Pelo Direito de Produzir e Viver em Cooperação de Maneira Sustentável Profa.Dra. Ronalda Barreto...
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Pelo Direito de Produzir e Viver em Cooperação de Maneira Sustentável
Profa.Dra. Ronalda Barreto SilvaProfa.Dra. Ronalda Barreto Silva Universidade do Estado da Bahia - UNEB do Estado da Bahia - UNEB
Profa.Dra. Ronalda Barreto SilvaProfa.Dra. Ronalda Barreto Silva Universidade do Estado da Bahia - UNEB do Estado da Bahia - UNEB
Atividades EconômicasOrganizações
Solidárias
• Produção de bens
• Prestação de serviços
• Finanças solidárias
• Comércio justo
• Consumo solidário
• Cooperativas
• Associações
• Empresas de
autogestão
• Grupos solidários
• Redes solidárias
• Clubes de trocas,
• Bancos Comunitários.
Economia SolidáriaEconomia Solidária
393 1561
7413
12221
2% 7% 34% 57%
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
Até 1979 1980 a 1989 1990 a 1999 2000 a 2007
Recente Expansão da Recente Expansão da Economia Solidária no Brasil:Economia Solidária no Brasil:
2.934 municipios (52% dos municípios brasileiros).
12 %12 %
43,5 %43,5 %
10 %10 %
18 %18 %
16,5%16,5%
21.859 EES21.859 EES
1.687.035 Participantes
63% Homens
37% Mulheres
Área de Atuação:
48% Rurais
35% Urbanas
17% Rurais/Urbanas
1 - Alternativa ao desemprego (46%) 2 - Complemento de renda (44%)3 - Melhores ganhos com ação associativa (36%)4 - Possibilidade de gestão coletiva (27%)5 – Condição para acesso a crédito (25%)
PRINCIPAIS MOTIVOS DE CRIAÇÃO DOS EESPRINCIPAIS MOTIVOS DE CRIAÇÃO DOS EES
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DOS EESFORMAS DE ORGANIZAÇÃO DOS EES
Associações Informais Cooperativas Outras
52% 36,5% 10% 1,5%
ATIVIDADES ECONÔMICASATIVIDADES ECONÔMICAS
PRODUTOS AGRUPADOS POR TIPO DE ATIVIDADE % EES
AGROPECUÁRIA, EXTRATIVISMO E PESCA 41%
ALIMENTOS E BEBIDAS 17%
ARTEFATOS ARTESANAIS 17%
TÊXTIL E CONFECÇÕES 10%
SERVIÇOS (DIVERSOS) 7%
ATIVIDADES INDUSTRIAIS (DIVERSAS) 2%
COLETA E RECICLAGEM DE MATERIAIS 2%
FITOTERÁPICOS, LIMPEZA E HIGIENE 2%
CRÉDITO E FINANÇAS SOLIDÁRIAS 1%
OUTROS (PRODUÇÃO E SERVIÇOS) 1%
TOTAL 100%
AUTOGESTÃO AUTOGESTÃO
CARACTERÍSTICAS DOS EES %
Participação nas decisões cotidianas do EES 66
Periodicidade de assembléia mensal 62
Prestação de contas em assembléia geral 61
Eleição direta dos dirigentes 60
Facilidade de acesso a registros e informações 60
Coletivo de sócios(as) definem destino das sobras e uso de fundos
49
Plano de trabalho definido em Assembléia 42
INICIATIVAS %
Preço facilita o acesso de consumidores(as) 52
Produtos orgânicos sem agrotóxicos 41
Informações dos produtos 40
Promoção do consumo ético e responsável 34
Qualidade do produto ou serviço 23
COMPROMISSO COM OS CONSUMIDORESCOMPROMISSO COM OS CONSUMIDORES
“Consumo consciente, solidário e responsável”
DESAFIOSDESAFIOS
DIFICULDADES %
Não tem capital de giro 33
Logística: estradas, armazéns etc. 29
Não consegue quantidade suficiente de clientes 24
Manter o fornecimento (escala e regularidade) 18
Preço do produto é inadequado (baixo) 15
Falta registro legal para comercialização 14
Não consegue realizar vendas a prazo 14
PRINCIPAIS DIFICULDADES NA COMERCIALIZAÇÃOPRINCIPAIS DIFICULDADES NA COMERCIALIZAÇÃO
Novos Paradigmas de Desenvolvimento
Sustentabilidade
• Reconhecimento da unidade da vida na terra
• Equilíbrio entre as dimensões: ambiental, social, cultural, política e econômica.
Solidariedade
• Inclusão nos benefícios do desenvolvimento como cidadania.
• Cooperação e autogestão: responsabilidade coletiva e compartilhada
• Respeito às diversidades e superação das desigualdades....
Territorialidade
• Projeto nacional a partir de estratégias territoriais de desenvolvimento, com identidades, limites e soluções partilhadas entre Estado e sociedade
Felicidade Interna Bruta - FIB
Bem Viver
• Principal não é a “quantidade” de bens, mas em que contribuem para o bem viver.• Desenvolvimento: processo
de mudanças qualitativas.• Indicadores:
Reconhecimento social e cultural
Códigos éticos e espirituais de conduta
Relação com a natureza Valores humanos Possibilidade de futuro
Novos indicadores de desenvolvimento
• A economia a serviço do Bem Estar da população.• Objetivo: construir uma
sociedade colaborativa, solidária e sustentável.• Indicadores:
Bem estar psicológico Bem estar ecológico Padrão de vida: saúde,
educação, cultura, uso do tempo
Vitalidade comunitária Boa governança
A ECONOMIA SOLIDÁRIA A ECONOMIA SOLIDÁRIA COMO ESTRATÉGIA DE COMO ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO
COMPROMISSO
AMBIENTAL
COMPROMISSO SOCIAL E
POLÍTICO
Práticas fundadas em relações éticas de solidariedade entre as pessoas e com a natureza
• SISTEMAS PRODUTIVOS SUSTENTÁVEIS: estratégias criativas de organização do trabalho e de relação da atividade produtiva com a natureza, garantindo a produção de bens e serviços para atender as necessidades da população;
• CONSUMO ÉTICO, CONSCIENTE E RESPONSÁVEL: considera os impactos sociais e ambientais na produção de bens e serviços, contribuindo para mudança na cultura contemporânea do consumismo;
• SISTEMA FINANCEIRO SOLIDÁRIO: não especulativo, direcionado para dinamização das economias locais, autogestionárias;
• REDUÇÃO DAS DISPARIDADES DE RENDA E DE RIQUEZA: propriedade coletiva e social e gestão compartilhada dos meios de produção e partilha dos resultados da atividade econômica...
Acúmulos e contribuições da Economia Solidária
• VALORIZAÇÃO SOCIAL DO TRABALHO HUMANO: superação da subalternidade do trabalho em relação ao capital, desenvolvendo capacidades dos trabalhadores/as como sujeitos ativos da atividade econômica e promovendo a justiça social com distribuição de renda;
• RECONHECIMENTO DA MULHER E DO FEMININO NUMA ECONOMIA FUNDADA NA SOLIDARIEDADE: participação ativa das mulheres em espaços de direção de empreendimentos autogestionários e valorização do trabalho reprodutivo ao lado do trabalho produtivo;
• VALORIZAÇÃO E INCLUSÃO DE TODAS AS PESSOAS NO DESENVOLVIMENTO: contra todas as formas de preconceito e de discriminação por cor da pele, sexo, idade, etnia, cultura, religião, orientação sexual ou pela condição física, psíquica ou econômica.
Acúmulos e contribuições da Economia Solidária
POLÍTICAS PÚBLICAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE ECONOMIA SOLIDÁRIAECONOMIA SOLIDÁRIA
É parte da construção de um Estado Republicano e Democrático que reconhece a existência de sujeitos sociais historicamente organizados, porém excluídos;
Um direito de cidadania, de acesso a novas formas de produção, reprodução e distribuição social;
Possibilitar o acesso a bens e recursos públicos para o desenvolvimento, tal qual permite a outros segmentos sociais.
Uma política de desenvolvimento sustentável, com participação democrática, comunitária e popular;
Não relegada às políticas de corte assistencial ou compensatório, e sim, integrada a estas, como alavanca emancipatória.
RECONHECIMENTO DO DIREITO DE PRODUZIR E VIVER EM COOPERAÇÃO DE MANEIRA SUSTENTÁVEL
• Fomento e incubação de empreendimentos econômicos solidários - EES;
• Infraestrutura para a organização, qualificação da produção, beneficiamento e agregação de valor aos produtos e serviços;
• Bases de serviços de apoio e assessoria tecnológica e organizativa para as iniciativas econômicas solidárias;
• Recuperação de empresas falidas em regime de autogestão.
FOMENTO E ASSESSORAMENTO TÉCNICO E ORGANIZATIVO
• Valorização do mercado local e territorial - produção e consumo;
• Acesso às compras governamentais de produtos e serviços da ES;
• Bases de Serviço de Apoio à Comercialização Solidária;
• Associações de Produtores e Consumidores (campo e cidade);
• Espaços de comercialização solidária: • Feiras populares de comercialização direta,
feiras agroecológicas etc.• Pontos fixos e centrais de comercialização
solidária.
COMÉRCIO JUSTO E SOLIDÁRIO CONSUMO ÉTICO E CONSCIENTE
• Formação sistemática e integral: cidadania, autogestão e viabilidade;
• Qualificação social e profissional apropriada às características e demandas locais e territoriais;
• Elevação da escolaridade de trabalhadores/as (da alfabetização ao ensino superior);
• Inserção das práticas, princípios e valores da Economia Solidária no ensino formal;
• Desenvolvimento e disseminação de tecnologias sociais.
FORMAÇÃO, CONHECIMENTOS E TECNOLOGIAS SOCIAIS
• Crédito produtivo orientado e apropriado às características, diversidades e necessidades da Economia Solidária;
• Fundos Públicos de financiamento do Desenvolvimento da Economia Solidária;
• Apoio e assessoria na constituição e fortalecimento de organizações de finanças solidárias: – Bancos comunitários;– Fundos solidários;– Cooperativas de crédito.
CRÉDITO E FINANÇAS SOLIDÁRIAS
• “Ela aproveita a mudança nas relações de produção provocada pelo grande capital para lançar os alicerces de novas formas de organização da produção, à base de uma lógica oposta àquela que rege o mercado capitalista.” (SINGER, 2002, p.27)