PERFIL DO DISTRITO DE MOMA PROVÍNCIA DE NAMPULA · planificação e da afectação e gestão dos...
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Moma
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República de Moçambique
Ministério da Administração Estatal
PERFIL DO DISTRITO DE MOMA
PROVÍNCIA DE NAMPULA
Edição 2013
ERATI
MOMA
RIBAUE
MALEMA
MECUBURI
MEMBA
LALAUA
MUECATE
NAMPULA
MONAPO
MECONTA MOGINCUAL
MOGOVOLAS
NACAROA
MOSSURIL
ANGOCHE
MURRUPULA
NACALA-A-VELHA NACALA
ANGOCHE
CIDADE_DE_NAMPULA
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Índice
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Índice
Prefácio v
Siglas e Abreviaturas vii
1 Breve Caracterização do Distrito 11 1.1 Localização, Superfície e População 11 1.2 Clima, Relevo e Solos 11 1.3 Recursos Naturais 12 1.4 Infraestruturas 13 1.5 Economia e Serviços 14 1.6 História, Cultura e Sociedade 15
2 Demografia 17 2.1 Estrutura etária e por sexo 17 2.2 Traço sociológico 18 2.3 Analfabetismo e Escolarização 19
3 Habitação e Condições de Vida 21
4 Organização Administrativa e Governação 25 4.1 Governo Distrital 25 4.2 Síntese das atribuições e da actividade dos órgãos distritais 27 4.2.1 Secretaria Distrital 27 4.2.2 Serviço Distrital de Actividades Económicas 28 4.2.2.1 Agricultura e Desenvolvimento Rural 28 4.2.3 Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia 29 4.2.3.1 Educação 30 4.2.3.2 Cultura 33 4.2.4 Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social 33 4.2.4.1 Saúde 34 4.2.4.2 Acção Social 35 4.2.4.3 Género 37 4.2.5 Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas 40 4.2.5.1 Ordenamento Territorial 40 4.2.5.2 Infraestruturas 40 4.3 Justiça, Ordem e Segurança pública 42 4.4 Constrangimentos e Perspectivas 42
5 Finanças Públicas e Investimento 43 5.1 Fundo Distrital de Desenvolvimento 44 5.2 Fundo de Investimento em Infraestruturas 45 5.3 Fundos Sectoriais Descentralizados Error! Bookmark not defined.
6 Actividade Económica 47
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6.1 População economicamente activa 47 6.2 Pobreza e Segurança Alimentar 50 6.3 Infraestruturas de base Error! Bookmark not defined. 6.4 Uso e Cobertura da Terra 51 6.5 Sector Agrário 54 6.5.1 Produção agrícola e sistemas de cultivo 54 6.5.2 Pecuária 55 6.5.3 Pescas, Florestas e Fauna bravia 56 6.6 Indústria, Comércio e Serviços 56
7 Visão e Estratégia de Desenvolvimento Local 57 7.1 Visão 57 7.2 Problemas e Potencialidades 57 7.3 Objectivos estratégicos específicos 58
Lista de quadros
Quadro 1. População por posto administrativo, 1/7/2012 17 Quadro 2. Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento 17 Quadro 3. Agregados familiares, segundo a dimensão 18 Quadro 4. Agregados familiares, segundo o tipo sociológico 18 Quadro 5. Distribuição da população, segundo o estado civil 18 Quadro 6. População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo 18 Quadro 7. População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português 19 Quadro 8. População com 15 ou mais anos, e alfabetização, 2012 20 Quadro 9. Habitações segundo o regime de propriedade 21 Quadro 10. Tipo de habitações 21 Quadro 11. Habitações segundo o material de construção 22 Quadro 12. Habitações, água, saneamento e energia 24 Quadro 13. Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis 24 Quadro 14. População com 5 anos ou mais, e frequência escolar 30 Quadro 15. População de 5 anos ou mais, por nível de ensino 30 Quadro 16. Taxas de escolarização 31 Quadro 17. Escolas, alunos e professores, 2011 32 Quadro 18. População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído 32 Quadro 19. Indicadores de cuidados de saúde, 2003 34 Quadro 20. Quadro epidemiológico 35 Quadro 21. População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007 35 Quadro 22. População deficiente, 2007 36 Quadro 23. População portadora de deficiência, segundo a causa 36 Quadro 24. Subsídio de alimentos 37 Quadro 25. Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais) 38 Quadro 26. Execução orçamental (em ‘000 MT) 43 Quadro 27. Projectos de iniciativa local financiados 44 Quadro 28. Sector económico do investimento local 45 Quadro 29. Investimento local em infraestruturas escolares 46 Quadro 30. Fundo de Investimento 46
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Índice
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Quadro 31. Investimento local em estradas Error! Bookmark not defined. Quadro 32. População segundo a condição de actividade 47 Quadro 33. População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 48 Quadro 34. População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 49 Quadro 35. Uso e Cobertura da Terra 51 Quadro 36. Produção agrícola, por principais culturas: 2011-2012 55 Quadro 37. Efectivo pecuário 55
Lista de figuras
Figura 1. População com 5 anos ou mais, por língua materna ........................................ 19 Figura 2. Tipo de habitações ................................................................................................. 22 Figura 3. Habitações segundo o material de construção .................................................. 23 Figura 4. Habitações e condições básicas existentes ......................................................... 23 Figura 5. População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado ......................... 30 Figura 6. População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído ........................... 33 Figura 7. Indicadores de escolarização por sexos .............................................................. 38 Figura 8. População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo ............................. 39 Figura 9. População segundo a posição no trabalho e sexo ............................................. 39 Figura 10. População com 15 anos ou mais, segundo a actividade ................................. 48 Figura 11. População activa, segundo a ocupação principal ............................................ 49 Figura 12. População activa, segundo o ramo de actividade ............................................ 50 Figura 13. Explorações segundo a sua utilização ............................................................... 53 Figura 14. Explorações por classes de área cultivada ........................................................ 53
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Prefácio
Com 800 mil km2 de superfície e uma população de 24 milhões de
habitantes, Moçambique enfrenta exigências inadiáveis de engajamento
de todos os níveis da sociedade e dos vários intervenientes institucionais
e parceiros de cooperação, num esforço conjugado de combate à
pobreza e desigualdade e de promoção do desenvolvimento económico
e social do País.
Efetivamente, alcançar estes propósitos, num contexto de interdependência dos objectivos
de reconstrução e desenvolvimento com os do crescimento, requer o empenho de todos os
sectores, grupos e comunidades da sociedade moçambicana.
Na esfera da governação, esta exigência abrange todos os níveis territoriais e cada uma das
instituições públicas, estando a respectiva política do Governo enunciada nos preceitos
Constitucionais sobre a Descentralização e a Reforma do Sector Público.
A Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março, ao estabelecer os novos princípios e
normas de organização, competências e de funcionamento destes órgãos nos escalões de
província, distrito, posto administrativo e localidade, dotou o processo de um novo quadro
jurídico que reforça e operacionaliza a importância estratégica da governação local.
Neste contexto, o Distrito é um conceito territorial e administrativo essencial à programação
da actividade económica e social e à coordenação das intervenções das instituições nacionais
e internacionais. Avaliar o potencial distrital e o seu grau de sustentabilidade, bem como o
nível de ajustamento do respectivo aparelho administrativo e técnico às necessidades do
desenvolvimento local, é, pois, um passo primordial.
É, neste contexto, que o Ministério da Administração Estatal elaborou e procede à
publicação da versão actualizada dos Perfis dos 128 Distritos de Moçambique.
Fá-lo, numa abordagem integrada com o processo de fortalecimento da gestão e planificação
locais, proporcionando para cada distrito, no período que medeia 2009 a 2012 – uma
avaliação detalhada do grau local de desenvolvimento humano, económico e social.
Estamos certos que este produto apetrechará as várias Instituições públicas e privadas,
nacionais ou internacionais, com um conhecimento de todo o país, que potencia o
prosseguimento coordenado das acções de combate à pobreza em Moçambique.
Efetivamente, entendemos os Perfis Distritais como um contributo para um processo de
gestão que integra, por um lado, os aspectos organizacionais e de competências distritais e,
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por outro, as questões decorrentes do desenvolvimento e da descentralização nas áreas da
planificação e da afectação e gestão dos recursos públicos.
A presidir à definição do seu conteúdo e estrutura, está subjacente a intenção de fortalecer
um ambiente de governação:
dominado pela visão estratégica local e participação comunitária;
promotor da gradual implementação de modelos de negócio da administração
distrital ajustados às prioridades da região, ao quadro de desconcentração de
competências e ao sistema de afectação de recursos públicos; e
integrado em processos de apropriação local na decisão e responsabilização na
execução.
Para a sua elaboração, foram preciosos os contributos recebidos de várias instituições ao
nível central e local, de que destacamos, todos os Governos Provinciais e Distritais, o
Instituto Nacional de Estatística, o Ministério da Planificação e Desenvolvimento, o
Ministério das Finanças, o Ministério da Agricultura e o Ministério para Coordenação da
Acção Ambiental.
A todos os intervenientes e, em particular aos Administradores de Distrito, que estas
publicações sejam consideradas como um gesto de agradecimento e devolução.
Ao PNUD e outros Doadores que, por via do Projecto 00080605 Descentralização e
Desenvolvimento Local, apoiaram esta iniciativa, o nosso encarecido reconhecimento.
A finalizar, referir que a publicação destes Perfis insere-se num esforço continuado, por
parte do Ministério da Administração Estatal e da sua Direcção Nacional de Administração
Local, de monitoria do desenvolvimento institucional da administração pública local e do seu
gradual ajustamento às exigências do desenvolvimento e crescimento em Moçambique.
Entusiasmamos, pois, todas as contribuições e comentários que possam fazer chegar
directamente a essa Direcção Nacional, no sentido de melhorar e enriquecer o conteúdo
futuro dos Perfis.
Maputo, 25 de Setembro de 2013.
Carmelita Namashulua Ministra da Administração Estatal
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Siglas e Abreviaturas
APEs Agentes Polivalentes Elementares
BCI Banco Comercial e de Investimentos
BIM Banco Internacional de Moçambique
CDPRM Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique
CENACARTA Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção
CFM Caminhos de Ferro de Moçambique
CGRN Comité de gestão de recursos naturais
CISM Centro de Investigação em Saúde da Malária
CL’s Conselhos Locais
CNCS Conselho Nacional de Combate ao SIDA
COVs Crianças Órfãs e Vulneráveis
DNAL Direcção Nacional da Administração Local
DNPO Direcção Nacional do Plano e Orçamento
DPOPH Direcção Provincial de Obras Públicas e Habitação
DPPF Direcção Provincial do Plano e Finanças
DPS Direcção Provincial de Saúde
DTS Doença de Transmissão Sexual
EDM Electricidade de Moçambique
EN Estrada Nacional
EN1 Estrada Nacional nº 1
EP1 Ensino Primário do 1º Grau
EP2 Ensino Primário do 2º Grau
EPC Escola Primária Completa
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ESG1 Ensino Secundário Geral do 1º ciclo
ESG2 Ensino Secundário Geral do 2º ciclo
ET Ensino Técnico
FDD Fundo de Desenvolvimento Distrital
GD Governo Distrital
IAF Inquérito aos agregados familiares, sobre o orçamento familiar
IFP Instituto de Formação de Professores
INE Instituto Nacional de Estatística
IPCC’s Instituições de participação e consulta comunitária
ITS’s Infecções de Transmissão Sexual
LOLE Lei dos Órgãos Locais do Estado
MAE Ministério da Administração Estatal
Mcel Moçambique Celular
MF Ministério das Finanças
MINAG Ministério da Agricultura
MPD Ministério da Planificação e Desenvolvimento
ONGs Organizações Não Governamentais
ORAM Organização de Ajuda Mútua
PA Posto Administrativo
PARPA Plano de Acção Para Redução da Pobreza Absoluta
PEDD Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PPFD Programa de Planificação e Finanças Descentralizadas
PQG Programa Quinquenal do Governo
PRM Polícia da República de Moçambique
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PSAA Pequeno Sistema de Abastecimento de Água
SD Secretaria Distrital
SDAE Serviço Distrital de Actividades Económicas
SDEJT Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia
SDPI Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas
SDSMAS Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social
SIFAP Sistema de Formação em Administração Pública
STV Soico Televisão
TDM Telecomunicações de Moçambique
VODACOM Operadora de telefonia móvel
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Breve Caracterização do Distrito
1.1 Localização, Superfície e População
O distrito de Moma está
localizado na parte Sul da
província de Nampula,
confinando a Norte com o
distrito de Mogovolas, a Sul
com o Oceano Índico, a Este
com o distrito de Angoche e a
Oeste com os distritos de
Pebane e Gilé da Zambézia.
A superfície do distrito1 é de
5.814 km2 e a sua população
está estimada em 350 mil
habitantes à data de 1/7/2012.
Com uma densidade
populacional aproximada de 61 hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os
388 mil habitantes.
A relação de dependência económica potencial é de aproximadamente 1:1.1, isto é, por cada
10 crianças ou anciões existem 11 pessoas em idade activa. A população é jovem (46%,
abaixo dos 15 anos de idade), maioritariamente feminina (taxa de masculinidade de 50%) e
de matriz rural (taxa de urbanização de 7%).
1.2 Clima, Relevo e Solos
A região compreendida pela faixa costeira apresenta um clima do tipo sub-húmido seco,
onde a precipitação média anual varia entre 800 e 944 mm e, a temperatura média durante o
período de crescimento das culturas excede os 25ºC (24 a 26ºC). A evapotranspiração
potencial é da ordem dos 1400 a 1600 mm.
1Direcção Nacional de Terras CADASTRO NACIONAL DE TERRAS http://www.dinageca.gov.mz/dnt/
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Mais para sul e em direcção á região costeira do norte da Zambézia, incluindo os distritos
costeiros de Angoche e Moma na província de Nampula, a precipitação média anual volta
aos valores entre 800 e 100 mm, embora a evapotranspiração potencial seja superior aos
1500 mm e a temperatura em regra superior a 24ºC.
As planícies costeiras na região são dissecadas por alguns rios que sobem da costa para o
interior, gradualmente passando para um relevo mais dissecado com encostas mais
declivosas intermédias, da zona subplanáltica de transição para a zona litoral. Esta zona
corresponde à área costeira da província.
Caracteriza-se pelos seus solos arenosos, lavados a moderadamente lavados,
predominantemente amarelos a castanho-acinzentados, quer seja os da cobertura arenosa do
interior (Ferralic Arenosols), quer seja os das dunas arenosas costeiras (Haplic Arenosols), e
ainda pelos solos da faixa do grés costeiro, de textura arenosa a franco argilo arenosa de cor
alaranjada (Ferralic Arenosols). Os solos arenosos hidromórficos de depressões e baixas
ocorrem alternados com as partes de terreno mais elevadas (Gleyic Arenosols).
1.3 Recursos Naturais
A fauna bravia está, hoje, fracamente representada. De facto, muitas das espécies que
outrora constituíam o potencial faunístico do distrito, nomeadamente, leões, elefantes,
rinocerontes, búfalos, zebras, vários tipos de antílopes, porcos bravos, estão praticamente
extintas, sendo que a prática sistemática de queimadas descontroladas, o desenvolvimento
descontrolado de actividades económicas e sociais e o uso de armas de fogo terão ditado a
extinção das referidas espécies. Actualmente, a fauna do distrito comporta apenas gazelas,
alguns antílopes e porcos bravos, hipopótamos, macacos, répteis, coelhos, roedores e aves
diversas que podemos encontrar na Localidades de Jagoma no Posto Administrativo de
Moma-Sede, Najaca no Posto Administrativo de Mucualu e Piqueira, Namiwi no Posto
Administrativo de Chalaua respectivamente.
As areias pesadas representam o minério com peso económico mais significativo e com
larga perspectiva de desenvolvimento. As mesmas localizam-se na zona de Thopuitho no
Posto Administrativo de Larde, estando a ser exploradas pela KENMAR, a empresa
concessionária.
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Outro minério importante, do ponto de vista económico, existente no Distrito de Moma,
são as pedras semipreciosase o ouro,que podem ser encontrados no Posto Administrativo
de Chalaua, nas zonas de Mavuco e Piqueira, respectivamente.
Sendo Moma um distrito onde o acesso à energia eléctrica é quase nulo, é compreensível
que a população viva unicamente do carvão e da lenha, como alternativas para a confecção
dos seus alimentos e necessidades afins. Este facto, conduz, obviamente, a uma situação de
exploração contínua da lenha e carvão o que, quando se associa à ausência prevalecente de
um programa específico de reposição florestal, gera implicações ambientais altamente
negativas.
No domínio da construção de casas para habitação, onde o modelo de pau-a-pique é o mais
comum, particularmente nas regiões do interior, o corte sistemático de árvores acaba
contribuindo, sobremaneira, para o depauperamento das florestas e, consequentemente, do
meio ambiente, para além de criar condições permissivas à erosão e tendências de
desertificação no campo.
1.4 Infraestruturas
O Distrito conta com uma rede rodoviária de 597,7 km de estradas, sendo 310,7 km de
estradas classificadas e 285 km de estradas não classificadas, dos quais 387,7 km são
transitáveis.
Em termos de frota de transportes colectivos de passageiros o Distrito de Moma conta com
os transportadores abulantes provenientes da Cidade de Nampula praticando a rota Moma-
Nametil-Nampula;
O Distrito tem 12 postos rádios, que permitem a comunicação entre a Sede do Distrito e os
Postos Administrativos, Unidades Sanitárias periféricas e outros pontos da Província.
O Distrito é coberto por 3 redes de telefonia móvel que operam na Província com
cobertura total. Também possui uma rede de telefonia fixa das (TDM) na sede do distrito e
em Topuitho.
O Distrito beneficia da Energia Eléctrica de Cahora Bassa que abastece dois (3) Postos
Administrativos, designadamente Larde, Moma-Sede e Chalaua.
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O distrito possui 142 escolas (das quais, 98 do ensino primário nível 1, 40 do ensino
primário nível 2, 3 ensino Secundario nível 1 e 1 do ensino Secundário nível 2) e está
servido por 15 unidades sanitárias, que possibilitam o acesso progressivo da população aos
serviços do Sistema Nacional de Saúde, apesar de a um nível bastante insuficiente.
Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e
manutenção das infraestruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água
a necessitar de manutenção, bem como a rede de estradas e pontes que, na época das
chuvas, tem problemas de transitabilidade.
1.5 Economia e Serviços
A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares.
Existem pequenas infraestruturas de rega com capacidade para fazer irrigação de superfície e
represas com potencial para irrigar pequenas áreas agrícolas (Localidade de M´pago).
De um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações
familiares em regime de consociação de culturas com base em variedades locais.
A faixa costeira é dominada pelo sistema de produção baseado na cultura da mandioca,
consociada com leguminosas de grão como o feijão nhemba e o amendoim.
O arroz de sequeiro é a cultura produzida nas planícies aluvionares dos principais rios que
drenam a costa e planícies estuarinas, sendo normalmente produzidos em bacias de
inundação preparadas para o efeito. Há ainda a referir a importância do coqueiro e do
cajueiro no sistema de produção da zona costeira, quer como um produto que garante a
segurança alimentar ou como fonte de rendimento para as famílias rurais.
O sistema agro-silvícola do cajú é o mais representativo chegando mesmo a ser dominante.
A consociação mais importante do caju, compreende culturas como a mandioca e milho,
seguindo o padrão tradicional de rotação e pousio de médio e longo prazo, dependendo
bastante da idade dos cajueiros e sua produtividade. Uma particularidade da zona, é que
praticamente toda a mandioca fica dentro da zona do cajueiro. O coqueiro na província
apresenta uma distribuição alargada para o interior.
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O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a tradição na criação de gado e
algumas infraestruturas existentes, verificou-se algum crescimento do efectivo pecuário.
É grande o potencial comercial das madeiras nativas como o jambire e a umbila, e Moma
tem grande potencial madeireiro. A madeira não é muito utilizada como material de
construção. A lenha é a fonte de energia mais utilizada.
A caça e a pesca são um suplemento dietético para as famílias. Os animais mais caçados são
o cudo, o xipenhe, o porco-do-mato, a galinha-do-mato e a perdiz. A proximidade do litoral
e a existência de rios e lagos, faz da pesca uma actividade de rendimento importante para as
famílias, bem como uma fonte suplementar de alimento.
A pequena indústria local (pesca, carpintaria e artesanato) surge como alternativa à
actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade.
Apesar do seu afastamento em relação a centros urbanos importantes, o distrito de Moma já
efectua trocas comerciais com outros mercados da região. Os habitantes do distrito
deslocam-se aos distritos vizinhos, e também às cidades de Nampula e Angoche, para
comprar comida, sendo também comum virem ao distrito comerciantes da capital
provincial, de Pemba e mesmo da Tanzânia, para comprar os produtos locais.
1.6 História, Cultura e Sociedade
No Distrito funciona um Conselho Consultivo Distrital e Conselhos Consultivos dos
Postos Administrativos presididos pelo respectivo Chefe do Posto Administrativo. No seu
funcionamento participativo estes envolvem os membros dos Conselhos Consultivos de
Localidade no referente a opinar sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local a
submeter a decisão do Conselho Consultivo Distrital.
No âmbito da implementação do Decreto 15/2000 sobre as autoridades comunitárias, de
acordo com as entidades distritais, foi levado a cabo um trabalho de divulgação do mesmo
em todos os Postos Administrativos, Localidades, Aldeias e Povoações, tendo sido
envolvidas todas as camadas sociais. Este trabalho culminou com a legitimação pelas
respectivas comunidades dos Líderes Comunitários e com o seu reconhecimento pela
autoridade competente.
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A relação entre a Administração e as autoridades comunitárias é positiva e tem contribuído
para a solução dos vários problemas locais, nomeadamente os surgidos devido aos conflitos
de terras existentes no distrito.
A população, devidamente mobilizada pelas autoridades comunitárias, participa activamente
na abertura de estradas terciárias, que tem facilitado o escoamento dos excedentes agrícolas,
na construção de escolas com material precário, casas para alguns Presidentes das
Localidades e enfermeiros, na conservação de fontes de água, na denúncia de malfeitores e
na localização de terrenos para vários fins socioeconómicos e culturais, sempre que
necessário.
A religião dominante é a Muçulmana, praticada pela maioria da população do distrito.
Existem outras crenças no distrito, sendo prática corrente que os representantes das
hierarquias religiosa se envolvam, em coordenação com as autoridades distritais, em várias
actividades de índole social.
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Demografia
A superfície do distrito2 é de 5.814 km2 e a sua população está estimada em 350 mil
habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 61
hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 388 mil habitantes.
1.7 Estrutura etária e por sexo
A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:1.1, isto é,
por cada 10 crianças ou anciões existem 11 pessoas em idade activa. Com uma população
jovem (45%, abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 102% (por cada 100
pessoas do sexo feminino existem 102 do masculino) e uma taxa de urbanização do distrito
é de 8%, concentrada na Vila de Moma.
Quadro 1. População por posto administrativo, 01/07/2012.
TOTAL
Grupos etários
0 - 4 5 - 14 15 - 44 45 - 64 65 e mais
Distrito de Moma 349,864 58,812 97,803 146,816 35,499 10,934
Homens 176,570 29,812 50,292 70,898 19,162 6,405
Mulheres 173,295 29,000 47,511 75,919 16,337 4,529
P.A. de Macone Sede 185,345 30,849 52,120 78,032 18,550 5,795
Homens 93,603 15,707 27,056 37,228 10,181 3,431
Mulheres 91,747 15,144 25,062 40,798 8,380 2,363
P. A. de Chalaua 87,075 14,441 24,028 36,871 9,189 2,545
Homens 44,586 7,349 12,361 18,622 4,810 1,446
Mulheres 42,492 7,094 11,667 18,260 4,370 1,101
P. A. de Larde 44,448 7,810 12,157 18,637 4,412 1,431
Homens 21,813 3,758 6,067 8,760 2,405 823
Mulheres 22,626 4,043 6,092 9,874 2,009 609
P. A. de Mucuali 32,997 5,712 9,497 13,276 3,348 1,164
Homens 16,567 2,998 4,808 6,287 1,767 706
Mulheres 16,430 2,719 4,690 6,987 1,578 456
Fonte: INE, Dados do Censo de 2007.
Das pessoas residentes no distrito, 95% nasceram no próprio distrito, o que denota fluxos
de migração baixos.
Quadro 2. Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento
Local de Nascimento
No próprio
distrito Noutro distrito da mesma província
Noutra Província
2Direcção Nacional de Terras CADASTRO NACIONAL DE TERRAS http://www.dinageca.gov.mz/dnt/
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Total 95.2% 4.1% 0.8%
- Homens 95.0% 4.2% 0.9%
- Mulheres 95.4% 3.9% 0.7% Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
1.8 Traço sociológico
Das 87 mil famílias do distrito, o tipo sociológico familiar principal é o nuclear com filhos
(39%), isto é, com um ou mais parentes para além de filhos e têm, em média, 3.6 membros.
Quadro 3. Agregados familiares, segundo a dimensão
% de agregados, por dimensão
1 - 2 3 - 5 6 e mais
31.7% 52.9% 15.4% Fonte: INE, Dados do Censo de 2007 e Projeções globais da população.
Quadro 4. Agregados familiares, segundo o tipo sociológico
TIPO SOCIOLÓGICO DE AGREGADO FAMILIAR
Unipessoal Monoparental (1) Nuclear
Alargado (2) Masculino Feminino Com filhos Sem filhos
12.1% 1.9% 6.8% 39.2% 12.7% 27.3%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística – Censo de 2007.
1) Família com um dos pais.
2) Família nuclear ou monoparental com ou sem filhos e um ou mais parentes.
Na sua maioria casados após os 12 anos de idade, têm crença religiosa, dominada pela
religião Islâmica.
Quadro 5. Distribuição da população, segundo o estado civil
Com 12 anos ou mais, por Estado civil
Total Solteiro Casado ou
união Separado/ Divorciado Viúvo
100.0% 22.8% 68.6% 5.2% 3.4% Fonte: Instituto Nacional de Estatística – Censo de 2007.
Tendo o Emakhuwacomo língua materna dominante, constata-se que 31% da população do
distrito (com 5 ou mais anos de idade) tem conhecimento da língua portuguesa, sendo este
domínio predominante nos homens, dada a sua maior inserção na vida escolar e no
mercado de trabalho.
Quadro 6. População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo
TOTAL
GRUPO ETÁRIO
5 - 9 10 - 14 15 - 19 20 - 44 45 e mais
TOTAL 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Moma
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PÁGINA19
Emakhuwa 94.6% 96.7% 94.2% 93.4% 92.3% 94.4%
Elomwe 0.2% 0.1% 0.1% 0.2% 0.3% 0.3%
Português 3.1% 1.3% 4.1% 4.6% 4.0% 3.0%
Outras 2.1% 1.9% 1.6% 1.7% 3.4% 2.2% Fonte: Instituto Nacional de Estatística – Censo de 2007.
Figura 1. População com 5 anos ou mais, por língua materna
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
Quadro 7. População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português
Sabe falar Português Não sabe falar Português
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total 30.7% 42.2% 19.1% 69.3% 57.8% 80.9%
5 - 9 anos 11.4% 12.7% 10.2% 88.6% 87.3% 89.8%
10 - 14 anos 38.3% 41.9% 34.2% 61.7% 58.1% 65.8%
15 - 44 anos 47.3% 62.4% 33.3% 52.7% 37.6% 66.7%
45 anos ou mais 33.3% 50.7% 16.2% 66.7% 49.3% 83.8% Fonte: Instituto Nacional de Estatística.
1.9 Analfabetismo e Escolarização
Com 31% da população alfabetizada, predominantemente homens, o distrito tem uma taxa
de escolarização normal, constatando-se que 43% dos seus habitantes declararam no Censo
2007 que frequentavam ou já frequentaram antes a escola, ainda que maioritariamente
somente até ao nível primário.
Emakhuwa, 94.6%
Elomwe, 0.2%
Português, 3.1%
Outras, 2.1%
Moma
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PÁGINA20
Quadro 8. População com 15 ou mais anos, e alfabetização, 2012
Taxa de analfabetismo
TOTAL Homens Mulheres
Total 68.8% 52.0% 85.1%
15 - 19 anos 55.4% 39.5% 70.2%
20 - 24 anos 65.3% 45.6% 80.9%
25 - 29 anos 70.9% 52.2% 86.5%
30 - 44 anos 69.2% 51.2% 87.7%
45 anos ou mais 78.4% 64.0% 95.4%
P.A. de Macone Sede 66.9% 50.0% 83.2%
P. A. de Chalaua 69.3% 52.7% 86.2%
P. A. de Larde 73.9% 58.1% 88.9%
P. A. de Mucuali 71.1% 53.2% 88.1%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
Moma
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PÁGINA21
3. Habitação e Condições de Vida
As características físicas das habitações, especialmente o material usado na sua construção e
o acesso a serviços básicos de água, saneamento e energia, são indicadores importantes do
nível de vida das famílias. As características do parque habitacional duma sociedade
constituem um indicador bastante relevante do nível de desenvolvimento socioeconómico.
Quadro 9. Habitações segundo o regime de propriedade
Total de Habitações 100.0%
- Próprias 94.9%
- Alugadas 0.7%
- Cedidas ou emprestadas 3.1%
- Outro regime 1.3% Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
A maioria (95%) das cerca de 87 mil habitações3 existentes no distrito são de propriedade
própria. O tipo de habitação dominante é a palhota (97%). A casa mista, que é um tipo de
habitação que combina materiais de construção duráveis e materiais de origem vegetal,
representa 2% do parque habitacional do distrito.
Quadro 10. Tipo de habitações
Casa convencional4 ou apartamento5 0.4%
Casa mista6 1.9%
Casa básica7 0.6%
Palhota8, casa improvisada9 e outras 97.1% Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
3Estimativa a partir das projeções da população do Censo de 2007.
4Casa convencional - é uma unidade habitacional unifamiliar que tenha quarto(s), casa de banho, cozinha dentro de casa, e
construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão). Pode ser de rés do chão,
mais de 1 ou 2 pisos.
5Flat/apartamento - é uma unidade habitacional que tenha quarto(s) casa de banho, cozinha pertencente a uma unidade
habitacional multifamiliar com 1 ou mais pisos podendo ser de um bloco ou conjunto de blocos.
6Casa mista – é uma casa construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão),
materiais de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu, caniço, paus maticados, madeira, etc.) e adobe.
7Casa básica – é uma unidade habitacional que só tem quarto(s) e não tem casa de banho e ou cozinha, sendo construída com
materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão). Inclui-se nesta categoria o conjunto de
quartos geminados (casa comboio) que utilizam os mesmos serviços (casa de banho, cozinha e água).
8Palhota – é uma casa cujo material predominante na construção é de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu, caniço,
adobe, paus maticados, etc.).
9Casa improvisada – são habitações construídas com material improvisado e precário, tal como papel, saco, cartão,, latas, cascas de
árvores, etc.
Moma
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PÁGINA22
Figura 2. Tipo de habitações
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
Apesar de as condições de habitação serem diferentes entre as zonas urbanas e rurais do
distrito, verifica-se um padrão comum dos materiais de construção caracterizado por:
O principal material usado nas paredes das casas é o bloco de adobe (63%);
O principal material usado na cobertura das casas é capim ou palha (97%); e
O principal material usado no pavimento das casas é adobe (82%).
Quadro 11. Habitações segundo o material de construção
Em %
Total Urbano Rural
Paredes 100.0% 100.0% 100.0%
- Blocos de cimento ou tijolo 1.1% 3.6% 0.9%
- Blocos de adobe 63.3% 64.3% 63.3%
- Caniço / Paus 35.1% 31.8% 35.4%
- Madeira / Zinco 0.0% 0.0% 0.0%
- Outro material 0.5% 0.2% 0.5%
Cobertura 100.0% 100.0% 100.0%
- Chapas ou telhas 2.5% 5.6% 2.2%
- Laje de betão 0.2% 0.6% 0.1%
- Capim ou outro material 97.3% 93.8% 97.6%
Pavimento 100.0% 100.0% 100.0%
- Cimento, parquet ou mosaico 3.3% 9.2% 2.8%
- Adobe 82.0% 81.8% 82.0%
- Sem nada 14.7% 9.0% 15.2%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
Casa convencional
ou Apartamento ,
0.4%
Casa mista , 1.9%
Casa básica , 0.6%
Palhota , 97.1%
Moma
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PÁGINA23
Figura 3. Habitações segundo o material de construção
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
O gráfico e quadro seguintes mostram a distribuição percentual das habitações segundo o
grau de acesso aos serviços básicos.
A principal fonte de energia usada pelas famílias é o petróleo (90%);
Cerca de 16% das famílias tem acesso a fontes de água potável10; e
Cerca de 2% das famílias usam sistemas de saneamento melhorados11.
Figura 4. Habitações e condições básicas existentes
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
10Água canalizada (dentro e fora da casa), fontenário e poço/furo protegido c/ bomba.
11Retrete ligada a fossa séptica, Latrina melhorada e Latrina tradicional melhorada.
1.1%
63.3%
35.1%
0.0% 2.5%
97.3%
3.3%
82.0%
14.7%
Casas com energia
eléctrica, 0.6%
Casas que usam fontes de água potável, 16.2%
Casas com sistemas de saneamento melhorados,
1.9%
Moma
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PÁGINA24
Quadro 12. Habitações, água, saneamento e energia
HABITAÇOES E CONDIÇOES BÁSICAS EXISTENTES TOTAL Casa
convencional Casa mista
Casa básica
Palhota
ENERGIA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Electricidade 0.4 3.2 1.1 1.5 0.4
Gerador/placa solar 0.4 10.2 3.6 6.9 0.2
Gás 0.0 0.0 0.0 0.5 0.0
Petróleo/parafina/querosene 89.8 75.5 89.9 66.8 90.0
Velas 0.7 4.7 1.4 6.7 0.7
Baterias 0.5 1.5 0.8 2.0 0.5
Lenha 7.1 3.8 3.0 15.5 7.1
Outras 1.0 1.2 0.2 0.1 1.0
ÁGUA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Água canalizada 0.3 33.2 0.3 0.3 0.2
- dentro da casa 0.1 32.4 0.1 0.0 0.0
- fora de casa 0.2 0.9 0.3 0.3 0.2
Não-canalizada 99.7 66.8 99.7 99.7 99.8
- fontenário 3.4 6.7 4.3 21.5 3.2
- poço/furo protegido c/ bomba 13.9 16.9 23.5 12.8 13.7
- poço sem bomba 74.0 39.4 66.7 57.9 74.4
- rio/lago/lagoa 7.8 3.2 4.8 4.2 7.9
- chuva 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
- mineral 0.1 0.6 0.2 3.2 0.1
- outros 0.4 0.0 0.2 0.1 0.4
SANEAMENTO 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Retrete ligada a fossa séptica 0.2 12.2 0.5 6.6 0.1
Latrina melhorada 0.6 8.5 1.7 8.6 0.5
Latrina tradicional melhorada 0.7 2.9 2.5 4.3 0.6
Latrina não melhorada 5.0 11.1 13.8 27.2 4.5
Não tem retrete/latrina 93.6 65.3 81.5 53.3 94.3 Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
No que diz respeito a posse de bens, a incidência da posse de bens duráveis pelas famílias
residentes no distrito é apresentada na tabela seguinte.
Quadro 13. Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis
Casa própria Rádio Televisor
Telefone fixo Computador Carro Motorizada Bicicleta
Nenhum bem
94.9% 45.6% 0.7% 0.1% 0.0% 0.1% 1.2% 39.1% 40.3% Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
Constata-se que, exceptuando a casa própria, 40 por cento das famílias não possuem
nenhum dos bens listados na tabela e observados aquando do Censo da População de 2007.
Moma
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2 Organização Administrativa e Governação
O distrito tem quatro Postos Administrativos: Moma-Sede, Chalaua, Larde e Mucuali que,
por sua vez, estão subdivididos em 14 Localidades.
N/ORD POSTO ADMINISTRATIVO LOCALIDADE
01 Moma- Sede
Macone- sede
Mirripi
Jagoma
Pilivili
Naicole
M`pago
02 Chalaua
Chalaua - sede
Namiwi
Nailocne
Piqueira
03 Larde Larde - sede
Topuitho
04 Mucuali Mucuali-sede
Najaca
2.1 Governo Distrital
O Governo Distrital é dirigido pelo Administrador de Distrito e, ao
abrigo da Lei nº 8/2003 de 19 de Maio, está estruturado na
Secretaria Distrital e nos seguintes Serviços Distritais:
Moma
________________________________________________________________________________________________
PÁGINA26
Actividades Económicas;
Saúde, Mulher e Acção Social;
Educação, Juventude e Tecnologia; e
Planeamento e Infraestruturas.
De acordo com o Estatuto Orgânico do Governo Distrital aprovado pelo Decreto nº
6/2006 de 12 de Abril, a Estrutura Tipo do Governo Distrital é apresentada em seguida.
Estrutura Tipo do Governo Distrital
Fonte: Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril
Para além destes serviços, funcionam ainda as seguintes instituições públicas:
Tribunal Judicial;
Registo e Notariado;
Comando Distrital da PRM;
Procuradoria Distrital da República;
SISE.
Com um total de 1.264 funcionários em 2013 (dos quais, 255 são mulheres), do pessoal da
Administração Distrital 4,7 % tem formação superior, 49,4 % formação média, 22%
formação técnica e 9,5% Assistentes técnicos e as restantes carreiras corresponde a 14,4% .
O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital presidido pelo Administrador Distrital.
No Distrito funcionam 4 Conselhos Consultivos dos Postos Administrativos, presididos
pelo respectivo Chefe do Posto Administrativo. No seu funcionamento participativo estes
envolvem os membros dos 14 Conselhos Consultivos de Localidade no referente a opinar
sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local a submeter a decisão do Conselho
Consultivo Distrital, apoio ao Conselho Distrital de Planificação e respectiva fiscalização ou
monitoria das realizações do Governo Distrital.
Moma
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PÁGINA27
No contexto da reforma do sector público, foi nomeado o Secretário Permanente Distrital,
foram institucionalizados os Conselhos Locais (Localidade, Posto Administrativo e
Distrito), descentralizados os investimentos no distrito, tramitados os expedientes para a
nomeação de directores dos serviços distritais bem como dos chefes de Localidade.
A governação tem por base os Chefes das Localidades, Autoridades Comunitárias e
Tradicionais. Os Chefes das Localidades são representantes da Administração e
subordinam-se ao Chefe do Posto Administrativo e, consequentemente, ao Administrador
Distrital, sendo coadjuvados pelos Chefes de Aldeias, Secretários de Bairros, Chefes de
Quarteirões e Chefes de Blocos.
2.2 Síntese das atribuições e da actividade dos órgãos distritais
Nesta secção, sem pretender ser exaustivo transcrevendo o rol de tarefas realizadas, focam-
se as principais actividades de intervenção pública directa que contribuem para o
desenvolvimento social e económico do distrito.
2.2.1 Secretaria Distrital
A Secretaria Distrital dirigida por um Secretário Permanente Distrital é o órgão do Governo
Distrital que tem como principais funções e realizou actividades no âmbito de (a) prestar
assistência técnica e administrativa ao Governo Distrital; (b) assegurar a gestão dos recursos
humanos, materiais e financeiros do Governo Distrital; (c) assistir na organização e controlo
das atividades do Governo distrital, bem como na elaboração de relatórios de análise de
actividades do Governo Distrital; e (d) garantir a assistência técnica e administrativa
necessária ao funcionamento dos postos administrativos, localidades e povoações.
Estrutura Orgânica da Secretaria Distrital
Fonte: MAE/DNAL.
Secretaria
Geral
Repartição de Planificação
e Desenvolvimento Local
Secretário Permanente
Distrital
Repartição de
Finanças
Repartição de Administração Local
e Função Pública
Moma
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PÁGINA28
2.2.2 Serviço Distrital de Actividades Económicas
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
a promoção do uso adequado do solo e a gestão florestal; (b) o incentivo da produção
alimentar e de culturas de rendimento; (c) o fomento pecuário e a construção comunitária
de tanques carracicidas; (d) a emissão de licenças de pesca artesanal, caça e de abate, bem
como o combate a caça furtiva; (e) a promoção da piscicultura e da apicultura; (f) a
divulgação do potencial económico, industrial, turístico e cinegético local; (g) a promoção da
pequena indústria e mineração artesanal; (h) a emissão de pareceres sobre pedidos de
licenciamento de atividades económicas, licenciar atividades comerciais e emitir licenças
turísticas; (i) efectuar o recenseamento das atividades de artesanato; e (j) promover
mecanismos de financiamento das actividades produtivas.
2.2.2.1 Agricultura e Desenvolvimento Rural
Moma é um distrito com uma densidade populacional moderada, e cerca de metade da
população reside na sede distrital. São reportados alguns conflitos pela posse da terra,
principalmente nas zonas de M'Pivi, Uala, Chalaua, Mucúali e Larde, para cuja solução e
moderação, tem contribuído a Administração em coordenação com anciãos influentes
localmente.
De um modo geral, a agricultura no distrito é praticada em regime de consociação de
culturas com base em variedades locais e, em algumas regiões, com o recurso à tracção
animal e tractores.
O cenário de estiagem e seca caracterizado por chuvas irregulares e abaixo do normal criam
frequentemente uma situação de insegurança alimentar, exigindo do Governo Distrital
iniciativas enérgicas de mitigação, de que se destacam:
Distribuição de sementes e utensílios agrícolas às vítimas das cheias;
Reabilitação de valas de drenagem nas baixas do distrito;
Fomento de batata-doce de polpa alaranjada; e
Aquisição e distribuição de bovinos de fomento.
É de referir que o Governo local tem promovido várias iniciativas, sendo uma delas a
formação de associações de camponeses como forma de facilitar a
canalização dos apoios quer do Governo e ONG’s.
Moma
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PÁGINA29
A pesca artesanal é uma das fontes de rendimento do Distrito, tendo o Governo local
incentivado esta actividade, através da promoção de encontros com os pescadores para
transmissão de orientações sobre o registo da produção pesqueira e outras recomendações.
Evolução da produção na pesca artesanal.
Espécies Real 2011 Real 2012 Real 2013
Camarão 2.143,8 287,7 400,74
Peixe 271,3 3.762,75 2.607,9
Cefalópodes 35,6 38,4 150,79
Caranguejo 10,4 24,75 43,022
Lagosta 70 3 0,7
Tubarão 2,6 3,45 0,213
Outros 200,2 188,6 471,29
Total 2.733 4.308,05 4.688,744
2.2.3 Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
garantir o funcionamento de estabelecimentos de ensino, formação de professores,
alfabetização, educação de adultos e educação não formal; (b) realizar estudos sobre cultura,
diversidade cultural, valores locais e línguas nacionais; (c) promover o fabrico de
instrumentos musicais tradicionais; (d) incentivar o desenvolvimento de associações juvenis,
bem como promover iniciativas geradoras de emprego, autoemprego e outras fontes de
rendimento dos jovens; e (e) promover o uso de novas tecnologias.
0.00
1,000.00
2,000.00
3,000.00
4,000.00
5,000.00
Real 2011
Real 2012
Real 2013
Moma
________________________________________________________________________________________________
PÁGINA30
2.2.3.1 Educação
Da população com 15 anos ou mais de idade 31% é alfabetizada e 43% das pessoas com 5
anos ou mais de idade, predominantemente homens, declararam no Censo 2007 que
frequentavam ou já frequentaram antes o nível primário do ensino.A análise por sexos
revela um melhor padrão de escolarização nos homens.
Quadro 14. População com 5 anos ou mais, e frequência escolar
P O P U L A Ç Ã O Q U E:
FREQUENTA FREQUENTOU NUNCA FREQUENTOU
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total 19.5% 22.5% 16.4% 23.6% 31.5% 15.5% 57.0% 46.0% 68.0%
P.A. de Macone Sede 21.5% 24.8% 18.2% 23.4% 31.0% 15.7% 55.1% 44.2% 66.1%
P. A. de Chalaua 15.6% 17.1% 14.0% 26.3% 34.7% 17.5% 58.1% 48.1% 68.4%
P. A. de Larde 18.6% 22.7% 14.6% 19.8% 27.7% 12.3% 61.6% 49.6% 73.1%
P. A. de Mucuali 19.3% 23.8% 15.0% 22.2% 30.8% 13.8% 58.4% 45.5% 71.1%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.
A análise do nível de ensino frequentado pela população que actualmente atende a escola,
revela uma concentração significativa no nível primário de ensino.
Quadro 15. População de 5 anos ou mais, por nível de ensino
NIVEL DE ENSINO QUE FREQUENTA
Total AEA EP1 EP2 ESG1 ESG2 Técnico Superior
TOTAL 100.0% 8.9% 76.0% 10.2% 4.3% 0.5% 0.1% 0.0%
5 - 9 anos 100.0% 0.7% 99.3% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0%
10 - 14 anos 100.0% 1.0% 90.0% 8.4% 0.6% 0.0% 0.0% 0.0%
15 - 19 anos 100.0% 4.8% 54.6% 27.8% 11.8% 0.9% 0.1% 0.0%
20 - 24 anos 100.0% 23.8% 31.4% 17.1% 23.5% 3.6% 0.5% 0.1%
25 e + anos 100.0% 47.2% 40.5% 6.6% 4.1% 0.9% 0.3% 0.3%
HOMENS 100.0% 5.5% 75.3% 12.4% 5.9% 0.7% 0.1% 0.1%
MULHERES 100.0% 13.5% 77.0% 7.1% 2.1% 0.2% 0.1% 0.0% EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos; ESG2 - 11º e 12º Anos; ET – Ensino técnico; CFP – Curso de formação de professores; AEA -Alfabetização e educação de adultos.
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
Figura 5. População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado
Moma
________________________________________________________________________________________________
PÁGINA31
Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
Um aspecto importante é a observação das taxas de escolarização bruta e líquida. A
primeira taxa calcula-se dividindo o total de alunos de um determinado nível de ensino
(independentemente da idade) pela população do grupo etário correspondente à idade
oficial para o referido nível12. Para calcular a segunda taxa, divide-se o total de alunos cuja
idade coincide com a idade oficial para o nível pela população do grupo etário
correspondente a esse nível. Estas são as medidas mais comuns para estimar o
desenvolvimento quantitativo do sistema educativo.
Quadro 16. Taxas de escolarização
Taxas de escolarização
Taxa Bruta de Escolarização Taxa Líquida de Escolarização
TOTAL H M TOTAL H M
EP1 69.1 77.8 60.1 29.5 31.8 27.1
EP2 35.6 46.6 22.6 3.0 3.5 2.5
ESG1 12.2 18.0 5.4 1.3 1.6 0.8
ESG2 2.7 4.3 1.1 0.2 0.3 0.1 Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007 .
O nível de cobertura escolar no distrito é baixo, verificando-se taxas brutas e líquidas de
escolarização baixas. A taxa líquida de escolarização no EP1 confirma este facto, ao indicar
que 30% das crianças de 6 a 10 anos frequentam o nível de ensino correspondente a sua
idade, neste caso o EP1, e que somente 3% das crianças de 11 a 12 anos frequentam o nível
de ensino correspondente a idade, o EP2. Em geral, os rapazes apresentam melhores
indicadores.
12EP1 – 6 a 10 anos; EP2 – 11 a 12 anos; ESG1 – 13 a 15 anos; ESG2 – 16 a 17 anos; Superior – 18 a 22 anos.
Alfab., 8.9%
EP1, 76.0%
EP2, 10.2%
ESG1, 4.3%
ESG2, 0.5% Técnico, 0.1% Superior, 0.0%
Moma
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A situação global descrita reflecte, para além de factores socioeconómicos, o facto de a rede
escolar existente e o efectivo de professores, apesar de terem vindo a evoluir a um ritmo
significativo, serem insuficientes, o que é agravado por baixas taxas de aproveitamento e
altas taxas de desistência em algumas localidades do distrito, devido ao facto de haverem
muitos casamentos prematuros e emigração de jovens.
Quadro 17. Escolas, alunos e professores, 2013
NÍVEIS DE ENSINO N.º de N.º de Alunos N.º de Professores
Escolas M HM M HM
TOTAL DO DISTRITO 142 33.522 66.024 22 876
EP1 98 24.832 55.060 18 656
EP2 40 2.241 6.427 4 166
ESG I 3 1072 3.872 0 44
ESG II 1 192 665 0 10 Fonte: SDEJT EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos.
Em termos de grau de ensino concluído, constata-se que do total de população com 10 anos
ou mais de idade, 14% concluiu algum nível de ensino, na sua maioria o nível primário.
Quadro 18. População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído
NIVEL DE ENSINO CONCLUIDO
Nenhum TOTAL Alfab. Primário Secund. Técnico C.F.P. Superior
TOTAL 13.9% 0.2% 11.2% 2.3% 0.0% 0.1% 0.0% 86.1%
10 - 14 anos 7.2% 0.1% 6.8% 0.3% 0.0% 0.0% 0.0% 92.8%
15 - 19 anos 22.9% 0.1% 20.2% 2.5% 0.0% 0.0% 0.0% 77.1%
20 - 24 anos 20.4% 0.2% 16.2% 3.9% 0.0% 0.1% 0.0% 79.6%
25 - 29 anos 14.5% 0.3% 11.1% 3.0% 0.1% 0.1% 0.0% 85.5%
30 e + anos 12.0% 0.3% 9.0% 2.5% 0.1% 0.1% 0.0% 88.0%
HOMENS 21.2% 0.2% 17.0% 3.8% 0.1% 0.1% 0.0% 78.8%
MULHERES 6.5% 0.3% 5.4% 0.9% 0.0% 0.0% 0.0% 93.5%
Moma
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Figura 6. População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
2.2.3.2 Cultura
Na área da cultura existem vários grupos que praticam diverso tipo de danças e cânticos
típicos de toda a região.
No concernente à juventude, destaca-se a existência de grupos activistas e associações
juvenis que de dedicam a motivar boas práticas entre os seus concidadãos.
Têm sido promovidas várias actividades, nomeadamente a participação no Festival Nacional
de Dança Popular, o fomento do associativismo juvenil e de grupos culturais, bem como o
apoio ao desenvolvimento das artes plásticas, em particular a escultura.
2.2.4 Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
assegurar o funcionamento das unidades sanitárias e incentivar a medicina tradicional; (b)
promover ações de apoio e protecção da criança, da pessoa portadora de deficiência e do
idoso; (c) desenvolver ações de prevenção da violência doméstica e de abuso de menores; e
(d) promover a igualdade e equidade do género.
Alfab., 0.2%Primário, 11.2%
Secund., 2.3%
Técnico, 0.0%
C.F.P., 0.1%
Superior, 0.0%
Nenhum, 86.1%
Moma
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PÁGINA34
2.2.4.1 Saúde
A rede de saúde do distrito inclui 15 unidades sanitárias (1 hospital distrital, 2 centros de
saúde I, 11 centros de saúde III e 1 postos de saúde) e, apesar de estar a evoluir a bom
ritmo, é insuficiente, evidenciando os seguintes índices de cobertura média:
Uma unidade sanitária por cada 24 mil pessoas;
Um médico por cada 18 mil habitantes; e
Um profissional técnico para cada 5.554 residentes no distrito.
A Direcção Distrital de Saúde distribui regularmente por cada Centro de Saúde “Kits A e B”
e pelos Postos de Saúde “Kits B”. A tabela seguinte apresenta, para o ano de 2013, a
posição de alguns indicadores que caracterizam o grau de acesso e de cobertura dos serviços
do Sistema Nacional de Saúde.
Quadro 19. Indicadores de cuidados de saúde, 2013
Indicadores
Partos 14.390
Vacinação 162.536
Saúde materno-infantil 223.722
Consultas externas 344.987
Fonte: SDSMAS
De referir ainda a existência de vários programas de cuidados de saúde primários a vários
níveis que denotam uma evolução positiva nos últimos anos, nomeadamente:
Saúde ambiental: Esta actividade está sendo realizada em todas as unidades sanitárias,
bem como em brigadas móveis e nos locais de interesse público
Saúde Ocupacional: Realizadas visitas de trabalho as empresas para vacinação aos
trabalhadores, bem como a todos os outros que manipulam géneros alimentícios
Saúde reprodutiva
Saúde Infantil, Nutrição, Saúde Escolar
Suplementação de Vitamina ‘A’
Programa alargado de vacinação
Saúde Mental.
O quadro epidémico do distrito é dominado pela malária, diarreia e DTS e SIDA que, no
seu conjunto, representam quase a totalidade dos casos de doenças notificados no distrito.
Moma
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Quadro 20. Quadro epidemiológico
Doenças
Casos Óbitos
2012 2013 2012 2013
Malária
0-4 anos 14359 22609 5 11
5+ anos 15555 18200 9 7
S. Febril
0-4 anos 9151 10069 0 0
5+ anos 8856 10311 0 0
Diarreias
0-4 anos 6840 6041 1 0
5-14 anos 2457 1910 2 0
15 + anos 3548 2497 1 0
Disenterias 1853 1644 0 0
PFA 0 6 0 0
Sarampo (Suspeitas) 11 6 0 0
Cólera todas as idades 0 0 0 0
Meningite 0 1 0 1
Tétano neonatal 0 2 0 0
Raiva (mordedura canina) 50 154 0 0
2.2.4.2 Acção Social
No distrito existem, segundo os dados do Censo de 2007, cerca de 14 mil órfãos (na sua
maioria órfãos de pai e entre os 10 e 14 anos de idade) e cerca de 8.200 pessoas portadoras
de deficiência (96% com debilidade física e 4% com doenças mentais).
Quadro 21. População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007
População Órfão de:
0-14 anos Total Mãe Pai Pai e Mãe
Total 100.0% 9.0% 3.1% 5.2% 0.7%
- Homens 100.0% 9.2% 3.1% 5.3% 0.7%
- Mulheres 100.0% 8.9% 3.1% 5.0% 0.7%
Grupos etários:
- 0 a 4 anos 100.0% 3.8% 1.2% 2.2% 0.3%
- 5 a 9 anos 100.0% 9.9% 3.6% 5.7% 0.7%
- 10 a 14 anos 100.0% 16.8% 5.8% 9.4% 1.5% Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
Moma
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Quadro 22. População deficiente, 2007
Grupos de Idade População Sem Com deficiência
Total Deficiência Total Física Mental
Total 100.0% 97.4% 2.6% 2.5% 0.1%
0 - 14 100.0% 98.7% 1.3% 1.2% 0.1%
15 - 44 100.0% 97.2% 2.8% 2.7% 0.2%
45 e mais 100.0% 92.5% 7.5% 7.4% 0.1%
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
A tabela seguinte apresenta a distribuição percentual das 8.200 pessoas portadoras de
deficiência, segundo a causa.
Quadro 23. População portadora de deficiência, segundo a causa
TOTAL Física Mental
Total 100.0% 100.0% 100.0%
À nascença 24.0% 22.8% 48.6%
Doença 59.1% 59.8% 44.1%
Minas/Guerra 1.1% 1.1% 1.0%
Serviço Militar 0.6% 0.6% 0.0%
Acidente de Trabalho 3.5% 3.7% 0.8%
Acidente de Viação 1.6% 1.6% 0.0%
Outras 10.2% 10.4% 5.5% Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
A integração e assistência social a pessoas, famílias e grupos sociais em situação de pobreza
absoluta, dá prioridade à criança órfã, mulher viúva, idosos e deficientes, doentes crónicos e
portadores do HIV-SIDA, toxicodependentes e regressados.
Tem existido coordenação das acções de algumas organizações não governamentais,
associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidades e de
direito entre homem e mulher em todos os aspectos de vida social e económica, e a
integração, quando possível, no mercado de trabalho, em processos de geração de
rendimentos e na vida escolar.
Durante o ano findo foram atendidas 411 crianças vulneráveis e órfãs de mãe/pai ou de
ambos, dos 0-5 anos de idade, que passaram a beneficiar de produtos de primeira
necessidade.
Moma
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PÁGINA37
Quadro 24. Subsídio de alimentos
Fonte: SDSMAS; PPD= Pessoa Portadora de Deficiência, DC=Doente Crónico.
2.2.4.3 Género
O distrito tem uma população estimada de 350 mil habitantes - 173 mil do sexo feminino -
sendo 7% dos agregados familiares do tipo monoparental chefiados por mulheres.
Ao nível do distrito tem-se privilegiado a coordenação das acções de algumas organizações
não governamentais, associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de
oportunidades e direitos entre sexos em todos aspectos de vida social e económica, e a
integração da mulher no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida
escolar.
Esta coordenação recorre a mecanismos de troca de informação, diálogo e concertação da
acção, evitando a sobreposição de actividades e racionalizando recursos de forma a
melhorar a eficácia e eficiência das acções governamentais e das iniciativas da comunidade e
do sector privado.
Tendo por língua materna dominante o Emakhuwa, 19% das mulheres do distrito com 5 ou
mais anos de idade têm conhecimento da língua portuguesa, sendo este domínio mais
acentuado nos homens (42%), dada a sua maior inserção na vida escolar e no mercado de
trabalho. A taxa de analfabetismo na população feminina é de 85%, sendo de 52% no caso
dos homens.
Das mulheres do distrito com mais de 5 anos, 68% nunca frequentaram a escola (no caso
dos homens só 46% nunca estudaram) e 5% concluíram o ensino primário (no caso dos
homens, 17% terminaram o primário).
LOCAL Nº DE
IDOSOS
PPD DC TOTAL
Moma-Sede 788 43 4 835
Chalaua 456 69 4 529
Larde 729 6 0 735
Mucuali 624 26 1 651
Distrital 2597 144 9 2750
Moma
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Figura 7. Indicadores de escolarização por sexos
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
No que diz respeito ao acesso a novas tecnologias também se verifica um desequilíbrio entre
sexos, como se pode deduzir da tabela seguinte.
Quadro 25. Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais)
Número de pessoas que usou: % de pessoas
Computador Internet c/ Telemóvel
Total 0.1% 0.0% 1.3%
- Homens 0.1% 0.0% 2.3%
- Mulheres 0.0% 0.0% 0.4% Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
No tocante a actividade económica, de um total em 2012 de 173 mil mulheres, 97 mil estão
em idade de trabalho (mais de 15 anos), das quais 76 mil são economicamente activas13. A
populaçãonão economicamente activa de mulheres com 15 anos ou mais (21%) é
constituída principalmente por senhoras domésticas (14%) e estudantes a tempo inteiro
(3%). O nível da participação no trabalho das mulheres (79%) é inferior ao dos homens
(82%).
13Segundo recomendações internacionais, a PEA é considerada como a população que participa na actividade económica e que
tenha 15 anos de idade e mais. Dito por outras palavras, a PEA compreende as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram
activamente um trabalho (desocupadas), incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez.
52%
42%46%
17%
85%
19%
68%
5%
Taxa deanalfabetismo
Sabe falar Português Sem frequenciaescolar
Ensino primárioconcluído
Homens
Mulheres
Moma
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PÁGINA39
Figura 8. População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
A distribuição das mulheres economicamente activas residentes no distrito de acordo com a
posição no processo de trabalho e o sector de actividade é a seguinte:
Cerca de 96% são trabalhadoras agrícolas, familiares ou por conta própria;
1% são comerciantes, artesãs, ou empresárias; e
As restantes 3% são, na maioria, trabalhadoras do sector de serviços, incluindo
empregadas do sector comercial formal e informal.
Figura 9. População14 segundo a posição no trabalho e sexo
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
14 Com 15 anos ou mais.
Trabalha, 80.5% Trabalha, 82.4%Trabalha, 78.6%
Só estuda, 5.1% Só estuda, 7.1%Só estuda, 3.1%
Doméstico(a), 10.4%
Doméstico(a), 6.4%
Doméstico(a), 14.2%
Total Homem Mulher
Homem, 12.6%Homem, 7.2%
Homem, 67.1%
Homem, 0.9%Homem, 12.3%
Mulher, 1.6% Mulher, 1.2%
Mulher, 96.3%
Mulher, 0.1% Mulher, 0.8%
Assalariados Comerciantes e artesaos Camponeses Empresarios Outras
Moma
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PÁGINA40
2.2.5 Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
elaborar propostas de Plano de Estrutura e de Ordenamento Territorial; (b) promover a
construção de fontes de abastecimento de água potável bem como a gestão dos respectivos
sistemas de abastecimento; (c) assegurar, em colaboração com outras entidades, a
disponibilidade do sistema de fornecimento de energia eléctrica e a promoção do
aproveitamento energético dos recursos hídricos e uso de energias renováveis; (d) assegurar
a reabilitação, manutenção das estradas não classificadas, pontes e outros equipamentos de
travessia; (e) promover a construção, manutenção e reabilitação de infraestruturas e edifícios
públicos, bem como de valas de irrigação, jardins públicos, infraestruturas desportivas e
parques de estacionamento; (f) promover o uso da bicicleta e da tração animal; (g) elaborar
propostas de gestão ambiental; e (g) garantir a prestação dos serviços públicos tais como
cemitérios, matadouros, mercados e feiras, limpeza e salubridade, iluminação pública, jardins
campos de jogos e parques de diversão.
2.2.5.1 Ordenamento Territorial
Durante 2011 foi realizado o trabalho de identificação e levantamento de espaços para
urbanização das Sedes dos Postos Administrativos de Larde e Mucuali.
Foram, ainda, realizados trabalhos de ordenamento da Localidade Administrativa de
Jagoma, que culminaramno parcelamento de cerca de 572 talhões, dos quais 186 foram
distribuídos às populações.
2.2.5.2 Infraestruturas
Têm a seu cargo a execução do investimento e promoção da manutenção de infraestruturas
locais, nomeadamente:
Construção de uma residência do tipo II na Localidade de Pilivili, Posto
Administrativo de Macone, pertencente à Direcção Provincial de Pescas de
Nampula, obra que foi financiada pelo IDPPE e adjudicada à Empresa New line
Construções;
Construção de 2 aquedutos na Estrada Chalaua/Namiwi
sobre os rios Nanvava e Sancusse;
Moma
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PÁGINA41
Construção de um Centro de Saúde tipo II em Topuitho, Posto Administrativo de
Larde (Kenmere);
Manutenção de rotina do troço Moma/Micane, numa extensão de 20 km;
Manutenção de Rotina no troço Micane/Chalaua, numa extensão de 67 km;
Manutenção de Rotina da Estrada Cruz. R324/ponta caldeira, numa extensão de
30Km;
Manutenção de Rotina de Estrada Chalaua/Muquiquisa, numa extensão de 17 km;
Manutenção de rotina de Estrada Micane/Rio Miluli.
De referir que já foram abertos 36 furos de água nas diversas comunidades dos Postos
Administrativos de Macone, Mucuali e Chalaua, dos quais 11 estão equipados com bombas
Afridev.Está em reabilitação o PSAA, obra que inclui a substituição de 8 condutas
principais.
Continuam as actividades de reabilitação de PSAA, tendo já sido concluídos, faltando a
conduda principal de distribuição de águas aos bairros da Vila-Sede.
O Distrito dispõe de 330 fontes de água potável, das quais 57 Poços e 273 furos, contra 315
fontes de água, das quais 258 furos, em igual período do ano transacto.
Porém, apenas 211 fontes estão operacionais,servindo cerca de 66.900 habitantes, de um
universo de 355.322. A actual taxa de cobertura é de 18,8% contra 24,74% do ano passado.
Fontes de água
Indicadores Existentes
Ano - 2012
Ano - 2013
Plano Real Plano Real
N0 furos 273 24 24 15 15
N0 poços 57 -- -- 35 0
N0 PSAA 1 - - - -
N0 de Caleiras 11 4 3 4 3
Total de fontes 330 24 24 50 15
N0 de benificiários 66.900 7.200 7.200 15.000 4.500
Total de cobertura 18.8 2,02 2.02 4.2 1.26
Nº de fontes avariadas/reabilitação
62 70 70 - -
Fonte: SDPI
Moma
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2.3 Justiça, Ordem e Segurança pública
Os serviços de justiça no distrito estão representados por um conservador e uma
conservatória do registo civil e por um assistente técnico.
Os assaltos não armados, o contrabando de mercadorias, casos de fogo posto e de
homicídio são os crimes mais frequentes no distrito.
Porém, os níveis de criminalidade no Distrito têm reduzido de forma significativa mercê da
pronta intervenção das forças da Lei e Ordem, permitindo, assim, a livre circulação de
pessoas e bens.
2.4 Constrangimentos e Perspectivas
No geral, de acordo com o Governo Distrital, são os seguintes os principais
constrangimentos observados durante a governação dos últimos anos:
Fraca cobertura em abastecimento de água potável;
Insuficiência de efectivo policial para garantir a ordem e tranquilidade públicas;
Elevado nível de degradação das vias de acesso
Falta de uma agência bancária.
Falta de uma escola Secundária Geral de raiz;
Falta de um centro de saúde na Sede do Posto Administrativo de Mucuali;
Ausência de um programa de construções para atender o crescimento do aparelho
de estado.
As minas constituem ou constituíram, em algumas zonas identificadas, uma ameaça à
segurança da população e ao desenvolvimento económico. A acção de desminagem em
curso no país desde 1992, tem permitido diminuir o seu risco, sendo hoje a situação
existente no país e neste distrito mais controlada e conhecida.
Face às restrições orçamentais existentes, tem sido essencial para a prossecução da
actividade do Governo Distrital e para o progresso do distrito, o envolvimento consciente e
participação comunitária, e o apoio do sector privado e de vários organismos internacionais
que operam neste distrito.
Moma
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3 Finanças Públicas e Investimento.
O financiamento dos Governos Distritais e das funções para eles descentralizadas é
assegurado por via de:
(i) Receitas próprias15que provém da comparticipação das receitas fiscais e consignadas ao
nível Distrital e as correspondentes taxas, licenças e serviços cobrados pelo Governo
Distrital; e
(ii) Transferências ou dotações orçamentais centrais para despesas correntes;
(iii) Transferências ou dotações orçamentais centrais para despesas de investimento (Fundo
de Desenvolvimento Distrital, Fundo de Investimento em Infraestruturas);
(iv) Fundos Sectoriais Descentralizados, nomeadamente dos sectores de águas, estradas,
educação e agricultura;
(v) Donativos provenientes de ONGs, cooperação internacional ou entidades privadas.
O Governo Distrital, sem inclusão das unidades sociais, teve em 2011 a seguinte execução
orçamental.
Quadro 26. Execução orçamental (em 133.498.448,80 MT)
N/OR FUNCIONAMENTO EXECUÇÃO
Real 2013
Bens e Serviços e outras despesas com o Pessoal
1 Secretaria Distrital 13.951.562,96
2 SDEJT 91.742.794,80
3 SDSMAS 19.806.034,24
4 SDAE 5.394.435,30
5 SDPI 2.603.621,50
TOTAL ======================= 133.498.448,80
15 Receitas próprias do distrito provenientes de serviços e licenças cobradas fora do território das autarquias locais são: (a) utilização do património
público sob gestão do distrito; (b) ocupação e aproveitamento do domínio público e aproveitamento de bens de utilidade pública; (c) pedidos de uso e
aproveitamento da terra nas áreas cobertas por planos de urbanização; (d) loteamento e execução de obras particulares; (e) realização de infraestruturas
simples; (f) ocupação da via pública por motivo de obras e utilização de edifícios; (g) exercício da actividade de negociante e comércio a título precário;
(h) ocupação e utilização de locais reservados nos mercados e feiras; (i) autorização de venda ambulante nas vias e recintos públicos; (j) aferição e
conferição de pesos, medidas e aparelhos de medição; (k) autorização para o emprego de meios de publicidade destinados a propaganda comercial; (l)
licenças de pesca artesanal marítima e em águas interiores; (m) licenças turísticas nos termos de legislação específica; (n) licenças para a realização de
espectáculos públicos; (o) licenças de caça e abate; (p) licenças e taxas de velocípedes com ou sem motor; (q) estacionamento de veículos em parques ou
outros locais a esse fim destinados; (r) utilização de instalações destinadas ao conforto, comodidade ou recreio público; (s) realização de enterros,
concessão de terrenos e uso de instalações em cemitérios.
Constituem ainda receitas do distrito as taxas e tarifas por prestação dos serviços, nos casos em que os órgãos do distrito tenham sob sua
administração directa, a prestação de serviço público: (a) abastecimento de água; (b) fornecimento de energia eléctrica; (c) utilização de matadouros; (d)
recolha, depósito e tratamento de resíduos sólidos de particulares e instituições; (e) ligação, conservação e tratamento dos esgotos; (f) utilização de infra
estruturas de lazer e gimno-desportivas; (g) utilização de latrinas públicas; (h) transportes urbanos; (i) construção e manutenção de ruas privadas; (j)
limpeza e manutenção de vias privadas; (k) utilização de tanques carracicidas; (l) registos determinados por lei.
Moma
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Despesas de investimento público
7 Construções 20.149.996,27
8 FDD 9.856.000,00
Sub total============================ 30.005.996,27
Total================================ 163.504.445,07
Fonte: Secretaria Distrital
Rúbricas 2013
DESPESA TOTAL 59.571.149,39
Despesa corrente 24.841.341,35
- Despesas com pessoal 12.628.019,39
- Bens e serviços 12.213.321,96
- Outros gastos materiais 0
Despesa de Investimento (**) 34.729.808,04
- Fundo de desenvolvimento distrital 9.856.000,00
- Fundo de investimentos em infraestruturas 20.149.996,27
- Fundos sectoriais descentralizados 4.723.811,77 Fonte: Relatórios da SD⁄GA e Serviços
O nível de receita é manifestamente insuficiente ao cabal exercício das funções distritais,
sendo que o nível da despesa corrente anual média do orçamento distrital é de 69,9 meticais
por habitante, isto é, cerca de 2,18 USD.
À excepção das cobranças de mercados, o esforço fiscal distrital é insuficiente. Do lado da
despesa, os gastos com pessoal absorvem metade do orçamento corrente do distrito, e o
investimento local de cobertura financeira distrital é insignificante.
3.1 Fundo Distrital de Desenvolvimento
No âmbito do investimento de iniciativa local (vulgo 7 milhões) o Governo Distrital tem
aprovado e/ou implementado projectos locais de desenvolvimento, cuja evolução é
apresentada na tabela seguinte, consoante a principal finalidade.
Quadro 27. Projectos de iniciativa local financiados
Finalidade dos Projectos
No de Projectos Financiados
Número de
Beneficiários
Desembolsos (em ‘000 MT)
Taxa de Reembolso
(em %)
2011 2012 2013 2011 2012 2013 2011 2012 2013 2011
2012
2013
Produção de comida 52 19 26 431 198 152 3.662.103 4.563.500 770.000 Geração de Emprego 5 4 5 38 15 21 500.000 1.780.000 360.000
Moma
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Geração de Rendimento 53 132 236 388 369 631 3.193.376 3.564.400 8.726.000 Total 110 155 267 851 583 804 7.355.479 9.907.900 9.856.000 9,9 4,3 4,9
Fonte: Secretaria Distrital
A distribuição dos projectos financiados por sector de actividade é apresentada na tabela
seguinte.
Quadro 28. Sector económico do investimento local
Sector Económico dos Projectos
No de Projectos Financiados
Projectos Financiados (em %)
2011 2012 2013 2011 2012 2013
Agricultura 46 19 26 41 12,17 9,73
Pecuária 13 07 22 11,8 4,48 8,23
Agropecuário 01 07 02 0,9 4,48 0,72
Indústria 04 02 02 3,6 1,28 0,72
Comércio 33 113 205 30 72,43 76,7
Pesca 10 07 07 9,1 4,48 2,6
Outro 03 01 03 2,7 0,64 1,12
Total 110 156 267 100 100 100 Fonte: Secretaria Distrital
De referir, ainda, que o número de projectos aprovados mas não financiados (por diversos
motivos) foi de 2012 em 01 e 2013 foi de 03 projectos devido atraso no tratamento dos
documentos pelos mutuários para legalizar o financiamento, não abertura de contas
Bancarias.
Durante 2011- 2013, para além dos investimentos já mencionados anteriormente, há a
referir as seguintes iniciativas patrocinadas pelo Governo Distrital via FDD:
Financiamento de projecto de aquisição de um tractor e respectivas alfaias, que
impulsionam o aumento das áreas de cultivo no Posto Administrativo de Mucuali;
Financiados projectos de grande impacto sócio- económico na vida da comunidade,
tal como a implantaçã de uma indústria panificadora na Vila-sede de Moma;
3.2 Fundo de Investimento em Infraestruturas
No âmbito da construção de infraestruturas escolares durante o ano de 2013 foram
construídas 20 salas de Aulas, 16 latrinas e 4 blocos Administrativos segundo o quadro
abaixo.
Moma
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Quadro 29. Investimento local em infraestruturas escolares
Instituição Salas Latrinas Ponto de situação Localização
EPC de M´pivi 05 04 concluída 100% Localidade de Macone
EPC de Nacara 05 04 concluída 100% Localidade de Piqueira
EPC de Nacocolo 05 04 concluída 100% Localidade Macone
EPC de Micane 05 04 concluída 100% Localidade de M´pago
Total 20 16 concluídas 100%
Fonte: SDPI
Quadro 30. Fundo de Investimento
N/ord Projecto Localização Ponto de situação
01 Construção da Secretaria Administrativa da
Localidade
Mirrupi Fase acabamentos
02 Construção da residência do Tipo II Chalaua Concluída e entregue provisoriamente
03 Construção da residência do Tipo II Moma-Sede Concluída e entregue provisoriamente
04 Construção de tanque carracicida Jagoma Concluída
05 Instalação da conduta de distribuição de água
potável
Moma-Sede Concluída e entregue provisoriamente
06 Reabilitação da residência oficial do
Administrador
Moma-Sede Concluída e entregue provisoriamente
07 Reabilitação da residência do Secretario
Permanente Distrital
Moma-Sede Concluída e entregue provisoriamente
Fonte: SDPI
Moma
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Actividade Económica
3.3 População economicamente activa
De um total em 2012 estimado de 350 mil habitantes, 193 mil estão em idade de trabalho
(mais de 15 anos).
Quadro 31. População segundo a condição de actividade16
Total Homens Mulheres
Total 193,249 96,465 96,784
Trabalhou 77.5% 78.8% 76.2%
Não trabalhou, mas tem emprego 0.8% 0.9% 0.6%
Ajudou familiares 2.2% 2.7% 1.8%
Procurava novo emprego 0.1% 0.1% 0.0%
Procurava emprego pela 1ª vez 0.2% 0.3% 0.0%
Populaçãoeconomicamente activa 17 80.7% 82.8% 78.6%
Doméstico(a) 10.4% 6.4% 14.2%
Somente estudante 5.1% 7.1% 3.1%
Reformado(a) 0.1% 0.2% 0.1%
Incapacitado(a) 1.8% 1.6% 2.0%
Outra 1.9% 1.9% 1.9%
Populaçãonão activa 19.3% 17.2% 21.4% Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
Verifica-se que 81% da população de 15 anos ou mais (156 mil pessoas) constituem a
população economicamente activa (PEA) do distrito. O nível da participação masculina na
PEA é superior à feminina: 83% contra 79%.
A populaçãonão economicamente activa (19%) é constituída principalmente por mulheres
domésticas e estudantes a tempo inteiro.
16Referido a situação na semana anterior a realização do Censo 2007.
17Segundo recomendações internacionais, a PEA é a população que participa na actividade económica com 15 anos de idade e mais.
A PEA compreende, pois, as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram activamente um trabalho (desocupadas),
incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez. A análise da PEA que é apresentada nesta secção seguiu esta recomendação.
Moma
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Figura 10. População com 15 anos ou mais, segundo a actividade
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
A distribuição da população economicamente activa indica que 82% são camponeses por
conta própria, na sua maioria mulheres. A percentagem de trabalhadores assalariados é de
7% da população activa e é dominada por homens (as mulheres assalariadas representam
2% da população activa feminina e 13% no caso dos homens).
Quadro 32. População activa18, ocupação e ramo de actividade, 2007
RAMOS DE ACTIVIDADE
TOTAL
OCUPAÇAO PRINCIPAL
Assalariados Comerciantes
& Trabalhadores Empresário Outras e
Total Técnicos Operários Serviços Artesãos Camponeses Patrão desconhecido
Total 100.0% 7.1% 1.2% 0.8% 5.1% 4.2% 81.5% 0.5% 6.6%
- Homens 100.0% 12.6% 2.1% 1.4% 9.1% 7.2% 67.1% 0.9% 12.3%
- Mulheres 100.0% 1.6% 0.4% 0.2% 1.0% 1.2% 96.3% 0.1% 0.8%
Agricultura, silvicultura e pesca 100.0% 2.1% 0.0% 0.0% 2.0% 0.0% 91.7% 0.1% 6.1%
Indústria, energia e construção 100.0% 77.6% 1.0% 2.8% 73.8% 0.1% 1.0% 0.6% 20.6%
Comércio, Transportes Serviços 100.0% 28.9% 16.3% 9.2% 3.4% 59.0% 1.7% 5.2% 5.1%
[1] Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
18Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
Trabalhou81%
Doméstico(a)10%
Somente estudante
5%
Outra4%
Moma
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Figura 11. População activa, segundo a ocupação principal
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
A distribuição segundo o ramo de actividade reflecte que a actividade dominante no distrito
é agrária, que ocupa 89% da população activa do distrito. O comércio e outros serviços tem
tido uma importância crescente, ocupando já 7% da população activa do distrito.
Quadro 33. População activa19, ocupação e ramo de actividade, 2007
RAMOS DE ACTIVIDADE TOTAL
OCUPAÇAO PRINCIPAL
Assalariados Comerciantes Trabalhadores Empresário Outras e
Total Técnicos Operários Serviços e Artesãos Camponeses Patrão desconhecido
Total 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
- Homens 50.6% 89.1% 85.3% 86.9% 90.4% 85.9% 41.6% 92.1% 93.9%
- Mulheres 49.4% 10.9% 14.7% 13.1% 9.6% 14.1% 58.4% 7.9% 6.1%
Agricultura, silvicultura e pesca 88.7% 25.7% 1.5% 3.5% 35.1% 0.4% 99.8% 18.5% 81.4%
Indústria, energia e construção 4.2% 45.3% 3.4% 14.6% 60.2% 0.1% 0.1% 5.4% 13.0%
Comércio, Transportes Serviços 7.2% 29.0% 95.1% 82.0% 4.7% 99.5% 0.2% 76.1% 5.6%
[1] Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez. Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
19Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
Assalariados, 7.1%
Comerciantes e artesaos, 4.2%
Camponeses, 81.5%
Empresarios, 0.5%
Outras, 6.6%
Moma
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Figura 12. População activa, segundo o ramo de actividade
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
3.4 Pobreza e Segurança Alimentar
Este distrito apresenta um agravamento no Índice de Incidência da Pobreza20 desde um
nível de 54% em 1997 para 59% no ano de 200721.
Este distrito tem sido alvo de calamidades naturais que afectam a vida social e económica da
comunidade.Estes desastres, associados à fraca produtividade agrícola, conduzem a níveis
de segurança alimentar de risco, sobretudo os camponeses de menos posses, idosos e
famílias chefiadas por mulheres, numa situação potencialmente vulnerável.
Efectivamente, dadas as tecnologias primárias utilizadas e, consequentemente, os baixos
rendimentos das culturas, a colheita principal é, em geral, insuficiente para cobrir as
necessidades de alimentos básicos, que só são satisfeitas com a ajuda alimentar, a segunda
colheita, rendimentos não agrícolas ou outros mecanismos de sobrevivência.
Nos períodos de escassez, as famílias recorrem a uma diversidade de estratégias de
sobrevivência que incluem a participação em programas de "comida pelo trabalho", a
recolha de frutos silvestres, a venda de lenha, carvão, estacas, caniço, bebidas e a caça.
20O Índice de Incidência da Pobreza (poverty headcount índex) é a proporção da população cujo consumo per capita está abaixo da linha
da pobreza.
21Relatório da Pobreza e Bem-Estar em Moçambique: 3ª Avaliação Nacional - Ministe rio da Planificac ao e Desenvolvimento,
Direccao Nacional de Estudos e Ana lise de Politicas, Outubro de 2010(District Poverty Maps for Mozambique: 1997 and
2007Based on consumption adjusted for calorie underreporting).
Agricultura, silvicultura e pesca, 88.7%
Indústria, energia e
construção, 4.2%
Comércio, Transportes
Serviços, 7.2%
Moma
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PÁGINA51
As famílias com homens activos recorrem ao trabalho remunerado nas cidades mais
próximas, já que as oportunidades de emprego no distrito são reduzidas, dado que a
economia ter por base, essencialmente, as relações familiares.
Para atenuar os efeitos desta situação, as autoridades distritais lançaram um plano de acção
para redução do impacto da estiagem incluindo sementes e culturas resistentes e introdução
de tecnologias adequadas ao sector familiar.
3.5 Uso e Cobertura da Terra
A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares.
Quadro 34. Uso e Cobertura da Terra
Classe Área (ha) (%)
Cultivado Sequeiro 95199.79 16.49
Área Habitacional Semi Urbanizada 123.51 0.02
Solo Sem Vegetação 3734.81 0.65
FormaçãoHerbáceaInundável 6166.87 1.07
FormaçãoHerbácea Inundada 1509.03 0.26
Mangais (localmente degradados) 14408.77 2.5
FormaçãoHerbácea Degradada Inundável 493.9 0.09
FormaçãoHerbácea 95716.6 16.58
Moita (arbustos baixos) 3233.24 0.56
Matagal Medio 8574.69 1.48
Matagal Aberto 141071.54 24.43
FormaçãoHerbácea Arborizada 118395.13 20.5
Floresta de Baixa Altitude Aberta 87486.98 15.15
Floresta de Baixa Altitude Fechada 298.77 0.05
Oceano 0.76 0.0
Lagos, Lagoas 1023.84 0.18
TOTAL 577438.06 100.00 Fonte: Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção (CENACARTA).
Moma
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A restante informação desta secção22 foi extraída dos resultados do Censo Agropecuário
realizado pelo INE em 2009/10 e tem por objectivo descrever os traços gerais que
caracterizam a base agrícola do distrito.
O distrito possui cerca de 73 mil explorações agrícolas com uma área média é de 1.3
hectares, sendo 95% ocupadas com a exploração de culturas alimentares.
22Apesar das reservas a colocar na representatividade dos dados ao nível distrital, a sua análise permite observar
tendências e os principais aspectos estruturais.
Moma
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Figura 13. Explorações segundo a sua utilização
Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatística, Censo agropecuário, 2009-2010
Com um grau de exploração familiar dominante, 87% das explorações do distrito têm
menos de 2 hectares.
Figura 14. Explorações por classes de área cultivada
Fonte de dados: Instituto Nacional de Estatística, Censo agropecuário, 2009-2010
Na sua maioria os terrenos não estão titulados e, quando explorados em regime familiar,
têm como responsável o homem da família, apesar de na maioria dos casos ser explorada
por mulheres a trabalharem sozinhas ou com a ajuda das crianças da família. A maioria da
terra é explorada em regime de consociação de culturas alimentares.
100.0%95.1%
60.1%
Total Com culturas alimentares Com árvores de fruta
< 1 ha48.4%
1 a 2 ha38.9%
2 a 5 ha12.3%
5 a 20 ha0.3%
>= 20 ha0.0%
Moma
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3.6 Sector Agrário
3.6.1 Produção agrícola e sistemas de cultivo
De um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações
familiares em regime de consociação de culturas com base em variedades locais.
A produção agrícola é feita predominantemente em condições de sequeiro, nem sempre
bem sucedida, uma vez que o risco de perda das colheitas é alto, dada a baixa capacidade de
armazenamento de humidade no solo durante o período de crescimento das culturas.
Algumas famílias empregam métodos tradicionais de fertilização dos solos como o pousio
das terras, a incorporação no solo de restolhos de plantas, estrume ou cinzas. Para além das
questões climáticas, os principais constrangimentos à produção são as pragas, a seca, a falta
ou insuficiência de sementes e pesticidas.
A faixa costeira é dominada pelo sistema de produção baseado na cultura da mandioca,
consociada com leguminosas de grão como o feijão nhemba e o amendoim.
O arroz de sequeiro é a cultura produzida nas planícies aluvionares dos principais rios que
drenam a costa e planícies estuarinas, sendo normalmente produzidos em bacias de
inundação preparadas para o efeito. Há ainda a referir a importância do coqueiro e do
cajueiro no sistema de produção da zona costeira, quer como um produto que garante a
segurança alimentar ou como fonte de rendimento para as famílias rurais.
O sistema agro-silvícola do cajú é o mais representativo chegando mesmo a ser dominante.
A consociação mais importante do caju, compreende culturas como a mandioca e milho,
seguindo o padrão tradicional de rotação e pousio de médio e longo prazo, dependendo
bastante da idade dos cajueiros e sua produtividade.
Uma particularidade da zona, é que praticamente toda a mandioca fica dentro da zona do
cajueiro. O coqueiro na província apresenta um distribuição alargada para o interior.
Somente em 2003, após o período de seca e estiagem que se seguiu e a reabilitação de
algumas infraestruturas, se reiniciou timidamente a exploração agrícola do distrito e a
recuperação dos níveis de produção.
Moma
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Quadro 35. Produção agrícola, por principais culturas: 2011-2012
Fonte: SDAE
3.6.2 Pecuária
O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a tradição na criação de gado e
algumas infraestruturas existentes, verificou-se algum crescimento do efectivo pecuário.
Dada a existência de áreas de pastagem, há condições para o desenvolvimento da pecuária,
sendo as doenças e a falta de fundos e de serviços de extensão, os principais obstáculos ao
seu desenvolvimento.
Os animais domésticos mais importantes para o consumo familiar são as galinhas, os patos
e os cabritos, enquanto que, para a comercialização, são os bois, os cabritos, os porcos e as
ovelhas.
Quadro 36. Efectivo pecuário
Espécie 2013
Bovinos 5.629
Caprinos 15.770
Ovinos 8.970
Galináceos 44.159
Patos 22.837
Coelhos 290
Suínos 2.153
Gatos 1.034
Total 100.842
Fonte: SDAE
Culturas
Área Planif./ha Área semeada Plano
2012
Produção
(ton)
2011 2012 2011 2012 2011 2012
Milho 10984 11013 10991 10304 8810,40 8792,8 7661,8
Mapira 8253 8335,5 8196 3469,3 6668,40 4917,6 1987,9
Mexoeira 1185 1196,9 1201 591,5 957,50 720,6 252,1
Arroz 4387,87 4431,8 5124 4504,9 5628,20 6148,8 4211,2
Feijão 9339 9525,8 9342 8804,2 4762,90 3736,8 4263,1
Amendoim 8438,7 8607,5 8816 11054,8 4471,90 4408 4807,4
Mandioca 47226,8 56672,2 47600 56512 311696,90 261800 247670,4
Batata-doce 919 928,2 1100 620,3 2227,68 2640 1336,6
Hortícolas 636,5 649 641,8 291 4869,30 432,6 2434,7
Sub-total 91369,8 101359,9 9301,8 96152,5 350097,18 293597,2 274624,97
Gergelim 3195 3259 3814 1761,7 1988 2288,4 122
Algodão 5800 5800 2132 4671,2 3017 4066 2062,4
Sub-total 8995 9059,5 5946 6432,9 5004 3354,40 2184,4
Total 100364,8 110418,9 98956,8 102585,4 355126,5 296951,6 276809,5
Moma
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3.6.3 Pescas, Florestas e Fauna bravia
É grande o potencial comercial das madeiras nativas como o jambire e a umbila, e Moma
tem grande potencial madeireiro. A madeira não é muito utilizada como material de
construção. A lenha é a fonte de energia mais utilizada.
O distrito tem laranjeiras, tangerineiras, papaieiras, mangueiras, bananeiras e limoeiros, que
são comercializados localmente ou nos distritos vizinhos e nas cidades de Nampula e de
Angoche. Para além do consumo fresco dos frutos, alguns são processados para o fabrico
de bebidas alcoólicas tradicionais. O maior constrangimento da silvicultura em Moma é a
falta de sementes, a falta e insuficiente qualidade de terra, as pragas e a falta de hábitos.
A caça e a pesca são um suplemento dietético para as famílias. Os animais mais caçados são
o cudo, o xipenhe, o porco-do-mato, a galinha-do-mato e a perdiz. A proximidade do litoral
e a existência de rios e lagos, faz da pesca uma actividade de rendimento importante para as
famílias, bem como uma fonte suplementar de alimento.
3.7 Indústria, Comércio e Serviços
A pequena indústria local (pesca, carpintaria e artesanato) surge como alternativa à
actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade.
Apesar do seu afastamento em relação a centros urbanos importantes, o distrito de Moma já
efectua trocas comerciais com outros mercados da região. Os habitantes do distrito
deslocam-se aos distritos vizinhos, e também às cidades de Nampula e Angoche, para
comprar comida, sendo também comum virem ao distrito comerciantes da capital
provincial, de Pemba e mesmo da Tanzânia, para comprar os produtos locais.
Moma
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4 Visão e Estratégia de Desenvolvimento Local
Este capítulo tem como base as conclusões do PEDD - Plano Estratégico de
Desenvolvimento Distrital 2009-2013.
4.1 Visão
“Melhorar as condições de vida da população de Moma, visando o seu bem-
estar.”
4.2 Problemas e Potencialidades
PROBLEMAS POTENCIALIDADES
P.A. DE MACONE
Água imprópria para o consumo
Frequência de doenças incluindo HIV/SIDA
Fraca cobertura da rede escolar
Degradação de vias de acesso
Falta de Banco
Falta de equipamento agrícola
Desemprego
Fecalismo a céu aberto
Queimadas descontroladas
Uso de artes nocivas na actividade pesqueira
Amarelecimento letal do coqueiro
Ocorrência de erosão costeira
Mar
Terra fértil para agricultura.
Rios e lagos
Florestas e diversos recursos (plantas)
Existência de palmar
Força humana para trabalhar(mulheres e homens
Clima favorável para a produção agropecuária
Plantas medicinais
P.A. DE CHALAUA
Água imprópria para o consumo
Frequência de doenças s/ tratamento
Degradação de vias de acesso
Fraca cobertura da rede sanitária
Energia de HCB
Terra para agricultura
Rios e lagos
Riqueza florestal, proliferando essências como jambir, umbila, metonha, pau-preto, etc.
Pedras semi-preciosas-Mavuco
Ouros(Piqueira)
Plantas medicinais para tratamentos tradicionais de doenças
Areia branca e pedras para a construção civil
Animais de caça
Força humana para trabalhar (Mulheres e homens)
Montanhas
Cajueiros
P.A. DE LARDE
Moma
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Água imprópria para o consumo
Degradação de vias de acesso
Erosão costeira e no interior
Frequência de doenças incluindo HIV/SIDA
Uso de artes nocivas na actividade pesqueira
Queimadas descontroladas
Fecalismo a céu aberto
Fraca cobertura da rede sanitária
Energia de HCB na sede do P.Administrativo
Minérios pesadas das areias costeiras (Topuitho)
Terra para agricultura
Baixas vastas para produção de arroz
Coqueiros
Cajueiros
Mar com os seus recursos
Clima favorável para produção agropecuária
Rios e lagoas
Recursos florestais
Plantas medicinais para tratamento tradicional de doenças
P.A. DE MUCUALI
Água imprópria para consumo
Frequência de doenças s/ assistência
Pessoas não conseguem comunicar à distância
Muitas crianças s/ acesso à EPC
Podridão radicular da mandioca origina perdas de produção
Camponeses não comercializam produtos devido deficientes vias de acesso
Energia de HCB
Queimadas descontroladas
Terra fértil para agricultura
Madeira
Culturas de rendimento (amendoim, castanha de caju, gergelim, arroz, milho, feijões, algodão e legumes)
Rios e lagoas
Gados(bovino, caprino)
Estradas
Pessoas para trabalhar (mulheres e homens)
Cajueiros
Recursos florestais
Comércio(lojas e barracas)
Animais de caça
Plantas medicinais para tratamento tradicional de doenças.
4.3 Objectivos estratégicos específicos
POTENCIAR EM 10% A ACTIVIDADE ECONÓMICA DO DISTRITO
Para que este objectivo seja alcançado o sector das actividades económicas vai empreender
algumas acções como sendo:
Transmitir técnicas melhoradas de produção agrícola , pesqueira e mineira a 80
grupos de cidadãos correspondentes a 2.800 pessoas. As técnicas serão transmitidas
por 10 extensionistas na base de campos de demonstração.
Incentivar o Associativismo em diferentes áreas económicas (Comércio, Agricultura,
Turismo e Pesca).
Afectar 10 Técnicos extensionistas nos diferentes Postos
Administrativos
Moma
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Fazer o repovoamento pecuário com 200 cabeças
Produzir 100.000 mudas de fruteiras e plantas de sombra até ao ano de 2013
Melhorar o sistema de irrigação dos campos agrícolas dos associados e pessoas
singulares, mediante o potenciamento em 10 motobombas; sendo 2 em cada Posto.
Adquirir 2 fabriquetas.
Realizar 2 formações aos Associados mineiros
Criar 1 microprojecto de pesca, conservação e comercialização do pescado
Introduzir 85 juntas para a tracção animal, aquisição 6 de tractores agrícolas
Produzir 250.000 mudas de cajueiros.
Produzir 100.000 mudas de coqueiros-
Multiplicar 100ha de estacas de mandioqueira.
Reabilitar 4 represas.
Construir 4 mercados de peixe.
Adquirir 2 barcos a motor fora do bordo
Construir 2 talhos.
MELHORAR EM 30% OS CUIDADOS PRIMÁRIOS DE SAÚDE
No que respeita a melhoria dos Cuidados primários de Saúde, para que o sector alcance
aquilo que pretende nos próximos cinco anos, o esforço será em:
Afectar 60 técnicos qualificados em todas Unidades Sanitárias e colocar
equipamentos nas unidades
Construir 4 maternidades e 10 casas mãe espera,88 para melhorar o atendimento as
parturientes
Criar 10 núcleos de combate ao HIV/SIDA
Capacitar 10 funcionários para melhor resposta e atendimento público
MELHORAR EM 40% O ACESSO Á EDUCAÇÃO BÁSICA
A melhoria da Educação Básica será nos seguintes domínios:
Moma
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Ampliar a actual rede escolar de 84 escolas para 128 escolas e afectar 530
professores, sendo 310 do EP1, 130 do EPC e 90 do ESG.
Construir 70 salas de aulas com material convencional ou local melhorado.
Atingir 102 salas de aulas de construção convencional.
Converter 15 EP1 em EPCs das 74 EP1 existentes.
Aumentar de 432 centros de AEA para 530 centros e contratar 1.750
alfabetizadores.
Abertura de 250 centros de alfabetização
MELHORAR EM 30% A CIRCULAÇÃO DE PESSOAS E BENS
A melhoria da circulação de pessoas e bens será feita nos seguintes moldes:
Reabilitar 335kms de estradas vicinais
Fazer manutenção de 88,5 kms de estradas terciárias
Fazer manutenção de 266,6 kms de estradas classificadas
Construir 17 pontes de betão armado
Construir 31 aquedutos.
AUMENTAR EM 20% A COBERTURA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
POTÁVEL E SANEAMENTO
MELHORAR EM 10% AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS
FUNCIONÁRIOS DA FUNÇÃO PÚBLICA
Para melhorar as condições de trabalho dos funcionários da Função Pública, o Governo
Local vai empreender algumas acções tais como: Construção de edifícios, residências e
aquisição de meios circulantes.
Moma
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Publicado por
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇAO ESTATAL
Direcção Nacional de Administração Local
Maputo - Moçambique
Primeira edição, primeira impressão 2012
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