PENICHE_Tiago Reis

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Desporto Cultura Lazer Nº 1 | ABRIL 2011

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Índice

Editorial

Como chegar

Peniche

Praia SUPERTUBOS

Arribas

Forte de Peniche

Renda de Bilros

Baleal

Marina de Peniche

FICHA TÉCNICA Desporto | Cultura | Lazer - Abril de 2011

AUTORIA Tiago Reis – [email protected]

FOTOFRAFIA : Tiago Reis – [email protected]

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O percurso de Peniche ao longo da história

de Portugal não é estático.

De ilha piscatória, a fortaleza defensiva,

passando por prisão política no tempo do

funesto do Estado Novo… Hoje Peniche

deixou de ser cidade portuguesa para se

afirmar como uma das capitais mundiais do

surf.

A presente publicação procura ilustrar esse

caminho que hoje Peniche procura traçar

entre o passado histórico e a oportunidade

dos desportos radicais. É desse confronto

equilibrado que se pretende traçar a

evolução futura da cidade de Peniche.

«TR

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Chegar a Peniche de carro é tarefa facilitada, se vier do sul, por exemplo da cidade de Lisboa,

basta tomar a A8 e seguir depois no IP6 directamente até Peniche. Se vier do norte, segue a

A1 até Santarém onde apanha a A15 que faz ligação com o já referido IP6.

Peniche é ainda servida por muitos autocarros (carreiras Expresso e ligações de âmbito mais

regional) que ligam esta cidade a muitos pontos do país.

Para os mais aventureiros e amantes de transportes náuticos, vir até Peniche de barco pode

consistir num agradável passeio, podendo depois a embarcação ficar refugiada na marina de

recreio que esta cidade possui.

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Peniche é já famoso pelas suas extensas praias, falésias mas sobretudo é

conhecido pelas suas ondas.

Desde 2009 que anualmente se realiza na cidade de Peniche o invento “RIP CURL

PRO SEARCHE”, um misto de surf, festa e muitos campeonatos atraem os

melhores surfistas masculinos e femininos do Mundo .

Hoje em dia Peniche já consta no Circuito Mundial de surf 2010 e 2011, com

opção para mais nove anos, Peniche assume-se cada vez mais como a “Capital da

Onda”.

Peniche e as suas gentes estão de parabéns, pelo esforço e empenho que nos

últimos tempos têm dedicado ao surf. É um reconhecimento de que Portugal, e de

modo particular Peniche, possui ondas de qualidade inegável para a prática de

surf ao mais alto nível.

Este reconhecimento é tão mais importante quando é a própria Associação de

Surfistas Profissionais a sustentar tal decisão, facto que contribui para o aumento

das responsabilidades das entidades que irão organizar e apoiar o Rip Curl Pro

Peniche 2011. Esta conquista para o concelho de Peniche é o culminar de todo um

trabalho que tem sido desenvolvido no sentido de potenciar e valorizar os nosso

recursos naturais e os aspectos distintivos que nos distinguem dos territórios

vizinhos.

Para a concretização deste objectivo é extremamente importante a aposta que a

Rip Curl tem feito em Peniche, local onde se estabeleceu há mais de 20 anos, e

que em 2009 organizou o “The Search” – etapa móvel do Circuito Mundial de Surf.

O sucesso e o nível alcançado no Rip Curl Pro Search foram igualmente decisivos

para este desfecho. Segundo as palavras de alguns jornalistas da especialidade:

_“o dia de competição que aconteceu em SUPERTUBOS foi o melhor dia de surf

competitivo alguma vez visto em Portugal! De sempre!”

_“Foi o melhor dia de sempre na Europa!” Mick Fanning confirmou-o, e acabou

por vencer o “Rip Curl Pro Search” e o recente título de campeão do mundo

alcançado na última etapa do circuito (Billabong Pipeline Masters).

O apoio do Turismo de Portugal e dos patrocinadores, dos quais se destaca a

TMN, foi extremamente importante para o êxito alcançado com a realização do

Rip Curl Pro Search 2010. Para além dos apoios financeiros que viabilizaram a

realização de um evento desta envergadura, a instalação de um conjunto de infra-

estruturas de fibra óptica proporcionou uma qualidade de emissão televisiva,

através da internet, nunca antes vista em etapas do Campeonato do Mundo de

Surf. Esta parceria, que se pretende manter no futuro próximo, será uma das

garantias de sucesso do Rip Curl Pro - Portugal 2011.

Gabinete de Apoio ao Presidente da Câmara Municipal de Peniche

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Neste território estremenho, a Natureza parece ter moldado uma vivência marcada pela dicotomia entre a actividade marítima e piscatória na península de Peniche, associada à exploração, transformação e comercialização dos recursos marinhos. Assim, na etnografia local pontificam-se usos e costumeis associados à faina da pesca e indústrias adjacentes e à produção de rendas de bilros. A memória de naufrágios, a arreigada religiosidade das gentes do mar e a típica gastronomia constituem importantes traços de um povo que projecta em gerações vindouras a herança de um longo passado colectivo. Percorrer o concelho de Peniche é pois embarcar numa peculiar viagem pela História. O seu topónimo parece derivar do nome de uma antiga cidade da ilha de Creta- Phenix, cuja configuração geográfica era semelhante à primitiva ilha de Peniche. A sua história remonta a tempos antigos em que Peniche era uma ilha apresentando vestígios da ocupação romana e de D. Afonso Henriques. Este concedeu a Guilherme de Corni a terra de Touguia pelo auxílio prestado na conquista de Lisboa aos mouros em 1147. O porto de Atouguia tornou-se num importante porto comercial. A progressiva junção da ilha ao continente originou a transferência de importância para Peniche.

Em 1575 D. João III iniciou a construção das muralhas de Peniche, que hoje formam a fortaleza de Peniche, em que uma das partes, a que fica abaixo do nível médio do mar, serviu de prisão no início do século XIX. Peniche foi elevada a vila em 20 de outubro de 1609 por D. João III e foi elevada a cidade no ano de 1987. A nível de monumentos, realça-se a fortaleza museu (1557), que foi sede de um importante complexo militar; as igrejas da Misericórdia (1626), da N. Sra. da Ajuda (séc. XVI), o santuário dos Remédios (séc. XVII) e de S. Pedro (séc. XVII) - o maior templo de Peniche ; S. Leonardo (séc. XIII), N. Sra. da Conceição (séc. XVIII) e S. Sebastião; a Fonte do Infante; o Paço da Serra, que serviu de albergue ao Infante D. Pedro durante as caçadas e a possíveis encontros com D. Inês; as muralhas de Peniche, o forte da Praia da Consolação, o castelo, o pelourinho, o museu de Peniche, o farol do cabo Carvoeiro (séc. XIX) e da Berlenga (séc. XVIII); a estação arqueológica da Furninha; o Forte de S. João Batista; o touril, a praia do Baleal e a Reserva Natural da Berlenga.

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Peniche é uma cidade marcada por enormes arribas que enriquecem toda a costa. Os grandes aglomerados de rochas criam uma enorme beleza ao longo de toda uma extensão de praia. Peniche já foi, no passado uma ilha, mas a acção conjunta de ventos e marés acabou por a ligar ao resto do continente. Hoje é uma cidade empoleirada, treze metros acima do nível do mar, numa península de 2750 metros de comprimento delimitada a ocidente pelo Cabo Carvoeiro. Do cabo avistam-se ao longe as Berlengas, arquipélago que distam cerca de 11 milhas a oeste e que constitui a única reserva natural insular de Portugal Continental. Aqui promove-se a protecção de um considerável património arquitectónico e natural. A sua extensa costa é bordejada por imponentes rochedos e por praias, algumas com vários quilómetros de extensão, ideais para a prática de desportos radicais. É de resto esta componente desportiva que, ultimamente, mais tem projectado a imagem da cidade internacionalmente.

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Fortaleza de planta estrelada irregular, acompanhando a escarpa rochosa do lado do mar, com

baluartes poligonais (Alto da Vela, Moinhos, Cavaleiro, Santo António, Ilhéu e Redondo), e panos de

cortina entre baluartes em talude, recortados por canhoeiras, com guaritas de secção circular,

cúpulas, nos vértices; do lado de terra é defendida por revelim triangular e 2ª linha de muralha

mais baixa, a seguir a um fosso circundante.

Construções várias de planta rectangular acompanham as cortinas a N. e os baluartes a E. e O.,

outras deitam para a praça de armas e alinham-se à volta de um pátio interior.

Pelo portal aberto para o terreiro, na face E. do revelim, entra-se em túnel abobadado que conduz

à ponte de arcadas de volta redonda, com pégões vazados, cruzando o fosso; portal rasgado a meio

do pano da muralha entre o baluarte do cavaleiro e o de Santo António, com frontão curvo e as

armas de Portugal no tímpano, encimado por torreão poligonal cupulado.

Linha de muralhas acompanhando o istmo que separa a península do continente, rodeada por

fosso em quase todo o perímetro, reforçada por vários baluartes de planta poligonal irregular

(Misericórdia, Ponte, Calçada, São Vicente, Gamboa), idênticos aos da fortaleza.

Um túnel rasga a muralha no baluarte da ponte; o pano de muralha rectilíneo entre o baluarte de

São Vicente e o da Gamboa foi rasgado pela estrada de acesso à povoação.

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Marítimo e urbano. Na ponta SE.

da península de Peniche, sobre a

escarpa rochosa e o ilhéu do

Portinho, com o qual comunica

por arco redondo; a linha de

muralhas assinala o istmo, entre a

península e o areal do lado E., ao

longo das vias urbanas que

delimitam a cidade desse lado (R.

Alexandre Herculano e Av. 25 de

Abril).

Cultural: Museu, sala de

exposições / Recreativo: escola de

renda de bilros, bailado, cerâmica,

computadores

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Os bilros são uma arte antiquíssima que assumem maior expressão em zonas piscatórias como é o caso de Peniche. A renda de bilros é realizada sobre uma almofada dura, o rebolo, cilindro de pano grosso, cheio com palha ou algodão, cujas dimensões dependem da dimensão da peça a realizar, coberto exteriormente por um saco de tecido mais fino. A almofada fica sobre um suporte de madeira, ajustável, de forma a ficar à altura do trabalho da rendilheira. No rebolo, é colocado um cartão perfurado, o pique, onde se encontra o desenho da renda, feito com pequenos furos. Nos furos da zona do desenho que está a ser realizada, a rendilheira espeta alfinetes, que desloca à medida que o trabalho progride. Os fios são manejados por meio de pequenas peças de madeira torneada (ou de outros materiais, como o osso), os bilros. Uma das extremidades do bilro tem a forma de pêra ou de esfera, conforme a região. O fio está enrolado na outra extremidade. Os bilros são manejados aos pares pela rendilheira que imprime um movimento rotativo e alternado a cada um, orientando-se pelos alfinetes. O número de bilros utilizado varia conforme a complexidade do desenho.

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Arriba BALEAL

panorâmica

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BALEAL

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