Perdão Por Não Querer Dizer: A economia do segredo em Jacques Derrida
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8/17/2019 Perdão Por Não Querer Dizer: A economia do segredo em Jacques Derrida
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“Perdão por não querer dizer...” A economia do segredo em Jacques Derrida
Este trabalho tem como objetivo principal dar a ler os motivos do perdão e do segredo a partir da desconstrução derridiana. Tal segredo não se refere àquilo que é representado
na cabeça do indivíduo, e que o mesmo escolhe manter em sigilo, mas coincide com a prpria e!peri"ncia da singularidade. #a cena origin$ria do perdão, que é a cenaabra%mica, h$ a dupla lei secreta à qual &braão est$ obrigado. Ele porta o segredo quenão conta nem a 'saque nem à (ara, mas também é portado pelo segredo absoluto einacessível de )eus. * a partir da dupla obrigação deste segredo que &braão toma adecisão a mais respons$vel, todavia perjurando e devendo pedir perdão. +orque para ser
justo e respons$vel, ése ao mesmo tempo injusto e irrespons$vel, eis a double bind da justiça. E é preciso falar ainda de uma dimensão sacrificial neste segredo portado por &braão que consiste na passividade da sua obedi"ncia ao ordenamento de )eus que
permanece, todavia, em segredo para ele. -$ um segredo, relativamente aos seus e aos
outros em geral, a que &braão tem acesso e a que ele decide ativamente manter emsigilo. +or outro lado, h$ um segredo, um arquisegredo do qual ele não partilha com)eus, mas que d$ conta da prova da incondicionalidade no amor, a saber, na fé juradaentre duas singularidades absolutas/. *, pois, no rastro da leitura derridiana da cenaabra%mica, vista em Donner la mort 012223, que buscamos aqui remarcar a intrínsecarelação entre o perdão e o segredo na sua abertura ao absolutamente outro. (endo adesconstrução um pensamento que se marca pelo endereçamento à alteridade absolutade outrem, temse que a compreensão deste motivo do segredo é mesmo uma condição
4 sem condição 4 da prpria relação ao outro, que é sempre secreto, porque é outrem/,restando a sua singularidade, deste modo, sempre em segredo.
Palavras-chave: (egredo, +erdão, )esconstrução.