxtil na América Latina (8.321). O segmento exporta acima de US$ 260 milhões e, dos setores

industriais, é o que emprega mais gente: 155 mil pessoas.

O primeiro passo dado pela empresa foi a implantação do Senso de descarte, onde os itens identificados

que não tinham mais utilização ou estavam com defeitos foram enviados para a “área de descarte” ou para

uma manutenção.

Feito o descarte, seria necessário analisar agora o senso de organização da empresa. Ficaram definido os

locais específicos para as ferramentas utilizadas na talhação, tais como, talhadeira, tesouras, moldes entre

outros. Todos os itens foram identificados e colocados próximos a sua respectiva área de atuação, evitando

assim o desperdício de tempo e o cansaço físico. Arquivos e pastas também foram identificados e

padronizados de acordo.

Pela seqüência, o senso de limpeza e bem-estar do funcionário seria o próximo item analisado. Foi

realizada uma limpeza geral no banheiro da empresa e cartazes sobre higiene pessoal e aromatizantes foram

colocados no local. Em relação às áreas de serviço cada pessoa limpava o seu respectivo espaço de trabalho,

além disso, práticas para a diminuição de sujeira gerada foram discutidas e analisadas. Foi melhorada a

iluminação do ambiente e a climatização visto que o local de trabalho no verão era muito quente.

Para a aplicação do senso de disciplina foi utilizado o recurso fotográfico, mostrando o antes e depois da

empresa e suas melhorias para que os funcionários continuem motivados na aplicação do 5S. Todos os

envolvidos no projeto visualizaram a melhora que o 5s proporciona, sendo assim mais um fator para a

motivação dos funcionários.

Para a eficácia do programa 5S é importante o uso de avaliações para que o mesmo vire uma rotina na

empresa, assim o programa vem sendo monitorado por todos os funcionários onde cada um faz a sua parte e

ajuda o próximo o monitorando também. Até então, a empresa não havia iniciado nenhum programa de

gestão da qualidade, embora já tivesse adotado alguns mecanismos para controle de não-conformidades e

abortado posteriormente. Reuniões semanais começaram a ser realizadas para ver se o programa esta sendo

implantado corretamente, nas quais ocorreram brainstormings, distribuição e acompanhamento da execução

de tarefas contidas no Plano de Ação do Programa 5S.

Como o programa começou agora na empresa os resultados esperados ainda não ocorreram totalmente,

porem melhorias já foram percebidas, como uma melhor qualidade no produto e funcionários mais

motivados, com o tempo espera-se que os resultados ocorram como o previsto.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em pouco tempo do programa 5S sendo executado na empresa, pode-se notar uma melhora significativa,

principalmente no estimulo para as pessoas realizarem seu trabalho corretamente. Tudo se encontra

organizado e de fácil acesso aos colaboradores da empresa. Todavia a prática no Brasil tem que ser

aperfeiçoada, visto que no Japão é ensinada para as crianças desde muito cedo e no Brasil isso não ocorre.

Portanto deve-se tentar lembrar aos colaboradores da empresa sempre que possível a importância e os

benefícios trazidos por esse método e mostrar como ela é essencial para o dia-dia dentro da empresa

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II Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade, 10 a 12 de setembro de 2012, Brusque – SC

.

REFERÊNCIAS

DELGADILLO, S. M. L. T.; LOUREIRO JUNIOR, A.; OLIVEIRA, E. Repensando o método 5S para arquivos.

Revista Eletrônica de Biblioteconomia, n. 22, 2006.

BARRETO, A. A. M. Qualidade e Produtividade na Indústria de Confecção. SENAI: Londrina, 1997

CHARANTIMATH, P. M. Total Quality Management. 1. ed. New Delhi: Dorling Kingsley, 2006

SILVA, João Martins. 5S: o ambiente da qualidade. 2. ed. Belo Horizonte: Littera Maciel, 1994.

RIBEIRO, Haroldo. A base para a qualidade total 5S. 9. ed. Salvador: Casa da Qualidade, 1994.

BALACHANDRAN, V. & CHANDRASEKARAN, V. Office Management. New Delhi: The McGraw Hill

Companies, 2009.

GULATI, R. Maintenance and Reliability Best Practices. 1. ed. New York: Industrial Press, 2009

MOURA, Moacir et al. Arrumando a casa com qualidade. Curitiba: APRAS, 1996.

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A CONCEPÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DAS EMPRESAS

LOCALIZADAS NO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE - UNIFEBE

Carina, SANTOS MARAFIGA, [email protected]

Rafael, IMHOF2

Siliane, FERRARI VOLTOLINI

Janilson, LOTÉRIO4

Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE, Brusque, Santa Catarina.1

Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE, Brusque, Santa Catarina.2

Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE, Brusque, Santa Catarina.3

Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE, Brusque, Santa Catarina.4

Resumo: Este projeto é uma parte de um trabalho de iniciação cientifica que ainda está em desenvolvimento. A

proposta deste trabalho visa inicialmente compreender o conceito de sustentabilidade, pois é possível encontrar na

literatura muitas definiçõe para esse termo, que vão muito alêm da questão ambiental. Após essa etapa, haverá

aplicaçãode um questionário com as empresas instaladas na UNIFEBE, no campus do bairro Santa Terezinha. A

definição dessa amostra está baseada na argumentação de que se a UNIFEBE prentende ser uma instituição

sustentável seus parceiros também deverão ser. Após a aplicação serão analisados os dados com o objetivo de

identificar se as empresas são ou não sustentáveis, e com isso se for necessário, propor um plano de ação sobre o

tema a cada uma delas. Espera-se encontrar nas empresas alguns indícios de sustentabilidade, pois acredita-se que,

mesmo não compreendendo seu conceito mais amplo, todas já discutiram ou pensaram algo sobre o tema.

Palavras-chave: Sustentabilidade. Empresas Sustentáveis. Conceito.

INTRODUÇÃO

A sustentabilidade é um conceito que têm se discutido largamente na atualidade, nas universidades,

na televisão, nos comerciais de produtos em geral e nas empresas. Mas o que define na verdade uma empresa

sustentável? Será que esse conceito serve somente para as empresas que geram resíduos de fabricação ou ele

pode ser um conceito geral que se aplica a todos os ramos?

Para facilitar a compreensão do conceito de sustentabilidade, Sachs (1993) a divide em cinco

classificações: a sustentabilidade ambiental, a sustentabilidade econômica, a sustentabilidade ecológica, a

sustentabilidade social e a sustentabilidade política. Essa divisão é contraposta pela visão de Shumacher

(CMMAD, 1991), que classifica somente em sustentabilidade ambiental, econômica e pessoal. Mas, essas

duas visões diferem principalmente na definição do termo ambiental, pois Shumacher refere-se ao uso

racional dos recursos, enquanto Sachs à capacidade dos ecossistemas diante da agressão humana.

O conceito descrito por Sachs (1993) refere-se à sustentabilidade como:

“Sustentabilidade ecológica – refere-se à base física do processo de crescimento e tem como objetivo a

manutenção de estoques dos recursos naturais, incorporados as atividades produtivas.

Sustentabilidade ambiental – refere-se à manutenção da capacidade de sustentação dos ecossistemas, o

que implica a capacidade de absorção e recomposição dos ecossistemas em face das agressões antrópicas.

Sustentabilidade social – refere-se ao desenvolvimento e tem por objetivo a melhoria da qualidade de

vida da população. Para o caso de países com problemas de desigualdade e de inclusão social, implica a

adoção de políticas distributivas e a universalização de atendimento a questões como saúde, educação,

habitação e seguridade social.

Sustentabilidade política – refere-se ao processo de construção da cidadania para garantir a

incorporação plena dos indivíduos ao processo de desenvolvimento.

Sustentabilidade econômica – refere-se a uma gestão eficiente dos recursos em geral e caracteriza-se

pela regularidade de fluxos do investimento público e privado. Implica a avaliação da eficiência por

processos macro social.” (SACHS, 1993)

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Logo é importante compreender que a sustentabilidade é um conceito muito amplo, ultrapassando a

barreira das questões ambientais. Como o passar do anos surgem outros termos. O termo “desenvolvimento

sustentável” surgiu a partir de estudos da Organização das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas,

como uma resposta para a humanidade perante a crise social e ambiental pela qual o mundo passava a partir

da segunda metade do século XX.

Em 1986 a Conferência de Ottawa (Carta de Ottawa, 1986) estabelece cinco requisitos para se

alcançar o desenvolvimento sustentável:

- integração da conservação e do desenvolvimento;

- satisfação das necessidades básicas humanas;

- alcance de equidade e justiça social;

- provisão da autodeterminação social e da diversidade cultural;

- manutenção da integração ecológica.

Esses requisitos são destinados principalmente aos países, mas muitas empresas acabam usando eles

em suas corporações. Para a Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD,1988,

1991) os objetivos que derivam do conceito de desenvolvimento sustentável estão relacionados com o

processo de crescimento da cidade e objetiva a conservação do uso racional dos recursos naturais

incorporados às atividades produtivas. Entre esses objetivos estão:

- crescimento renovável;

- mudança de qualidade do crescimento;

- satisfação das necessidades essenciais por emprego, água, energia, alimento e saneamento básico;

- garantia de um nível sustentável da população;

- conservação e proteção da base de recursos;

- reorientação da tecnologia e do gerenciamento de risco;

- reorientação das relações econômicas internacionais

(CMMAD, 1988, 1991).

Para compreender melhor o termo sustentabilidade é importante conhecer como foi discutida essa

questão ao longo do tempo. Essa linha é apresentada por Minehira (2011).

1906 EUA lançam a Regulamentação para Inspeção de Carnes e a Lei de Alimentos e

Medicamentos.

1911 Estabelecida a primeira reserva florestal do Brasil, no então território do Acre.

1934 O Código Florestal Brasileiro e o Código de Águas são sancionados.

1961 É criada a World Wildlife Fund (WWF), em Zurique, Suíça, por um grupo de cientistas.

1962 A bióloga marinha Rachel Carson lança o livro Primavera Silenciosa, provando que

pesticidas e inseticidas contaminam o ambiente

1967 No Brasil são editados os códigos de Caça, de Pesca, de Mineração e a Lei de Proteção à

Fauna

1968 Paris sedia a Conferência da Biosfera, que debate os aspectos científicos da conservação

do ambiente natural.

1972 Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, em Estocolmo (Suécia). O termo

“sustentabilidade” começa a ser delineado.

1981 É editada a lei que estabelece no Brasil a Política Nacional de Meio Ambiente.

1987 Definido oficialmente no âmbito da ONU o conceito de “desenvolvimento sustentável” no

Relatório “Nosso Futuro Comum”, elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio

Ambiente e Desenvolvimento, que ficou conhecido como Relatório Brundtland. “O

desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem

comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias

necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível

satisfatório de desenvolvimento social e econômico e de realização humana e cultural,

fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as

espécies e os habitats naturais.”

1989 Nasce o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(Ibama).

1990 Promulgado no Brasil o Código de Defesa do Consumidor.

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1992 Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92), no

Rio, lança as bases da Agenda 21, que propõe “mudanças nos padrões de consumo”.

1992 Criação da Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS), pela Assembleia Geral da

ONU

1995 A Comissão de Desenvolvimento Sustentável da ONU documenta o conceito de consumo

sustentável. “É o uso de serviços e produtos que respondem às necessidades básicas de

toda a população e trazem a melhoria na qualidade de vida, ao mesmo tempo em que

reduzem o uso dos recursos naturais e de materiais tóxicos, a produção de lixo e as

emissões de poluição em todo o ciclo de vida, sem comprometer as necessidades das

futuras gerações.”

1997 É ratificado o Protocolo de Kyoto, que estabelece metas de redução das emissões de gases

de efeito estufa pelas nações industrializadas. Os EUA não assinam.

1998 No Brasil, é publicada a Lei Federal nº 9.605, que dispõe sobre crimes ambientais.

2000 Com 50 milhões de assinaturas, o Manifesto 2000 para uma Cultura de Paz e de Não-

violência defende o “consumo responsável”.

2009 O Ministério do Meio Ambiente do Brasil institui 15 de outubro como o Dia Nacional do

Consumidor Consciente

2010 É declarado o Ano Internacional da Biodiversidade pela ONU.” Tabela 01: Elaborada pelos autores

Como se percebe, muitas ações governamentais já foram apresentadas sobre os temas, e também que

as dimensões da sustentabilidade vão muito além da questão do meio ambiente. A UNIFEBE vem buscando

nos últimos anos, ser uma instituição sustentável, mas o seus parceiros também buscam isso? Dessa forma

propõe-se o estudo da sustentabilidade com os seus parceiros, inicialmente com aplicação de um

questionário, adaptando o modelo usado pela revista EXAME.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada é quantitativa, qualitativa, exploratória. Composta por revisão bibliográfica

e também por questionário aplicado pelos acadêmicos para coleta de dados.

A pesquisa será desenvolvida em quatro etapas, problematização inicial, (elaboração e definição do

problema de pesquisa), organização do conhecimento (levantamento dos objetivos de estudo, pesquisa

bibliográfica e em campo), aplicação do conhecimento (análise doo dados pesquisados) e a socialização do

conhecimento (apresentação dos resultados obtidos para comunidade cientifica e acadêmica).

Diante dessas informações, o problema de pesquisa é inicialmente compreender e buscar uma

definição de o que é um Empreendimento Sustentável para a região de Brusque e identificar empresas que

tenham esse perfil, parceiras da UNIFEBE.

Objetivos:

1) Definir o que é empresa sustentável, para a região de Brusque.

2) Identificar através da definição, exemplos de empresas sustentáveis.

3) Analisar os custos e benefícios de um empreendimento sustentáveis.

4) Verificar ações dos órgãos públicos sobre o tema, e seus impactos ao empreendedor sustentável.

5) Compartilhar informações sobre o tema com outros projetos ou grupos de pesquisas da Unifebe.

Algumas questões que serão abordadas: Dimensão Ambiental

1- A empresa possui uma política ambiental? Qual?

2 - A empresa separa o óleo residual da cozinha, levando em pontos de coleta para reciclarem?

3 - A empresa separa resíduos orgânicos (sobras de alimentos) para transformar em adubo?

4- Selecione as práticas da empresa relacionadas ao consumo de recursos naturais:

3 - A empresa utiliza materiais reciclados em suas operações?

5 - Possui programas estruturados para o gerenciamento de seu desempenho Ambiental?

6 - Existe um programa específico para contratação de aprendizes?

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7 - A empresa garante o acesso de todos os seus funcionários a atividades de educação e

desenvolvimento que ampliem a competência, as oportunidades de carreira e a empregabilidade,

independente do seu nível hierárquico?

8- A empresa utiliza critérios sociais para qualificação, seleção e monitoramento de seus fornecedores

de bens e serviços?

9 - Qualifique seu interesse pelos assuntos relacionados com o Meio Ambiente?

10 - Qual ação para proteger o meio ambiente você toma no dia-a-dia?

11 - A solução dos problemas ambientais, a seu ver, depende mais:

12 - O que você acha da importância da formação ambiental nos cursos de graduação, para que os

estudantes saibam como contribuir com a sustentabilidade:

13 - Como você avalia a atuação da UNIFEBE nas questões ambientais:

14 - O que o desmotivaria a separar corretamente os resíduos hoje?

15 - O que você acha do número de lixeiras pela universidade?

Com esse conjunto de perguntas acredita-se poder identificar, em consideração a dimensão ambiental, se as

empresas parceiras da Unifebe, tem o princípio da sustentabilidade em suas organizações.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nessa última década a região de Brusque vem passando por várias situações ocorridas por questões

ambientais, sendo assim, para o futuro administrador/empreendedor, é importante compreender essa

problemática, considerando o seu sentido mais amplo. Também é importante ressaltar que o tema

Sustentabilidade é um dos princípios institucionais definidos pela UNIFEBE atualmente.

A respeito de “empreendedorismo”, de acordo com De Soto (2010), essa expressão procede

etimologicamente do verbo latino “in prehendo-endi-ensum” e significa descobrir, ver, perceber, dar-se

conta. Na França ainda na Idade Média, já se utilizava do termo “entrepreneur” para designar pessoas

encarregadas de efetuar ações importantes. Segundo descrição do dicionário Aurélio empreendedor é “o que

empreende coisas difíceis; arrojado; realizador.” Pode-se perceber que ser empreendedor é algo de muito

tempo atrás. A essência durante toda a história está voltada ao novo, novas ideias, novos comportamentos,

novas maneiras de ver o papel da sua empresa na sociedade. Conforme Chiavenato (2012) o

empreendedorismo é essencial nas sociedades, pois é através dele que as empresas buscam a inovação e

preocupam-se em transformar conhecimentos em novos produtos. Percebe-se pelas palavras do autor, que a

função empreendedora vai muito além do ato de criar uma empresa. Mas sim inovar e acrescentar algo novo

à empresa, e assim para a sociedade. O ato de administrar é ser empreendedor, pois é por ele que metas

viram resultados. No mundo globalizado em que se vive, a concorrência está muito acirrada, por isso a

constante necessidade de práticas novas para administrar sua empresa.

A questão da sustentabilidade é uma tendência, que pode trazer ao mundo novas maneiras de

administrar uma empresa. Os resultados já encontrados mostram que o conceito de sustentabilidade é

conhecido, mas ainda não é totalmente compreendido por todos. Porém percebem-se indícios de

sustentabilidade nelas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como já relatado, essa pesquisa está em fase inicial, mas percebemos que por ser relativamente um

tema novo no mundo empresarial, ainda falta maturidade de compreensão por parte dos empreendedores

atuais e dos futuros empreendedores. Ainda não temos todos os dados finalizados, mas denota a necessidade

de ampliar o debate sobre o tema.

REFERÊNCIAS

CMMAD – Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso futuro comum. 2a ed. Tradução

de Our common future. 1a ed. 1988. Disponível em http://www.onu.org.br/rio20/documentos/ Acessado em 15 de maio

de 2015.

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CHIAVENATO, I. Empreendedorismo – Dando Asas ao Espírito Empreendedor, 4ª Ed. Barueri-SP: Manole,

2012.

DE SOTO, J. H. A Escola Austríaca/ Jesus Huerta de Soto. São Paulo: Instituto Ludwig Von Mises Brasil, 2010.

MINEHIRA, C. Linha do tempo do consumo consciente e da sustentabilidade: Do século XIX ao ano 2010,

Akatu traça os principais acontecimentos sobre a cronologia do consumo consciente. Disponível em

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/linha-tempo-consumo-consciente-sustentabilidade-

621885.shtml?func=2 Acessado em 15 de maio de 2015.

SACHS, I. Estratégias de Transição para do século XXI – Desenvolvimento e Meio Ambiente. Disponível em

http://www.onu.org.br/rio20/documentos/ Acessado em 15 de maio de 2015.

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ESTUDO SOBRE O APROVEITAMENTO DA ÁGUA DA CHUVA NA

CIDADE DE BRUSQUE

Rubens, BARTELT, [email protected]

Renata, de SOUZA, [email protected]

Bianca, de SOUZA, [email protected] Raul Otto, LAUX, [email protected]

UNIFEBE, Brusque, SC

Resumo: Este trabalho tem como objetivo principal realizar um breve estudo sobre métodos de captura e

armazenamento que permitem o aproveitamento da água da chuva para uso residencial. Tendo em vista o crescente

aumento no consumo e a escassez cada vez maior deste recurso primário e essencial a sobrevivência humana,

torna-se cada vez mais necessário o consumo racional da água, bem como a busca por novas formas de se obter este

recurso de forma sustentável. Uma das formas mais ecológicas de se obter este importante recurso hídrico é através

da chuva, sendo assim a captação e armazenamento das águas da chuva é uma forma de se obter este recurso para

posterior utilização. Mesmo que a água da chuva não seja potável ela pode ser utilizada de diversas formas, tais

como irrigação, limpeza e água servida. O presente trabalho apresenta ainda sugestões para um consumo

consciente deste importante recurso, para que a água não nos falte no futuro. A proposta de pesquisa utilizada foi

de finalidade básica, exploratória e bibliográfica. Os resultados esperados permitirão conscientizar a população da

cidade de Brusque para consumo sustentável, permitindo uma economia com os pelos sistemas de abastecimentos

de água e suas consequências.

Palavras-chave: Água, Aproveitamento, Chuva.

INTRODUÇÃO

A maior parte do Planeta Terra é constituída de água, mas somente uma pequena porcentagem desta água

está disponível para ser utilizada pelo homem. Os oceanos e mares constituem 97,2% da água existente na

Terra, cobrindo 71% de sua superfície. Além disso, há água acumulada nas calotas polares, no pico das

montanhas, no vapor atmosférico, e em profundidades não acessíveis, que não são aproveitáveis (MOTA,

1997).

A escassez da água, problema enfrentado em vários locais, é resultado do consumo cada vez maior dos

recursos hídricos, do mau uso que se faz dos mesmos, da poluição, do desperdício e, sobretudo, da falta de

políticas públicas que estimulem o uso sustentável da água. A essencialidade desse recurso natural é

indiscutível, sendo extremamente necessário para a manutenção da vida no planeta. É em virtude deste

panorama que cresce a necessidade de encontrar meios e formas de preservar a água potável, passando

necessariamente pela busca de novas tecnologias e pela revisão do uso da água pela população.1

O uso de fontes alternativas de suprimento é citado como uma das soluções para o problema de escassez

da água. Dentre estas fontes destaca-se o aproveitamento da água da chuva, por se tratar de uma das soluções

mais simples e baratas para preservar a água potável, trazendo ainda como benefício a redução do

escoamento superficial, minimizando os problemas com enchentes.1

A falta de água é problema que a cada dia esta se tornando constante em diversas residências do pais

principalmente em regiões metropolitanas onde a população é mais concentrada. Com isso torna-se

necessário a conscientização de um consumo racional da água e o desenvolvimento de novas formas de se

obter esse recurso A captação de água da chuva é uma forma de amenizar o problema. Além de amenizar os

gastos com o tratamento, gera uma enorme economia de água potável. A implantação de mecanismos de

aproveitamento de água da chuva seria uma solução de curto, médio e longo prazo para a falta de água. É

necessário captar a água da chuva antes que ela chegue ao solo para que não haja qualquer tipo de

contaminação. O telhado pode servir como um espécie de coletor de chuva onde a água escoa até a calha e é

conduzida por canos que de P.V.C, permitindo assim, armazená-las em cisternas. Com a água que

armazenamos nas cisternas podemos utilizar para diversos fins não potáveis como lavar roupas, carros,

calçadas e também a irrigação de plantações. Caso haja uma boa aceitação pela população desse sistema de

coleta e consumo de água da chuva será um grande ganho para o sistema de abastecimento de água da

cidade de Brusque.

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METODOLOGIA

A proposta de pesquisa utilizada foi de finalidade básica, exploratória e bibliográfica, com a finalidade

de apresentar a população sugestões da importância do aproveitamento da água da chuva. De acordo com

Lakatos e Marconi (2007) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida através de varias fontes, ou seja, tanto em

meio impresso quanto digital.

Na a literatura pesquisada destaca que a chuva inicial é mais poluída, pois é responsável por lavar a

atmosfera contaminada por poluentes e a superfície de captação, quer sejam telhados ou superfícies no solo

(GOULD, 1999). Maestri (2003), cita que a região do Brasil que vai do Estado do Espírito Santo ao Rio

Grande do Sul tem grande potencial para ocorrência de chuvas ácidas (pH menor que 5,8). Logo, a água de

chuva desta região deve ser utilizada para fins não potáveis, principalmente nas áreas industriais, onde há

maior poluição atmosférica. A água da chuva para ser potável deve ter pH entre 5,8 e 8,6 (GROUP

RAINDROPS, 2002).

A chuva ao cair trás os elementos presentes na atmosfera, os quais poderão interferir na qualidade desta

água. Desta maneira torna-se necessário a utilização de artifícios que descartam os primeiros milímetros de

chuva, tais como filtros e separadores de água, como pode ser visto na figura abaixo:

Fonte: http://www.sempresustentavel.com.br/

A porcentagem de água consumida por atividade doméstica para um consumo diário de 200 litros por

habitante pode ser vista na tabela abaixo, onde pode ser constatado que o maior consumo de água esta na

utilização do vaso sanitário:

Figura 1: Exemplo de sistema de captação de água da chuva

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Tabela 1: Porcentagem da água consumida por atividade doméstica local.

Aparelhos Consumo (%)

Descarga do vaso sanitário 41

Chuveiro 37

Pia (cozinha) 6

Bebida 5

Lavação de roupas 4

Limpeza da casa 3

Irrigação de jardins 3

Lavação de carros 1

Fonte: Sulayre Mengotti de Oliveira 2005

RESULTADOS E DISCUSSÕES

As águas das chuvas não podem ser negligenciadas nas discussões sobre a falta de água, tanto para o

consumo humano, quanto para o desenvolvimento de outras atividades. Na região Nordeste do Brasil ela é

fundamental para suprir as necessidades de uso doméstico e das atividades na agricultura. Nesta região, os

rios são temporários e grande parte da água subterrânea disponível possui altos teores de sais (HANSEN,

1996). 2

Para uso humano a água da chuva também deve sofrer tratamento, filtração e cloração. O uso da água da

chuva é especialmente indicado na área rural, em chácaras, condomínios e indústrias. Em residências o alto

custo de tratamento geralmente inviabiliza o aproveitamento econômico da água de chuva para consumo

como bebida. Em uma indústria, o elevado consumo e o custo mais elevado do metro cúbico de água potável

geralmente justifica o investimento no tratamento da água da chuva. 2

A captação de água da chuva em telhado e o posterior armazenamento em cisternas se mostra a maneira

mais eficaz de se obter este recurso tão importante para a vida, pois aproveita uma fonte de água geralmente

desperdiçada, e a utilizada em beneficio humano, não somente como fonte de água, mas também como

redutor do custo de vida, o que melhora em muito a situação de famílias mais carentes. Isto pode ser

afirmando tendo em vista o baixo custo do material utilizado na confecção dos mecanismos de captura de

água, já que o material empregado na construção deste mecanismo é de fácil aquisição e não necessita de

mão de obra especializada para a sua instalação.

O material utilizado é em grande parte composto por produtos feitos de PVC, tais como canos e calhas de

chuva, os filtros são de confecção simples e também feitos de tubos de PVC, e a cisterna pode ser feita de

tijolos de barro ou blocos de cimento, ou mesmo pode ser utilizado uma caixa d'água de fibra em seu lugar.

Para a utilização da água na residencia basta construir tubulações hidráulicas separadas, uma para água

potável e outra para a água da chuva, esta não potável Recomenda-se também a utilização de vasos sanitários

com caixa acoplada, tendo em vista que essas são mais eficientes no quesito consumo de água.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa bibliográfica foi essencial para a realização deste trabalho. A metodologia utilizada

possibilitou alcançar o objetivo de sugerir novas maneiras de captar e utilizar a água.

Desta maneira coloca-se em discussão o fato de que se não começarmos a consumir conscientemente a

água, muito em breve este recurso estará esgotado. E percebeu-se pelo estudo que captação de água da chuva

para utilização é uma das maneiras mais sustentáveis e ecológicas e obtenção deste recurso, tendo em vista

que desta maneira é utilizado uma fonte de água até então desprezada.

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REFERÊNCIAS

1- Annecchini, Karla Ponzo Vaccari. Aproveitamento da Água da Chuva Para Fins Não Potáveis na Cidade de Vitória

(ES), 2005. 150f. Dissertação Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Federal do

Espírito Santo

2- Oliveira, Sulayre Mengotti de. APROVEITAMENTO DA ÁGUA DA CHUVA E REÚSO DE ÁGUA EM

RESIDÊNCIAS UNIFAMILIARES: ESTUDO DE CASO EM PALHOÇA – SC. 2005. 149f. Trabalho de Conclusão

do Curso de Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina.

3- Urbano, Edison. Aproveitamento De Água De Chuva De Baixo Custo Para Residências Urbanas. Disponível em:

http://www.sempreustentavel.com.br/hidrica/aguadechuva/agua-de-chuva.htm . Acessado em 17 de março de 2015

4- MAESTRI, R. S. Análise Custo-Benefício para o Aproveitamento da Água da Chuva em Florianópolis. Trabalho de

Conclusão do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental: UFSC. Florianópolis, 2003

5- HANSEN, S. Aproveitamento da Chuva em Florianópolis. Trabalho de Conclusão do Curso de Engenharia Sanitária:

UFSC. Florianópolis, 1996.

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SISTEMA DE INFORMAÇÃO APLICADO A GESTÃO AMBIENTAL

NA UNIFEBE

Jonathan, NAU, [email protected]

Wagner, CORREIA, [email protected]

Pedro Sidnei, ZANCHETT, [email protected]

UNIFEBE, Brusque, Santa Catarina

Resumo: A aplicação de uma gestão ambiental eficiente, retribui à instituição que a desenvolve uma visão mais

solidaria para com a sociedade e o meio em que está inserida. A tecnologia da informação (TI) está inserida

em todas as áreas e, trabalhar gestão ambiental nela, server como área de apoio e estratégica. Fornecendo

informações através da internet para os mais diferentes públicos ou realizando processamento, mapeamento de

recursos ambientais. A universidade exerce um papel importante em sua comunidade local e na sociedade.

Poderá, orientar e promover novas estratégias de educar a população para um pensamento mais consciente e

sustentável com o meio ambiente, por meio de um portal online, ou através de trabalhos de extensão realizados

nas escolas da comunidade. A proposta de um sistema de informação, aplicada a gestão ambiental pelo Centro

Universitário de Brusque, poderá divulgar seus projetos e pesquisas na área ambiental, além de cases

aplicados em empresas que apresentaram sucesso também poderá realizar trabalhos com escolas, o portal

fornecerá jogos e conteúdo interativo para utilizar com estudantes de ensino fundamental e ensino médio,

mostrando uma forma de aprendizado diferenciada. Por meio deste portal online, será possível concentrar

informações referentes à riscos ambientais, oferecendo auxilio à população como por exemplo nos períodos de

chuvas fortes e enchentes.

Palavras-chave: projeto de sistemas de informação, gestão ambiental, unifebe.

INTRODUÇÃO

A universidade comunitária tem um papel importante no desenvolvimento de sua região, através

de projetos de pesquisa e extensão, consegue trazer maior evolução e agregar valor à comunidade em

que está inserida. O atual projeto tem por objetivo sugerir a criação de um sistema de informação que

disponibilize conteúdo online para o público em geral, da região de Brusque. Servindo como

ferramenta de apoio e estratégica aos projetos ambientais que venham a ser desenvolvidos na

UNIFEBE. Através de um portal online voltado à gestão ambiental, pode-se divulgar os projetos de

pesquisa na área, fornece conteúdo educativo à estudantes de ensino fundamental e ensino médio e

também entrar em parceria com universidades do mundo todo referente a projetos correlacionados

como por exemplo exibindo informações focadas de chuva relacionadas à estiagem e cotas de rio,

extraídas através da técnica de Data Mining de outros sistemas.

Através de um portal online, pode se trabalhar uma gestão ambiental, de forma que não seja

apenas comportamental, ou seja, instruído à população sobre como usar recursos ambientais, mas

promover campanhas na comunidade que incentivem à coleta do lixo eletrônico, que habitualmente

com a aceleração do surgimento de novos dispositivos, o descarte passa a ser feito com maior

frequência.

“Destaca-se em um estudo da ONU (2010), que o Brasil está em primeiro lugar entre os países

emergentes que mais geram resíduos sólidos provenientes de aparelhos eletrônicos usados, como

computadores, celulares, televisores de alta definição, notebooks, smartphones, aparelhos de mp3,

impressoras, escâneres e todo o tipo de acessórios que estão presentes no modo de vida

contemporâneo. ” (RECI3E, 2015).

Sistemas voltados à temas como sustentabilidade e meio ambiente, possuem uma grande

abrangência, desde fornecimento de informações à população na internet, contribuição na educação e

instrução da população, controle de recursos ambientais, controles de produção focados em

sustentabilidade, e prevenções. Instrumento transformador para conscientizar a população a ter mais

cuidado com a gestão ambiental cultivando nova cultura de respeito ao meio ambiente.

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III Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade, 1 a 3 de junho de 2015, Brusque – SC

Como exemplos de sistemas de informação aplicados à gestão ambiental, temos na região do Vale

do Itajaí (Santa Catarina), o projeto SISGA, desenvolvido na Universidade Regional de Blumenau

(FURB), possui uma ferramenta online que permite verificar o critério de avaliação de uma empresa

em relação ao meio ambiente, desta forma fornece em tempo real indicadores sobre a degradação

ambiental a partir dos dados passados para a ferramenta, onde qualquer um com acesso à internet

possa utilizar, além de fornecer conteúdos educativos. Outros exemplos, são empresas que possuem

alguma política de gestão ambiental, como Gerdau e Malwee, que aplicam a gestão ambiental

inclusive em sua produção e práticas diárias.

“Acredita-se que a continuidade do negócio está relacionada ao nosso desempenho na área

ambiental. Essa preocupação está refletida em nossas práticas diárias, nos investimentos para

atualização contínua dos equipamentos e nos programas de estímulo à conscientização ambiental. ”

(GERDAU, 2015).

METODOLOGIA

Os problemas referentes a gestão ambiental até a década de 1960 era um tema restrito a um

pequeno grupo de ecologistas, pois suas preocupações não faziam parte dos problemas concretos da

sociedade naquela época. Hoje a humanidade reconhece a gravidade da crise ambiental, que não

decorreu da irresponsabilidade de alguns, mas que é reflexo do modelo de desenvolvimento e

produção atual. Algumas causas são apontadas para explicar a degradação do meio ambiente, tais

como: a indústria moderna, o aumento populacional e o consumismo supérfluo.

Para combate de toda degradação do meio ambiente utiliza-se de pensamentos da gestão

ambiental, porém apenas com a gestão ambiental não conseguimos desenvolver técnicas para acabar

ou ao menos diminuir a crise ambiental. Para isso a gestão ambiental pode-se utilizar dos sistemas de

informação para aplicar técnicas e ferramentas que fazem com que suas teorias entrem em prática,

criando políticas, práticas, procedimento e ferramentas que objetivam melhorias no desempenho

ambiental.

Nos dias atuais a informação vem sendo um fator decisivo na gestão das organizações (Empresas

ou Universidades), por se tratar de um fator decisivo ela acaba sendo um recurso importante e

indispensável dentro e fora das organizações. Para um melhor aproveitamento da informação criou-se

os sistemas de informação, que nasceram com o objetivo de coletar, processar e transmitir dados entre

usuários, máquinas e processos.

“Um sistema de informação pode ser definido como um conjunto de componentes inter-

relacionados trabalhando juntos para coletar, recuperar, processar, armazenar e distribuir informações,

com a finalidade de facilitar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise e o processo

decisório em organizações,” (Laudon, Kenneth C., Laudon, Jane Price, 1999).

Com um sistema de informação temos em mãos uma ferramenta onde podemos alimentar com

dados, processa-los, compara-los e consulta-los, isso é de extrema importância para as pessoas que se

utilizam dessas informações para as tomadas de decisão. Em uma universidade a implantação de um

sistema para a gestão ambiental é vital, não só no sentindo de gerenciamento interno, mas sim na

criação de uma plataforma online que disponibilize conteúdos, práticas, jogos e informação para seus

alunos, colaboradores e comunidade. Hoje a implantação desses sistemas em uma universidade não é

mais um diferencial e sim algo necessário, principalmente pelo papel dela na comunidade local.

Um sistema online de gestão ambiental permite para a UNIFEBE uma aproximação maior com a

comunidade. Através desse sistema pode-se gerar conteúdo orientando e informando a comunidade,

além disso com novos estudos utilizando a técnica Data Mining pode-se emitir a comunidade alertas

com relação aos acontecimentos na região, tais como enchentes, deslizamentos e áreas de risco.

As pessoas terão uma plataforma online disponível a qualquer momento para consulta, vão ter isso

em apenas um lugar e ainda poderão receber alertas de algumas situações de perigo, facilitando desta

forma o acesso a informação. A plataforma vai permitir uma comunicação mais fácil com a

comunidade, atraindo a atenção das pessoas que até então não eram interessadas pelo assunto ou que

não achavam conteúdos como esse disponibilizado em algum lugar.

Algumas universidades já vêm adotando esses portais para acesso a informação, um exemplo

prático próximo a nossa região seria a FURB (Universidade Regional de Blumenau), através de seu

portal online que pode ser acessado no link “http://www.inf.furb.br/sisga/”, possuiu uma área que trata

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III Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade, 1 a 3 de junho de 2015, Brusque – SC

da gestão ambiental, onde disponibiliza suas informações através de textos, jogos educativos, cartões

personalizados e histórias para toda a comunidade.

Além das universidades as empresas também estão se voltando para os sistemas de gestão

ambiente, a Ricoh Brasil possui um sistema de informação ambiental que tem por objetivo a tomada

de decisão e a promoção de projetos ecológicos. Através de dados coletados e processados a Ricoh

consegue traçar planos de ações ambientais, identificar os impactos ambientais e apoiar a tomada de

decisão. O sistema da Ricoh também permite em tempo hábil a coleta de dados sobre os efeitos da

conservação ambiental e de dados de custos ambientais, processando-os em indicadores de gestão

ambiental sustentável.

Em nossa região a empresa Cia. Hering realiza alguns trabalhos ambientais e possui um

compromisso com o meio ambiente. Ela tem em seu site as informações referentes a cada ação para

reduzir os impactos ambientais causados por suas atividades. Com essas informações disponibilizadas

de forma online todas as pessoas possuem acesso as ações que empresa vem tomando e além disso

podem contribuir dando ideias e sugestões de melhoria.

Essa cooperação entre empresas/universidades e a comunidade é interessante para resolução de

problemas ambientais que até antes não se dava atenção, ou que não se existia uma forma de

comunicação rápida e eficiente como existe hoje com os sistemas online.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Este projeto proposto promovido na Unifebe irá contribuir com toda comunidade com informações

úteis e educativas. pois é capaz de atingir um público maior por um custo relativamente baixo,

disponibilizando informações referentes ao projeto e seu avanço. O site também possibilita uma certa

interação entre a Universidade e a comunidade, servindo como canal de comunicação a todos os

interessados em dar sua contribuição ao projeto seja com críticas, sugestões ou comentários,“

(KOBALL, ALEXANDRE, MICHELUZZI, DIOGO DE C., 2003).

Dentro de empresas estimulam que mais acionistas venham realizar investimentos, construção de

parques ecológicos como áreas verdes, além de afetar todo o sistema de produção da empresa, que

necessita ser adaptado para a gestão ambiental, inclusive seus sistemas computacionais.

Através de suas operações a empresa Cia. Hering tenta ao máximo reduzir os impactos ambientais

por ela causado. Em seu relatório anual, disponibilizado em seu site, ela destaca algumas ações para

sua gestão ambiental. Além de possuir uma área preservada a empresa ainda possui uma comissão

interna de conservação de energia para reduzir os impactos ambientais causados por suas ações.

A Comissão Interna de Conservação de Energia (CICE), que tem por objetivo controlar consumo

de água, energia, combustíveis, gerando indicadores e estabelecendo metas para a melhoria contínua e

mitigação de impactos. A Cia. Hering prioriza energias limpas, sendo o maior consumo de energia

elétrica proveniente de PCH’s, (pequenas centrais hidrelétricas) e matriz de combustível baseada no

uso de lenha de reflorestamento e gás natural,” (CIA. HERING, 2014).

Para a Furb o projeto SISGA trouxe a disseminação de conhecimento e informação conscientes.

Com sua plataforma online o projeto pode levar jogos educativos e conhecimentos ambientais para

regiões que antes não eram alcançadas. O projeto não mensurou quantas pessoas conseguiu alcançar,

mas seus objetivos são de desenvolver ainda mais conteúdo para levar a toda a comunidade e, além

disso, receber sugestões e críticas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A criação de um portal online focado em gestão ambiental na UNIFEBE é uma importante

ferramenta para a instituição e a comunidade. Terá um caráter interdisciplinar, onde trabalhará

diretamente com cursos que compreendam gestão ambiental em seu currículo; com sistemas de

informação no sentido de gerir e manipular a informação na ferramenta, além de mantê-la e implantar

novos requisitos de negócios; para engenharia civil e arquitetura e urbanismo poderá servir como

banco de dados para consulta de dados hidrológicos (cota de rio e nível chuva).

Com o aumento da demanda por pesquisas em área ambiental, assim como o surgimento de novos

artigos escritos por acadêmicos e professores, a ferramenta unificará todos os artigos e pesquisas em

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III Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade, 1 a 3 de junho de 2015, Brusque – SC

uma única base de dados, facilitando a procura dos mesmos através de buscadores online, como

exemplo Google.

Por ser tratar de um portal online, onde o número de acesso simultâneos não serão altos, os custos

tanto técnico para se desenvolver o portal, e com recursos tecnológicos (servidores e softwares)

tornam-se baixos, mostrando-se viável e útil a implantação de um portal como o mesmo. Mesmo em

locais da região onde a UNIFEBE não pode estar presente, educadores e ambientalistas conseguem ter

acesso ao portal para realizarem seus trabalhos.

REFERÊNCIAS

CIA. HERING [internet]. Relatório de Sustentabilidade – [capturado 2015 Mai 18]. Disponível em:

<http://goo.gl/Pqc0KC>. Acessado em: 18 Mai 2015.

GERDAU [internet]. Sistema de Gestão Ambiental – [capturado 2015 Mai 17]. Disponível em:

<http://goo.gl/VIxSY9>. Acessado em: 17 Mai 2015.

KOBALL, Alexandre, MICHELUZZI, Diogo de C. [internet]. Informática na Educação Baseado em Data

Warehouse com Aplicação na Gestão Ambiental – [capturado 2015 Mai 18]. Disponível em:

<http://goo.gl/LHBcne>. Acessado em: 18 Mai 2015.

LAUDON, Kenneth C, LAUDON, Jane Price, Sistema da Informação com Internet. [S.l.: s.n.]. 1999. 4 p.

RECI3E [internet]. PROGRAMA RECI3E - Tratando o LIXO ELETRÔNICO com compromisso e

responsabilidade! – [capturado 2015 Mai 08]. Disponível em: <http://goo.gl/mj5HTF>. Acessado em: 08 Mai

2015.

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LEAN MANUFACTURING NA GESTÃO DE PROCESSOS

José Luiz Fernando VARGAS - [email protected] ¹

Rodrigo KOHLER - [email protected] ²

André Luís Almeida BASTOS - [email protected] ³

1 Graduando em Administração – 7º. Semestre – UNIFEBE – Brusque/SC

2 Graduando em Administração – 7º. Semestre – UNIFEBE – Brusque/SC [email protected] ³ Professor orientador – Unifebe/FURB/ESNT

Resumo

Este trabalho apresenta o sistema de gestão Lean Manufacturing como uma alternativa para solução de

um problema comum a muitas empresas: o desperdício, que gera despesas e queda na qualidade

empresarial. Para tanto, realiza-se a contextualização histórica desse sistema, bem como a descrição de

suas vantagens e desvantagens na função produção da unidade de negócios para, por fim, levantar

reflexões nas quais a produção enxuta pode ser instrumento para o cumprimento eficiente das estratégias

competitivas estabelecidas na organização.

Palavras-chave: Lean Manufacturing, Produção Enxuta, Estratégias, Organização.

1 Introdução

A função produção tem atingido cada vez mais relevância no âmbito das organizações, haja

vista que as estratégias estabelecidas para esta área podem ser capazes de oferecer variadas vantagens no

mercado competitivo, propiciando, assim, além da eficiência produtiva, sucesso no plano estratégico de

negócios da organização.

Este artigo possui como objetivo, portanto, verificar, teoricamente, sobre estratégias necessárias

à implementação do Sistema de Gestão Lean Manufacturing para melhoria da qualidade empresarial. Para

atingir tais objetivos buscou-se através da pesquisa bibliográfica encontrar as respostas necessárias,

observando tanto a teoria quanto experiências práticas relatadas em estudos publicados em livros, artigos

científicos e manuais técnicos.

2 Desenvolvimento

A expressão “Lean Manufacturing” foi traduzida em nossa língua como Manufatura Enxuta. É

uma faceta de um revolucionário sistema oriental, denominado ocidentalmente de Produção Enxuta ou

Lean Production, e possui em seu cerne várias dimensões: menores recursos, maximiza a eficiência e a

produtividade e, principalmente, maximiza a flexibilidade, sendo mais ágil, inovadora e capaz de

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enfrentar melhor as mudanças conjunturais e de mercado. Em quase todos os aspectos, veio a contrapor-

se aos dois outros métodos de produção concebidos pelo homem: a Produção Artesanal e a Produção em

Massa (WOMACK et alli, 1992).

Conforme descreve o autor Martins (2005, p.404), o mesmo afirma que o Lean Manufacturing

não procura apenas eliminar o desperdício, mas também colocar o componente certo, no lugar certo e na

hora certa. A Produção Enxuta tem como foco, otimizar os processos e procedimentos através da

redução contínua de desperdícios, como, por exemplo, excesso de inventário entre as estações de trabalho

(Riani, 2006).

Tem-se então, de acordo com diversos autores (entre eles Corrêa e Corrêa, 2004; Ritzman e

Krajewski, 2004; Womack, Jones e Ross, 1992), que a filosofia da produção enxuta proporciona meios

para o alcance destas vantagens. Essa filosofia é suportada pela busca da melhoria contínua dos

processos que tem como norteadora uma meta a ser perseguida infinitamente: o “zero defeito”.

De acordo com os autores acima, a adoção da produção enxuta pode, também, demandar altos

custos em sua fase inicial, haja vista que sua implementação preconiza fortes investimentos no rearranjo

físico de sua linha produtiva.

Marchwinski e Shook (2007), Jones e Womack (2004), Rother e Shook (2003) descrevem

algumas ferramentas importantes para aplicação ao ambiente de produção: Layout Futuro, trabalho

Padronizado, SMED (Troca Rápida de Ferramentas), Sistema Puxado (Kanban e Heijunka Box), 5

Sensos, TPM (Manutenção Produtiva Total), Poka Yoke e Controle Estatístico do Processo (CEP).

Ainda conforme os autores, visando à busca pela excelência na entrega dos pedidos, reduzir

lead-time de produção e serviços, reduzir estoques, adequação da capacidade produtiva, envolvimento do

chão de fábrica em algumas decisões, planos de ações para eliminar totalmente os desperdícios na

organização e alcançar vantagem competitiva com uma produção eficiente e eficaz, para isso têm-se uma

ferramenta chamada Lean Manufacturing, que quando aplicada corretamente envolve toda a empresa na

busca pela melhoria contínua.

3 CONCLUSÃO

O Lean Manufacturing é um sistema que permite a otimização da empresa como todo tendo

como consequência o atendimento a contento das necessidades do cliente no menor prazo possível. Esta

otimização empresarial tem como principais características o menor custo possível dentro de um patamar

de qualidade superior em todos os aspectos sempre com foco na eliminação da perda.

Para que o Sistema obtenha sucesso é necessário o envolvimento de todos, o que demanda

estratégias motivacionais e avaliação constante dos processos. Estando todos envolvidos e se sentindo

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responsáveis pelo desenvolvimento empresarial, é possível atingir ganhos financeiros de acordo com os

objetivos que devem ser claramente especificados e realistas.

O potencial humano e tecnológico é de grande importância em qualquer sistema de gestão,

quando valorizado o potencial humano tende a crescer. O que significa muito para o Lean Manufacturing,

pois resulta em ideias criativas para solução de problemas e ganho de produtividade. Isso evidencia a

necessidade de especial atenção para o clima organizacional para o sucesso do empreendimento e a

revolução que significa o desenvolvimento do sistema de gestão Lean Manufacturing.

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração da produção e operações – manufatura e serviços:

uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2004 (cap. 20. “Just in time e operações enxutas”).

MARCHWINSKI, C.; SHOOK J. Léxico Lean. Lean Institute Brasil: 2007.

MARTINS, Petrônio G., LAUGENI, Fernando Piero. Administração da Produção. 2. ed. São Paulo:

Saraiva, 2005.

RIANI, A. M. Estudo de Caso: O Lean Manufacturing Aplicado na Becton Dickinson. Tese de

Engenharia de Produção - Universidade Federal de Juiz de Fora, UFJF / Minas Gerais. 2006, p. 44.

RITZMAN, L. P.; KRAJEWSKI, L. J. Administração da produção e operações. São Paulo: Prentice

Hall, 2004. (cap. 13, “Sistemas de produção enxuta”).

WOMACK, J. P.; JONES, D. T.; ROSS, D. A máquina que mudou o mundo. Rio de Janeiro: Editora

Campus, 1992.

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A RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL SOCIOAMBIENTAL MEDIADA PELOS RECURSOS

HUMANOS COMO FERRAMENTA NA CONSTRUÇÃO DA EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL

NAIRA MARIA PEREIRA - Universidad Evangelica Del Paraguay

[email protected]

EDSON ROBERTO OAIGEN - Faculdade São Francisco de Assis

[email protected]

MAYARA C. DE AGUIAR MEDEIROS - Faculdade São Francisco de Assis

[email protected]

RESUMO

A pesquisa em realização preocupa-se com o conhecimento e percepções existentes em relação a responsabilidade empresarial socioambiental, recebendo a mediação feita pela Gestão de Recursos Humanos, como ferramenta na construção da Educação para o Desenvolvimento Sustentável. A questão norteadora da pesquisa indica a pergunta que deve ser respondida: a mediação da responsabilidade empresarial socioambiental, usando a Gestão de Recursos Humanos como meio, tornar-se-á uma ferramenta para a Educação na Empresa focada nos princípios do Desenvolvimento Sustentável? A atividade econômica que encara o meio ambiente como dominável e apropriável, e não como controlável e aproveitável, é movida pela lógica da ganância do lucro imediato, de proveito em curto prazo. O meio ambiente é um sistema de relações, pois a existência e a conservação de uma espécie encontram-se subordinadas a equilíbrios entre os processos destruidores e processos regeneradores de seu meio. A pesquisa adota os alicerces de base qualitativa, prevalecendo metodologicamente o processo interpretativo, o que valida o Método Hermenêutico, principalmente. Os instrumentos de pesquisa até agora utilizados foram o ICD 01/14, Matriz Conceitual sobre as percepções de autores relacionadas aos indicadores, e o ICD 02/14 que usou a escala Likert para buscar as opiniões dos gestores de Recursos Humanos relacionadas com os indicadores presentes na Matriz Conceitual. Os resultados mostram que há necessidade de avanços no que se refere a compreensão e domínio dos fundamentos teóricos e práticos sobre o crescimento econômico e o respeito para com o ambiente. Também é reconhecido pela amostra que o ambiente é um patrimônio comum, não constituindo-se uma ameaça a ser dominada, mas um conjunto de complexas e instáveis relações que devem ser controladas, aproveitadas para o bem duradouro e dinâmico da própria sociedade.

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IIl Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade, 1 a 3 de junho de 2015, Brusque – SC

Outro aspecto a ser salientado mostra que o meio ambiente constitui um sistema de relações extremamente complexos, muito sensível às variações de qualquer de seus fatores, desencadeando reações em cadeia, sendo que uma das características da espécie humana é a capacidade de compreender os mecanismos que comprometem sua conservação, intervindo no meio ambiente e que está na consciência do ser humano. Essa tomada de consciência é algo amortecido por duas reações psicológicas espontâneas: a confiança na capacidade de criar técnicas supostamente suscetíveis de corrigir as agressões que o homem oferece ao ambiente.

Palavras-chaves: Ambiente. Relações socioambientais. Educação para o Desenvolvimento Sustentável, Responsabilidade Empresarial, Sustentabilidade, Recursos Humanos.

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PROPOSTA DE UM PLANO DE GESTÃO SOCIOAMBIENTAL PARA O

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE - UNIFEBE

Tamily, ROEDEL, [email protected]

Helouize Tuany, ASSINI, [email protected] 2 Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE, Brusque, SC.1,2

Resumo: A preocupação com o meio ambiente vem assumindo proporções cada vez maiores devido aos efeitos visíveis

de desequilíbrio provocado nos ecossistemas. Sendo assim, a responsabilidade social em questões ambientais vem se

baseando em ações de práticas tanto dos cidadãos quanto das organizações. O trabalho teve como objetivo propor um

plano de gestão socioambiental para o Centro Universitário de Brusque - UNIFEBE. A pesquisa possui uma

abordagem qualitativa, sendo exploratória, descritiva e explicativa. Quanto aos métodos, a pesquisa é bibliográfica e

de estudo de caso. O plano de gestão socioambiental foi organizado pelo modelo 5W1H, tendo como propostas, o

plantio de árvores; a instalação de placas de regulamentação para a economia de energia elétrica; a implantação de

lixeiras para a coleta seletiva; a redução e reutilização de folhas de papel; a implantação dos coletores de pilhas e

baterias, e de azeite; e o marketing ambiental. As práticas sustentáveis se implantadas podem contribuir para a

redução dos impactos ambientais, e pode ser uma boa oportunidade de conscientizar os atores envolvidos.

Palavras-chave: Desenvolvimento sustentável. Sustentabilidade. Plano de gestão socioambiental.

INTRODUÇÃO

A preocupação com o meio ambiente vem assumindo proporções cada vez maiores devido aos efeitos

visíveis de desequilíbrio provocado nos ecossistemas. Pensando neste cenário, muitas empresas vêm dando

uma atenção especial às práticas sustentáveis, como forma de amenizar os danos no planeta.

Embora haja muita discussão sobre o papel social, que deve ser visto como uma atividade extra e

rentável para as empresas, ainda há muito trabalho a ser feito. A população não pára de crescer e o consumo

desenfreado tem contribuído para um desperdício exagerado dos recursos naturais.

Atualmente percebe-se que não é mais suficiente que as empresas tenham apenas produtos/serviços de

qualidade, elas precisam se destacar por algo a mais, um diferencial, pois os consumidores estão mudando, e

exigindo uma postura diferenciada em relação ao meio ambiente.

A responsabilidade social em questões ambientais vem se baseando em ações de práticas tanto dos

cidadãos quanto das organizações. Constituindo-se, em sua maioria, em ações voluntárias que forçam um

comprometimento maior que a simples adesão de obrigações impostas pela legislação. (DIAS, 2011). Um

plano de gestão socioambiental, segundo o MMA (2014, p.1) “deve estabelecer os objetivos, os projetos,

atividades ou ações que serão implementadas, as metas a serem alcançadas, e as responsabilidades

institucionais [...]”.

Este artigo teve como objetivo propor um plano de gestão socioambiental para o Centro Universitário de

Brusque – UNIFEBE. Este trabalho teve como finalidade a continuação do projeto de pesquisa “Percepção e

consciência ambiental dos acadêmicos do Centro Universitário de Brusque - UNIFEBE”, que ao final

constatou que 65,54% dos acadêmicos que utilizam o espaço do Centro Universitário de Brusque –

UNIFEBE não possuíam conhecimento sobre as ações e projetos ambientais que estavam sendo praticadas

pela Instituição.

Segundo a Lei nº 9795, que trata da Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA, de 25/04/1999 e

a Resolução CNE nº 02 de 15/06/2012, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais sobre a Educação

Ambiental, as Instituições de Ensino Superior (IES) devem inserir políticas de educação ambiental nos

currículos de seus cursos de graduação. Isso quer dizer, que os acadêmicos precisam conhecer as ações de

sustentabilidade socioambiental da sua Instituição ou de seus respectivos cursos de graduação.

METODOLOGIA

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Quanto à abordagem esta pesquisa classificou-se como qualitativa. As pesquisas qualitativas possuem a

facilidade de descrever a complexidade de um determinado problema, compreender e classificar processos

dinâmicos.

Quanto aos objetivos, a pesquisa era exploratória e descritiva, pois a coleta de dados ocorreu através de

levantamento de material produzido pelo Núcleo de Sustentabilidade e Proppex – Pró-reitoria de Pós-

graduação, Pesquisa e Extensão, onde se terá como resultado a descrição de projetos ambientais

desenvolvidos no Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE.

Quanto aos métodos, é uma pesquisa bibliográfica, elaborada a partir de material que foi publicado e

também um estudo de caso. O estudo de caso é muito utilizado para “explorar situações da vida real cujos

limites não estão claramente nítidos; e [...] descrever uma situação do contexto em que está sendo feita

determinada investigação [...]” (GIL, 2010, p.37). A pesquisa bibliográfica foi utilizada para consultar outros

planos de gestão socioambiental em Instituições, inclusive de Ensino Superior.

Inicialmente foram descritos os projetos e ações socioambientais no Centro Universitário de Brusque –

UNIFEBE, posteriormente foi feita uma avaliação dos mesmos.

Foram consultados modelos de planos de gestão socioambiental, para avaliar se eram viáveis ao campus.

O plano de ação foi feito de acordo com Moura (2011), também conhecido como 5W1H. Este modelo não

contempla o quesito How much, que seria quanto custa, para desenvolver tal ação ou atividade. Este modelo

é uma das ferramentas de gestão mais utilizada entre os administradores.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE possui algumas ações socioambientais através dos

setores de Assessoria de Comunicação e Biblioteca. A Política de Ambientalização foi definida no ano de

2014 através do Comitê de Sustentabilidade; e são executadas atividades de extensão através de professores.

É imprescindível que sejam criados projetos que realmente caracterizem ações de redução do consumo de

recursos naturais, e que estes não sejam ações isoladas, como vem sendo feito, já que a sustentabilidade

ambiental é uma das metas do planejamento estratégico para os próximos anos. Estas ações precisam ser

compartilhadas com os acadêmicos através de material informativo, como flyers, cartazes e banners.

O desperdício dos recursos naturais vem se agravando mais a cada dia, e com isso, prejudicando o meio

ambiente. As gerações atuais precisam se engajar com estas questões, especialmente com a separação dos

resíduos, reaproveitamento dos materiais, e redução no consumo de energia elétrica. Ressalta-se ainda que os

acadêmicos, membros da sociedade como um todo, futuros profissionais nas diversas áreas do conhecimento,

podem ter um papel relevante na inovação e na definição de estratégias em gestão ambiental, que

modifiquem a vida da população em seus municípios. Então, hábitos que se fizerem presentes em sua

passagem pelo Ensino Superior, podem ser replicados em outros ambientes.

Através da utilização do método 5W1H, foram levantadas ações e sugestões de melhorias, para sanar

alguns problemas socioambientais do Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE; como a produção de

resíduos sólidos, o desperdício de água e energia, e o envolvimento dos acadêmicos nas ações promovidas

pela Instituição (Quadro 1).

WHAT

O quê?

WHY

Por quê?

WHERE

Onde?

WHEN

Quando?

WHO

Quem?

HOW

Como?

Projeto Objetivos Justificativa Local Evento ou

Prazo Responsável Ações ou método

Plantio de

árvores

- Minimizar a

sensação

térmica no

local;

- Trazer

animais

dispersores de

sementes;

- Recompor a

paisagem.

As árvores possuem

uma ação purificadora

por fixação de poeiras;

por depuração

bacteriana e de outros

microrganismos;

por reciclagem de gases

através de mecanismos

fotossintéticos;

por fixação de gases

tóxicos; amortecimento

dos ruídos de fundo

sonoro; quebra da

Estacio-

namento

O plantio

poderá ser

realizado

durante a

Semana do

Meio

Ambiente ou

no Dia da

Árvore.

Funcioná-

rios e

professores

O plantio de árvores

deverá ser de espécies

nativas. Os locais e a

disposição das mesmas

deverão ser acordados

com o reitor.

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monotonia da

paisagens; valorização

visual e

ornamental.(LOMBAR

DO, 1985).

Placas de

regulament

ação para a

economia

de energia

elétrica

- Reduzir o

consumo de

recursos

naturais;

- Diminuir os

gastos com a

energia

elétrica.

A maior parte da

energia elétrica do Sul

do país vem das

hidrelétricas. Reduzir o

consumo de energia

significa poupar a água.

Salas de

aula

As placas

podem ser

fixadas a curto

prazo.

Funcioná-

rios

As placas podem ser

criadas e desenvolvidas

pelos acadêmicos do

curso de Design

Gráfico. A impressão

deverá ser custeada

pela Instituição.

Implantaçã

o de lixeiras

para a

coleta

seletiva

- Reduzir a

produção de

resíduos

sólidos;

- Participar da

coleta seletiva

do município.

Separar os resíduos

sólidos significa estar

em consonância com a

Lei nº 12.305/ 2010;

além de aumentar o

tempo de vida dos

aterros.

Corredores,

cantinas,

salas de

aula,

laboratórios,

cozinha,

setores

administrati

vos.

As lixeiras

podem ser

instaladas a

curto prazo.

Reitoria e

empresa

contratada

Em cada local, deverão

ser colocadas duas

lixeiras, uma para a

coleta de resíduos

sólidos (aqueles que

podem ser reciclados) e

outra para os materiais

orgânicos e rejeitos.

Necessita-se de

divulgação em sala, que

poderá ser feita pela

Assessoria de

Comunicação.

Redução e

reutilização

de folhas de

papel

- Estimular

práticas de

redução da

impressão;

- Reutilizar

folhas para

rascunhos.

O método de

reutilização está

diretamente interligado

com o da redução, pois

tudo que não poderá ser

reduzido deve ser

reutilizado. Após ser

reutilizado o material

deverá ser encaminhado

para empresas

recicladoras de papel.

Setores

administra-

tivos

A ação poderá

ser feita a

curto prazo.

Funcioná-

rios,

coordena-

dores e

professores.

Usar sempre o verso

das folhas para

rascunho ou para a

confecção de blocos de

anotações. Neste caso

poderá ser utilizado

espiral

para a sua confecção.

Sempre que for

impresso documento

com páginas erradas ou

quantidade de

impressão acima do

desejado, as folhas que

só foram

impressas ou copiadas

na parte da frente

poderão ser reutilizadas

no

verso, o restante deve

ser encaminhado para a

reciclagem. É

imprescindível que seja

realizada uma palestra

com os funcionários.

Coletor de

pilhas e

baterias

- Estimular o

descarte

correto de

materiais

perigosos.

Separar os resíduos

sólidos perigosos

significa estar em

consonância com a Lei

nº 12.305/ 2010.

Entrada dos

blocos A, B,

C, D e E.

A ação poderá

ser feita a

curto prazo.

A pessoa

responsável

pela

instalação

pode ser o

zelador.

O coletor de pilhas e

baterias deverá estar

acompanhado de um

banner de

sensibilização

ambiental para o

problema.

Coletor de

azeite

- Evitar a

contaminação

da água e do

lençol

freático.

O descarte de azeite e

óleo pode comprometer

o meio ambiente,

gerando a

impermeabilização do

solo, poluindo a água e

mananciais, e através de

sua decomposição,

formar o metano.

Entrada dos

blocos A, B,

C, D e E.

A ação poderá

ser feita a

curto prazo.

A pessoa

responsável

pela

instalação

pode ser o

zelador.

O coletor de azeite

deverá estar

acompanhado de um

banner de

sensibilização

ambiental para o

problema.

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Marketing

ambiental

- Fazer com

que os

acadêmicos

saibam das

ações

realizadas

pela

Instituição.

A maior parte dos

acadêmicos não sabe

relatar as ações que a

UNIFEBE possui em

relação às questões

ambientais.

Entrada dos

blocos A, B,

C, D e E; e

em link

específico

no site da

Instituição.

A ação deverá

ser feita

constantement

e.

Assessoria

de

Comunica-

ção.

A divulgação dos

projetos e ações

ambientais precisa ser

feito constantemente. É

importante a criação de

um link específico no

site.

Quadro 1. Plano de gestão socioambiental.

Fonte: Sugestão da acadêmica e da professora orientadora (2014).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O plano de gestão socioambiental foi definido de maneira muito simplificada, tendo em vista que não há

nenhum projeto consolidado na Instituição, com exceção do reaproveitamento de banners em lona para

confecção de bolsas ecológicas. Os projetos sugeridos foram o plantio de árvores; a instalação de placas de

regulamentação para a economia de energia elétrica; a implantação de lixeiras para a coleta seletiva; a

redução e reutilização de folhas de papel; a implantação dos coletores de pilhas e baterias, e de azeite; e o

marketing ambiental.

As práticas sustentáveis, que foram definidas no plano de gestão, se implantadas podem contribuir para a

redução dos impactos ambientais, e pode ser uma boa oportunidade de conscientizar os atores envolvidos.

Também observa-se que a estratégia de vinculação de uma empresa ecologicamente consciente, favorece a

divulgação da sua imagem.

Todo empreendimento humano para ser sustentável, deve cumprir quatro “regras” básicas, são elas: ser

ecologicamente correto, economicamente viável, culturalmente aceito e socialmente justo. Por mais óbvios

que parecem ser estes conceitos, eles ainda estão longe de serem cumpridos nas empresas, grupos, pessoas e

governos, dificultando a harmoniosa vida entre o humano e o meio ambiente.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 9795. Política Nacional de Educação Ambiental: aprovada em 27 de abril de 1999. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Acesso em: 13 abr. 2014.

BRASIL. Lei nº 12305. Política Nacional de Resíduos sólidos: aprovada em 02 de agosto de 2010.. Disponível em: <

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 01 abr. 2014.

DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2011.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5.ed. São Paulo: Editora Atlas, 2010.

LOMBARDO, M.A. Ilha de Calor nas Metrópoles: o exemplo de São Paulo. São Paulo: Ed. Hucitec, 1985.

MEC – Ministério da Educação. Resolução nº 02. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental:

publicada em 15 de junho de 2012. Disponível em: <http://mobile.cnte.org.br:8080/legislacao-externo/rest/lei/89/pdf>.

Acesso em: 15 abr. 2014.

MMA – Ministério do Meio Ambiente. Plano de gestão socioambiental. Disponível em:

<http://www.mma.gov.br/concursos-e-premios/premio-a3p/item/9170-plano-de-gestao-socioambiental>. Acesso em: 24

abr. 2014.

MOURA, L. A. A. Qualidade e Gestão Ambiental: Sustentabilidade e ISO 14001. Belo Horizonte: Del Rey, 2011.

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GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DO CENTRO

UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE - UNIFEBE

Tamily, ROEDEL, [email protected]

Gessy Anne Martins de, AMORIM, [email protected] 2 Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE, Brusque, SC.1,2

Resumo: Resíduo sólido, popularmente conhecido como lixo, é o material, substância ou bem descartado pela

sociedade. O gerenciamento dos resíduos sólidos é um conjunto de ações exercidas nas etapas de coleta e destinação

destes resíduos. A pesquisa tem como objetivo geral propor uma política de gerenciamento dos resíduos sólidos para o

Centro Universitário de Brusque - UNIFEBE. Os objetivos específicos são diagnosticar os resíduos sólidos produzidos

pelos setores e laboratórios, classificá-los, e verificar seu destino. A pesquisa tem uma abordagem qualitativa, sendo

exploratória e aplicada. São produzidos vários tipos de resíduos na UNIFEBE, os de classe I (perigosos), os de classe

II – inertes e os de classe II – não inertes. O Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE necessita urgentemente de

um plano de gerenciamento dos resíduos sólidos, especialmente pelos tipos de resíduos que são produzidos nos

laboratórios. Ressalta-se que através das políticas de gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos nas Instituições de

Ensino Superior, podem-se solucionar vários problemas, não só para o meio ambiente, mas para a população,

promovendo assim, um destino e tratamento correto para estes resíduos.

Palavras-chave: Meio ambiente, Resíduos sólidos, Gestão de resíduos sólidos.

INTRODUÇÃO

O lixo é o resultado do progresso econômico e do sistema capitalista, que produz bens de consumo de

qualidade inferior e ciclo de vida curto, para que a população compre sempre novos produtos. O significado

de lixo e resíduo sólido são muito similares, lixo é tudo o que não se utiliza mais e, portanto foi jogado fora.

Já resíduo sólido segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos é o material, substância ou bem

descartado resultante de atividades humanas em sociedade (BRASIL, 2011).

O impacto causado ao meio ambiente pela produção de resíduos sólidos tem favorecido a busca de

alternativas para minimizar a degradação dos ecossistemas, aumentando a qualidade de vida e o bem-estar da

população (PEIXOTO et al., 2012).

A reformulação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei nº 12.305/2010, em seu Art.3º, inciso X,

define como gerenciamento de resíduos sólidos o “conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas

etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos

sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos [...]”.

Na UNIFEBE são encaminhados para a reciclagem, apenas os resíduos que os funcionários recolhem por

conta própria, após a limpeza das salas de aula. Apenas o material de banner é reaproveitado, mas não há

uma política definida do funcionamento do mesmo. O encaminhamento de resíduos provenientes da coleta

seletiva proporciona às empresas um comprometimento com a sociedade, pois estes seriam destinados aos

aterros. Para as empresas que reaproveitam e reciclam estes materiais, estes se traduzem na economia de

matérias-prima e de energia.

A crise ambiental dos últimos anos demonstra a complexidade do sistema gerado pelo consumismo. É

fundamental que se discuta o destino adequado dos resíduos que são produzidos na Instituição, pois a

preocupação da sociedade com o meio ambiente é cada vez maior. Se os resíduos não possuem um destino

correto, estes podem ser responsáveis pela poluição do solo, dos rios e do ar.

Este artigo tem como objetivo geral propor uma política de gerenciamento dos resíduos sólidos para o

Centro Universitário de Brusque - UNIFEBE. Como objetivos específicos, diagnosticar os resíduos sólidos

produzidos pelos setores e laboratórios, no Centro Universitário de Brusque - UNIFEBE; classificar os

resíduos sólidos produzidos segundo a Norma da ABNT; e verificar qual é o destino dado aos resíduos

sólidos produzidos pelo Centro Universitário de Brusque - UNIFEBE.

METODOLOGIA

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Quanto à abordagem, a pesquisa classifica-se como qualitativa. As pesquisas qualitativas são

interpretadas através da observação, descrição e compreensão. Suas hipóteses são feitas através da

observação e têm caráter exploratório.

Quanto aos objetivos, a pesquisa é exploratória, pois a coleta de dados ocorrerá através de levantamento

bibliográfico. Em relação à natureza do trabalho, é considerada uma pesquisa aplicada, pois tem a intenção

de auxiliar no futuro, o gerenciamento dos resíduos sólidos do Centro Universitário de Brusque - UNIFEBE.

Quanto aos métodos, é uma pesquisa bibliográfica, elaborada a partir de material que já foi publicado. “A

principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma

gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente” (GIL, 2010, p.30).

Os resíduos sólidos serão organizados em tabelas, identificando os locais de origem e destino. Eles

também serão classificados segundo a Norma da ABNT, NBR 10.004:2004.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Inicialmente, é necessário definir o tipo de resíduo. Destacam-se no Quadro 1, os principais resíduos

resultantes de atividades no Centro Universitário de Brusque - UNIFEBE.

LOCAIS RESÍDUOS SÓLIDOS CLASSIFICAÇÃO

Laboratório de Materiais e

Ensaios e Química

Produtos químicos Resíduos classe I - Perigosos

Vidrarias quebradas Resíduos classe II - Não inertes

Papel toalha Resíduos classe II - Não inertes

Metais Resíduos classe II - Não inertes

Óleos e graxa Resíduos classe I - Perigosos

Embalagens plásticas contaminadas Resíduos classe I - Perigosos

Laboratório de Costura

Tecidos Resíduos classe II - Não inertes

Cones de plástico Resíduos classe II - Não inertes

Papel pardo e branco Resíduos classe II - Não inertes

Banners Resíduos classe II - Não inertes

Óleo de manutenção Resíduos classe I - Perigosos

Laboratório de Maquetaria

e Materiais de Construção

Blocos de concreto Resíduos classe II - Inertes

Blocos cerâmicos Resíduos classe II - Inertes

Cimento Resíduos classe II - Inertes

Areia Resíduos classe II - Inertes

Tijolos Resíduos classe II - Inertes

Gesso Resíduos classe II - Não inertes

Madeira Resíduos classe II - Não inertes

Embalagens plásticas Resíduos classe II - Não inertes

Caixas de embalagens de papelão Resíduos classe II - Não inertes

Metais (ferro, aço, fiação revestida, arame) Resíduos classe II - Não inertes

Serragem Resíduos classe II - Não inertes

Solos Resíduos classe II - Inertes

Isopor Resíduos classe II - Não inertes

Laboratório de Fotografia Papel branco Resíduos classe II - Não inertes

Baterias Resíduos classe I – Perigosos

Laboratório de Informática

Aparelhos de CD/DVD, CPU com componentes

- fonte, placas de memória, processador,

estabilizador, fax, impressora, monitor, mouse,

nobreak, notebook, netbook, scanner; servidor,

teclado.

Resíduos classe I - Perigosos

Cabos e fios em geral Resíduos classe II - Não inertes

Salas de aula

Papel Resíduos classe II - Não inertes

Copos plásticos e embalagens Resíduos classe II - Não inertes

Latas de alumínio (bauxita) Resíduos classe II - Não inertes

Alimentos Resíduos classe II - Não inertes

Lâmpadas fluorescentes Resíduos classe I - Perigosos

Salas de atendimento

administrativo

Papel Resíduos classe II - Não inertes

Clips Resíduos classe II - Não inertes

Baterias Resíduos classe I - Perigosos

Copos descartáveis Resíduos classe II - Não inertes

Pincel atômico Resíduos classe I - Perigosos

Lápis Resíduos classe II - Não inertes

Caneta Resíduos classe I - Perigosos

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Envelopes timbrados Resíduos classe II - Não inertes

Pastas Resíduos classe II - Não inertes

Cartuchos de tinta Resíduos classe I - Perigosos

Folhas de plásticos Resíduos classe II - Não inertes

Banheiros Papel higiênico Resíduos classe II - Não inertes

Papel toalha Resíduos classe II - Não inertes

Reprografia

Impressoras, CPU com componentes - fonte,

placas de memória, processador, estabilizador,

monitor, mouse, scanner; servidor, teclado.

Resíduos classe I - Perigosos

Cabos e fios em geral Resíduos classe II - Não inertes

Papel Resíduos classe II - Não inertes

Clips Resíduos classe II - Não inertes

Folhas de plástico, material plástico para

encadernações Resíduos classe II - Não inertes

Cantinas

Alimentos (inclusive cascas, folhas verdes) Resíduos classe II - Não inertes

Embalagens de papel Resíduos classe II - Não inertes

Guardanapo Resíduos classe II - Não inertes

Canudinhos Resíduos classe II - Não inertes

Copos plásticos e embalagens plásticas Resíduos classe II - Não inertes

Latas de alumínio Resíduos classe II - Não inertes

Caixas de papelão Resíduos classe II - Não inertes

Quadro 1. Principais resíduos da UNIFEBE.

Fonte: Dados da pesquisa.

Para por em prática um plano de gerenciamento de resíduos sólidos, deve-se estabelecer a política de

Gestão dos Resíduos. Apresenta-se um modelo no Quadro 2.

Hierarquia Política Arranjos Institucionais Instrumentos Legais Mecanismos de

Financiamento

Centro Universitário de

Brusque - UNIFEBE

Diretrizes para a Gestão dos

Resíduos:

- Minimizar a geração

- Separar os resíduos

- Destinar os resíduos

adequadamente

O reitor e membros de um

Comitê específico, que

deverá ser composto,

responsabilizam-se pela

elaboração do plano de

gerenciamento dos resíduos

sólidos do Centro

Universitário de Brusque -

UNIFEBE.

Lei nº 12305/2010,

Política Nacional de

Resíduos Sólidos.

Decreto nº 7404/2010,

Institui a Política Nacional

de Resíduos Sólidos.

Resolução do CONAMA

n° 05/1993, trata do

gerenciamento dos

resíduos sólidos.

Não haverá

financiamento.

Quadro 2: Gestão dos resíduos sólidos.

Fonte: Dados da pesquisa.

Atualmente o que há no Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE é uma separação executada pelos

próprios funcionários que fazem a limpeza das salas e setores. Não existe qualquer tipo de separação nas

cantinas, e não ficou claro o que é feito com os resíduos de alguns laboratórios. Sabe-se que no Laboratório

de Materiais e Ensaios e Química, os reagentes utilizados são acondicionados em bombonas.

Na Figura 1, destacam-se as operações que devem ser efetuadas no Centro Universitário de Brusque -

UNIFEBE. Ao fazer o uso de objetos e coisas, ocorrerá o descarte, mas é necessário que existam lixeiras ou

caixas coletoras diferenciadas, de acordo com o tipo de material, biológico, perfurocortantes, comum

(recicláveis ou não-recicláveis) e químico. Estes resíduos deverão ser acondicionados em local próprio, até

ocorrer a coleta e destinação dos resíduos para os locais corretos.

Os materiais comuns recicláveis deverão ser destinados para Cooperativas de Reciclagem, para que possa

ser feito o uso da matéria-prima, através da reciclagem ou reaproveitamento. Os materiais comuns não-

recicláveis deverão ser destinados para o Aterro Sanitário. Os resíduos sólidos químicos e biológicos deverão

ser encaminhados através de empresa terceirizada ou não, para o Aterro Industrial.

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Figura 1. Operações efetuadas no Centro Universitário de Brusque - UNIFEBE.

Fonte: Dados da pesquisa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE necessita urgentemente de um plano de gerenciamento

dos resíduos sólidos, especialmente pelos tipos de resíduos que são produzidos nos laboratórios. A

Instituição produz todos os tipos de resíduos, que foram classificados segundo a NBR 10.004:2004; resíduos

sólidos de classe I – perigosos, que apresentam periculosidade (risco à saúde pública e meio ambiente),

resíduos sólidos classe IIA – não inertes, e resíduos sólidos classe IIB – inertes.

Ressalta-se que através das políticas de gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos nas Instituições de

Ensino Superior, podem-se solucionar vários problemas, não só para o meio ambiente, mas para a população,

promovendo assim, um destino e tratamento correto para estes resíduos. Se esta tiver uma separação de seus

resíduos, se adequará com a Política de Resíduos Sólidos de Brusque, que em 2013, iniciou a coleta seletiva

no município.

Para a definição da política de gestão de resíduos há a necessidade de se compor um Comitê específico

que possa tratar do desenvolvimento da política, bem como de que forma este gerenciamento será posto em

prática na Instituição.

O estabelecimento de uma política de gerenciamento ambiental garantirá que os resíduos tenham um

destino adequado, além de proporcionar a Instituição uma boa imagem na comunidade acadêmica e externa.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 12305. Política Nacional de Resíduos sólidos: aprovada em 02 de agosto de 2010.. Disponível em: <

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 01 abr. 2014.

BRASIL. Legislação de direito ambiental. 4.ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5.ed. São Paulo: Editora Atlas, 2010.

NBR 10.004. Classificação dos resíduos sólidos. Disponível em:

<http://www.abetre.org.br/biblioteca/publicacoes/publicacoes-abetre/classificacao-de-residuos>. Acesso em: 10

out.2014.

PEIXOTO, K.; CAMPOS, V. B. G.; D’AGOSTO, M. A. A. A coleta seletiva e a redução dos resíduos sólidos.

Disponível em: < http://aquarius.ime.eb.br/~webde2/prof/vania/ pubs/(7)coletaresiduossolidos.pdf>. Acesso em: mar.

2012.

USO DE OBJETOS

DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS

SÓLIDOS

ACONDICIONAMENTO

DESCARTE

COOPERATIVAS DE

RECICLAGEM

ATERRO

SANITÁRIO

ATERRO

INDUSTRIAL

ORGÂNICOS E

REJEITOS

MATERIAIS

RECICLÁVEIS

RESÍDUOS

PERIGOSOS

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REDES DE COMERCIALIZAÇÃO SOLIDÁRIA: AVANÇOS E

DESAFIOS DA REDE COMERCIALIZAÇÃO SOLIDÁRIA DO

LITORAL NORTE DE SANTA CATARINA

Karina, Freitag REIS, [email protected]¹

Márcia, GUIMARÃES²

Cristiane Maria, RIFFEL³

Leila Andrésia Severo, MARTINS4

Micheline, Ramos de OLIVEIRA5

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – UNIVALI, Itajaí, Santa Catarina¹

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – UNIVALI, Itajaí, Santa Catarina²

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – UNIVALI, Itajaí, Santa Catarina³

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – UNIVALI, Itajaí, Santa Catarina4

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – UNIVALI, Itajaí, Santa Catarina5

Resumo: O artigo objetiva promover a reflexão sobre a metodologia de formação e incubação de

redes de empreendimentos de economia solidária, a partir da experiência da Incubadora Tecnológica de

Cooperativas Populares da Univali. A proposta de rede de comercialização surgiu em 2013 com o intuito

de fomentar e articular os empreendimentos do litoral Norte de SC. A rede de comercialização é

considerada uma subdivisão do trabalho da incubadora, onde é possível focar de forma personalizada as

necessidades de cada empreendimento de comercialização. A metodologia envolveu a elaboração de um

diagnóstico dos cinco empreendimentos já incubados. Com a análise dos dados, houve o mapeamento

das demandas comuns em termos de gestão e infraestrutura. A partir do diagnóstico foi elaborado e

discutido com os empreendedores o plano de ação. Entre os principais resultados alcançados pode-se

destacar o diagnóstico da rede, que aproximou os grupos. A mobilização dos empreendedores para as

formações em economia solidária com vistas a aprimorar o trabalho, partilhar experiências e fortalecer

a ideia de rede de comércio solidário.

Palavras chave: Economia Solidária; Rede de Comercialização; Ações em Rede; Metodologia de

Incubação.

INTRODUÇÃO

As Tecnologias Sociais estão cada vez mais desenvolvidas dentro das associações e

cooperativas que lidam com novos meios de produção, comercialização e consumo. Através

deste cenário repleto de perspectivas revolucionárias e de encontro ao sistema econômico atual,

de base capitalista, que surgiu a necessidade de se implantar uma organização que abrisse as

portas para um novo segmento, uma nova forma de pensar, uma nova economia em âmbito

regional, com intuito de proporcionar apoio aos grupos (empreendimentos), que surgiu a ITCP –

Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares.

A ITCP UNIVALI possui a incumbência de incubar os empreendimentos econômicos

solidários que fazem parte da Rede de Comercialização Litoral Norte e através de algumas

demandas levantadas nos grupos, organiza e articula atividades como: Oficinas, Formações,

Grupos de Trabalho e Estudos (GTEs), Feiras Ecosolidárias e Assessorias Técnicas. Estas ações

servem de alicerce para os grupos se desenvolverem e se fortalecerem para que posteriormente

“caminhe com suas próprias pernas”.

A rede de comercialização é considerada uma subdivisão do trabalho da incubadora, onde é

possível focar de forma personalizada as necessidades de cada empreendimento de

comercialização.

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O presente artigo apresenta o trabalho que vem sendo desenvolvido pela ITCP-UNIVALI

para o fortalecimento da Rede de Comercialização Litoral Norte de Santa Catarina. O mesmo se

propõe a apresentar a metodologia de incubação em rede, enquanto processo de formação,

assessoria técnica, disseminação de tecnologia apropriada e de gestão voltadas à consolidação e

conquista de condições necessárias para a autonomia organizacional, incluindo a viabilidade

econômica destes empreendimentos.

METODOLOGIA

Com a formação da Rede de Comercialização Litoral Norte, observou-se a necessidade de

realizar um diagnóstico estratégico dos Pontos fixos de Comercialização no ano de 2013, tendo

assim o levantamento dos pontos fortes e fracos de cada empreendimento, através de

instrumentos de coleta de dados, como questionário e entrevista semiestruturada.

Após análise dos dados de cada ponto de comercialização, foi identificado pontos em

comuns entre os empreendimentos. Sendo assim foram estabelecidos ações para serem

realizados em 2014 e 2015, em que os empreendimentos participam, ativamente, das ações.

As etapas metodológicas da rede de comercialização estão estruturadas da seguinte forma:

diagnóstico/plano de ação; assessorias técnicas; grupos de trabalho e estudo; oficinas e feiras.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

As redes dentro do cenário da Economia Solidária possuem ações estratégicas articuladas

entre si, como uma prática cotidiana que garantem processos de autonomia, solidariedade e

autogestão dos participantes organizados nos territórios. Este é um exercício de democracia,

onde se constroem projetos coletivos, a partir da união de diversos esforços envolvendo

agricultores, artesãos, associações e parcerias que configuram com personagens chaves da

economia solidária e exercem um papel fundamental nessa rede.

De acordo com CRUZ (2009) o principal objetivo das Redes de Economia Solidária é

montar de maneira solidária e ecológica as cadeias produtivas, produzindo nas redes tudo o que

elas ainda consomem no mercado de trabalho capitalista como produtos finais, insumos,

serviços etc., corrigir fluxos de valores, evitando realimentar a produção capitalista. Gerar novos

postos de trabalho e distribuindo renda, com a organização de novos empreendimentos

econômicos para satisfazer as demandas das redes, garantir condições econômicas para o

exercício das liberdades públicas e privadas eticamente exercidas.

A rede de comercialização solidária da ITCP – Univali tem por objetivo honrar os

princípios da economia solidária, fomentar os processos de comercialização, produzindo em

rede e objetivando o melhoramento das atividades.

O conjunto das ações voltadas à comercialização tem como objetivo principal o fomento a

projetos que contribuam com a viabilização de empreendimentos econômicos solidários por

meio da construção de redes de comercialização de empreendimentos e da constituição e

fortalecimento de espaços e instrumentos que dinamizem a comercialização dos produtos destas

iniciativas.

Os pontos fixos de comercialização solidária têm por objetivo, dentre outros, promover e

estimular a comercialização de bens e serviços produzidos pelos empreendimentos nos circuitos

locais, a partir de uma relação comercial baseada nos mesmos princípios da Economia Solidária

e do Comércio Justo e Solidário.

O exercício do trabalho coletivo nessa construção é constante, onde os diferentes atores

têm que enfrentar os desafios, as divergências de opiniões, o respeito às decisões coletivas, a

necessidade de celebrar parcerias com diferentes parceiros, a dificuldade de gerir e sustentar o

espaço, entre outros.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Por fim, os resultados obtidos na experiência de incubação dos empreendimentos que

fazem parte da rede de comercialização Litoral norte contribuem para motivar o

desenvolvimento de novas redes e fortalecer aquelas em processo de formação.

A estruturação da Rede resultou na integração e colaboração entre os empreendimentos e a

aproximação destes com o Poder Público. Hoje a Rede está estruturada e sua atuação vem se

fortalecendo.

A partir do levantamento do diagnóstico e análise do mesmo chegou-se nas seguintes ações

metodológicas de intervenção para/com os empreendimentos: análise dos pontos fortes e fracos

de cada empreendimento; criação de um plano de ação contemplando os desafios dos grupos;

realização de grupos de trabalho e estudo para contribuir na formação dos empreendedores;

oficinas temáticas; assessorias técnicas nos pontos fixos de comercialização e organização de

feiras de comercialização que promovem a economia solidária.

Por fim, os resultados obtidos nesta experiência contribuem para motivar o

desenvolvimento de novas redes e o fortalecimento daquelas em processo de formação.

REFERÊNCIAS

CRUZ, A. Redes de economia solidária – papeis e limites de atores envueltos: trabalhadores,

universidades e Estado. In: Seminário Internacional “La construcción de conocimientos y praticas sobre

La economia social y solidaria em América Latina y Canadá”, 2009. Buenos Aires: CESOT∕FCE∕UBA,

2009. Mídia digital.