Pediatria de A a Z - Congresso e Feira Saber 2013 O crescimento é um processo biológico, de...

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Pediatria de A a Z Dr. Marun David Cury Pediatria e Alergia Rua Verbo Divino, 246 Granja Julieta Tel: 11-51829947 www.santaisabella.com.br

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Pediatria de A a Z Dr. Marun David Cury

Pediatria e Alergia

Rua Verbo Divino, 246 – Granja Julieta

Tel: 11-51829947

www.santaisabella.com.br

Crescimento

Crescimento O crescimento é um processo biológico, de

multiplicação e aumento do tamanho celular, expresso

pelo aumento do tamanho corporal.

Considera-se o crescimento como aumento do

tamanho corporal e, portanto, ele cessa com o término

do aumento em altura (crescimento linear).

Crescimento

Fatores que influenciam no crescimento:

Fatores intrínsecos: genéticos, metabólicos,

neuroendócrinos, malformações…

Fatores extrínsecos: alimentação, a saúde, a higiene,

a habitação e os cuidados gerais com a criança.

Crescimento: O crescimento da criança e do adolescente é

monitorado pelo pediatra através de curvas

crescimento pré-estabelecidas pela OMS.

- altura X idade

- Peso X Idade

- Perímetro cefálico (tamanho da cabeça)

- IMC X idade

Desenvolvimento

Desenvolvimento

Conceito:

“Desenvolvimento é o aumento da capacidade do

indivíduo na realização de funções cada vez mais

complexas”

Desenvolvimento

“VIGILÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO

compreende todas as atividades relacionadas à

promoção do desenvolvimento normal e à

detecção de problemas no desenvolvimento,

durante a atenção primária à saúde da criança. É

um processo contínuo, flexível, envolvendo

informações dos profissionais de saúde, pais,

professores e outros.” (Huthsson & Nicholl, 1988).

Desenvolvimento

Desenvolvimento da Marcha

Suspensão ventral

6 semanas: pode manter,

momentaneamente, a cabeça

no mesmo plano que o corpo.

8 semanas: mantém a cabeça

acima do plano do corpo

Desenvolvimento da Marcha

POSIÇÃO EM PRONAÇÃO

R.N.: a cabeça volta para um lado; pelve elevada e rótulas retraídas.

3-4 semanas: desce a pelve e o quadril se estende.

4-6 semanas: as pernas se estendem mais.

Desenvolvimento da Marcha

POSIÇÃO EM PRONAÇÃO

3 meses: eleva o queixo e mantém os ombros apoiados nos antebraços; pernas estendidas.

6 meses: eleva o tórax apoiado nas mãos. Gira de prono a supino.

7 meses: gira de supino a prono.

Desenvolvimento da Marcha

POSIÇÃO EM PRONAÇÃO

9 meses: se arrasta.

11 meses: engatinha.

12 meses: marcha de urso.

Desenvolvimento da Marcha

POSICÃO SENTADA

R.N.: coluna vertebral encurvada.

4-6 semanas: coluna vertebral menos encurvada.

Desenvolvimento da Marcha POSICÃO SENTADA

4 meses: coluna mais retificada; melhor controle da cabeça

6-7 meses: senta com apoio das mãos.

Desenvolvimento da Marcha

POSICÃO SENTADA

8 meses: senta sem apoio.

11 meses: senta mais firme.

Desenvolvimento da Marcha

R.N.: marcha automática.

3 meses: suporta bastante seu peso

sobre as pernas.

POSIÇÃO ERETA E DEAMBULAÇÃO

6 meses: suporta a maior parte do seu peso.

9 meses: fica de pé com apoio.

10-11 meses: caminha apoiado em um móvel.

Desenvolvimento da Marcha POSIÇÃO ERETA E DEAMBULAÇÃO

12 meses: caminha seguro por uma mão.

13 meses: marcha independente.

Desenvolvimento da Marcha POSIÇÃO ERETA E DEAMBULAÇÃO

Desenvolvimento da Mão

HABILIDADE MESES

Preensão palmar (até)

2 – 3

Junta as mãos na linha média

3 - 4

HABILIDADE MESES

Grasping 4 - 5

Preensão cubital 5 - 6

Transfere de uma

mão para outra 6

Preensão radial 6 - 7

Desenvolvimento da Mão

HABILIDADE MESES

Aponta com o indicador

10

Preensão com o polegar e o indicador

11 - 12

Constrói torre de 2

cubos 13

Desenvolvimento da Mão

Desenvolvimento da Visão

HABILIDADE MESES

Fixação visual e seguimento de

45°. Observa o rosto da mãe.

R.N.

Seguimento de 90° 1

Sorriso social 1 - 3

Seguimento de 180°. Pode fixar-se em um objeto

próximo.

1 - 3

Observação das suas mãos 3 - 6

Sorri ao observar-se no espelho 5

Muda de postura para olhar um objeto

6

Tenta tocar sua imagem refletida

no espelho 7

Desenvolvimento da Audição

HABILIDADE MESES

Sobressalto; pisca os olhos; chora e para de chorar ou faz uma

pausa respiratória transitória mediante um ruído.

Atenção preferencial a voz da mãe e giro da cabeça.

R.N.

Localização mais exata do ruído 3

Responde a seu nome 7

Desenvolvimento da Alimentação

HABILIDADE MESES

Reflexo de sucção R.N.

Bebe em um copo apoiado em seus lábios

5 - 6

Mastiga 6 - 7

Bebe em um copo. Come com colher.

15

Desenvolvimento Social

HABILIDADE 50% 95%

Sorri para a mãe 1 4

Come um biscoito 6 8

Colabora ao se vestir 9 15

Entrega objetos quando solicitado

12 15

Maturação do sistema nervoso.

Costumes e objetivos de seu macroambiente.

Temperamento o “estilo de comportamento”.

Desenvolvimento do controle

dos esfíncteres

HABILIDADE MESES

Micção reflexa R.N.

Pode ser condicionado Desde o 1º mês

Controle voluntário; avisa quando está molhado

15 - 18

Distúrbios do aprendizado:

1) Distúrbios da fala e da linguagem

2) Distúrbios da linguagem e da

audição na criança.

3) Distúrbio do aprendizado

1) Distúrbios da fala e da linguagem

CUIDADO! Algumas etapas fazem parte do desenvolvimento da fala e são consideradas NORMAIS, como:

Aos 2 anos: A criança pode omitir os sons do final das palavras.

Aos 3 anos: A criança pode omitir os sons do meio das palavras.

Aos 4 e 5 anos: A criança pode encontrar dificuldades com os sons mais complexos, mas sua fala já deve ser inteligível aos estranhos.

A gagueira é normal entre 2 e 4 anos.

1) Distúrbios da fala e da linguagem Conduta diante os distúrbios do desenvolvimento da

linguagem:

Pesquisar distúrbios orofaciais: Língua presa, palatosquise, más

oclusões....

Pesquisar perda de audição: Otites de repetição, hipertrofia de

adenóides, roncos, surdez congênita...

Descartar distúrbios neurológicos: Baba persistente, dificuldade de

mastigar e deglutir....

Valorizar o bilinguinísmo: Essas crianças pode ter dificuldade no

início do desenvolvimento da linguagem mas se beneficiarão no futuro

com o aprendizado de 2 línguas.

Acompanhamento com Fonoaudiólogo é fundamental.

2) Distúrbios da linguagem e audição

1ª etapa: Reconhecer a criança com alto risco para surdez:

• História familiar de surdez

• Infecções congênitas (sífilis, toxoplasmose, rubéola, herpes, citomegalovírus...)

• Malformações da cabeça e pescoço

• Peso de nascimento < 1.500g

• Hiperbilirrubinemia

• Meningites

• Asfixia perinatal severa

2) Distúrbios da linguagem e audição

2ª etapa: Perguntas aos Pais:

• Seu filho não responde quando se fala em tom normal de conversa, vira em direção errada quando você o chama? Responde sempre com “O quê?” e você freqüentemente precisa repetir o que disse?

• Tem problemas de manter atenção quando assiste TV e/ou fica muito perto da TV e costuma aumentar o volume

• Parece não ouvir ou ignora você e as crianças ao

redor?

• Fala exageradamente?

• Tem fala anormal e é difícil de entendê-lo?

2) Distúrbios da linguagem e audição

3ª Etapa: Manifestações em crianças menores:

0 a 6 meses:

- Falta de reação aos sons fortes

- Pobreza de balbucio

* Causas: Deficiência auditiva e distúrbios da motricidade articulatória

6 a 12 meses:

- Falta de reação aos sons

- Cessação do balbucio aos 9 meses

* Causa: Deficiência auditiva

- Não aparecimento do balbucio

* Causa: distúrbio da motricidade articulatória.

2) Distúrbios da linguagem e audição

4ª etapa: Acompanhamento multidisciplinar

Um atendimento precoce pode melhorar muito o prognóstico.

O acompanhamento multidisciplinar com o Otorrinolaringologista, Pediatra, Fonoaudiólogo e Psicólogo é fundamental.

3) Distúrbio do Aprendizado

“É um distúrbio do desenvolvimento, acarretando

prejuízo significativo do aprendizado, apesar de um QI

(quociente de inteligência) normal”

3) Distúrbios do Aprendizado

Classificação:

Distúrbios específicos do aprendizado X Déficit de atenção

3) Distúrbios do Aprendizado

Distúrbios específicos do aprendizado (dificuldade

na aquisição de habilidades escolares específicas):

a) Dificuldade na leitura, soletrar, escrita, matemática e

atividades pré-escolares.

b) Comportamento apropriado para idade

c) Problemas de atenção exclusivamente em relação às

tarefas escolares.

3) Distúrbios do Aprendizado

Distúbios de atenção (síndrome comportamental):

a) Concentração e atenção deficientes

b) Imaturidade emocional, impulsividade, hiperatividade

(“não para quieta”)

c) Habilidade normal em leitura, soletrar e matemática.

3) Distúrbios do Aprendizado

Distúbios (déficit) de atenção e hiperatividade:

(Disfunção cerebral mínima = DCM)

a) Hiperatividade (“não pára quieta”)

b) Incoordenação motora (“desajeitada”)

c) Distúrbio da fala (retardo, gagueira, dislalia...)

d) Distúrbio de atenção (“desligada”)

e) Dificuldade do aprendizado (disgrafia, dislexia, discalculia)

f) Problemas do desenvolvimento motor

g) Alteraçoes do EEG (eletroencéfalograma)

3) Distúrbios do Aprendizado Distúbios (déficit) de atenção e hiperatividade:

Propicia aparecimento de problemas sérios:

1) Dislexias: dificuldade para aprender a ler, trocando símbolos

semelhantes mas invertidos, como:

- b e d / p e q / 3 e E / 6 e 9....

e trocando fonemas semelhantes como:

- v e f / x e j / s e z... Tais inversões dificultam a junção de letras por

dificuldade de ritmo, como:

Casa amarela por cas am are la; omitindo letras, invertendo-as como

par em vez de pra...

* A leitura é vagarosa, às vezes incompreensível.

3) Distúrbios do Aprendizado

Distúbios (déficit) de atenção e hiperatividade:

2) Disortografias: Escrever errado, como conseqüência de dislexias ou

vícios ortográficos por ineficiente alfabetização.

3) Disgrafia: Letra desigual, às vezes ilegível, saindo da linha, por

dificuldades de coordenação motora, má orientação espacial, falhas de

atenção.

3) Distúrbios do Aprendizado

Distúbios (déficit) de atenção e hiperatividade:

“O quadro da DCM é muito mais encontrado no sexo masculino, é

tanto mais benigno quanto maior for o QI da criança, mais cedo for

iniciado o tratamento psicomotor e mais ajustado for o clima emocional

familiar”

“Quanto mais a família e a escola exigem da criança, quanto menos

compreendem suas dificuldades específicas, mais a criança fica

emocionalmente perturbada, não conseguindo dar conta das

solicitações, sentindo-se injustiçada, incompreendida, não amada por

aqueles de quem mais necessita para adquirir segurança”

DCM = disfunção cerebral mínima.

3) Distúrbios do Aprendizado Distúrbios da escolaridade: “Meu filho não vai bem na

escola”

1) Avaliar o estado orgânico da criança

2) Avaliar o estado psíquico da criança

3) Pesquisar problemas fora da criança:

- Desajustes familiares

- Doenças dos pais e/ou irmãos

- Viagem prolongada dos pais

- Mudança de cidade ou escola

- Programa escolar pouco motivador e sem atrativos e/ou professor sem vocação

- Instalações escolares precárias (classe com pouca luz, quente, pouco espaço...)

3) Distúrbios do Aprendizado

“Meu filho não vai bem na escola”

Pergunta aos pais:

1) Seu filho sempre teve “problemas” na escola?

2) Os problemas de seu filho começaram quando iniciou

a vida escolar?

3) Após um período de vida escolar normal é que se

iniciaram os problemas do seu filho?

Obrigado!

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