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SECRETARIA DO EMPREGO E RELAÇÕES DO TRABALHO
P R O G R A M A
CENTRO EXPERIMENTAL PÚBLICO DEFORMAÇÃO PROFISSIONAL
CENTRO EXPERIMENTAL PÚBLICO DEFORMAÇÃO PROFISSIONAL
FORMAÇÃO DO PEDREIRO PLENOFORMAÇÃO DO PEDREIRO PLENO
�Aprendendo A Aprender� �Aprendendo A Aprender�
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CENTRO EXPERIMENTAL PÚBLICO DEFORMAÇÃO PROFISSIONAL
FORMAÇÃO DO PEDREIRO PLENOMódulo I - Assentador de Blocos e Tijolos
Módulo II - Revestidor de Paredes
Módulo III - Assentador de Placas Cerâmicas
e
Domínio Básico em Construção Civil(Para Mutirão)
SÃO PAULO
DEZEMBRO/2000
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Ilustrações: Pedro Trench Villas Bôas Concone
Projeto e Produção Gráfica: Páginas & Letras - Editora e Gráfica Ltda. - Fones: (11) 608-2461 - 6694-3449
Tiragem: 1.000 exemplares
SECRETARIA DO EMPREGO E RELAÇÕES DO TRABALHOAv. Angélica, 2.582 - Cerqueira César - CEP 01228-200 - São Paulo
PABX: (11) 3311-1000 - FAX: (11) 3311-1140www.emprego.sp.gov.brE-mail do Programa �Aprendendo A Aprender �: [email protected]
CENTRO PÚBLICO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE VILA FORMOSARua Bactória, 38 - Vila Formosa - CEP 03472-100 - São PauloFone: (11) 6101-3764 - FAX: (11) 6101-3755E-mail: [email protected]
CENTRO PÚBLICO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE TUPÃ �RAUL DE MELLO SENRA�Rua 15 de Novembro, 52 - Vila Independência � CEP 17605-350 - TupãFone: (14) 442-5877- FAX: (14) 442-5877E-mail: [email protected]
FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA UNESPAv. Rio Branco, 1210 - Campos Elíseos - CEP 01206-904 - São PauloFone: (0XX11) 223-7088E-mail: [email protected]
Distribuição gratuita e reprodução autorizada, desde que citada a fonte.
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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOMÁRIO COVAS
Governador
SECRETARIA DO EMPREGO E RELAÇÕES DO TRABALHOWalter Barelli
Secretário
José Luiz RiccaSecretário Adjunto
Marcos de Andrade Távora
Chefe de Gabinete
João Barizon SobrinhoCoordenador de Políticas de Emprego e Renda
Pedro Fernando GouveiaCoordenador de Políticas de Relações do Trabalho
Dirceu HuertasCoordenador de Operações
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P R O G R A M A
José Luiz Ricca Coordenador do ProgramaPaulo de Tarso Carletti Consultor
Projeto Centro ExperimentalPúblico de Formação Profissional
Anne Caroline Posthuma Coordenadora Técnica do Conselho de ImplantaçãoVânia Gomes Soares Coordenadora Técnica/SERT
Milena Benedicto Assistente Técnica
Francisco Aparecido Cordão ConsultorElisangela Batista da Silva Estagiária
Projeto Habilidades Básicas e EspecíficasHugo Capucci Júnior Coordenador Técnico do Conselho de Implantação
Maíra de Passos e Carvalho Chade Coordenadora Técnica/SERTDeisi Romano Assistente Pedagógico
Alessandro Mosqueira Garcia Auxiliar TécnicoMaria Regina Prado Consultora
Jane Kelly Oliveira Silva Estagiária
Projeto Observatório Permanente deSituações de Emprego e Formação Profissional
Suzana Sochaczewski Coordenadora Técnica do Conselho de ImplantaçãoAlexandre Jorge Loloian Coordenador Técnico/SERT
Sérgio Augusto Bianchini Assistente TécnicoLuis Augusto Ribeiro da Costa Assistente Técnico
Marcos de Carvalho Dias Assistente Técnico
�Aprendendo A Aprender� �Aprendendo A Aprender�
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Centro Experimental Público de FormaçãoProfissional de Vila Formosa
Claúdia Lessa Coordenadora ExecutivaLéo Pedro Birk Técnico Comunitário
Márcia Marino Villa Hutterer Técnica Pedagógica (Secretaria da Educação)Maria Isabel Cardoso Ferreira Técnica Pedagógica
José Paulo Martins Técnico PedagógicoClaudson Fernandes Patrício Auxiliar Técnico
Jordânia de Brito EstagiáriaLilian Tavares Dias Estagiária
Regina Célia do Rego Estagiária
Centro Experimental Público de FormaçãoProfissional de Tupã �Raul de Mello Senra�
Sérgio Geraldo Seiscentos Coordenador ExecutivoEnedina Thereza Ramos da Luz Técnica Pedagógica
João Martinez Auxiliar Administrativo Joaquim Carlos de Brito Auxiliar Administrativo
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PARTICIPANTES DO PROCESSO
DE IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA
Organização Internacional do TrabalhoMinistério do Trabalho e Emprego
Ministério da EducaçãoBNDES
CEETE Paula SouzaCEPAM
Escola Técnica Federal de São PauloFundação SEADEInstituto de Cooperativismo e Associativismo
Instituto de TerrasSINDUSCON
Secretaria do Governo e Gestão Estratégicado Estado de São Paulo
Força SindicalCUT
Central Geral dos TrabalhadoresDIEESE
Confederação Geral dos Trabalhadores do BrasilCAT
Social Democracia SindicalConselho de Escolas de Trabalhadores
CIEEFAESP/SENARFCESPFESESPFIESP/CIESPPNBE
SEBRAESENACSENAISENATSESISecretaria da Educaçãodo Estado de São PauloSINFAVEA/ANFAVEAABIMAQ/SINDIMAQAPARHInstituto UNIEMPPUCUNICAMP/CESITUNITRABALHOUSP
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�Aprendendo A Aprender� �Aprendendo A Aprender�
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PARTICIPANTES DO PROJETO�HABILIDADES BÁSICAS E ESPECÍFICAS�
Secretaria da Educaçãodo Estado de São Paulo
CEETE Paula SouzaInstituto de Terras
FIA/USPPrefeitura Municipal de Diadema
APARHSESI
SEBRAESENAI
SENACCIEE
Reconstrução, Educação, Assessoria e Pesquisa
CUT/CNMDIEESESENARConselho de Escolas de TrabalhadoresConfederação Geral dos Trabalhadores do BrasilCentral Geral dos TrabalhadoresFundação Educacional do Município de AssisFIESPDiretoria Estadual do MECUniversidade Estadual Paulista/UNESPSINDUSCONABIMAQEscola Técnica Federal de São Paulo
PARTICIPANTES DO �CENTRO EXPERIMENTALPÚBLICO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL�
Secretaria da Educaçãodo Estado de São Paulo
APARHPrefeitura Municipal de Santo André
Instituto de Cooperativismo e AssociativismoCEPAMDIEESE
CUTConselho de Escolas de Trabalhadores
Confederação Geral dos Trabalhadores do BrasilCentral Geral dos Trabalhadores
ABTD
Secretaria do Governo e Gestão Estratégicado Estado de São PauloSENACSENAISENARSENATEscola Técnica FederalCEETE Paula SouzaPUC
UNICAMP/ CESITInstituto UNIEMPFundação Educacional do Município de Assis
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Associação de Mulheres do Jardim Colorado Associação Moradores do Jardim CamargoAssociação Moradores do Conjunto Habitacional Ieda e Adjacências
Associação Lírio do Itaim Sindicato dos Empregados no Comércio de São PauloAssociação Comunitária Vila Carrão Sindicato dos Trabalhadores de Processamento de
Sindicato dos Trabalhadores no Ramo da Construção Dados e Empregados de Empresas de ProcessamentoCivil, Montagens, Instalações e Afins de São Paulo de Dados do Estado de São Paulo - SINDPD
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas,Panificação, Confeitaria e Afins de São Paulo Farmacêuticas, Plásticos e Similares de São Paulo
Associação Internacional para o Desenvolvimento � Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias TêxteisAssindes SP do Estado de São Paulo
SENAC - Ação Comunitária Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas deETE Martin Luther King São Paulo � SEBRAE - Penha
Escola do SENAC do Tatuapé Sociedade Amigos da Vila AntonietaAdministração Regional Aricanduva � Vila Formosa E.P.S. Obra Social Dom Bosco
Escola do SENAI Orlando Laviero Ferraiuolo Sociedade dos Amigos do Jardim Vila FormosaCentro de Profissionalização do Adolescente � CPA Universidade São Judas Tadeu
Associação Treze de Junho Ambulatório Saúde MentalSociedade das Filhas de N. Sra. do Sagrado Coração Qualis USF Vicenti Fiuza Costa
Comunidade Menino Deus Rotary Club São Paulo - Vila FormosaSindicato dos Oficiais, Alfaiates, Costureiras Sindicato dos Trabalhadores Domésticos
e Trabalhadores nas Indústrias de do Município de São PauloConfecção de Roupas e Chapéus de Escola do SENAI Eng. Adriano José Marchini
Senhoras de São Paulo e Osasco Cooperativa UniserviceCentro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza Gazeta de Vila Formosa
Centro de Educação Estudos Pesquisas � CEEP Núcleo de Habit. Pop. Renascer das Mil MaravilhasETE Carlos de Campos Associação Afro-Brasileira de Educação Cultura
ETE José Rocha Mendes e Preservação da Vida � ABREVIDAComunidade Nossa Sra. do Amparo Micro Import � Cursos Profissionais S/C Ltda.
PARTICIPANTES DO CENTRO PÚBLICO DEFORMAÇÃO PROFISSIONAL DE VILA FORMOSA
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FORMAÇÃO DO PEDREIRO PLENOMódulo I - Assentador de Blocos e Tijolos
Módulo II - Revestidor de ParedesMódulo III - Assentador de Placas Cerâmicas
eDomínio Básico em Construção Civil
(Para Mutirão)
Coordenação
Projeto �Habilidades Básicas e Específicas� Hugo Capucci Júnior
Supervisão Vânia Gomes Soares
Sistematização Fernanda Maris Pinheiro Leal
Deisi RomanoMaria Aparecida Trench Villas Bôas
Apoio Pedagógico José Paulo Martins
Maria Isabel Cardoso FerreiraMárcia Marino Villa Hutterer (Secretaria da Educação)
Antônio Sebastião GaldeanoCélia de Fátima Carvalho
Maria Maude Barbosa
MÓDULO I - ASSENTADOR DE BLOCOS E TIJOLOSMÓDULO II - REVESTIMENTO DE PAREDES
Monitores Edison DesideriGisleine Jubilato
Rosana Garcia Bertachini
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Parcerias Comunidade Menino Deus
Francisco Alves Construtores Ltda.Núcleo da Habitação Popular Renascer das Mil Maravilhas
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI/TatuapéSindicato dos Trabalhadores no Ramo da Construção Civil,
Montagens, Instalações e Afins de São Paulo
MÓDULO III - ASSENTADOR DE PLACAS CERÂMICAS
Monitores
Andre PucciniElisabete Costa Dantas StrabeliFrancesco Antonio Cappo
Heloísa Helena Aragão e RamirezHilda Bento Rodrigues
José Carlos Rocha
Parcerias Associação de Mulheres do Jardim Colorado
Comunidade Menino DeusArgamassa Quartzolit Ltda.
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI/Tatuapé
DOMÍNIO BÁSICO EM CONSTRUÇÃO CIVIL (PARA MUTIRÃO)
Monitores Andre Puccini
Elisabete Costa Dantas StrabeliParcerias
Movimento de Moradia Paulista - MOMPADepósito de Material de Construção Águia de HaiaComunidade Kolping São Francisco - Guaianazes
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Apresentação�Não fosse o mundo inteiro uma grande obraum canteiro em constante construção...�
Armando de Freitas
Tradicionalmente, a Indústria da Construção sempre foi agrande empregadora da mão-de-obra sem qualificação � o chamado �peão-de-obra�.
Em face das profundas transformações ocorridas no mundo
do trabalho, as exigências para o trabalhador da construção foram se tornando maiores e a busca de novas relações de trabalho mais justas, assim como um novo perfil de profissional, mais qualificado,polivalente, mais consciente de seus direitos de cidadão, passou aser uma necessidade imperiosa.
Nada mais natural, portanto, que o Centro Público de
Formação Profissional voltasse o seu foco para essa área na tentativade construir, coletivamente, algo que possa instrumentalizar e capacitar o trabalhador-cidadão.
Ao procurar antecipar e ajustar a educação profissional auma demanda emergente, estão sendo cumpridos, mais uma vez,os objetivos do Programa �Aprendendo A Aprender� e, através desta publicação, disponibilizando aos demais parceiros estaconstrução conjunta.
Walter Barelli Secretário do Emprego e Relações do Trabalho
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SumárioAPRESENTAÇÃO ............................................................................................ XV
INTRODUÇÃO .............................................................................................. 19
MÓDULO I - ASSENTADOR DE BLOCOS E TIJOLOS ................................... 25
HABILIDADES BÁSICAS ................................................................................. 29
HABILIDADES ESPECÍFICAS .......................................................................... 37
HABILIDADES DE GESTÃO ........................................................................... 43
MÓDULO II - REVESTIDOR DE PAREDES ..................................................... 47HABILIDADES BÁSICAS ................................................................................. 51
HABILIDADES ESPECÍFICAS .......................................................................... 55
HABILIDADES DE GESTÃO ........................................................................... 61
MÓDULO III - ASSENTADOR DE PLACAS CERÂMICAS ............................... 65
HABILIDADES BÁSICAS ................................................................................. 69
HABILIDADES ESPECÍFICAS .......................................................................... 77
HABILIDADES DE GESTÃO ........................................................................... 83
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 89
DOMÍNIO BÁSICO EM CONSTRUÇÃO CIVIL (PARA MUTIRÃO) ................ 93
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 99
ANEXOS ......................................................................................................... 101
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O operário em construção
�Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão;
1 Moraes, Vinícius de. O Operário em Construção. Obra poética. P.386 a 387
Introdução
Não sabia, por exemplo,
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão� 1
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INTRODUÇÃO
Cerca de 600.000 anos separam-nos dosprimeiros homens que habitavam aTerra. O Australopiteco (o Piteco, hojerecriado magistralmente pela pena deMaurício de Sousa) utilizava osinstrumentos que a natureza colocavaao seu alcance � pedras, bastões ouossos longos de animais; como abrigo,usava as cavernas, que enfeitava compinturas de animais (pintura rupestre).Quando o clima tornou-se rigoroso e as
geleiras cobriam extensas regiões, ohomem já se encontrava melhorequipado para sobreviver. Além de criarnovos instrumentos como a lança,entendeu que a vida em grupo garantia-lhe a sobrevivência. Em grupo caçava ecom as peles, vestia-se e construíaabrigos; perdendo o medo, domesticavaos animais.
Quando o clima tornou-se mais quente� por volta de 10.000 a.c, os valestornaram-se férteis e o homem,acostumado a viver em grupo epossuidor de rebanhos, começou aconstruir (de novo em grupo) habitaçõessólidas e duráveis nas margens e vales
dos rios, formando aldeias.Estava inventado o mutirão.
Como observa-se neste breve relato dahistória da humanidade, a moradiaevoluiu na medida da evolução dohomem, porque este, por sua própriafragilidade, não pode prescindir doabrigo, da segurança de �quatroparedes�.
Por toda a História, as camadas maisoprimidas da sociedade foram asresponsáveis pela construção das
cidades: primeiro, em sistema deescravidão; depois, como dizia o poeta:�operário em construção�.
E, assim, como a demanda da área daconstrução civil é, por tradição,preenchida pelas classes menosfavorecidas, esse aprendizado sempre sedeu no próprio canteiro de obras,
obedecendo a um sistema mais oumenos hierárquico.
JUSTIFICATIVA
A opção pela organização de umitinerário formativo voltado para a áreada construção civil, visando à formaçãodo pedreiro pleno, nasceu da propostada comunidade que integra o Conselhode Compromisso do Centro Público deFormação Profissional de Vila Formosa.
20
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INTRODUÇÃO 21
Baseia-se no Mapa de Competênciasdesenvolvido pelo Comitê Técnico daConstrução Civil do Serviço Nacional deAprendizagem Industrial-SENAI/RJ(Anexo 3), cabendo ao pedreiro pleno:
�Executar serviços de elevação de paredes, utilizando bloco de concreto,cerâmicos e especiais, serviços de concretagem, revestimentos de pisos,paredes e teto em argamassa conforme
planejamento, projeto e documentos técnicos e científicos, de acordo com as normas técnicas e em condições de qualidade e segurança� , onde estãoelencadas as competências necessárias àperfeita realização das habilidadesespecíficas dos experimentos.
Os parceiros neles envolvidos
concluíram que é longo o caminho paraa formação do pedreiro pleno.Decidiram-se, então, que para atingir umbom nível, o itinerário formativo deveriaser estruturado, inicialmente, em trêsmódulos que contemplassem não apenasas habilidades específicas, mas tambémas habilidades básicas e de gestão,
contribuindo, assim, para a formaçãomais completa do aprendiz,instrumentando-o para interagir commaior desenvoltura no novo mundo dotrabalho.
Dessa forma, os três primeiros módulosconstituíram-se em:
• Módulo I � Assentador de Blocos eTijolos
• Módulo II � Revestidor de Paredes
• Módulo III � Assentador de PlacasCerâmicas
A proposta levou em consideração,também, a aspiração maior (e de difícilconsecução) das classes populares pelacasa própria.
Nas discussões que permearam aorganização dos experimentos, levou-seem consideração, em princípio, o fatode que, na maioria das vezes, a moradia
popular é erguida com grandedificuldade pelas próprias famílias, que,com raras exceções, levantam �umquarto�cozinha�, o suficiente para amudança e, aos poucos, conforme aseconomias, vão acrescentando outroscômodos à habitação.
Embora São Paulo seja a maior e a mais
populosa cidade do Brasil, o setorhabitacional corre na proporção inversaà demanda da casa própria.
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INTRODUÇÃO22
Face a essa crise habitacional, aquelesque conseguiram comprar seus�terreninhos�, organizam-se de formaassociativa para erguerem suasmoradias.
Buscando em suas raízes a palavra querepresentava a ajuda dos vizinhos numtrabalho agrícola (colheita, plantio,roçado), apelidaram o movimento demutirão.
Algumas organizações não-governamentais, sindicatos do setor e opróprio governo têm incentivado eprestado colaboração aos mutirões quese multiplicaram como solução à crisehabitacional.
Partindo desses pressupostos, foi
acrescentado aos três primeirosmódulos um quarto experimentodenominado:Domínio Básico emConstrução Civil,que teve comoobjetivo o aperfeiçoamento daconstrução de moradias populares emmutirão.
Outras questões levadas em conta naelaboração desses experimentos diziamrespeito ao desperdício causado pelotrabalho amador e à dificuldade que aspessoas enfrentam na aquisição domaterial de construção pordesconhecerem os mecanismos quepermitem avaliar as ofertas de mercado.
Outra consideração relevante é o fatode que a mão-de-obra da construção
civil é demandatária na região, mas,como todos os setores, tem se tornadocada vez mais exigente quanto ao perfildo cidadão trabalhador.
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A metodologia que norteou asatividades dos três módulos para aformação do Pedreiro Pleno teve, comoprincípio, os quatro pilares doconhecimento:aprender a conhecer,isto é, adquirir os instrumentos dacompreensão, aprender a fazer, paraagir no mundo envolvente, aprender aviver juntos, a fim de participar ecooperar com os outros e aprender aser, via essencial que integra as
precedentes. Estas quatro viasconstituem-se em apenas uma, dadoque existem entre elas múltiplos pontosde contato, de relacionamento e depermuta.
Os temas das habilidades básicas e degestão foram preparados de modo a�combinar� o mundo que rodeia os
participantes com os conhecimentosque permitam a compreensão melhordo ambiente em que atuam,favorecendo o despertar da curiosidadeintelectual e o sentido crítico. Aprenderpara conhecer supõe, antes de tudo,aprender a aprender, exercitando aatenção, a memória e o pensamento.
Para isso, o conteúdo foi trabalhado pormeio de diversas técnicas didáticas(jogos, dinâmicas de grupo, círculos dedebate e outros).
INTRODUÇÃO 23
MetodologiaAprender a conhecer eaprender a fazersão indissociáveis. Como ensinar osparticipantes a pôr em prática os seusconhecimentos e os que apreendeu(conteúdos)? Aprender a fazer,por estar ligada à formação profissionalassocia-se à complexidade crescentedas economias que apresentamespecialidades muito variadas na áreada construção civil (novos materiais,técnicas de aplicação etc).
A Lei de Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional � Lei 9.394/96 e o Decreto2.208/97 colocam a educação dentrode novas perspectivas e possibilitamnovas formas de atuação que atendam àflexibilidade exigida pelascaracterísticas e necessidades daspessoas, tornando-as aptas para atuarem
em novos contextos que considerem ainteração com a sociedade em geral ecom o sistema produtivo.
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INTRODUÇÃO
Nesse sentido, o experimento encontrarespaldo legal e inovou porque foiaplicada a metodologia da �pedagogiada alternância� em relação àshabilidades específicas. Isto significaque os participantes vivenciaram, deforma alternada, experiências deformação integradas com asexperiências no canteiro de obras.
A cooperação entre vários espaços de
aprendizagem assegurou, ainda, umaformação que conciliou aquisição decompetências inerentes ao exercício deuma profissão com o desenvolvimentopessoal e social do indivíduo.
Resta dizer que os membros doConselho Administrativo e o ApoioPedagógico do Centro Público de VilaFormosa esperam que o experimento,como foi pensado, tenha possibilitadoaos participantes o desenvolvimento dasensibilidade, do sentido estético, daresponsabilidade pessoal, dopensamento crítico e juízos de valor, demodo a levá-los à melhor tomada dedecisão nas diferentes situações da vida
e do trabalho. Enfim,aprender a ser.
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UM BOM COMEÇO 27
Formação
do PedreiroPleno
Módulo I
Assentador deBlocos e Tijolos
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MÓDULO I - ASSENTADOR DE BLOCOS E TIJOLOS26
- Propiciar, ao trabalhador, a aquisiçãode competências para executartrabalhos de alvenaria colocandoblocos ou tijolos em camadassuperpostas, rejuntando-os eassentando-os com argamassa, paraedificar muros, paredes e outras obras.
- otimizar condições para o exercício dotrabalho de forma crítica e cidadã.
a) PÚBLICO ALVO:- moradores da zona Leste da cidadede São Paulo;
- ambos os sexos;
- acima dos 18 anos;
- escolaridade equivalente ao nívelfundamental
- preferencialmente desempregados(com maior número dedependentes)
b) PERÍODO DE INSCRIÇÃOde 26/07 a 20/08/1999
c) SELEÇÃO
de 23 a 27/08/1999
Objetivo geral d) DIVULGAÇÃO DA SELEÇÃO
30/08/1999
e) NÚMERO DE VAGAS
duas turmas de 25 participantes,com 20% de mulheres inscritas
f) CARGA HORÁRIA TOTAL:100 HORAS
- habilidades básicas: 30 h
- habilidades específicas: 40 h- habilidades de gestão: 30 h
g) REALIZAÇÃO
de 01/9 a 07/10/1999
h) PARCERIAS
- Comunidade Menino Deus;- Francisco Alves Construtores Ltda.;
- Núcleo da Habitação PopularRenascer das Mil Maravilhas;
- Serviço Nacional deAprendizagem Industrial � SENAI / Tatuapé;
- Sindicato dos Trabalhadores noramo da Construção Civil,Montagens, Instalações e Afins deSão Paulo.
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MÓDULO I - ASSENTADOR DE BLOCOS E TIJOLOS 27
Na aula inaugural, a equipe de ApoioPedagógico apresentou, aosparticipantes, o Centro Público de VilaFormosa como um espaço aberto dequalificação de jovens e adultosempregados, desempregados oucandidatos ao primeiro emprego, quefunciona também como posto deinformações e ponto de encontro entretrabalhadores e empresários. Por ser umespaço aberto, é um Centro difusor de
novas iniciativas no campo daeducação e da formação profissional,portanto, como um CentroExperimental, estruturado de maneiraque a comunidade do entorno seconstitui no Conselho Gestor dasatividades programadas.
Em continuidade, foi explicada a
organização do experimento emHabilidades Básicas, Específicas eGestão que juntas têm como missão odesenvolvimento integral � humano,profissional e social dos aprendizes.
Os primeiros
passos...
Também foram dadas informaçõesgerais sobre o comportamento esperadodos participantes (atrasos, faltas,vestuário) e, por fim, promoveu-se aapresentação e integração entre osparticipantes e os monitores das trêshabilidades que nortearam oexperimento. Nessa mesma ocasião,foram tomadas as medidas dosparticipantes para que seprovidenciassem os equipamentos
necessários para o trabalho no canteirode obras, tais como botas, capacetes,luvas e outros. Foi um momento dealegria e expectativa por parte dosaprendizes.
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ENTREVISTA30
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ENTREVISTA 31
Habilidades
Básicas
�Ah, homens de pensamento Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário Soube naquele momento! Naquele casa vazia
Que ele mesmo levantaraUm mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.O operário emocionado Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário De operário em construção
E olhando bem para elaTeve num segundo a impressão De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela
Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário Que, tal sua construção
Cresceu em alto e profundo Em largo e no coração
E como tudo que cresce Ele não cresceu em vão Pois além do que sabia
Exercer a profissão O operário adquiriu Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.� 2
2 Moraes, Vinícius de . O operário em Construção Obra Poética, p.388
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OBJETIVO
- Reconhecer a importância da
comunicação nas relaçõesinterpessoais e no ambiente detrabalho;
- Desenvolver as capacidades decomunicação em diferenteslinguagens;
- Desenvolver a capacidade de realizarestimativas e cálculos aproximados e
utilizá-los na verificação deresultados de operaçõesmatemáticas;
- Conhecer e utilizaradequadamente as unidades detempo, distância, líqüidos e medidas
de peso;- Pensar de forma criativa,raciocinar, tomar decisões, resolversituações-problema, aprender aaprender. Tomar contato complantas baixas e aprender ainterpretá-las;
- Conhecer e utilizaradequadamente o computadorcomo ferramenta de trabalho.
HABILIDADES BÁSICAS30
CONTEÚDOS
§ O processo da comunicação: falar,
ouvir, ler e escrever;§ Os fatores facilitadores e
dificultadores da comunicação;
§ As linguagens não-verbais;
§ O desenvolvimento do raciocíniológico;
§ As quatro operações básicas da
matemática;§ Unidades de medidas;
§ A solução de situações-problema;
§ A leitura e o entendimento de plantasbaixas;
§ Noções básicas de informática.
TÉCNICAS DIDÁTICASAs atividades em Habilidades Básicasforam desenvolvidas de maneira que osaprendizes adquirissem a percepção daimportância da linguagem oral e escritano desempenho profissional e nosrelacionamentos interpessoais, aadequação das variedades da língua às
diferentes situações de comunicação,durante uma entrevista, em situações detrabalho, com os amigos, em casa;quando devem optar pelo uso coloquial
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e pela norma culta, gíria ou linguagemafetiva.
Os conteúdos das Habilidades Básicasforam permeados de técnicas didáticascom a finalidade de tornar as atividadesmais atraentes, promover descontraçãoentre os aprendizes e entre aprendizes emonitor e possibilitar a construção denovos conhecimentos.
DINÂMICAS
A vivência de dinâmicas como �Cosme e
Damião�, o �Telefone sem Fio�, a leiturae a escrita de notícias e comunicados,procurou demonstrar, de maneiraagradável e interessante, a importânciada comunicação e como ela podecontribuir para que possamos conhecermelhor as pessoas ou como podedistorcer o significado de uma simplesfrase, se não for clara e objetiva.
1) FALAR...
Estratégia: Representação dialogada
Escolher dois casais e entregar a cadapar um pequeno texto. Após um rápidoensaio, o seguinte quadro deverá serapresentado ao grupo:
Primeiro casal
(homem) � Oi muié. Vamo prepara ajanta?
(mulher) � Lava a arface que eu corto as
batata. Ocê têve no Centro Pubrico?(homem) � Foi eu mais o Luís para sabedos curso.
O Processo daComunicação:Falar, Ouvir,
Ler e Escrever:
Segundo casal
(homem) � Oi mulher. Vamos preparar ojantar?
(mulher) � Lave a alface que eu corto as
batatas. Você esteve no Centro Público?(homem) � Eu fui com o Luís para sabersobre os cursos.
A partir dessa encenação, os aprendizesforam levados a observar os diferentesníveis de linguagem e o significadosocial que é dado a cada um deles.
31HABILIDADES BÁSICAS
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HABILIDADES BÁSICAS
Foram instados, também, a perceberque em comunicação não existempropriamente o �certo� e o �errado�,
mas sim o �adequado� e o�inadequado�, dependendo da situaçãosocial em que o diálogo se realiza.
Há, pois, vários níveis de linguagem.Através deles é possível também saber aque condição social a pessoa pertenceou se é jovem ou adulta.
A linguagem é, portanto, o conjunto derecursos de comunicação mais usadopelo homem.
Por outro lado, muitos países têm umalíngua em comum. Inglaterra, EstadosUnidos e Austrália falam inglês, mascada país imprime seu próprio �jeito de
falar� à língua-mãe. Portugal e Brasilfalam a mesma língua, mas o portuguêsfalado no Brasil é muito diferente dofalado em Portugal. No Brasil existemvários �jeitos de falar�. Pela fala,podemos identificar de que região apessoa vem: do nordeste, do sul, docentro-oeste.
2) OUVIR...
Uma canção popular ouvida com os
olhos fechados foi estímulo usado paraque o grupo discutisse a importância dosaber ouvir.
Alguns conceitos foram trabalhados arespeito dessa forma de comunicação,como por exemplo:
- O que é ser um bom ouvinte;
- As dificuldades que temos para ouvire lembrar o que ouvimos;
- A dificuldade em prestar atenção,evitando interrupções;
- A preocupação em responder semantes ouvir com atenção quem estáfalando;
- Fazer perguntas adequadas paraentender melhor;
- Demonstrar respeito e interesse pelodiálogo etc.
A partir dessa ação pedagógica, omonitor encaminhou a discussão para aimportância do saber ouvir e falar numa
situação de entrevista, ao buscar umtrabalho, negociar um orçamento etc.
32
Á
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3) LER...
Nas atividades ligadas à leitura foram
usados textos contextualizados,retirados de jornais e revistas ou mesmode livros, tendo o monitor comentadoque o ser humano pode ler, seja parainterpretar os símbolos (escrita) paraaprender mais, para tomarconhecimento do mundo ou paraanalisar os acontecimentos.
Lembrou, ainda, que a leitura pode seroral e silenciosa. Quando estamosnuma condução ou paramos para ler asmanchetes dos jornais numa banca,estamos praticando a leitura silenciosa.Seria muito engraçado se, no cinema,todos lessem a legenda de filmes emvoz alta. Mas existem várias situações
que exigem a leitura oral, como lerhistórias para crianças, um discursopara um público, atas em reuniões,relatórios, comunicados no ambiente detrabalho, instruções, ordens, avisos etc.Mesmo no canteiro de obras pode-se ternecessidade de ler em voz alta. Pediuentão que o grupo citasse outrosexemplos.
HABILIDADES BÁSICAS
Durante o experimento, os aprendizesexercitaram-se também em técnicas deleitura, de forma a perceberem as
diferentes situações em que se usa umaou outra forma de leitura e comomelhorá-las.
1. Como melhorar a leitura oral:
• Fazer leitura em voz alta;
• Utilizar uma caneta pressionada pelosdentes, prendendo as bochechas e alíngua. Após esse treino, haverá maiorfluência da leitura em voz alta;
• Ler segmentos do texto com diferentesentonações, percebendo a diferença,às vezes, de sentido.
2. Como melhorar a leitura silenciosa:
•
Fazer leitura evitando ler sílaba porsílaba, lendo trechos mais extensos dotexto, por exemplo, parágrafos quetenham sentido completo;
• Evitar o movimento dos lábios e oacompanhamento da leitura com omovimento da cabeça para um eoutro lado;
• Evitar acompanhar a leitura com arégua ou com o dedo.
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HABILIDADES BÁSICAS
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HABILIDADES BÁSICAS
4) ESCREVER...
Façam de conta que amanhã vocês não
poderão comparecer ao trabalho. Entãodevem escrever um bilhete para seuchefe, avisando-o de sua ausência ejustificando sua falta.
Mas o que é um bilhete?
E como se escreve um bilhete?
O bilhete é uma mensagem curta, umrecado escrito que enviamos oudeixamos para alguém.
Dessa forma, o monitor iniciou asatividades de linguagem escrita com ogrupo. E foi mais além. Analisou com osaprendizes os bilhetes que elesescreveram, mostrando que quandosabemos o quê e para quem escrever,fazemos com mais facilidade. Assim,devemos prestar atenção às perguntasque nos orientam a escrever o bilhete:
Quem? (isto é: para quem é o bilhete)
O quê? ( o assunto)
O final (despedida)Assinatura
Data
As técnicas para desenvolver ashabilidades em linguagem escritaevoluíram, motivadas por
questionamentos como:
Vocês já tiveram oportunidade deescrever uma carta para alguém?O que fizeram para lidar com essasituação? Tentaram escrever sozinhos oupediram ajuda para alguém?
E assim os aprendizes foramestimulados a escrever uma carta, apartir das seguintes perguntas:
- Como vou começar a carta?
- O que quero saber?
- O que quero contar?
- Como vou acabar?
- O que vou escrever no envelope?
As atividades em linguagem escritaforam associadas à linguagem oral coma proposta de leitura das cartas escritaspelo grupo.
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Lidar com números geralmente se dánuma situação problemática.
Até para arriscarmos na loteca nosvemos diante de um problema: quenúmeros assinalar? quanto posso gastar?
E no trabalho?
Temos que medir, comparar, calcularárea, quantidade de argamassa, váriasquantidades de tijolos e até mesmo
relacionar o nosso salário, com as horastrabalhadas, o tempo e dinheiro com ashoras trabalhadas, o tempo (horastrabalhadas) e dinheiro, o tempo edinheiro gasto em condução etc. Tudoenvolve números e contas.
A essa constatação foram levados os
�peões�, dentre eles as mulheres quecompunham o grupo.
Assim, vários tipos de problemas,envolvendo situações cotidianas e detrabalho, foram sendo resolvidos pelosaprendizes, individualmente ou emgrupo, sob a orientação dos monitoresem vários locais de aprendizagem,
principalmente no canteiro de obras.
HABILIDADES BÁSICAS 35
Lidando com os
números...
É importante ainda registrar a exploraçãode situações de cálculo mental semregistro escrito e sem utilização de
instrumentos, muito embora o uso dacalculadora fosse incentivado em outrasocasiões.
Foram bastante exploradas as quatrooperações fundamentais e sua função nocálculo, isto é, a idéia de soma/subtraçãoe multiplicação/divisão como operaçõesinversas.
A leitura e o entendimento de plantasbaixas de construção também foramexplorados durante o experimento e,utilizando os classificados de jornais erevistas, calcularam preços de materiaisde construção.
Na seqüência, mais uma atividade foidesenvolvida: o Jornal da Construção,com o objetivo de reforçar váriashabilidades de leitura. O monitor utilizoucomo recurso didático jornais e revistasdo Centro Público, que foram distribuídosentre os participantes. Divididos emgrupos, discutiram a organização de umjornal, diferenciaram as manchetes dos
títulos e compararam o enfoque dado àmesma notícia nos diversos periódicos,identificando assim sua �linha editorial�.
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HABILIDADES BÁSICAS36
Após resumirem algumas notícias ecriarem outras, cada grupo editou a suaversão do Jornal da Construção.
É de suma importância destacar arelação das �manchetes� selecionadaspelos grupos, com os conteúdos doExperimento. Alguns exemplos:
E foi um grupo motivadíssimo que sesentou diante de um computador pelaprimeira vez: o contato com o �mouse�,
o teclado, o �nome� escrito no Word, ofascínio pela tecnologia. Muitas das�notícias� do Jornal da Construçãoforam editadas em meio a um titubeante�teclar�.
Também foram trabalhadas práticas dehigiene corporal em casa e no trabalho,sendo sempre frisado que a aparência(roupa limpa, cabelo penteado) tambémfaz a diferença na concorrência poruma vaga na construção civil.
O engenheiro Robert Wilsondesenvolveuuma nova técnicapara redução de preço e tempo
Segurança e Saúde noTrabalho: Uma questãode cidadania
Cuidados com os
equipamentos deproteção individualna Construção Civil
Dicas paraquem quer
construir
Guindastemata mulher
na paulista
Economia da obra
começa pela estrutura
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HABILIDADES BÁSICAS 39
Habilidades
Específicas
�... Mas ele desconheciaEsse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisaE a coisa faz o operário.De forma que, certo diaÀ mesa, ao cortar o pão O operário foi tomado De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado Que tudo naquela mesa
- Garrafa, prato, facão - Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,Um operário em construção
Olhou em torno: gamelaBanco, enxerga, caldeirão
Vidro, Parede, janelaCasa, Cidade, nação!
Tudo, tudo o que existiaEra ele quem o fazia
Ele, um humilde operário Um operário que sabiaExercer a profissão� 3
3 Moraes, Vinícius de . O operário em Construção Obra Poética. p.388
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HABILIDADES ESPECÍFICAS38
OBJETIVO
Oferecer aos participantes condições de
identificar e utilizar corretamenteferramentas e equipamentos nas práticasde assentamento de blocos e tijolos.
TÉCNICAS DIDÁTICAS
Como as atividades de HabilidadesEspecíficas foram realizadas no canteirode obras, as estratégias constituíram-se
na demonstração de utilização deequipamentos, exposição dialogada epráticas individuais.
CONTEÚDO
§ Assentamento de tijolos comuns,blocos cerâmicos, concretos ecelulares
§ Tipos de argamassas: preparo eutilização
§ Tipos de sapatas, impermeabilização
§ Usos de prumo, nível e esquadro
§ Levantamento de alvenaria
As Habilidades Específicas,estreitamente ligadas ao trabalho e quedizem respeito ao saber�fazer e saber� ser, foram desenvolvidas no canteiro deobras, cedido por uma construtora daregião, onde os participantesplanejaram e executaram, sob aorientação do monitor, a fundação de
um galpão.
É importante ressaltar a integração entreas Habilidades Específicas e as deGestão no canteiro de obras, pois, acada ensinamento prático, o monitororientava os aprendizes para as normasde segurança, insistindo no uso deequipamentos de segurança individual eexplicando que em grandes obrasexistem equipamentos de proteçãocoletiva como a plataforma de proteção
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(bandejão e provisória), guarda-corpo,telas de proteção, corrimão, cancela eoutros.
Antes de iniciar as aulas práticas omonitor verificava se os aprendizesestavam com todos os equipamentos desegurança individual: botas, luvas,capacetes e óculos de proteção.
Depois de serem apresentados àsferramentas de trabalho � colher de
pedreiro, desempenadeira, enxada eoutras, os aprendizes iniciaram alimpeza do terreno para, em seguida,iniciarem o levantamento do galpão emalvenaria, utilizando blocos e tijolos evários tipos de argamassa.
Como alguns dos participantes já
possuíam alguma experiência anterior,estes ajudavam os demais permitindo aomonitor demonstrar a importância detrabalhar em equipe e ter atitudes desolidariedade.
No canteiro de obras, os participantesaprenderam a misturar a massa nasproporções certas de areia, cimento, cal
e água, e foram alertados para evitar odesperdício em qualquer etapa daconstrução no preparo da massa, na
quantidade de massa necessária àfixação dos tijolos, no corte preciso dosblocos e tijolos.
Foram dadas instruções sobre aqualidade dos produtos que compõem aargamassa.
Assim é que souberam ser a cal aprincipal constituinte de vários produtosutilizados na construção, mas que suaspropriedades ficam prejudicadas se a
mesma não for pura dentro das normasfixadas, ostentando na embalagem o selode �produto puro� dado pela AssociaçãoBrasileira dos Produtores de Cal.
Participantes com alguma experiênciaderam demonstração de testes práticospara verificar a pureza da cal, sendo um
deles referente à finura da mesma quepode ser percebida �a olho nu�, aopeneirá-la numa mistura com água.
A areia também deve ser de boaqualidade. Se misturada com água e estase tornar muito turva é provável que sejade má qualidade.
O cimento, em geral, sai da fábrica comqualidade obedecendo às normasestabelecidas.
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Esse produto ficando por muito tempoestocado pode empedrar com aumidade do ar, ficando sem sua força
cimentante. É bom verificar se aembalagem não se encontra danificadae, o produto conseqüentementedeteriorado.
COMO COMPRAR?
O monitor ilustrou este item fazendoum retrospecto histórico, lembrando
que desde os tempos dos faraósegípcios, a argamassa vem sendoutilizada para unir e revestir os blocosque formam as paredes e os muros dasconstruções.
Passaram, então, a discutir a proporçãodos elementos que a compõem. Por
exemplo: para cada 2 latas (de 18 litros)de cal hidratada, usa-se 1 de cimento e9 de areia. A água, chamada de �águade amassamento�, é posta de acordocom a prática, conforme o tijolo (maisporoso ou não) e a maior ou menor�corrida� desejada para a massa.
COMO MISTURAR OS MATERIAIS?
A mistura pode ser feita de formamanual na masseira ou na betoneiramecânica.
Nesse caso, ela foi feita na masseirarústica, com tábuas cercando um recintocom piso firme. Colocou-se a porção de
cal, embebida em água, �curando� oproduto.
No dia seguinte, foram misturados osdemais materiais: areia e cimento,colocando-se água até obter aconsistência adequada ao trabalho.
A proporção �traço� (traço mais
utilizado é: 1 parte de cimento, 3 ou 4partes de areia média lavada, com umconsumo médio de 3 l/m²) a ser usadapara as argamassas depende do localonde serão aplicadas, sendo que asparedes externas devem ser construídascom argamassa diferente daquela a serusada para erguer uma parede interna.
Todas essas noções foram adquiridas nopróprio �fazer�, sempre motivado pordiálogos, troca de experiências, acertose erros, tendo mesmo sido lembradas,durante a feitura da argamassa, asreceitas de bolo, principalmente porparte das aprendizes, que enfatizaram aqualidade dos materiais para um bom
resultado.
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LEVANTANDO PAREDES...
Tendo assimilado os conceitos básicos,
o grupo �botou a mão na massa�.Começaram fazendo as fundações,observando as condições do terreno,que devem ser cuidadosamenteanalisadas, pois elas é que vão darestabilidade e durabilidade àsconstruções.
Aí, então, tomaram contato com outrosmateriais: tijolos e blocos.
Trabalharam, basicamente, com blocos;alguns compactados, outros furados. Osprimeiros passos para o assentamentoforam dados, intercalando-se o trabalhopropriamente dito e a consulta aomaterial didático ilustrativo.
O monitor propôs que pesquisassem ostipos de tijolos e trouxessem o resultadopara apreciação do grupo. Assim,apareceram tijolos comuns, de vidro,blocos de concreto, de pedra e outros.
Aqueles que tinham conhecimento
anterior auxiliavam os demais,permitindo que o monitor aproveitasse aocasião para demostrar a importânciado trabalho em equipe, a atitude de
solidariedade e a importância daconstrução coletiva do conhecimento.
A primeira fiada de tijolos foi assentadapelos participantes, com auxílio donível de mangueira, tomando-se comoponto de referência para nivelamento asapata (fundação rasa geralmente deconcreto armado com a largura sendomaior que a altura), o baldrame (viga deconcreto armado que corre sobrefundações de qualquer tipo) ou umaparede já assentada. Continuaramassentando as fiadas seguintes sob oolhar atento do monitor, que alertavasobre a importância da �amarração�,e tinha o cuidado de revezar osparticipantespara que todostivessem a
oportunidadede �praticar aprofissão�.
Outro ponto aser destacado foia orientação dadapara o trato com as ferramentas,que após as horas de trabalho eram
lavadas e guardadas nas caixas,destinadas para este fim.
HABILIDADES ESPECÍFICAS42
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Foi explicado que graças à arrumação eà limpeza, as ferramentas têm maiordurabilidade e o trabalho �rende�, pois
é bem mais fácil encontrar tudo nodevido lugar na hora de recomeçar alida no dia seguinte.
E, assim, em meio à conscientizaçãodas atitudes acertadas no exercício doofício de pedreiro, o galpão foi-se
erguendo por meio do uso correto doprumo, do serrote, da desempenadeira,da precisão das amarrações, damarcação do nível, dos cortes dosblocos nos ângulos, da paredesubindo... reta, até o ponto de respaldo.
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Habilidades
de Gestão
�De fato, como podiaUm operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais que um pão? Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadriaQuanto ao pão, ele o comia...
Mas fosse comer tijolo! E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui Adiante um apartamento Além uma igreja, à frente Um quartel e uma prisão;
Prisão que sofreriaNão fosse, eventualmente
Um operário em construção� 4
4 Moraes, Vinícius de. O Operário em Construção. Obra Poética. p.386 a 387
HABILIDADES DE GESTÃO44
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OBJETIVO
Desenvolver hábitos adequados na
utilização dos equipamentos desegurança e outros conhecimentos quepossibilitem ao aprendiz organizar-seenquanto profissional da construçãocivil.
ESTRATÉGIAS
Além de dinâmicas de grupo, como
jogos e demonstrações individuais,painéis de discussão e colagens, amaioria das estratégias foram realizadasno próprio canteiro de obras através deexposições dialogadas entre monitor / aprendizes.
CONTEÚDO
•
Apresentação pessoal;• Gestão do próprio negócio;
• Trabalho em equipe;
• Cooperativas de trabalho;
• Elaboração do currículo;
• Conceitos de ética e cidadania;
• Segurança no trabalho.
Como já foi apontado, as atividades dasHabilidades de Gestão e Específicas
interligaram-se durante o experimento,principalmente no canteiro de obras,local ideal para reforçar os conteúdos
que qualificam um operário daconstrução civil.
Assim, o monitor, distribuindosabonetes e toalhas limpas, insistia naapresentação pessoal, que passa peloscuidados mais elementares de higiene,como lavar as mãos e o rosto antes dedirigir-se ao refeitório para o lanche.
Na maioria das vezes o operário daconstrução civil mora em barracõesconstruídos para abrigá-los na própriaobra, e a convivência com os colegasnem sempre é fácil. Uma das tarefas domonitor foi mostrar que a cordialidade ecooperação com os colegas torna a
vida, no canteiro de obras, muito maisagradável.
Os participantes receberam sempreorientação sobre os cuidados pessoais,como o banho após o trabalho,escovação de dentes após as refeições,cabelos lavados e penteados e roupaslimpas. Esses pequenos cuidados
facilitam o trabalhador na busca peloemprego e sua permanência nele,ajudam a mantê-lo saudável e facilitama convivência.
HABILIDADES DE GESTÃO 45
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Durante as aulas práticas, o monitortambém observava a maneira como osaprendizes trabalhavam e chamava a
atenção para a postura, lembrando-ossempre para dobrar os joelhos aolevantar pesos evitando, assim,problemas de coluna e advertindo-ospara os perigos que podem encontrardurante o trabalho.
Para evitar acidentes, os aprendizesusaram os equipamentos individuais desegurança (botas, luvas, óculos e
capacete) e foram orientados sobre osequipamentos de segurança coletivos:como telas e coberturas de proteção,guarda � corpo, passarelas, andaimes eoutros, que devem ser exigidos quandoforem trabalhar em grandes obras.
O monitor orientou a elaboração docurrículo de cada participante,lembrando que os documentos pessoaisdevem estar sempre em ordem e embom estado de conservação. Comentoucom os aprendizes também sobre tiposde contratação: o que é um contrato deprestação de serviços, que pode sertemporário ou por empreitada e o quesão as cooperativas de trabalho.
No capítulo das cooperativas detrabalho, o monitor informou a todossobre o movimento que começou naInglaterra em 1844 e que nos dias dehoje apresenta�se como importantealternativa sócio-econômica.
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Os aprendizes, então, foram orientadosa respeito da Legislação Cooperativistano Brasil, sobre a constituição de uma
Cooperativa (estatutos) e os direitos edeveres dos cooperados e ainda adiferença entre as cooperativas deprodução e de trabalho.
AVALIAÇÃO
A avaliação das atividades foi realizadaatravés da observação contínua, da
mudança de comportamento e dointeresse demonstrado pelosparticipantes durante o experimento.
O próprio Jornal da Construção, que foirealizado como atividade, também seconstituiu em um instrumento de
avaliação, assim como a confecção decartões de visita nas atividades deInformática, o currículo nas Habilidadesde Gestão e, principalmente, asatividades práticas no canteiro de obras,cuja avaliação era imediata às açõesexecutadas.
Ao final do experimento, foi aplicado
um instrumento de avaliação de reação(Anexo 2).
E, assim, os aprendizes que concluírameste módulo foram convidados aparticipar do Módulo II do experimentode Formação do Pedreiro Pleno.
49HABILIDADES DE GESTÃO
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Formação
do PedreiroPleno
Módulo II
Revestidorde Paredes
MÓDULO II - REVESTIDOR DE PAREDES48
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OBJETIVO GERAL
Otimizar condições para a aquisição denovas práticas na área da construção
civil em revestimento de paredes,internas e externas, exercitando otrabalho de forma crítica e cidadã.
a) PÚBLICO ALVO:- moradores da Zona Leste dacidade de São Paulo;
- ambos os sexos;
- acima dos 18 anos;- escolaridade: nívelfundamental;
- preferencialmentedesempregados (com maiornúmero de dependentes).
b) PERÍODO DE INSCRIÇÃO
de 08 a 14/10/1999
c) SELEÇÃO15/10/1999
d) DIVULGAÇÃO DA SELEÇÃO18/10/1999
e) NÚMERO DE VAGASduas turmas de 25 participantes
f) CARGA HORÁRIA- habilidades básicas: 30 h- habilidades específicas: 40 h- habilidades de gestão: 30 h
g) REALIZAÇÃOde 19/10 a 24/11/1999
h) PARCERIAS- Comunidade Menino Deus;- Francisco Alves Construtores Ltda.;- Núcleo da Habitação Popular
Renascer das Mil Maravilhas;- Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial � SENAI /Tatuapé;
- Sindicato dos Trabalhadores noramo da Construção Civil,Montagens, Instalações e Afins deSão Paulo.
MÓDULO II - REVESTIDOR DE PAREDES 49
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CONTINUANDO A TRAJETÓRIA . . .
Conforme explicitado na justificativa
desta sistematização, a organização deum experimento voltado para aformação do pedreiro pleno exige ocumprimento de um mapa decompetências que �equipem� o futuroprofissional com novos conhecimentosque permitam a ele movimentar-se comdesenvoltura em qualquer situação quese apresente no mundo do trabalho.
Está implícito, na formação de umoperário da construção civil, que omuro ou parede �levantados� deverãoter um acabamento, isto é, a superfícieconstruída deverá ser revestida, nãosomente por estética, masprincipalmente para conservação e
durabilidade da obra.
Assim, pela lógica, o módulo seqüencialdesenvolvido na Formação do PedreiroPleno foi oRevestidor de Paredes.
Com as turmas de concluintes doMódulo I � Assentador de Blocos eTijolos e dos selecionados dentre osinscritos para o novo módulo, a aulainaugural não prescindiu daapresentação do Centro Público de VilaFormosa e dos objetivos que nortearamsua criação. Constou ainda da
apresentação dos monitores dasHabilidades Básicas, Específicas e deGestão e de informações sobre horáriodas atividades, sendo frisado na ocasiãoque a freqüência era importante para aobtenção do certificado final.
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Habilidades
Básicas
CONSTRUÇÃO
�Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a últimaE cada filho seu como se fosse a último E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquinaErgueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago Dançou e gargalhou como se ouvisse músicaE tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego� 5
5 Holanda, Chico Buarque de. Construção, 1971
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OBJETIVOS§ Reconhecer a importância da
comunicação nas relações
interpessoais e no ambiente detrabalho;§ Desenvolver a capacidade de
comunicação em diferenteslinguagens;
§ Desenvolver a capacidade de realizarestimativas e cálculos aproximados eutilizá-los na verificação de resultados
de operações matemáticas;§ Pensar de forma criativa, raciocinar,
tomar decisões, resolver situações-problema, aprender a aprender;
§ Tomar contato com plantas baixas eaprender a interpretá-las;
§ Conhecer e utilizar adequadamente asunidades de tempo,
distância, líqüidos emedidas de peso;§ Conhecer e utilizar ocomputador como
ferramenta de trabalho.
CONTEÚDOS§ O processo da comunicação: ler, falar,
ouvir e escrever;§ Os fatores facilitadores e
dificultadores da comunicação;
§ As linguagens não-verbais;§ O desenvolvimento do raciocínio
lógico;
§ A utilização das quatro operaçõesbásicas da matemática. A solução desituações-problema;
§ Unidades de medidas;§ O entendimento de plantas baixas;§ Noções básicas de informática.
Os conteúdos e objetivos obedecem aos
eixos temáticos propostos para aformação do Pedreiro Pleno, daí a razãode eles repetirem. O tratamento didáticoe as atividades propostas foramplanejadas de maneira a garantir acontinuidade e aprofundamento do quejá foi aprendido, levando-se em conta asdificuldades que foram observadas no
desenvolvimento do módulo anterior, ouseja: Assentador de Blocos e Tijolos.
A expectativa é que os participantestivessem um desempenho cada vez maisautônomo em relação aos conteúdos queforam trabalhados nessa ocasião. Porém,a condução das atividades procurou nãoprejudicar os aprendizes que optaram
por este módulo, mesmo sem teremfreqüentado o anterior.
HABILIDADES BÁSICAS 53
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TÉCNICAS DIDÁTICAS
Diversas técnicas didáticas foram
vivenciadas em Habilidades Básicas,partindo da apresentação do grupo.Num primeiro encontro, a fim deaquecer o grupo, o monitor escreveu noflip-chart algumas perguntas, às quaiscada participante deveria responder:- O que gosto de fazer e faço?- O que gosto de fazer e não faço?
- O que não gosto de fazer e não faço?- O que não gosto de fazer e faço?
Essa técnica permitiu que osparticipantes, além de se conhecerem,dessem boas risadas �quebrando�,assim, o �gelo� inicial.
Na seqüência desse quebra gelo, outra
técnica foi utilizada:
A mímica � os participantes foramdivididos em dois grupos; cada grupoescolheu títulos de quatro filmes quedeveriam ser adivinhados pelo grupooposto através da mímica. Venceu ogrupo que conseguiu acertar o maior
número dos títulos.
Os conteúdos foram sendodesenvolvidos dentro da metodologiaproposta no �Aprender A Aprender�
com atividades motivadoras e com osparticipantes, na maioria das vezes,reunidos em grupos (cujos componentesse revezavam) discutindo situações-problema, num processo interativomonitor-aprendiz, aprendiz-aprendiz,adaptado ao ritmo de aprendizagem decada um.
O núcleo aglutinador dos conteúdos deHabilidades Básicas continuou sendo acriação de um�Jornal da Construção�(Anexo 04).
Para isso, foram trabalhados diversostextos como notícias de jornais erevistas, poemas, manuais de instrução,receitas, propagandas variadas, relatosde experiências, anúncios de ofertas deempregos.
Todas essas possibilidades deramorigem a novas oportunidades de leiturasilenciosa e oral, análise, comparação,troca de experiências, discussões emgrupo; portanto, construção e
ampliação de conhecimentos.
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Os participantes discutiram a funçãodos jornais, como são organizados, deque temas tratam. Aprenderam a
identificar e ler manchetes, títulos enotícias de diferentes jornais.Elaboraram resumo das notícias ecriaram novas a partir deacontecimentos locais.
Todas essas propostas culminaram como grupo interessadíssimo diante docomputador, criando e �editando� o
Jornal da Construção.
Em matemática, os participantes foramestimulados a resolver problemas queenvolviam porcentagem, cálculo,medidas, volumes a partir de situaçõesconcretas da construção civil, sugeridaspelo monitor de HabilidadesEspecíficas, numa ágil integração dasáreas.
Dessa forma, os problemas propostosforam formulados retratando situaçõespráticas que permitiram vários níveis de
investigação e possibilidades desolução, e também, o uso dacalculadora em determinadosmomentos.
Levou-se sempre em consideração queo trabalho formativo, em qualquercampo, com pessoas adultas, deve terum sentido dinâmico, superando a
concepção estática que durante muitotempo se atribuiu a esta etapa da vida.
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Habilidades
Específicas
�Amou daquela vez como se fosse o último Beijou sua mulher como se fosse a únicaE cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu o patamar quatro paredes mágicas Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego Sentou pra descansar como se fosse um príncipe Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquinaDançou e gargalhou como se fosse o próximo E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago Morreu na contramão atrapalhando o público� 6
6 Holanda, Chico Buarque de. Construção, 1971
HABILIDADES ESPECÍFICAS56
OBJETIVO P d i l fi
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OBJETIVOOferecer aos aprendizes osprocedimentos corretos para o
revestimento de paredes.CONTEÚDO§ Técnicas de revestimento de paredes:
- Chapisco: é a primeira camada deargamassa aplicada sobre aalvenaria. Ela tem a função deproporcionar uma superfície rugosa
(rústica) com objetivo de dar maioraderência entre o bloco e o emboço.
- Emboço (massa grossa): Esta etapaconsiste em proporcionar umaproteção à alvenaria, visando:
• proteger contra choquesmecânicos;
• impermeabilizar;
• dar resistência às intempéries;• preparar a superfície para outros
revestimentos.- Reboco (massa fina): Argamassa que
se aplica a uma parede depois deesta emboçada para lheproporcionar uma superfície lisa euniforme apta a receber pintura ou
outro material de revestimento.
Pode ser simples como a massa finaaplicada na área interna diretamentesobre o emboço, bastando seguir as
recomendações do fabricantequanto ao preparo. A massa fina,por sua vez, proporciona umaacabamento aveludado, atendendoaos padrões populares.
- Talisca: Ripa de madeira colada àparede para nela alinhar e aprumara massa na parede.
TÉCNICAS DIDÁTICASAs estratégias didáticas constituíram-senas próprias atividades práticasnecessárias para o exercício daprofissão. As Habilidades Específicasforam realizadas alternando asatividades entre os locais paradiscussões teóricas e o canteiro de
obras.
No Módulo I do itinerário formativo dopedreiro pleno, os aprendizeslevantaram as paredes de um galpão; jáno Módulo II, os participantesrevestiram as mesmas paredeslevantadas pelos colegas no canteiro de
obras, cedido pela construtora parceira.(Anexo 3)
HABILIDADES ESPECÍFICAS 57
Devidamente protegidos com os 1) chapiscar a parede do piso até a
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Devidamente protegidos com osequipamentos de segurança individual,botas, luvas, capacete e óculos, os
aprendizes passaram a preparar aargamassa. Isto foi feito em masseiralimpa com suas laterais fechadas,evitando o escoamento da água depreparo, uma vez que o escoamentocarrega partes dos materiais,comprometendo o traço, proporção emque os materiais (areia, cal, cimentoetc.) entram na composição.
As argamassas compradas prontasdevem ser preparadas de acordo com asinformações do fabricante contidas naembalagem.
A seguir, iniciaram a primeira técnica deum revestidor de paredes: chapiscarusando a colher. Durante a atividade, omonitor explicava que para realizaraquela operação era necessárioprimeiramente molhar a parede não sópara retirar a poeira, como para evitar aabsorção da água da argamassa.Apresentando a colher de pedreiro ,demonstrou como manejar a ferramentapara que a argamassa não caísse.
O exercício foi repetido por todos osaprendizes, enquanto o monitor davaorientações complementares:
1) chapiscar a parede do piso até acintura do operador;
2) colocar o caixote à direita do
operador;3) a distância para lançar a argamassa é
aproximadamente 25 cm;4) levantar a colher para evitar que a
ferramenta bata na parede;5) aplicar a argamassa de maneira que
fique bem espalhada.
Depois, os aprendizes aprenderam ausar a desempenadeira para chapiscaras partes mais altas das parede e teto,sempre seguindo as orientações precisasdo monitor:
1) pegar a desempenhadeira com aparte plana para cima e enchê-lacom maior quantidade de argamassa
possível, sem derramá-la, segurandoa ferramenta com uma das mãos;2) pegar a argamassa com a
outra mão e, com a colher,lançá-la na parede;
3) para chapiscar o teto, olançamento é feito sempre àesquerda.
Enquanto os aprendizesassimilavam as técnicas, omonitor estimulava-os a
HABILIDADES ESPECÍFICAS58
ã d di t i l ã � E assim ainda integrando-se às
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não desperdiçar material, a não �sesujarem� muito, lembrando que umoperário asseado, cuidadoso e
econômico sempre tem mais chance deingresso e permanência no emprego.
Para aprender a trabalhar o emboço queé utilizado para revestir paredes, tetos ecolunas, os participantes tiveram queassimilar a técnica de taliscar queconsiste em colocar taliscas comopontos de referências que estabeleçam
o correto alinhamento e a verticalidade(prumo) da superfície que serárevestida.
Para que os aprendizes assimilassem atécnica de taliscar, o monitor precisouusar todo o seu �engenho e arte�, pois oconteúdo exige conhecimentos de
manejo do prumo, do cálculo da áreade superfície (sistema métrico) e do usoda trena.
E, assim, ainda integrando-se àshabilidades básicas e específicas, osparticipantes aprenderam a colocar as
taliscas intermediárias, superiores einferiores, estabelecer as mestras , asarrafear a faixa mestra, a utilizar arégua e dar plasticidade à argamassa;enfim, fazer o trabalho que apenas umpedreiro experiente executa em umaconstrução.
Outra operação realizada com
freqüência pelo pedreiro (ou estucador),quando precisa revestir paredes ou teto,é a chamadaencher panos . Consiste emapanhar, com a colher de pedreiro, aargamassa do broquel e jogá-la sobre asuperfície chapiscada, entre as mestrasda parede ou do teto, em camadassucessivas, até atingir o pau das mestras,sarrafeando a seguir, com a régua
apoiada nas mestras, em movimentos devaivém.
HABILIDADES ESPECÍFICAS 59
Além dessas práticas o monitor É importante ressaltar que sem a
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Além dessas práticas, o monitororientou sobre outras técnicas, taiscomoaplicar e desempenar argamassa
e alisar com desempenadeira de feltro ou esponja � atividades que exigiram ouso constante das luvas de borrachapara evitar que a argamassa danificasseas mãos dos aplicadores.
Algumas dicas, para um bomrevestimento, foram levantadas:- umedecer a parede com o auxílio de
uma brocha para evitar a perda deágua da argamassa;- é interessante que haja pequenas
depressões no assentamento dostijolos para uma boa retenção daargamassa;
- o revestimento �fresco� deve serprotegido da chuva nas paredesexternas;
- depois da superfície seca aplicar naparede o revestimento decorativo;
- deve-se manter a espessura constanteque no conjunto não deve ultrapassardois centímetros.
É importante ressaltar que sem avivência no canteiro de obras, aformação do pedreiro pleno seria
impraticável. Este é um experimentoatrelado ao aprender a fazer, fazendo;aprender com a possibilidade imediatade avaliação, e nesse sentido, as trêsHabilidades fundem-se paraproporcionar ao aprendiz o que,verdadeiramente, pode-se chamar dequalificação profissional.
60 HABILIDADES ESPECÍFICAS
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61HABILIDADES ESPECÍFICAS
Habilidades�Amou daquela vez como se fosse máquina
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Habilidades
de Gestão
q qBeijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu o patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado Morreu na contramão atrapalhando o sábado� 7
7 Holanda, Chico Buarque de. Construção, 1971
HABILIDADES DE GESTÃO62
TÉCNICAS DIDÁTICASOBJETIVO
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Os conteúdos relativos às Habilidadesde Gestão, como os demais, foram
desenvolvidos através de umametodologia interativa, com dinâmicasde grupo especialmente selecionadas,visando despertar a percepção daimportância do outro nas relações detrabalho e sedimentar atitudes derespeito e ajuda mútua que viabilizam otrabalho em equipe, aspectofundamental na vida produtiva
atualmente. Alguns exemplos dedinâmicas utilizadas: �Escravos de Jó�,�Papéis Complementares�, �Círculos deDebates�, �Painéis Conclusivos�,�Recorte e Colagem� etc.
Atitudes de acordo com a dignidade dapessoa e o estabelecimento decompromissos de responsabilidadefrente a si mesmo, à comunidade e aomeio ambiente foram objetos deanálise, discussão e vivênciassimuladas. Nessas práticas foramutilizados textos, estudos de casos,situações-problema.
Criar condições para que o aprendizdesenvolva habilidades que lhe
permitam dirigir sua vida profissional,quer gerenciando seu próprio negócioou participando de uma empresa.
CONTEÚDOS§ A importância da apresentação
pessoal;§ O trabalho autônomo, o
associativismo, a prestação deserviços e o cooperativismo;
§ Como apresentar-se através docurrículo;
§ Como elaborar um orçamento;§ O trabalho em equipe;§ A ética e a cidadania;§ A saúde e a segurança no trabalho.
63HABILIDADES DE GESTÃO
Continuou-se ressaltando sempre que O outro conteúdo tratado versou sobre
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embora o trabalhador da construçãocivil lide com cimento, cal, tinta etc.isso não significa que ele não possa seapresentar de forma mais adequada,mais agradável, cuidando do seu visual;uma roupa limpa, o cheiro de sabonete,os cabelos bem penteados queconstituem um bom �cartão deapresentação�.
Em relação ao saber conviver,
principalmente quando o operáriomorar no alojamento da obra, algumasregras devem ser respeitadas, tais como:§ guardar as roupas no armário, nunca
pendurar na fiação elétrica;§ não guardar roupas e sapatos
molhados no armário;§ não perturbar o descanso dos
companheiros;§ não fumar no alojamento, pois, além
de poluir o ambiente, pode causarincêndio;
§ não comer nos vestiários;§ respeitar os colegas de trabalho;§ não usar álcool, drogas ou qualquer
tipo de entorpecentes;§ não levar nenhum tipo de arma para a
obra.
o trabalho autônomo, que é muitocomum em profissões como a depedreiro. O monitor conduziuatividades que reiteraram o fato de quea apresentação pessoal conta muito nosprimeiros contatos com os possíveisclientes. Também foram trabalhadasquestões em relação à administração doseu próprio negócio, quanto:§ ao orçamento e§ aos tipos de clientes
Exercícios práticos foram realizadossobre o preço da mão-de-obra e domaterial de construção (que pode seradquirido pelo cliente) semprecompatíveis com os preços do mercado.Outra questão discutida foi o registrocomo autônomo e o pagamento mensal,
mediante carnê, à Previdência Socialque garante benefícios ao trabalhador,inclusive a aposentadoria.
Ainda sobre formas de trabalho, omonitor propôs atividade com o grupo arespeito docooperativismo quecomeçou como uma doutrina, ummovimento que considera as
cooperativas como forma ideal deorganização.
Diante do interesse do grupo, o monitord d fli h di l
HABILIDADES DE GESTÃO64
O assunto, como já foi citado,d i d i i
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usando o recurso do flip-chart , dialogousobre os princípios do cooperativismo,explicando o significado de cada umdeles.
Princípios doutrinários docooperativismo;
1º Adesão livre e voluntária;
2º Controle democrático pelos sócios;
3º Participação econômica dos sócios;
4º Autonomia e independência;
5º Educação, treinamento e informação;
6º Cooperação entre cooperativas;
7º Preocupação com a comunidade.
despertou o interesse dos participantesque enxergaram, no cooperativismo,uma alternativa de trabalho. Motivadospelo monitor, �criaram� umaCooperativa de Revestidores de Parede�virtual�, como avaliação final daatividade, embasada em informações deinstrumentos legais.
Com os aprendizes reunidos em grupospara �criarem� a sua cooperativa, o
monitor desenvolveu a última atividadeproposta para o experimento: aorganização de um trabalho conjuntoque discutiu a formação de equipes,administração do tempo e as relaçõeshumanas.
Formação
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Formação
do Pedreiro
Pleno
Módulo III Assentador
de Placas
Cerâmicas
MÓDULO III - ASSENTADOR DE PLACAS CERÂMICAS66
Mais um degrau . . . pedagógica cotidiana do experimento,criando a partir daí novos
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Ao iniciar a sistematização destemódulo naFormação do PedreiroPleno, fazem-se necessárias algumasconsiderações.
Por se tratar de experiência inovadoraem Educação Profissional, ametodologia adotada, a organização dosconteúdos e a própria avaliação doexperimento de formação profissional
não se constituem numa programaçãoestática, pronta. Ao contrário, por serempropostas experimentais estão sujeitastanto ao sucesso como aos equívocos,aos acertos como às incorreções.
Privilegiou-se, de início, um encontrocom os monitores, com a finalidade dediscutir a filosofia do Programa
�Aprendendo A Aprender� , apopulação à qual o Programa sedestina, a metodologia como fatorfacilitador da aprendizagem e aintersecção das Habilidades Básicas,Específicas e de Gestão, que deveriampermear os conteúdos a seremestudados.
Assim, os monitores das trêsHabilidades passaram a se reunirsemanalmente para discutir a prática
criando, a partir daí, novosprocedimentos e instrumentos de auto-avaliação, de avaliação de reação dosaprendizes e de reflexão da própriaprática pedagógica.
Quem ganhou com isso?§ Os aprendizes � que receberam
melhor qualificação para aempregabilidade e para vida;
§ Os monitores� que aperfeiçoaram a
prática educativa e sentiram aconseqüente satisfação pessoal porum trabalho de qualidade;
§ O próprio Programa �Aprendendo AAprender� que aos poucos incorporaexperiências inovadoras no campo daformação profissional e na busca deum novo desenho para a educação
profissional no Estado de São Paulo.
A sessão inaugural do experimentoinovou quando, após as informações depraxe, o monitor de Habilidades Básicasconvidou os participantes para assistirao filme �Formiguinhaz�, que trata doinconformismo em relação ao �status quo � e da vontade inerente do serhumano de construir seu própriodestino nas diversas escolhas que a vidalhe oferece e, que, tão somente pela
67MÓDULO III - ASSENTADOR DE PLACAS CERÂMICAS
liberdade de exercer sua vontade,modifica não apenas sua atuação na
d) REALIZAÇÃOd 17/07 02/09/2000
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modifica não apenas sua atuação nasociedade como a própria sociedade.
OBJETIVO GERAL
Desenvolver atividades em construçãocivil que ofereçam complementação deaprendizado no recobrimento de umadeterminada área utilizando-se de placascerâmicas e realizando o trabalhosempre de forma crítica e cidadã.
a) PÚBLICO ALVO- Moradores da Zona Leste da cidade
de São Paulo;- Ambos os sexos;- Acima dos 18 anos;- Escolaridade: nível fundamental- Preferencialmente desempregados
(com maior número de dependentes)
b) NÚMERO DE VAGASduas turmas de 15 participantes
c) CARGA HORÁRIA- Habilidades Básicas: 30 h- Habilidades Específicas: 40 h
- Habilidades de Gestão: 30 h
de 17/07 a 02/09/2000de 11/09/ a 25/10/2000
e) PARCERIASAssociação de Mulheres do JardimColoradoArgamassa Quartzolit LtdaServiço Nacional de AprendizagemIndustrial-SENAI/TatuapéComunidade Menino Deus
O ALGO MAIS: ACREDITAR NO NOVO CONHECENDO O ANTIGO68
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O ALGO MAIS: ACREDITAR NO NOVO CONHECENDO O ANTIGO 69
Habilidades�Pedro pedreiro, penseiro Esperando o trem
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BásicasEsperando o trem
Manhã, parece, carece
De esperar também Para o bem
De quem não tem vintém Pedro pedreiro fica assim pensando
Assim pensando, o tempo passaE a gente vai ficando prá trás
Esperando, esperando, esperando......� 8
8 Holanda, Chico Buarque de. Pedro,Pedreiro. Editora de Música Brasileira Moderna, 1996
HABILIDADES BÁSICAS70
OBJETIVO
Desenvolver a comunicação e o
TÉCNICAS DIDÁTICAS
Por contar com alguns participantes dos
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Desenvolver a comunicação e oraciocínio lógico como bases para um
aperfeiçoamento profissional, através darecuperação de experiências de vida.
CONTEÚDO
Comunicação:
- Interpretação e produção de textos:narrativos, informativos, prescritivos,literários e jornalísticos;
- A comunicação no contexto grupal.Funções das pessoas. Fatoresfacilitadores e dificultadores dacomunicação em grupo.
- Produção de material para o �Jornalda Construção�,utilizando diferenteslinguagens.
Matemática:- As figuras geométricas no contexto da
construção
- Unidades de medidas;
- Resolução desituações-problemaenvolvendo
cálculos de áreas,volumes e sistemade medidas.
Por contar com alguns participantes dosmódulos anteriores, foram introduzidas
novas dinâmicas de grupo com afinalidade de promover maiorconhecimento entre os participantes edesenvolver a memória, atenção epensamento. Assim, o monitorimprovisou, com uma toalha de bandejade uma conhecida rede de lanchonetes,o jogo da Batata-Quente.A toalha de papel continha desenhosdivertidos, acompanhados por textosque apontavam as �pequenas coisas que podem melhorar a vida de todo mundo �. Ao som de uma música rápidae animada, a toalha passava pelas mãosdos participantes, reunidos em círculo,e, cada vez que a música parava, aqueleque estava com a �batata-quente�
(toalha) na mão, teria que ler, (semrepetir o que o companheiro já tinhalido), um gesto de cidadania que não custa nada... como por exemplo:- dizer por favor e obrigado;
- reclamar menos e fazer mais, seja paraa cidade, seja para você;
- dar e pedir carona a um amigo;
- não telefonar para as pessoas depois das onze da noite;
71HABILIDADES BÁSICAS
- respeitar as pessoas independentemente da classe social;
Outra técnica procurou trabalhar acomposição e decomposição de textos.
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- evitar o desperdício de água e eletricidade
.Com a dinâmica do Nó�do�Cordão , omonitor demonstrou que as dificuldadesda vida podem ser vencidas assim comoé possível dar nó num cordão, usandosomente uma das mãos. Mas compaciência e determinação, todos podematingir seus objetivos. E, assim, cada
conteúdo foi precedido de dinâmicas,tais como a �Fila dos Aniversariantes�, a�Mímica dos Bichos�, o �DescobrindoVocê e outras�.
As atividades de Habilidades Básicas, emcomunicação, iniciaram-se com a leiturada letra da canção de Chico Buarque deHolanda, Pedro Pedreiro. O poemamostra a desesperança de Pedro emcontraponto com a vontade de mudançado personagem de �Formiguinhaz�.O monitor levou os participantes acomparar as duas histórias, a de �Pedro�e a de �Z�, em suas semelhanças ediferenças e propôs que dessem um finalà história de Pedro.
O monitor distribuiu para os grupos otexto �João Gostoso�, de ManuelBandeira, totalmente decomposto, comas palavras recortadas.
A partir desse material, os aprendizesremontaram o texto, chegando aapresentar composições a exemplo doque se reproduz:
João morava no morro da noBabilônia
barracão sem número era carregador feira-livrede
Uma noite vinte de novembro chegouele num
bar bebeu Cantou e Dançou gostoso
depois atirou se na Lagoa Rodrigo de
Freitas e morreu afogado
72
Buscando a interação entre odesenvolvimento de habilidades básicas
HABILIDADES BÁSICAS
significativos, �montassem� o seuportfolio . Leitura e escrita, capacidade
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e de gestão, os aprendizes foramintroduzidos na técnica de elaboraçãodo portfolio, como forma de refletirsobre as competências que adquiriramdurante a vida. Num primeiromomento, o monitor distribuiu revistas,jornais e cartolina para que osaprendizes, a partir de recortes
de seleção e organização fizeram parteda aprendizagem.
No final da atividade, os portfolios foram afixados em mural na sala deaula, conforme os exemplos abaixo,compilados dos aprendizes;
Figuras de: Lembram atividades:
um soldado ð serviu o exército
uma máquina de lavar e ferro de passar ð trabalhou numa lavanderia
um armário ð foi montador de móveis
um caminhão ð trabalhou como caminhoneiro
roupas de cama ð trabalhou com confecção de lençóis
mesa posta c/ motivos de natal ð fez montagens de mesas para festas
máquinas de costura e carretéis ð foi costureira
roupas numa loja ð trabalhou no comércio
73
Através do mural produzido, osparticipantes entenderam que tinham
hi ó i fi i l Ti
HABILIDADES BÁSICAS
habilidades que sequer imaginavamcomo: planejamento, organização,
ili d d
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uma história profissional . Tiveram aoportunidade de identificar, reconhecer,analisar e avaliar seus conhecimentos,habilidades e competências adquiridasao longo de sua vida.
Continuando, o monitor solicitou atodos que trouxessem de casa registrosde fatos que marcaram suas vidas.
Atendido, o monitor distribuiu umapasta a cada aprendiz e solicitou queorganizassem por ordem cronológica,cada documento importante.
- certidão de nascimento;- carteira de vacinação;- certificados escolares;- certidão de casamento;
- carteira de trabalho etc.
Fizeram, então, o registro cronológicodos fatos de sua vida.
A partir dessa técnica, os aprendizespuderam construir o seu portfolio aomesmo tempo em que realizaram
exercícios de autoconhecimento, o quelhes possibilitou o resgate da auto-estima ao perceberem que possuem
utilização de espaços, de compra evenda etc. muitas delas tambémencontradas no cotidiano das empresas.
Perceberam em que situações são maiscompetentes e outras em que se sentiamainda não competentes, mas que, comdedicação, poderiam suprir suas falhas.
Alguns �acordaram� para a busca de um
curso, de ganhos em escolaridade, demelhoria das aptidões que já possuemetc.
Entenderam ser também o portfolio umprimeiro passo para terem reconhecidassuas competências de vida...
O passo seguinte deu-se com a
elaboração, por parte de cada um, doseu currículo.
Outro conteúdo desenvolvido foi aleitura, interpretação e criação de textosinformativos como manuais deinstrução, receitas de argamassa, fichasde produtos de um fabricante deargamassa encontradas na revista de
divulgação deste mesmo fabricante, eoutros. Associaram-se então habilidadesbásicas às específicas.
74
Os Cadernos �Construção� de váriosjornais de São Paulo foram de grandetilid d ã d d
HABILIDADES BÁSICAS
O grupo comprou 20 m2 de pisocerâmico e um galão de cada um dos
t d t T t l R$ 200 00
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utilidade para comparação de preços domaterial de construção entre as várias
ofertas das casas especializadas.
Para trabalhar a aquisição de materialde construção, foi pedido aosparticipantes em grupos, para que,baseados nessas fontes, verificassem omáximo de material que poderiamcomprar com R$ 200,00. Assim,
puderam comparar diferentes preços depisos cerâmicos, massa corrida, tintaspara revestimento e tinta esmalte. Cadagrupo �fez suas compras� com a ajudada calculadora. Em seguida, osresultados foram escritos na lousa, pelorepresentante de cada grupo.
Diferença de preços encontrados:
Exemplo:Piso cerâmico: R$ 6,90 m² e R$ 15,00 m2
Massa corrida (galão): R$ 35,00 e R$ 26,90
Tinta para Revestimento (galão): R$ 20,00 e R$ 14,90
Tinta Esmalte (galão): R$ 25,00 e R$ 20,20
outros produtos. Total: R$ 200,00.
Nessa atividade, aprenderam a lidarcom adição, multiplicação e subtraçãoe também a economizar.
Nas atividades de medição, os alunosusaram como recurso a calculadora, atrena e a fita métrica.
Depois de medirem as carteiras, a mesada sala, os aprendizes foram instruídos amedir os lados da sala de aula.Foi então trabalhada a noção deperímetro , como a soma dos lados deuma figura.
Fixado o perímetro, o monitor distribuiudiversas figuras geométricas e depois de
explicar o que é superfície , mostroucomo se �descobre� a área de umquadrado e de um retângulo,demonstrando que a maioria dosespaços que receberão as placascerâmicas terão esses formatos:
2m
2m
2m 2m
3m
2m 2m
Área do
Quadrado2m x 2m =4m2
3m
Área do
Retângulo3m x 2m =6m2
75HABILIDADES BÁSICAS
Como atividade motivadora para atécnica de cobrir áreas irregulares foiusado o �jogo de Tangram� isto é um
Depois de utilizar, com os participantes,caixas de sapato para calcular ovolume o monitor relacionou as com
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usado o jogo de Tangram , isto é, umjogo de origem chinesa que consiste em
juntar 7 peças de formas diferentes atéque se consiga montar um quadrado.
Também o �Material Dourado� foiutilizado para o reconhecimento defiguras planas como o quadrado, oretângulo, o triângulo familiarizando oaprendiz com as formas das áreas a
serem trabalhadas.Até o final do experimento, osaprendizes aprenderam a calcularquantos metros quadrados de placascerâmicas precisam para azulejar umasuperfície e, conforme a conclusão deum participante: �a calculadora é amelhor invenção, desde a televisão; e....
custa tão barato �
As últimas atividades realizadas foramas medidas de capacidade, nas quais a�melhor invenção� também seconstituiu em um recurso da maiorimportância.
volume, o monitor relacionou-as comcaixas d�água em que é preciso calcular
quantos litros cabem num reservatório.Para tanto, instruiu os aprendizes(reunidos em grupos) a fazer, emcartolina uma caixinha de 1decímetro(1dm = 10 centímetros) de aresta:
Depois da caixinha pronta, distribuiuentão um litro cheio de água para quecada grupo enchesse sua caixinha. Ante�o espanto de todos�, o líqüido coubetodo no �recipiente�, sem sobrar umagota sequer.
Conclusão: 1dm3
= 1 litro
76 HABILIDADES BÁSICAS
É importante registrar que por diversasvezes, o computador foi utilizadodurante as atividades realizadas no
A avaliação das atividades emHabilidades Básicas foram constantes:individualmente através da análise pelo
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durante as atividades realizadas nodecorrer do experimento.
O �medo� inicial das máquinas foisubstituído pela grande alegriademonstrada por todos ao participaremdos avanços da tecnologia. Com umvacilante �teclar�, os participantesdigitaram pequenos textos econfeccionaram seus próprios cartões
de visitas.
individualmente, através da análise peloparticipante do seu portfolio profissional
(pasta contendo as atividades realizadasdiariamente); em grupo, por meio deapreciações dos colegas e pelo monitor,acompanhando os trabalhos de cadaum dos grupos.
Habilidades
E ífi
�Um desespero de esperar demais Pedro pedreiro quer voltar atrás
Q d i b d i
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EspecíficasQuer ser pedreiro, pobre e nada mais
Sem ficar Esperando, esperando, esperando....� 9
9 Holanda, Chico Buarque de. Pedro, Pedreiro, 1971
78 HABILIDADES ESPECÍFICAS
OBJETIVO
Oferecer aos aprendizes condições deid tifi tili t t
§ A utilização correta das ferramentas;§ O desperdício de material e a
qualidade do trabalho
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identificar e utilizar corretamente
ferramentas, equipamentos e o materialde construção necessários à perfeitaaplicação de placas cerâmicas.
CONTEÚDO§ Classificação e características das
placas cerâmicas para revestimento;§ Juntas de assentamento ou juntas de
colocação;§ Roteiro para assentamento de placas
cerâmicas;§ O processo recomendado
para assentamento de pisose revestimento de paredescom placas cerâmicas;§ Os processos
convencionais pararevestimento de paredes eassentamento de pisos
qualidade do trabalho.
TÉCNICAS DIDÁTICASAs técnicas didáticas privilegiaram aspróprias atividades práticas realizadas nocanteiro de obras, cedido pelaAssociação de Mulheres do JardimColorado, e que se constituiu em umacozinha, na sede social, e uma sala deaula que estavam apenas no contrapiso e
com as paredes rebocadas. A primeiraturma aplicou as placas cerâmicas nacozinha e a segunda turma revestiu asparedes e o piso da sala de aula.
Na realidade, a vivência no canteiro deobras possibilitou a integração dashabilidades básicas e de gestãoadquiridas pelos aprendizes, porque o
monitor, durante as atividades emhabilidades específicas, estimulou osparticipantes por exemplo a calcular aárea do piso e das paredes onde seriamaplicadas as placas cerâmicas, a viver oespírito de equipe e assegurou o usopermanente dos equipamentos desegurança.
Outro momento de entrosamento entreHabilidades Básicas e Específicas foiquando os aprendizes recortaram, em
79HABILIDADES ESPECÍFICAS
cartolina, superfícies irregulares etiveram que calcular essas áreas,recobrindo-as com simulações de
melhores condições de aprendizado, pormeio de uma assistência quase individuala cada participante do experimento.
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çazulejos (papéis coloridos, recortados).
10 Guia de Assentamento de RevestimentoCerâmico - Especificador. Anfacer.
Esse trabalho, realizado em grupos nosencontros de Habilidades Básicas, foiretomado pelo monitor de HabilidadesEspecíficas, orientando-os quanto àestética dos recortes e assentamento dos
azulejos, a fim de que o trabalho finalresultasse num visual agradável etambém evitasse o desperdício dematerial com recortes das placascerâmicas de modo adequado.
O espaço a ser trabalhado não eramuito grande; portanto, neste módulooptou-se pela constituição de duas
turmas com 15 aprendizes em cadauma. Isso possibilitou oferecer-lhes
p p p
O monitor teve o cuidado de antes defalar detalhadamente nas técnicasespecíficas, discutir com os aprendizes, oque eles entendiam por �revestimentocerâmico� e algumas práticas quepossuíam em trabalhos realizados.
Concluíram, então, que �revestimentocerâmico, em construção civil, é o
recobrimento de uma determinada área,utilizando-se placas cerâmicascorretamente especificadas comrejuntamento e argamassa colanteadequados.� 10
Insistindo no uso dos equipamentosindividuais de segurança, botas, luvas,capacetes e óculos, o monitor iniciou o
experimento instruindo os participantessobre o picote do piso e paredes.
Nessa atividade, o uso dos óculos deproteção é imprescindível porquepedaços de cimento podem saltar e feriros olhos de quem maneja osinstrumentos.
80
- caixote- rejunte- metro
HABILIDADES ESPECÍFICAS
O segundo passo para o assentador deplacas cerâmicas é quebrar o piso parapoder regularizá-lo, isto é, acertar o
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- esquadro- espátula de plástico (p/ rejunte)- placas cerâmicas- serra de mármore
O monitor chamou também a atençãopara alguns detalhes que fazem adiferença no assentamento de placas:
- quando o cliente escolhe o piso ouazulejo no comércio, ele �compra�também o desenho que asplacas formam.
nível para receber as placas. Para tanto,
o monitor ensinou a estabelecer o nívelcorreto com a mangueira de plástico.
Depois de quebrarem o contrapiso, osaprendizes varreram o espaço eguardaram o entulho em sacosplásticos. É importante aprender adeixar a obra sempre limpa.
Durante as atividades, o monitor iaensinando aos aprendizes os nomes dasferramentas e como utilizá-lascorretamente.
Rol de ferramentas e materiaisutilizados no assentamento deplacas cerâmicas:
- desempenadeira de aço dentada- colher de pedreiro- martelo de borracha- brocha- prumo- mangueira- linha- espaçador
- pregos de aço- vassoura de piaçaba- cimento � cola
HABILIDADES ESPECÍFICAS 81
Na hora da colocação, o assentadordeve aplicá-las, prestando atenção nodesenho. É importante ser criativo e,
e, em seguida, o assentamento dasplacas. Depois das placas terem sidoassentadas, o ambiente deve
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em caso de dúvida, conversar com o
dono da obra ou o seu supervisor,para que ele diga como (desenho) asplacas devem ser colocadas.
- Procurar não desperdiçar material. Àsvezes o cliente aproveita uma oferta ecompra a metragem quase exata dopiso ou azulejo. Na hora de cortar asplacas, o assentador quebra ou corta
errado as peças, e, ao final, faltamplacas. O cliente volta à loja e recebea informação que aquela partida /loteterminou. E aí? Como explicar a�montanha� de materialdesperdiçado?
- Manter não apenas a obra limpa, maso próprio corpo também. Umassentador com boa aparência ésempre bem recebido no trabalho;
- Se for trabalhar como contratado, afirma disponibiliza o ferramental quedeve ser guardado limpo e no devidolugar. Caso trabalhe por conta própria,o assentador deve adquirir suasferramentas e arrumar uma maletapara guardá-las e mantê-las sempre
longe de crianças.Na continuidade das atividades, foitrabalhada a aplicação do cimento�cola
permanecer fechado. As placas podem
quebrar ou ficar desniveladas se forempisadas antes que o cimento segue, oque acontece em mais ou menos dozehoras, se o tempo estiver quente.Depois de seco, o piso recebe rejunte(branco ou colorido) que dá oacabamento final. Para azulejarparedes, os procedimentos são os
mesmos, tomando sempre muitocuidado com as instalações hidráulicas.
Assim, os aprendizes tiveram aoportunidade de conhecer e praticarvárias formas de assentamento:amarrada, dama, escama de peixe,prumo ou alinhada e diagonal.
amarrada dama escama de peixe
prumo ou alinhada diagonal
82
Os resultados dos trabalhos foramfotografados, registrando a eficácia doaprendizado.
Por outro lado, os aprendizesperceberam que um ambiente revestidocom cerâmica, para ficar bonito e
f i lé d
HABILIDADES ESPECÍFICAS
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Como se pode observar, a prática não sefez aleatoriamente, procurando-seseguir todos os passos de um processo,inclusive o recomendado pelos própriosfabricantes de cerâmicas pararevestimento, uma vez que há umconsenso entre eles de que mesmo omelhor produto pode não apresentar umresultado satisfatório se a prática doassentamento não for bem conduzida.
Concluindo, o ambiente, que serviucomo canteiro de obra, adquiriu ascaracterísticas próprias que umrevestimento cerâmico deve oferecer:impermeabilidade, facilidade delimpeza, resistência ao uso, efeito
decorativo etc.
perfeito, além de contar com um
profissional capacitado, que usaferramentas adequadas, tem capricho ebom gosto, deve utilizar bons produtose a especificação correta.
POR TRÁS DOS BASTIDORES 83
Habilidades
de Gestão
�Esperando, esperando, esperando Esperando o sol
Esperando o trem
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de Gestãop
Esperando o aumento Para o mês que vem Esperando a festaEsperando a sorte
E a mulher de Pedro Está esperando um filho Pra esperar também� 11
11 Holanda, Chico Buarque de. Pedro, Pedreiro
84 HABILIDADES DE GESTÃO
solicitando aos participantes quefizessem uma pesquisa, na família, paracoletar dados sobre questões relativasao trabalho
OBJETIVO
Oferecer, aos aprendizes, melhorescondições para utilizar instrumentos de
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ao trabalho.
O objetivo da proposta era colher, nopróprio grupo, o sentido histórico sobreas transformações e relações notrabalho, conforme demonstra oquestionário (Anexo1).
Como os membros do grupo tinhamidades entre 20 e 65 anos,aproximadamente, foi possível fazeruma análise destas transformações,resgatando as relações desde 1850 aténossos dias.
Esta atividade causou grande impactoentre os participantes, quandoperceberam, pelas apresentações das
pesquisas, a tendência deempregabilidade no Brasil e no mundoe o lugar de destaque que ocupará,daqui para frente, o prestador de serviço em nossa sociedade.
Neste sentido, foi relativamente fácilaos participantes entender anecessidade de gerenciar a própria
carreira profissional, bem comoadministrar seu tempo de serviço,assumindo uma atitude preventiva em
planejamento para sua vida pessoal eprofissional e, assim, participar commaior probabilidade de sucesso nonovo mundo de trabalho.
CONTEÚDO§ O planejamento da vida pessoal e
profissional: Portfolio e Currículo;§ O mercado de trabalho, a oferta de
empregos, empreendedorismo;§ Características do cidadão
empreendedor: autoconfiança,capacidade de comunicação,liderança, criatividade, habilidades denegociação;
§ Relacionamento interpessoal;§ A ética na profissão.
TÉCNICASDIDÁTICASLevando em conta,sempre, a integração
entre as trêsHabilidades, omonitor iniciou
as atividades emHabilidades deGestão
HABILIDADES DE GESTÃO 85
relação ao futuro, levando em conta osinconvenientes que uma carreiraautônoma pode acarretar, caso não sejabem gerenciada uma vez que o próprio
GRUPO A
- Responsabilidade
- Personalidade
- Perseverança
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bem gerenciada, uma vez que o próprio
trabalhador é quem terá de garantiralgum tipo de previdência para suaaposentadoria.
Essas discussões levaram à percepção,pelo próprio grupo, das características docidadão empreendedor.
Durante os trabalhos em grupo, omonitor foi chamando-lhes a atençãopara o fato de que alguns aprendizestomam naturalmente a frente do grupo,falam pelo grupo, convencem oscompanheiros, ouvem com maisatenção, respeitam as decisões do grupo.
Com base nessa observação, surgiu a
possibilidade de conceituação deliderança entre os aprendizes.
Aproveitando esse momento, o monitor,dividindo-os em quatro subgrupos,propôs as seguintes questões:
1. O que é ser líder no local de trabalho?
2. Qual o papel da liderança?
Como resultado dos trabalhos, os gruposapresentaram os seguintes painéis:
- Respeito ao próximo
- Reconhecimento- Valorização do Grupo
- Sabedoria
- Ser educado
- Ser compreensível
- Ser competente- Ser solidário
GRUPO B
- Direção- Coordenação
- Não ser crítico (crítico construtivo)
- Ajudar o grupo
- Satisfazer todos
GRUPO C
- Ser bem informado- Bem comunicativo
- Tomar à frente na decisão do grupo
GRUPO D
- Eficiente
- Eficaz- Amigo
- Tolerante
- Disciplinado- Fiel
- Saber ouvir
- Idôneo
86
Discutiram, ainda, se a liderança é inataou pode ser desenvolvida e concluíramque ser líder significa ter autodisciplina,lealdade, prontidão para aceitar
HABILIDADES DE GESTÃO
Partindo dessa premissa, deu-secontinuidade às práticas desenvolvidasdurante a elaboração do portfolio ,descritas nos modelos anteriores.
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lealdade, prontidão para aceitar
responsabilidade, boa vontade paraadmitir erros e capacidade de manter ogrupo coeso, respeitando cada membroda equipe.
Servindo-se de material de apoio, comoum texto intitulado �Nem sempre aculpa é do pedreiro� 12, os aprendizestrabalharam as relações de umprofissional da área da construção civile seus clientes. Assim, foram discutidasa elaboração de orçamento, arenegociação de preço e valor dotrabalho, a apresentação pessoaldurante a execução da tarefa, prazospara entrega do serviço etc., habilidadesque todo profissional autônomo deve ter
para ser bem sucedido.
�Nada se pode ensinar ao homem,apenas ajudá-lo a descobrir de si mesmo�
descritas nos modelos anteriores.
Assim, o monitor incentivou acontinuidade do levantamento históricoda vida dos participantes, lembrando-lhes que o portfolio é um documentovivo, ao qual estamos acrescentandosempre novas competências adquiridasou �lembradas� em determinadosmomentos em que são solicitadas poruma tarefa a executar.
Os históricos revelaram-se muitointeressantes e variam do sucinto aodesabafo.
Alguns trechos merecem serreproduzidos.
�...Montei uma pequena empresa que foi bem durante uns anos. Por falta de gestão fui obrigado a encerrar as atividades. Hoje estou albergado e catando latinhas de alumínio parasobreviver�.
12 Texto: �Nem sempre a culpa é dopedreiro� � Revista do Sindicato daIndústria da Construção. p. 108
HABILIDADES DE GESTÃO 87
�...Mas com o tempo eu encontrei o meu primeiro emprego que foi balconista. Trabalhei numa loja de roupas uns oito meses. Mas não tava
�Foram momentos emocionantes aopercebermos a reação dos gruposdiante de obras do Barroco, distribuídaspor um cenário de indescritível beleza�,
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p
dando certo porque o salário era muito pouco, não dava e a dona só queriafazer eu de besta e como eu não sou, eu saí�.
�Nascida no Ceará, criada em São Paulo, comecei trabalhar com 18 anos.
Objetivo em participar do Experimento:
- minha casa; - montar um grupo de trabalho;
- independência financeira;
- marido desempregado há 7 anos.�
AMPLIANDO OS CONHECIMENTOS
O experimento ofereceu, também, aosparticipantes oportunidades deampliarem seus conhecimentos edespertarem sua sensibilidade, visitandonovos locais de aprendizagem, comoA Mostra Brasil + 500 anos, queapresentou um significativo acervo de
arte produzida nestes 500 anos deBrasil.
p ,
disseram os monitores que osacompanharam.
E isso é confirmado pelas expressões dealguns participantes em relação à visita:
�... a parte sagrada, na entrada, visual excelente.�
�... o trabalho dos presidiários com as flores amarelas e roxas de papel crepom servindo de cenário para as imagens dos santos foi incrível.�
�... as esculturas eu gostei muito, os quadros, a exposição dos índios. Foi muito bom eu ter um pouco mais de conhecimento.�
�... algumas coisas me chamaram atenção, mas outras causaram tristeza e um certo aborrecimento. Exposição das obras como o Aleijadinho e outros escultores da época mostrando umaperfeição dos Santos com relação às fisionomias humanas. O que mais me
entristeceu foi uma obra com a moedado nosso país. Para mim, nada mais que um regresso.(sic)�
UM �GRAND-FINALE�90
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Considerações
Finais
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CONSIDERAÇÕES FINAIS90
Nossos avós, com certeza, diriam:�É o fim do mundo!�Mulheres na Construção Civil!�
Dois casos merecem registro: umaprendiz, devido à pouca escolaridade,desistiu do curso de Assentador dePlacas Cerâmicas e matriculou-se no
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Não é o fim do mundo. É fim demilênio. Vinte por cento dosaprendizes dos três Módulos quecompuseram os experimentos daFormação do Pedreiro Pleno erammulheres, sendo que duas participaramdos três módulos.Uma delas pretende terminar sua casaeconomizando tanto na mão-de-obra,como no material de construção.Outra, formar um cadastro depedreiros e colocá-los no mercado;constituir uma �empreitada�, nas suaspalavras.
Na avaliação do monitor dehabilidades específicas, as mulheres,
embora com menos força física que ohomem, são infinitamente mais�caprichosas� e resistentes, isto é,�não param toda hora para descansar�.
Entre os aprendizes imperou o climade cordialidade, os mais experientesauxiliando os que nunca tinham postoos pés numa obra.
curso supletivo, voltando, portanto, aestudar e prometendo voltar ao CentroPúblico em melhores condições departicipar dos cursos de qualificaçãoprofissional.
O outro, foi dono de uma oficina, mas ainexperiência em gerenciar seu negóciofez com que perdesse tudo e nomomento era morador de rua albergadoHavia chegado ao �fundo do poço�.Com o apoio dos monitores e doscolegas, foi mudando ocomportamento, demonstrandoevolução nas atividades propostas,recuperando sua auto-estima e, nosúltimos dias, comunicou ao grupo que
estava voltando para a família.Ao final do experimento, doisaprendizes � pai e filho, já eramcontratados de uma obra.
O experimento promoveu uma lição desolidariedade. A associação parceiranecessitava que suas instalações fossemprotegidas por pisos e azulejos. Os
CONSIDERAÇÕES FINAIS 91
Não sem razão o experimentofaz parte doPrograma�Aprendendo A Aprender�
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aprendizes necessitavam de um�Canteiro de Obra� para o exercícioprático. O planejamento doexperimento previa a otimização domaterial empregado, pois não eraproposta de trabalho levantar paredes,rebocá-las, revesti-las e destruí-las.O laboratório, nesses experimentos,será sempre o local real de trabalho.
Assim, todo o material foi bemempregado. A empresa fabricante deargamassa, como parceira doempreendimento, tambémproporcionou oportunidade para que omonitor de Habilidades Específicasfreqüentasse suas instalações
apreendendo as melhores condições douso do material por ela produzido efornecido.
Nele todos aprenderam.Resultados de parcerias que provam apossibilidade da construção de ummundo melhor.
DA AVALIAÇÃO
A avaliação do experimento foi
realizada pela observação dos avançosobtidos pelos aprendizes e também pormeio de instrumentos próprios; aauto-avaliação proporcionou a eles areflexão sobre seu próprio processo deaprendizagem; a avaliação de reação permitiu-lhes analisar as dinâmicas doexperimento e a reflexão da práticapedagógica que levou o monitor arepensar seu papel enquanto educadore como construir a sintonia entre osconteúdos e o que era significativo parao grupo.
Porém, a verdadeira avaliação estácontida no �portfolio� de cada aprendiz,e no �portfolio� de cada monitor.
São neles que todas as conquistas estãovisíveis.
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Domínio
Básico em
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Construção
Civil(para mutirão)
DOMÍNIO BÁSICO EM CONSTRUÇÃO CIVIL (PARA MUTIRÃO)94
Total geral de 240 horas distribuídas em4 sessões de 4 horas por semana.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
PÚBLICO ALVO
Trabalhadores ligados aos movimentosde mutirões para a construção demoradia própria, com qualquer nível de
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1ª Turma de 13/06/98 a 24/09/982ª Turma de 01/08/98 a 23/11/98
NÚMERO DE VAGAS
Duas turmas de 40 participantes deambos os sexos.
PARCEIROS
Movimento da Moradia Paulista -MOMPA
Comunidade Kolping São Francisco -GuaianazesDepósito de Material de ConstruçãoÁguia de Haia.
Mutirão � Casa própria, um sonho
O sonho da casa própria que habita ocoração dos brasileiros encontra nosmutirões a maneira mais racional deatender à demanda das camadas maispobres da população que os projetoshabitacionais, apesar dos esforços dosgovernos, não conseguem suprir.
Assim, foi proposto pelo Conselho deCompromisso do Centro Público de
escolaridade.
CARGA HORÁRIA
Habilidades Básicas 60 horasHabilidades de Gestão 50 horasHabilidades Especificas 130 horas
95DOMÍNIO BÁSICO EM CONSTRUÇÃO CIVIL (PARA MUTIRÃO)
Vila Formosa a organização de umexperimento não só para a formação naárea da construção civil, mas tambémpara propiciar uma melhor organização
Os conteúdos das Habilidades Básicas,Especificas e de Gestão foramdistribuídos em módulos quepermitiram a sua integração e
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dos grupos que integravam as diversasinstituições civis, empenhadas naconsecução desse objetivo.
Uma das peculiaridades do movimentodos mutirões é o fato de que boa partede seus integrantes trabalha ou játrabalhou na construção civil, tendo,por conseguinte, experiência na área.
O relevante na organização doexperimento foi pensar os integrantes domovimento como cidadãos aptos a lidarcom situações inusitadas.
Partindo dessa premissa, os objetivosforam o aperfeiçoamento da construçãodas moradias populares com melhorgestão dos recursos obtidos; oaproveitamento racional das áreas aserem ocupadas; a preocupação com apreservação do meio ambiente; adefinição dos espaços coletivos delazer; a otimização dos processos deprodução obedecendo a princípios queassegurem o respeito à liberdade, aopluralismo de idéias e concepções, à
possibilidade de �aprender a aprender �e à garantia dos padrões de qualidade.
articulação, sendo direcionados,principalmente à aquisição dehabilidades específicas que foramrealizadas no canteiro de obras, dentrodo princípio da metodologia do�aprender a fazer, fazendo�.
Sendo as Habilidades Básicas inerentesa todo cidadão, a ética, a
responsabilidade, a capacidade decomunicação tornam-se inseparáveis daformação específica. Elas concorrem, deum modo geral, mais para a formaçãodo cidadão do que para a doprofissional especializado e, contudo,aumentam o seu grau deempregabilidade. Assim, foram
elaboradas atividades quedesenvolvessem no aprendiz aresponsabilidade, a lealdade, ocomprometimento, a capacidade detrabalho em equipe, a iniciativa, aautonomia. A capacidade denegociação, os conhecimentos dedireitos civis, políticos e sociais dotrabalho e seus deveres dentro das
normas e princípios éticos, tambémforam contemplados.
A abrangência dos problemas queafetam, sobretudo, os excluídos sociais,a auto-estima e a confiança para asfunções de emprego ou consecução de
DOMÍNIO BÁSICO EM CONSTRUÇÃO CIVIL (PARA MUTIRÃO)96
1 � Etapa Preparatória: Atividades- limpeza de terreno;- movimento de terra manual;- movimento de terra mecanizado;
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empreendimento próprio foram temasde discussão em razão da próprianatureza do trabalho.
Nas Habilidades de Gestão foramdesenvolvidas atividades ligadas àsações de planejamento, execução econtrole não só do projeto construtivo,como também da organização do
movimento dos mutirões, suas normas,gestão de recursos, a busca daqualidade e maior produtividade nosserviços executados etc.
Definidas as Habilidades de Gestãocomo aquelas relacionadas àscompetências de autogestão, de
empreendimento e de trabalho emequipe, estas encontraram campo fértilpara serem desenvolvidas nos trabalhosde mutirão.
As Habilidades Específicas foramescalonadas obedecendo às etapas eatividades de uma construção civil, demaneira que proporcionassem, aos
aprendizes, o conhecimento doconjunto da obra, desde os primeirospassos.
- escoramento de terra (arrimo);- apiloamento e aterro de cavas;- lastro de pedras ou concreto simples;- drenagem do terreno (superficial e
enterrada);- proteção de taludes.
2 � Infra-Estrutura: Escavação
- tipos de solos;- fundação (brocas, sapatas, sapatas
corridas e radier);- forma;- armadura (tipos de
ações,nomenclaturas);
- concreto (tipos
de cimento enomenclaturas;- embasamento;- impermea-
bilizações.
3 � Alvenaria eOutros Elementosdivisórios:
- alvenaria;- elementos vazados;
- placas divisórias;- blocos de concreto;- tijolos maciços comuns;- argamassas para assentamento;
l
DOMÍNIO BÁSICO EM CONSTRUÇÃO CIVIL (PARA MUTIRÃO) 97
- caixas d�água e outros serviços;- rede de esgoto;- rede de águas pluviais;- banheiros � instalações de louças
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- solo cimento.
4 � Elementos de Madeira-ComponentesEspeciais:- portas / batentes / ferragens;- janelas / ferragens.
5 � Elementos Metálicos:
- esquadrias metálicas;- portas;- outros elementos metálicos.
6 � Cobertura:- estrutura de cobertura em madeira;- estrutura de cobertura metálica;- cobertura propriamente dita: peças
para cobertura;- fechamento e vedações;- lajes maciças e pré-fabricadas;- telhados de fibrocimento.
7 � Instalações Hidráulicas-Cavaletee abrigo
- abrigo e rede de gás (se necessário);- rede de água fria e quente:tubulações;
sanitárias;- aparelhos e metais.
8 � Instalações Elétricas-Ligações:- entrada;- enfiação;- pontos de interruptores e tomadas;
- luminárias internas;- iluminação externa (se for o caso);- aterramento (fio terra).
9 � Forro:- madeira
10 � Revestimento-Teto e parede:
- revestimento de teto;- revestimento de paredes
externas;- pisos internos;- revestimento de degraus e
soleiras;- contrapisos;
- argamassas para revestimento.
11 � Vidros-Colocação de vidros:- espelhos;- armários plásticos com espelhos
para banheiro.
mutirante é obrigado a cumprir horas detrabalho no movimento e emborahouvesse a promessa de liberação dealgumas horas, isso não aconteceu. Por
i d d
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12 � Pintura:- forro e paredes internas;- pintura externa.
13 � Serviços Complementares:- fecho, muros, alambrados,
portões;
- gramado, paisagismo ejardinagem, etc.
AVALIAÇÃO
O primeiro Experimento foiadministrado pelo MOMPA � Movimento da Moradia Paulistana e osegundo, pela Comunidade Kolping de
Guaianazes, na Fazenda do Carmo.Embora a primeira turma, com quarentamutirantes (vindos todos deexperiências anteriores de atuação emconjuntos habitacionais do CDHU � Companhia de DesenvolvimentoHabitacional e Urbano do Estado deSão Paulo), estivesse altamente
motivada, esbarrou com as normas queregem o associado de mutirão. Para tero direito à aquisição da casa própria, o
esse motivo, apenas dez dos quarenta queiniciaram o experimento permaneceram.Para resolver o problema, uma novaturma foi formada com os dezremanescentes e mais vinte inscritos.As atividades foram reduzidas a um diapor semana com oito horas de duração.Concluíram o experimento quinzemutirantes: dez homens e cinco mulheres.
Para o grupo do bairro de Guaianazes,zona Leste de São Paulo, com vinte ecinco inscritos, o experimento teveatividades desenvolvidas em dois dias dasemana, com quatro horas de duração.
Deste grupo, vinte mutirantes concluíramo experimento, dos quais dezoito erammulheres. Há que se destacar a atuaçãodas mulheres neste grupo, poisparticiparam inclusive da coordenação.
Foi uma experiência inovadora. Únicanos elementos que congrega aquisiçãoda casa própria, oportunidade decomplementação de escolaridade e,
ainda apreensão de algumas habilidadesespecíficas, para o exercício de ocupaçõesna área de construção civil.
DOMÍNIO BÁSICO EM CONSTRUÇÃO CIVIL (PARA MUTIRÃO) 99
Bibliografia
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BIBLIOGRAFIA100
CEETEPS � Programa de Qualificação eRequalificação Profissional no Estado deSão Paulo � Cursos de HabilidadesBásica e Gestão, Nível Fundamental,1999
CEETEPS P d Q lifi ã
SECRETARIA DE EMPREGO E RELAÇÕESDO TRABALHO. Centro ExperimentalPúblico de Formação Profissional � Programa �Aprendendo a Aprender�-Conceituação, Diretrizes e Implantação.São Paulo 1998
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CEETEPS � Programa de QualificaçãoProfissional nas Frentes de Trabalho � Cursos de Habilidades Básica e Gestão,Nível Fundamental, 2000
FUNDACENTRO. Segurança e Saúde noTrabalho. Prevenção das Lesões porEsforços Repetitivos � LER - São Paulo,1998 (Fascículo 4)
FUNDACENTRO. Segurança e Saúde noTrabalho. Prevenção de Acidentes Fataisna Indústria da Construção , São Paulo,1998 (Fascículo 2)
FUNDACENTRO. Segurança e Saúde noTrabalho. Condições de Trabalho naIndústria da Construção. São Paulo,1998 (Fascículo 4)
GUIMARÃES, José Epitácio Passos. Cartilhado Uso das Argamassas nas Construções.Associação Brasileira dos Produtores deCal. 5ª edicação, 1997/98
MINISTÉRIO DO TRABALHO / Sindicatoda Indústria da Construção Civil noEstado do Rio de Janeiro. Brasília;MTB, 1996.
MORAES, Vinícius de. Obra Poética. Rio de Janeiro. Cia José Aguilar Editora,1968
São Paulo, 1998.
PUBLICAÇÕES
Revistas:
Turma Esperta. Sindicato da Indústria deProdutos de Cimento do Estado de SãoPaulo, 1995
Mãos à obra. Todas as etapas daconstrução.
Associação Brasileira de CimentoPortland. S/d.
Revista Veja
Revista Época
Revista Isto é
Jornais:
O Estado do São Paulo
A Folha de São Paulo
Tribuna do Tatuapé
Anexos
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ANEXOS102
Anexo 1 Questionário � Resgate Histórico � Relações de Trabalho
Questões Bisavó Bisavô Avó Avô Pai Mãe
1. Quantosanos tem/
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anos tem/ teria seu
2. Qual a profissãoque exerce/ exercia seu
3. Trabalha ou
trabalhouno campo?
4. Qual agrau de
escolaridade?
5. Quais os benefíciostrabalhistas
que tem/tinha6. Quantas horas/
dias trabalha/ trabalhava
7. Qual aqualidade de vida
que tem/tinha
E você ? � Faça uma reflexão sobre as atividades que já exerceu.
ANEXOS 103
Anexo 2MODELO DE AVALIAÇÃO DE REAÇÃO
Este instrumento tem a finalidade de:a) detectar se o curso correspondeu às suas necessidades e interesses;b) obter dados que possam subsidiar eventuais reformulações nos próximos cursos
1 O i i i d ?
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1 � O que o motivou a participar desse curso?R:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2 � Os objetivos propostos foram alcançados?( ) sim ( ) em parte ( ) não
3 � O conteúdo, desenvolvido nas aulas, tem contribuído para o seu trabalho e
desempenho profissional?( ) sim ( ) em parte ( ) muito pouco
4 � Em relação à atuação do professor cite:dois aspectos positivos: _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________dois aspectos negativos: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5 � Quanto ao seu aproveitamento:( ) aprendeu muito ( ) aprendeu o suficiente ( ) aprendeu pouco
6 � Você considera a carga horária do curso( ) satisfatória ( ) deveria ser maior ( ) deveria ser menor
Sugestões e/ou comentários que gostaria de registrar:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
ANEXOS104
Anexo 3 PEDREIRO (Pleno)
MISSÃO: Executa serviços de elevação de paredes, utilizando blocos de concreto,cerâmicos e especiais, serviços de concretagem, revestimentos de pisos,paredes e tetos em argamassa, conforme planejamento e projetos, de acordocom as normas técnicas específicas, em condições de qualidade e segurança.
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p , ç q g ç
Manter as ferra-mentas
e os
equipa-
mentosem con-
diçõesade-
quadas
I
Traba-lhar emequipe
I
Cumprir normase proce-
dimentos
técnicos
I
Cumprir as
normas
de segu-
rança e
saúde
I
Progra-mar osupri-
mento
dos
materiais
I
Selecio-nar (ra-cionali-
zar) o
material
I
Progra-mar asetapas
do
serviço
I
Orçar oserviço
III
Quanti-ficar os
materiais
III
Espe-cificar
materiais
III
Ler einterpre-tar proje-
to de
arquite-
tura
III
Planejar e
organizar
com se-
gurança
e quali-dade o
própriotrabalho
Selecio-nar ferra-mentas e
equipa-
mentos
I
A
Unidades de
Competência Elementos de Competência
Colocar
vergas
I
Fixar
tubula-ções ecaixasembu-
tidas
I
Fixar,tacos,
marcos econtra-marcos
de es-
quadrias
I
�Apertar�
a alve-naria
I
Assentar
blocos
especiais
(cobogós,modular)
III
Assentar
blocosde vidro
III
Assentar
blocosde
concreto
II
Assentar
blocoscerâmi-cos apa-rentes
III
Assentar
blocoscerâ-micos
I
Aprumar,
esqua-drejar,
nivelar ealinhar
alvenaria
I
Fazer
a marca-ção da
alvenaria
III
Executar
a alve-naria devedação
Assentar
blocossílico-
calcário
II
C
Executar a concre-
tagem
B Preparar
o
concreto
I
Executar o aden-
samentodo
concreto
I
Executar
o acaba-
mento doconcreto
I
ANEXOS 105
Revestir com
massa
única
tipo
�paulista�
Rebocar a super-
fície
Emboçar a super-
fície
Preparar arga-
massas
Chapis-car a
superfície
Esqua-drejar
(tirar ospontos)superfí-
cie a ser revestida
Executar
revesti-
mentosde pare-
des e
tetos emarga-
Revestir tubula-
ções e
caixas
embu-
tidas
D
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IIIIIIIIImassas
I
Revesti-
mento depiso em
arga-massa
E Tirar ospontosde nível
II
Preparar arga-
massas
I
Fixar gran-zepes
II
Fixar
tubula-ções e
caixasembu-
tidasI
Executar contrapiso
I
Fixar juntasde pisos
II
Executar pisos
cimen-
tados
I
Executar pisos dealta re-
sistência
III
Executar
revesti-mento depiso, pa-
rede eteto em
ladrilhoou similar
F Verificar
referên-cias denível,
prumo eesquadro
III
Paginar
a superfí-cie a ser revestida
III
Preparar
a arga-massa
de
assen-tamento
Assentar
ladrilhose simi-lares
III
Fixar
peças deacaba-mento
(sabone-teiras)
III
Rejuntar
e limpar ladrilhose simi-
lares
III
Assentar
peçascomple-
mentares
de már-mores,
granitos
e afins
G Verificar referên-cias denível,
prumo,
esquadro
e alinha-
mento
III
Preparar arga-
massas
III
Assentar divisó-rias e
muretas
III
Assentar
soleiras,peitoris echapins
III
Assentar bancas efrontis-pícios
III
Rejuntar e limpar
III
Executar alvena-ria es-
trutural
H Fazer amarca-
ção
Aprumar,esqua-drejar,
nivelar ealinhar
Assentar bloco deconcreto
estru-tural
Assentar bloco
cerâmico
Preparar e insta-lar as
arma-ções
Preen-cher comconcreto
ANEXOS106
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III II II II II II
Assentar compo-nentes e
artefatosde
concreto
I Verificar referên-cias de
prumo,
nível,
alinha-mento eesquadro
III
Preparar arga-
massas
I
Assentar caixa depassa-
gens,
manilhas,
meio-fio,tubula-ções eoutros
II
Assentar mobiliá-rios ur-
banos(postes,
bancos,lixeirasetc...)
II
ANEXOS 107
Anexo 4
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ANEXOS108
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ANEXOS 109
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ANEXOS110
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Caro Leitor,
Gostaríamos de ter sua opinião sobre esta publicação
Por favor, responda cuidadosamente a este questionário.Envie-nos o mais breve possível.
Gratos por sua colaboração
Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho/SERT
5. Você utilizou esta publicação para reproduzir estecurso?
Sim Não
6. Esta publicação foi utilizada:
Na sua totalidade
No que se refere ao conteúdo
C
O L A
D O
B R A R
D O
B R A R
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1. Como tomou conhecimento desta publicação?
2. Você conhece outras publicações do Centro Públicode Formação Profissional?
Sim NãoCaso positivo, passe para o número 3, se não, passepara o número 4.
3. Qual(ais) publicação(ões) do Centro Público você conhece?
4. Analisando esta publicação, qual é a sua opinião emrelação aos seguintes pontos?Qualidade de apresentação ótimo bom regular ruim
Ilustrações ótimo bom regular ruim
Conteúdo ótimo bom regular ruim
Facilidade de compreensão ótimo bom regular ruim
Temas abordados ótimo bom regular ruim
Linguagem utilizada ótimo bom regular ruim
No que se refere às técnicas didáticas
Outros:
7. A utilização foi:
Numa instituição
Num projeto individual
8. Qual foi o resultado alcançado na sua utilização?
ótimo bom regular ruim
9. Na sua opinião, existe coerência entre o objetivo
e a estruturação do Curso?Sim Não
Justifique:
#
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R E M E T E N T E :
E N D E R E Ç O :
CAR
T A-RE S P O
S T A
A V .A N G
É L I C A ,2 . 5 8 2 -1 0 º A N
DAR
0 1 2 2
8 -2 0 0
S Ã O P A UL O - S P
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GOVERNO DO ESTADO DE
SÃO PAULO