Pequeno Grande Jornal

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Revista produzida como parte do curso de Jornalismo da PUC Minas, na matéria Edição Jornalística. Grupo: Breno Barcellos, Sara Dias, Loraynne Araújo e Sara Dias

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PEQUENO

GRANDEJORNAL

Expediente

O Pequeno Grande JornalDiretora de Redação: Rafaela Andrade Editora-chefe: Loraynne AraújoRedação Breno Barcellos, Sara Dias, Loraynne Araújo e Rafaela AndradeDiagramação: Breno BarcellosDireção de arte: Breno BarcellosEditoração: Breno BarcellosTriagem: Publicação Online (ISUU)

Contato: [email protected]

Ao Leitor E sta publicação é uma produção ctícia criada

pelos alunos Breno Barcellos, Sara Dias, Loraynne Araújo e Rafaela Andrade como parte dos requerimentos da matéria Edição Jornalística do curso de curso de graduação em bacharel de Comunicação Social - Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

As matérias foram apuradas e escritas por estes alunos, enquanto nas páginas a seguir os nomes dos repórtes são alias criados para o efeito intencionado pelo grupo.

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violência financeira contra os idosos cresce em Minas Gerais. As estatísticas do Disque 100, do governo feder-al, apontam que só no primeiro semestre do ano passa-do, 524 denúncias foram protocoladas contra 854 feitas

em todo o ano de 2014. No Brasil, os dados mostram que em 2015, 12.522 pessoas com mais de 60 anos foram vítimas deste tipo de violação - quase 20% a mais que o verificado em 2014. O número de abusos financeiros chega a ser maior que o total de casos de violência física. Por este tipo de crime, previsto nos artigos 102 e 104 do estatuto do idoso ( vamos fazer um hiperlink - tipo tabela com o conteúdo dos dois artigos do estatuto), pode-mos enquadrar situações de desvio de bens, pensões, utilização de cartões de crédito e contas bancárias daqueles que, pela idade, estão vulneráveis. Geralmente os autores destes delitos são os próprios parentes ou conhecidos da vítima, segundo a promotora de justiça de defesa dos idosos do Ministério Público de Minas Gerais, Jaqueline Ferreira. Ela afirma que o empréstimo consignado e o desvio dos benefícios da aposentadoria são exemplos comuns de violação no estado. “Até as agressões físicas que o idoso sofre, na maioria das vezes, é em decorrência de dinheiro”, comenta. As denuncias chegam até o Ministério Público de diversas maneiras, por meio da ouvidoria do próprio órgão, conselhos do idoso e delegacias.Jaqueline Ferreira conta que é difícil comprovar casos de vi-olência financeira: “A pessoa se dirige ao caixa de atendimento eletrônico e faz empréstimos com uma facilidade extrema. Então

o benefício do idoso vem com o empréstimo consignado des-contado e ele não tem como comprovar a autoria do delito”. A ex-analista de empréstimos consignados, Mara Marques, atuou 7 anos nesta área e presenciou cenas de abusos financeiros até mesmo por parte da instituição em que trabalhava. “Quando uma pessoa mais velha chegava sozinha no escritório eram oferecidos valores mais altos, de acordo com a margem dis-ponível; com maior taxa de juros e, claro, mais vantagem para o corretor, que recebia uma comissão melhor”, declara. Mara destaca situações em que idosos recebiam desconto na folha de pagamento da aposentadoria e não sabiam de emprés-timo, além daqueles que suspeitavam que os próprios filhos teriam utilizado documentos e senhas de forma indevida. “Uma vez uma senhora chegou meio receosa, inquieta e eu fui con-versando com ela. Na primeira oportunidade que teve de ficar sozinha comigo, me pediu para não aprovar o crédito, porque a pessoa que estava com ela era o sobrinho e ele não era bom pagador”, relembra. Não é apenas a ex-analista de empréstimos que comenta atos de violação praticados por empresas. O Presidente da Federação dos Aposentados e Pensionistas de Minas Gerais, Robson Bitten-court, reitera a questão: “Nós tratamos o abuso por parte destes organismos financeiros, bancos e entidades financeiras como um meio que encontram de “pegar o aposentado no laço” e colocar nas costas deste idoso um empréstimo consignado”.

Violência financeira contra o idoso cresce cerca de 20% em um ano

cidadania

Rodrigo Cartacho, Luana Freitas & Jéssica Delgado - 8º Período

A

Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade: Pena - reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.

Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem como qualquer outro docu-mento com objetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida: Pena - detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.

Perfil das pessoas idosas vítimas de violência

Ao longo de todo o ano de 2015 foram registra-das 62.563 casos de violência contra os idosos no Brasil. Neste número estão somados situ-ações de negligência, violência psicológica, abuso financeiro, violência física e outras violações.

GÊNERO: as idosas são o maior grupo nas víti-mas com registro de denúncias, somando 67% contra 27% de idosos.

FAIXA ETÁRIA: a maior incidência dos casos (37%) é de 71 a 80 anos, seguido de 61 a 70 anos (33%), 81 a 90 anos (25%) e menor incidência de 91 anos ou mais (6%).

RAÇA/COR: pessoas idosas brancas aparecem com 52% enquanto pretos e pardos 30%, sendo informação ausente em 47% das denúncias.

Em 2050 mais de 20% da população mundial será idosa

Esta é a estimativa das Nações Unidas - Fundo de Populações. Segundo o órgão, daqui a 34 anos o número de pessoas na tercei-ra idade vai superar o de crianças. Em 2012, 810 milhões de pessoas tinham 60 anos ou mais, constituindo 11,5% da população global. Projeta-se que esse número alcance 1 bilhão em menos de dez anos e mais que duplique em 2050, alcançando 2 bilhões de pessoas ou 22% da população global. Já no Brasil, segundo pesquisa do IBGE, a população idosa totalizava, já em 2012, 23,5 milhões de pessoas.

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aquisição da ambulância, o resgate era feito em um carro co-mum, e a gaiola de transporte era colocada em cima do banco do passageiro, o que causava desconforto tanto para o funcionário quanto para o animal, principalmente quando este era de grande porte.

Como funciona:

O resgate é feito após denúncias pelo telefone (35) 9 9818-5130. O Samuvet leva o animal para o Centro de Bem-Es-tar Animal da cidade, e seu estado de saúde é avaliado. O local possui estrutura para tratamento e medicação dos bichinhos.

Eles recebem vacinas e castração e, após cura-dos, vão para a adoção. A equipe inclui um motorista e um veterinário, que leva um kit de primeiros socorros e a gaiola de transporte. De acordo com o veterinário da pre-feitura, José Roberto da Silva, o serviço pode, inclusive, evitar a transmissão de doenças para os seres humanos. Entre as enfermidades estão a raiva e a sarna. O ativista Franklin Oliveira, que atende 104 bichos em uma casa da capital, aprova a ideia, mas avalia que ela deveria ser estendida a famílias carentes. “Belo Horizonte deveria ter um modelo parecido”.

Recursos:

A Prefeitura de Pouso Alegre não informou os custos do serviço, que incluem a compra da ambulância. Quem quiser ado-tar bichos deve ligar para o mesmo número, (35) 9 9818-5130.

Entidade faz crítica a gastos:

O Samuvet, serviço de resgate de animais de rua de Pou-so Alegre, é criticado por uma parcela da população. Luiz Antô-nio dos Santos, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, afirma que está havendo uma inversão de valores por parte da prefeitura, que deveria investir em outros setores. “As unidades básicas de saúde estão em péssima qualidade. Não há médicos nem medicamentos”. O Executivo rebateu as críticas e informou que investe em todos os setores. Segundo a prefeitura, um edital para contratar seis médicos e 30 agentes de saúde está aberto e não faltam medicamentos.

Porque adotar:

Segundo estimativas do Centro de Zoonoses de Belo Horizonte, cerca de 30 mil cães e gatos vivem abandonados nas ruas. Franklin aponta como um dos principais problemas em grandes centros urbanos a presença de animais abandonados,

por eles transmitirem doenças e procriarem, aumentando ainda mais a quantidade de bichos vivendo em situação precária. “Ado-tar também é um ato de resistência ao mercado que muitas vezes exploram fêmeas, fazendo-as criarem quatro vezes por ano para atender a demanda comercial”. A capital mineira possui algumas ONGs onde podem ser encontrados animais em perfeito estado de saúde disponíveis para adoção, entre Núcleo Faúna de Defesa Animal, Cão Viver, Projeto Animais de Rua BH, entre outros.

Hospital Metropolitano de Belo Horizonte.:

Desde o ano passado circula, na Câmara dos Vereadores, um projeto de lei para a criação de um hospital veterinário met-ropolitano. A ,L de número 1488/2015 prevê a criação de uma clinica que possa atender animais de pequeno porte de maneira gratuita. O projeto, de autoria do vereador Leonardo Mattos (PV), ainda está em tramitação na Casa sem data prevista para apreciação no plenário.

cidade de Pouso Alegre, no Sul de Minas, criou um re-forço para o cuidado dos animais de rua: o Samuvet. Des-de o dia 21 março, a ambulância veterinária, espelhada no

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), faz o resgate de cães e gatos em situação de rua que tenham sido vítimas de acidentes maus-tratos ou que estejam doentes. O serviço funcio-na 24 horas e pode ser requisitado por telefone. Uma inspiração para o Samuvet são os sistemas pareci-dos implantados em cidades de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, além de pedidos de ONGs de proteção animal. O novo trabalho é uma forma de incrementar o socorro que a prefeitu-ra já realizava no atendimento aos bichos de rua. Em dez dias, aproximadamente, 30 animais foram socorridos. Antes da

Cidade de Minas Gerais cria ‘Samu’ para bichosANIMAIS

Prefeitura de Pouso Alegre compra ambulância para resgatar animais das ruas da cidade; a ideia do serviço é de outras cidades do sul do Brasil

Igor Fernandes e Ian Boechat - 1º Período

A

Pouso Alegre sai na frente em Minas Gerais e lança o Samuvet

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uem nunca já tentou colecionar alguma coisa? Fig-urinhas, bichinhos de pelúcia, entre outros objetos. Para muitas pessoas, isso é apenas uma brincadeira, agora

para outras, a coleção se tornou coisa séria. Como é o caso do jornalista Emanuel Gonçalves, 27, com as suas camisas 130 camisas de futebol. Tudo começo há 10 anos quan-do ele comprou uma do Manchester United, do zagueiro Rio Ferdinand, por acha-la bonita. Depois desse dia, não conseguiu para mais de adquirir essas peças e possui algumas raridades em seu acervo, como a camisa usada pelo zagueiro francês Make-lele na final da Copa do Mundo de 2016, a do título recente do mundial de Clubes do Bayer de Munique, a do Arsenal em homenagem ao ex-técnico Herbert Chapman que treinou o clube o por nove anos e uma Boca Júnior do craque Argentino Riquelme. Emanuel contou que a sua paixão por futebol, princi-palmente o europeu, o fez criar gosto e vontade de comprar as camisas dos times. Como um bom atleticano, ele também tem várias do Galo e destaca a do centenário do clube como sendo a sua favorita. Mas a sua coleção não se limita apenas a blusas do Atlético Mineiro aqui no Brasil, ele tem as do Coritiba, Paysandu e Grêmio. Hebert Gomes, funcionário público, 29, também cole-ciona camisas de futebol, mais especificamente as do Cruzeiro, seu time de coração. Atualmente ele possui 30 blusas celestes, nas quais se destacam as camisas dos quatro títulos brasileiros, da Copa do Brasil e da tríplice coroa. Mas a sua maior coleção é a de moedas. Hebert colecio-

na, principalmente, as do Brasil. Ele tem todas desde o cruzei-ro, com destaque para a série comemorativa de 50 anos da declaração dos Direitos Humanos lançadas na década de 90 e muito difícil de encontrar e as sobre os jogos Olímpicos do Rio. O funcionário público também tem várias estrangeiras, como as moedas comemorativas dos estados do EUA, de Omã, Bangladesh, euro de vários países, entre outros. Ele comentou que começou a colecionar esse objeto por perceber que as moedas contam sobre a história de um lugar, seja através das imagens quanto por simbolizar um mo-mento, como de cruzado do período de hiperinflação no Brasil. Rafael Parreira, estudante, 23, também é movimentado pela paixão por suas coleções de filmes, livros e HQs. Ele começou a coleciona-los quando ainda era criança, período no qual o seus pais compravam fitas cacetes dos desenhos da Disney e as revis-tinhas em quadrinhos da turma da Mônica. O estudante tem como a sua grande paixão os filmes. Um dos destaques da sua turma de jornalismo neste assunto, Rafael disse que não lembra exatamente o seu primeiro longa metragem dos 242 que tem atualmente, mas acredita que foi o De Volta para o Futuro. Perguntado sobre qual gosta mais, ele

respondeu que para um colecionador é difícil escolher, pois tem carinho por todos os da coleção, mas destacou a trilogia do Poderoso Chefão e o box dos filmes de Chaplin. A coleção de HQs começou na infân-cia, mas teve um longo período de pausa, pois ele perdeu o baú onde as guardavas, e só foi retornar há sete anos.

Rafael relatou que, devido a esse hiato, perdeu várias revistinhas, principalmente as da Mônica e do Chico Bento. Hoje, esta é a coleção que possui menos exemplares – 50 -, pois existem algu-mas HQs muitos caras. Os livros e a vontade de compra-los sempre estiveram presentes na vida do estudante, o que evolui, com o passar dos anos, é a profundidade da leitura. Desde O monstro até atual-mente com os seus autores favoritos, Nietzsche e Gabriel Garcia Marques, ele já acumulou mais de 102 obras. Ambos os colecionadores acreditam que as suas coleções não possui preço, pois aqueles objetos têm valor sentimental e o que vale mesmo, para eles, é a satisfação de tê-los e sempre adquirir mais.

Amor por camisas de futebol, moedas, livros e filmes

PAIXÃO

Colecionadores contam um pouco mais sobre as suas coleções e os motivos para colecionar aqueles objetos.

Eliana Dutra - 7º Período

QAtualmente, Emanuel possui aproximadamente 130 camisas

O ato de colecionar objetos é eminente dos seres humanos e tem como principal represent-ante os museus. Segundo a his-toriadora Julia Calvo, o primeiro registro dessa atividade vem da França Moderna e coincide com a expansão dos europeus para África e Ásia no século XIX. Os viajantes levavam objetos desses locais distantes para a Europa como uma curiosidade sobre o exótico e uma forma de fortalecer o sentimento nacional europeu e a superioridade (eurocentrismo) ao mostrar o avanço da civi-lização europeia frente a outras civilizações e como era a civi-lização antiga numa propostacivilizatória e evolutiva

HISTÓRIA

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star nos Jogos Olímpicos é considerado o ápice da carrei-ra de uma atleta. O evento reúne a nata de esportistas de

42 esportes e, pela primeira vez, será realizado em um país latino. Em 2016, a cidade do Rio de Janeiro “abrirá as suas portas” para estrelas mundiais, como o velocista Usain Bolt; o dream team de basquete norte-americano, com os atros da NBA Curry e LeBron James; a rainha do futebol feminino Marta; o número um do tênis mundial Novak Đoković; entre outros. Dentre as modalidades olímpicas, a única em que homens e mulheres competem juntos é o hipismo. Como esporte, foi disputado pela primeira vez nos Jogos de 1900, em Paris, com provas de saltos, e só retornou às Olimpíadas em 1912, em Estocolmo, tendo, depois disso, aparecido em todas as edições. Atualmente, o hipismo possui três categorias olímpicas: salto, CCE e adestramento. Apesar de estar a quase cem anos no quadro olímpico, a modalidade ainda é desconhecida pela maioria dos brasileiros. Por ser um esporte caro - uma pessoa que pratica a modalidade gasta em torno de R$ 3 mil mensais para a manutenção do cavalo - , campeonatos amadores sobrevivem pelo amor dos prati-cantes. Fernando Moreira Lobo, 18 anos, estudante de medicina, contou que conheceu o hipismo através do seu irmão mais velho há oito anos. Desde que foi fazer uma aula experimental de equitação, ele não conseguiu mais se separar dos cavalos. “O fato que me encanta nesta modalidade é justamente o contato que tenho com o animal, pois, depois de um certo tempo você começa a sentir o

que ele está passando”, disse. O estudante já participou de várias provas amadoras em Minas Gerais e ele contou que dá um aperto no coração antes da apresentação. “Na noite anteri-or é sempre difícil de dormir”, relatou. Mas apesar da apreensão e dos cuidados ao cavalo antes das competições, Fernando disse que é gratificante competir, prin-cipalmente em grandes campe-onatos de nível nacional. Fernando comentou, também, que o hipismo ainda é um es-porte pequeno em Minas, se comparado com o Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo. Aqui no estado, devido a crise econômi-ca, pessoas estão deixando de praticar ou vendendo os cavalos para cortar gastos. Mas ele ressaltou que, apesar desses fatores, Minas possui excelentes hípicas, principalmente na cidade de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. O cavaleiro destacou, por fim, que as mulheres estão se destacando mais do que os homens nas competições. “Elas estão praticando mais e, por isso, ganhando mais campeonatos”, finalizou.

Mulheres no HipismoA jovem amazona Gabriela Morgan, de 21 anos, perdeu as contas de quantas competições de hipismo já participou. A relação da

belo-horizontina com os cavalos começou em 2002, montando ao lado de seu irmão mais velho, Felipe Morgan, quando ela tinha 7 anos. Entre as modalidades do esporte, ela aper-feiçoou-se nos saltos. Fe-lipe é tão apaixonado pela equitação quanto Gabri-ela e hoje, além de ídolo da irmã, é proprietário e professor da hípica Top Team, em Nova Lima.

Desde pequena, a moça sempre competiu com um ou dois cavalos e valoriza muito a relação que o atleta estabelece com os animais. “Este esporte é baseado no conjunto cavalo-cavaleiro/amazona. Então, procuro estar sempre próxima dos meus cavalos e mimar eles bastante. Além de tudo, é algo que me faz muito bem, traz calma e paz pro dia a dia que é bem corrido!”, disse. Estudante de engenharia de produção, Gabriela não tem muito tempo para o esporte. Ela - que já foi premiada várias vezes - inclusive nacionalmente, sendo vice campeã brasileira de jovens cavaleiros top e alcançando o terceiro lugar no brasileiro de Amazonas, treina sempre que pode, nas horas livres. A atleta acredita que o hipismo de saltos seja o mais

Quando um esporte vira relacionamento: histórias do Hipismo amador

Esporte

Apesar dos altos custos do hipismo, mineiros não desistem do esporte e relatam o seu amor ao cavalo e a modalidade

Augusto Róbson & Eduarda Souza - 4º Período

E

difundido em Minas Gerais. Essa categoria, segundo a Federação Hípica do estado, foi a primeira a chegar ao Brasil, em uma com-petição realizada em Pernambuco, no ano de 1641. A modalidade é caracterizada em torneios por uma prova em que o conjunto (cavalo/ cavaleiro), faz um percurso de 8 a 12 obstáculos difer-entes em variados graus de dificuldade. Gabriela afirmou que a competição de saltos é indi-vidual. “Tem os percursos com obstáculos por altura, e cada altura é dividida em categorias, por idade. Tem prova que é por cronometro, outras por tempo ideal, tempo concedido. Muda de acordo com cada prova. As equipes no salto são mais comuns em campeonatos brasileiros ou sul-americanos e olimpíadas”, afirma. A jovem acredita que, assim como em outros esportes, o hipismo exige dedicação e tempo. Quanto mais o atleta treinar, mais estará preparado. Além disso, ela disse que a modalidade desenvolve a concentração, o equilíbrio e o respeito pelos ani-mais. “Traz ensinamentos para a vida também, como não desistir, focar em nossos objetivos, ser persistente”, completou. Além do irmão, Gabriela também tem como inspiração a amazona Luciana Diniz e o cavaleiro Marcus Ehnin. “Eles são uns dos melhores atletas do circuito internacional”, destaca.Sobre as olimpíadas no Brasil, a estudante e amazona Lorena Mariani, 23 anos, disse que está ansiosa para ver as grandes estrelas do esporte em território nacional. “Estou curiosa para ver como os europeus reagirão e serão impactados pelo nosso clima tropical, à exaustação e tratamento dos cavalos”, completou. Lorena espera que, depois dos jogos olímpicos, com as com-petições no parque de Deodoro, onde acontecerá o hipismo, inspire mais pessoas a entender e procurar informações sobre o esporte. Entretanto, devido ao alto valor dos ingressos, ela tem dúvidas se isso realmente acontecerá. “É um esporte para a elite, sempre foi e será, e a elite brasileira é uma minoria”, finalizou.

Fernando Moreira já participou de várias provas. amadoras em Minas Gerais